da africa sul-saariana paîses da africa...
Post on 17-Dec-2018
222 Views
Preview:
TRANSCRIPT
Banco MundialPrograma das NaçôesUnidas
para DesenvilvimentoBanco Africano de Desenvolvimento
Ministério Françês de Coopéraçâo
Avaliaçâo Hidrolôgica
da Africa Sul-SaarianaPaîses da Africa d'Oeste
GUINÉ BISSAU
Juillet 1992
Mott MacDonaldInternationalCambridge,UK
BCEOMMontpellier
France
SOGREAHGrenobleFrance
ORSTOMMontpellier
France
PREÂMBULQ
o presente estudo representa a terceira parte da avaliaçao hidrol6gica regional da Âfrica sub-saariana,financiada pela PNUD (Projeto RAF/871030), pela Banco Africano de Desenvolvimento e pela Fundo deAjuda e de Cooperaçao da Republica Francesa. Este estudo concerne 23 paises da Âfrica do Oeste e foiiniciado em setembro de 1990: Os pafses foram visitados pelos membros da equipe de estudo entre novembrode 1990 e novembro de 1991. Em média, 0 tempo global dedicado a cada pals foi de seis semanas, sendo ametade passada no escrit6rio dos conselheiros. Estes ultimos foram introduzidos pelo CIEH em 17 pafses. 0estudo foi organizado de modo a permitir que as avaliaçoes fossem feitas pela pessoal de MOTI MacDonaldInternational, do BCEOM, de SOGREAH, e da ORSTOM, e por varios conselheiros nacionais. Desde 0
princfpio, deu-se uma atençao particular à coerência do método e à homogeneidade da avaliaçao.
o projeto consistiu na avaliaçao do estado dos sistemas de recolhimento de dados hidrol6gicos existentes, e naformulaçao das recomendaçoes necessârias a seu melhoramento de maneira a dar assistência aos pafses para 0
estabelecimento ou melhoramento de bases de dados hidrol6gicos fiaveis a fim de conseguirem umaplanificaçao melhor dos programas e projetos de aproveitamento dos recursos em aguas superficiais esubterrâneas. Assim pois, 0 objetivo era identificar os domfnios nos quais a ajuda internacional seria necessâriae desenvolver essas recomendaçoes sob a forma de propostas de projetos que conviessem aos financiadores.
Elaboraram-se relat6rios nacionais sobre as avaliaçoes, recomendaçoes e propostas identificadas. Dm relat6rioregional vern completar os relat6rios feitos por pals no que concerne os aspectos do estudo que necessitamuma abordagem a nfvel da regiao ou de uma grande bacia. Esse relat6rio tarnbém resume as caracterfsticascornuns das avaliaçôes nacionais e inclue propostas de projetos para as atividades que concernem a regiao demaneira integral ou parcial.
o presente relat6rio foi realizado pela BCEOM e pela ORSTOM a partir das informaçoes e documentosreunidos durante a missao feita na Guiné Bissau do dia 13 ao dia 26 de janeiro de 1991.
Ficam aqui expressos nossos mais sinceros agradecimentos à ajuda preciosa que nos foi concedida pelas maisvariadas personalidades, demasiado numerosas para serem citadas individualmente.
BAD
BRGM
CITA
DCTD
CIEH
DGRH
DHAS
EAGB
FENU
MRNI
PNUD
UNICEF
MAC
MAS
ORSTOM
SERN
SMN
ABREYIAçÔ~
Banco Africano de Desenvolvimento
Departamento de Pesquisa Geol6gica e Mineira.
Centro de Investigaçào Tecnol6gica Aplicada do M.R.N.!.
Departamento das Naçoes Unidas de Cooperaçào Técnica para 0 Desenvolvimento
Comitê Inter-Africano de Estudos Hidrâulicos
Direçào GeraI dos Recursos Hfdricos
Departamento de Hidrâulica e dos Solos do Ministério do Desenvolvimento Rural e daAgricuItura
Âgua e Eletricidade da Guiné Bissau
Fundos de Equipamento das Naçoes Unidas
Ministério dos Recursos Naturais e da Industria
Projeto das Naçoes Unidas para 0 Desenvolvimento
Fundos das Naçoes Unidas para a Infância
Missào de Ajuda e de Cooperaçào
Mac Donald Agricultural Service Limited
Instituto Francês de Pesquisa Cienûfica para 0Desenvolvimento em Cooperaçào
Secretaria de Estado dos Recursos Naturais
Serviço da Meteorologia Nacional
SUMARIO
CAPÎTULO 1 GENERALIDADES
1.1 Geografia1.2 Populaçao1.3 Saude1.4 Educaçao1.5 Economia1.6 CUma1.7 Geologia1.8 Hidrologia1.9 Hidrogeologia
CAPÎTULO 2 MOBILIZAÇÂO DOS RECURSOS EM A.GUA
2.1 Recursos em âgua2.1.1 Recursos em âgua de superficie2.1.2 Recursos em âgua subterrânea
2.2 Aproveitamentos existentes2.2.1 Utilizaçao atual das âguas de superficie2.2.2 Utilizaçao atual das âguas subterrâneas
2.3 Necessidades em matéria de âgua2.3.1 Alimentaçao das populaÇôes2.3.2 Agricultura
2.3.2.1 Irrigaçao2.3.2.2 Pecuâria
2.3.3 Hidro-eletricidade
CAPÎTULO 3 CLIMATOLOGIA
3.1 Estruturas3.1.1 Organizaçao3.1.2 Pessoal e fonnaçao
3.2 Redes3.2.1 Estaçôes sin6pticas
3.2.1.1 Descriçao3.2.1.2 Equipamentos3.2.1.3 Manutençao
3.2.2 Estaçôes climatol6gicas3.2.2.1 Descriçao3.2.2.2 Equipamento
3.2.3 Estaçôes pluviométricas3.2.3.1 Descriçao3.2.2.2 Equipamentos3.2.2.3 Manutençao
a
1-1
1-11-31-41-41-41-51-71-8
1-13
2-1
2-12-1
2-15
2-172-172-20
2-232-232-242-242-262-27
3-1
3-13-13-2
3-23-23-23-43-53-53-53-73-83-83-93-9
3.3 Dados pluviométricos3.3.1 Colheita, processamento, arquivamento3.3.2 Difusào3.3.3 Qualidade dos dados3.3.4 Lacunas e insuficiências
3.4 Dados c1imatolOgicos3.4.1 Colheita, processamento, arquivamento3.4.2 Difusào3.4.3 Qualidade dos dados3.4.4 Insuficiências e lacunas
CAPITULO 4 AGUAS DE SUPERfiCIE
4.1 Estruturas4.1.1 Organizaçao4.1.2 Pessoal e fonnaçao
4.2 Redes4.2.1 Redes hidrométricas
4.2.1.1 Descriçao. 4.2.1.2 Equipamentos
4.2.1.3 Manutençao4.2.2 Transportes s6lidos4.2.3 Qualidade das aguas
4.3. Dados hidrométricos4.3.1 Colheita, processamento, arquivamento4.3.2 Difusào4.3.3 Qualidade dos dados4.4.4 Lacunas e insuficiências
4.4 Dados sobre os transportes solidos
4.5 Dados sobre a qualidade das âguas
CAPITULO 5 AGUAS SUBTERRÂNEAS
5.1 Estruturas institucionais5.1.1 Organizaçao5.1.2 Direçao Gerai dos Recursos Naturais5.1.3 Pessoal e fonnaçao
5.2 Caracteristicas geolOgicas e geométricas do sistema aqüifero5.2.1 Documentos existentes5.2.2 Arquivamento e difusao5.2.3 Qualidade dos dados5.2.4 Lacunas e insuficiências
5.3 GeoflSica5.3.1 Organizaçao das carnpanhas, interpretaçao5.3.2 Arquivamemo e difusao5.3.3 Qualidade dos dados5.3.4 Lacunas e insuficiências
b
3-93-9
3-123-123-15
3-163-163-183-193-19
4-1
4-14-14-2
4-34-34-34-34-64-74-7
4-'4-74-84-84-9
4-11
4-12
5-1
5-15-15-15-2
5-35-35-45-45-4
5-55-55-55-55-5
5.4 Inventârio5.4.1 Colheita - processamento5.4.2 Arquivamento e difusao5.4.3 Qualidade dos dados5.4.4 Lacunas e insuficiências
5.s Inventârio dos poços e furos5.5.1 Colheita, processamento5.5.2 Arquivamento e difusao5.5.3 Qualidade dos dados5.5.4 Lacunas e insuficiências
5.6 Piezometria5.6.1 Campanhas de medidas5.6.2 Redes de medidas5.6.3 Arquivamento e difusao5.6.4 Qualidade dos dados5.6.5 Lacunas e insuficiências
5.7 Débito dos rnananciais5.7.1 Lacunas e insuficiências
5.8 Dados sobre a qualidade das âguas subterrâneas5.8.1 Colheita, processamento5.8.2 Arquivamento e difusao5.8.3 Qualidade dos dados5.8.4 Lacunas e insuficiências
5.9 Arquivarnento inforrnâtico5.9.1 Base de dados symphony5.9.2 Base de dados BADGE
5.10 Modelizaçao dos recursos em âguas subterrâneas
CAPITULO 6 AVAUAÇÂO
6.1 Necessidades ern matéria de dados hidrol6gicos6.1.1 Para a avaliaçao do recurso6.1.2 Para a avaliaçao dos riscos
6.2 Necessidades ern matéria de dados hidrogeol6gicos6.2.1 Para a avaliaçao do recurso6.2.2 Para a avaliaçao dos riscos
6.3 Diagn6stico6.3.1 Diagn6stico em climatologia6.3.2 Diagn6stico em superficie6.3.3 Diagn6stico em hidrogeologia
c
5-65-65-65-65-6
5·65-65-85-85-8
5-95-95-9
5-115-115-1I
5-125-12
5-135-135-145-145-14
5-145-145-15
5·22
6-1
6·16-16-3
6-46-46-5
6·56-56-66-8
CAPîTULO 7 RECOMENDAÇÔES 7-1
7.1lntroduçao 7-1
7.2 Climatologia 7-1
7.3 Agua de superficie 7·27.3.1 Recomendaçoes sobre a definiçào das atribuiçoes da DH 7-27.3.2 Recomendaçoes para 0 refôrço da DH 7-3
7.3.2.1 Refôrço dos equiparnentos do departarnento central da DH 7-37.3.2.2 Refôrço dos equiparnentos das brigadas regionais 7-4
7.3.3 RecomendaçOes para a manutençao e 0 refôrço da rede de base nos "biefs"continentais dos grandes rios 7-5
7.3.4 Recomendaçoes para a instalaçao de bacias vertentes representativas no dominio continental 7-77.3.5 Recomendaçoes para a instalaçào de bacias vertentes representativas nos vales salobros
corn vocaçao rizicola 7-87.3.6 Recomendaçoes para a instalaçào e a gestào de uma rede de marégrafos 7-8
7.4 Aguas subterrâneas 7-97.4.1 Estruturas institucionais 7-97.4.2 Inventario dos pontos d'ligua 7-97.4.3 Instalaçào de uma rede piezométrica nacional 7-107.4.4 Utilizaçào da Geofisica 7-107.4.5 Interpretaçao das experiências de bombeamento 7-117.4.6 Arquivamento informatico 7-127.4.7 Mapas hidrogeol6gicos 7-127.4.8 Manutençào do material 7-127.4.9 Formaçao 7-13
d
QJ,JADROS
Quadro 1.6.1: Médias inter-anuais dos principais parâmetros climaticos (1941-1990) 1-7Quadro 1.8.1 resumo dos parâmetros sintéticos das bacias 1-12Quadro 2.1.1 : Estimaçao da pluviometria inter-anual por meio da latitude 2-3Quadro 2.1.2: Irregularidades inter-anuais 2-5Quadro 2.1.3: Valores médios dos débitos caracterfsticos e do coeficiente de esgotadura 2-6Quadro 2.1.4 : Pluviometria anual - Recorrências secas e umidas 2-7Quadro 2.1.5 : Altura média precipitada por bacia para um ana ùmido, mediano. seco 2.8Quadro 2.1.6: Estatisticas dos m6dulos 2-9Quadro 2.1.7: Bacia do Rio Corubal- Estimaçao do escoamento anual 2-10Quadro 2.1.8 : Bacia do Rio Géba - Estimaçao do escoamento anual 2-11Quadro 2.1.9 : Rio CACHEU - Estimaçao do escoamento anual 2-11Quadro 2.1.10: Débitos mâximos anuais observados 2-13Quadro 2.1.11 : Estatistica dos débitos observados 2-13Quadro 2.1.12: Estimaçao dos recursos e reservas de agua subterrânea 2-15Quadro 2.2.1 : Lista das instaIaçœs anti-sal para a zona norte 2-18Quadro 2.2.2: Lista das instalaçœs anti-sai para a zona sul 2-19Quadro 2.2.3 : Exame dos arquivos da DGRH, informaçœs disponfveis sobre os pontos d'agua 2-16Quadro 2.2.4 - Condiçôes de exploraçao dos furos profundos, amostra de 217 obras mi bacia sedimentar 2-20Quadro 2.2.5 - Meio de esgotamento manual dos poços e furos utilizados no âmbito da hidr. aldeà 2-22Quadro 2.2.6 - Avaliaçao dos débitos bombeados. por aqüffero ou grupo de aqüfferos 2-22Quadro 2.3.1 : Lista dos projetos de aproveitamento do Mangrove 2-24Quadro 2.3.2 : Inventârio dos projetos de melhoria da gestào dos baixios Zona Leste 2-25Quadro 2.3.3 : Inventârio dos Projetos de aproveitamentos 2-26Quadro 2.3.4 : Lista de projetas de barragens/represamentos 2-26Quadro 3.2.1: Lista das estaçôes pluviométricas 3-10Quadro 3.3.1: Inventârio das chuva diârias - Guiné Bissau 3-13Quadro 3.3.2 : Primeira crftica 3-14Quadro 3.4.1 : Inventârio dos dados meteo disponfveis em banco informatico 3-18Quadro 4.1 : Inventârio das estaçôes hidrométricas 4-4Quadro 4.2 : Equipamento das estaçoes 4-6Quadro 4.3 : Inventârio dos dados hidrol6gicos 4-9Quadro 4.4 : Débitos s6lidos medidos em Saltinho pela COBA 4-12Quadro 5.6.1: Rede piezométrica provis6ria do projeto PNUD/DCTD/GBS 87/002 5-10Quadro 5.6.2: Furos selecionados para a rede de medidas pelo projeto PNUD 5-10Quadro 5.9.1 : Campos da base de dados SYMPHONY 5-15Quadro 5.9.2: Lista dos campos da base de dados - Fichârios anâlises Fisico-qufmicas 5-16Quadro 5.9.3 : Lista dos campos da base de dados BADGE 5-17Quadro 6.2.1: Densidade da rede climatol6gica 6-5Quadro 6.2.2 : Meios em matéria de pessoal 6-6Quadro 6.3.1 : Densidade da rede hidrol6gica 6-7Quadro 6.3.2 : Meios em matéria de pessoal 6-7
e
MAPAS E FIQURAS
Mapa C1.1.1 Geografia da GUINE BISSAUMapa C1.8.1 Hidrografœ da GUINE BISSAUFigura 1.8.1 Hidrogramas de cheias do Rio Corubal- Saltinho - 1958-1983-1988Figura 1.9.1 Distribuiçao <las transmissibilidades segundo os diferentes aqüi'ferosFigura 1.9.2 Variaçao da transm. do Maëstrichtiano em funçao da espessuraMapa 2.1 Isoietas inter-anuais da Guiné Bissau corn ajuda dos valores medianosFigura 2.1.1 Tendências pluviométricasFigura 2.1.2 Tendências pluviométricas (continuaçao)Figura 2.1.3 Bissau - Ajustamento da lei de Pearson III às chuvas anuaisFigura 2.1.4 Saltinho - Ajustamento dos m6dulos - Lei de GaltonFigura 2.1.5 Saltinho - Baixa das aguas - Anos umidosFigura 2.1.6 Saltinho - Baixa <las aguas - Anos secosFigura 2.1.7 Saltinho - Ajustamento da lei de Gumbel - QmaxFigura 2.1.8 Débitos especi'ficos em funçao da superfi'cie das baciasFigura 2.2.1 Distribuiçao dos débitos especi'ficos por aqüi'feroMapa 3.2.1 Rede cIimatol6gica da Republica da Guiné BissauFoto 3.1 Abrigo meteorol6gico de PITCHE-CADEYFoto 3.2 Estaçao cIimatol6gica de SALTINHOFigura 3.3 Dupla acumulaçao vector EstaçàoMapa 4.1 Rede hidrol6gica da Repûblica da Guiné BissauFigura 4.2 Curva de calibragem de SALTINHOFoto 4.3 Limn6grafo e escala de SONACO montanteFoto 4.4 Patarnar de SONACO montanteFoto 4.5 Escala de SALTINHO montanteFoto 4.6 Escala de SALTINHO jusanteFigura 5.8.1 Balanço iônico das analises qui'mica.s da base de dadosFigura 5.9.1 Taxa de preenchimento dos campos da base de dados BADGE
f
1-21-111-131-161-162-22-42-42-8
2-102-122-122-142-142-213-3
3-113-113-194-5
4-104-134-134-144-145-135-19
ANEXOA
ANEXOB
ANEXQS
TERMOS DE REFERÊNCIAS ESPECÏFICOS A GUINÉ BISSAU
FICHAS DE PROJETOS
N° 1: Hidrologia - Reorganizaçâo do Serviço Hidrol6gico da Guiné BissauN° 2: Hidrologia - Reabilitaçâo e desenvolvimento da rede de observaçoes
nos "biefs" continentais dos grandes riosN° 3: Hidrologia - Gestao dos débitos partilhados do Géba e do CombalN° 4: Hidrologia - Instalaçâo de B.V. representativas e experimentais
no domfnio continentalN° 5: Hidrologie - Instalaçao de B.V. experimentais nos vales salobros
corn vocaçao agricolaN°6 : Hidrologia - Assistência técnica junto à DGRH para a avaliaçâo dos
recursos em agua subterrânea
ANEXOC BmLIOGRAFIA
Bibliografia geralBibliografia ORSTOM
g
CAPITULO 1
GENERALIDADES
1.1 Geografia
A republica da GUINÉ BISSAU situa-se na costa ocidental da ÂFRICA, no hemisfério norte, entre os
paralelos 100 59' e 120 20' N e os meridianos 130 40' e 160 43' W. Possui uma fronteira comum corn 0
SENEGAL, ao Norte, e corn a GUINÉ CONACRI, ao Este e ao Sul. Sua superficie total é de 36125 km2.
