instruÇÃo tÉcnica n.13/2017 pressurizaÇÃo de escada de ... · tipos de pcf c resumo de...
Post on 19-Sep-2018
224 Views
Preview:
TRANSCRIPT
NOVEMBRO/2017
ESTADO DE RONDÔNIA
SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA, DEFESA E CIDADANIA
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
ESTADO MAIOR GERAL
COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS
SUMÁRIO
1 Objetivo
2 Aplicação
3 Referências normativas e bibliográficas
4 Definições
5 Procedimentos
ANEXOS
A Tabela 1 – Níveis de pressurização
B Tabela 2 – Áreas típicas de escape para quatro
tipos de PCF
C Resumo de exigências para os diversos tipos
de edificações com sistemas de pressurização
D Condições para instalação de casa de
máquinas de pressurização no pavimento
cobertura
E Condições para não se revestir os dutos
metálicos de sucção e/ou pressurização
F Esquema geral do sistema de pressurização
G Modelo de cálculo de vazão do Sistema
INSTRUÇÃO TÉCNICA n.13/2017 – PRESSURIZAÇÃO DE
ESCADA DE SEGURANÇA
NOVEMBRO/2017
2 INSTRUÇÃO TÉCNICA n. 13/2017 – PRESSURIZAÇÃO DE ESCADA DE SEGURANÇA
1. OBJETIVO
1.1 Estabelecer os requisitos mínimos necessários para
o dimensionamento da pressurização de escadas de
segurança em edificações, conforme previsto no
Regulamento Estadual de Segurança Contra Incêndio e
Pânico (Decreto Estadual n° 21.425 de 29 de novembro
de 2016).
1.1 Manter as escadas de emergência livres da fumaça,
de modo a permitir a fuga dos ocupantes de uma
edificação no caso de incêndio. Esse sistema também
pode ser acionado em qualquer caso de necessidade de
abandono da edificação.
2. APLICAÇÃO
Esta Instrução Técnica (IT) se aplica a todas as
edificações descritas no Anexo B.
3. REFERÊNCIAS NORMATIVAS E
BIBLIOGRÁFICAS
NBR 9050 - que trata da adequação das edificações e
do imobiliário urbano à pessoa deficiente –
Procedimento.
NBR 9077 – Saídas de emergência em edifícios. NBR
10898 – Sistemas de iluminação de emergência.
NBR 11742 – Porta corta-fogo para saída de
emergência.
NBR 13768 – Acessórios destinados à porta corta- fogo
para saída de emergência – requisitos.
NBR 14880 – Saídas de emergência em edifícios –
Escada de Segurança – Controle de fumaça por
pressurização.
NBR 16401 – Instalações de ar-condicionado -
Sistemas centrais e unitários.
NBR 17240 - Sistemas de detecção e alarme de
incêndio.
BS-5588-4 (British Standards Institution) -
Pressurização de escadas de segurança.
ASHRAE (American Society of Heating, Refrigerating
and Air-Conditioning Engineers) Handbook - Normas
ASNI / ASHRAE 51.
HVAC (Heating, Ventilating, and Air-Conditioning, and
Refrigeration) Publications – Recomendação Técnica
DW /143 da Heating and Ventilation Contractors’
Association (HVAC).
SMACNA (Sheet Metal and Air Conditioning
Contractors’ National Association) Publications HVAC
Duct Construction - Metal and Flexible.
HVAC System Duct Design; HVAC Air Duct Leakage
Test Manual.
AMCA (Air Movement and Control Association
International, Inc.) - AMCA 203, pelaliteratura Field
Performance Measurement of Fan System; AMCA-210
e o Manual da AMCA “Fans and Systems” - publicação
201-90 - “O fator do efeito do sistema” (System Effect
Factor) e suas tabelas.
Norma ISO 6944 – Fire Resistance Tests – Ventilation
Ducts ou similar.
4. DEFINIÇÕES
Para os efeitos desta Instrução Técnica aplicam-se as
definições constantes da IT 03 - Terminologia de
segurança contra incêndio.
5. PROCEDIMENTOS
5.1 Conceitos básicos do sistema de
pressurização
5.1.1 Princípio geral da pressurização:
a) Considera-se um espaço pressurizado quando este
receber um suprimento contínuo de ar que possibilite
manter um diferencial de pressão entre este espaço e
os adjacentes, preservando-se um fluxo de ar através de
uma ou várias trajetórias de escape que conduzem o ar
para o exterior da edificação;
b) Para a finalidade prevista nesta IT, o diferencial de
pressão deve ser mantido em nível adequado para
impedir a entrada de fumaça no interior da escada;
c) O método estabelecido nesta IT também se aplica às
escadas de segurança com pavimentos abaixo do piso
de descarga.
5.1.2 Pressurização de 1 ou 2 estágios:
O sistema de pressurização pode ser projetado de duas
NOVEMBRO/2017
3 INSTRUÇÃO TÉCNICA n. 13/2017 – PRESSURIZAÇÃO DE ESCADA DE SEGURANÇA
formas:
5.1.2.1 Sistema de 1 estágio: para operar somente em
situação de emergência;
5.1.2.2 Sistema de 2 estágios: incorporar um nível baixo
de pressurização, para funcionamento contínuo, com
previsão para um nível maior de pressurização que entra
em funcionamento em uma situação de emergência.
5.1.2.3 Recomenda-se dar preferência para a opção do
sistema de 2 estágios, para que se mantenha um nível
mínimo de proteção em permanente operação, bem
como propiciar a renovação de ar no volume da escada.
5.1.3 Elementos básicos de um sistema de
pressurização:
a) Sistema de acionamento e alarme;
b) Ar externo suprido mecanicamente;
c) Trajetória de escape do ar;
d) Fonte de energia garantida.
5.1.4 Unidades adotadas:
Toda e qualquer proposta de Sistema de pressurização
deve seguir os critérios de apresentação e
desenvolvimento de acordo com o estabelecido abaixo:
Vazão (Q) = m³/s
Velocidade (V) = m/s
Área (A) = m²
Pressão (P) = Pa (Pascal), ou mmH2O (milímetro de
coluna d’água)
Potência= CV (Cavalo Vapor) ou HP (Horse Power)
Temperatura em graus Celsius = ºC
Altura da edificação (h) = m
5.1.5 Níveis de pressurização adotados:
5.1.5.1 O nível de pressurização utilizado para fins de
projeto não deve ser menor que o apresentado na
Tabela 1 do Anexo A desta IT e não deve ultrapassar o
limite de 60 Pa, considerando-se todas as PCF (portas
corta-fogo) de acesso à escada, na condição fechadas.
5.1.5.2 Os edifícios utilizados por crianças, idosos e ou
pessoas incapacitadas precisam de considerações
especiais, a fim de assegurar que as PCF possam ser
abertas, apesar da força criada pelo diferencial de
pressão.
5.1.5.3 Na determinação da vazão e pressão dos
motoventiladores para obtenção da pressurização, no
interior dos espaços pressurizados, devem ser
avaliadas as perdas de carga localizadas em todos os
componentes de captação e distribuição do sistema
(dutos, venezianas, grelhas, joelhos, dampers, saídas
dos motoventiladores, rugosidades das superfícies
internas dos dutos etc.). Estas perdas devem constar no
memorial de cálculo, atendendo as seguintes condições:
a) Desenvolvimento do cálculo do suprimento de ar
necessário considerando as duas situações previstas no
item 5.1.6 abaixo:
I. Escape de ar com todas as portas do espaço
pressurizado na condição fechada (equação 2);
II. Escape de ar considerando as portas na condição
abertas, conforme a quantidade estipulada no Anexo B
desta IT (equação 3);
b) Desenvolvimento do cálculo das perdas de carga ao
longo da rede de captação e distribuição ar,
considerando todas as singularidades. Deve constar
também a velocidade do fluxo de ar em todos os trechos
e acessórios, que devem estar dentro dos limites
estipulados nesta IT. Tabelas e ábacos de fabricantes
de acessórios podem ser considerados para
determinação das perdas de carga de singularidades, a
partir da velocidade e vazão;
c) A velocidade do fluxo de ar em todo o trecho de
captação deve ser de, no máximo, 8 m/s e, no trecho de
distribuição: máximo de 10 m/s quando o duto for
construído em alvenaria ou gesso acartonado e de
15m/s quando o duto for construído em chapa metálica.
No dimensionamento, adotar parâmetros do manual da
ASHRAE (American Society of Heating, Refrigerating
and Air-Conditioning Engineers), podendo ser aceitas
velocidades diferentes, quando se tratar de edificação
existente, desde que não haja possibilidade técnica de
adequação, devidamente justificada.
5.1.6 Suprimento de ar necessário:
5.1.6.1 Cálculo do suprimento de ar
Para determinação do primeiro valor de suprimento de
ar:
Necessário para obtenção de um diferencial de pressão
entre o ambiente a ser pressurizado e os ambientes
contíguos, deve-se adotar a equação 1. Essa equação
depende diretamente da área de restrição e do
NOVEMBRO/2017
4 INSTRUÇÃO TÉCNICA n. 13/2017 – PRESSURIZAÇÃO DE ESCADA DE SEGURANÇA
diferencial de pressão entre os ambientes contíguos. A
área de restrição é determinada pelo escape de ar para
fora do espaço a ser pressurizado, quando o ar passa,
por exemplo, pelas frestas ao redor de uma PCF.
O diferencial de pressão é o mínimo estabelecido na
Tabela 1 do Anexo A desta IT, ou seja, 50 Pa.
Equação 1:
Q = 0,827 x A x (P) (¹/N)
Onde:
Q = é o fluxo de ar (m³/s);
A = é a área de restrição (m²);
P = é o diferencial de pressão (Pa);
N = é um índice que varia de 1 a 2;
No caso de frestas em torno de uma PCF, N =2
No caso de frestas em vãos estreitos, tais como frestas
em torno de janelas, N = 1,6
Vazão de ar (condição padrão de ar com densidade de
1,204 kg/m3).
