mÁquina e equipamentos de mediÇÃo e controle ensaios ... · identificação de diferenças inter...
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PROGRAMAS DE ENSAIOS DE PROFICIÊNCIA
PEP EXACTUS 002/ 2016
MÁQUINA E EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO E CONTROLE
ENSAIOS MECÂNICOS – VÁLVULA DE SEGURANÇA
Relatório Final
Emitido em 30/08/2016
Apoio:
PEP-DOC02- rev00 - PEP 002/2016 Página 2 de 17
ENSAIO DE PROFICIÊNCIA EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
VÁLVULA DE SEGURANÇA
Período de inscrição: 01/03/2016 a 29/04/2016
RELATÓRIO FINAL N° 002/16
ORGANIZAÇÃO PROMOTORA DO ENSAIO DE PROFICIÊNCIA
COMITÊ DE ORGANIZAÇÃO
Gerson Eduardo de Mello (Exactus Metrologia e Qualidade)
Diego Elias Ritter (Exactus Metrologia e Qualidade)
COMITÊ TÉCNICO
Alessandro de Souza (ABSI)
Exactus Metrologia e Qualidade
Endereço: Av Protásio Alves, 4629 - Sala 204
Porto Alegre - RS
CEP 91310-002
Telefone: (51) 93345870/ 93351509
E-mail para contato: interlab@exactusmetrologia.com.br
PEP-DOC02- rev00 - PEP 002/2016 Página 3 de 17
1 Sumário
2 Introdução ............................................................................................... 4
3 Materiais e Métodos .................................................................................. 5
3.1 Item de Ensaio ................................................................................................ 5
3.2 Metodologia do EP ........................................................................................... 5
3.3 Parâmetros ensaiados ...................................................................................... 6
3.4 Avaliação de Desempenho................................................................................ 7
3.5 Estabilidade do Item de Ensaio ......................................................................... 7
3.6 Valor Designado .............................................................................................. 8
4 Resultados ............................................................................................... 9
4.1 Análise de Normalidade .................................................................................... 9
4.2 Resultados dos participantes .......................................................................... 10
4.3 Erro Normalizado ........................................................................................... 12
5 Análise dos resultados e observações ....................................................... 13
5.1 Estabilidade e repetitividade do item de ensaio ................................................ 13
5.2 Metodologia adotada ..................................................................................... 13
5.3 Erros sistemáticos .......................................................................................... 14
6 Conclusões ............................................................................................. 14
7 Laboratórios Participantes ....................................................................... 16
8 Referências Bibliográficas ........................................................................ 17
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2 Introdução
Uma válvula de segurança é um dispositivo automático de alívio de pressão caracterizada por
uma abertura instantânea quando atingida a pressão de abertura e assim aliviando o gás. É
chamando de válvula de alívio o dispositivo semelhante que é utilizado para aliviar a pressão de um
líquido. Quando este dispositivo é projetado para aplicações com ambos os tipos de fluidos, tanto
gasoso ou líquido, trata-se de uma válvula de segurança e alivio.
As válvulas de segurança são de extrema importância sendo utilizadas em caldeiras e vasos de
pressão, conforme regulamentado no Brasil pela NR-13. Pois trata-se de um dispositivo de segurança
que atua como uma salvaguarda em caso de aumento de pressão, evitando assim uma ruptura ou
explosão com graves consequências.
Desta forma é obrigatória e verificação periódica da pressão de abertura das válvulas de
segurança e portanto é muito importante o desenvolvimento da metrologia associada a estes
ensaios.
O Ensaio de Proficiência (EP) é uma ferramenta indispensável para a determinação do
desempenho e avaliação da competência técnica de laboratórios em ensaios ou calibrações. A
participação dos laboratórios em programas de ensaio de proficiência (PEP) é fundamental para o
aumento da credibilidade dos resultados das medições e, consequentemente, facilitar o comércio
internacional e prevenir barreiras técnicas. De acordo com a norma ISO IEC 17043:2011 as
comparações interlaboratoriais são amplamente utilizadas para vários propósitos e seu uso vem
crescendo internacionalmente.
A Exactus Metrologia e Qualidade é uma empresa independente que realiza prestação de
serviços em assessoria e treinamentos nas áreas de metrologia e qualidade. No intuito de colaborar
ainda mais para o desenvolvimento metrológico dos laboratórios e organizações interessadas, a
empresa iniciou a atividade de Provedor de Ensaios de Proficiência (PEP) por comparação
interlaboratorial. Esta atividade visa demonstrar a competência nos controles da qualidade dos
laboratórios, a fim de que possam cumprir com as exigências de seus sistemas de gestão.