Compœ-se de uma parte continental, a mais importante, e do arquipélago de BIJAGOS, constituido por 40
i1has dentre as quais 20 silo habitadas.
A maior parte de seu territ6rio estende-se abaixo de 40 m de altitude. Os principais relevos silo constituidos
por colinas ao Sudeste (regiao de BOE) que atingem 300 m. Distinguem-se tres outras unidades
geomorfol6gicas :a peneplanicie de GABU ao Nordeste, 0 planalto de BAFATA no centro do pars e as
planicies lilOrâneas (Mapa 1.1.1)
As planicies costeiras acham-se entrecortadas por mlmerosos estuârios que formam um sistema complexa de
canais.Os planaltos do interior sao drenados pelos rios CACHEU, GEBA e CORUBAL.
Do ponto de vista geol6gico, a GUINÉ BISSAU situa-se numa zona de transiçao entre 0 maciço paleoz6ico de
FOUTA-DJALON e 0 golfo cretâceo/terciârio do SENEGAL. A litologia superficial é pouco diversificada.
Uma cobertura generalizada de materiais arenosos mais ou menos grosseiros e consolidados constitue 0
conjunto de planicies e pianaltos continentais. Observam-se ai alguns afloramentos de grés, dolerites e xistos.
Na superficie, ou numa profundidade variâvel encontra-se a laterite fossil do terciârio. A planicie litorânea e os
vales constituem-se de materiais aluvionârios.
Embora atenuado, 0 relevo constitue 0 principal fator de diferenciaçao dos solos: solos ferraliticos na regiao
de BOE, latos6is no Nordeste, litosolos e solos lfticos na regiao de BAFATA, solos hidromorfos continentais
ou em aluviôes marinhos na planicie litorânea e no vale do GEBA.
o clima varia entre 0 sudanês corn savana arbustiva nas colinas do Nordeste, e 0 tropical e equatorial na
planicie costeira e nas ilhas. A estaçao das chuvas dura de maio a novembro, sendo os meses de agôsto e
setembro os mais chuvosos. A precipitaçao média anual decresce no sentido SW-NE e varia entre 2750 mm et
1250 mm. A estaçao seca dura entre cinco e seis meses e prolonga-se conforme a latitude.De novembro ou
dezembro até 0 mes de maio, pode-se constatar un déficit de humidade nos solos. A temperatura média anual
do ar é de 26°C e a do solo é de 29,5 OC ( DA SILVA TEIXEIRA, 1962). Conforme a classificaçao de
THORTHWAITE, 0 tipo de clima é ûmido megatérmico no litoral e sub-ûmido megatérmico no interior.
A vegetaçao diferencia-se segundo tres zonas principais. Ao litoral, composto de palmares e mangroves,
sucede uma zona de transiçao formada por uma mistura de floresta e savana. 0 interior é 0 dominio das
savanas arb6reas ou graminosas onde os incêndios de mata silo freqüentes na estaçao seca.
1-1
-N
SENEGAL
p.
Arquipélago de Bijagos
o1
Legenda1 Ptankle IItorAnea2.Zona de translçio3.PlaDallo de Barata4.Peneplanfcle de Gabu5.CoIlnas de Boe
OUINÉ CONACRI
501
5
100 Km',
A agricultura é 0 eixo econâmico do paîs. Antes da independência, a polîtica agricola achava-se centrada nas
culturas de exportaçao, 0 amendoim ocupava 30% das terras cultivadas. Quanto aos gêneros alimentîcios, 0
arroz s6 ocupava 15% e 0 milhete 8% das terras cultivadas. Os preços pagos aos produtores levaram-nos a
limitar-se ao âmbito do cultivo de gêneros alimentîcios. Desta forma, as superfîcies cultivadas em 1987,
passaram a 18% para 0 amendoim e a 40% para 0 arroz. A oferta para 0 arroz passou de 54000 toneladas em
1980 a 115000 toneladas em 1985 e 145000 em 1988. Os rendimentos sao fracos, 1264 kg por hectare (média
mundial3320 kg/hâ).
A GUINÉ BISSAU continua, no entanto, a apresentar uin balanço deficitario em agricultura; em 1988 esse
déficitera de 18 milhOes de d6lares, 0 equivalente de 14% do PNB, enquanto que 80% da populaçilo constitue
se de agricultores. Mas as terras cultivadas s6 representam 12% da superfîcie total do paîs. (Fontes :
ATLASECO, 1990)
A populaçilo era de novecentos e sessenta mil habitantes em 1989, dos quais cento e dez mil encontravam-se
na capital BISSAU, ou seja um habitante em nove, 0 que permanece dentro da média africana. A densidade
era de 26 Hab./km2. As lînguas mais utilisadas sao 0 português, as lînguas locais em parte derivadas do
português, e, na proximidade das fronteiras, um pouco 0 francês.
1.2 Populaçao
Conforme 0 recenseamento de abril de 1979, a populaçilo total do paîs naquele ano era de 767 739 habitantes
(densidade média: 21.4 hab~2, repartida de um modo muito desigual entre as diferentes regioos. Ha tres
zonas principais de povoaçilo
- zona Noroeste: regiilo de Biombo, Cacheu e a Oeste da regiao de Oio,
- zona Sul: regiilo de Quinara e Tombali,
- zona Nordeste: Norte da regiilo de Gabu e Centro da regiao de Bafata,
Tal populaçilo, em grande parte rural, possue uma dezena de etnias.
A taxa de crescimento da populaçilo seria de aproximadamente 2% a 2.5 % ao ano. A repartiçilo tenderia a
mofificar-se em favor do meio urbano.
Existem duas aglomeraçoes principais, a capital BISSAU (aproximadamente 110.000 hab. em 1979), Bafata,
centro principal ao Leste do paîs (mais ou menos 37.000 habitantes) e Gabu (30.000 habitantes). Além disso,
24 centros secundârios espalhados pelas diversas regioos apresentam caracteres comuns de dimensao, estrutura
atividade. Os principais sao : Catio, Gabu, Farim, Mansoa, Canchugo, Bolama, Bula, BISSAUra, Bafata.
A populaçilo rural propriamente dita reparte-se entre umas 3000 aldeias ou tabancas, cuja populaçilo varia
entre algumas dezenas e 2000 habitantes. Conforme as regioos ou as etnias, as aldeias apresentam uma
estrutura agrupada, coma ao Leste do paîs, ou dispersa: os balantes das regioes do Oeste.
1-3
1.3 Saude
As condiçoes de saUde acham-se entre as piores da Âfrica do Oeste. Os mais recentes dados estatisticos datarnde 1987 e revelam que, apesar de uma taxa de natalidade elevada, 4,6 0/00, a taxa de crescimento dapopulaçao permanece baixa, 2.1 0/00, 0 que se explica pela existência de uma taxa de mortalidade elevada :
2.5 0 /00, principalmente no que concerne a mortalidade infantil.
A esperança de vida é de 45 anos, uma das mais fracas do continente africano.
Tais coeficientes de mortalidade devem-se às péssimas condiçoes sanitarias constatadas no territ6rio.
As doenças hidricas predominam e sao responsaveis pelos 3/4 das doenças transmissiveis e por mais da metadedos falecimentos. Elas atingem principalmente as camadas mais jovens da populaçao, coma prova a alta taxade mortalidade infantil: 14,8 % . Em grande parte, 0 usa das aguas de superficie e os Mbitas de consumo saoresponsâveis por essa situaçao de fato.
Para melhorar tal situaçao, as prioridades em matéria de saUde sao a educaçao sanitaria e a melhoria doaprovisionamento de agua.
1.4 Educaçào,
Nao existem estabelecimentos de estudos superiores. Os futuros executivos estudam em outras paises africanos
ou europeus e até mesmo nos Estados Unidos da América.
o português é a lingua oficial do pais. 0 francês é falado correntemente nas repartiçoes pl1blicas.
1.5 EcoDomia
A economia da Guiné BISSAU é essencialmente agricola ja que da agricultura, que representa 80% do valor
das exportaçoes, vivem 90% dos habitantes.
As culturas sao pouco diversificadas : rizicultura e palmares no Oeste e no Sul, amendoim e milhete no
interior. As outras produçoes, de frotos e hortaliças, ainda se acham em segundo plana, mas diferentesempreendimentos fomentarn seu desenvolvimento. As expoloraçoes familiares representarn quase a totalidade
da produçao e bastam para 0 consumo local, corn exceçao da zona de BISSAU onde observa-se um déficit.
A pecuaria é praticada sobretudo no Leste do pais, e tem carater extensivo e transumante. A falta de pastos ede agua constituem um obstâculo a seu desenvolvimento. Varias doenças, particularmente as parasitarias, e a
insuficiência de açoes sanitarias limitam 0 crescimento e 0 melhoramento do rebanho.
A industria é muito pouco desenvolvida e concentra-se essencialmente em BISSAU.
A Guiné BISSAU faz parte dos paises mais pobres da Âfrica : em 1987 seu PNB era de 160 d6lares norte
americanos por habitante.
1-4
A parte da agricultura no produto interno bruto é de 60%.
A taxa de crescimento do PNB foi de 5,6% em 1987,4% para 1988. Esta estimada a 5% para 1989.
A situaçao econômica é dificil e a taxa de inflaçao foi de 70% em 1989. Estao sendo feitos esforços para
reorientar a economia dando prioridade :
- às leis do mercado em vez da planificaçao do estado,
- ao aumento dos investimentos do setar privado.
1.6 Clima
o conjunta do terrlt6rio da GUINÉ BISSAU caracteriza-se por um clima quente e umido numa unica estaçao
<las chuvas. Essa estaçao dura aproximadamente 7 meses, começando em maio e terminando em novembro.
A circulaçao atrnosférica sobre a GUINÉ BISSAU depende ao mesmo tempo das Altas PressOes Tropicais et
do Equador Meteorol6gico cujas migraçœs estacionais determinarn as caracteristicas dos fluxos de ar e os
tipos de tempo resultantes.
No invemo bareal, sofrendo a influência poderosa dos anticiclones dos Açores e do Saara, 0 Equador
Meteorol6gico migra para 0 sul (40 none). Formarn-se entao duas circulaçoes de aliseus, corn caracteristicas
diferentes, impulsionadas pelos dois anticiclones e que vao determinar 0 tempo na GUINÉ BISSAU.
- 0 a1iseu maritimo: originario do anti-ciclone dos Açores, de direçao norte a noroeste. umido, fresco e
às vezes Crio, corn fraca amplitude diurna das temperaturas. Apesar de limido, esse fluxa é incapaz de
provocar precipitaçoes por causa da posiçao demasiado baixa da inversao de a1iseu, conjugada corn a
subsidência do ar superior interno au fluxo. No oceano, essa inversao de a1iseu separa uma carnada
inferior de ar umido turbulento de uma camada superior de ar seco, estâvel e subsidente que, ao
mesmo tempo que impede perda da umidade na troposfera superior, op6e-se à fonnaçao de nuvens de
grande desenvolvimenta vertical do tipo cumulo-nimba (LE BORGNE J,1988). Esse a1iseu maritimo
é responsâvel pela umidade depositadadurante a noite em forma de orvalho. Ele concerne
principalmente a zona costeira da GUINÉ BISSAU.
