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II ANNO DOMINGO, 37 DS ABRIL DE 1903 N° 41

S E M A N A R IO N O T IC IO S O , L IT T E R A R IO E A G R ÍC O L A

A ssigsia íuraAnno, 1S000 reis; semestre, Soo réis. Pagamento adeantado. l>ara o Brazil, anno, 2S5oo réis (moeda fortej.Avulso, no dia da publicação; 20 réis.

EDITOR — José Augusto Saloio

I M B á C Ç Í f ) , A D MI S I S T R A C Á O E T Y P 0 G R A F U 1 A SQ " ------ ~y 16— LARGO DA MISERICÓRDIA

Publicações *Annuncios— 1.« publicação, 40 réis a linha, nas seguintes,

20 réis. Annuncios na 4-a pagina, contracto espocial. Os auto-l 5 p gtaphos não se restituem quer sejam ou não publicados.

1 * R PROPRIETÁRIO— José Augusto Saloio

E X P E D I E N T E

Acceiíam-se com grati­dão í|»iaes«tMci* s6«íicsiiííi «|ite sejan» (le ia íe re sse|555pPltí'©.

h h mmAngelina Viciai, o mais

prodigioso cerebro ds mu­lher que actualmente existe na litteratura portugueza, tem escripto ultimamente no jornal A Vo\ do Operá­rio uns interessantes arti­gos ácêrca do alcoolismo, artigos que todos devem ler, porque são de grande ensinamento e de proveito­sa lição.

E’ incalculavel o numero de homens válidos que es­se veneno terrivel arranca ásociedade. Enervado, em­brutecido pela acção malé­fica do alcool, o homem cae no estado do animal e não tem força physica nem moral para caminhar na lueta da vida.

Esse outro luminosíssimo espirito que se chama Zo- la, no seu drama A Taber­na mostra-nos bem os et- feitos do alcoolismo. E’ me­donha e espantosa de ver­dade a scena em que o mise- ro Compeau, atacado pelo delirium tremens, julga vêr por toda a parte ratos que 0 querem devorar.

Quantos operários te­mos visto gastarem na ta­berna o produeto do seu honesto labor! Mais ainda; a esposa e os filhos, ma­gros, esquálidos, causando a mais sincera compaixão, irem procural-os ao sitio onde elles estão folgando e roubando com esses fol­guedos a familia que cons­tituíram e que por isso teem obrigação restricta de man­ter e sustentar, e elles de olhos brilhantes, na febre espantosa da bebida, es­pancarem a dôce compa­nheira do seu lar, a mãe das creancinhas que per­dem por esse facto o res­peito que todos devem ter ao auctor dos seus dias!

De uma garrafa de vinho, disse um escriptor cujo no­me não nos occorre, póde sahir um assassino; de um

livro 'ha de sahir sempre um homem prestimoso e util á sociedade.

JOAQUIM DOS ANJOS.

PROPOSTAS

VINÍCOLAS

Perante a attitude das commissões parlamentares, que deveriam dar parecer ácêrca das propostas do sr. ministro das obras publi­cas com respeito a vinhos, parece poder-se deprehen- der que a discussão das re­feridas propostas se não realisará na sessão presen­te. Nem de outro modo se comprehenderia que a commissão de agricultura tivesse continuado a deixar dormir o somno dos justos nos seus archivos aquellas propostas, se ao governo parecesse viavel a sua ap- provação e as tivesse por bem acceites pela maioria do paiz. E este desinteresse tanto do governo como da commissão de agricultura, que no estudo e parecer das propostas deveria pro­ceder as demais commis­sões da camara, chamadas pela natureza do assumpto a intervirem nelle, corres­ponde certamente ao mo­vimento de opinião que se fez no paiz contra algumas disposições das menciona­das propostas, contra as quaes bastantes camaras municipaes reclamaram pe­rante o parlamento.

Ao contrario das pro­postas do sr. ministro das obras publicas, seguem a sua placida discussão as apresentadas pelo sr. mi­nistro da marinha, que nel- las procura assegurar aos nossos vinhos e produetos vinicolas largo consumo no nosso * ultramar, tendo-se despido a opposição dos facciosismos habitua.es, pa­ra, louvavelmente, em as­sumpto de tão largo inte­resse nacional e que tanto favorece o desenvolvimen­to economico do paiz, se pôr ao lado do governo, cooperando com elle sin­ceramente e com a maio­ria para que o projecto se­ja e saea da discussão par­

lamentar quanto possivel aperfeiçoado. Dá nisso a opposição um elequente e louvável testemunho de pat r io t ism o, ap recia nd ocom alto critério os supe­riores interesses da patria, e pondo assim de parte o espirito de facção que tan­tas vezes tem sido funesto ao bem publico e tantas outras tem tornado este reis e nocivas até as sessões parlamentares.

