medicina antroposófica

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Medicina Antroposófica

Dr. Ricardo Ghelman

Médico da Família, Pediatra, Residência em Oncopediatra –Unicamp, Mestre em

Anatomia e Ex-Professor Assistente de Histologia e Embriologia pela USP, Doutor

em Medicina pelo Depto de Obstetrícia na área de Toxicologia Reprodutiva pela

Unifesp, coordenador do NUMA e do Ambulatório de Antroposofia e Saúde do

Departamento de Neurologia da Unifesp, Pos doutorando (Dor e SPP)

Introdução e Princípios da Trimembração

Historia da Medicina

Medicina Hindu, Persa, Egípcia,

Chinesa e Grega

TEORIA DOS 5 ELEMENTOS

TEORIA DOS 4 HUMORES

(Biles negra, Biles Amarela, Muco e Sangue)

Diferentes níveis de consciência

Chegamos ao século XIX / XX

Reducionismo

Anatomia patológica (doença no órgão) – bisturi

Patologia celular (na célula) - microscópio

Patologia genética (no núcleo da célula) – sonda genética, PCR

Patologia molecular (nas moléculas) - ...

Reducionismo na Medicina

Visão fragmentada que levou a especialização em todas as áreas.

Conseqüências:

• Valorização das técnicas de redução

• Valorização da Genética

• Perda da Visão Holística e Humanista na Medicina

• Ganho de detalhamento molecular

CAMINHO DA ESPECIALIZAÇÃO

Entre Farmácia (Escola de Galeno)

e

Psicologia (Escola de Esculápio)

Medicina sem medicamentos e psique

No lugar

Arsenal terapêutico armado da Industria

Baseada em “sais moleculares”

Serotonina entero-hepatica “causa” nosso animo

Histórico Rudolf Steiner, PhD (1861 - 1925)

ANTROPOSOFIA,

1890

Ita Wegman, MD (1876 – 1943)

MEDICINA ANTROPOSÓFICA

1920

Gudrun Burkhard, médica USP (1930 - ...)

NO BRASIL

1968

A Medicina Antroposófica é praticada por médicos licenciados através de pós-graduação sensu latu, especialmente na

Alemanha, Suíça, Holanda, Itália e Brasil e é coordenada internacionalmente pela

Federação Internacional das Associações Medicas Antroposóficas.

Internationale Vereinigung Anthroposophischer Ärztegesellschaften (IVAA)

www.ivaa.info - Europa http://www.anthromedlibrary.com - EUA

A MA é Praticada em 80 países, há 88 anos

A Medicina Antroposófica, fundada em

1920, é uma Medicina Complementar e

Integrativa de orientação humanista que pode

ser considerada uma Racionalidade Médica

(Luz,1993).

Reconhecida pelo CFM (parecer no 21/93) como

“prática médica”.

A Medicina Antroposófica foi incluída na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS pela Portaria do Ministério da Saúde do Gabinete do Ministro de Estado da Saúde N.º 1.600, de 17 de julho de 2006.

Corpo–

Organização de quatro campos de forças que se

desenvolvem na evolução

Psique

Organização das vontades, sentimentos e

pensamentos que se desenvolvem na evolução

Individualidade (pyrus)

Essência humana que gera autoconsciência na

psique e identidade imunológica no corpo

0 42 63

Individualidade

Psíquico Somático

Desenvolvimento Humano

NOO-PSICO-SOMÁTICO

21

Terapêutica Antroposófica

com abordagem multi-disciplinar tríplice

• Área da Individualidade:

Trabalho Biográfico (médicos e psicólogos)

• Área Psíquica:

– Psicoterapia antroposófica e Terapia Artística

• Área Somática:

– Medicina e Farmácia antroposófica

– Enfermagem, Nutrição, Odontologia, Fisioterapia, Fonoaudiologia

– Terapias: Massagem Rítmica, Euritmia e Quirofonética

MEDICAMENTOS

FARMACOPÉIAS :

1. ALOPÁTICA (SINTÉTICA, FíSICO-

QUÍMICA) – 30 %

2. FITOTERÁPICA (EXTRATO, TINTURA

MÃE OU INFUSÃO com Princípios ativos

definidos)

3. DINAMIZADOS Antroposóficos

Os três sistemas orgânicos funcionais

• SISTEMA NEURO-SENSORIAL (SNS)

associado ao ectoderma

• SISTEMA RÍTMICO (SR) associado ao mesoderma

• SISTEMA METABÓLICO – MOTOR (SMM)

associado ao endoderma

SNS

SR

SMM

SISTEMA NEURO-SENSORIAL

(SNS)

SNS

Características:

