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2 Reservatórioshidrelétricos
6 Produtosbiodegradáveis
8 Vocêaindajogalixonarua?
10 Economiadoméstica
12Dicasparaumaboasaúdebucal
14 Gestãodosrecursosnaturais
16 ParquedaSerradoMaréexpandido
17 CâmaraMunicipaldeItajubá
18 GaleriadeArte—JoásPereiradosPassos
20 PreservaçãodoPatrimônioCultural
NaturaleéumapublicaçãodaDIAGRARTE EditoraLtda
CNPJ 12.010.935/0001-38 Itajubá/MG
Editora:ElaineCristinaPereira(Mtb15601/MG)
ColaboradoresArticulistas:ArcilanT.Assireu,BernadetteVilhena,CéliaRennó,FelipeAugusto,Dra.GraciaCostaLopesePauloRosas.Revisão:MaríliaBustamanteAbreuMarierProjeto Gráfico:ElaineCristinaPereiraFotos da Capa:JairAntonio(359804-2394)Vendas:DiagrarteEditoraLtdaImpressão:GráficaNovoMundoLtda
Distribuição Gratuita em mídia impressa e eletrônicaOsartigosassinadossãoderesponsabilidadedeseusautores.Direitosreservados.Parareproduzirénecessáriocitarafonte.VenhafazerpartedaNaturale,anuncie,envieartigosefotos.
Façapartedestacorrentepelainformaçãoepelobem.Contate-nos:(35)9982-1806
e-mail:revistanaturale@diagrarte.com.brAcesseaversãoeletrônica:www.diagrarte.com.br/naturale_6ed.pdf
ImpressonoBrasilcompapeloriginadodeflorestasrenováveisefontesmistas.
expediente
Carta ao leitorApósdarmosasboasvindasa2011eaoAnoInter-
nacionaldaFloresta,convidamoso leitoraconferirasnovidadesdaNaturale.
NestaediçãoabrimosoespaçoGaleria de Arte,noqualconvidamosartistasplásticos,fotógrafoseartesãosa apresentarem seus trabalhos. Abrindo a exposiçãotemos o escultor Joás Pereira dos Passos, membro daAcademiaBrasileiradeBelasArtes.
Contamoscomissoincentivaradivulgaçãodaarteemumespaçoprivilegiadoefacilitaratrocadeinforma-çõesentreartistaseadmiradoresdaArte.
ADiagrarteEditoratambémabreasportasparaes-critoresdetodasasidades.Comointuitodedivulgaraliteratura,estimularaescritaealeituraetornarrealida-deosonhodemuitosdeteremseustextospublicados,aDiagrarteEditoraabreasinscriçõesparaduasAntolo-gias,ade“ContoseCrônicas”eade“Poemas”.
Agoraficoumaisfácildivulgarseustrabalhos,par-ticipeconoscodestanovafaseetornemos2011umanodemuitasrealizaçõeseconquistas!
Elaine Pereira
Apoio
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Após a inundação de áreas comcoberturavegetalparaacriaçãodereser-vatórioshidrelétricos,avegetaçãomorreenãomaisassimiladióxidodecarbono(CO2)porfotossíntese.Istoresultanumamodificaçãoambiental,poisestavegeta-çãofuncionavacomosumidourodeCO2daatmosfera.Soma-sea istoo fatodequebactériasanaeróbicasirãodecomporocarbonoorgânicoqueestavaacumula-donasplantasesolo,ecomoresultadohaveráumaconversãodocarbonoorgâ-nicoemCO2emetano (CH4),osquaisserãolançadosparaaatmosfera.Assim,umasuperfíciequefuncionavacomosu-midourodegasesdeefeitoestufa(GEE)éconvertidaemfontedestesgasesparaa atmosfera. Paisagens diferentes, porexemplo,Amazôniaoucerrado,possuemdiferentesquantidadesdecarbonoorgâ-nicoacumuladonossolosevegetação,e, portanto, o potencial para produçãoe exportação de GEE para a atmosferavariade regiãopara região.Os reserva-tóriosamazônicos tendemaproduzir eemitirumaquantidaderelevantedeGEE,devidoàaltaquantidadedecarbonoor-gânico nas plantas e solo. Até meadosde 1993, quando ainda não se tinhammedidasdeCO2eCH4,osreservatórioshidrelétricos eram considerados comofonte limpa de energia. Este mito caiuapartirdotrabalhopioneirodeRuddetal. 1993, que mostrou que a produçãode GEE por unidade de energia geradanãoerazeroedependiadaquantidadede matéria orgânica inundada. Reser-vatórios que alagam uma grande áreapara a produção de energia, tais comoosconstruídosnaAmazônia,produzemmaisGEEporKWhdoque reservatóriosconstruídosemregiõesdeplanalto,ondeos reservatórios produzem mais energiacommenoráreaalagada.Atualmente,osreservatóriossãovistoscomofontesim-portantesdeGEEparaaatmosferaesuasáreassuperficiais,queaumentarammuitonasúltimasduasdécadas,estãoincluídosnos inventários globaisdeemissõesan-tropogênicasdeGEE.
Apesardestesinegáveisproblemasrelacionados à construção de represaspara propósitos de geração de energiaelétrica,ousomúltiplodo lago,taisco-mo para recreação, criação de peixes,irrigaçãoecontroledeinundaçãoéumaforma de mitigação dos impactos re-sultantes da formação do lago. Neste
contexto, uma possibilidade que estásendo investigada, na forma de traba-lho de Iniciação Científica na UNIFEI,sobminhaorientação,éopotencialdeaproveitamentoeólicosobreolagoafimde verificar a viabilidade de instalaçãodo parque eólico nos reservatórios. Osreservatóriosconstruídosemregiõesdeplanalto possuem, normalmente, formaalongadacomorelevodispostoaolon-godoeixoprincipal.Istopodeintroduzirregiões de convergência para o ventosobreo lagooquecriacondiçõesoro-gráficas favoráveis ao aproveitamentoeólico.Isto,somadoaofatodesteslagosjáestareminterligadosaosistemanacio-nal de distribuição de energia elétrica,favoreceria o aproveitamento destasregiões. Resultados preliminares destapesquisa,apresentadosnoperiódicodaAssociaçãoNacionaldePós-Graduaçãoe Pesquisa em Ambiente e Sociedade
–ANPPAS indicamqueos reservatóriosdeplanaltoapresentamcondiçõesfavo-ráveis à instalação de parques eólicos.Aformaalongada(Fig.1a),adireçãodoventopredominantementealinhadacomo eixo principal (Fig. 1b), a persistên-ciadeventoscom intensidadepróximaa 5,0 m/s em torno de 70% do temposomadoaofatodestesambientesjáes-taremintegradosaosistemanacionaldedistribuição,sãocondiçõesmuitoenco-rajadoras.Outrofatorbastantefavorávelé a sazonalidade observada no regimedeventos(nãomostrado)quetendemaconcentrar-senoperíododeinverno.As-sim,oparqueeólicopoderiacontribuir,inclusive,paraamanutençãodosníveisdeáguadosreservatóriosnosperíodosmais críticos (seca). Este estudo estásendo desenvolvido para 11 reservató-rios e os resultados conclusivos serãoapresentadosembreve.