5.1.6.2 Trajetórias de escape em série e paralelo
a) Na trajetória de escape do ar para fora de um espaço
pressurizado, podem existir elementos de restrição
posicionados em paralelo, tal como ilustrado na Figura 1,
ou em série, como apresentado na Figura 2, ou ainda
uma combinação desses.
Figura 1 – Trajetórias de escape do ar em paralelo
b) No caso de trajetórias de escape do ar em paralelo,
com as portas do ambiente, conforme figura 1 acima, a
área total de escape é determinada pela simples soma
de todas as áreas de escape envolvidas, então:
Equação 2:
Atotal = A1 + A2 + A3 + A4
Figura 2 – Trajetórias de escape do ar em série
c) No caso das portas em série, como a PCF da escada
e a PCF da antecâmara não ventilada a ela associada,
como demonstrado na Figura 2 acima, temos:
Equação 3:
1 = 1 + 1 + 1 + 1
(Atotal)² (A1)² (A2)² (A3)² (A4)²
d) O escape total e efetivo de uma combinação de
trajetórias de escape do ar em série e em paralelo, pode
ser obtido combinando sucessivamente grupos simples
de escape isolados (PCF da escada e da antecâmara
pressurizada do mesmo pavimento), com os outros
equivalentes (PCF em paralelo).
5.1.6.3 Áreas de escape a partir de uma escada
pressurizada.
De maneira geral, o escape de ar a partir de uma escada
ocorre:
a) Por meio das frestas em torno das PCF (quando
essas estiverem fechadas), devendo ser adotados os
valores constantes da Tabela 2 do Anexo A desta IT;
b) Por meio do vão de luz das PCF consideradas na
condição abertas, na quantidade estipulada na Tabela
do Anexo B desta IT, somadas às perdas pelas frestas
das demais PCF consideradas na condição fechadas;
c) Por meio das frestas no entorno de portas de
elevadores e janelas existentes no espaço pressurizado.
5.1.6.4 Portas corta-fogo abertas e outras aberturas:
a) Para ser eficaz, a escada de emergência deve ter
seus acessos protegidos por PCF, sendo inevitável que
estas sejam abertas ocasionalmente. A pressurização
projetada não pode ser mantida, se houver grande
abertura entre a área pressurizada e os espaços
adjacentes;
NOVEMBRO/2017
5 INSTRUÇÃO TÉCNICA n. 13/2017 – PRESSURIZAÇÃO DE ESCADA DE SEGURANÇA
b) Caso haja uma abertura permanente (uma janela
dentro da caixa de escada, por exemplo), deve ser
considerada a introdução de vazão de ar suficiente para
se obter uma velocidade média do ar, através desta
abertura, de 4 m/s;
c) Abertura intermitente das PCF, quando do abandono
da edificação, produz, momentaneamente, uma perda de
pressão no interior da escada. Nesta situação, a vazão
de ar determinada pela Equação 1 deve ser avaliada
para que seja obtida uma condição satisfatória para
minimizar a infiltração de fumaça no interior da escada
nesta situação, devendo possibilitar a manutenção de
uma velocidade de ar mínima de 1,0 m/s saindo através
das PCF consideradas na condição abertas;
d) Os critérios para verificação da velocidade do ar a que
se referem os itens seguintes são os estipulados no item
5.1.6.5, adiante;
e) O número de PCF, na condição abertas, a ser utilizado
nos cálculos, depende do tipo de edificação,
considerando-se o número de ocupantes e as
dificuldades encontradas para o abandono, devendo
obedecer aos critérios estipulados no Anexo B, desta IT;
f) Uma PCF considerada na condição aberta (em relação
ao estabelecido no Anexo B, desta IT) deve ser
acrescentada no cálculo do suprimento de ar do sistema
de pressurização, em edificações de escritório até 21 m
de altura onde existem locais de reunião de público, com
capacidade para 50 ou mais pessoas (tais como
auditórios, refeitórios, salas de exposição e
assemelhados). Esse critério deve ser desconsiderado
quando o local de reunião de público estiver no piso de
descarga (térreo ou nível com saída direta para o
exterior) ou em mezaninos do piso térreo com acessos
através de escadas exclusivas, de tal modo que a escada
pressurizada não seja utilizada como rota predominante
de saída de emergência para esse público;
g) Devem ser considerados os vãos e frestas reais de
todas as PCF da caixa da escada pressurizada,
conforme especificado abaixo, na quantidade estipulada
no Anexo B desta IT:
I. PCF simples, quando todos os acessos à escada
pressurizada ocorrer apenas através de PCF simples;
II. PCF duplas, quando a quantidade de PCF duplas
instaladas for igual ou superior à quantidade de PCF
abertas - critério esse estipulado no Anexo B desta IT,
para efeito de dimensionamento de escapes de ar por
meio de PCF na condição abertas;
III. PCF duplas e PCF simples na mesma caixa de
escada, quando a quantidade de PCF duplas for inferior
à quantidade de PCF consideradas na condição abertas
(conforme critério estipulado no Anexo B desta IT, para
efeito de dimensionamento de escapes de ar por meio
de PCF na condição abertas) devem ser consideradas
todas as PCF duplas e, na quantidade devida,
complementar com PCF simples. Neste caso, cada PCF
dupla deve ser computada como uma PCF aberta e não
como duas, embora devam ser somados o vão de luz
real de cada PCF dupla e simples consideradas.
h) Em edificações existentes é comum o uso da
pressurização de um amplo hall e o uso da PCF no
acesso às unidades residenciais ou unidades de
escritório etc., como estabelecido na figura 1 do item
5.1.6.2. Nesses casos, o número de PCF duplas ou
simples calculadas (respeitando-se suas áreas), deve
ser de 4 para edificações com até 60 m de altura, sendo
que acima desse valor é exigido o cálculo de 5 PCF
abertas.
OBSERVAÇÃO:
O número máximo de PCF por pavimento em contato
com esse ambiente pressurizado deve ser de 4 PCF
simples. Características diferentes devem ser avaliadas
em Comissão Técnica do CBMGO.
NOTA:
A vazão total requerida para o sistema de pressurização
de escadas deve ser calculada pela equação abaixo:
Equação 4:
Se QFT > QAT, então QT = QFT
Se QFT < QAT, então QT = QAT
ONDE:
QT= vazão total requerida do sistema de pressurização;
QFT= vazão total das frestas com todas as portas
fechadas (m³/s) conforme Equação 1;
QAT= vazamento de ar através das portas consideradas
na condição abertas somadas às frestas das demais
portas, na condição fechadas (m³/s), com velocidade de
1 m/s.
OBSERVAÇÃO: em todos os casos, levar em
NOVEMBRO/2017
6 INSTRUÇÃO TÉCNICA n. 13/2017 – PRESSURIZAÇÃO DE ESCADA DE SEGURANÇA
consideração a condição padrão do ar.
5.1.6.5 Estimativa da velocidade de saída do ar através
da PCF aberta:
a) Na prática, a velocidade de saída do ar deve ser
obtida dividindo-se a vazão de ar de suprimento
(equação 1) pela área de abertura total;
b) A área de abertura total deve ser calculada somando-
se as áreas das PCF consideradas abertas (ver anexo
B, desta IT) e as frestas das demais PCF previstas na
escada, na condição fechada;
c) Quando a velocidade obtida no cálculo especificado
no item “a” acima for inferior ao parâmetro mínimo
estabelecido, a vazão de ar deve ser aumentada até que
seja alcançado o valor requerido (1 m/s);
d) Sobre o valor de vazão de ar obtido conforme itens “a”
ou “c” acima, devem ser aplicados os fatores de
vazamentos em dutos e de vazamentos não
identificados, conforme item 5.1.6.6;
e) Para atender a todas as hipóteses de escapes de ar e
de vazamentos não identificados, contidos nesta IT,
invariavelmente a escada pressurizada deve ser provida
de dispositivos que impeçam que a pressão no seu
interior eleve-se acima de 60 Pa, devido ao excesso de
ar que pode ser necessário.
5.1.6.6 Vazamentos em dutos e vazamentos não
identificados
Para se determinar a vazão de ar total requerida, após o
desenvolvimento da equação 4, constante do item
anterior, acrescentar ao resultado final, conforme
equação 5, abaixo, os fatores de vazamentos de ar em
dutos e de vazamentos não identificados:
a) Acrescentar 15% para vazamentos em dutos
metálicos ou 25% para dutos construídos em alvenaria
ou mistos, sendo que esses valores porcentuais devem
ser considerados independentemente do comprimento
dos dutos;
b) Acrescentar 25% para atender à hipótese de
vazamentos não identificados:
I. QTS = QT + 15% (vazamentos em dutos metálicos) +
25% (vazamentos não identificados);
II. QTS = QT + 25% (vazamentos em dutos de alvenaria
ou mistos) + 25% (vazamentos não identificados).
ONDE:
QT = vazão total requerida do sistema de pressurização
(m³/s) conforme equação 4, levando-se em
consideração a condição padrão do ar;
QTS = vazão total requerida do sistema de
pressurização (m³/s) conforme equação 4 acrescida dos
fatores de segurança, levando-se em consideração a
condição padrão do ar.