As Comparações interlaboratoriais têm como principais objetivos:
Avaliação do desempenho de laboratórios para ensaios ou medições específicas e
monitoramento do desempenho contínuo de laboratórios;
Identificação de problemas em laboratórios e início de ações de melhoria que podem estar
relacionadas, por exemplo, a ensaios ou procedimentos de medição inadequados, à
efetividade do treinamento da equipe e supervisão ou calibração de equipamentos;
Estabelecimento da efetividade e comparabilidade de métodos de ensaio ou métodos de
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medição;
Provimento de confiança adicional aos clientes do laboratório;
Identificação de diferenças Inter laboratoriais;
Educação de laboratórios participantes baseada em resultados das comparações Inter
laboratoriais;
Validação da incerteza declarada.
Este relatório apresenta os resultados da avaliação de desempenho dos participantes do
ensaio de proficiência com Válvula de Segurança, organizado pela Exactus Metrologia e Qualidade.
3 Materiais e Métodos
3.1 Item de Ensaio
Tabela 3.1 – Descrição do item de comparação
Equipamento Válvula de Segurança Criogênica Código 1.4308
Fabricante Herose Valor de nominal de abertura 17,00 bar
Modelo 06388 TUV SV 07-780 Valor de divisão ----
3.2 Metodologia do EP
Para este EP foi utilizada uma válvula de segurança criogênica. O instrumento ficou instalado
em uma bancada fixa no laboratório da empresa ABSI Service Comércio e Instrumentação LTDA,
localizado na Rua General Lecor, 979, Bairro Ipiranga – São Paulo – CEP 04213-021. Cada
participante se deslocou até o local para realização do ensaio. Optou-se por este método afim de
evitar os efeitos do transporte e deslocamento da válvula.
Os seguintes itens ficaram a disposição do técnico na bancada:
- Garrafa de Nitrogênio.
- Bancada para realização do ensaio dotada de copo de água e mangueira para verificação de
bolhas (foto abaixo).
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Figura 3.1 – Banca do ensaio.
Este EP foi tratado como um trabalho de rotina do laboratório de cada participante, onde cada
um deve utilizar seus procedimentos de rotina ou normas de referência nas medições.
Cada laboratório utilizou seus próprios padrões de pressão, sendo que todos os equipamentos
e padrões utilizados pelos laboratórios participantes deveriam estar rastreados a padrões nacionais
ou internacionais de medição. O Laboratório de referência do EP (ABSI) realizou o ensaio no item
imediatamente antes do início das comparações, no meio e no final do período. Os resultados
destes ensaios foram utilizados para a obtenção do valor designado.
3.3 Parâmetros ensaiados
Este EP contou com os seguintes parâmetros de ensaio:
Ensaio de vedação (conforme ou não conforme)
Pressão de abertura (abertura inicial), em bar
Pressão de fechamento, em bar
Ficou a critério de cada participante realizar ou não o ensaio de fechamento conforme seu
escopo. Para a análise estatística de desempenho foi considerado apenas os parâmetros de ensaio
que tiveram no mínimo 2 (dois) participantes.
O ensaio de vedação é realizado por cada participante conforme seu procedimento de rotina
afim de certificar que a válvula apresenta adequada estanqueidade possibilitando a realização do
ensaio. O resultado deste teste é reportado apenas como: “conforme” ou “não conforme”.
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3.4 Avaliação de Desempenho
A referência para avaliação de desempenho do programa é a norma ISO 13528:2005, devido à
descrição detalhada e confiável dos critérios e métodos de análise estatística dos resultados, além
de ser uma referência da norma ISO/IEC 17043.
A coordenação técnica da Exactus é responsável pelos cálculos e pela avaliação de desempenho
dos participantes.
A análise da atuação estatística é calculada por meio da equação do erro normalizado (En),
conforme segue:
𝐸𝑛 =(𝑋𝑙𝑎𝑏 − 𝑋𝑣)
√𝑈𝑙𝑎𝑏2 + 𝑈𝑟𝑒𝑓
2
Onde,
Xlab: resultado obtido pelo participante;
Xv: valor de referência (obtido pelo laboratório de referência);
Ulab: incerteza expandida do resultado do participante;
Uref: incerteza expandida do valor de referência.