Fig.1–Exemplodeeixomorfométricoprincipal(a)erosadosventos(b).Fonte:Assireuetal.2009.
Osdadosutilizadosnestaanálisesãoprovenientesdeumaplataformafundeadasobreaqualsãoanexadossensoresdeintensidadeedireçãodovento,umidaderela-tiva,pressãoatmosférica,temperaturadoareradiaçãosolarincidentesobreolago.Sãoanexadostambémsensoresdetemperaturadaáguaemdiferentesprofundidadeseumasondalimnológicaquemedecontinuamenteparâmetroscomotemperaturadaágua,condutividade,turbidez,clorofila,oxigêniodissolvidoepH.
Osdadosmedidosporestesistemasãotransmitidosviaenlacecomsatéliteoqueconfereummonitoramentoemtempoquase-realdoambientedeestudo.
Fig.2–Exemplodosistemalimno-meteorológicofundeadonoLagodeFurnas
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Outraformademitigaçãoparaosimpactosadvindosdosreservatórioshidrelé-tricoséoaproveitamentodolagoparaamortecerapressãodotráfegodepessoasecargasemrodovias.NoBrasil,asgrandesextensõesderioselagos(reservatórios)sãomuitopoucoexploradosnestesentido.ORioAmazonaséumexemplodehidroviafundamentalaodesenvolvimentoregional(Fig.3).
Fig.3–HidrovianoRioAmazonas
Em trabalho apresentado na reu-nião da American Geophysical Union(AGU), neste ano, o autor deste artigo,juntamentecomospesquisadoresRafa-elCapaz(ProfessordaUNIFEI)eMateusTeixeira (Aluno de graduação em Enge-nharia Ambiental da UNIFEI) simulou ocenáriodeumahidrovianoLagodeFur-nasemostrouque, alémdediminuirovolumedeautomóveisecaminhõesnasrodovias, a hidrovia contribuiria paraamortizaraexportaçãodeGEEdoreser-vatórioparaaatmosfera.Aidéiacentralconsiste no fato de que, sem a cons-truçãodoreservatórionãohaveriamosproblemas relacionados à emissão deGEE dele decorrentes, mas, uma vezconstruído,adiminuiçãodaemissãodeGEE pelo modal rodoviário, devido aoaproveitamentodolagoparaotranspor-te de cargas e pessoas (hidrovia), deveser computado a favor do reservatório.Estas idéias se inserem na recomen-dação de cientistas que estudam asmudançasclimáticas,osquaisindicamanecessidadede reduçãodeGEEem60a80%até2050.Paraqueesteníveldereduçãopossaseratingido,serãoneces-sáriasgrandesmudançasemrelaçãoaogerenciamentodosetordetransporteaolongodoplaneta.Umadestasmudanças
passa pelo aproveitamento hidroviáriodoslagosdosreservatórioshidrelétricos.UmainiciativaimportantenestesentidoestáemandamentonoLagodeFurnas.
Formadonoiníciodadécadade60,comaconstruçãodahidrelétrica,olagodeFurnaséamaiorextensãodeáguadeMinasGerais—cobreumasuperfícieemtorno de 1.500,00 quilômetros quadra-dos—éumdosmaioreslagosartificiaisdomundo,sendopor istochamadode“MardeMinas”.
Encontra-se em fase de estudo aimplantaçãodeumahidrovianestelago,cujo eixo principal interligará os municí-piosdeFormigaeAlfenas,numaextensãode 250 km. Serão construídos tambémportos ao longo de percurso, visandoatenderoutrascidadesdoeixo.Trata-sede um empreendimento que conta comamploapoiodapopulaçãoedasautori-dades regionais. Apesar da economia epraticidadequeahidroviatraráaregião,algunsaspectosrelacionadosàsegurançaemeioambienteprecisamserestudados.Nooceano,estudossobredispersãosãoamplamente realizados como fonte desubsídios para atividades de contençãodedispersantes,resgatedenáufragosoudemateriaisouequipamentosaderivaeestudossobredispersãodelarvas.
O aumento do fluxo de embarca-ções, de grande porte inclusive, com acriaçãodahidrovia,aumentaráapossibi-lidadededesastresambientaisadvindosdederramamentosdeprodutosquímicos,etambémapossibilidadedeacidentes.Tendo em vista estes problemas, coor-denamosumtrabalhodepesquisacomapoiodaFundaçãodeApoioàPesquisado Estado de Minas Gerais (FAPEMIG)o qual visa gerar conhecimento quepossa representar subsídios para to-madasdedecisãoemsituaçõescríticascomo aquelas associadas a contençãode dispersantes poluentes, resgate denáufragos ou equipamentos. Um doscomponentesdoestudoconsistede,emcada ciclo hidrológico (cheia, máximo,vazanteemínimo), ir aocampoe fazero lançamento de derivadores, que sãoinstrumentosquepermitemestudarpa-râmetros associados ao movimento demassas d’água. Assim, para entender opadrãodecirculaçãodolagodeFurnasserão utilizados derivadores Lagrange-anos (Fig.4).MedidasLagrangeanasdoescoamentosãoassimchamadasquan-do o instrumento de medida segue asparcelas do escoamento e, portanto,astrajetórias(ouoscaminhosseguidospelosderivadores)resultantesdestepro-cessorepresentamacirculaçãoexistenteno ambiente em estudo. Ao contrário,medidasEulerianasdoescoamentosãoaquelasemqueoinstrumentodemedi-dapermanecefixoemedeavelocidadedasparcelasdoescoamentoquepassamno ponto onde este instrumento estáfixado.UmexemplodemedidasEuleria-nas são os correntômetros ancorados.Conforme indicadonaFigura4,aparteemersadoDerivadorconstitui-sedeumaesferafeitaemfibradevidro,comcercade 22 cm de diâmetro, dentro da qualsão instaladas baterias, GPS, memóriasdigitais,placaseletrônicasedemaiscar-gasúteisdosistema.