NOTA:
A vazão total requerida para o sistema de pressurização
de escadas, somada aos dois fatores de segurança
acima descritos, deve ser calculada conforme abaixo:
Equação 5:
QTS = QT x 1,4
(Quando se tratar de duto metálico)
ou
QTS = QT x 1,5
(Quando se tratar de duto de alvenaria ou misto)
5.1.6.7 A antecâmara de segurança do elevador de
emergência deve ser pressurizada, adotando- se os
critérios do item 5.1.6.8 e da Tabela 1 do Anexo A, desta
IT, e apresentar as seguintes características:
a) No cálculo da vazão de ar de pressurização, deve ser
considerado o escape de ar através das aberturas no
entorno da passagem de cabos de aço e outros no topo
do poço do elevador; no piso da casa de máquinas; e
em série com o escape pelas frestas das portas de
acesso ao elevador nos diversos pavimentos;
b) O cálculo para determinação da vazão de ar de
pressurização deverá considerar as frestas das portas
do elevador e das PCF de acesso às antecâmaras
conforme a Tabela 2 do Anexo A. Considerando que
esses parâmetros dimensionais poderão estar alterados
na conclusão da obra, a vazão de ar introduzida em
cada antecâmara deve ser regulada para que a pressão
interna não ultrapasse a 60 Pa;
c) Quando contígua com a escada pressurizada, a
antecâmara, quando não pressurizada por duto
exclusivo, deve ser pressurizada pelo mesmo sistema
da escada, através de vasos comunicantes, controlados
por venezianas unidirecionais, reguláveis e
independentes em cada nível de pavimento, de forma a
NOVEMBRO/2017
7 INSTRUÇÃO TÉCNICA n. 13/2017 – PRESSURIZAÇÃO DE ESCADA DE SEGURANÇA
manter um gradiente de pressão no sentido do interior
da escada pressurizada para a antecâmara de
segurança, neste caso, considerar o escape de ar
através dessas janelas no cálculo do suprimento total de
ar necessário para o sistema de pressurização da
escada (adotar as frestas e vão reais efetivos);
d) Ser protegida por PCF P-90, no acesso à antecâmara
de segurança, a partir do pavimento;
e) A casa de máquinas deve ser independente e isolada
em relação aos demais elevadores, com paredes com
TRRF, mínimo de, 2 h e acessos por PCF P-90;
f) Alternativamente, pode ser adotada a pressurização
das antecâmaras do elevador de emergência a partir do
poço do elevador que, nesse caso, funcionará como um
duto de pressurização, para tanto, avaliar as condições
para se manter as antecâmaras pressurizadas até o
limite de 60 Pa, considerando-se as resistências das
frestas no entorno das portas dos elevadores e PCF de
acesso em cada pavimento – precaver-se de que haja
um fluxo de ar contínuo entre esse espaço pressurizado
com os ambientes contíguos e, desses, com aberturas
permanentes para o exterior da edificação. As paredes
do poço do elevador devem seguir os critérios do item
5.3.3, desta IT;
5.1.6.8 Também, alternativamente, pode-se fazer o
acesso ao elevador de segurança diretamente por um
patamar da escada pressurizada, a partir de um hall
disposto fora da rota de circulação das pessoas na
escada, formando um ambiente único com a caixa de
escada. No ingresso a este conjunto, verificar a
necessidade, ou não, da exigência da antecâmara de
segurança conforme item 5.1.6.8 desta IT; o gradiente
de pressão entre a escada e a antecâmara pode ser
obtido por meio de grelha unidirecional, no sentido da
escada para a antecâmara. A dimensão do acesso ao
elevador emergência deve possuir espaço livre (largura)
de, no mínimo, 1,50 m, não podendo esse espaço, em
nenhuma hipótese, interferir no raio de escoamento da
escada de segurança.
5.1.6.9 Antecâmara de segurança de escada
pressurizada:
a) Para as edificações residenciais com altura superior a
120m e para as demais ocupações com altura superior
a 90m será exigida, além da pressurização da escada de
segurança, a existência de uma antecâmara de
segurança;
b) Essa antecâmara deve possuir as seguintes
características:
I. Ser interposta entre a escada pressurizada e as áreas
comuns ou privativas da edificação, em todos os níveis
de pavimento, considerando-se a partir do piso de
descarga, nos sentidos ascendente e descendente
(pavimentos superiores e inferiores ao nível da
descarga) dentro do critério de altura fixado na Tabela
do Anexo B desta IT;
II. Ser protegida por PCF P-60, tanto no acesso à
antecâmara de segurança quanto no acesso à escada
pressurizada.
c) Deve haver um diferencial de pressão (DDP) entre a
antecâmara de segurança e o interior da escada
pressurizada, garantindo-se dessa forma o gradiente de
pressão no sentido do interior da escada pressurizada
para a antecâmara de segurança; para realizar essa
DDP, o Corpo de Bombeiros aceita:
I. A previsão de insuflação somente na escada,
deixando uma abertura na parede entre a escada e cada
antecâmara, adotando o princípio de vasos
comunicantes, com um único dispositivo de controle de
pressão localizado no interior da escada. A abertura
mencionada deve ser dotada de dispositivo que garanta
o fluxo de ar somente no sentido da escada à
antecâmara, impedindo o fluxo da antecâmara à
escada. O sistema deve ser dimensionado
considerando as aberturas de frestas da antecâmara ao
exterior, incluindo o poço do elevador;
II. Sistemas de pressurização independentes entre a
escada e as antecâmaras, com dutos, ventiladores e
controles exclusivos para cada sistema, tendo um nível
de pressurização mais alto na escada e mais baixo nas
antecâmaras, se aceita o controle de pressurização pela
variação da rotação dos ventiladores utilizando
inversores de frequência na alimentação elétrica de
seus motores;
d) A antecâmara de segurança deve possuir dimensões
mínimas de acordo com a IT 11;
OBSERVAÇÃO:
Quando exigido (ver Anexo B), as antecâmaras de
segurança das escadas pressurizadas e dos elevadores
de emergência, localizadas em níveis inferiores ao piso
de descarga, devem possuir as mesmas características
mencionadas acima.
e) As edificações existentes estão isentas do
cumprimento do estabelecido neste item, caso haja
NOVEMBRO/2017
8 INSTRUÇÃO TÉCNICA n. 13/2017 – PRESSURIZAÇÃO DE ESCADA DE SEGURANÇA
impossibilidade técnica de adaptação.
5.1.6.9 Com a finalidade de eliminar o risco de redução
de desempenho do ventilador, em termos de vazão,
deve ser considerado o “efeito do sistema”, atendendo
aos parâmetros definidos pelo fabricante. Normas de
referência: Normas ASNI/ASHRAE 51; AMCA-210 e o
Manual da AMCA “Fans and Systems” - publicação 201-
90 - “O fator do efeito do sistema” (System Effect Factor)
e suas tabelas.
5.1.6.10 Cálculo de pressão:
A apresentação da memória de cálculo da perda de
pressão no circuito de transporte de ar do sistema não é
obrigatória, porém pode ser exigida pelo Diretoria de
Atividades Técnicas - DAT, a comprovação da
metodologia de cálculo, para esclarecimentos do valor
obtido.
5.2 A EDIFICAÇÃO
5.2.1 Aspectos gerais:
a) Cuidados especiais devem ser avaliados para
dimensionamento do sistema de pressurização de
escada de segurança para edificação com altura
superior a 80 m, principalmente quanto à velocidade
máxima nos dutos, vazão e perdas;
b) A edificação deve ser planejada de forma a atender
aos requisitos do sistema de pressurização, garantindo
o seu funcionamento com relação às condições descritas
nesta IT;
c) Todos os componentes do sistema de pressurização
(dutos, grupo motoventilador, grupo motogerador
automatizado) devem ser protegidos contra o fogo por
no mínimo 2 h (exceção feita às portas corta-fogo que
devem ser do tipo P-90, nas casas de máquinas), a fim
de garantir o abandono dos ocupantes da edificação,
bem como, o acesso ao Corpo de Bombeiros;
d) Pisos escorregadios nas proximidades das PCF de
acesso aos espaços pressurizados devem ser evitados;
e) Portas corta-fogo devem estar de acordo com a norma
NBR 11742, e serem instaladas de forma a atender às
premissas básicas do projeto de pressurização de
escadas. Caso contrário, a pressurização perde sua
função e deve ser reavaliada, ou dispositivos
complementares, junto a esta PCF, devem dar as
garantias do projetado na pressurização. Tais
dispositivos não podem alterar as características de
resistência ao fogo das PCF;
f) Atenção especial deve ser dada às edificações que
possuam acesso de pessoas portadoras de deficiência
física;
g) Quando a pressurização da escada dificulta o
fechamento das PCF (como exemplo, PCF posicionada
no pavimento de descarga), dispositivos de fechamento
devem ser dimensionados de forma a vencer esta força.
Tais dispositivos devem ser capazes de mantê-las
fechadas contra a pressão do sistema de pressurização;
h) Deve ser prevista sinalização nas PCF, na face
externa à escada, com os seguintes dizeres: “ESCADA
PRESSURIZADA”, seguindo critérios da IT 20;
i) Visando à selagem como forma de não prejudicar o
estabelecido no item 5.1.6.4 desta IT, deve ser
considerado o controle da porosidade das paredes que
envolvem as escadas, bem como, dos dutos de sucção
e pressurização, construídos em alvenaria;
j) Deve ser previsto sistema de detecção de fumaça e
iluminação de emergência nos seguintes locais: casa de
máquinas de pressurização; sala do grupo motogerador
automatizado; no ambiente onde se localizar os
acionadores manuais alternativos dos motoventiladores;
em qualquer outro local que possua contato direto com
a escada pressurizada;
k) Caso exista algum compartimento ou equipamento
que, direta ou indiretamente, possa gerar dúvida quanto
à sua real interferência no sistema de pressurização,
como por exemplo, sistema de controle de fumaça, o
projeto deve ser submetido à análise de Comissão
Técnica;
l) Devem ser projetados sistemas de pressurização para
as escadas que atenderem os pavimentos abaixo do
piso de descarga e subsolos, caso esses pisos sejam
utilizados para atividades diversas de estacionamento
de veículos ou possuam altura ascendente maior que
12m.