O desempenho dos participantes será avaliado da seguinte forma:
- SATISFATÓRIO, se o resultado do │En│≤ 1,0;
- INSATISFATÓRIO, se o resultado do │En│> 1,0.
A interpretação do erro normalizado é apresentada a seguir: │En│ ≤ 1,0 Indica desempenho
satisfatório e não gera sinal de ação para o participante; │En│ > 1,0 Indica desempenho
insatisfatório e gera um sinal de ação para o participante.
3.5 Estabilidade do Item de Ensaio
A estabilidade do item de ensaio foi avaliada calculando-se o erro normalizado entre as
calibrações sucessivas realizadas pelo laboratório de referência, tanto para o ensaio de abertura e
fechamento.
Tabela 3.2 – Estabilidade do item
Estabilidade do item En
A1 e A2 0,88
A1 e A3 0,57
A2 e A3 0,32
F1 e F2 0,88
F1 e F3 0,39
F2 e F3 0,49
Sendo que:
- A1 / F1: Ensaio de abertura / fechamento inicial;
- A2 / F2: Ensaio de abertura / fechamento intermediário
- A3 / F3: Ensaio de abertura / fechamento final
Foi observado que o erro normalizado não ultrapassou a unidade em nenhum ponto, portanto
o item de ensaio possui estabilidade.
3.6 Valor Designado
Conforme mencionado no item 3.2, o valor designado para o ensaio de abertura e fechamento
da válvula de segurança (𝑉𝑟𝑒𝑓) foi determinado pelos resultados dos ensaios da ABSI Service
Comércio e Instrumentação Ltda., laboratório acreditado segundo a norma NBR ISO/IEC 17025 pela
CGCRE no Brasil sob o registro CRL 0229. Foi realizado um ensaio no início (𝑉𝑟𝑒𝑓1)), no intermédio
(𝑉𝑟𝑒𝑓2)) e no final (𝑉𝑟𝑒𝑓3)) do EP.
Em cada ponto, o valor designado foi definido pela média aritmética dos resultados das três
calibrações.
𝑉𝑟𝑒𝑓 =𝑉𝑟𝑒𝑓1 + 𝑉𝑟𝑒𝑓2 + 𝑉𝑟𝑒𝑓3
3
A incerteza de cada ponto foi determinada pela combinação das incertezas destas
calibrações através da lei da propagação da incerteza.
𝑈𝑟𝑒𝑓 = 𝑘. √((𝑉𝑟𝑒𝑓𝑚𝑎𝑥 − 𝑉𝑟𝑒𝑓𝑚𝑖𝑛𝑖𝑚𝑜 )
√3)
2
+ (1
3. 𝑢𝑟𝑒𝑓1)
2
+ (1
3. 𝑢𝑟𝑒𝑓2)
2
+ (1
3. 𝑢𝑟𝑒𝑓3)
2
+ 2.1
3𝑢𝑟𝑒𝑓1.
1
3𝑢𝑟𝑒𝑓2 . 𝑟𝑟𝑒𝑓1;𝑟𝑒𝑓2
+ 2.1
3𝑢𝑟𝑒𝑓1.
1
3𝑢𝑟𝑒𝑓3. 𝑟𝑟𝑒𝑓1;𝑟𝑒𝑓3 + 2.
1
3𝑢𝑟𝑒𝑓2.
1
3𝑢𝑟𝑒𝑓3 . 𝑟𝑟𝑒𝑓2;𝑟𝑒𝑓3
𝑉𝑟𝑒𝑓1 = 𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑎 𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑐𝑎𝑙𝑖𝑏𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑙𝑎𝑏𝑜𝑟𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎
𝑉𝑟𝑒𝑓2 = 𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑎 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑎 𝑐𝑎𝑙𝑖𝑏𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑙𝑎𝑏𝑜𝑟𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎
𝑉𝑟𝑒𝑓3 = 𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑎 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑎 𝑐𝑎𝑙𝑖𝑏𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑙𝑎𝑏𝑜𝑟𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎
𝑈𝑟𝑒𝑓 = 𝑖𝑛𝑐𝑒𝑟𝑡𝑒𝑧𝑎 𝑑𝑜 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒𝑠𝑖𝑔𝑛𝑎𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜
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𝑢𝑟𝑒𝑓1 = 𝑖𝑛𝑐𝑒𝑟𝑡𝑒𝑧𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑖𝑛𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 1
𝑢𝑟𝑒𝑓2 = 𝑖𝑛𝑐𝑒𝑟𝑡𝑒𝑧𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑖𝑛𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 2
𝑢𝑟𝑒𝑓3 = 𝑖𝑛𝑐𝑒𝑟𝑡𝑒𝑧𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑖𝑛𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 3
𝑟𝑟𝑒𝑓1;𝑟𝑒𝑓2 = 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 1 𝑒 2
𝑟𝑟𝑒𝑓1;𝑟𝑒𝑓3 = 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 1 𝑒 3
𝑟𝑟𝑒𝑓2;𝑟𝑒𝑓3 = 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 2 𝑒 3
𝑘 = 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑎𝑏𝑟𝑎𝑛𝑔ê𝑛𝑐𝑖𝑎
A Tabela 3.3 apresenta os valores das calibrações realizadas pelo Laboratório de referência para
a válvula utilizada neste EP.