Aestruturacilíndrica,chamadave-ladearrasto,temporfinalidadeacoplaro derivador às correntes em estudo oque assegura o monitoramento de cor-rentesporminimizarosdeslocamentoscausados, por exemplo, pela ação doventodiretamentesobreo flutuadordesuperfície. Esta vela é construída emnylonsuportadoporestruturacilíndricaconstruída com raios semelhantes aosde bicicleta e anéis constituídos por
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Fig.4–EsquemailustrativodoDerivadorcomaplicaçõesemambienteslacustres.
AssucessivasposiçõesdoderivadorsãoobtidasapartirdeumGPSeosdadossãogravadosinternamente.Aoserlançadonoambienteemestudo,oderivadoraco-pla-se,pormeiodavela,àscorrenteslocaisepassaaserconduzidoporestas.Apartirdasérietemporaldelatitude/longitude,análisesadequadaspermitemestimativasdeváriosparâmetrosfundamentaisparaoentendimentodacirculaçãodominantenosreservatórioselagos.ParafacilitaralocalizaçãoeoresgatedosDerivadoresnofinaldasamostragens,esteéequipadocomumsistemadeenlacecomsatéliteviaSistemadeposicionamentoIridium.Oderivadorpoderácontaraindacomtermistoresoqualpermitiráamediçãodatemperaturadaáguaaolongodeseupercursoeestesdadosficarãoarmazenadosemmemóriainterna.
Emcadaumadasquatroidasprevistasparaocampo,comduraçãodecincodiascada,seráfixadaumaestaçãometeorológicaàsmargensdolagoefundeadoummedidordenívelautônomoparamedidasprecisasecontínuasdonível.Istopossibi-litaráestudossobrearespostadacirculaçãoasforçantesatmosféricasehidrológicas.Concomitanteacadaidaaocampo,comaparticipaçãodeprofessoresdocursodeGraduaçãoemCiênciasAtmosféricas, serãomonitoradasascondiçõesmeteoroló-gicassinópticastendoemvistagerardadosquepossamserusadoscomoalertaanavegação.Assim,quandoforemesperadosprocessosmeteorológicosquerepresen-temriscosanavegação,umalertaseriaemitido.Estaéumaetapasecundáriadesteprojeto,masnãomenosimportante.
mangueirasreforçadasporcabodeaçoemseuinterior.Conhecidanaliteraturacomomeiafurada(holeysock),estavelapossuiváriospequenosorifíciosporondeaáguapodeentraresair,oquetendeamelhorarasuahidrodinâmica.Ocaboqueligaoderivadoràvelaterácomprimentoreguláveloquecapacitaráoderivadoramostraroescoamentoemdiferentesníveiseprofundidades.Istopermitiráestudossobreva-riabilidadesverticaisnoescoamento,influênciasdascorrentesdedensidadeeperfilverticaldascorrentes.
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Produtos
biodegradáveisPorFelipeAugusto
Nodiaadia,convivemoscomdoisgruposdecompostos:ogrupodoscom-postosorgânicos (origináriodosanimaise vegetais) e o grupo dos compostosinorgânicos(origináriodosminerais).Umcompostoorgânicopodeserclassificadoembiodegradávelenão-biodegradável.Oprimeiro,aquelequesofredecomposiçãobiológica,istoé,queservedecomidaparadeterminadosmicroorganismos(bactériasefungos)épreferívelaosegundo.
Como exemplos de produtos bio-degradáveis podemos citar: o papel, opapelão, os tecidos, o couro, a madei-ra e os restos de alimentos. Dentre osnão-biodegradáveis temos a borracha,o isopor, o plástico comum, algunsdetergentesequalqueroutroprodutofa-bricadoartificialmentepeloserhumano.Emboraestesúltimossejamconstituídospor substâncias orgânicas, tais produ-tossofremmuitasmodificaçõesemsuacomposiçãoquímicaquenãohámicro-organismoaindacapazdedecompô-los.
O tempo de decomposição dosprodutosbiodegradáveisvariabastante.Restosdealimentos (carnesdeanimaise frutas) são consumidos rapidamentepelosmicroorganismosdecompositores,enquantoqueopapeleopapelãosãodecompostosporumperíododetempomaisprolongado(detrêsmesesaváriosanos). O couro, madeira e tecidos, so-frem degradações ainda mais lentas. Oplástico biodegradável se degrada empoucosmeses,aocontráriodoplásticocomum,quelevadecemaquatrocentosecinquentaanosparasedecompor.As
fraldasdescartáveislevammaisdeseis-centosanosparaseremdegradadas.
RecentementefoidesenvolvidonosEstados Unidos, um plástico biodegra-dávelàbasedeamidodemilho,quenãopoluiomeioambienteesedegradaempoucotempo.NoBrasil,sacosplásticosbiodegradáveis à base de cana-de-açú-car já são exportados. Infelizmente, oconsumo interno ainda é pequeno de-vido ao preço elevado, comparado aossacostradicionaisjáutilizados.
AindanoBrasil,aUniversidadeEs-tadualPaulista (UNESP)desenvolveuháalguns anos, um novo tipo de embala-gem, denominada bioembalagem, feitade mandioca prensada a quente. Estanovaembalagempodesubstituir caixasrígidas de isopor e papelão, utilizadaslargamentenotransportedeovos,frutas,legumesousementes.Apósodescarte,abioembalagempodeterduasfinalida-des:serutilizadacomoraçãoanimalousercolocadaematerrossanitários,sen-dodecompostaempoucosdias.
Encontramostambémosprodutosdenominados oxibiodegradáveis, ondese faz a incorporação de determinadosaditivosquímicosemmateriais comoopolietileno (PE), polipropileno (PP), po-liestireno (PS) e polietileno tereftalato(PET).Taisaditivostêmafunçãodeace-lerar o processo de decomposição doplásticonomeioambiente.
Vale lembrar que os produtos bio-degradáveis também são poluentes.