5.2.2 Edifícios com múltiplas escadas
a) Em edifícios com múltiplas escadas pressurizadas,
devem ser instalados sistemas independentes de
pressurização para cada escada. A exigência de
sistemas independentes se aplica aos equipamentos a
serem instalados, devendo estes serem independentes
para cada escada (conjunto motoventilador, dutos de
insuflamento, registros e grelhas), e quanto ao ambiente
NOVEMBRO/2017
9 INSTRUÇÃO TÉCNICA n. 13/2017 – PRESSURIZAÇÃO DE ESCADA DE SEGURANÇA
onde serão instalados os motoventiladores (proteção
passiva dos sistemas) pode-se aceitar uma casa de
máquinas única, desde que seja dimensionada conforme
item 5.2.4 desta IT, em especial as letras “e’”, “j”, “n” e
“o”. Esse conceito se aplica igualmente para os sistemas
de detecção automática de incêndio e para o grupo
motogerador, que pode ser único para alimentação dos
sistemas de pressurização de uma edificação;
b) Não devem ser aceitas escadas de segurança com
aberturas entre si (uma escada se comunicando com a
outra, através de dutos, janelas etc.), quando se tratarem
de quantidade mínima de escadas exigidas para a
edificação, conforme IT 11 - Saídas de emergência ou
Código de Obras local;
c) No caso de uma escada em que for utilizado o recurso
arquitetônico de aproveitamento de área da caixa de
escada, mantendo-se as larguras e unidades de
passagens, com duas entradas distintas para a mesma
caixa de escada em um mesmo nível, é permitida a
pressurização por um único duto, devendo-se levar em
conta o número de portas abertas, frestas e perdas em
duplicata, não podendo diminuir o número mínimo de
escadas previstas para a edificação;
d) Como regra geral, deve-se evitar o uso de escadas de
segurança pressurizadas e escadas simples ou
enclausuradas sem pressurização, quando ocupam o
mesmo espaço (mesmo ambiente – por exemplo:
mesmo corredor de acesso). Casos específicos poderão
ser aceitos pelo Corpo de Bombeiros, desde que o
responsável técnico cite claramente, no memorial
específico, que as ventilações do ambiente (por
exemplo: ventilações permanentes nas fachadas, nos
corredores de acesso e outras) garantam a não
interferência da escada pressurizada sobre as demais.
5.2.3 Relação entre a pressurização e o sistema de ar-
condicionado:
a) A circulação de ar promovida pelo sistema de
condicionamento de ar ou de exaustão mecânica deve
ser projetada de modo a manter a trajetória do fluxo de
ar no sentido contrário ao estabelecido para o abandono
da população da edificação, a fim de diminuir o risco das
rotas de fuga serem atingidas pela fumaça oriunda do
incêndio. Caso isso não seja atendido, devem ser
previstos dispositivos de fechamento automático, que
garantam o bloqueio da passagem de fumaça em caso
de incêndio. Portanto, esses dispositivos devem ser
utilizados quando existir o risco desses dutos e/ou
sistemas contribuírem para o alastramento do incêndio,
ou não atenderem aos critérios de compartimentação
horizontal e/ou vertical;
b) Na situação de emergência (em funcionamento do
sistema de pressurização), todo o sistema de circulação
de ar existente na edificação deve ser projetado para
imediata interrupção do seu funcionamento;
c) Sistemas de exaustão podem ser mantidos ligados
desde que promovam um fluxo favorável ao sentido do
escape de ar do sistema de pressurização de escada,
sendo que tais casos devem ser analisados em
Comissão Técnica;
d) O sistema de alarme e detecção de incêndio também
deve ser o responsável pelo comando das alterações
necessárias no sistema de ventilação e ar condicionado.
O sinal, que deve dar início a todas estas alterações na
operação desses sistemas, deve vir da mesma fonte
que aciona a pressurização na situação de emergência;
e) Detector de fumaça dentro dos dutos de retorno do ar
condicionado pode ser utilizado como sistema auxiliar
de acionamento do sistema de pressurização, devendo
o mesmo ser adequadamente instalado e ter sua
eficiência comprovada por meio de ensaio, de acordo
com NBR 17240.
5.2.4 Estruturas de proteção e garantias de
funcionamento do sistema de pressurização:
a) A edificação deve proporcionar a proteção adequada
contra incêndio para todos os componentes que
garantam o funcionamento do sistema de
pressurização;
b) Os dutos de sucção e/ou pressurização, seus
ancoramentos ou seus revestimentos contra incêndio,
em seu caminhamento interno ou externamente à
edificação, não devem passar por ambientes que
possam prejudicar (com danos mecânicos, químicos ou
do próprio incêndio) a eficiência do sistema de
pressurização;
c) Os dutos de sucção e/ou pressurização, no seu
caminhamento devem, de preferência, estar
posicionados o mais próximo possível ao teto (laje) dos
ambientes, sendo que quaisquer outras instalações
devem estar posicionadas logo abaixo, desde que
atendam aos requisitos do item 5.2.4, letras (f, g e h)
desta IT;
d) Os ancoramentos dos dutos e outros acessórios,
NOVEMBRO/2017
10 INSTRUÇÃO TÉCNICA n. 13/2017 – PRESSURIZAÇÃO DE ESCADA DE SEGURANÇA
necessários ao sistema de pressurização, não podem
servir funcionalmente a outros tipos de instalações;
e) Cabos elétricos e dutos de sucção e/ou pressurização
devem estar devidamente protegidos contra a ação do
fogo em caso de incêndio, garantindo o acionamento e o
funcionamento do sistema de pressurização para no
mínimo 2 h;
f) Os dutos de sucção e/ou pressurização, para que não
seja exigido o revestimento contra incêndio, devem estar
afastados de sistemas de vasos sob pressão, baterias
de GLP ou sistemas alimentados por gás natural, de
nafta ou similares e depósitos ou tanques de
combustível, de acordo com o estabelecido no Anexo D
desta IT;
g) Para os riscos citados no item 5.2.4 letra (f), em que
não consiga os afastamentos estabelecidos no Anexo D
(todos desta IT), além da proteção que garanta
resistência ao fogo por 2 h nos dutos de sucção e/ou
pressurização, deve ser prevista distância mínima,
medida no plano horizontal, de 2 m desses riscos;
h) Caso o afastamento de 2 m entre as tubulações que
conduzem gás GLP, gases naturais, de nafta ou
similares e os dutos de sucção e/ou pressurização não
seja cumprido, essas tubulações de gás devem ser
envolvidas por tubo-luva de proteção, de ferro
galvanizado ou aço carbono, devidamente identificada
na cor vermelha e suportado de forma independente,
com diâmetro nominal mínimo 1,5 vezes maior que a
tubulação a ser envolvida. O afastamento, medido no
plano horizontal, entre a entrada e saída do tubo-luva de
proteção e os dutos de sucção e/ou pressurização, deve
ser de no mínimo 1 m, de acordo com o estabelecido no
Anexo D desta IT;
i) O grupo motoventilador, seus acessórios,
componentes elétricos e de controle, devem ser alojados
em compartimento resistente ao fogo por, no mínimo, 2h.
As PCF de acesso a esse compartimento devem ser do
tipo PCF P-90;
j) Caso o compartimento da casa de máquinas do grupo
motoventilador esteja posicionado em pavimento
subsolo, ou outro pavimento que possa causar risco de
captação da fumaça de um incêndio, deve ser previsto
uma antecâmara de segurança entre esse
compartimento e o pavimento. Também deve ser
previsto sistema de detecção no acesso a esse conjunto
compartimento casa de máquinas. Essa antecâmara de
segurança pode possuir dimensões reduzidas, com
relação ao estabelecido na IT-11. O acesso à
antecâmara de segurança deve ser protegido por uma
PCF P-90, bem como, o acesso à casa de máquinas do
grupo motoventilador ser protegido por uma porta
estanque, de forma a evitar a captação de fumaça que
porventura passe pelas frestas desta PCF. Essa solução
pode ser substituída por outra que garanta a diminuição
de risco de captação da fumaça de um incêndio pelo
compartimento casa de máquinas do grupo
motoventilador;
k) Quando o sistema de interligação do grupo
motoventilador for realizado por correias, deve ser
providenciada proteção contra eventuais acidentes
pessoais, por meio de grade ou outro dispositivo que
possua mesma finalidade e eficiência;
l) O grupo motogerador automatizado e seus
acessórios, quando exigidos, de acordo com os critérios
do Anexo B, desta IT, devem ter seu compartimento, o
mesmo nível de proteção estabelecido no item 5.2.4,
letra i desta IT. Tais compartimentos devem ser
projetados com vistas a garantir a manutenção de sua
estabilidade, integridade e estanqueidade, tendo em
vista a vibração originária do funcionamento do grupo
motogerador;
m) O circuito formado pela tomada de ar frio e saída do
ar aquecido (do compartimento casa de máquinas do
grupo motogerador), bem como, o escape dos gases da
combustão, para o perfeito funcionamento do grupo
motogerador automatizado e seus acessórios, devem
ser adequadamente projetados como forma de garantir
a alimentação elétrica dos sistemas de segurança e
sistema de pressurização das edificações.
Preferencialmente, o grupo motogerador e seus
acessórios devem estar posicionados no pavimento
térreo ou próximo deste. Caso não exista condição
técnica para o cumprimento dessa exigência, no
mínimo, deve ser garantida que a tomada de ar frio seja
realizada próximo ao pavimento térreo, através de
dutos, sem o risco de se captar a fumaça oriunda de um
incêndio ou de outras fontes. Os dutos de tomada de ar
frio se passarem por áreas de risco, devem possuir
proteção que garanta resistência ao fogo por no mínimo
2h. Cuidados especiais, quanto ao isolamento térmico
e/ou de resistência ao fogo, devem ser tomados para os
dutos de saída do ar aquecido e dutos de escape de
gases da combustão;
n) Cuidados especiais devem ser tomados para evitar a
entrada de água ou produtos agressivos, nos
compartimentos casa de máquinas do grupo
NOVEMBRO/2017
11 INSTRUÇÃO TÉCNICA n. 13/2017 – PRESSURIZAÇÃO DE ESCADA DE SEGURANÇA
motoventilador e do grupo motogerador automatizado,
por intempéries ou mesmo quando da manutenção geral
da edificação;
o) O grupo motoventilador deve estar posicionado em
compartimento diferente do que abriga o grupo
motogerador automatizado;
p) Nas edificações existentes, não é obrigatório o uso do
grupo motogerador automatizado, que pode ser
substituído pela ligação independente do grupo
motoventilador;
q) Prever fechamento adequado para as instalações
hidráulicas de água, esgoto e águas pluviais no interior
das casas do grupo motoventilador e grupo
motogerador, com TRRF conforme a IT 08 - Resistência
ao fogo dos elementos de construção.