Parece-nos, pois, que não ha a esperar outras provi­dencias immediatas álem das que constituem a obra do sr. ministro da marinha visto como as reclamações se levantaram e nasceram os attrictos a contrariar o pensamento, e porventura a hesitante vontade do sr. ministro das obras publicas a quem, para mais, a sau­de ainda combalida não deixa a indispensável acti­vidade para o estudo e a necessaria energia para a deliberação assente sobre as questões vinicolas. E’ pa­ra lamentar que circum- stancias por certo indepen­dentes da vontade ministe­rial e, para sermos justos, inherentes á complexidade e melindre do assumpto tambem, tivessem impedi­do que na sessão presente a vinicultura fosse melho­rada sensivelmente nas suas angustiosas condições dila­tando-lhe o consumo de preferencia a limitar-lhe a producção.

Queremos crer que o sr. ministro dos extrangeiros e, de resto, todos os de­mais srs. ministros, não perderão de vista que o nosso futuro vinicola inti­mamente depende de favo­ráveis tratados de com- mercio que nos franqueiem mercados de consumo, on­de possamos concorrer des­afogados da situação de in­ferioridade em que temos por nosso mal até aqui con­corrido. Confiamos anima­damente em que aos olhos do governo será evidente a necessidade em que a vi­nicultura se encontra de ter egualdade no tratamen­to pautai nos grandes mer­cados de consumo, donde temos sido gradualmente

expulsos indo-os de dia pa­ra dia perdendo, por não podermos concorrer com produetos similares extran­geiros, que nesses merca­dos gosam dos benefícios de determinados accordos aduaneiros ou da qualida­de de nações mais favore­cidas. Não pode ser já, sa- bemol-o de sobejo, mas é preciso ir ajuntando os ma­teriaes e procedendo aos ensaios e diligencias, para a todo o custo no tempo proprio o conseguirmos. Não nos cançaremos nós de o lembrar e de o repe­tir, como incansavelmenteo temos feito até aqui, con­vencidos como estamos, e nos parece estará todo o vinicultor, de que o nosso interesse e o interesse do paiz se confundem na rea- lisação do mesmo princi­pio, que assistentemente temos proclamado aqui e consiste na obtenção de bons e fecundos tratados de commercio, propagan­da honesta e continuada, aperfeiçoamento e unidade de typos de vinhos, que bem acondicionados e isen­tos de toda a fraude, vão aos grandes mercados de consumo attestar o valor dos nossos produetos vini­colas. Mas para se conse­guir tal, é mister que go­verno, parlamento, vinicul- tores e commerciantes de vinhos mutua e lealmente se auxiliem e empenhem na mesma cruzada redem- ptora.

[D'0 PO R TO M O Z EN SE)

EXCURSÃO ATHOMAR

Está definitivamente re­solvido, que a excursão á formosa cidade de Thomar, promovida pela Sociedade Phylarmonica i.° de De­zembro, de Aldegallega, tenha lugar nos dias 22 e 23 de junho.

Aconselhamos p.os nos­sos leitores que aproveitem, pois que o preço de 28400 réis, ida e volta, em car­ruagem de 2.a classe, in­cluindo carro de Payalvo a Fhomar é realmente con­

vidativo.

A excursão, álém de ser de recreio, é tambem de instrucção, por isso que Thomar é uma das cidades mais formosas do nosso paiz, porque tem monu­mentos dignos de estudo e admiração como pode sel-o0 Casteilo e Convento de Christo, construído em1 160 110 mesmo lugar onde houve um mosteiro de monges benedictinos.

Este casteilo está ainda de pé e não mal conserva­do, apesar de caminhar pa­ra os oito séculos de exis­tencia com os seus tor­reões e baluartes e com as suas duas cêrcas de mura­lhas, e encostado ao mos­teiro que foi cabeça da Or­dem do Templo até i 3 i i , e da de Christo, desde 1319 até 1834. O lugar em que se acha a fortaleza é um rochedo escarpado.

Entre o primeiro e se­gundo cêrco de muralhas, que é um largo espaço, es­tão plantadas vinhas, hor­tas e pomares, regadas com grande abundancia pe­las aguas dc aquedueto do mosteiro.

O vasto panorama que dos baluartes se disfrueta é encantador.

Junto ao casteilo fica o mosteiro dos freires de Christo.