Quandooesgotonãotratadodeumaci-dadeédespejadoemgrandequantidadenorio,osmicroorganismosalipresentesnãosãosuficientesparaconsumirtodosos dejetos humanos lançados, e comisso, a água fica contaminada, levandoassimàocorrênciadealgumasdoenças,comoacóleraeadiarréia.Maisdeumterço da população mundial sobrevivecomserviçosdesaneamentoprecários.Aáguasujacausaamortede1,7milhãode pessoas a cada ano. Além disso, oesgotonãotratadoocasionatambémaformaçãodeumaespumabrancatóxicaemrios,lagosepraias,comprometendoassim, a vida do ecossistema local. TalfenômenoacontecenorioTietênacida-dedePiraporadoBomJesus,querecebetoda a carga de poluição da cidade deSãoPaulo.
Considerando as informações ci-tadas acima, podemos analisar comonoscomportamoscomoconsumidores.Qualquer tipodeconsumoprovocaumimpactoeapreferênciaporprodutosna-turais,porembalagensbiodegradáveiseousodas sacolas ecológicas ajudamoplaneta.Podemosfazerdoconsumouminstrumento de bem estar, mas antesprecisamosaprenderaproduzireconsu-mirdemaneiraecologicamentecorreta.
Felipe Augusto éprofessordeQuímicaOrgânicadaFEPIedoutoremCiênciaspelaUSP.felipeaugustofonseca@yahoo.com.br
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Você ainda joga
PorCéliaRennó
Uma das cenas urbanas que maismedeixamindignadaéassistiraalguémjogando, deliberada e impunemente, li-xonarua.Édiáriaessaexperiência:Dedentrodocarro,ogarotoatiraumalataderefrigeranteemplenaviapúblicaeospaisassistemtranquilamente,issoquan-donãosãoosprópriosadultosaatiraremparaforadajanelaalatadecervejava-zia,agarrafanão-retornável,opacotedesalgadinhoetudooquetiversobrandonamão.Preferemsujaropúblicoaopri-vado,ouseja,oprópriocarro.
Todavezquevejo isso, fico imagi-nandoseesse‘cidadão’fazissonasaladaprópriacasa.Seráqueatiraotocodocigarronomeiodochãodacozinha?Jo-gaopapelhigiênicousadonochãodobanheiro?Jogarestodecomidanochãodagaragem?Duvido.
Mas como é que se muda isso? Aresponsabilidade, em primeira instân-
cia,édaquelesaquemcabeaeducaçãodesses cidadãos desde os primeirosanos de vida. É com exemplo, mais doquediscurso,queacriançainteriorizaoconceitodorespeitocomoespaçopú-blico.Exemplodomésticoquetemvalorimenso e vai reverberar no comporta-mento do futuro adulto. Posso apostarque,tiranteoscasosemquehárebeldiadeclarada,o filhoquenasceuvendoospaisvoltaremparacasacomopapeldabalanobolsoparajogarnalixeira,faráomesmo.Issoquandonãosetemlixeirasdisponíveisnarua.
Além da responsabilidade familiar– ou do grupo em que o cidadão estáinseridonoiníciodesuavida-opoderpúblico também não pode se furtar daparceria nesse processo de educação.Umexemplopróximodenós,em Itaju-bá,foiquandoaPrefeitura,emparceriacomasociedadeorganizadaeempresas,
instaloulatõesdeseparaçãodelixoútilem pontos dos bairros Medicina e SãoVicente. Era a época em que ainda sedividia emquatro tiposomaterial reci-clável: metal, papel e papelão, vidro eplástico.Infelizmente,acomunidadenãosoubeutilizarospontosdeentregadeli-xoeacaboujogandoorgâniconomeio,além de animais mortos. Obviamentequeosvizinhosdos latõeschiaram, fo-ram à Prefeitura, colocaram a boca notrombone.EoqueaPrefeitura,àépoca,fez?Simplesmenteretirouoslatõesdasruas.Simplese fácil,alguémpodepen-sar. Encontrou-se uma solução para oproblema. Na minha opinião, porém, oqueaPrefeiturafezfoiaumentaropro-blema.Aretiradadoslatõesinterrompeuo processo de educação que estava seiniciando.Todomundosabequeeducar,mudarcomportamentosculturais,dátra-balho mesmo, leva tempo, depende da
lixo na rua?
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insistência,daconstância,daoferta.Porisso,senãosouberamusaroslatões,es-tavaabertaaoportunidadeparaeducaraqueles que não sabiam. Mas simples-menteoptou-sepelocaminhomaisfáciledescomprometido.
Eissoéoqueacontecemuitasve-zes:estragam-seas lixeirascomatodevandalismo e simplesmente, retiram-seaslixeiras.Jáviissoacontecercomtelasde proteção de árvores de rua. Se elassãoalvodeataques,somemparasem-pre.Astelaseasmudas.
Eocustodareposiçãodisso?Cer-tamenteéalto.Masmaisaltoéocustodenão investirnaeducação,nãoapro-veitar a lacuna da falta de informação,desperdiçandooambientefértilparaseinstalarumanovacultura: ada separa-çãodolixoútileorgânico,adocuidadocom a limpeza das ruas, da frente dascasas,daslojas,dorio...
Aofertadeinformaçãosozinhanãomudacomportamento.Eladeveviralia-da a outros fatores como experiênciasdopassado,exemplos,cultura,sensode
comunidade e uma longa trajetória derepetiçãodessainformação.
Aeducação,comosabemos,éumprocesso. Não basta tocar no assuntoda preservação do ambiente em cam-panhaspontuais, emmeses emque secomemoraoDiaMundialdoMeioAm-biente.Eladeveserconstante,todososdiasdoano,todososanoseemtodososambientes,comprioridade,naminhaopinião, onde estão aqueles ainda emformação,ouseja,naescola.
Umgoverno,queduraquatroanos,pode muito nesse sentido. São qua-trodosprincipaisanosdeformaçãodeumapessoa.Deveseformarnasescolas,portanto, meninos e meninas que nãotenhamcoragem,nunca,dejogarlixonarua,norio,nobueiro.Aolongodotem-po,essasemente,cultivada365diasnoano,daráfrutosmuitosaudáveis,estoucertadisso.
AcreditonaEducação,comseupo-tencialdetransformararealidadeenãoapenasdeadaptarocidadãoàrealidadequeestáposta.
Dica de leitura:Parapresentearumacriançanodiadoaniversário:
O livro “Doce água Doce”, da autoraitajubense Regina Rennó, é da editora Mer-curyoJovem.Anarrativa,apenasemimagens,é muito adequada a crianças que vivem emcidadesondecostumahaverenchentes,co-moItajubá.