- 0 harmatao, de direçao Leste dominante, é 0 a1iseu saariano. Caracteriza-se por ser muito seco
apresentando amplitudes ténnicas muito pronunciadas - fresco à noite, quente ou torrido de dia - a
"bruma seca" e litometeoritos. Sua secura vern acompanhada por orna grande capacidade de
evaporaçao. Esse fluxo concerne muita especialmente 0 norte do pais no inicio do invemo; mas sua
influência estende-se por todo 0 pais onde ele ultrapassa 0 a1iseu maritimo no nivel da
discontinuidade de a1iseu.
No verao bareal, 0 aquecimento do hemisfério norte resultante do movimento zenital do sol provoca uma
depressao térmica muito acentuada no Saara devido ao aquecimento continental, 0 enfraquecimento do
anticiclone dos Açores, corn uma posiçao setentrional hem marcada. Nesse mesmo lapso de tempo, 0
anticiclone de Santa Helena, cuja força aumentou em razao do vigor do invemo austral, safre uma migraçao
para 0 norte provocando 0 deslocamento da Frente Intertropical (FIT) em direçao de sua posiçao extrema
(200 N) em agosto.
1-5
A circulaçâo aérea inverte-se tomando a direçâo sudoeste. A GUINÉ BISSAU é entâo invadida pela sôpro da
monçâo.
Essa monçâo provem na realidade do aliseu gerado pela anticiclone de Santa Helena e desviado pela força de
Coriolis ao atravessar 0 Equador. Seu percurso maritimo propiciou-Ihe um grande patencial de agua
precipitavel. Sua influência atua em tOOo 0 pais de maio a novembro e é respansavel pelas precipitaçoes
observadas.
A instalaçâo progressiva da monçâo, sua espessura assim coma as perturbaçôes que ela sofre determinam os
tipas de precipitaçâo conhecidas na regiâo.
Corn exceçâo das chuvas dos mangues, de origem extratropical, e insignificantes no balanço hidrol6gico,
distinguem-se tres tipos de precipitaçoes ligadas a tres zonas da monçâo.
- a zona B caracteriza-se par tempestades isoladas que se manifestam em abril-maio, sobretudo em
maio, em tOOo 0 pais.
- a zona Cl é marcada par tempestades organizadas, chamadas linhas de grâos, cuja formaçâo e duraçâo
acham-se em relaçâo corn os micleos anticiclônicos m6veis. Estende-se par todo 0 pais em junho e
outubro, ao passo que em julho e setembro somente a parte continental norte do pais é atingida pelas
linhas de graos.
- a zona C2 propicia chuvas essencialmente noo tempestuosas, primeirarnente à parte maritima, depois a
tOOo 0 pais quando a estaçâo das chuvas ja se acha hem instalada. Essas precipitaçoes nâo
tempestuosas estâo ligadas corn a Zona Intertropical de Confluência (Z.I.C) que representa ao mesmo
tempo "0 eixo das Baixas Pressoes Intertropicais e 0 eixo de confluência das circulaçoes saidas dos
dois hemisférios" (LEROUX M,1983). Caracteriza-se par formaçoes de nuvens de grande extensâo
vertical devido ao desaparecimento da subsidência das massas superiores e à concentraçâO do vapar
de agua que se acha em advecçâo sob as inversoes.
A duraçâo da presença da zona C2 esta ligada corn a força do fluxo de moçâo que empurra a Frente
Intertropical (FIT) em direçâo ao norte.
As circulaçoes atmosféricas na GUINÉ BISSAU permitem falar de duas regiôes climaticas:
- uma de tipo sudanês, ao Norte, caracterizada par uma pluviometria mais fraca chegando até a 1200
mm/ana corn 130 dias de chuva, amplitudes térmicas mais acentuadas de aproximadamente l3°C
(max. 32.8°C, min. 19.7°C), forte umidade na estaçâo das chuvas e pauca umidade na estaçâo seca.
Em GABU, a evapotranspiraçâo patencial (f6rmula de TURC) é de 1400 mm para uma pluviometria
de 1500 mm, ou seja, um fraco excedente de 100 mm.
- a outra é de tipa subguineense costeiro, corn 150 a 160 dias de chuva no Oeste e 170 dias no Sul. As
chuvas aumentam em direçâo ao Sul (2600 mm/ano) corn um maximo em CATIO - CACINE
BEDANDA. As amplitudes térmicas sâo mais fracas: em BISSAU, 9.8°C ( max. 31.6°C, min.
21.2°C), em CATIO no Sul e em BUBAQUE no arquipélago de BIJAGOS, 7.8° (max. 30°C, min.
1-6
22.2°C). A evapotranspiraçao potencial (f6nnula de TURC) é, em CATIO, de 1600 mm para uma
pluviometria de 2600 mm/ano, ou seja um excedente de 1000 mm disponivel para recurso.
As principais caracteristicas do clima podem ser resumidas pelas médias interanuais obtidas nas tres estaçôessin6pticas BAFATA, BOLAMA e BISSAU, elas constam do quadro 1.6.1 aqui abaixo
Quadro 1.6.1 : Médias inter-anuais dos principais parâmetros c1imâticos (1941-1990)
Tipo de medida BISSAU BOLAMA BAFATA
PrecipiracOesAltura média (mm) 1706 2134 1424N° dias chuva 111 120 102meses chuvosos junho-out. junho-oul. junho-out.
TemperaturaMédia anuaWC) 26.5 26.9 27.5Média mensal mini jan 18.5 jan 18.8 jan 15.6Média mensal maxi mar 33.3 mar 33.9 abr 38.8Amplit.térmica méd 13.0 à 5.9 13.0 à6.0 18.1 à 7.8Umid relat méd (%) 70 70 62Evaporaçilo anual (mm) 1837 1458 2507ElP anual TURC (mm) 1190 1172 1345
Insolaçilo anual (H) 2638 2741 2583
1.7 Geologia
A Guiné BISSAU situa-se entre 0 maciço de Fouta Djalon, de idade paleoz6ica, e a bacia meso-cenoz6ica
senegalesa. Pode ser dividida em duas unidades geol6gicas separadas por uma linha marcada por Pirada,
Bambadinca, Xime, Buba-Cacine. A Leste dessa linha predominam os terrenos paleoz6icos.
A Oeste, as formaçœs meso-mesoz6icas ocupam a maior parte do territ6rio.
Os terrenos mais antigos atribuem-se ao Pré-cambriano. Encontram-se no Nordeste do pais. Silo constitufdos
por um complexa vulcano-sedimentar associado a micro-granitos, quartzodioritos e granitos. 0 Cambriano é
formado de rochas argilosas e arenfticas. A esta fonnaçào sobrepœ-se uma série corn predominância arenftica
atribuida ao Ordoviciano : os arenitos de Gabu.
o Siluriano é representado pelos xistos de Buba de idade gothlandiana que se encontrarn no Nordeste e no
Sudeste do pais, onde foram atingidos pelos trabalhos de furos para agua e para petr6leo. Em certos setores, as
intercalaçOes doleriticas podem apresentar certa importância.
Em sua base, 0 Devoniano é constituido por uma série arenftica: os arenitos de Cusselinta. Sua parte média e
superior é formada por uma espessa série xistosa: os xistos de Bafata. Os terrenos devonianos ocupam um
grande territ6rio a Leste, peTto da fronteira guineense, onde formam uma vasta dobra sinclinal no sentido
Noroeste-Sudeste.
1-7
A Leste da bacia sedimentar, as fonnaçoes precedentes, agrupadas sob a denominaçao de soc1o, sao cobenas
por dep6sitos de origem lagunar fluvial e e6lica bem coma por terrenos oriundos da alteraçâo in loco das
rochas antigas.
Sob a bacia sedimentar, 0 soclo afunda-se em direçao do Oeste. Esse mergulho é acentuado ao Norte por uma
linha Safim-Farim. Essa flexura é atribuida a um sistema de fraturas. 0 soclo encontra-se a 1 000 m sob
BISSAU. Sua profundidade atinge 2 500 m sob a Ilha Caravela no Arquipélago de Bijagos, e 3 500 a 4 ()()() m
ao nivel do estwirio do Rio Cacheu.
As séries mesoz6icas da bacia de subsidência do Senegal revestem uma superficie de 20 ()()() kmy na Guiné
BISSAU, e apoiam-se em terrenos paleoz6icos.
o Continental intercalar que se depositou durante 0 Triâsico, Jurâssico e Cretâceo inferior, parece ser de
predominância xistosa corn intercalaçoes areniticas e calcareas. No centra do territ6rio, as facies silo
nitidamente continentais e incluem terrenos saliferos.
As fonnaçoes atribuidas ao Cenomaniano, Turoniano e Senoniano silo formadas de argilites, de areias
calcificadas, corn intercalaçoes de calcareos arenosos, dolomias e siltites.
o Ma~strichtiano vern tenninar essa série cretâcea. Ele aflora nos rebordos do soclo paleoz6ico em fonna de
arenito corn finas intercalaçôes argilosas. Sua espessura ultrapassa 500 metros.
o Paleoceno-Eoceno apresenta fonnaçôes essencialmente margoso-calcareas corn intercalaçoes dolomiticas.
Sua facies toma-se nitidarnen~e margosa e argilosa no Norte do pais. Essa fonnaçao apoia-se, em
concordância, no Ma~strichtiano e, por toda parte, é recoberta pelas terrenos oligocenos.
o Oligoceno apresenta niveis arenoso-areniticos em sua base. As argilas predominam no âpice da formaçâo.
Sob 0 Mioceno foi identificado um horizonte continuo de argila cuja espessura varia entre 1 e 30 m. Ao norte
do rio Geba, os terrenos oligocenos padern ser argilosos em toda sua espessura em certos lugares.
o Mioceno é representado por vestigios calcareo-margosos e, por vezes, areniticos. No Noroeste do pais,
observam-se mimerosos vestigios argilosos.
Estas liltimas fonnaçôes silo recobertas por argilas e areias argilosas mais recentes.
o Quatemario é representado por aluvioes, argilas, arenas argilosas, dunas, cordôes litorâneos e fonnaçoes
lateriticas.
1.8 Hidrologia
Todos os rios do pais terminarn-se em largos estuârios que a maré invade profundamente. Do Norte ao Sul,
encontram-se 0 RIO CACHEU, 0 RIO MANSOA, 0 CANAL do GEBA onde se reunem os dois principais
cursos d'ligua: 0 RIO GEBA e 0 RIO CORUBAL, 0 RIO BUBA, 0 RIO TOMBALI, 0 RIO CUMBIJA e 0
RIO CACINE (mapa 1.8.1). Os estuârios constituem vias de penetraçâo ao longo das quais situam-se as
principais aglomeraçoes. As baixas altitudes do territ6rio juntamente corn uma forte amplitude das marés
1-8
fazem corn que os efeitos das mares sintam-se até 150 km no interior das terras. 0 mapa 4.2.1.1 indica 0 limiteda influência maritima.
Os mapas topognificos na escala de 1150.000 da GUINÉ BISSAU, 1/200.000 do SENEGAL, 1/200.000 e111.000.000 da GUINÉ CONACRI foram utilizados para definir os parâmetros fisicos das bacias continentais:
- Superficie da Bacia Vertente (A)- Hipsometria para as estaçœs mais importantes (altitude em funçAo da superficie)- Perimetro da bacia (P)
-.Coeficiente de compacidade; é a relaçl10 entre 0 perimetro da bacia vertente e 0 perimetro do disco
que possui a mesma superficie que a bacia vertente. 0 escoamento nao se faz da mesma maneiraquando a bacia é compacta ou moito alongada; é para introduzir essa noçâo de forma que se utilizaKc.
- Comprimento (L) e Iargura (1) do retângulo equivalente; 0 retângulo equivalente permite comparar
bacias entre si do ponto de vista da influência de suas caracteristicas no escoamento. SupOe-se que 0escoamento numa determinada bacia é quase 0 mesmo, em condiçoes climatîcas iguais, que numretângulo de mesma superficie que tenha 0 mesmo coeficiente de compacidade e a mesma repartiçl10bipsométrica:
- indice de declive de ROCHE, ele determina 0 declive médio de uma bacia vertente como a médiaponderada dos declives de todas as superficies elementares para as quais pode-se considerar que a
Iinha de maior declive é constante. 0 indice de declive da uma idéia da declividade geral das baciasvertentes, declividade que tem uma influência muito grande sobre 0 escoamento. Ele detennina-se daseguinte maneira :
onde:
ai é a abcissa sobre 0 retângulo equivalente da curva de nivel ixi sendo a diferença de altitude
Os parâmetros: perimetro (P) em km, coeficiente de compacidade (Kc), comprimento e largura do retânguloequivalente em km, indice de declive de ROCHE sao dados no quadro 1.8.1. para as principais bacias e subbacias continentais.
A bacia do rio CORUBAL culmina a 1518 m, perto do MALI no FOUTA DJALON. A bacias encaixadasapresentam os mesmos caracteres de relêvo, um declive aproximado de 3% além de 1000 m, de 0.8% entre
1000 e 500 m, 0.35% entre 500 e 100 m, e 0.05% acima de 100 m. Sua nascente localiza-s,e na GUINÉCONAKRYe sua bacia vertente ja possui uma superficie de 14000 lcm2 na fronteira entre os dois paises.Antes de se jogar no estulirio comum corn 0 rio GEBA, 0 CORUBAL atravessa dois sistemas de rapidos, 0
primeiro em SALTINHO (cota'29 m montante 120 m jusante) e 0 segundo em CUSSELINTA (cota 15 m
1-9
montante /5 m jusante). Todas as bacias acima de CUSSELINTA possuem indices de compacidade proximos
(entre 1.4 e 1.6) e indices de declive de mesma grandeza (entre 0.04 e 0.06). 0 m6dulo mediano em
SALTINHO é de 339 m3/s (calculado em 19 anos de observaçno), ou seja um volume escoado de 449 mm
numa bacia vertente de 23840 km2 para uma chuva média na bacia de 1692 mm. 0 débito minimo diano
médio é de 7.28 m3/s e 0 maximo, de 1610 m3/s.