•Centro cranial

•Mineralização periférica nos

ossos chatos

•Simetria lateral

•Baixa capacidade

regenerativa

•Tendência a imobilidade

• Permite sensação,

percepção e consciência

•Catabolizante

•Sentido centrípeto

•Configurante

•Ordenador

SISTEMA METABÓLICO-

SEXUAL-MOTOR (SMSM)

SMSM

Características:

•Centro caudal

•Mineralização central nos

ossos longos

•Assimetria e espiral

•Enorme capacidade

regenerativa

•Não permite sensação,

percepção e consciência

•Anabolizante

•Tendência ao movimento

•Sentido centrífugo

•Dissolvente

•Caótico

Plantas até Dinossauros (há 65 milhões)

Anabolismo da fotossíntese e Inconsciência -

clorofila

VITALIDADE

Répteis e Aves ate Homo sapiens

AUTO-CONSCIENTE

Catabolismo oxidativo e Morte neuronal - hemoglobina

CONSCIÊNCIA

Mg

Fe

SMM x SNS

Fígado x Cérebro

Hepatócito x Neurônio

CO2 X O2

Sono x Vigília

Síntese x Análise

forma convexa x forma côncava

– Dos 0-7 meses regime de pouco O2 e mais CO2, intensa vitalidade e pouca consciência. Fígado proporcionalmente gigante.

– No sétimo mês o teor de O2 se aproxima dos níveis existentes no pico do Everest (toca a superfície da Terra), momento em que o sangue começa a ser produzido dentro dos ossos, o surfactante pulmonar abre o pulmão e os olhos fetais se abrem. CO2 e fígado reduzem.

– Do 7-9 meses: aproximação da atmosfera terrestre e progressivo despertar (deposito de gordura corporal e mielina)

Da vitalidade a consciência

intra-uterina:

Como integrar os dois polos?

Mitose

Apoptose

Resolução da Polaridade

Entre Embrioblasto e Trofoblasto

Entre Ectoderma e Endoderma

Entre Apoptose e Mitose

Entre Consciência e Regeneração

Como integrar os dois polos?

SISTEMA RÍTMICO

Mediador através da respiração

(SNS) e da circulação (SM)

Sistema Rítmico

Conciliador

Harmonizador

Curador

Integrador

Psicossomática

Neo-cortex Pensamento

Sistema Límbico Sentimento

Cérebro Reptiliano Vontade

Psicossomática Antroposófica

Sistema neuro-sensorial Pensamento

Sistema rítmico Sentimento

Sistema metabólico Vontade

Saúde e Doença

Conceito de Doença e Cura

• Doença:

Desequilíbrio nos sistemas de forças, com predomínio do sistema neuro-sensorial (ectodérmico) ou sistema metabólico (endodérmico) e suas manifestações orgânico-psiquícas.

• Cura: Reequilíbrio destes sistemas de forças

Células do sangue LEUCÓCITOS – ERITRÓCITOS - PLAQUETAS

Leucócitos GRANULÓCITOS X LINFÓCITOS/MONÓCITOS

Linfócitos (CD3)

NK (CD57) - Linfócitos B - Linfócitos T

Linfócitos T

Helper (CD 4) x Supressor (CD8)

Linfócitos TH

1 x 2

TH3 (Salutogênico)

SM SNS

Polaridade nos padrões

imunológicos

Evolução hipertérmica aguda

Th1: IL-2, IL-3, IL-12, IFN-γ. FNT-β

Th 3: (equilíbrio)

Evolução hipotérmica crônica

Th2: IL-4, IL-5, IL-6, IL-9, IL-10, IL-13

|

31,5

-

|

21

|

42

|

14

|

7

|

0

|

49

|

56

|

63

Patologia e Biografia

Sistema

Metabólico

- motor

Sistema

Neuro - Sensorial Sistema

Rítmico

|

31,5

-

|

21

|

42

|

14

|

7

|

0

|

49

|

56

|

63

Saúde

TH1 TH2

Patologia e Biografia

Sistema

Metabólico

- motor

Sistema

Neuro - Sensorial Sistema

Rítmico

TH3

|

31,5

-

|

21

|

42

|

14

|

7

|

0

|

49

|

56

|

63

Saúde

TH1 TH2

Patologia e Biografia

Sistema

Metabólico

- motor

Sistema

Neuro - Sensorial Sistema

Rítmico

TH3

Doenças infecto-contagiosas Doenças crônico-degenerativas

P.ex. Doenças cardiovasculares

e Câncer

P.ex. Doenças respiratórias agudas

e doenças perinatais

|

31,5

-

|

21

|

42

|

14

|

7

|

0

|

49

|

56

|

63

Saúde

Quente Frio

Patologia e Biografia

Sistema

Metabólico

- motor

Sistema

Neuro - Sensorial Sistema

Rítmico

Doenças infecto-contagiosas Doenças crônico-degenerativas

P.ex. Doenças cardiovasculares

e Câncer

P.ex. Doenças respiratórias agudas

e doenças perinatais

Na História das Epidemias

Mudança de padrão agudo para crônico na

Modernidade

Th1 para Th2 coletivamente ao longo dos

séculos

Existe uma evolução histórica das doenças

agudas para as doenças crônicas.