Sinopsedolivro:Eraumavezumrio...Nasceulimpoecristalino.Aindacriança,cor-riafeliz.Purificavaoar.Alimentavaaspessoascomseuspeixes...Umpoucomaiscrescido,encontrou as indústrias. No rio, um mar deespuma. As águas ficaram pesadas, muitasujeiraepeixesmortos...Encontrouacidadee mais lixo. Choveu, choveu muito. Deses-perado, sem poder correr livremente, o rioinvadiucasas,derrubouparedes,expulsouaspessoas...Sevocê joga lixono lixo,respeitaareciclagemenãodesperdiçaáguaestáaju-dandoamelhoraravidadosrios.
Célia Rennóéjornalistaeco-autoradoslivrosTá ligado,Querficarcomigo?,EunoespelhoePisandonabola,daColeçãoLudeLudensJovem,daEditoradoBrasil.Notwitter:twitter.com./ce-liarennoeoblog:www.celiarenno.zip.net
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Aeconomiadoméstica temsuas raízesna revolução in-dustrial onde se estabeleceu como uma ação “higienista”destinadaàsfamíliasdosoperáriosvisandoorientá-lossobreas questões ligadas a higiene, alimentação, saúde e cuidadocomascrianças.Essaaçãofoimotivadapelasmáscondiçõesdevidadessasfamíliaseacabouestendendo-seatodaasocie-dadeemummovimentodepreservaçãodosbonscostumesedobemestarfamiliar.NoBrasil,aeconomiadomésticasefezpresentenaeducaçãofemininaconduzidaporfreirasfrancesasnos“colégiosdemoças”comoprincipalobjetivodeprepararasalunasparaseremboasesposasemães.
Apósa segunda guerramundial aprofissãoEconomistaDomésticofoiintroduzidanoBrasilapartirdasinfluênciasdasescolasdeEconomiaDomésticaamericanascomointuitodeformarprofissionaisparaatuarememprogramasdedesenvol-vimentoruralmantidospelogoverno,emumcaráteraltamenteassistencialista.
Apóspassarpormuitasmudanças,atualmenteoprofissio-nalEconomistaDomésticoécomprometidocomaqualidadedevidadasfamíliaseindivíduos.Possuiumasólidaformaçãoeseusconhecimentosabrangemasciênciassociais,biológicas,nutrição, economia, administração e atua em programas deatendimento familiar,ONGs,educaçãodoconsumidor,admi-nistraçãofamiliarentreoutros.
Falardeeconomiadomésticaéfalardesaúdefinanceiraedequalidadedevida.Osaspectostratadosporelavãoalémdesaberfazerumaplanilhadegastosmensais.Elaenvolveousoracionaldosrecursos,aescolhacorretadosbensdeconsumoedealimentos,asatitudescotidianasqueevitamodesperdícioeasaçõesvoltadasaoconsumoconsciente.
Algumaspráticasajudamacontrolaroorçamentodomés-ticoecolaboramparaodesenvolvimentosocialsustentável:
ÁGUA:economizenobanheiro,eliminevazamentos,useavassouraenãoamangueiraparavarreracalçada,nãodeixetorneiras pingando e opte por modelos com sensores auto-máticos;
ALIMENTOS:prefiraprodutosdaestação,aproveite todasas partes de verduras e legumes, manuseie com cuidado osalimentosparanãodanificá-los,consumaprodutosdaregiãoeestaráajudandoareduziroscustosdetransporte,façaumcar-dápiopara semana,evitedesperdíciodomésticocom frutas,
EconomiadomésticaPorBernadetteVilhena
legumeseverduraseatençãoavalidadedosprodutos;
RECICLAGEM:priorizeprodutosambientalmentecorretos,consumasomenteonecessário,evitemercadoriascommuitasembalagens, separe seu lixo para coleta seletiva, doe o quenãoservemaisparavocê,useosdoisladosdafolhadepapel,imprimasomenteonecessário,usesacolasecológicas,
ENERGIA: economize ao lavar e passar roupa, lavando epassandoumagrandequantidadederoupasdeumavezenãoexagerenosabãoempó,useoarcondicionadocommode-ração,nãodeixeosaparelhosemstandby,diminuaotempodobanho,nãoabramuitoageladeiraparaelagastarmenosenergia,usesomenteaparelhoscomseloProcel;
DINHEIRO:façasuaplanilhadegastosmensais,prefiracom-pras à vista, use o cartão de crédito com responsabilidade,pesquiseasmelhoresofertas,avaliebemquandocomprarapra-zo,nãodesprezeasmoedasenãoconsumaprodutospiratas.
Considerandoessesaspectosestaremosnocaminhodapráticadeumaeconomiadomésticamaissustentávelecontri-buindoparaaconstruçãodeummundomelhor.
Bernadette Vilhena é Pedagoga Empresarial e educadora organizacio-nal. Especialista em Gestão de Pessoas, coautora do livro “Dinheirama”(Blockbooks)eeditoradaseçãoPedagogiaEconômicadositeDinheirama.Contato:vilhena@dinheirama.com
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DicasparaumaboasaúdebucalSigaestespassosparagarantirumabocasaudável
GestanteFaça uma avaliação de seus dentes
nodentista.Tenhacertezadequetodotratamentoestejacompleto.Osgermesquecausamascáriespodempassarparaseubebêdepoisdeelenascer.
Escoveosdentespelomenostrêsve-zesaodia.Useumaescovamacia.Tenhacerteza de colocar as cerdas da escovano localondea gengivaeosdentes seencontram.Éaíqueagengivitecomeça.
Passe o fio dental diariamente paralimpar entre os dentes, onde a escovanãoalcança.
Limite o número de vezes que vocêingeredocesoulanchesabasedeamidonodia.Poisestespodemfazercomqueseus dentes sofram “ataques ácidos”.Doceserefrigerantespodemcausarcá-ries.Comamaisfrutaselegumes.
Façaopré-natal.Sigaosconselhosdeseumédico.Issoéimportantetantopa-raasuasaúdequantoparaadobebê.
Receba a quantidade adequada decálcio. Você necessita de cálcio para aformaçãodosossosedosdentesdeseubebê.Leite,queijos, feijãoe folhassãofontesdecálcio.
0-6 mesesOnascimentodoprimeirodentedo
bebêéumfatomuitoespecial,quegeral-menteocorreemtornodos6mesesdeidade.Elepoderáiniciarumaalimentaçãomaisconsistente,poisatéentãosóingerialeiteesucos.Émuitoimportantequeosdentessejamutilizadosnumamastigaçãobilateral (dos dois lados alternadamen-te,assimcomonaamamentaçãodevemseroferecidososdoisseios),paraqueasarcadassedesenvolvamsimétricasecor-retamenterelacionadas.