Tabela 3.3 - Resultados das calibrações do Laboratório Referência
ENSAIO VALOR (bar) Incerteza (%) Incerteza (bar)
Abertura (kgf/cm²)
16,91 0,12 0,02
16,88 0,12 0,02
16,89 0,13 0,02
Fechamento (kgf/cm²)
16,64 0,12 0,02
16,62 0,12 0,02
16,63 0,13 0,02
A Tabela 3.4 apresenta os valores de referência para avaliação dos participantes.
Tabela 3.4 – Valor designado
ENSAIO VALOR (bar) Incerteza (bar)
Abertura média 16,89 0,03
Fechamento médio 16,63 0,03
4 Resultados
4.1 Análise de Normalidade
Antes de se iniciar a determinação dos erros normalizados dos participantes é de suma
importância realizar uma análise geral no PEP, verificando se houve ou não uma normalidade dos
resultados entre os participantes. Esta condição é fundamental para que as análises estatísticas
aqui empregadas tenham valor. Se os resultados dos sete laboratórios participantes (incluindo o
laboratório referência), não apresentarem uma distribuição normal na maioria dos pontos por
exemplo, já sinaliza um investigação e identificação e possíveis ações corretivas, sendo necessário
novas rodadas para avaliar a eficácia as ações corretivas.
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Neste EP, foi testada esta condição para cada ensaio (abertura e fechamento) conforme o
teste de Shapiro-Wilk. Os resultados apresentam normalidade se o P-valor for maior que 0,05
conforme tabelas abaixo:
Tabela 4.1 – Teste de Normalidade
Ensaio de Abertura
Testes de Normalidade Testes Estatísticas P-valores
Shapiro - Wilk 0,921832976 0,44
Ensaio de Fechamento
Testes de Normalidade
Testes Estatísticas P-valores
Shapiro - Wilk 0,8428891 0,1377
4.2 Resultados dos participantes
Os resultados de cada participante são exibidos nas Tabela 4.2,
Tabela 4.3 e Tabela 4.4 respeitando a formatação adotada por cada um destes no registro dos
resultados. Todos participantes reportaram o teste de vedação da válvula como “conforme” o que
possibilitou a realização completa do ensaio.
Tabela 4.2 – Teste de vedação da válvula.
Código Teste de vedação
Ref Conforme
EXA01 Conforme
EXA02 Conforme
EXA03 Conforme
EXA04 Conforme
EXA05 Conforme
EXA06 Conforme
EXA07 Conforme
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Tabela 4.3 – Resultados para o ensaio de abertura.
Código Valor (kgf/cm²) Incerteza
EXA01 16,9 0,035
EXA02 16,9 0,035
EXA03 17,04 0,0098
EXA04 16,79 0,11
EXA05 17,08 0,08
EXA06 16,898 0,17
EXA07 16,974 0,05
Tabela 4.4 – Resultados para o ensaio de fechamento.
Código Valor (kgf/cm²) Incerteza
EXA01 16 0,035
EXA02 16 0,035
EXA03 15,8735 0,0098
EXA04 - -
EXA05 - -
EXA06 16,619 0,17
EXA07 16,828 0,05
As Figura 4.1 e Figura 4.2 apresentam graficamente os resultados dos participantes. A média
do valor obtido é representada por um ponto e a incerteza por um segmento de reta. O valor de
referência é apresentado pela linha contínua vermelha e as linhas pontilhadas sua incerteza. Cada
participante é representado por seu código.
Figura 4.1 - Resultados para o ensaio de abertura da válvula.
