literária - viver sóbrio cap 2 e 3

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ALCOÓLICOS ANÔNIMOS é uma irmandade de homens e mulheres que compartilham suas experiências, forças e esperanças a fim de resolver o seu problema comum e

ajudarem outros a se recuperarem do alcoolismo.

O único requisito para se tornar membro é o desejo de parar de beber. Para ser membro de A.A. não há taxas nem mensalidades. Somos auto-suficientes graças às

nossas próprias contribuições.

A.A. não esta ligado a nenhuma seita ou religião, nenhum movimento político, nenhuma organização ou instituição não deseja entrar em qualquer controvérsia;

não apóia nem combate quaisquer causas.

Nosso propósito primordial é mantermo-nos sóbrios e ajudar outros alcoólicos a alcançarem a sobriedade."

Reflexão do dia 29 de JulhoDÁDIVAS ANÔNIMAS DE BONDADE

Como alcoólicos ativos estávamos sempre procurando um donativo de um e de outro.

AS DOZE TRADIÇÕES ILUSTRADAS PG. 14

O desafio da Sétima Tradição é um desafio pessoal, lembrando-me para compartilhar e dar de mim mesmo. Antes da sobriedade a única coisa que eu sempre sustentei foi o meu hábito de beber. Agora meus esforços são um sorriso, uma palavra amável e bondosa.

Vi que precisava carregar meu próprio peso e permitir aos meus novos amigos caminhar comigo porque, pela prática dos Doze Passos e das Doze Tradições, nunca havia tido algo tão bom.

2 – EVITAR O PRIMEIRO GOLE

3 – PLANO DAS 24 HORAS

“VIVER SÓBRIO”

2- Evitar o primeiro gole

Expressões comumente ouvidas no A.A. são: "Se você não tomar esse primeiro gole, não pode ficar bêbado" e "Uma bebida é demais, e vinte não satisfazem".

Muitos de nós, quando começamos a beber, nunca queríamos ou nunca tomávamos mais de um ou dois tragos. Mas, com o passar do tempo, aumentamos a quantidade. Depois, com o passar dos anos, encontramo-nos bebendo cada vez mais, alguns de nós embriagando-se e continuando bêbados demais.

Podia ser que nosso estado nem sempre se mostrasse em nosso falar ou caminhar; mas, nessa época, nunca estávamos totalmente sóbrios.

Se isso chegava a nos preocupar, tentávamos reduzir a bebida, limitarmo-nos a um ou dois goles ou mudar de bebida forte para o vinho. Finalmente, tentávamos limitar a quantidade a fim de não ficarmos tão desastradamente bêbados. Ou até mesmo ocultar quando bebíamos.

Contudo todas essas medidas tornavam-se cada vez mais difíceis. Vez por outra, procurávamos entrar em abstinência e, por certo tempo, nada bebíamos.

Com o tempo, voltávamos a beber - só uma. E, como aquela parecia não nos causar dano sério, achávamos, que podíamos tomar outra. Talvez fosse só isso que tomássemos no momento, e era grande alívio verificar que podíamos tomar uma ou duas...e depois parar. Alguns de nós fizemos isso muitas vezes.

Mas a experiência provou que tudo não passava de uma armadilha que nos convencia de que podíamos beber com segurança. Então, chegava a ocasião (uma comemoração especial, uma perda pessoal ou nenhum acontecimento em particular) quando dois ou três goles nos deixavam muito bem, e assim achávamos que mais dois não podiam fazer mal.

E, sem a menor intenção de fazê-lo, encontrávamo-nos de novo, bebendo em exagero, sem realmente querer.

Tais experiências repetidas forçaram-nos inapelavelmente, esta conclusão lógica: se não tivéssemos tomado o primeiro gole, nunca ficaríamos bêbados.

Portanto, em vez de planejar não beber mais e limitar o número de bebidas ou a quantidade de álcool, aprendemos a nos concentrar em evitar aquele gole que lhe dá começo.

Parece quase ridiculamente simplista, não é? É duro para muitos de nós acreditarmos que nunca, por nós mesmos, o imaginamos antes de vir para o A.A. (Naturalmente para falar a verdade, nós nunca quisemos mesmo abandonar a bebida, até aprendermos algo sobre o alcoolismo.) Mas o ponto-chave é: sabemos, agora, que isto é que funciona.

Em vez de tentar avaliar quantos goles podemos suportar (quatro, seis, uma dúzia?) lembramos: somente não tome esse “primeiro gole”. É bem mais simples. O hábito de pensar desta maneira ajudou centenas de milhares a permanecerem sóbrios durante anos.

Os médicos especialistas em alcoolismo nos dizem que há abalizado fundamento clínico para evitar o primeiro gole. É este que leva, imediatamente ou mais tarde, à compulsão para beber cada vez mais, até nos encontrarmos em dificuldade com a bebida novamente. Muitos de nós viemos a acreditar que o alcoolismo é dependência de uma droga - o álcool -e, como dependentes de qualquer sorte que desejam manter a recuperação temos de nos manter distantes da primeira dose da droga que nos fez seus dependentes. Nossa experiência parece provar isso, como se pode ler no livro "Alcoólicos Anônimos" e na nossa revista "Vivência", e você pode ouvi-la onde quer que membros de A.A. se reúnam e a partilhem.