A bacia do rio GEBA culmina a 118 m, na regino de GABU. As bacias encaixadas apresentam os mesmos
caracteres de relêvo. Distinguem-se uma zona montante, entre as cotas 118 e 80 m, de declive suave de
aproximadamente 0.3%, uma zona intermediana prâticamente chata (entre as cotas 40 e 80 m) e uma zona
jusante, acima da cota 40 monde 0 declive é de 0.06%. Todas as bacias acima de BAFATA possuem indices
de comacidade pr6ximos (entre 1.19 e 1.3) e indices de declive de mesma grandeza(entre 0.02 e 0.04).0 Rio
GEBA tem sua nascente no SENEGAL onde se chama KAYENGA. Sua bacia vertente tem uma superficie de
1640 km2 na fronteira entre os dois paises.O volume escoado mediano na bacia do GEBA na estaçno de
SONACO (superficie 7340 km2) é estimado a 74.8 mm (reconstituiçno em 13 anos) para uma chuva de 1187
mm. 0 débito minimo diano médio é de 1.54m3/s e 0 maximo,de 61.0 m3/s.
Na classificaçno dos regimes dos rios da Arrica do Oeste (RODIER, 1964) os rios costeiros da GUINÉ
pertencem ao regime tropical de transiçno. Caracterizam-se por um hidrograma simples corn uma estaçM de
liguas altas de pelo menos 4 meses e uma estaçno de liguas baixas corn uma estiagem hem firme. A
irregularidade interanual é fraca. Os débitos médios anuais sào mais importantes nos rios que provêm do
FOUTA DJALON (14 Vs/km2 para 0 CORUBAL em SALTINHO, 2.5 Vs/km2 para 0 GEBA em BAFATA ).
o déficit de escoamento é forte e proximo da ETP (1200 mm em ano mediano em SALTINHO e BAFATA).
A figura 1.8.1 mostra os hidrogramas para um ano forte, um ano médio e um ano fraco.
As pequenas bacias vertentes fornecem um recurso importante em ligua de superficie. Nno se efetuou nenhuma
medida hidrol6gica no que as concerne.
Duas pequenas bacias sào citadas como exemplo :
o Rio JUMBEMBEM, no norte do pais e na fronteira corn 0 SENEGAL, culmina a 60 m. A altitude média é
de 39m; os declives da curva hipsométrica sào de 0.18% acima de 50 m, 0.11 % entre 50 e 20 m e 0.42 %
abaixo de 20 m.
o Rio BALANA, ao sul do pais, na fronteira corn a GUINÉ CONACRI, culmina a 66 m. A altitude média é de
35 m; a hipsometria é diferente corn declives acima de 50 m de 0.42 %, de 0.17 % entre 50 e 20 m e de 1.9 %
abaixo de 20 m.
A primeira bacia é representativa da zona de planaltos na savana timida do norte do pais ao passa que a
segunda é representativa das bacias florestais do sul (mais perto do maciço de FOUTA DJALON). A pequena
bacia no Rio COMPOSSA em GABU mostra uma repartiçno hipsométrica anâloga à bacia de BALANA. Ela
fica a leste do pais, perto do FOUTA DJALLON e numa zona climlitica intermediaria.
1-10
•--
SENEGAL
GUINEE CONADY
o"__~__~50~ ~' t~ Ian
Na parte do soclo, as cabeças de bacia venente sao constituidas por baixios em rede densa Eles sao afetados
pela subida ou pela escoamento lateraI dos lenç6is dos regolitos e pela convergência dos escoamentos
superficiais. Sao freqüentemente aproveitados para culturas de renda: arroz, algooao, milho, banana, cana de
açucar. Na zona das colinas de BOE, numerosos charcos endorréicos acham-se em pequenas depressœs dacouraça lateritica : os vendu. Sao utilizados pelos pastores para dar de beber ao gado.
Na parte sedimentar. 0 montante da rede hidrografica é constitu(do por uma série de baixios largos separados
por plan(cies de fracas ondulaçoes. 0 baixio representa 10 a 25 % da superficie da bacia vertente. Em junçiio
da pluviometria. os escoamentos de agua doce siio mais ou menos importantes e. principalmente. duram umcerto tempo ap6s a estaçao das chuvas. Provêm principalmente das aguas ressurgentes do lençol sedimentar.Durante os ultimos vinte anos, constatou-se uma baixa importante dos débitos de aguas baixas que provocouum excesso do teor de saI nas aguas e nos solos bem como uma acidificaçiio por oxidaçiio com 0 rebaixamentogeneralizado dos aqüiferos. Trabalhos de acondicionamento contra 0 saI generalizam-se nessa zona tornandoposs(vel a rizicultura de baixios.
Quadro 1.8.1 : Resumo dos parâmetros sintéticos das bacias
Estaçao Superf.Perimetro Compacid. Compr. Larg. indice(km2) (km) Kc (km) (km) Roche
BUCCURE 14415 635 1.48 262.61 54.89 0.065CADE 15520 690 1.55 291.82 53.18 0.060
TCHE-TCHE 21880, 777 1.47 320.16 68.34 0.055SALTINHO 23840 912 1.65 395.76 60.24 0.049
CUSSELINTA 23845 1006 1.82 450.03 52.97 0.047XITOLE 24300 1026 1.84 460.20 52.80 0.046GABU 310.8 80 1.27 29.45 10.55 0.036
PIRADA 1645 172 1.19 57.28 28.72 0.030SONACO 7340 365 1.19 122.66 59.84 0.026
CONTUBOEL 7515 375 1.21 129.44 58.06 0.026BAFATA 10325 475 1.31 180.20 57.30 0.022
nJBEMBEM 512.5 102 1.26 37.24 13.76 0.037
GADAMAEL 174.1 60 1.27 22.13 7.87 0.047
1-12
c
m3/s
DEHOocSE90JUJUMAAU
Figura 1.8.1 - Hidrogramas de cheias SALTINHO. RIO CORUBAL
anos 1958,1983,1988.
FEJA
ccUt
cUtl\J
cUtil\J
c.CCl\J
1.9 Hidrogeologia
Um sistema aqUifero desenvolveu-se nas diferentes fonnaçoes geol6gicas descritas acima. Pode-se
esquematizâ-Io da maneira seguinte:
Papel bidrogeol6gico das formaçôes geol6gicas
- RegiOes do Soclo
A parte superficial do soclo pode incluir fraturas abertas que deram origem a sistemas aqUiferos discontinuos e
de extensao restrita. Nos terrenos de recobrimento, desenvolveram-se IreS tipos de aqüfferos: lenç6is
suspensos, e lenç6is de natureza relativamente mais continua nos regolitos e nos aluvioes.
- Rochas eruptivas
Os granitos protoz6icos do setor de Pirada, e as dolerites meso-cenoz6icas do sinclinaI de Bafata podem conter
aqüfferos de qualidade hidrodinâmica mediocre.
1-13
- Triâsico, Jurâssico, Cretâceo inferior
As fonnaçœs correspondentes 530 consideradas, em geral, coma sendo 0 substtato do sistema aqüîfero
sobrejacente. Sabe-se, todavia. que encerram horizontes aqüîferos que sào salgados, ao menos parcialmente.
- Cretâceo superior, exceto Ma~trichtiano
A hidrogeologia da parte inferior e média do Cretâceo é pniticarnente desconhecida Situa-se a uma
profundidade que varia entre 400 e 800 metros. Nela notou-se a presença de agua salgada.
- Terrenos Ma~strichtiano a Mioceno superior inclusive
Os terrenos correspondentes contêm diferentes fonnaçœs aqüiferas. Os arenitos ma~strichtianos constituem a
que apresenta, no conjunto, as melhores caracterîsticas hidrodinâmicas. 0 PaIeoceno encerra horizontes
calcâreos que a certas aIturas também fonnam excelentes aqiliferos. A mesma coisa pode-se dizer dos
calcâreos e calcâreos arenîticos da parte inferior e média do Mioceno. Os diferentes horizontes aqüiferos sao
separados por fonnaçôes semi-penneaveis ou pouco penneaveis cujas caracterîsticas permitem pensar na
existência de tracas verticais.
- Paleoceno-Eocêno
Ao Noroeste de Cacheu e ao Norte de Oio, as facies margosas e argilosas tomam-se predominantes àmedida que se aproxima da bacia de Casamança.
- Aqüiferos superficiais da bacia sedimentar
Trata-se dos terrenos do Mioceno superior e dos do Plio-Quatemârio que contêm lenç6is suspensos nos
interfluvios, bem coma lenç6is de carater mais continuo na base da unidade, nos aluviœs e materiais dunârios.
Esquema de funcionamento do sistema aqüifero
- MeCtlnismos de recarga
Trata-se. principalmente. da infiltraçao de uma parte das chuvas. No que toca à bacia sedimentar. esse
fenômeno concerne as formaç6es emergentes ou sub-emergentes: 0 Maëstrichtiano ao longo da borda do
soc/o, os terrenos do Neogeno e do Quaternario.
- Derivativos
Os cursos d'dgua parecem ter um papel importante. Zonas de emergências dos lençois sâo localizdveis nos
diferentes documentos topogrdficos, mapas ou fotos aéreas. Outrossim. 0 Maêstrichtiano e as outras
formaç6es que se sobrep6em a ele sâo explorados, conforme a profundidade, por meio de poços tradicionais,
poços modernos,furos pouco profundos ou profundos.
1-14
As relaçoes com 0 meio oceânico sào mal conhecidas. Campanhas de geofisica elétrica comprovaram a
existência de agua salgada nas formaçoes superficiais. nas ilhas. ao longo da costa, e na borda dos estudrios.
No que concerne asformaçoes mais profundas. sabe-se que 0 Maëstrichtiano e 0 Paleoceno prolongam-se sob
o planalto continental. A tectônica e as vâriaçoes de facies desle ûltimo nao sào bastante conhecidas para que
se possa negar ou confirmar a existência de relaçoes hidrodinâmicas diretas com 0 meio marinho.
Particularmente. niio se pode precisar, no presente momento, a importância relativa :
. de um esvaziamento dos horizontes aqüiferos mais profundos por drenagem vertical ascendente no
'dom(nio continental, em direçiio dos rios, das emergências dos lenç6is, e das perdas no mar dosaqüiferos superficiais por um lado e, por outro 1000, de um eventual débita de perda, a n(vel do
planalto continental, no domfnio sub-marinho.
- Escoamentos
Mapas ou esquemas piezométricos estiio sendo elaborados na DGRH no âmbito do projeto PNUDIDCI"D
GBSI871002. Mostram um escoamento geral em direçiio do Oeste do Maëstrichtiano e do Paleoceno-Eoceno.
A piezometria do Maèstrichtiano parece indicar °uma zona baixa na regiiio de BISSAU. 0 nûmero de medidas
niio é suficiente para precisar seus contornos. Niio se pode tampouco precisar as causas desse fenômeno :influência dos bombeamentos praticados nesse setor ou origem estrutural ligada ao sistema de fraturassegu(do pela curso do baixo rio Geba.
ofato de se levar em conta as medidas realizadas no territorio senegalês peno da fronteira parece indicar a
existência de uma aresta piezométrica orientOOa paralelamente a esse limite.
A diminuiçào geral da carga dos aqüfjeros desde 0 Maèstrichtiano em direçào dos aqü(jeros superficiais e a
natureza litol6gica dos horizontes pouco permeaveis reconhecidos parecem indicar a existência de uma
percolaçiio ascendente. Com efeito, débitos importantes podem extrair-se de cenosfuros praticados no
Paleoceno-Eoceno ao passo que êste niio aflora em parte alguma.
- Parâmetros hidrodinâmicos
Trata-se essencialmente das transmissibilidades calculadas a partir das experiências de bombeamento. Com
efeito, um unico valor do coeficiente acha-se disponivel atualmente : 5 x 10-5 para 0 Paleoceno-Eoceno'
A disttibuiçào dos valores de U'ansmissibilidade, por aqUifero, consta da Figura 1.9.1. Pode-se observar as
condiçoes favoraveis do aqüifero Ma~strichtiano, s6 ou captado com horizontes calcâreos penneaveis do
~eoceno-Eoceno.
A Figura 1.9.2 representa as duplas transmissibilidade-espessura do Ma~strichtiano. Evidencia-se que os mais
fracos valores de transmissibilidade correspondem a espessuras reduzidas. De um modo geral, admite-se que a
permeabilidade horiwntal desse aqüifero é relativamente constante.
1-15
Figura 1.9.1 - Distribuiçao das transmissibilidades segundo os diferentes aqüiferos
r-
f-
r-
~" 1
~ ~ .~ • ~ 1 1
10"
0';0.01 0.02 0.04- 0.08
.S+CTŒp1P2+(P3)
0.16 0.32 0.64 1.28 2.56 5.12 10.2420.48 4O.116 81.112 163.841RANSMlSSISn.IDADE HM 10+3 M'-ts
o K2m ~ K2m+P1 P2+(P3)
QN+N12
Figura 1.9.2 - Variaçao da transmissibilidade do Maëstricbtiano em funçao da espessura
0.06 ,-----------------------------------,
0.05 r- III
",lIÎ. 0.04- f-::E IIISi ID
1 Il
0.03 f- Ia19 la<Il
Il~ la Il
JIII
Il
Il IlID Il 11 111 Il
0.02 r- Il
III ilia ID
ID laID ID
III0.01 r-
Is laID
IDla Il
1
00 20 40 60 80 100 120 140
BSI'I!SSURA CAPTADA HM M
1-16
CAPITUL02
MOBILIZAÇÂO DOS RECURSOS EM AGUA
2.1 Recursos em agua
2.1.1 Recursos em agua de superficie
- Recursos pluviométricos
Para 0 estudo da repartiçao espacial das precipitaçoes anuais, a "nonna" preconizada pela OMM é a média
inter-anual durante 0 periodo 1931-1960. Varios estudos mostraram que, para levar em conta a sêca dos anos
70-S0 na zona sudano-saheliana e para poder utilizar um certo numero de estaçoes instaladas desde 1950, era
preferivel utilizar a média inter-anualI951-19S0.
No casa da GUINÉ BISSAU, os dados para a maioria das estaçoes começam nos anos 1950 corn uma lacuna
entre 1967 e 1977 salvo para as estaçoes sin6pticas. Foi impossivelter um periodo comum de 30 anos para um
numero suficiente de estaçoes a fim de elaborar 0 mapa das isoietas inter-anuais. Corn a utilizaçao da mediana
estatistica de todas as estaçoes que contavam corn mais de 10 anos de observaçoes, a informaçao foi entâo
suficiente para representar as variaçoes espaciais da chuva anual. (mapa 2.1.).
Esse método é representativo do cHma atual da GUINÉ BISSAU. A mediana reflete um valor que resulta de
uma amOSlra que compreende praticamente tanlOS anos umidos (décadas de 50 e 60) quanlOs anos secos
(décadas de 70 e SO).
Donde a constataçao de que 0 territ6rio da GUINÉ BISSAU acha-se compreendido entre as pluviometrias
anuais 1250 mm e 2750 mm. As isoietas seguem os paralelos. Ao norte, erguem-se ao aproximar-se da zona
maritima, assim, para latitudes iguais, choye 1600 mm em VARELA e 1250 mm em BURUNTUMA,
ESTAçAo que se acha mais a leste do pais. Para 0 sul, as isoietas pennanecem paralelas mas ficam hem mais
apertadas; de BISSAU a BOLAMA a pluviometria passa de 1700 mm a 21()() mm em menos de 100 km. A
sudesie, as isoietas sao influenciadas pelos contrafortes do FOUTA DJALON.