Existe um padrão quádruplo de alterações

imunológicas na base de muitas doenças

crônicas.

Os mecanismos de cronificação

dependem de uma relação patológica

entre CORPO e INDIVIDUALIDADE

Nas fronteiras: (pele e mucosas)

– IMUNOSSUPRESSÃO: INFECÇÕES agudas graves

e CRÔNICAS – caminho da AIDS, Hepatites cronicas tipo B e C,

HPV, Candidíase de repetição...: redução de Anticorpos (IgA,

IgM, IgG) e do CD4

– HIPERERGIA ou ALERGIA:

elevação de Anticorpos (IgE) e do CD4 (Th2)

• SNS

– Estado de hipersensibilidade,

– Hiperatenção (insônia)

• SM

– Constipação (espasmo)

– Flatulência (má digestão)

– Extremidades frios (má circulação)

“(AL)ERGIA”

Th2

Sistema neuro-sensorial

hipertrofiado no sistema imunológico

“Estado de reatividade alterada” :

– Hiper identidade celular: Xenofobia celular,

antipatia celular (IgE) contra ácaros, poeira,

mau tempo...

Estado hiperérgico

Atopy in children of families

with an anthroposophic

lifestyle J.S. Alm, J. Swartz, G. Lilya, A. Scheynius, G. Pershagen

Lancet, 353:1485-88, 1999

Resultados significativos

• Alergia : 13% (W) x 25% ©

• Asma brônquica: 5,8%(W) x 17% ©

– Casos de broncoespasmo nos últimos 6 meses: 3,1%

(W) x 7,6% ©

• Dermatite atópica: 2,7% (W) x 8,9% ©

• Rinoconjuntivite alérgica:7,15 (W) x 14% ©

• Teste cutâneo +: 7,2% (W) x 13% ©

• Rast + (fx5, alimentos): 24% (W) x 33% ©

“A prevalência de alergia é menor em

crianças de famílias usuárias da

Antroposofia do que em crianças de

outras famílias. Fatores relacionados

ao estilo de vida antroposófico podem

reduzir o risco de atopia em crianças.”

Lancet, 353:1485-88, 1999

ALERGIA

Allergic disease and sensitization in

Steiner school children

METHODS

Cross-sectional multicenter study

including 6630 children age 5 to 13 years

(4606 from Steiner schools and 2024 from

reference schools) in 5 European countries.

J Allergy Clin Immunol. 2006 Jan;117(1):59-66

RESULTS

Overall, there were statistically

significant reduced risks for

rhinoconjunctivitis, atopic eczema, and

atopic sensitization (allergen-specific IgE

> or =0.35 kU/L), with some heterogeneity

between the countries.

CONCLUSION

Certain features of the

anthroposophic lifestyle, such as

restrictive use of antibiotics and

antipyretics, are associated with a

reduced risk of allergic disease in

children.

J Allergy Clin Immunol. 2006 Jan;117(1):59-66. Epub 2005 Nov 28.

Experiência com alergia

• Redução do uso de corticoterapia (que eleva padrão TH2).

• Melhora gradativa das crises até remissão parcial ou total

Hipercolesterolemia (Síndrome plurimetabólica e ovários policísticos)

LDL

HDL

As rotas no SMSM:

Biles

Hormônios sexuais

Pró-vitamina D

Tratamento

Absinthium D1/Resina laricis D1

Arsenicum iodatum D6/8

Oxalis D3

Chelidonium composto

Hepabile

Menodoron

Estímulo ao SMSM

Enxaqueca

(hemicrania)

• Imagem diagnostica:

• Fenômeno: cefaléia decorrente de

vasodilatação, fotofobia, redução da

consciência e padrão assimétrico

desencadeado por fatores digestivos

(alimentos ou privação) e

endocrinológicos (na TPM).

• Padrão de invasão do SMM sobre o SNS.