A egreja, dormitorios, claustros e mais officinas, são de admiravel grande­za, mas apresentando di­versos typos de architectu- ra. A fachada d’esta egreja é uma estupenda obra pela delicadeza e gosto das suas variadíssimas esculpturas.

A’lém deste importante monumento temos tam­bem a Real Fabrica de Fia­ção, Egreja de Santa Maria dos Olivaes, Egreja de S. João Baptista, etc,, que são importantíssimos, e que descrevel-os hoje aqui, em­bora laconicamente, seria um impossível.

A Phylarmonica promo­tora da excursão, far-se-ha ouvir no elegante passeio Plintze Ribeiro, na noite de 22'. Opportunamente será annunciado o programma que alli tenciona executar.

Os bilhetes para esta es­plendida escursão, desde já

2 O D O M I N G O

COFRE DE FBROLJkS

C A R I D A D Ese encontram á venda em Aldegallega, nos seguintes estabelecimentos: rua do Caes, srs. José Antonio da Costa e Antonio Christia­no Saloio, rua Direita, No­vo Club e Frederico Ribeiro da Costa.

Para facilitar a compra de bilhetes, a commissão encarregada da excursão, resolveu receber a sua im­portancia, em prestações de 5oo réis por semana. As pessoas que desejarem auctorisar-se desta facul­dade, podem dirigir-se ao sr. Antonio Christiano Sa­loio.

......... ■■■■«*»- ■*»—-------- ■ ■

Im p o sto no viatho

A camara municipal de­liberou que o actual im­posto no vinho, agua-pé e mistura fosse alterado para 1903 pela forma seguinte:

5 réis em cada litro de vinho, agua-pé ou mistura, quando estas bebidas fo­rem vendidas ao preço de25 a 40 réis cada litro, e deste preço para cima de­verão pagar 7 réis em cada litro.

Neste sentido foram ou­vidos no dia 19 do corren­te, os quarenta maiores contribuintes da contribui­ção predial, os quaes emit- tiram o seu parecer favo- ravel ácêrca desta altera­ção.

Corre por aqui geral animação entre os agricul­tores, pois que o anno tem sido magnifico para todas as searas.

Consta-nos que grande parte destes agriculores tencionam este anno ex­portar grande porção de uvas.

C arroceirosAo sr. administrador do concelho

Os animaes andam aqui sempre espancados pelos senhores carroceiros que, a trouco da nojenta aposta de i 5 réis, (meio litro) que fazem uns com os outros,

8 FOLHETIM

Traducção de J. DOS ANJOS

UMA HISTORIADO

OlITRO MUNDORomance de aventuras

IV

Urna q u e s tã o ...

Hoje ha entre nós uma terceira pessoa amada. Pois bem! ella que decida! A'manhã dizemos-lhe tudo. sem papa.; na lingua! Se ella nos re­jeitar a ambos, melhor! E u te con- soli.rei e tu me consolarás a mim. Se

obrigam os pobres roci- nantes a galopar sem se lembrarem que podem atropelar alguem e que de­pois a aposta lhes pode sahir cara. Ainda ha bem poucos dias, vimos no lar­go da Misericórdia um sel­vagem que, com o cabo do chicote espancava um pobre animai pela cabeça. Isto torna-se - nos repu­gnante, atrazador. Estes triviaes abusos são devidos á brandura da fiscalisacão,j 'visto que infelizmente não temos aqui policia. Nós não queremos alvejar este ou aquelle; queremos apenas, pugnar pela nossa vida e a dos nossos similhantes, to­mando para isso o ex.mosr. administrador deste con­celho as devidas providen­cias.

O eoaavcaaio e a iaídagna-ção pusPíElca.

Sob esta epigraphe aca­bamos de receber um bem redigido artigo d’um nosso amigo e collega, ao qual a absoluta falta de espaço nos não deixa dar publici­dade. Perdoando-nos o nosso bom amigo a falta involuntaria que acabamos de commetter, esperamos que continuará a sua col- laboração, o que sincera­mente agradecemos.

Junto ao artigo vinha uma carta á qual damos hoje publicidade:

Am.os e collegas

Notando que o vosso jornal se recente de bas­tante falta de assumpto ou de quem escreva, oífereço- vos, se lhes for agradavel, um artigosinho todas as semanas.

Verdade seja que do meu intelecto pouco ha a espe­rar, todavia bom ou mau, elle está ás vossas ordens.

Uma pequena noticia no primeiro numero, dir-me- ha se devo ou não conti­nuar.

Vosso ara.0 e collega

H ora cio

ella escolher, peior para o rejeitado! calcará no coração o seu amor. Mas ao menos, náo podendo ganhar uma mulher, não perderá um amigo. Que dizes a isto?