Chequeoflúor.Oflúorprevinecáriese torna os dentes fortes. Pergunte aoseu dentista, ou médico, se a água desua casa tem flúor suficiente para aju-dar a prevenir cáries. Caso a água nãocontenhaflúoroucasovocêutilizeáguamineralsemflúorparabeberecozinhar,seudentistaoumédicopodereceitarsu-plementosdeflúorparaoseubebê.
Evite dar mamadeira para seu be-bêantesdeledormir.Poispodecausarmuitascáries.Casovocêtenhaqueama-mentarduranteanoite limpeagengivadele com atadura de gaze embebidoem soro fisiológico após a amamenta-ção,antesqueeleadormeça.Quaisquerlíquidos,excetoágua,podemcausarcá-ries,mesmoleiteesucos.Sevocêachaqueseubebêprecisasugaralgoduranteosono,tenteumachupetaouumama-madeiradeágua.
Cuide de sua própria higiene bucal.Asúltimaspesquisasdemonstraramquevocêpodetransmitirosgermesquecau-sam cáries para o bebê assim que eletiverdentes.Issoacontecedividindoouexperimentando a papinha, ou deixan-doqueelecoloqueosdedosdentrodabocadamãe.Nãocuidardedentesca-riadostambémsignificaquehámaioreschancesdetransmitiressesgermes,por-tanto todos os dentes cariados devemsertratadosassimquepossível!
6-18 meses
Assimqueseubebêcomeçaraquererpegarosadereçosdamãeouseuspró-priosbrinquedos,éhoradeintroduzirocopocombico,geralmente issoocorredos6aos12meses.Podeserumproble-mano início,massejapersistente.Seubebêvaiadorarestanovahabilidade!
Evitequeseubebêpassehorascomuma mamadeira nas mãos. Exposiçãoprolongada à mamadeira pode levar aum problema grave conhecido como“Cárieinfantil”.
DeacordocomaAssociaçãoAmerica-nadeSaúdePública,deve-sedesmamarobebêentre12e14meses.
Quandoosdentesdobebêcomeçama aparecer, por volta dos seis meses,vocêdevelimpá-lostodososdias,comuma escova de dente macia, umedeci-daeapropriadaparaaidade.Amelhorposiçãoparavocêésentadasegurandoobebêemseusbraços.Vejaseosden-tesdobebênãotêmcáries levantandoseuslábioseolhandoseusdentes.Casoobserve pontos marrons ou esbranqui-
çadoslembrandogiz,entreemcontatocomoseudentista.
Aocompletarumano,jáéhoradele-varseubebêparasuaprimeiraconsultacomodentista.
18 meses - 2 anos
Limite o número de lanches que acriançacomenodia.Eviteofereceraseufilho refrigerantes, doces e alimentos abasedeamidocomobatatafritaebola-cha.Esseslanchespodemcausarcáries.Cadavezqueseufilhoingerealimentosdoces ou a base de amido ocorre um“ataqueácido”nosdentes.Quantomais“ataques ácidos”, mais chances de cá-ries.Se vocêdecidiroferecerdocesoualimentosabasedeamido,ofereçanahoradasrefeições.
Atenção, de acordo com a Acade-miaAmericanadePediatriaseufilhonãodeveria estar usando mamadeira nestaidade. Oferecer mamadeira por longosperíodosouduranteo sonopodem le-varaoaparecimentodecáries.Issopodetantocausardoreinfecção,comotam-bémestragarobelosorrisodeseufilho!
Oferecer lanches saudáveis paraseu filho é um gesto de amor. Frutas,verduras,sanduíches,cereaiscomleite,queijo,iogurte,leiteesucosemaçúcar.
Escoveosdentespelomenostrêsve-zespordia.Escoveosdentesdacriançaprincipalmenteapósocafédamanhãeantes de ir dormir. Utilize uma escovamaciae indicadaparaa idadedelapa-ra limpar os dentes e gengivas. Se seufilho sabe cuspir depois da escovação,useumaporçãopequenadecremeden-talcomflúor.Seufilhopodecomeçaraescovarosprópriosdentes,porémvocêprecisaráauxiliá-lo.Quandoeleterminaraescovação,dêotoquefinal.
Lembre-se — o dentista é seu par-ceiro!Depoisdoprimeirocheckupcomumanodeidade,seufilhoprecisairaodentistaregularmente.Leialivrosares-peitodeumaconsultacomodentistaemostreaseufilhooqueacontecerádu-ranteavisita.Mantenhaumamensagempositivadeseudentista.
PelaDra.GraciaCostaLopes
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O Brasil é o segundo país com amaior extensão florestal do planeta,atrás apenas da Rússia. Tem 516 mi-lhões de hectares de florestas naturaiseplantadas,oqueequivalea60,7%doterritórionacional,deacordocomdadosdoServiçoFlorestalBrasileiro(SFB).EmMinasGerais,asflorestasocupamcercade 33% do território, ou quase 20 mi-lhõesdehectares,divididos,entreáreasdosbiomasmataatlânticaecerrado.
Para garantir que a gestão dos re-cursosnaturaisnumaáreatãovastasejafeita de forma democrática, o GovernodeMinastemutilizadoinstrumentosquegarantam a inserção das comunidadesque habitam as áreas rurais, seguindoapropostadefendidapelaONUnasco-memorações do Ano Internacional dasFlorestas.Asflorestas,oubosquesmo-delo, são exemplos de iniciativas paragarantir a participação das comunida-des,incentivandoodesenvolvimentodeatividades produtivas, educativas e depesquisa.Minaséoúnicoestadobrasi-leiroquepossuiprojetosimplantados:odoCerradoeodaMataAtlântica.
O modelo surgiu no Canadá, nadécadade1990,etrazidoaoBrasil,em2005,quandoMinasGeraisteveosbos-quesdePandeiros,noNortedoEstado,edaMataAtlânticareconhecidospelaRe-deIberoamericana,quereúne,13paísesdaAméricaLatina,CaribeeaEspanha.“ApresençamineiranaRededeBosquesModelo,aindadeformaúnicanoBrasil,demonstra o acerto das políticas quevêm sendo adotadas no Estado”, afir-madiretor-geraldoInstitutoEstadualdeFlorestas(IEF),JoséCláudioJunqueira.