Conduta Terapêutica

• Imagem na natureza da organização tríplice

Sílica (Si)- atividade de estruturação translúcida (SNS)

Ferro (Fe) – mediador, quelante na hemoglobina, libera luz (SR)

Enxofre (S) – atividade expansiva, dissolutiva (SM)

Pyrita/Quartzo e Urtica urens e dioica (cristais de silicea aprisionando uma substancia sulfurosa sob alto teor de ferro)

A terapêutica medicamentosa antroposófica:

Compreensão fenomenológica

• Conceito de substância (substare, estar sob) - como matéria portadora de forças de varias naturezas,

• Pode existir combinação de diversas substâncias com intenção de equilibrar processos opostos, como acontece em medicamentos para doenças típicas,

como a enxaqueca, definida como “excesso de metabolismo no pólo neuro-sensorial”.

Mineral arquetipico

Granito

Quartzo

Ametista

Citrino

Agata

Feldspato

Na

K

Ca S

Mica

Anbelio

Fe

Si

• Kephalodoron® D3; 5% (Ferrum

sulfuricum/Silícea): a combinação de ferro

e enxofre, por um lado, age no ponto de

encontro dos processos digestivos

(metabólico – enxofre) e respiratórios

(hemoglobina – ferro), impedindo que os

processos digestivos transbordem para o

pólo neuro-sensorial.

• A silícia, ou quartzo, é caracterizada por

suas forças de estruturação, que

normalmente existem no SNS, de forma

interiorizada (pensar claro como o cristal).

substare, estar sob

Compreensão fenomenológica

Quatro Organizaçõs

Organização do EU (OE)

Organização Anímica (OA)

--------------------------------------------

Organização Vital (OV)

Organização Física (OF)

Mitose,

organização vital

Apoptose, organização

anímica

A organização física ... é avaliada através do peso (quantitativo e

qualitativo) do paciente em relação a sua leveza, da sua composição da massa corpórea, da densidade óssea (RX e Densitometria óssea), coloração pálida e textura seca da pele,.tendência a mineralização e pelo edema (água submetida às forças da gravidade). No aspecto psíquico é investigada pelo grau de melancolia (peso d’alma), rigidez e dureza mental, cristalização de idéias, idéias fixas e pela paralisia anímica.

Organização física

Órgãos associados ?

A organização vital

... é avaliada pelas formas convexas (formas infantis), pela distribuição dos líquidos, pela leveza, pela capacidade de regeneração e crescimento, pelo turgor úmido e maciez da pele, pelo cansaço e pelo Índice de Karnofski. Psiquicamente pela boa memória, pela profundidade do sono, pelo temperamento fleumático, pela inconsciência, pela adaptabilidade e pela capacidade de produção de cores fisiológicas pela visão.

Organização vital

Órgãos associados ?

A organização anímica

... é avaliada pelo tônus muscular,

motricidade grosseira e fina, sensibilidade,

agilidade, ruídos hidro-aéreos (peristalse),

distribuição da gordura e sua absorção,

sensibilidade gástrica, pressão arterial,

freqüência cardíaca e respiratória e pela

distribuição de gases. Psiquicamente pela

irritabilidade, ansiedade, atenção, vigília,

animação, dispersão e temperamento

sanguíneo.

Organização anímica

Órgãos associados ?

A organização do eu

... é avaliada pelo equilíbrio, postura,

temperatura, olhar presente e

imunocompetência. Psiquicamente pela

capacidade de concentração, pela

‘presença de espírito’, pela determinação,

pela coerência e atuação.

Maria Sílvia Abrão* Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

As quatro lemniscatas

• Esquelética

• Muscular

• Nervosa

• Circulatória

Órgãos associados ?

Entendendo as organizações no ciclo

menstrual

http://microanatomy.net/Reviews/Female%20reproductive%20review.pdf

(OV)

Pico Ovulatório: Pico de Hipertermia

(OE) - Centramento

http://microanatomy.net/Reviews/Female%20reproductive%20review.pdf

(OA)

http://microanatomy.net/Reviews/Female%20reproductive%20review.pdf

Menstruação

• Afastamento da OE localmente:

– com perda de relação com o sangue que cai

na gravidade

– Hipotermia

– Imunidade TH2

– Perda do centramento (OA>OE – TPM)

– Espaço aberto para outro EU

http://microanatomy.net/Reviews/Female%20reproductive%20review.pdf

padrões de secreção dos hormônios esteróides ovarianos e dos h. gonadotróficos

OV OA

OE

OE

CICLO MENSTRUAL

Ciclos das Organizações

CICLO OVARIANO

CICLO HORMONAL

CICLO

HIPOTÁLAMO-

HIPOFISÁRIO

caso não

ocorra a

fecundação...

preparo para possível: ENTRADA DE OUTRO EU

CALOR (aproximação da OE)

DOR (AO)

RUBOR (OF)

TUMOR (OV)

Inflamação, “Intensificação” das 4

organizações no corpo

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