5.3 A INSTALAÇÃO E EQUIPAMENTOS
5.3.1 Ventilador:
a) O conjunto motoventilador deve atender a todos os
requisitos desta IT, para proporcionar a pressurização
requerida;
b) Em todos os edifícios devem ser previstos sistemas
motoventiladores em duplicata, com as mesmas
características, para atuarem especificamente na
situação de emergência, de acordo com os critérios
estabelecidos no Anexo B desta IT;
c) Nos edifícios residenciais com até 80 m de altura, nos
edifícios de escritórios com até 60 m de altura e nos
edifícios escolares com até 30 m de altura, é permitido o
uso de somente um motoventilador;
d) Para se atingir a vazão total de projeto, podem ser
utilizados 2 grupos motoventiladores, sendo que cada
grupo deve, no mínimo, garantir 50% da vazão total do
sistema e 100% da pressão total requerida, para
atuarem especificamente no estágio de emergência e
em conjunto.
5.3.2 Tomada de ar:
a) É essencial que o suprimento de ar usado para
pressurização nunca esteja em risco de contaminação
pela fumaça e/ou outros gases tóxicos ou asfixiantes.
Medidas para minimizar a influência da ação dos ventos
sobre o sistema de pressurização (como a tomada e a
saída de ar) também devem ser adotadas;
b) As seguintes distâncias mínimas devem ser
adotadas, em relação às aberturas próximas à tomada
de ar da pressurização:
I. 2,5 m das aberturas nas laterais, medidos
horizontalmente. Quando a tomada de ar for feita abaixo
do nível do piso de descarga da edificação, a distância
deverá então ser de 5m;
II. 2 m das aberturas acima da tomada de ar;
III. Abaixo da veneziana de tomada de ar não serão
permitidas aberturas, exceto quando,
comprovadamente, esta abertura não prejudicar a
tomada de ar, devido à posição, à existência de
proteções etc;
IV. Não é permitida a instalação da tomada de ar em
local interno à linha de projeção do pavimento superior,
devendo estar situada em local seguro e livre de
emissão de fumaça e/ou gases tóxicos ou asfixiantes.
Figura 3 – Distâncias mínimas de aberturas
à tomada de ar
5.3.2.1 Edificações novas
A tomada de ar e instalação do grupo motoventilador e
seus acessórios, para o sistema de pressurização,
devem atender às seguintes características:
a) Localizarem-se no pavimento térreo ou próximo deste
e possuir filtro de partículas, conforme NBR 16401,
sendo do tipo metálico lavável;
b) Caso necessário, a tomada de ar deve ser realizada
através de duto de captação de um local sem risco de
fumaça de incêndio até o compartimento que abriga o
conjunto motoventilador;
NOVEMBRO/2017
12 INSTRUÇÃO TÉCNICA n. 13/2017 – PRESSURIZAÇÃO DE ESCADA DE SEGURANÇA
c) Não é permitido conjugar a captação de ar do sistema
de pressurização com a saída da extração de fumaça
dos subsolos;
d) O compartimento que abriga o conjunto
motoventilador deve permitir facilidades de acesso para
manutenção, mesmo quando estiver posicionado em
nível subterrâneo.
5.3.2.2 Edificações existentes
a) Em edificações existentes, anteriores a IT-10 e,
quando não houver condições técnicas de se cumprir o
estabelecido no item 5.3.2.1 desta IT, devidamente
comprovada a inviabilidade, quanto à instalação do
conjunto motoventilador e a tomada de ar, pode ser
permitida sua instalação no pavimento cobertura;
b) Caso seja aceita a tomada de ar ao nível da cobertura
da edificação, requisitos mínimos devem ser
providenciados de modo a diminuir o risco de captação
da fumaça que sobe pelas fachadas do edifício, a saber:
1) Construção de uma parede alta, posicionada em todo
o perímetro da cobertura da edificação, e afastada da
tomada de ar 5 m, medida no plano horizontal, tal parede
deve ser 1 m, mais alta que o nível da tomada de ar.
OBS.: Ver Anexo C desta IT.
2) Construção de uma parede alta, 2m acima da tomada
de ar, posicionada em todo o perímetro da cobertura da
edificação, quando não se conseguir o afastamento de 5
m, medidos no plano horizontal.
OBS.: Ver Anexo C desta IT.
c) Da mesma forma, o ponto de descarga de qualquer
duto vertical que possa eventualmente descarregar
fumaça de um incêndio, deve também estar afastado 2m,
no mínimo, medida no plano vertical, em relação ao nível
da tomada de ar. Esse duto deve atender aos requisitos
estabelecidos no item 5.2.4, letra b, desta IT, e
preferencialmente o seu ponto de descarga deve ficar
posicionado o mais próximo possível, medido no plano
horizontal, da tomada de ar do sistema de pressurização.
OBS.: Ver Anexo C desta IT.
5.3.3 Sistema de distribuição de ar:
a) Nos edifícios com vários pavimentos, a disposição
preferida para um sistema de distribuição de ar para
pressurização consiste em um duto vertical que corre
adjacente aos espaços pressurizados, sendo que, para
edificações existentes, havendo impossibilidade técnica
justificada de execução desse duto, pode ser aceita a
distribuição de ar através de duto plenum. Neste caso o
projeto deve ser analisado em Comissão Técnica.
Devem-se verificar os efeitos da “resistência
fluidodinâmica” associada ao escoamento vertical do ar
pela escada, que se manifesta em série, de um andar a
outro. O problema fica, portanto, na dependência da
geometria da escada, que deve ser objeto de análise
específica de cada caso;
b) Os dutos devem, de preferência, ser construídos em
metal laminado, com costuras longitudinais lacradas à
máquina, com material de vedação adequado. Os
aspectos construtivos devem obedecer às
recomendações da SMACNA, por meio das literaturas
HVAC Duct Construction - Metal and Flexible e HVAC
System Duct Design. A utilização de dutos
confeccionados em outros materiais, além de atender as
condições de exigência relativas aos dutos metálicos,
deve ser submetida à avaliação da Comissão Técnica,
no Serviço de Segurança contra Incêndio e Pânico;
c) Cuidados especiais devem ser tomados na
ancoragem dos dutos do sistema de pressurização,
quando for necessário o uso de revestimento resistente
ao fogo para sua proteção, tendo em vista o aumento de
peso causado por esses revestimentos;
d) Dutos de alvenaria podem ser utilizados, desde que
sejam somente para a distribuição do ar de
pressurização, e que a sua superfície interna,
preferencialmente, possua revestimento com
argamassa, com objetivo de se obter uma superfície lisa
e estanque, ou revestida com chapas metálicas ou outro
material incombustível. Dutos para pressurização, com
áreas internas inferiores a 0,5 m², triangulares e muito
estreitos (com largura menor que 40 cm), devem, à
medida do possível, ser evitados;
e) Recomenda-se que o nível de ruído transmitido pelo
sistema de pressurização no interior da escada não
deve ultrapassar a 85 db(a), na condição desocupada;
f) Caso necessário, um teste de vazamento nos dutos
pode ser aplicado de forma a se verificar a exatidão dos
parâmetros adotados. O método de teste deve ser o
recomendado pela SMACNA, por meio da literatura
HVAC Air Duct Leakage Test Manual;
g) Registros corta-fogo não devem ser usados na rede
NOVEMBRO/2017
13 INSTRUÇÃO TÉCNICA n. 13/2017 – PRESSURIZAÇÃO DE ESCADA DE SEGURANÇA
de dutos de tomada ou distribuição do ar de
pressurização, de modo que o seu acionamento não
prejudique o suprimento de ar;
h) Os dutos metálicos, tanto na tomada de ar quanto na
sua distribuição, que ficarem posicionados de forma
aparente, devem possuir tratamento de revestimento
contra o fogo, que garanta resistência ao fogo por 2h,
mesmo que esses dutos estejam posicionados em
pavimentos subsolos ou na face externa do edifício.
Exceção, quando do caminhamento do duto externo à
edificação com os afastamentos citados no Anexo D
desta IT;
i) Os revestimentos resistentes ao fogo aplicados
diretamente sobre os dutos metálicos de ventilação,
quando submetidos às condições de trabalho
esperadas, principalmente às condições de um incêndio,
devem demonstrar resistência ao fogo por um período
mínimo de 2 h, atendendo aos seguintes critérios abaixo:
I. Integridade à passagem de chamas, fumaça e gases
quentes;
II. Estabilidade ao colapso do duto, que evitaria o
cumprimento normal de suas funções;
III. Isolamento térmico, para evitar que a elevação da
temperatura na superfície interna do duto não alcance
140ºC (temperatura média) e 180ºC (temperatura
máxima pontual), acima da temperatura ambiente;
IV. Incombustibilidade do revestimento.
OBSERVAÇÃO:
Os critérios acima devem ser definidos em testes
normalizados de resistência ao fogo de dutos de
ventilação, utilizando a norma brasileira, e na sua
ausência a norma ISO 6944 – Fire Resistance Tests –
Ventilation Ducts ou similar.
j) Caso se adote parede sem função estrutural para
proteger dutos metálicos verticalizados, pode ser
adotada a Tabela de Resistência ao Fogo Para
Alvenarias, conforme Anexo B da IT-08.
5.3.4 Grelhas de insuflamento de ar:
a) Para a pressurização de uma escada, através de duto,
devem ser previstas várias grelhas de insuflamento,
localizadas a intervalos regulares por toda a altura da
escada, e posicionadas de modo a haver uma distância
máxima de dois pavimentos entre grelhas adjacentes.
Os pontos de saída devem ser balanceados para
permitir a saída de quantidades iguais de ar em cada
grelha, devendo obrigatoriamente haver uma grelha no
piso de descarga (pavimento térreo) e uma no último
pavimento;
b) Os dispositivos de ajuste e balanceamento das
grelhas de insuflamento não podem permitir alterações,
mesmo que acidentais, após montagens e testes, a não
ser por pessoal técnico capacitado.