— Tambem eu. Agora está entendi do. Demos um bom aperto de mão do fundo do coração. E vamos dormir!

V

Unia declaração duplaNo dia seguinte a Joanna achou os

dois amigos muito mudados.O João estava sentado, sem se atre­

ver a levantar os olhos. Com os co- tovellos apoiados nos joelhos, enchia e despejava o cachimbo machinalmen- te. O Mario passeava de um lado para o outro, a passos irregulares.

— H cm ! hum! penssava a rapariga, meu pae for-lhes-ia alguma coisa, ou

Caridade! Abençoada Seja ella em toda a parte! Com os miseros reparte As migalhas da riqueza.Vae mostrar aos pobresinhos Um canto do paraiso,Com o seu brando sorriso Dutna angélica belleza.

seria eu que lhes causasse um desgos­to?

— Menina, interrompeu João com ar decidido, é preciso que . . .

Fez se vermelho como uma menina e calou-se.

— O que quer dizer, meu bom João ?

— E ’ uma coisa, tornou o Mario, uma coisa a q u e ... O João não se atreve... mas eu vou dizer-lhe o que J. Hontem é que démos por is s o ... A h! menina, realmente não me atre­vo.

— O que? porque não se atrevem a falar? Nao comprehendo. Teem al­guma censura a fazer-me?

— Oh! menina, exclamaram elles. approximando-se.

— O que nós temos é muito medo de a escandalisar!

— O que é que estão pa a ahi a di­

Caridade! Uma palavra Que resume todo o poema D’essa alegria suprema Que consiste em fazer bem! Leva á alma do que sofiTre O desespero infinito Um raio de sol bemdito, Uma caricia de mãe!

zer? Como podem ter medo de me escandalisar pedindo-me um favor?

— A h ! disse o João, ha de achar- nos estúpidos.

— Ha de achar nos ridiculos, ac-crescentou o Mario. m

E ambos disseram, com ^oluços na garganta:

— Nunca mais virá visitar-nos.— Expliquem-se! Agora é que sáo

ridiculos. Falem! prometto-lhes que farei o possivel para lhes conceder o que pedirem; e se não puder fazer nada, ficaremos amigos como dantes. Então, falem!

E avançando mais para elles, esten­deu uma das mãos a cada um.

Dois titeres eguaes, e movidos ao mesmo tempo, não teriam feito me­lhor do que elles fizeram. Pegando na mão que lhes estendiam, cobrin­do-a de lagrimas e de beijos, cahiram

F esta ao seu h o r dos A fflicto s

E’ hoje e ámanhã con- forme temos noticiado a grande festa ao senhor dos Afflictos.

Esta festa havia já seis annos que se não fazia, e é este anno devido á boa vontade duma commissão de rapazes desta villa, que têem sido incansaveis para conseguirem um bom êxi­to.

Estão assentes algumas barracas de comes e bebes e outras, e é grande a in­fluencia deste nosso bom povo.

Oxalá 0 tempo o per- mitta.

I llu m iu a çã o c lectr icaA camara municipal offi-

ciou aos adjudicatarios do fornecimento de illumina- ção electrica desta villa, afim de saber o motivo por que não tinham ainda co­meçado os trabalhos para a respectiva installação.

3ío trllcisisal

Responderam no tribu­nal judicial desta comarca, em policia correccionat: Francisca CandidaPaulada e seu filho José Antonio Paulada, no dia 24 do cor­rente. Foi seu defensor 0 ex."'° sr, dr. Luciano Tava­res Mora que fez um dis­curso brilhante. A ré foi absolvida e o filho con­demnado na pena de 20 dias de multa a 400 réis.

O TCEMpO

Durante a semana tem chovido aqui por diifercn-tes vezes.

LITTERATURAt ’na acaso icSJz

(Conclusão!’

O adello hesitou. Mas um olhar vencedor e insolente do seu adversario o fez di­zer:

— Cincoenta mil pesos.

de repente de joelhos e balbuciaram, com a mesma voz comprimida:

— Menina, amo-a!Isto teria sido grotesco, se não fos­

se commovente. E a Joanna náo ti­nha vontade de r ir porque os via cho­rar.

Em amor, só a primeira palavra e que custa. Lançada a primeira onda, vem uma maré de palavras. Depressa explicaram á Joanna tudo o que ti­nham a dizer-lhe: a paixão de cada um, a questão da vespera e a combi­nação que tinham feito de noite.

— O que me propõem é muito dit- ficil, respondeu ella. Escolher! Esco­lher um ou outro? E sem eu amar ne- nhum dos senhores?