É possivel obter-se uma estimaçao grosseira da pluviometria inter-anual (em mm) em qualquer ponto do
territ6rio da GUINÉ BISSAU utilizando-se uma regressao linear a partir da latitude desse ponto expressa em
minutos de ângulo.
Para um posto cuja latitude esta compreendida entre 600 minutos norte e 750 minulOs norte :
Pan = -14*lat+11725
o quadro 2.1.1. mostra a precisao dessa estimaçao.
2-1
SENEGAL
Legenda
• Estaçao pluviométriea
Mapa 2.1 - Isoietas imer-anuais a partir dos vaIores medianos
••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••..-•••••••••••••••••••••••••••••
• PIRADA \~••••••
GUINÉ CONACRI
Cada crânica de pluviometria inter-anual aprecia-se pelo desvio-padrao e pelo coeficiente de variaçao. 0
quadro 2.1.2 mostra esses coeficientes para as principais estaçôes. Habitualmente, 0 coeficiente de variaçao
aumenta corn a latitude em zona sudano-saheliana. Nao se encontra essa relaçao nas crânicas estudadas. Como
as crânicas nao foram homogeneizadas, pode-se pensar que alguns anos mal observados aumentarn 0
coeficiente de variaçao ou entllo que um efeito da proximidade do oceane engendra essa irregularidade.
Quadro 2.1.1 : Estimaçao da pluviometria inter-anual por meio da latitude
ESTAÇÂO latitude latitude P.obser. P. calc. erro relativo° n min.de âng mm mm %
BUBAQUE 11°18' 678 2057 2231 0,8BISSAU 11°58' 718 1741 1671 -0,4FARIM 12°29' 749 1313 1237 -0,6GABU 12°17' 737 1354 1405 0,4BUBA 11°36' 696 1890 1979 0,5BAFATA 12°10' 730 1424 1503 0,6BOLAMA 11°36' 696 2134 1979 -0,7VARELA 12°17' 737 1589 1405 -1,2CANTCHUNCA 12°04' 724 1573 1587 0,1MANSABA 12°18' 738 1337 1391 0,4BISSORA 12°13' 733 1452 1461 0,1BURUNTUMA 12°28' 748 1239 1251 0,1SONACO 12°24' 744 1275 1307 0,3CAIO 11°50' 710 1728 1783 0,3PORTOGOLE 11°58' 718 1588 1671 0,5FULACUNDA 11°47' 707 1827 1825 0,0CACINE 11°08' 668 2428 2371 -0,2CATIO 11°18' 678 2345 2231 .-0,5
Para pôr em evidência as tendências climâticas durante um periodo corto, é necessario arredondar as variaçOes
inter-anuais que, freqüentemente, sao mais fortes que a tendência. Para isto, OUVRY (1983) aconselha 0 USD
das médias m6veis ponderadas. Este método considera que as crânicas anuais sao assimilâveis a um processode MARKOV de ordem l, em outras palavras, oma parte da chuva é totalmente a1eat6ria ao passo que a outradepende dos valores anteriores. Essa representaçao é preferivel às médias m6veis para 5 ou Il anos que
introduzem um pseudo-cielo na crânica (efeito SLUTSKY). Os valores arredondados calculam-se por meio daseguinte f6rmula :
onde Pnéo valor arredondado e Pnéo valor observado do ano n
As figuras 2.1.1 e 2.1.2 representam, para as 7 estaçôes repartidas em latitude e longitude, as variaçôes dos
valores arredondados, comparados corn as médias inter-anuais. Distinguem-se dois periodos, 0 primeiro de
1950 a 1968 é antes excedentârio e 0 segundo, posterior a 1968 é deficitârio corn duas secas extremas 1972
1973 e 1980-1984. Deve-se atentar para 0 fato de que 0 deficit observado no decorrer das décadas de 70 e 80 é
mais forte na zona ao norte de BISSAU, onde os valores arredondados sao sistemâticamente inferiores à média
desde 1968, que na zona sul.
2-3
Figura 2.1.1 - Tendências pluviométricas
3000
2500
---BISSAU---BAPATA
---1ltIPJJNItlWA
- - - - - lMd. BISSAU
- - -M6d. BAPATA
- - - - M6d. lltJI.l»{JtlMA
'00 4---+-----+--.f---1----+-~f_-+_-__1
1950 1955 1960 "1965 1970 1975 1980 1985 1990
Figura 2.1. 2(Continuaçâo) - Tendências pluviométricas
3500
3000
2500ee'§2ooofaœ.~ 1500
§'S:=1000Zi::
500
- - - -OABU
---VARELA
---CATIO
- - -BUBAQUE
19901980197019601950
O+-----f---~f_--__t---_+---_;
IlJ.4O
2-4
Um ajustamento automatico de 10 leis estatisticas é tentado em cada série pluviométrica. 0 melhor
ajustamento foi escolhido tomando-se coma critério 0 teste de BRUNET-MORET. Esse teste favorece 0
ajustamento aos valores extremos (minimizaçâo das superficies compreendidas entre a curva te6rica e a curva
experimental).
Os resultados dos ajustamentos das melhores leis no sentido de BRUNET-MORET(1969) silo recapitulados no
quadro 2.1.3 onde se indicam 0 nome das estaçôes, a latitude, 0 nlimera de anos utilizados no ajustamento, a
lei escolhida, as recorrências secas e as recorrências limidas. A figura 2.1.3 representa esse ajustamento para
BISSAU.
Quadro 2.1.2 Irregularidades inter-anuais
ESTAÇAo latitude latitude C.V. E.T
° " min.deâng mm
BUBAQUE 1l018' 678 0.162 338
BISSAU 11°58' 718 0.228 402
FARIM 12°29' 749 0.219 288
GABU 12°17' 737 0.182 257
BUBA 11°36' 696 0.207 395
BAFATA 12°10' 730 0.213 303
BOLAMA 11°36' 696 0.225 481
VARELA 12°17' 737 0.216 341
CANTCHUNCA 12°04' 724 0.211 336
MANSABA 12°18' 738 0.209 284
BISSORA 12°13' 733 0.215 314
BURUNTUMA 12°28' 748 0.179 227
SONACO 12°24' 744 0.225 294
CAIO 11°50' 710 0.235 416
PORTOGOLE 1l058' 718 0.193 306
FULACUNDA 1l047' 707 0.271 510
CACINE 11°08' 668 0.174 425
CATIO 1l018' 678 0.206 490
Os recursos pluviométricos por bacia foram estudados por ALBERGEL et PEPIN (1991).
Nesse estudo demarcaram-se tres zonas:
- A zona continental corn as bacias do CORUBAL, do GEBA, e do CACHEU
- A zona fluvial-maritima corn as bacias e sub-bacias maritimas
- As iIhas, onde 0 conjunto é representado por um poligono de 4752 km2 e 0 linico posto de
BUBAQUE.
2-5
o quadro 2.1.1.4 recapitula a média por bacia para um ano umido, mediano e seco. Para 0 ano seco, escolheu
se 1983, ano em que os valores de 1000s os postos sâo pr6ximos ou mesmo inferiores à decenal seca. 0 ano de
1958 foi escolhido como ano umido; nele os valores de todos os postos sao pr6ximos e mesmo superiores à
decenal umida.
Evidente que, para 0 estudo das precipitaçoes nas ilhas, 0 método é muito incompleto. A pluviometria nas
ilhas do Atlântico norte é muito influenciada pela exposiçao ao vento e pela altitude. Entretanto, esse valor
observado permile ter-se uma idéia, haja visto 0 pouco relêvo existente nas ilhas BIJAGOS.
- Os recursos fiuviais
Os recursos dos principais rios continentais da GU/NÉ BISSAU foram estudados no âmbito do piano diretor
das aguas (ALBERGEL & PEPIN, 1991).
Os débitos caracteristicos do RIO CORUBAL e de seus principais tributarios foram calculados a partir dos
dados recolhidos pela DGRH. Sobre 0 RIO GEBA os dados diarios de débitos foram reconstituidos a partir
das observaç6es feitas sobre 0 CORUBAL por um modelo de optimalizaçao. Os valores médios dos débitos
caracteristicos sao dados no quadro 2.15.
Quadro 2.1.3 valores médios dos débitos caracteristicos e do coeficiente de esgotadura
ESTACÂO m.jou DCE DCll DC9 DC6 DC3 DCl DCC M.jou K
SALTINHO 7.28 8.6 10.9 22.3 114 591 1265 1480 1610 0.034
TCHE-TCHE 3.57 3.86 5.02 18.2 84.9 432 961 1187 1299 0.036
CADE 9.81 10 10.7 15.6 47.3 222 587 736 884 0.018
BELl - - - 0.35 7.93 91.4 158 190 208 0.064
SONACO 1.54 1.82 2.07 2.65 5.92 22.9 47.4 56.4 61 -
-m. IDs: débito minimo instantâneo-m. jou: débito minimo diârio-DCE: débito caracteristico de estiagem ou débito nao ultrapassado durante 10 dias do ano-DCll, DC9, DC6, DC3, DCl: débitos respectivemente nao ultrapassados durante:l1, 9, 6, 3, 1 mês-DCC: débito atingido ou ultrapassado duranle 10 dias do ano-M. jou: débito mAximo diârio-M. IDs: débito maxima instantâneo-K: coeficiente de esgotadura
Uma unica estaçao permite estudar as contribuiçoes anuais a partir dos dados observados : SALTINHO. 0
quadro 2.1.6 apresenta a estatistica dos m6dulos em SALTINHO e a figura 2.1.4 mostra a qualidade do
ajustarnento.
2·6
Quadro 2.1.4 Pluviometria anuaI - Recorrências secas
ESTAÇAO LAT. Anos LEI escolhida Sloo S50 S20 S10 S5 Mm
BUBAQUE 11°1B' 45 GOODRICH 1514 1546 1611 1684 1794 2057BlSSAU 11°5B' 37 PEARSON 945 1026 1152 1272 1424 1741FARlM 121>29' 37 GOODRICH 739 787 872 959 1074 1313GABU 12°17' 38 PEARSON 839 892 975 1052 1151 1354BUBA 11"36' 37 GOODRICH 1161 1216 1316 1422 1569 1890BAFATA 12°10' 37 GAUSS 728 810 932 1041 1172 1424BOLAMA 11"36' 37 GAUSS 1030 1160 1354 1'26 1735 2134VARELA 12°17' 31 GOODRICH 818 896 1024 1145 1297 1589CANTCHUNCA 12"04' 37 PEARSON 904 972 1080 1180 1308 1573MANSABA 12°1B' 37 GOODRICH 844 877 941 1011 1110 1337BISSORA 12°13' 37 OOODRICH 134 884 974 1066 1191 14'2BURUNTUMA 121>2B' 40 GALTON 854 888 945 1000 1074 1239SONACO 121>24' 28 OOODRICH 79' 825 884 9'0 1047 12"CAlO 11°'°' 36 GALTON 1001 1069 1177 1282 1421 1728PORTOGOLE 11°5B' 37 GAUSS' 886 969 1092 1201 1334 1588FULACUNDA 11°47' 37 GALTON 940 1022 1154 1282 14'1 1827CACINE llooB' 36 GOODRICH 1598 1666 1786 1909 2076 2428CAno 11°18' 41 PEARSON 136' 1466 1624 1771 1958 -234'
Quadro 2.1.4 (continuaçAo) - Pluviometria anual- Recorrências timidas
ESTAÇAO LAT. Anos LEI escOlhida MED ID HI0 mo wo H100
BUBAQUE 11°1B' 45 OOODRICH 2051 2370 2547 2698 2871 2990BISSAU 11.,8' 37 PEARSON 1741 2092 2291 2462 2663 2802FARlM 121>29' 37 OOODRIH 1313 1'61 1689 1794 1910 1986GABU 12°17' 38 PEARSON 1354 1577 1702 1809 193' 2021BUBA 11"36' 37 OOODRICH 1890 2237 2423 2516 2748 2863BAFATA 12°10' 37 GAUSS 1424 1676 1807 1916 2038 2120BOLAMA 11"36' 37 GAUSS 2134 2'33 2742 2915 3109 3228VARELA 12°17' 31 GOODRICH 1589 1&65 2002 2110 2227 2303CANTCHUNCA 12"04' 37 PEARSON U73 1864 2041 2197 2385 2518MANSABA 12°18' 37 OOODRICH 1337 U93 1733 1850 1984 2073BISSORA 12°13' 37 OOODRICH 1452 1726 1870 1987 2117 2203BURUNTUMA 121>2B' 40 GALTON 1239 1443 1568 1681 1822 1924SONACO 121>24' 28 OOODRICH 12" 1542 1692 1818 1963 2061CAlO 11°50' 36 GALTON 1728 2098 2321 2522 2769 2947PORTOGOLE 11°5B' 37 GAUSS U88 1841 1974 2084 2207 2290FULACUNDA 11°47' 37 GALTON 1827 2281 2"5 2803 3107 3326CACINE llooB' 36 OOODRICH 2428 2796 2989 3146 3322 3438CAno 11°18' 41 PEARSON 234' 2771 3009 3215 3455 3621
MEl>SUlaBIao-
medlana an mmrecorrfDda aec:a (100 ana.) em mm
recorrfDda 6mlda (100 .110I) an mm
2-7
3000
1000
Figura 2.1.3 -BISSAU: Ajustamento da lei de PEARSON III às chuvas anuais
O. lOI 0,01 1 · 0.$ · 9 099 om1
1 11
1
1 11
1 ·· ·1 1
1/11
1 11
1 1 1 V1 1· 1
i/· 1
1 1 1 1 1· ·1 • •
~1
1 1
jp1 1 · 1
· 11
1 1
1
~:1 ·
11
1
/1
1· 1· 1 1 · 1· ·1
~~· 1 11
· · 1 ·· 1 . 1
1 ·V 1"-'
1 1 11 1
11 · 1 ·1 · 1 1
1 1 • 1
• . .·3 ·2 ·1 2 3
Quadro 2.1.5 - Altura média precipitada por bacia para um ano timido. mediano. seco
ESTAÇAO CADE TCHETCHE SALTINHO CUSSELINT SONACO PORTAGEMH(1958) 2127 2121 2089 2127 1468 1939Medlana 1742 1704 1692 1721 1187 1419
8(1983) 1232 1273 1252 1272 703 966
ESTAÇAO BAFATA JUMBEMBE CACHEU MANSOA BISSAU BUBAH(1958) 1577 1839 1793 1734 2521 2750Medlana 1236 1266 1417 1340 1707 1850
8(1983) 772 908 881 964 1320 1440
FSTAÇAO CATIO CACINE ILESH(1958) 3080 2759 2883Meciiana 2142 2428 20578(1983) 1691 2004 1876
2-8
Quadro ,2.1.6 - Estatistica dos modulos (recorrências secas)
Estatfsal dos m6dulos (recorrêDclas limldas)
MEDz medIaII& an m31s
SI.... roc:orrenda.ca (lM aDOS) an m3Is
Hl"" recontDda llmlda (lM aDOI) an m31.