5.3.5 Sistema elétrico:
a) Deve ser assegurado o fornecimento de energia
elétrica para o sistema de pressurização e de segurança
existente na edificação durante o incêndio, de modo a
garantir o funcionamento e permitir o abandono seguro
dos ocupantes da edificação. O edifício deve possuir um
sistema de fornecimento de energia de emergência por
meio de um grupo motogerador automatizado, de
acordo com as Normas Técnicas Oficiais, com
autonomia de funcionamento de acordo com os critérios
do Anexo B desta IT e acionado automaticamente
quando houver interrupção no fornecimento de energia
normal para o sistema de pressurização;
b) Os demais sistemas de emergência (tais como
iluminação de emergência, registros corta-fogo, bombas
de pressurização hidráulicas de incêndio, elevadores de
segurança etc.), podem ser alimentados pelo mesmo
grupo motogerador automatizado;
c) O comando elétrico, de início de funcionamento do
grupo motoventilador, na situação de emergência, deve
se dar a partir de um sistema automático de detecção
de fumaça, cuja instalação é exigida nos locais citados
no item 5.2.1 letra (j) e 5.3.7, Anexo B desta IT e IT- 19;
d) As instalações elétricas devem estar de acordo com
a NBR 5410;
e) Os circuitos elétricos do sistema de pressurização
devem ser acondicionados de forma a garantir a
operação do sistema conforme tempo preconizado
nesta IT. Se os circuitos elétricos do sistema de
pressurização passar por áreas de risco, aparentes ou
embutidas em forros sem resistência contra incêndio,
devem ser protegidos contra a ação do calor do
incêndio, pelo tempo de utilização do grupo
motogerador automatizado;
f) Quando a edificação for isenta de grupo motogerador,
NOVEMBRO/2017
14 INSTRUÇÃO TÉCNICA n. 13/2017 – PRESSURIZAÇÃO DE ESCADA DE SEGURANÇA
deverá ser prevista uma alimentação independente do
consumo geral, de forma a permitir o desligamento geral
da energia, sem prejuízo do funcionamento do sistema
de pressurização da escada.
5.3.6 Sistemas de controle:
a) Considerando-se a diversidade de condições a que o
sistema é submetido, para manter um diferencial de
pressão adequado, quando todas as PCF estiverem
fechadas e a velocidade mínima necessária, referida à
condição padrão do ar, por meio das PCF consideradas
na condição abertas, deve ser previsto registro de sobre
pressão, ou damper motorizado acionado por sensor
diferencial de pressão, a fim de impedir que a pressão
se eleve acima de 60 Pa, quando todas as PCF
estiverem fechadas.
b) Esse registro é colocado entre um espaço
pressurizado e um espaço interno ou externo, desde que
haja garantias de funcionamento, considerando-se a
influência da ação dos ventos. Esse registro deve ser
posicionado fora das áreas de risco e afastados de
acordo com o Anexo E desta IT;
c) Alternativamente ao registro de sobre pressão, podem
ser adotados sistemas que modulem a capacidade dos
ventiladores de pressurização (variador de frequência do
motor), sob comando de um controlador de pressão com
sensor instalado no interior da escada pressurizada;
d) Para sistemas de pressurização que se utilizam 2
conjuntos motoventiladores, um funcionando como
reserva do outro, deve ser instalado no sistema de dutos,
um dispositivo automático que identifique a parada de
um grupo motoventilador e possibilitar o imediato
acionamento do outro;
e) Orienta-se que, quando se utilizar registros (dampers)
nas descargas dos ventiladores, suas lâminas sejam
posicionadas de forma perpendicular ao eixo do
ventilador, como forma de diminuir o chamado “efeito do
sistema”;
f) Sistemas de controle também devem ser aplicados
nos trechos de escadas situados em subsolos, quando
existir a descontinuidade no piso de descarga (térreo),
todavia, deve-se ter a precaução de que aberturas não
sejam utilizadas para os pavimentos enterrados,
devendo- se dar preferência para instalação de registros
de sobre pressão localizados no nível térreo ou, então,
de variador de frequência ou similar.
5.3.7 Sistema de acionamento e alarme
a) O sistema principal para acionamento do sistema de
pressurização, na situação de emergência, deve ser o
de detecção automática de fumaça, pontual ou linear.
Em todos os edifícios, deve haver tal sistema, no
mínimo, no hall interno de acesso à escada
pressurizada e nos seus corredores principais de
acesso, dimensionados conforme IT-19 - Sistemas de
detecção e alarme de incêndio;
OBSERVAÇÃO:
Todos os ambientes ou halls que possuem acesso direto
à escada pressurizada devem possuir sistema de
detecção de fumaça.
b) Os edifícios em que os detectores de fumaça foram
instalados apenas para acionar a situação de
emergência do sistema de pressurização, esse detector
deve ser posicionado no lado de menor pressão de
todas as PCF de comunicação entre a escada
pressurizada e o espaço adjacente, nos locais indicados
no Anexo B desta IT;
c) A instalação do detector de fumaça dentro do espaço
pressurizado não é aceitável;
d) O uso do sistema de detecção não isenta o uso do
sistema de alarme manual, sistema de chuveiros
automáticos ou outro sistema de prevenção ou combate
a incêndios.
OBSERVAÇÃO:
1) A existência de sistema de chuveiros automáticos ou
outro sistema de combate a incêndios não isenta a
necessidade de instalação de sistema de detecção e
alarme, como forma principal de acionamento do
sistema de pressurização;
2) O treinamento da brigada de combate a incêndios e a
elaboração de plano de abandono e emergências, para
a plena utilização do sistema de detecção e alarme,
devem ser elaborados e constantemente avaliados.
e) Procedimentos devem ser adotados no sentido de se
testar o sistema de alarme de incêndio, sem
necessariamente operar o sistema de pressurização de
escadas;
f) A instalação dos detectores automáticos ou
acionadores manuais de alarme devem seguir as
orientações do Corpo de Bombeiros e,
NOVEMBRO/2017
15 INSTRUÇÃO TÉCNICA n. 13/2017 – PRESSURIZAÇÃO DE ESCADA DE SEGURANÇA
subsidiariamente, o que preceitua a IT-19;
g) O painel da central de comando de alarme/detecção
deve sinalizar o setor atingido, não sendo permitido que
um laço de alarme/detecção supervisione mais de um
pavimento; todas as indicações da central de
alarme/detecção devem ser informadas na língua
portuguesa;
h) Qualquer sinal de alarme ou defeito deve ser
interpretado pela central de alarme/detecção como
alarme e deve acionar o sistema de pressurização,
sendo que não é permitido, por meio da central de
alarme, realizar o desligamento do sistema de
pressurização, respeitadas as considerações dos itens
seguintes;
i) Sistema de pressurização deve ser acionado
imediatamente quando a central de alarme e detecção
de incêndio receber sinal de ativação do detector de
fumaça/calor e/ou acionador manual de alarme de
incêndio instalados na edificação. O funcionamento de
motoventiladores não pode depender da ativação dos
dispositivos sonoros, cujo retardo pode causar a
contaminação da escada pela fumaça oriunda do
incêndio; dessa forma, o sistema de alarme e detecção
de incêndio deve ativar o sistema de pressurização antes
mesmo do reconhecimento do sinal de alarme pela
pessoa responsável pela vigilância;
j) O detector de fumaça instalado na sala dos
motoventiladores deve possuir laço exclusivo e
independente (ou similar) dos demais e funcionar de
forma diferenciada, ou seja, ao ser acionado, deve inibir
o acionamento do sistema de pressurização;
k) Somente é aceito, para garantia do sistema de
pressurização, com sistemas com acionadores manuais
que sejam supervisionados pela central de alarme e
detecção, de acordo com critérios estabelecidos na IT-
19;
l) Lógica do sistema deve contemplar a necessidade de
se evitar que o sistema de pressurização da escada
entre em funcionamento automaticamente em caso da
existência real de fumaça no interior do compartimento
que abriga o conjunto motoventilador, proveniente de um
incêndio em suas adjacências. Dessa forma, devem ser
adotados mecanismos adequados que impeçam que o
falso alarme desative o funcionamento do conjunto
motoventilador. O monitoramento através do sistema de
detecção de fumaça desse compartimento deve ser
realizado através de um laço exclusivo e independente
(ou similar) em relação aos demais detectores de
fumaça e acionadores manuais de alarme da edificação;
m) O sistema de detecção deve ser submetido aos
testes de acordo com a IT-19, e também com as
interferências da pressurização, quando o sistema for de
2 estágios. Deve-se apresentar o laudo de teste do
sistema de detecção, quando da solicitação da vistoria
junto ao Corpo de Bombeiros; comprovando que foram
realizados os testes de acordo com a referida norma,
bem como, o devido recolhimento da ART (Anotação de
Responsabilidade Técnica);
n) É permitido o uso de destravadores eletromagnéticos
para PCF de acesso à escada pressurizada, sendo que
o seu circuito deve ser ligado à central de comando do
sistema de detecção e alarme. O sistema deve permitir
ainda o destravamento manual por meio da central de
comando do sistema de alarme, ou manualmente na
própria PCF. Esse sistema tem a função de destravar a
PCF automaticamente na falta de energia elétrica ou
quando acionado o sistema de pressurização de
escadas;
o) O tempo máximo de fechamento das PCF de acesso
à escada pressurizada, onde houver destravadores
eletromagnéticos, deve ser de 30 s;
p) Os acionadores manuais de alarme, de forma
complementar (e nunca substitutiva), devem sempre
permitir o acionamento do sistema de pressurização em
situação de emergência;
q) Um acionador remoto manual, do sistema de
pressurização, deve sempre ser instalado em cada local
abaixo descrito:
I. Na sala de controle central de serviços do edifício
(desde que possua fácil comunicação com todo o
edifício) ou na portaria ou guarita de entrada do edifício
com vigilância permanente;
II. No compartimento do grupo motoventilador e seus
acessórios, se este for distante da sala de controle
central;
r) A parada do sistema de pressurização, em situação
de emergência, somente pode ser realizada de modo
manual.