Os labios do João crisparam-se; sJ narinas do Mario estremeceram.

(Continua)

Leva a luz branca da aurora Ao mais humilde tugurio Onde se ouve esse murmurio Da fome negra e fatal.Seu olhar meigo e bondoso,Que tem um magico encanto,Muda as agruras do pranto N um r;so celestial!

JO AQ UIM DOS ANJOS.

P E N S AMENTOSA verdadeira lei do progresso moral é a caridade;

sem o seu impulso é impossível a perfectibilidade huma­na; e quantos esforços empregue o homem p o r atlingil-a, hum alvo excentrico ao amor de Deus e do proximo, serão esforços improfícuos.— C. C. Branco.

— O homem temperado, como 0 peixinho em ribeiro cryslallino, corre suavemente na branda corrente da vida.— Feltkan.

— A sympallna, o respeito e a admiração pelos outros, fortalece a imitação.— Bernardino Machado.

— Viajar é aprender, saber é existir — George Sand.— Em França 0 mau não cae porque seja mau, mas

sim porque está velho.— Barére.

A N E C D O T A S

N um anno de muita secca todos se queixavam da falta d agua, e um sujeito comprou um jumento em que manda­va buscar a agua que necessitava.

Um dia, versando a conversa sobre este assumpto, elle acudiu muito lampciro:

— Querem agua, pois comprem um burro como eu...

Um mendigo que apenas tinha uma insignificante chaga, encontrou um confrade seu daspecto horroroso.

— Quanto ganhas tu diariamente?— Tres a quatro tostões!— Bruto que tu és! P o r um quartinho não daria eu os

meus lucros, se tivesse a sorte d estar tão enfermo como tu.mi iiiiiiiiiiiiiiitini

— - Então o senhor, exclamou um homem com ar amea­çador, f o i di\er ao Barnabé que eu estive muito tempo na cadeia!

— E mentira; eu o que disse ao Barnabé f o i que o senhor devia estar ha muito tempo na cadeia.

— A h ! isso é outro caso, tornou 0 outro acalmado. Aquelle Barnabé fas sempre trapalhadas.

iiiiiiiiiuiuitiii

— Pareces-me um grande borrachão, di\ia um rei a um seu cortesão.

— Eu, senhor,— respondeu este— não sei o que sou; o que sei é que por muitas veses tenho representado Vos­sa Magestade.

O silencio tornou-se mais profundo; porque o h o m e m gordo principiou tambem a hesitar.

E neste meio tempo, que era feito do pobre Sa­m u e l ? Agitava-se com to­das as suas forças para acor­dar; porque, dizia elle, de­pois de um tal sonho, a minha miséria me parecerá mais horrivel, e a minha fo­me mais violenta.

— Pois bem, cem mil pe­sos!

— Cento e vinte e cinco mil!

— O original pela cópia! e má sorte tenhas, malvado adello!

Sahiu este em um estado digno de commiseração, e ia-se o homem gordo vi- ctoriosamente com o pai­nel, quando viu aproximar- se-lhe Samuel, corcunda, coxo e esfarrapado. O comprador quer livrar-se do homem que julgava al­gum mendigo, dando-lhe uma esmola; mas o cor­cunda lhe disse:

— Quando poderei to­mar conta da minha abba- dia, do meu casteilo, e das minhas terras, pois sou o pintor do painel?

E dizia comsigo mesmo:— Oh! que bello sonho! que bello sonho! e para que ha de o menor ruido vir logo acordar-me?

O comprador, um dos homens mais ricos da Alle- manha, o conde de Dun- kelsbach, tirou da algibeira uma carteira, arrancou uma folha, e escreveu nella al­gumas linhas.

— Toma, meu amigo, disse elle .a Samuel, eis ahi as ordens necessarias para que te dêem posse dos teus bens. Adeus.

Samuel convenceu-se por fim de que não sonhava: tomou posse do casteilo, vendeu-o, e dispunha-se a ser um honesto cidadão, pintando só para se entre­ter, quando morreu duma indigestão.

O seu painel íicou por muito tempo no gabinete do conde de Dunkelsbach, e hoje pertence ao rei de Baviera.

A G R I C U L T U R AConscrvaeâmi «!©§ garfos

Os antigos processos de conservar a semente, como se chama aos garfos da enxertia, são hoje pouco aconselhados. Um, que consiste em os mergulhar na agua corrente, póde ti­rar-lhe uma parte dos prin­cípios nutritivos pela acção constante da corrente da agua; o outro, que consis- te em abacellar ou enter­rar os garfos numa cova,

tem o inconveniente de de­teriorar uma grande quan­tidade de olhos pela humi­dade que penetra no solo.