Mata Atlântica
Otrabalhopropostoparaa flores-ta modelo da Mata Atlântica teve seunúcleo inicial na Floresta Estadual deUaimií,emOuroPreto,efoiampliadopa-raoutroslocaisdeocorrênciadobioma,ondeoEstadojádesenvolveumintensoprogramaderecuperaçãoeconservaçãopormeiodoProjetodeProteçãodaMataAtlântica(Promata).UmdesseslocaiséaregiãodeBaependi, localizadonaSerradaMantiqueira,noSuldoEstado.
Naregião,estálocalizadooParque
EstadualdaSerradoPapagaio,emcujoentornooIEFdesenvolveumtrabalhoderecuperaçãodasáreasdeligaçãocomosParquesNacionaisdo ItatiaiaedaÁreade Proteção Ambiental da Mantiqueira,noqualascomunidadeslocaistêmparti-cipaçãoessencial.Pormeiodeparceriascom os produtores rurais da região, oIEF, desde 2007, conseguiu recuperarcerca de 2,9 mil hectares de florestas,trabalhandoem240áreasqueutilizaramcercade2,3milhõesdemudasproduzi-dasnosviveirosfamiliaresdaregião.
OPromataseiniciouem2003,apósassinatura da Cooperação Financeiraentre Brasil e Alemanha. Pelo acordo,Ministério Federal da Cooperação Eco-nômica e do Desenvolvimento (BMZ) eKfWEntwicklungsbank(BancoAlemãodeDesenvolvimento) da Alemanha investi-ram7,7milhõesdeeuroseoGovernodeMinasoutros7,3milhõesemprojetosnaáreadeMataAtlânticamineira.
A primeira fase do projeto foi en-cerradaem2007etevecomoresultadosmelhorias expressivas em 15 unidadesde conservação localizadas na área de
Minas Gerais gestão dos recursos naturais
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abrangênciadobioma.Otrabalhotam-bémpermitiuoiníciodarecuperaçãode8,6milhectaresdaMataAtlântica,quebeneficiou 851 agricultores, em 45 mu-nicípios.Asegundafasedoprojeto,queseráexecutadaentre2010e2013, teráinvestimentos de outros 15,2 milhõesdeeurosnaáreadeocorrênciadaMataAtlânticamineiraebeneficiará429muni-cípiosnasregiõesdoAltoJequitinhonha,ValedoRioDoce,ZonadaMata,Centro-SuleSuldoEstado,ondevivemcercade15milhõesdepessoas.
Cerrado
Nocerrado,otrabalhodesenvolvidoparaconservarasmatasnativasseguealinhaadotadanaregiãodoRioPandeiros,noNortedeMinas,cujoprojetodedesen-volvimento sustentável implantado peloIEFfoioembriãoparatransformaçãodaáreaemBosqueModelo.Ascomunidadeslocais receberam treinamento, equipa-mentos, insumos e assistência técnicapara o desenvolvimento de atividadesquediminuíramapressãosobreasflores-taslocaisparaproduçãodecarvão.
O gerente do Bosque Modelo doPandeiros, Kolbe Soares, observa quedesdeaimplantaçãodoprojeto,odesma-tamentoilegalnaregiãofoipraticamenteeliminado.“Umdosmecanismosadota-dospeloIEFéoestímuloaoplantiodeeucaliptosemáreas jádesmatadas,ge-randotrabalhoerendaparaapopulaçãoereduzindoademandapormadeira,le-nhaecarvãovegetal”,destaca.
Associada à redução do desma-tamento, a recuperação da coberturavegetaléumadasaçõesprimordiaisdoIEF,quevêmsendoreforçadasemtodooEstadocomaparticipaçãodeinúmerosparceiros.Éocasodotrabalhorealiza-do na região Centro-Norte do Estado,
ondeestáemcursoaçõesdeproteçãoerevitalizaçãodasÁreasdePreservaçãoPermanentenassub-baciasdorioPará.Na região, R$ 850 mil foram aplicadosem200nascentesena implantaçãode200kmdecercasparaproteçãodema-tasciliaresede topoe recuperaçãodeáreasdegradadasquebeneficiarãoapo-pulaçãode14municípios.
Os recursos para o trabalho naregião Centro-Norte são provenientesdo Programa de Aceleração do Cresci-mento (PAC),doGovernoFederal,edoFundodeRecuperação,ProteçãoeDe-senvolvimento Sustentável das BaciasHidrográficasdoEstadodeMinasGerais(Fhidro).OIEFofereceuomaterialparao cercamento das áreas, como aramee mourões de eucalipto imunizados. Amãodeobraeotransportedomaterialdoado ficaram sob a responsabilidadedos beneficiados. Em municípios comoLeandro Ferreira e Conceição do Pará,as prefeituras deram o transporte dosmateriaiscolocando-osdentrodaspro-priedadesbeneficiadas.
Odiretor-geraldoIEFobservaquearecuperaçãodeáreasdevegetaçãocon-tribui para evitar, por exemplo, futurosproblemasdedisponibilidadehídricanaregião.“Controlandoaerosão,odesma-tamento e o assoreamento, principaisproblemasencontradosnaBacia,natu-ralmentemelhoraráaqualidadedaáguaedosolo,avazãodoscursosd’águase-ráreguladacomoaumentononíveldoslençóisfreáticos”,explica.
A conservação de matas nativas earecuperaçãodeáreasdegradadassãoatividadesexecutadaspeloIEFinseridasnoProjetoEstruturadorConservaçãodoCerrado e Proteção da Mata AtlânticadoGovernodeMinas,queprevêarecu-peração de 120 mil hectares até 2011.Somente em 2010, foram recuperadoscercade20milhectares.
Fonte:AgênciaMinas
Continuação da página 14 ParquedaSerradoMaréexpandido
A Secretaria de Estado do MeioAmbiente (SMA) anunciou a expansãoda área do Parque Estadual da SerradoMar (PESM)dosatuais315milpara332.290,20 hectares. De acordo com aSMA,osbiomasdaMataAtlânticaedaSerradoMarsãoconsideradospatrimô-niosnacionaiseestaduais.
Considerou-se estudos da Procu-radoria do Patrimônio Imobiliário e daFundaçãoInstitutodeTerrasdoEstadodeSãoPaulo“JoséGomesdaSilva”.Juntos,osdoisórgãos identificaramnoentornodo Parque áreas públicas, devolutas ouremanescentesdeaçõesjudiciais,deex-tremovalorambiental,jáincorporadasouemprocessodeincorporaçãopelaFazen-dadoEstadodeSãoPaulo.