No estudo de recursos em agua de superficie (ALBERGEL & PEPIN, 1991), um modelo chuva/volume
escoado , baseado numa interpretaÇào dos fatores condicionais do escoamento a partir de irnagens via satélite,
permitiu a estimaçao dos volumes disponiveis sobre as principais bacias fluviaïs. Os quadros 2.1.7,8 e 9
expœm os principais resultados desse ttabalho para as bacias do CORUBAL, GEBA e CACHEU. 0 impacto
da barragem de ANAMBE no SENEGAL sobre os volumes escoados em SONACO (Rio GEBA) foi estudado
sumariamente. Na escala dos volumes escoados anualmente, nao se evidencia nenhuma baixa significativa.
Falta ainda confrrmar essa constataçao por meio de medidas hidrol6gicas. Nao foi abordado 0 impacto sobre aesgotadura.
As figuras 2.1.5 e 2.1.6 representam, em coordenadas semi-logarftimicas, as esgotaduras para tres anos
sucessivos do periodo ûmido (1957-58-59) e para tres anos sucessivos do periodo seco (1977-78-79) no Rio
CORUBAL em SALTINHO. Observa-se que as retas de esgotadura sao paralelas nos dois periodos. No
periodo seco, a esgotadura tem a mesma velocidade que em periodo timido no inicio da estiagem; toma-se
mais lenta no final de dezembro. Esse fenômeno explica-se por uma recarga menos boa dos lenç6is de aluviao
desde os anos de seca; isso induziu urna diferença de carga menos importante entre 0 nivel do lençol freatico eo nivel do rio.
A estaçao de CADE possue uma estiagem moito frrme quando comparada corn a dimensao da bacia. 0
aqüifero do Falemiano da GUINÉ CONACRI pode ser a causa dessa fraca esgotadura.
o quadro 2.1.9 recapitula os débitos maximos observados. Na estaÇào de SONACO, certos débitos maximos
foram reconstituidos a partir do modelo de reconstituiçao dos débitos diârios.
Uma anâlise estaûstica dos valores dos débitos maximos foi realizada (quadros 2.1.10). A figura 2.1.7 mostta,
a ûtulo de exemplo, 0 ajustamento da lei de GUMBEL aos débitos maximos da estaçao de SALTINHO.
Em comparaçao corn outras rios africanos hem observados, nota-se que os débitos maximos especificos de
recorrência decenaI (QsI0) das estaçQes BELl, CADE, TCHE-TCHE e SALTINHO têm uma relaçao (QslO 1superficie) proxima das que foram observadas no BANI, na regiao SUL-MALI. A figura 2.1.8 mostra os QsI0
das estaçQes observadas do CORUBAL ttanscritos em funÇào da superficie das bacias num abaco feito por J.P
LAMAGAT em 1972 para 0 BANI.
2-9
Figura 2.1.4 - SALTINHO - Ajusramento de uma lei de Galton aos m6dulos
1400
1200
1000
o
1 1 1 1 1 11 1 · .
11· 1 11
11 1
~/1 ,
1 1· 11 1
11 ,
11 · ,
1 y(11 ,
· 1 , 1, ,
oY1
1 11 .
1· 1
1, 1 ,
,1
1
/ /1 1
11
11,
1
1 1
~"<pv 1 1 ,
11 1 1 1-~
~ 1 ,V , 1 1 1, . · , , ,
1 11 1
1 1OJ 99 0.ll9S1 9SI o"s 1 0;1 os O:l 0.D5 0.1 1 0.Ull) o. 1U1
Frcqllências no adiantarnenlO
Quadro 2.1.7 - BACIA DO RIO CORUBALEtimaçao do escoamento anuaI a partir da correlaçâo entre a chuva e 0 escoamento
PM thuva m6dia anual calculada pelo mélOdo de TIllESSEN (mm)LEC volume escoado calculado l'Or rcgressio (mm) , VEC volume escoado m3int conf intervaJo de confiança a 7()<fo (mm) (m3)LEO volume csœado observado (mm), VEO volume escoado observado (m3)Ano Iimido, ano para 0 quaI mn bom nlimero de postos têm urna pluviome1ria proxima da decenallimida (1958)Mediana, valor rnediano cm todos os postos pluviom~cose valor rnediano do escolll11cnto
Ano ICCO, ano para 0 quai mn bom nlimero de POSlOS têm uma pluviometria proxima da decenaJ scca (1983)
2-10
Quadro 2.1.8 BACIA DO RIO GEBA. --_._.- --_.-Estimaçao do escoamento anual a partir da correlaçao entre a chuva média e 0
escoamento no GEBA em SONACO
BIDIOOR supaficie 1643km2
'PM LEe intcoaf LED VEC intconf
Anolimldo. 139' 9,4 4,4 U'E-+<l8 '.93E+07
Medlana 1239 8,0 1,6 1.31E-+<l8 3.36E+07
Anoseco 893 4,7 4,0 7.80E-+<l7 3.43E+07
SONACO supaficie 7340km2
PM LEe intcoaf LED VEC intconf VEOAnoumldo 1 1468 10,1 9,3 12,1 7.42E-+<l8 3.20E+08 8.86E-+<l8Medlana 1187 7,' 3,8 7,2 '.49E-+<l8 l.l'E+08 '.28E-+<l8Anoseco . 749 3,4 3,' 4,7 2.49E-+<l8 U9E+08 3.4'E-+<l8
PORTAGEM superficie
PM LEe iDtcoaf LED VEC iDtconf
Anoumldo' ~ 1939 14,3 ',' 2.'3E-+<l8 l.63E+08
Medlana 1 1419 9,6 2,0 l.68E-+<l8 6.72E+07
Anoseco 1 966 '.4 3,3 9.46E-+<l7 .2.'OE+07
BAFATA
PM LEe iDtcoaf LED VEC inte:OnrAnoumldo. 1'77 11,1 6,1 1.I'E-+<l9 '.67E+08Medlana 1236 7,9 6,0 • .20E-+<l8 2.08E+08Anoseco : 772 3,6 6,' 3.73E-+<l8 3.40E+08
Quadro 2.1.9 ,BACIA DO RIO CACHEU
EstimaÇào do escoamento anual a partir da correlaçao entre a chuva média e 0
escoamento no Casamança em KOLDA
JUBEMBEM superficie 1722km2PM LEe intconf LEO VEC intCODf
Anolimldo. 1839 11,4 6,1 1.97Ei'{)8 1.06E+08Medlana 1266 5,6 6,0 9.6SE+07 1.03E+08Anoseco 908 2,0 6,8 3.38E+07 1.18E+08
PM chuva média anuaI calculada pdo método de TIUESSEN (mm)LEe volume escoado calculado por regreessio (mm), VEC volume escoado m3Int conf Intervalo de confiança a 70% (mm) (m3)Ano umldo, proxlmo da decenal umlda (19S8)Medlana, valor medlano em todos os postos pluvlométrlcos e valor medlano de escoamentoAno seco, proxlmo da decenal seca (1983)
2-11
Figura 2.15 - SALTINHO - Baixa das âguas em anos umidos
10000
~ ~
1000 I~ ~ \
~~v '"~ _l
-lU7
i 100I~ ~. r\ () 1951
Of
.1e39
-.II!. "'1.. ....~ '\ \
~... -
10 1\ l\
1
7110m U/lISI n'4'51 . W'I 11111/51 19I2M 31J/$139 7am llV121S9 2WfO 3I11fO
Figura 2.1.6 - SALTINHO - Baixa das âguas em anos secos
10000
1000 \
lA'1. ~ 61977
~ 100 ~ \ ~ () 1978ElCff'
- 01979,., lIA. - "=!.~ ~ ~
10 ~ \ ~
12I10fT1 llVll7' 2CV4'7I 29f1m "11171 1412m 2YW 7IPm umm 2CVHO 2W'IO
2-12
Quadro 2.1.10 - Débitas mâximos anuais observados
f-,ANO SALTINHO TCflETCHE CADE BEll SONACO··Dû!s Dû!s Dû!s Dû!s Dû!s
'1957 2520 94.81958 2600 97.81959 1670 631960 1420 54.51961 24801962 2170
1977 1050 9921978 1570 1460 148 55.71979 1090 1040 164 42.119BO 1410 1330 196 53.71981 1700 1570 10BO 258 64.91982 1860 1660 1060 269 70.41983 1180 10BO 690 204 45.71984 1220 702 909 210 46.91985 1830 1770 972 291 57.41986 1250 1140 621 213 50.21987 1300 1190 870 210 59.51988 1620 1490 1050 279 '58.11989 1640 1550 1510 272
•• Valores reconstiluidos
Quadro 2.1.11 - Estatistica dos débitas observados
MEO85
Estatfstlca dos débitos muimos ouais (rec:orrêndas secas) --------,Na anos. LEI. Sloo SSO •820' sid'
SONACOSALTINHOTCIŒTCHECADEBEU
Il GALTON 41.2 42.1 43.8 45.718 GUMBEL 886 944 1040 113413 GOODRIC 556 639 770 19110 GALTON 546 5S4 644 70311 GOODRIC 15S 161 173 186
48.612621038780203
56.915641311951243
, .Estatfs.tJçaA~ débltos mubDos anu~ (rec:orrêndas liJD!das)
Na.nos LEI MED m HI0 1120 mo HlooSONACO 11 GALTON 56.9 70.7 81.2 92.3 lOS 120SALTINHO 18 GUMBEL IS64 1969 2238 2496 2829 3079TCHETCHE 13 GOODRIC 1311 IS61 1682 1777 1179 1944CADE 10 GALTON 9S1 1157 1281 1392 1529 1627BEU 11 GOODRIC 243 287 311 331 3S4 '370
MED= medlana em m3/s
8100= recorrèDCia seca (100 anos) em m3/s
BlOO= recorrência limlda (100anos) em m3/s
2-13
Figura 2.1.7 SALTINHO - Ajustarnemo da lei de Gumbel aos Qmax
O.m0.99D.9 D.950.5oo.s 0.1001
· 1 1 ·, ·1 · · · · 11 · · 1
il· · · "· , ·1 · ·1 · · 1
· · · li:• ·· · ·1 • ,
t!1 · · 11
· · · ·· 1 · · •1 · .D V"" , 1
· 1 ,
/ ·· · · · ,
1 1 · 1 1·· · · n · ,
11 ~ · 1
1
~....Q'"1.J ~ · ·· , •
1 ·---r · 1 •· • · · 11 1 · · 1. . . . . .
1500
4SOO ~ 0001
·3 ·1 ·1 3 of
Figura 2.1.8 QsI0 em funçl10 da superficie: Comparaçao emre 0 CORUBAL e a bacia do rio
BANI na regiao de MALI-SUL (LAMAGAT- 1980)
10000~
"-
f', ,..1000
i'V Je:
~
! ..... B!H o BANI100 Hi ::t:l:l:l
XCOWIIAL&
INA
10 :tm
1
1 10 100 1000 10000 100000SaperfIdo ......... 1mI%
2-14
o recurso em âgua das pequenas bacias vertentes é mal conhecido (baixios da zona do soclo e vales do
domfnio fluvial-maritimo). Nesse aspecta, nenhuma medida hidrol6gica foi realizada. Tampouco existe um
inventârio exaustivo desses lugares. ALBERGEL & PEPIN (1991) indicaram a possibilidade de aplicaçao dos
métodos de pré-detenninaçao do volume escoado anual e da cheia de projeto, métodos que foram
aperfeiçoados em outros pafses da Âfrica do Oeste. Somente os estudos de bacias vertentes representativas
poderiam validar a utilizaçào de tais métodos na GUINÉ BISSAU.
As numerosas reservas de âgua de superficie constituidas pelas depressoes endorréicas (VENDU) do
revestimento tarnbém sào pouco conhecidas. Seu levantarnento seria facilmente realizâvel a partir da cobertura
do pais na escala de 1/50000 e a partir de imagens via satélite. Esse recurso é importante principalmente para a
zona das colinas de BOE e 0 Nordeste do pais (alimentaçao do gado, pesca, alimentaçao humana nas aldeias
que ainda nOO foram equipadas corn material para construçào de furos).
2.1.2 Recursos em âgua subterrânea
Esses recursos ainda sào mal conhecidos. Na bacia sedimentar, é quase certo que isso estâ ligado corn sua
relativa abundância e corn a fraqueza das amostras. Na regiào do soclo, seu carâter discontinuo toma dificil
sua avaliaçào.
Uma primeira tentativa de estimaçao dos recursos renovâveis estâ sendo elaborada para 0 pIano piloto previsto
pela projeto PNUD/DCTD GBS/87/OO2. Trata-se de um primeiro balanço regionaIizado do sistema aqüffero,
cujos componentes calculados sào :
Quadro 2.1.12 - Estimaçao dos recursos e reservas de âgua subterrânea
Unidade Superficie Recar2as Descarl!as Reservas Espes.Aqüifero .infIlt. chuva Outras Expl. Outras saturada
km2 mm/a 1O+6m3/a 1O+6m3/a m31km2/m mSodo: Zona Iyl : 10 000 110 -1100 AEP curso Recobr.Soclo + Zona yl : 2900 250 -100 rural d'ligua 10000 soclo 10-40
recobrimento 15A20 ss 10000 50Neogêneo Zona III 1 : 6 1752 110 -1000<3> AEP eurso 10000 10-40
Indefinido + Zona III : 26252 250 -650<3> rural d'liguaQuaterm. Zona 1 1 : 2 9O()Z 110 -500<3> 5·6 aquif. +
NI-O prof.marMioceno Total 12000 Recarga do NI-Q Provav. AEP: eurso 1000 10-50
Provavel nao detenninada doP3 <0,1 d'ligua aNl-2 suoerf.ree. 3 000 mar 10000
OIigoceno Total 13000 Recarga do NI.Q Provavel d'agua eurso z'livre 10-40Provavel nao determinada do Pl-2 AEP: 1000 a 10000 10-40
P3 superf.ree. 850 duK2m ? <0.1 zona livre z,eativ.Nl-2mar 400 30-80
Eoceno Total 11500 Provavel AEP+ P3 Z.s.capt.paleoceno duP3 Agrie. mar 100 a 10000 100-150
Pl-2 duK2m <0,1 Z.cativ:10-100 150-250
Maestri- Total 20000 Recarga do NI-Q AEP: Pl-2 Z.livre <50ehtiano Provavel nào determinada 3,6 mar 10000 a 15 000
K2m superf.ree. 2 500 Escoam. parte Agrie. z's. cat 50-100
1,5 1000 a 10000cativa : 10+-5 Zon. cat2S0 100-300
1 Zonas de avaliaçao dos recursos em âgua2 Superficies das zonas de recarga unicamente3 Uma parte dessa recarga vai para os aqüiferos profundos4 Recarga partilhada entre a unidade concemida e 0 NI-Q
2-15
Quadro 2.2.3 - Exame dos arquivos da DGRU, Informaç6es disponiveis sobre os pontos d'agua.
