no canadÁ do calor ao gelo

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A CIDADE DOMINGO, 30 DE DEZEMBRO DE 2012D 4 Esportes

DO CALOR AO GELONO CANADÁ Ribeirão-pretana Leila Mostaço, de 29 anos, conheceu o esqui cross-country em 2008 e hoje integra a Seleção Brasileira

BRUNO BELLOMIbruno.eduardo@jornalacidade.com.br

Imagine uma pessoanascida em Ribeirão Pretovivendo em um país ondeas temperaturas no invernochegam aos 35° negativos.Essa é a vida de Leila Mos-taço, uma ribeirão-pretanade 29 anos que conheceu oesqui cross-country no Ca-nadá em 2008 e que, atu-almente, integra a SeleçãoBrasileira da modalidade.

Leila se mudou para SãoPaulo com um ano de ida-de, mas, curiosamente, seformou em Física Médicapela USP de Ribeirão Pre-to. Desde 2010 a atleta mo-ra com o marido em Winni-peg, onde cursa doutorado

em Engenharia Biomédica.“As Olimpíadas de In-

verno em Vancouver [Ca-nadá, 2010] coincidiramcom a época que nós está-vamos arrumando a mu-dança. Eu sempre fui apai-xonada por esportes e apartir desse momento de-cidi que gostaria de tentarrealizar o sonho de parti-cipar de uma Olimpíada”,afirmou Leila, que em Ri-beirão chegou a ser nada-dora da USP e Recreativa,além de já ter participadode competições de futsal,triathlon, vôlei e basquete.

Frio intensoUma das maiores di-

ficuldades de Leila foi aadaptação ao intenso friocanadense. “Quando eumorava em Ribeirão dor-mia de edredom e meias,mas depois do meu primei-ro inverno aqui no Cana-dá, que peguei 35º negati-vos, com sensação térmi-ca de 42º negativos, algu-ma coisa mudou. Depois

de passar por uma experi-ência tão extrema, o corpoparece que estabelece ou-tra escala de frio e calor”,afirmou a atleta.

Ela conta que em Win-nipeg as temperaturas sãobaixas o ano todo, o que fa-vorece na hora das com-petições. “De uma maneirageral me considero adap-tada ao frio. Mas às vezes atemperatura ainda me sur-preende”, brincou Leila.

Seleção BrasileiraLeila Mostaço, que bus-

ca patrocínio para viagense equipamentos, integraa Seleção de esqui cross--country desde agosto des-te ano. “A minha primei-ra prova oficial [pela Sele-ção] foi agora no final denovembro, em West Yello-wstone, Montana [EstadosUnidos]”, disse Leila, quena primeira semana de ja-neiro disputa uma provaem Thunder Bay [Canadá]e em seguida embarca paradisputas na Letônia.

INTENSO

-35ºfoi a temperatura mais bai-xa que Leila pegou em uminverno no Canadá

INÍCIO

2008foi o ano que Leila teve con-tato pela primeira vez como esqui cross-country

TCHAU, FRIO! Esquiadora de Ribeirão, momentos antes de competição na Montanha Silver Star, no Canadá

FOCO E FORÇA Ribeirão-pretana Leila Mostaço, em prova neste ano na Montanha Red Mountain, no Canadá

FOTOS DIVULGAÇÃO

Esquiadora moraem Winnipeg desde2010, onde finalizaseu doutorado emEngenharia Biomédica

Modalidade exigemaior resistênciados competidores

Diferente do esqui alpi-no, quando os atletas des-cem montanhas apenascontrolando a velocidade,o esqui cross-country exigemais resistência dos atletas.

“No cross-country deve-mos nos locomover usan-do a força dos braços e daspernas para percorrer dife-rentes terrenos”, contou aesquiadora ribeirão-preta-na Leila Mostaço. As provasda modalidade variam de 1km a 50 km.

“Assim como o remo,o ciclismo, a natação e acorrida de rua, nós usa-mos praticamente todosos principais músculos docorpo”, acrescentou a atle-ta, que atualmente vive no

Canadá com o marido.

“Hoje em dia me considero superadaptada aofrio e inverno. Na verdade, acho que se tor-nou minha estação favorita do ano”Leila Mostaço29 anos, esquiadora ribeirão-pretana

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