Um terceiro processo, hoje muito generalisado, é aquelle a que se dá o no­me de estratificação e que se reduz a dispôr os garfos dentro de uma adega ou num sitio abrigado, fresco e não h um ido e quanto possivel escuro, alternando uma camada de areia li­geiramente humedecida e com outra camada de gar­fos em molhos de 20 a 3o, atados com muitos laços para que a areia penetre por entre cada um delles. A camada de areia deve ter a espessura media de 10 centímetros e os mo­lhos de garfos devem ficar separados uns dos outros para que a areia envolva cada um de per si o mais completamente possível.

Um grande numero de desastres havidos nas en­xertias, é devido á má con­servação dos garfos; por isso é sempre conveniente experimental-os antes de os empregar. Indicam-se, para isso, dois meios de reconhecer a sua vitalida­de; deitam-se alguns gar­fos na agua perto do lume e se elles estão bons, al­gum tempo depois os olhos incham , e cortando-os transversalmente vê-se a agua transudar atravez dos tecidos, o que é signal de que a circulação se fez re­gularmente.

O outro meio consiste em levantar a casca com um canivete e observar se o cambium, 011 parte gera­dora do lenho, apresenta a côr verde; se apresentar, o garfo está perfeito, se a côr fôr amarellada, é indi­cio de falta de vitalidade.

Alguns enxertadores co­nhecem tambem o bom estado dos garfos deixan­do-os em agua e soprando depois por uma das extre­midades; se apparecem pequenas-gotas dagua na extremidade opposta, pre­sume-se que estão no esta­do de serem empregados.

A operação da enxertia é muito delicada para que haja nella todos os cuida­dos e não sejam imperti­nentes todas estas minu ciosidades.

A N N U N C ! 9 S

ANNUNCIO

C O MA R C A DE ALDEGALLEGA DO RI BATEJ O

(§ .3 l*M?íSicaçís®)

ta do tribunal judicial des­ta villa de Aldeia Gallega do Ribatejo, nos autos de fallencia, contra o fallido Manuel Roque da Silveira, se hão de vender em hasta publica a quem maior lan­ço offerecer sobre os valo­res abaixo designados, os bens seguintes: i.° — Uma fazenda denominada VI­NHA DA PADEIRA, com­posta de vinha e terras de semeadura, situada no lu­gar de Santo Antonio da Charneca, e vae á segun­da praça no valor de réis 1753000. 2.0— Uma outra fazenda situada no mesmo lugar de Santo Antonio da Charneca, composta de terras de semeadura, vi­nha e arvores de fructo, foreira em 4S740 réis an- nuaes, com laudemio de vintena a D. Maria Henri- queta Josephina Dionisia Fortt Roan, e vae o domi­nio jptil á segunda praça, no valor de 225$ooo réis.

Pelo presente são cita­dos os crédores incertos para assistirem á dita arre­matação.

Aldegallega do Ribatejo, 14 de abril de 1902.

o E S C R IV Á O

Antonio Augusto da Silva Coelho.

Verifiquei a exactidão.

0 JUIZ D E D IR E IT O

N. Souto.

O I )O Mi N u O

ANNUNOIO

ÍUDiiui)

( fv l I»§53*!k*ação)

Aldegallega do Ribatejo,8 de abril de 1902.

o E S C R IV Á O

Antonio Julio Pereira Moutinho.Verifiquei a exactidão.

O JUIZ D E D IR E IT O

Antonio Augusto Noguei­ra Souto.

No dia 27 do correnU mez, pelo meio dia, á por­

Por este juizo de direito, cartorio do 2" officio e exe­cução hypothecaria ■ que promove Martha Maria de Lima, viuva, proprietaria, do Samouco, contra José Florencio, viuvo, fazendei­ro, e residente no sitio do Cercal, freguezia d’Alco- chete, desta comarca, vae á praça á porta do tribunal d’esta villa no dia 4 do pro­ximo mez de maio, pelo meio dia, para ser vendido pelo maior preço e superior ao abaixo declarado, o se­guinte:— Uma fazenda com casas de habitação e outras para arrecadação, poço, terras de semeadura, vinha e arvores de fructo, sita no Cercal de Cima, dita freguezia d’Alcochete, pre­dio foreiro em 18800 réis annuaes e laudemio de vin­tena a Joaquina Soares de Almeida Povoas, do Sa­mouco, e no valor de réis 85888oo.

São citados para a dita arrematação q u a e s q u e r credores incertos.

J i u a y u í ]j

O mais notável romance historico dos últimos tem­pos por Paul Mahalin, il- lustraçÕes de Alfredo Mo­raes.