Sodo Bacla N° pontos âgua Nb cortes Hidrodin Qualidades
Sedim. Total Fichas Iitolol!. Testes bomb DébidoReb Sai. R.S Analises
Geologia BS F 103 102 102 27 96 27 64
e Minas 1964~1976 S F 1 1 1 0 0 0 0
A.Cavaco BS F 72 69 6911 11 68 55 55
1964-1974 S F 3 3 3 0 1 1 0
PNUDI BS F 95 95 88 6 87 87 87
1977-1981 S F 158 155 146 2 101 108 108
PNUDII BS F 17 17 15 18 8 0 0
1982-1987 S F 269 235 237 63 102 33 33
PNUDIII BS F 2 2 2 0 0 0
1987·1989 S F 43 41 35 8 8 9 9
Programma BS F 86 85 85 85 85 78 78
Soviético 1981-1989 S F 9 9 9 9 9 3 3
Arabia BS F 46 46 46 46 46 46 0
Saudita 1 S F 112 112 112 112 112 112 0
1985-1987 BS P 15 15 15 15 15 15 0
S P 10 10 10 10 10 10 0
Arabia Saudita 2 BSIS F 75 51 51 24 0
1988-1989
FEDICEE 81-82,87 S P 120 98 60 60 61 61 0
Programa BS F 281 91 0 0 86
Ho1andês S F 24 24 0 0 16
Ruba" BS P 443 69 0 0 65
1978-1987 S P 12 12 0 0 12
Programa BS F 55 0 0 0 49 0 23 ?
Sueco PDRIOio BS P 3 0
1981·1987
PDRI Cacheu BS F 18 57 15 5 5 0 0
1985·1989 BS P 16 0
Escola BS P 182 20 182 0 0 182
Poceiros S
Totais 2270 1367 1321 477 886 1006 460
- a recarga potentcial pela infiltraçao de uma parte da chuva,
- a capacidade de escoamento no interior do Maëstrichtiano por meio da aplicaçao da lei de Darcy,
entre as zonas de sub-afloramentos e os furos situados mais a Oeste,
- a exploraçao.
Os intercâmbios lenç6is rios, 0 débito global dos mananciais e os débitos a jusante sao estimados de modo a
equilibrar 0 balanço.
As primeiras estimaçôes obtidas constam do quadro 2.1.12.
2-16
2.2 Aproveitamentos existentes
2.2.1 Utilizaçao atual das aguas de superficie
Navegaçiio
Os rios,mesmo os mais modestos, possuem estuarios largos e profundos ; navegaveis, eles constituem os eixos
de penetraçao privilegiados do paîs. Nao foi possivel conhecer 0 volume atual dos transportes fluviais. 0 canal
do GEBA é subido pelos barcos de alto mar até PORTO GOLE. No CORUBAL, a navegaçao comercial
(exploraçao da madeira) sobe até XITOLE. 0 estuario do GEBA era navegavel no trecho XIME/BAFATA até
os anos 1970. 0 abandono da manutençao do canal e a diminuiçao dos débitas tomou qualquer navegaçao
impossivel no GEBA. Os portos de BAMBADINCA e de BAFATA estao abandonados em proveito da estrada
asfaltada. No RIO CACHEU, barcos de pequena tonelagem chegam ao porto de FARIM cuja importância
tarnbém diminuiu muito.
A gestao das vias navegaveis da GUINÉ BISSAU supOe um conhecimento melhor das alturas das aguas.
Requer a instalaçao de uma rede de marégrafos e 0 estudo da propagaçao das marés nos diferentes estuârios.
Pesca
Todos os estuarios da GUINÉ BISSAU sao lugares de pescas artisanais e semi-industriais. As estatisticas sobre
a pesca fluvial sao mal conhecidas. Uma boa contribuiçao da hidrologia para essa atividade econômica seria 0
acompanhamento da qualidade quimica da agua e, principalmente, da salinidade. A pesca em aguas daces é
uma contribuiçao importante em matéria de proteinas para as populaçôes curais (TILAPIA).
• Aproveilamentos hidro-agrlco/aso inventario das superficies irrigadasfoifeito em dois estudos recentes (FAO et PNUD-UNICEF). 0 projeto
PNUD UNICEF tambémfaz 0 recenseamento das utilizaçoes atuais dos recursos para irrigaçâo no âmbito doinventario geral das necessidades.
No dominio continental, duas instalaçoes hidraulicas importantes destinadas à irrigaçâo foram recenseadas
na bacia vertente do GEBA :
-Instalaçao de CARANTABA entre as estaçoes hidrométricas de CARANTABA e de SONACO. Conta
com uma represa e uma estaçao de bombeamento. 0 perimetro irrigado é de 50 ha.
-Instalaçâo de CONTOBUEL abaixo de SONACO. Conta com um patamar que serve ao mesmo tempo
como represa para a irrigaçâo por bombeamento (bombas de aproximadamente 4m3lh dispostas aolongo do rio) e como barreira anti-sal nos momentos deforles marés. Fez-se 0 aproveitamento de umperimetro de 435 ha que compreende umafazenda de estado de 135 ha e parcelas de 300 ha. geridas
por camponeses. Ao lado deste perfmetro desenvolveram-se exploraçoes agrfcolas que utilizam as
aguas do GEBA para culturas extemporâneas ou plantaçoes (banana, ananas, cana de açucar). A
USAID estima a 600 ha as superficies irrigadas.
No dominio jluvial-maritimo, construiu-se um grande numero de barragens durante a década 1980-90.
- Na zona Norte (estuarios ao norte de BISSAU), contam-se 8231 ha de terras aproveitadas e uma
necessidade total anual de agua de 31.3 mi/Mes de m3. Todas as obras foram construidas ou
aperfeiçoadas pelo Departamento de Hidraulica Agricola e dos Solos no âmbito do Programa de
Desenvolvimento Rural Integrado (PRDI). 0 quadro 2.2.1 apresenta a lista lias instalaçoes ami-sai
para esta zona.
2-17
Quadro 2.2.1 Lista das instalaçôes anti·sal para a zona norte.
Nome do Setor Superf Neces. Tipo deobra Ano Observ.bolong ha 106m3 constr.
1. Tchur-Brick Cacheu 30 0.11 Barragem Anti-Sal 1982 Operacional2. Bajop Cacheu 30 0.11 Barragem Anti-Sal 1982 Abandonada3. Bassarel Cacheu 20 0.08 Barragem AntÎ-Sal 1982 Operacional4. Petehelame Cacheu 0 0.00 Barragem AntÎ-Sal 1982 Operacional5. Cananca Cacheu 30 0.11 Barragem AntÎ-Sal 1983 Abandonada6. Bassil Cacheu 234 0.89 Barragem AntÎ-Sal 1984 Operacional7. Berambe Cacheu 60 0.23 Barragem AntÎ-Sal Operacional8. Cabienque Canchungo 250 0.95 Barragem AntÎ-Sal 1981 Abandonne9. Pelundo Canchungo 344 1.31 Barragem AntÎ-Sal 1982 Operacional10. Baripende Canchungo 640 2.43 Barragem AntÎ-Sal 1984 Operacional11. Jolmete Canchungo 488 1.85 Barrage AntÎ-sal 1982-8812. P. dePedra Caio 12 0.05 Barragem AntÎ-Sal13. Ilha de Pecixe Caio 400 1.52 Barragem AntÎ-Sal 1988-89 Operacional14. Bacalam Caio 200 0.76 Barragem AntÎ-Sal 1989 Operacional15. J.Mendes Bula 40 0.15 Barragem AntÎ-Sal 1983 Operacional16. Cantele Bula 25 0.10 Barragem Anti-Sal 198317. Inquir Bula 10 0.04 Barragem AntÎ-Sal 1983 Operacional18. Tebre Bula 21 0.08 Barragem AntÎ-Sal 1985 Operacional19. S. Vicente Bula 20 0.08 Barragem AntÎ-Sal 1985 Operacional20. A. Barros Bula 20 0.08 Barragem Anti-Sal 1979-89 Operacional21. Co-Timote Bula 264 1.00 Barragem Anti-Sal 1984-89 Operacional22. Joao-Landim Bula 1080 4.10 Barragem Anti-Sal 1989 Operacional23. P. Fortuna Bula 200 0.76 Barragem Anti-Sal 1990 Operacional24. Cadjense Bula 38 0.14 Barragem AntÎ-Sal 1984 Operacional25. IntÎnte Encheia 20 0.08 Barragem Anti-Sal 1983-85 Operacional25. Iador Encheia 10 0.04 Barragem Anti-Sal 1985-86 Operacional26. Quienhague Encheia 60 0.23 Barragem Anti-Sal 1986 Operacional27. Tchale Encheia 130 0.49 Barragem AntÎ-Sal 1983-84 Operacional28. Mancala Mansoa 290 1.10 Barragem AntÎ-Sal 1989 Operacional29. Cuntobom Mansoa 140 0.53 Barragem AntÎ-Sal 1989 Operacional30. Quinhague Mansoa 60 0.23 Barragem Anti-Sal 1984 Operacional31. FIume Nhacra 60 0.23 Barragem Anti-Sal 1982-85 Operacional32. Sumo Nhacra 644 2.45 Barragem Anti-Sal 1985-86 Operacional33. Sau Nhacra 203 0.77 Barragem Anti-Sal 1985-86 Operacional34. Ocogrande Nhacra 160 0.61 Barragem AntÎ-Sal 1987-90 Operacional35. Ocozinho Nhacra 90 0.34 Barragem Anti-Sal 1982-88 Operacionl36. Quide Nhacra 175 0.67 Barragem Anti-Sal Operacional37. Iuncume Nhacra 200 0.76 Barragem AntÎ-Sal 1982-88 Operacional38. Bupe Nhacra 210 0.80 Barragem Anti-Sal 1984-88 Operacional39. Secuto Nhacra 103 0.39 Barragem AntÎ-Sal 1984-89 Operacional40. Nhoma Nhacra 290 1.10 Barragem Anti-Sal 1985-89 Operacional41. Tcholufe Nhacra 280 1.06 Barragem Anti-Sal Abandonada42. Nague Nhacra 150 0.57 Barragem AntÎ-Sal Operacional43. Antula Bissau 500 1.90 Barragem Anti-Sal 1960 Operacional
TOTAL: 8231 31.27
2-18
- Na zona sul (Catio-Empada), foram aproveitados 3653 ha de terras corn uma necessidade anuaI de
agua de 12.4 milhoes de m3. As diferentes Barragens foram construidas pela Departamento de
Hidraulica Agricola e dos Solos, corn uma ajuda financeira da FAO, FIDA ou no campo da•
cooperaçao bilateral. 0 quadro 2.2.2 recapitula a lista das instalaçœs anti-sal para essa zona.
o estudo da DGIS dos Paises Baixos analisa 39 instalaçœs anti-sai dos baixios fluviais-marftimos da GUINÉ
BISSAU. A obra principal dessas instalaçoes é uma barragem anti-sal que compreende um dique de terra e
uma construçao de cimento que pennite a evacuaçao das aguas. Muitas dessas instalaçœs foram abandonadas
por causa de erros de concepçao e falta de infonnaçao hidrol6gica. Entre essas 39 instalaçoes, Il barragens
estao rompidas, 1 mal instalada e 2 avariadas.
Quadro 2.2.2 Lista das instalaçôes anti-sal para a zona sul
Nome do Setor Superf Neces. Tipodeobra Ano
bolong ha 106m3 constr.
1. Caur Baixo II Empada 160 0.544 Barrag. Anti-Sal Construida
2. SaD Miguel B. Empada 440 1.496 Barrag. Anti-sai Construida
3. GanduaB. Catio 310 1.054 Barrag. Anti-sai Construida
4. Incomene II Catio 390 1.326 Barrag. Anti-sai Construida
5. Ganjola Porto Catio 340 1.156 Barrag. Anti-sai Construida
6. Cubaque Catio 270 0.918 Barrag. Anti-sai Construida
7. Cabolol Catio 630 2.142 Barrag. Anti-sai Construida
8. Ca-Balanta Empada 1113 3.784 Barrag. Anti-sai Construida
TOTAL: 3653 12.42
Projetos existentes no Ministério do Desenvolvimento Rural e da Agricultura que necessitam de dados agrometeorolôgicos oule hidrolôgicos
A lista que segue recapitula 0 conjunto dos projetos de desenvolvimento rural começados entre 1985 e 1990
para os quais um refôrço dos conhecimentos dos parâmetros climaticos e hidrol6gicos é I1til.
Projetos regionais
- Projeto de desenvolvimento rural integrado da zona 1 (Noroeste): financiamento ASDI
- Projeto de desenvolvimento de produçao bovina de BISSORA: financiamento suiço (alé 1986)
- Projeto de desenvolvimento rural da zona 2 (centra e nordeste): financiamento FED & FAC (até 1987)
- Projeto de experimentaçao e produçao de semente: financiamento PNUD & FAO
- Projeto agricola do GEBA : Financiamento USAID
- Projeto de vulgarizaçao das técnicas agricolas de CARANTABA: Financiamento chinês
- Projeto de produçao de mel e de cêra de GABU: Financiamento CECI
- Projeto piloto de luta contra os incêndios na mata de PIRADA: Financiamento holandês
- Projeto de desenvolvimento integrado do BOE: financiamento alemao (cooperaçao+ ONG)
- Projeto integrado CABOXANQUE: Financiamento diversas ONG
- Desenvolvimento horto-frutfcola do lago CUFADA: Financiamento FAO
2-19
- Projeto de engenharia rural 2a fase: Financiamento holandês
- Projeta rizicola de TOMBALI (CONO-CAIRO): Financiamenta FIDA & BAD
- Projeto da costa sul: Financiamento USAID
- Projeto de recuperaçao das terras de mangroves nas regioes de QUINARA e' TOMBALI:
Financiamento Found of Koweit
- Projeto de desenvolvimento integrado de BOLAMA/BIJAGOS: Financiamento CECI
- Projeto de cintura verde de BISSAU: Financiamento FAO
Projetos nacionais
- Projeto PIano Diretor dos recursos em ligua: Financiamenta PNUD, UNICEF. FENU
- Projeto de proteçao dos vegetais: Financiamento USAID
- Projeta de aumento das produçoes para a utilizaçao de adubos: Financiamento FAO
- Projeto de assistência à planificaçao e às estatisticas agricolas: Financiamento ASDI & FAC
- Projeto de diagn6stico permanente: Financiamento CILSS
2.2.2 Utilizaçao atual das âguas subterrâneas
As liguas subterrâneas sao utîlizadas principalrnente para 0 aprovisionamento ern ligua potâvel das populaçoes
rurais e urbanas. No dominio agricola, trata-se de dar de beber ao gado e da cultura de hortas. Cenas grandes
exploraçoes ou "pontas" disp5em de poços. 0 primeiro inventario feito parece indicar que as liguas bombeadas
nao sao utilizadas em grande quantidade para a irrigaçao.