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Figura 4.2 - Resultados para o ensaio de fechamento da válvula
4.3 Erro Normalizado
Conforme reportado no item 3.4, foi calculado o erro normalizado de cada participante para
ambos os ensaios como forma de análise de desempenho. As Tabela 4.5 e Tabela 4.6 apresentam
os resultados numéricos:
Tabela 4.5 – Erro normalizado por participante para o ensaio de abertura.
Código Erro Normalizado
Abertura (En) Conceito
EXA01 0,18 SATISFATÓRIO
EXA02 0,18 SATISFATÓRIO
EXA03 4,50 INSATISFATÓRIO
EXA04 0,89 SATISFATÓRIO
EXA05 2,19 INSATISFATÓRIO
EXA06 0,04 SATISFATÓRIO
EXA07 1,40 INSATISFATÓRIO
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Tabela 4.6 - Erro normalizado por participante para o ensaio de fechamento.
Código Erro Normalizado Fechamento (En)
Conceito
EXA01 13,53 INSATISFATÓRIO
EXA02 13,53 INSATISFATÓRIO
EXA03 23,55 INSATISFATÓRIO
EXA04 ---- ----
EXA05 ---- ----
EXA06 0,06 SATISFATÓRIO
EXA07 3,41 INSATISFATÓRIO
5 Análise dos resultados e observações
Ensaio de abertura: De uma forma geral, em relação a primeira rodada, houve um aumento
significativo dos resultados satisfatórios na abertura, tendo em vista a padronização de alguns
pontos da metodologia de ensaio que causavam discrepâncias.
Ensaio de fechamento: Quanto ao fechamento, mostra-se claramente a falta de padronização
pois apenas um laboratório obteve conceito satisfatório. Será necessário padronizar melhor o
procedimento de fechamento para que se possa ter uma melhora significativa na metodologia.
5.1 Estabilidade e repetitividade do item de ensaio
Conforme foi apresentado no item 3.5 e pelos resultados da Tabela 3.3 verificou-se que o item
possui estabilidade (En < 1 entre os ensaios) e repetitividade (valor baixo de incerteza do valor
designado). Analisando-se os valores de incerteza reportados pelos participantes observa-se
também que se obteve boa repetitividade dos resultados, pois foi especificado no programa do EP
que cada participante deve realizar no mínimo 02 ciclos de ensaio (os participantes reportaram a
média dos resultados).
5.2 Metodologia adotada
Verifica-se que não existe uma norma ou documento orientativo do Inmetro para a realização
de ensaios em válvulas de segurança. Portando, conforme determinado neste EP (PEP-DOC01_002
e PEP-FOR-08_002-rev00 - Instruções de Uso), foi adotado algumas ações dentro do procedimento
de ensaio, a fim de buscar uma melhor comparatividade dos resultados.
Pelo fato de atualmente não existir uma norma válida que padronize o ensaio de válvula de
segurança adotou-se a padronização de alguns aspectos da metodologia a fim de que haja
possibilidade de comparação. Estas definições foram obtidas através da análise dos resultados da
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rodada anterior e de contribuições dos participantes.
Os aspectos relevantes que foram acordados foram os seguintes:
a) Utilização do borbulhador: Foi disponibilizado um borbulhador que ficou junto da válvula
para que seja utilizado durante o ensaio. Todos os participantes deveriam utilizar o
borbulhador para determinação do ponto de abertura e fechamento da válvula. Esse é um
fator que pode determinar a variabilidade dos resultados.
Abertura: A leitura foi realizada ao sinal da primeira bolha formada.
Fechamento: A leitura foi realizada no momento em que cessou a formação de bolhas
b) Manômetro Padrão: Deveriam escolher um padrão de tal forma que, de preferência o
fundo de escala do manômetro padrão não ultrapasse 2,0 vezes o valor nominal da válvula.
c) Estimativa da incerteza de medição: Para o cálculo de incerteza, deveriam ser
computadas no mínimo, as seguintes fontes:
Incerteza de calibração do padrão
Incerteza da curva de calibração do padrão
Deriva do padrão
Resolução do padrão
Desvio padrão das leituras realizadas no ensaio
Obs.: os erros sistemáticos do padrão deverão ser corrigidos utilizando a curva de
calibração do padrão;
O nível de confiança declarado da incerteza deverá ser de 95,45%;
5.3 Erros sistemáticos
Quando trabalhamos com ensaios de válvulas, utilizamos normalmente manômetros como
referência. É de vital importância corrigir os erros sistemáticos desses padrões, utilizando-se de
curvas de correção dos padrões. Além disso, a incerteza da curva desses padrões deve ser calculada
e inserida como uma fonte de incerteza do ensaio. A não correção dos erros sistemáticos do padrão
de pressão também pode ter contribuído para o distanciamento do valor de referência
6 Conclusões
Entende-se que uma válvula de segurança como sendo um item delicado para a realização de
comparação interlaboratorial. Verificou-se que a metodologia adotada foi adequada para o EP, pois
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utilizada uma bancada fixa no laboratório de referência e o item não foi transportado entre
laboratórios, e assim obteve-se estabilidade do item durante o EP sendo perfeitamente viável a uso
desta metodologia.