O FILHO DO MOS­QUETEIRO alcançou em França o mais extraordiná­rio exito, apenas compara- vel ao dos Tres ssoscine- tc iros, de Alexandre Du­mas.

Paul Mahalin num estylo que, diz um dos mais illus- tres criticos francezes, nos evoca a figura colossal de Dumas pae, a mais pura gloria da França litteraria— faz passar a acção do seu notabilissimo romance no tempo de Luiz XIV, o Rei-Sol, cujo reinado foi o mais brilhante, o mais agi­tado e historicamente o mais interessante da Fran- Çcl.

O que Joel, o filho do MOMIlJaSTBaBlfiW T liO « . passa em busca de seu pae na côrte de Luiz XIV, as luctas que tem a vencer para arrancar a sua noiva ao amor do Rei-Sol; a gloria de que se cobre na tomada de Friburgo em que assume proporções de heroe de epopeia; as intri­gas que íhBSSS.ufL usos

arma para al­cançar a revogação do edi­to de Nantes, satisfazendo aos caprichos amorosos de Luiz X IV ; os tenebrosos crimes de que a Marqueza de Montespan lança mão para inutilisar as suas ri- vaes na affeição do rei de França, toda a accão em fim, deste notabilissimo romance, fez de O FILHO DO MOSQUETEIRO o successo mais notável da litteratura franceza destes últimos tempos. Basta ler os titulos dos capitulos pa­ra avaliar quanto O FILHO DO MOSQUETEIRO é in­teressante, tanto sob o pon­to de vista historico, como sob o de romance de enre­do.

Os fasciculos serão dis­tribuídos semanalmente pe lo preço de 40 réis (pagos no acto da entregai cadaO /fascículo de 24 paginas com 5 gravuras.

Agente em Aldegallega— Alberto Brito Valentim.

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M A P P A S D E P O R T U ­G A L

Ha para vender mappas de Portugal, não coloridos, ao preço de 60 réis cada um.

Ha para vender collec- ções de jornaes, taes como: Seculo, Pimpão, Parodia, Supplemento ao Seculo, e outros; assim como livros antigos de diversos idio­mas.

N’esta redaccão se trata.

DO P O V OPara aprender a ler

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da a parte.

O D O M I N G O

NOVA S S L C H 1 C H A R U AO COMMERGIO DO POVODE

J O S É P A U L O R S L O G - I O

O p ro p r ie tá r io d ’e s te e sta b e lec im e n to p r o m e tíe ter sem p re fr e sc o s , e «te p r im e ira «gaiafildade to d o s o s g e n e ro s q u e d izem r e sp e ito a sa ic liic lia r la .

PRECOS AO ALCANCE DE TODOS!L A R G O D A E G R E J A — A L D E G A L L E G A

MERCEARIA ALDEGALLÉNSEDE

Jo sé A n to n io N u n es- o o o o o -

N ’esle estabelecimento encontra-se d venda pelos preços mais convidativos, um variado e amplo sortimento de generos proprios do seu ramo de commercio, podendo por isso offerecer as maiores garantias aos seus estimá­veis fregueses e ao respeitável publico em geral.

Visite pois o publico esta casa.

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A ldegallega do R ib a te jo

SALCHICHARIA MERCANTILDE

JOAQUIM PEDRO JESUS RELOGIOCarne de porco, azeite de Castello Branco e mais

qualidades, petroleo, sabão, cereaes e legumes.

Todos estes generos são de primeira qualidade e vendidos por preços excessivamente baratos.

Cirandes d e sco n to s para o s r ev en d ed o res!

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ALDEGALLEGAJOSÉ DA ROCHA BARBOSA

Com offfficlsaa de

C O R R E E I R O E S E L L E I R O

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COMPANHIA FABRIL SINGERP o r 5 00 réis semanaes se adquirem as cele­

bres machinas SINGER para coser.Pedidos a AURÉLIO JO ÃO DA CRUZ, cobrador

da casa a»C O C K «& C.a e concessionário em Portu­gal para a venda das ditas machinas.

Envia catalogos a quem os desejar, 70, rua do Rato, 70 — Alcochete.

HAVANEZA DA P RAÇA50:0005000 DE RÉIS

i6.a loteria do anno em 12 de abril de 1902

Encont^a-se, dos principaes cambistas, n ’esta casa grande sortimento de bilhetes, meios bilhetes, quartos Je bilhete, décimos, vigésimos e cautellas de todos os preços.

E sta easa é a m ais fe liz as© g en ero !