NOVEMBRO/2017
16 INSTRUÇÃO TÉCNICA n. 13/2017 – PRESSURIZAÇÃO DE ESCADA DE SEGURANÇA
5.3.8 Métodos de escape do ar para o exterior, a partir
dos pavimentos:
a) No dimensionamento do sistema de pressurização
devem ser previstas áreas de escape de ar para o
exterior da edificação, de preferência utilizando-se de
aberturas em pelo menos duas de suas faces. Tais
aberturas em cada pavimento devem proporcionar, no
total, um mínimo de vazão correspondente a 15% da
vazão volumétrica média que escapa de uma PCF
aberta (com velocidade de 1 m/s). Para tanto, o projetista
deve adotar uma das alternativas a seguir:
I. Método do escape de ar por janelas;
II. Método do escape de ar através de aberturas
especiais no perímetro do edifício, que permanecem
normalmente fechadas, na condição normal de uso da
edificação, e funcionem no caso de ativação do sistema
de pressurização;
III. Método do escape de ar através de dutos verticais,
desde que não comprometa a compartimentação vertical
exigida para a edificação. As aberturas devem ser
protegidas nos moldes do especificado na IT-09 -
Compartimentação horizontal e compartimentação
vertical;
IV. Método do escape de ar através de extração
mecânica, seguindo critérios adotados na IT-09 e IT- 15
- Controle de fumaça;
V. Outro método, a critério do projetista, desde que seja
possível comprovar o desempenho e não haja prejuízo
às demais medidas de segurança exigidas para a
edificação, como por exemplo, compartimentação
vertical, entre outras.
b) Nos edifícios onde haja necessidade de sistema de
escape do ar de pressurização, baseado na operação
automática dos dispositivos instalados para esta
finalidade, o sinal que opera tais dispositivos deve ser o
mesmo que aciona o grupo motoventilador no estágio de
emergência. Sensores independentes, que acionem
apenas os dispositivos de escape, não são permitidos;
c) Todo equipamento acionado automaticamente para
proporcionar o escape do ar de pressurização do
edifício, caso exista, deve ser incluído nos
procedimentos de manutenção.
5.3.9 Procedimentos de manutenção
a) Todo equipamento de pressurização deve ser
submetido a um processo regular de manutenção, que
inclui: o sistema de detectores de fumaça ou qualquer
outro tipo de sistema de alarme de incêndio utilizado, o
mecanismo de comutação, o grupo motoventilador,
suas correias de interligação, dutos (sucção e/ou
pressurização) e suas ancoragens e proteções contra
incêndio, os sistemas para o fornecimento de energia
em emergência, portas corta-fogo e o equipamento do
sistema de escape do ar acionado automaticamente. Os
cuidados com esses equipamentos devem ser incluídos
no programa de manutenção anual do edifício e devem
ser apresentados quando da solicitação de vistoria.
Esses cuidados são de inteira responsabilidade do
proprietário da edificação e/ou seu representante legal
(como exemplo o síndico);
b) Todos os sistemas de emergência devem ser
colocados em operação semanalmente, a fim de
garantir que cada um dos grupos motoventiladores de
pressurização esteja funcionando;
c) Sistemas que se utilizam de duplicidade de motores,
condições devem ser dadas para o teste individualizado;
d) Os diferenciais de pressão devem ser verificados
anualmente, podendo ser prevista a instalação
permanente de equipamentos para esta finalidade. Uma
lista de verificações dos procedimentos de manutenção
deve ser fornecida aos proprietários do edifício ao final
das obras, pelos responsáveis da instalação do sistema,
com manuais em português.
5.4 INTEGRAÇÃO COM OUTRAS MEDIDAS
ATIVAS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
5.4.1 Acionamento do sistema de pressurização
O acionamento do sistema de pressurização deve estar
em conformidade com o item 5.3.7 desta IT, podendo
haver a interligação com outros sistemas automáticos
de combate, permitindo de forma secundária, o
acionamento do sistema.
5.4.2 Dutos conjugados com sistema de controle
de fumaça
Serão aceitos projetos com dutos conjugados de
pressurização de escadas e controle de fumaça (para
entrada de ar), desde que atendam as respectivas
NOVEMBRO/2017
17 INSTRUÇÃO TÉCNICA n. 13/2017 – PRESSURIZAÇÃO DE ESCADA DE SEGURANÇA
demandas concomitantemente.
5.5 TESTES DE APROVAÇÃO
5.5.1 Aspectos gerais
a) Um teste de fumaça não é satisfatório para se
determinar o correto funcionamento de uma instalação
de pressurização, visto que não se pode garantir que
todas as condições climáticas adversas possam estar
presentes no momento da execução do teste.
Entretanto, esse teste pode, às vezes, revelar trajetórias
indesejáveis de fluxo da fumaça provocadas por defeitos
na construção.
b) O teste de aprovação da pressurização deve consistir
de:
I. Medição do diferencial de pressão entre a escada e os
espaços não pressurizados adjacentes com todas as
PCF fechadas;
II. Medição da velocidade do ar que sai de um conjunto
representativo (de acordo com estipulado no cálculo) de
PCF abertas que, quando fechadas, separam o espaço
pressurizado dos recintos ocupados do edifício.
c) O teste deve ser feito quando o edifício estiver
concluído, com os sistemas de condicionamento de ar e
de pressurização balanceados e todo o sistema pronto e
funcionando, com cada componente operando
satisfatoriamente e sendo controlado pelo sistema de
acionamento no seu modo correto de operação em
emergência. As medições efetuadas em campo devem
seguir as recomendações da AMCA 203, pela literatura
Field Performance Measurement of Fan System.
d) Nos sistemas com 2 estágios são exigidas medições
apenas com o segundo estágio operando (estágio de
emergência);
e) O sistema de detecção deve ser submetido aos
testes, de acordo com a IT-19, e também considerando
as interferências da pressurização, quando o sistema for
de 2 estágios.
5.5.2 Medição dos diferenciais de pressão
a) A medição dos diferenciais de pressão, entre os
espaços pressurizados e os espaços não pressurizados
adjacentes, deve ser feita com o auxílio de um
manômetro de líquido ajustável ou outro instrumento
sensível e adequadamente calibrado;
b) Um local conveniente para medir o diferencial de
pressão é por meio de uma PCF fechada. Pequenas
sondas são colocadas de cada lado da PCF, sendo que
uma das sondas passa através de uma fresta da PCF,
ou por baixo dela. As duas sondas, a seguir, são ligadas
ao manômetro por meio de tubos flexíveis. É importante
que o tubo que passa através da fresta da PCF,
efetivamente, atravesse- a e penetre suficientemente no
espaço, para que a extremidade livre fique em uma
região de ar parado. Sugere-se que essa sonda tenha
uma dobra em L (de pelo menos 50 mm de
comprimento), para que depois da inserção através da
fresta, a sonda possa ser girada em ângulo reto em
relação à fresta. Este processo introduz a extremidade
livre em uma região de ar parado;
c) É importante que a inserção da sonda não modifique
as características de escape da PCF, por exemplo,
afastando a superfície da PCF do rebaixo no batente. A
posição da sonda de medição deve ser escolhida de
acordo com esses critérios.
5.5.3 Correção de divergências no nível de
pressurização obtido
a) Se houver qualquer divergência séria, entre os
valores medidos e os níveis de pressurização
especificados, os motivos dessa divergência devem ser
detectados e corrigidos. Há 3 razões principais que
explicam a não obtenção do nível de pressurização
projetado:
I. Vazão de ar insuficiente;
II. Áreas de vazamento para fora do espaço
pressurizado, excessivas;
III. Áreas de escape do ar para fora do edifício,
insuficientes.
b) Deve ser medida a vazão de ar dos ventiladores e a
vazão de ar através de todas as grelhas de
insuflamento, a fim de se detectar os níveis de escape e
o suprimento total de ar que chega à escada. Para a
avaliação do teste de escape podem ser utilizados os
procedimentos previstos no MANUAL SMACNA, HVAC
AIR DUCT LEAKAGE TEST MANUAL ou da
Recomendação Técnica DW/143 da Heating and
Ventilation Contractors’ Association (HVAC). Essas
medições devem ser efetuadas com as PCF da escada
fechadas, utilizando o próprio ventilador da instalação;
c) Caso a vazão de ar que entra na escada esteja de
acordo com a prevista em projeto, devem ser verificadas
NOVEMBRO/2017
18 INSTRUÇÃO TÉCNICA n. 13/2017 – PRESSURIZAÇÃO DE ESCADA DE SEGURANÇA
as frestas em redor das PCF, dando-se atenção especial
à folga na sua parte inferior. Se qualquer PCF tiver folgas
inaceitavelmente grandes, estas devem ser reduzidas.
Devem ser localizadas, também, áreas de vazamentos
adicionais não previstas, que devem ser vedadas;
d) Caso a vazão de ar não atinja o nível previsto, o
escape de ar a partir dos espaços não pressurizados
deve ser examinado para se ter certeza que está em
conformidade com o projeto e as necessidades desta IT.
Se for inadequado, o escape deve ser aumentado para
os valores recomendados. Como alternativa, pode ser
aumentada a vazão de entrada de ar até o nível
desejado de pressurização a ser atingido, mesmo diante
de escapes adicionais ou de condições insuficientes. O
nível de pressurização medido não deve ser menor que
90% do valor projetado, nem exceder a 60 Pa.
5.5.4 Medição da velocidade média do ar através de uma
PCF aberta
a) Essa medida deve ser tomada com um anemômetro
de fio quente ou outro instrumento com resolução e
exatidão adequados e devidamente calibrado;
b) Velocidade média através da PCF aberta deve ser
obtida por meio da média aritmética de pelo menos 12
medições em pontos uniformemente distribuídos no vão
da PCF, sendo necessárias condições estáveis de vento
e com o edifício vazio;
c) O número de PCF abertas durante a realização das
medições deve seguir o estabelecido no Anexo B desta
IT.