Quanto a metodologia adotada pelos laboratórios, ficou evidente a necessidade da padronização
de uma metodologia com critérios mais específicos em relação a determinação dos pontos de
abertura e fechamento. Para tanto torna-se importante a discussão entre os laboratórios
interessados e órgãos reguladores para definição de normas para este ensaio.
Percebeu-se claramente que os resultados de abertura tiveram uma melhora significativa em
relação a rodada anterior, tendo em vista os acertos de metodologia realizados para essa rodada
É provável que o critério o específico da determinação do ponto de fechamento tenha sido a
maior causa da grande dispersão dos resultados e consequentemente o enquadramento de não
conforme para a maioria dos participantes no quesito de Erro Normalizado.
Embora tenha-se alertado no programa sobre as fontes de incerteza a serem consideradas,
ficou evidente a disparidade dos valores encontrados pelos participantes o que demonstra que ainda
não se tem uma consistência nesta determinação. O cálculo do erro normalizado enfraquece em
credibilidade a partir do momento em que a incerteza não é estimada de uma forma consistente.
A Exactus, através do comitê técnico deste EP, irá promover um canal de discussão e envio de
sugestões pelos participantes para definições dos pontos mais críticos neste tipo de ensaio,
procurando uma padronização de metodologia. Após essa etapa, será realizada uma nova rodada
deste EP com detalhes suficientes para que haja um melhor desempenho dos participantes.
Recomenda-se a participação dos laboratórios nesta nova rodada. Pretende-se assim, após as
necessárias rodadas, contribuir com a metrologia nacional propondo-se a elaboração de novas
normas ou instruções técnicas afim de uniformizar a metodologia adotada.
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7 Laboratórios Participantes
Sete laboratórios se inscreveram nesse EP além do laboratório de referência, sendo que
todos participaram do ensaio de abertura e quatro participaram do ensaio de fechamento.
A lista dos laboratórios que enviaram os resultados à coordenação desse EP é apresentada na
Tabela 7.1. É importante ressaltar que a numeração da tabela é apenas indicativa do número de
laboratórios participantes no EP, não estando, em hipótese alguma, associada à identificação dos
laboratórios na apresentação dos resultados.
A identidade dos participantes em relação aos resultados do ensaio é confidencial, sendo
conhecido apenas pelo responsável do laboratório e pela organização deste ensaio de proficiência.
Tabela 7.1 – Lista de Participantes
N PARTICIPANTES
1 ABSI Service Com de Instrumentação Ltda
2 Aferitec Comprovações Metrológicas e Comércio Ltda
3 M.C.O Manutenção e Comercio Ltda
4 Laboratório MEC-Q SP
5 Megasteam Instrumentação & Mecânica Ltda - RS
6 Megasteam Instrumentação & Mecânica Ltda - SP
7 Revcal Comércio e Manutenção de Insrumentos de Precisão Ltda
8 Setin-Man – Serviços Técnicos de Instrumentação e Manutenção Ltda/EPP
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8 Referências Bibliográficas
[1] ABNT NBR ISO/IEC 17043:2011: Avaliação de Conformidade – Requisitos Gerais para
ensaios de proficiência.
[2] Guia Para a Expressão da Incerteza de Medição, 3ª edição, 2003, Inmetro. Capítulo 5 e E3.
[3] ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005: Requisitos gerais para a competência de laboratórios de
ensaio e calibração.
[4] Vocabulário Internacional de Metrologia: conceitos fundamentais e gerais e termos
associados (VIM 2012). 1ª Edição Luso – Brasileira.
[5] ISO IEC 13528:2005: Statistical methods for use in proficiency testing by interlaboratory
comparisons
[6] Guia nº 10 - Inspeção de Válvula de Segurança e Alívio – IBP, 2002.
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