TEMPO.PPSX

3- O plano das 24 horas

O TEMPO É FLÚIDO

CORRER CONTRA O TEMPO

ELE É SOBERANO

PERDEMOS TEMPO

VISÃO DO TEMPO

O TEMPO NÃO PÁRA

APROVEITAR O TEMPO

DESCOMPLICAR O TEMPO

O TEMPO NÃO RETROCEDE

PLANO DAS 24 HORAS

3- O plano das 24 horas

Em nossos dias de bebedeira, freqüentemente passamos tão mal que juramos: "Nunca mais!" Fizemos votos até por um ano ou prometemos a alguém que não iríamos beber durante três semanas ou três meses. E, é claro, tentamos ficar abstêmios por algum tempo.

Éramos absolutamente sinceros ao fazer essas promessas rangendo os dentes. De todo o coração desejávamos jamais voltar a embriagar-nos. Estávamos decididos. Prometendo deixar de beber totalmente, tencionando afastar-nos do álcool por tempo indeterminado.

Todavia, apesar de nossas intenções, o resultado foi, quase que inevitavelmente o mesmo. Com o passar dos dias, apagava-se a lembrança dos votos e do sofrimento que nos levou a fazê-los. Bebemos de novo e vimo-nos envolvidos em mais dificuldades. Nosso incisivo "nunca mais" não durou muito.

Aqueles dentre nós que faziam juramentos mantinham uma reserva.

A promessa de não beber era referente apenas a "bebida forte", não a cerveja ou vinho. Foi desse modo que aprendemos, se é que já não sabíamos, que a cerveja e o vinho podiam embriagar também – bastava beber quantidade superior à de bebidas destiladas.

Acabávamos tão bêbados com cerveja ou vinho como antes com as bebidas fortes.

É verdade que muitos de nós desistimos do álcool por completo, mantendo os juramentos até o prazo terminar... E, então, finda a "secura" voltamos a beber e logo nos vimos enroscados outra vez, sobrecarregados de novas culpas e remorsos.

Com este passado de lutas, agora no A.A. tentamos evitar as expressões "lei seca" e "fazer juramentos". Elas nos fazem recordar nossos fracassos.

Mesmo compreendendo que o alcoolismo é uma condição permanente, irreversível, nossa experiência nos ensinou a não fazer promessas a longo prazo a respeito de não beber. Achamos mais realista - e mais seguro - dizer: "Só por hoje não tomo o primeiro gole."

Embora tendo bebido ontem, podemos planejar não beber hoje. É possível que venhamos a beber amanhã - quem sabe se estaremos vivos - mas, durante estas 24 horas, decidimos não beber. Sejam quais forem as tentações ou a provocação, determinamo-nos ir aos extremos necessários para evitar um gole hoje.

Nossos amigos e nossas famílias estão compreensivelmente cansados de ouvir-nos jurar: "Desta vez é pra valer" e, depois, nos ver chegar cambaleando. De modo que não lhes prometemos, nem uns aos outros, deixar a bebida. Cada um promete a si mesmo. Afinal, é nossa própria saúde e nossa vida que estão em jogo.

Nós, e não nossas famílias ou nossos amigos, devemos dar os passos necessários para permanecermos bem.

Se o desejo de tomar um trago é realmente grande, muitos de nós dividimos as 24 horas em períodos menores. Decidimos, por exemplo, não beber pelo menos durante uma hora; agüentamos o desconforto durante mais uma hora; depois outra; e assim por diante. Na realidade, toda recuperação do alcoolismo começou por uma simples hora de sobriedade.

Uma outra maneira é simplesmente adiar o (próximo) gole.

O próximo gole, é possível que o tomemos depois, mas agora nós o adiamos pelo menos pelo dia de hoje ou pelo momento presente.

O plano das 24 horas é bastante flexível. Podemos recomeçá-lo a qualquer momento, onde quer que estejamos. Em casa, no trabalho, num bar, num hospital, ás quatro da tarde ou ás três da manhã, podemos decidir não tomar um gole durante as próximas 24 horas ou nos próximos cinco minutos.

Renovado assim continuamente, este plano evita a fragilidade da "lei seca" ou dos juramentos. Os períodos de "lei seca" ou de juramento sempre terminavam (como planejado), e nos julgávamos livres para beber de novo. Mas o hoje está sempre presente. A vida é o dia-a-dia. O hoje é tudo que temos. E qualquer pessoa pode passar um dia sem beber.

Primeiro, tentamos viver no presente só para não beber - e vemos que funciona.

E, depois que essa idéia se torne parte de nosso modo de pensar, verificamos que viver a vida em pedacinhos de 24 horas é uma forma eficaz e agradável de lidar com outros assuntos também.

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