NOVEMBRO/2017
18 INSTRUÇÃO TÉCNICA n. 13/2017 – PRESSURIZAÇÃO DE ESCADA DE SEGURANÇA
ANEXO A
TABELA 1 – NÍVEIS DE PRESSURIZAÇÃO
Observações:
1) Pa = Pascal, sendo que 10 Pa equivalem a 1,0 mmH2O;
2) Quando pavimentos subterrâneos necessitem ser pressurizados, o projeto deve ser submetido à avaliação em Comissão Técnica.
TABELA 2 - ÁREAS TÍPICAS DE ESCAPE PARA QUATRO TIPOS DE PCF
Observação:
Nos demais tipos de PCF, PCF duplas, portas de elevadores, suas dimensões devem ser verificadas junto aos fabricantes.
NOVEMBRO/2017
19 INSTRUÇÃO TÉCNICA n. 13/2017 – PRESSURIZAÇÃO DE ESCADA DE SEGURANÇA
ANEXO B
Resumo de exigências para os diversos tipos de edificações com sistemas de pressurização
NOVEMBRO/2017
20 INSTRUÇÃO TÉCNICA n. 13/2017 – PRESSURIZAÇÃO DE ESCADA DE SEGURANÇA
NOTAS ESPECÍFICAS
1) A exigência de sistema de detecção de fumaça para o sistema de pressurização não isenta a edificação das demais
exigências previstas na Lei Estadual 3.924/2016.
2) Conforme item 5.3.1 letra c nos edifícios residenciais com até 80 m de altura, nos edifícios de escritórios com até 60
m de altura e nos edifícios escolares com até 30 m de altura, é permitido o uso de somente um motor. De forma
substitutiva podem ser usados 2 grupos motoventiladores, sendo que cada grupo deve manter no mínimo 50% da
vazão total do sistema, e 100% da pressão total requerida para atuarem especificamente no estágio de emergência.
3) Em edificações com altura superior a 12 m, do tipo convento, é exigido grupo motogerador automatizado.
4) Quando o subsolo necessitar de proteção por escada à prova de fumaça, conforme IT 11, esta poderá
alternativamente ser dotada de sistema de pressurização.
5) Edificações isentas de uso do grupo motogerador desde que a área de cada pavimento seja inferior a 750 m².
6) Somente é exigido “antecâmara de segurança” nos acessos à escada pressurizada, de acordo com item 5.1.6.8
desta IT, para edificações residenciais com altura igual ou superior a 120 m e demais ocupações com altura igual ou
superior a 90 m.
7) Quando a edificação for dotada de elevador de emergência, seus acessos devem ser protegidos por antecâmara de
segurança, conforme descrito no item 5.1.6.7. desta IT, em todos os pavimentos, inclusive para os pavimentos situados
abaixo do piso de descarga; essa antecâmara pode ser dispensada apenas no nível térreo (piso de descarga) quando
este não estiver em local de risco de incêndio, ou seja, esse pavimento seja destinado única e exclusivamente a hall
de recepção ou, caso possua loja ou dependências com carga incêndio, estas devem possuir compartimentação em
relação à esse hall.
8) Caso o edifício possua local de reunião de público, adotar o item 5.1.6.4. letra (f) desta IT.
9) Foi considerado que o acesso do pavimento para a escada se dá apenas por uma PCF; se o pavimento tiver acesso
por duas ou mais PCF’s, o cálculo será pelo nº total de PCF’s de acesso multiplicado pelo nº de pavimentos do cálculo.
10) A previsão de detecção automática de fumaça nos locais descritos no item I acima não isenta a edificação da
instalação desse mesmo sistema em outros locais que porventura sejam exigidos pelo Regulamento de segurança
contra incêndio das edificações e áreas de risco no Estado de Rondônia.
11) Toda edificação com altura superior a 150m deve obrigatoriamente ser analisada por meio de Comissão Técnica.
NOVEMBRO/2017
21 INSTRUÇÃO TÉCNICA n. 13/2017 – PRESSURIZAÇÃO DE ESCADA DE SEGURANÇA
ANEXO C
CONDIÇÕES PARA INSTALAÇÃO DE CASA DE MÁQUINAS DE PRESSURIZAÇÃO NO PAVIMENTO DE
COBERTURA
DESENHO APENAS ILUSTRATIVO
NOVEMBRO/2017
22 INSTRUÇÃO TÉCNICA n. 13/2017 – PRESSURIZAÇÃO DE ESCADA DE SEGURANÇA
ANEXO D
CONDIÇÕES PARA NÃO SE REVESTIR OS DUTOS METÁLICOS DE SUCÇÃO E/OU PRESSURIZAÇÃO
DESENHO APENAS ILUSTRATIVO
NOVEMBRO/2017
23 INSTRUÇÃO TÉCNICA n. 13/2017 – PRESSURIZAÇÃO DE ESCADA DE SEGURANÇA
ANEXO E
ESQUEMA GERAL DO SISTEMA DE PRESSURIZAÇÃO (COM DUTO NO INTERIOR DA ESCADA)
DESENHO APENAS ILUSTRATIVO
NOVEMBRO/2017
24 INSTRUÇÃO TÉCNICA n. 13/2017 – PRESSURIZAÇÃO DE ESCADA DE SEGURANÇA
ANEXO F
MODELO DE CÁLCULO DE VAZÃO DO SISTEMA DE PRESSURIZAÇÃO DE ESCADA
I – Parâmetros para os cálculos de vazão de ar 1) Quantidade de pavimentos com comunicação com a escada pressurizada: 18 2) Quantidade total de portas corta-fogo (PCF) de ingresso à escada de segurança: NPI = 17 portas simples
3) Quantidade total de PCF de saída da escada de segurança: NPS = 01 porta simples
4) Quantidade de PCF abertas a serem consideradas no cálculo para a situação de emergência (incêndio): NPA = 02 (conforme Anexo B - Edifício de serviços profissionais)
5) Área de vazamento por meio de frestas das portas corta-fogo (PCF) que comunicam a escada pressurizada com os diversos pavimentos adotando PCF simples e batentes rebaixados. Conforme Tabela 2 do Anexo A: a. 0.03 m²
– porta de acesso ao espaço pressurizado;
b. 0.04 m² – porta de saída do espaço pressurizado.
6) Área de passagem de ar por meio do vão de luz de uma porta corta-fogo aberta, em caso de situação de incêndio – adotar PCF simples: 1,64 m²
(conforme Tabela 1 do Anexo A)
7) Fator de segurança adotados: a. 15% para vazamentos em dutos metálicos; b. 25% para vazamentos não identificados. 8) Velocidade mínima de ar pressurizado escapando através de uma porta aberta: V = 1 m/s II - Cálculo do suprimento de ar necessário para se obter o diferencial de pressão entre a escada e os ambientes contíguos 1) Condições consideradas: a. situação de emergência (incêndio); b. todas as PCF da escada pressurizada fechadas; c. diferencial de pressão entre o espaço pressurizado e os ambientes contíguos igual a 50 Pa. 2) Cálculo das áreas de restrição - escape de ar através de frestas das portas - (A): a) dados: NPI = 17; área de fresta de 0,03 m² para PCF de ingresso;
NPS = 01; área de frestas de 0,04 m² para PCF de saída.
b) cálculo da área de escape de ar por meio das frestas das PCF de ingresso ao espaço pressurizado (API):
API = 17 x 0,03 m²;
API = 0,51 m².
c) Cálculo da área de escape de ar por meio das frestas das PCF de saída do espaço pressurizado (APS):
APS = 01 x 0,04 m²;
APS = 0,04 m².
d) cálculo da área total de restrição (A): A = API + APS = 0,51 m²+ 0,04 m²;
A = 0,55 m². 3) Cálculo do fluxo de ar necessário para o sistema de pressurização considerando as PCF fechadas - (QFT).
Cálculo de QFT:
QFT = 0,827 x A x (P)(1/N) (Equação 1)
Sendo: A = área de restrição = 0,55 m²; P = diferencial de pressão = 50 (Pa) (conforme Anexo A da IT); N = índice numérico = 2;
Portanto, QFT = 0,827 x 0,55 x (50)1/2;
QFT = 3,22 m³/s.
NOVEMBRO/2017
25 INSTRUÇÃO TÉCNICA n. 13/2017 – PRESSURIZAÇÃO DE ESCADA DE SEGURANÇA
III - Cálculo do suprimento de ar necessário para a condição de portas abertas 1) Condições consideradas: a. área de passagem de ar por meio do vão de luz de uma porta corta-fogo aberta: AVL = 1,64 m².
b. quantidade de PCF abertas a serem consideradas no cálculo para a situação de emergência (incêndio): NPA = 02 (sendo 1 de ingresso e 1 de saída).
c. área de passagem de ar por meio das frestas de uma porta corta-fogo fechada: APF = 0,03 m²(portas de ingresso). d. quantidade de PCF fechadas a serem consideradas no cálculo: NPF = 16.
e. velocidade mínima de ar pressurizado escapando através de uma porta aberta: VPA (min) = 1 m/s;
2) Cálculo da área aberta considerando as portas abertas mais as frestas das PCF consideradas fechadas: APA = AVL x NPA + APF x NPF; APA = 1,64 m² x 02 + 0,03 x 16;
APA = 3,76m².
3) Cálculo da vazão de ar através da área aberta (QAT):
QAT = APA x VPA; QAT = 3,76 m² x 1,0 m/s;
QAT = 3,76 m³/s.
IV - Cálculo de vazão de ar considerando o incremento dos valores referenciais de vazamentos em dutos e vazamentos não identificados 1) Condições: a. fator de segurança quanto ao tipo de duto: dutos metálicos: 15%; b. fator de segurança para vazamentos não identificados: 25%. 2) aplicação das condições previstas na Equação 4: QFT < QAT, então QT = QAT; QT = 3,76 m³/s.
3) Cálculo da vazão de ar para pressurização com acréscimo dos fatores de segurança: QTS = QT x 1,4 [Equação 5 a) item 5.1.6.6];
QTS = 3,76 x 1,4;
QTS = 5,26 m³/s.
top related