JOÃO ANTONIO RIBEIROPRAÇA SERPA PINTO — ALDEGALLEGA

m M i Á O já bem conhecidas do publico as verdadeira ____ 1 ................... . . . > . 1vantagens que este estabelecimento ofíereçe aos

compras em íondicçóes de poder os, porque vende muitos artigos

compradores de todos os seu; art:gos, pois que tem sortimento, e iá : comPetir com as pnmeíras ça-as de Lisboa no que diz respeito a preç

A inda m ais baratose como ;al esta casa para maior garantia estabeleceu o systema de G AN H AR POUCO PA R A V E N D E R M UITO e vendendo a todos peios mesmos preços.

Tem esta casa além de va.ios artigos de ve tuario rnais as seguintes secções:De Fanqueiro, sortimento completo.De Retroseiro, bom sortido, e sempre artigos de prim eira moda.

<De Mercador, um bello e variado sortimento de casimiras, flanellas, cheviotes, picotilhos, etc., etc.

Ela tambem lindos pannos para capas de senhora, e de excellentes qualidades por preços baratíssimos.

A í í S fír s . A if f a y a t e S . - - - E s t e estabelecimento tem bom sortimento dc forros necessários para a sua confecção taes como: setins pretos e de cor, panninhos lisos de cor e pretos, fórros para mangas, botões, etc.

A s ® S IS 1S03 ’ Í5S M od istas.— Lembram os proprietários d’este estabelecimento uma visita, para assim se certificarem de quanto os preços são limitados.

Grande colierção de meias pretas para senhora, piugas para homem, e piuguinhas para creança que garanti­mos ser prelo firme.

Um a v is ita p o is ao COMMIilSCff© II»RUA DIREITA, 88 e 90 — RUA DO CONDE, 2, A L D E G A L L E G A

J O A O B E N T O & N U N E S D E C A R V A L H O

D E P O S I T ODE

VINHOS, VINAGRES E AGUARDENTESE F A B R I C A - D E L I C O R E S

N D E D E P O S I T O U A C R E D I T A D A F A B R I C A D EJANSEN & C . - LISBOA

D K

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C E R V E J A S , G A Z O Z A S , P I R O L I T O SVENDIDOS PELO PRECO DA FABRICA

— LUCAS & C/ —L A R G O D A C A L D E IR A — ALDEGALLEGA DO RIBATEJO

V inlaosVinho tinto de pasto de i.a, litro

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» da Madeira.......... »

V in agresVinagre t nto de i . a, litro............

» » » 2.a, » ............

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I A gu ard en tes5o rs. | Alcool 40o......................... litro40 »70 »

100 »i 5o »160 »240 »240 »400 »5 00 »

ginja......... »de bagaço 20o » f.a » » 20o » 2.a» » 18°.»n figo 20o. »» Evora i8->.»

branco » I.a.

Ca mm a ISraaica| Parati....................................litro| Cabo V erde...................... »

60 rs. | Cognac............................... garrafa5o » | » ............................ »So » | Genebra........................................ »60 » 1

J20 rs. 320 » 240 » 160 » i 5o » 140 » 120 » 140 »

700 rs.600 »

18200 » l$ í’00 »

36o »

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Owi—4H-J<OU4Q

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U c o r e sL ico r de ginja de i . a, litro ______

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| Cerveja de M;a-ço, duzia.... 480 rs.| » Pilcener, » ........ 720 »1 » da pipa, meio b a rr il. j 5o »1 Gazozas, duzia......................... 420 »! Pirolitos, caixa, 24 garrafas... 36o »

C a p ilé , l i t r o @80 r é is , coesj g a rra fa r é is

E M A IS B E B ID A S D E D IF F E R E N T E S Q U A L ID A D E S

FÂRÂ REVENDERV E N D A S A D I N H E I R O

PEDIDOS A LUCAS & C,A - ALDEGALLEGA

R E L O J O A R I A G A R A N T I D ADE

AVELINO MARQUES CONTRAMESTREa --

Reíogios de ouro. de prata, de aço, de nickel, de piaquet, de pbanta- sia. ameriíaaos, suissos de pare.le, marítimos, despertadores americanos, de’" pertadores dé phantasia, despertadores com musica, suissos de algibeira cow corda para oito dias. ,,

Recommenda-se o relogio de A V E L IN O M ARQ U ES C O N TR A M E S TR E , um bom escape d’ancora muito forte por 5$ooo réis.

Oxidam-se caixas d’ajo com a maxim- perfeição. Garantem-se todos os concertos.O proprietário d’csta relojoaria compra ouro e prata pelo preço mais elevado.

I ? O O O — i — ALDEGALLEGA DO RIBATEJO1 — R U A D O

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