Serão duas etapas, a primeira au-mentará a área em 5.027,20 hectares,com terras que já pertencem ao pa-trimônio estadual. Os demais 12.263hectaresserãoacrescentadosàáreadoPESMconformeforemincorporadaspelaFazenda.Todasasáreassãopúblicaseenvolvem 13 cidades: Cunha, Ubatuba,SãoLuizdoParaitinga,NatividadedaSer-ra, Paraibuna, São Sebastião, Miracatu,PedrodeToledo,Salesópolis,Biritiba-Mi-rim,Bertioga,SãoBernardodoCampoeSãoPaulo.
Além da preservação da MataAtlântica,oPESMestáaproximandodosreservatóriosdeáguadacapital.Ecomonovocontorno,seaproximadeumdosladosdarepresaBillings.
Fonte:AgênciaFapesp
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AConstituiçãodaRepúblicaFede-rativadoBrasildeterminaemseuartigo216,§1º:
“O poder público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimô-nio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento, e outras for-mas de acautelamento e preservação.”
A comunidade, em colaboraçãocom o poder público, deve exercer opapeldeguardiãdeseupatrimôniocul-tural. Todos somos responsáveis pelopatrimônioculturaldenossacomunida-de e devemos cuidar para que ele sejapreservadocomonossaherançaparaasgeraçõesfuturas.
O que é o Patrimônio Cultural?
Patrimônio cultural é tudo aqui-lo que diz respeito à identidade de umpovoedeverefletiradiversidadedasuaproduçãoculturaleéformadopelasomadosseusbensculturais.
Patrimônio significa a riqueza co-mumquenósherdamoscomocidadãos,eque se vai transmitindodegeraçãoageração.
Bem cultural é o produto do pro-cessocultural,queexpressaumaépocaoucontribuiparaas transformaçõesdeumasociedadeeproporcionaaoserhu-manoconhecimentoeconsciênciadesimesmoedoambientequeocerca.
Osbensculturaispodemserassimclassificados:
Bem Cultural Tangível é aquele que,por termaterialidade,podeser tocado,podendoser:
BemImóvel:Edifícios,ruas,praças,ci-dades, igrejas, monumentos, conjuntoshistóricos,lugaresarqueológicosemes-mosalgunselementosnaturais,comoasárvores,grutas,lagos,montanhas.
BemMóvel:Obrasdeartesouartesa-natos,mobiliários,utensílios,vestuários,fotografias, livros, pinturas, objetos ar-queológicos.
Bem Cultural Intangíveléaquelequetemumaexistênciaimaterial,porexem-
plo: festas folclóricas, cultos religiosostradicionais, culinária típica, teoriascientíficas,manifestaçõesliterárias,mu-sicais,plásticasecênicas.
Porque preservar o Patrimônio Cultural?
Preservar significa um conjunto deaçõesdesenvolvidaspelopoderpúblicocomoobjetivode identificar, recuperareconservaropatrimônioculturaldeummunicípio,estadooupaís,assegurandoapopulaçãooacessoaestepatrimônioeimpedindoquevenhamaserdestruídosoudescaracterizados.Aresponsabilida-dedapreservaçãodopatrimônioculturalédecadacidadãoenãoapenasdoEs-tado.
Como preservar o Patrimônio Cultural?
O instrumento legal necessárioparaaproteçãodosbensculturaistan-gíveis (móveis e imóveis) faz-se atravésdoTombamento.Dosbensculturaisdenatureza imaterial ou intangíveis faz-seatravésdoslivrosdeRegistro
Otombamentoéumatributolegalrealizadopelopoderpúblicocomoobje-tivodegarantiraintegridadedeumbemculturalesuaperpetuaçãodamemória,impedindoqueelevenhaaserdestruí-do,descaracterizadooumutilado.
Essamodalidadejurídicadepreser-vação não altera a propriedade de umbemtombadoenemimplicaemsuade-sapropriação.Elenãodeixadepertenceraseuproprietário,quecontinuaaexercerodomínioeaposse.Obraseserviçosembenstombadossomentesãopermitidosquando visa a sua restauração ou con-servaçãoe tais intervenções devem serpreviamente aprovadas pelo órgão quefoiresponsávelpeloseutombamento.
A condição primordial para a re-alização do tombamento de um bemculturaléaconscientizaçãodoseuvalorhistórico, arquitetônico, arqueológico,artístico,museológico,paisagístico,am-biental,científicoedevalorafetivoparaapopulação.Portanto,oprimeiropasso
éasensibilizaçãodacomunidade,aver-dadeira responsável e guardiãdos seusvaloresculturais.
Quem é responsável pelo procedimento do Tombamento?
AConstituiçãoBrasileiraestabeleceque o tombamento pode ser feito pelaUnião através do IPHAN – Instituto dePesquisa Histórico e Artístico Nacional,pelo Governo Estadual através do IE-PHA– InstitutoEstadualdoPatrimônioHistórico e Artístico de Minas Gerais epelaadministraçãoMunicipal,emItajubá,atravésdoCODPHAI–ConselhoDelibe-rativodePatrimônioHistóricoeArtísticodeItajubá.Osbensculturaisquetêmre-levâncianahistóriadomunicípio,devemsertombadospeloprópriomunicípio.Otombamento também pode ocorrer emescala mundial, reconhecendo algo co-moPatrimôniodaHumanidade,oqueéfeitopelaUNESCO.
Como se processa o Tombamento?
Oprocessoconsistedeumconjuntodedocumentosquedáafundamentaçãoteóricaquejustificaotombamento.De-ve-seseguirumametodologiabásicadepesquisaeanálisedobemculturalaserprotegido,coletartodasasinformaçõesnecessáriasàsuaidentificação,conheci-mentoealocalizaçãoeumajustificativadoporqueestásendosolicitadootom-bamento. Anexar cópias de fotografiasantigaseatuais,plantasarquitetônicas,documentação cartorária e tudo maisque justifique o valor social do bem aser tombado. Caso o processo obte-nhaoparecer favoráveldo InstitutoouConselhoaquefoisubmetidooproprie-tárioseránotificadoeteráumprazodequinzediasparacontestarouconcordarcomotombamento.Apartirdestanoti-ficação,obemjáseencontraprotegidolegalmentecontradestruiçãooudesca-racterizaçãoatéquehajaahomologaçãodotombamentocomasuainscriçãonoLivrodoTomboespecíficoeaverbaçãoemcartóriodeRegistrodeImóveisondeessebemestiverregistrado.
Preservaçãodo
PorPauloJ.B.Rosas
PatrimônioCultural
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