Os mananciais e emergências mais ou menos difusas de lenç6is têm seu papel na cultura do arroz e na
arboricultura. Nao se pode precisar sua importância atualmente.
Inventdrio dos pontos d'dgua.
As obras de captagem conhecidas consistern essencialmente em poços tradicionais, poços construidos
conforme técnicas modemas, furos de captagem das formaçoes superficiais, e furos profundos.
Os poços modernos e os furos foram realizados durante a época colonial, em seguida. a partir da
independência, mecliante financiamentos intemacionais.
No total 2270 obras puderam ser contadas a partir dos arquivos da DGRH. Esse trabalho, realizado pelos
diferentes projetas das Naçoes Unidas esta resumido no Quadro 2.2.3.
Durante a elaboraçao do Projeta PNUD/DCTD GBS/87/OO2, uma Conselheira. Sna Isabelle Chaffaut do
BCEOM, visitou 217 pontas de ligua da bacia sedimentar. As condiÇÔes de exploraçao resultantes desse estudo
acham-se agrupadas no Quadro 2.2.4.
Quadro 2.2.4 - Condiçôes de exploraçâo dos furos profundos, amostra de 217 obras da bacia sedimentar
Classes retidas Numero Porcentagem
Furos ern atividade 94 43%
Furosinexplorados 61 28%
Furos abandonados 62 29%
Totais 217 100%
2-20
É evidente que somente 43% das obms visitadas ainda sâo exploradas.
CaracterlstiCas hidrtiulicas das obras
As caracterfsticas hidniulicas das obms representadas por seo débita especifico encontram-se na figura 2.2.1.
Equipamento.
No relat6rio da Fase Piloto 1987-1989 do projeto Manutenç~o e Animaç~o, Aguas Rurais, realizado pela"DGRH e pela cooperaç~o holandesa, é fomecido um invent8rio dos meios manuais sobre as obms dehidniulica aldeâ efetivamente utilizados. Esses resultados eslâo agrupados no quadro 2.2.5.
No decorrer desse invent8rio ficou patente que:
na regmo do soclo, em numerosos furos ha subidas de areia relacionadas com uma ma escolha dasbocas de filtro etou do conjunto de filtragem,no Sul do pais, certas cimentaçoes no inicio dos furos foram mal executadas.
Geralmente os furos profundos estâo equipados com bombas imersas.
Figura nO 2.2.1 - Distribuiçao dos débitos especificos por aqüffero
25,-------------------------------,
~ MAES'IRIClfTIANO
O'--...u.~:L-'J.......JL.>o...oI,~'-J........c.~-L-..L-..Q,..,L....oI'--J......llc...r.......IL...L-.c....Ja..JL......I~~~...a.-....I!l....L...I&.-.L..-...J
0.8 1.6 3.2 6.4 12.8DEBITO ESPECIFICO EM L!SIM
~ PALEOCENO-EOCENO 0 OLIGOCENO
20
5
2-21
Quadro 2.2.5 - Meios de esgotamento manual dos poços e furos utilizados no campo da hidraulica aldea
TIPO ProvinciaNorte ProvinciaOeste ProvinciaEste
Extraçilo manual 235 180 428
Wavin 0 44 15
Kardia 1 276 0
Hydro-Vergnet 5 81 0
India Mark II 108 123 0
Bombas man. BUBA 35 6 343
Outros tipos 62 4 45
Total 446 714 831
Quadro 2.2.6 - Avaliaçilo dos débitos bombeados, por aqüifero ou grupo de aqüiferos
AQÛIFEROS OU Volume
GRUPO DE AQÛIFEROS CAPTADOS 10+3 m3/an
Ma~strichtiano 5042
Paleoceno-Eoceno 66
Paleoceno-Eoceno + Oligoceno 8
Paleoceno-Eoceno + Oligoceno + Mioceno 2
OIigocenos 70
Mioceno 46
Nilo precisado 236
Total 5470
Exploraçiio atual.
OProjeto PNUD/DCTD GBS/87/002 levou a uma avaliaçilo dos débitos esgotados nas diferentes
formaçôes aqüfferas. Ela constitue 0 conteûdo do Quadro 2.2.6.
Essa estimaçilo ap6ia-se na enquete realizada a respeito das condiçôes de exploraçilo das obras e sua
utilizaçilo. Os agrupamentos de vârios niveis aqüiferos estilo ligados ao modo de equipamento de
certas obras.
2-22
2.3 Necessidades de âgua
2.3.1 Aprovisionamento das populaçôes
Segundo 0 projeto PNUD/DCTD GBS 87/002, as amostras anuais realizadas para a AEP na bacia sedimentar e
nos furos de mais de 50 metros podem ser distribufdas da seguinte maneira:
Centros urbanos
Ma~strichtiano:
Paleoceno-Eoceno:
Oligoceno:
Mioceno médio:
Total
356210+6 m3
5310+6 m3
7010+6 m3
371O+6 m3
Bissau e os outros centros urbanos sao alimentados a partir de furos.
Em Bissau, 12 furos no Ma~strichtiano fornecem a agua distribufda. Esses furos têm uma profundidade
compreendida entre 150 e 200 metros e esUlo equipados corn bombas Grunfos. Sete dentre eles foram
realizados desde 1980. A exploraçao e a distribuiçao sao feitas por EAGB. As bombas permitem fornecer um
débito de 290 1/s. Segundo 0 PIano Diretor e Estudo de Pré-investimento para a Regiao da Grande Bissau,financiado pelo Banco Africano de Desenvolvimento, a demanda eleva-se a 30 10+6 m3 por ano, ou seja umdébito ficticio continuo de 950 1/s.
Meio rural
Até 0 infcio dos anos 1980 a maior parte da populaçao do meio rural (90%) era alimentada a partir das aguas
de superffcie, de poços summos no leito dos rios, de fontes e poços tradicionais pouco profundos. A maioria
desses pontos de agua esgota-se na estaçao seca, ou enUlo eles sao contaminados pelas aguas salgadas em
certas zonas costeiras ou de estuario, 0 que acarreta uma peOliria de agua nas aldeias. Além disso, as condiçôes
sanitarias sao péssimas, 0 que provoca a proliferaçao de numerosas moléstias, principalmente doenças
parasitarias. E a saude publica, principalmente a das crianças, vê-se gravemente afetada.
Os programas de hidraulica aldea realizados desde 1977 permitiram melhorar a situaçao criando 1991 obras
modernas: poços e furos. Atualmente, 47% das necessidades em matéria de hidrâulica aldea sao satisfeitos.
Esses programas devem continuar a fim de prover todas as necessidades. Os recursos em agua da maior parte
do territ6rio sao suficientes em quantidade e qualidade para satisfazer as necessidades expressas.
2-23
2.3.2 Agricultura.
2.3.2.1 Irrigaçâo
Aguas subte"âneas
Conforme 0 projeto PNUD/DCTD GBS 87/002, as levadas anuais reaIizadas para a ïrrigaçllo na baciasedimentar e nos furos de mais de 50 metros podem ser distribuidas do seguinte modo:
Ma~strichtiano:
Paleoceno-Eoceno:
Oligoceno:
Mioceno médio:
Total
1502 10+6 m3
3110+6 m3
010+6 m3
010+6 m3
Portanto, a ïrrigaçl10 feita por meio de furos de ligua parece ser pouco relevante no momento presente.
Também silo utilizados mananciais e emergências de lenç6is tante para a rizicuItura quanto para aarboricuItura.
Aguas de superJïcie
As perspectivas de desenvolvimento agricola concernem principalmente :
- 0 aproveitamento dos mangroves (barragens anti-saI, construçl1o de diques, drenagem, comportas para
o contrôle dos niveis). 0 quadro 2.3.1 apresenta a lista desses projetos. Eles concernem 14190 ha,
donde urna necessidade de 48.3 milhOes de m3 de ligua.
Quadro 2.3.1 Lista dos projetos para 0 aproveitamento do mangrove
Nome do Setor Superf. Neces. Tipode obra Estadobolong ha 106m3
1. Ganturnane Empada 240 0.816 Barrag. Anti-SaI Projeto2. Gamamaduba Empada 270 0.918 Barrag. Anti-sal Projeto3. Somba Empada 400 1.360 Barrag. Anti-sal Projeto10. CangaIai Catio 990 3.366 Barrag. Anti-sal Projeto11. Caduco Catio 630 2.142 Barrag. Anti-sal Projeto12. Boche Mende Catio 710 2.414 Barrag. Anti-sal Projeto13. Chuque Catio 720 2.448 Barrag. Anti-sal Projeto14. Cabedu 1 Bedanda 1020 3.468 Barrag. Anti-sal Projeto15. CafaI B. Bedanda 320 1.088 Barrag. Anti-sal Projeto16. S. Clara Bedanda 570 1.938 Barrag. Anti-sal Projeto17. Flanque Injai Bedanda 1080 3.672 Barrag. Anti-sal Projeto18. Cabanta Bedanda 360 1.224 Barrag. Anti-sal Projeto19. Cassaca Cacine 2320 7.888 Barrag. Anti-sal Projeto20. Cabonepo Cacine 350 1.190 Barrag. Anti-sal Projeto21. Bonia 1 Cacine 230 0.782 Barrag. Anti-sal Projeto22. Bonia II Cacine 110 0.374 Barrag. Anti-sal Projeto23. ComoCaiar Catio 1800 6.120 Barrag. Anti-sal Projeto24. Malafo Mansoa Barrag. Anti-sal Projeto25. Manque Bissora Barrag. Anti-sal Projeto
2-24
- A valorizaçao dos baixios no leste do pais, que poderia cobrir 60000 ha em 5 lugares, 28000 ha sao
utilizados pela populaçao sem aproveitamento. Os projetos concemem os baixios em vales secos corn
pequenas barragens de terra. Vma missâo FAO - Banco Mundial (set-out 1988) identificou um
projeto de 4000 ha em 5 anos nos setores de 010 (700 ha), BAFATA (1200 ha) e GABU (2100 ha).
Vma zona prioritaria de 1000 ha foi delimitada ap6s enquetes e estudos. As obras mestras de âgua que
se pretende empreender contam corn uma rede principal de irrigaçao, pequenas obras de contrôle e
repartiçao das âguas, uma rede de drenagem e pequenas barragens de retençao. 0 quadro 2.3.2
contem a lista dos lugares para as instalaçoes previstas.
- A irrigaçao do vale do Rio GEBA abaixo da est3çao de SONACO : aproximadamente 20000 ha de
terras poderiam ser irrigados. Mas isto coloca um problema de recurso, pois, coma foi observado no
paragrâfo 1.8 (hidrologia), os débitas de estiagem sao fracos no GEBA e padern anular-se em cenos
anos (maio-junho de 1989 débita nulo em SONACO). Na regiao de CONTOBUELISONACO os
perfmetros citados no parâgrafo 2.2.1 (instalaçoes existentes) mal estâo satisfeitos. 0 desenvolvimento
da irrigaçao necessita um aumento das capacidades de armazenamento das âguas do GEBA (projeta
de barragem de SONACO). Também tem-se em vista uma utilizaçao conjunta das âguas subterrâneas
e do escoamento do GEBA que exigiria um estudo prévio das relaçoes lençol-rio. Outrossim, existe
uma barragem de 50 milhoes de m3 (ANAMBE) na ârea senegalesa do curso do GEBA (KAYANGA)
e um projeto de outra barragem de 450 milhoes de m3 no GAMBIA que deveria sustentar 0 curso do
GEBA por meio de um canal. Essas duas instalçoes deveriam regularizar corn 0 tempo 0 GEBA
levando em conta a tomada de uma certa reserva para a irrigaçao no SENEGAL.
o quadro 2.3.3 mostra 0 invenf:ârio dos projetos de instalaçoes hidro-agrîcolas e 0 quadro 2.3.4 IOdas
pequenas instalaçoes identificadas cujo financiamento jâ se adquirîu.
Quadro 2.3.2 Inventario dos Projetos de melhoramento da Gestiio dos Baixios Zona·Leste
Nome do Baixio Setor Observaçao
1. Durabali Pirada Financ. CEE
2. Sintcha Imabe Pirada Financ. CEE
3. Canjufa Pirada Financ. CEE
4. Camaliba-Sori Pirada Financ. CEE
5. Cumpanghor Gabu Financ. CEE
6. Mareue Gabu Financ; CEE
7. Gambiel Bambadinca Banco Mundial
8. Lenqueto Sonaco Lugar/Identificado
9. Madina Bafata
Corn exceçao de alguns lugares identificados para a construçao de pequenas barragens, 0 DHAS esta
realizando diferentes estudos sobre os baixios selecionados.
2-25
2.3.2.2 Pecuaria
A grande zona de criaçao de bovinos e caprinos do pais acha-se na metade leste do pais (populaçao Peulh).Graças à pluviometria, os recursos aquâticos para a alimentaçao do gado nao apresentam problema. Osinllmeros charcos das depressôes dos planaltos revestidos (vendu) sao utilizados pelos pastores que conhecemsua perenidade e organizam os percursos em funçao das possibilidades de acesso a esses charcos. 0recenseamento do gado foi realizado durante a enquete sobre 0 desenvolvimento rural de 1989.As construçôes de furos empreendidas mediante financiamento CEE/FED permitiram a execuçao de 57 poçospastorais na Provincia Leste do pals.
Quadro 2.3.4 Lista de projetos de barragenslretençôes
Nome Setor TiPOde obra1. Lenqueto Sonaco Barragem Retençao2. Madina Bafata Barrage Retenue3. Gambiel Bambadinca Barrage Retenue4. Malafo Mansoa Barrage Retenue5. Manque Bissora Barrage Retenue6. Fiofilo Fulacunda Barral!e Retenue
Quadro 2.3.3 Inventârio dos lugares em estudo para instalaçoes hidro·agricolas
Nome de Cursos d'a2ua Setor1. Brincassa Bafata2. Canfarima Bafata3. Dando Bafata4. Bricama Bambadinca5. Udumduma Bambadinca6. Mato de Cao Bambadinca7. Sedjo Bambadinca8. Tubanta Bambadinca9. Xime Bambadinca10. Enxale Bambadinca11. Co1ondinto Pirada12. Durubali Pirada13. GundagaI Pirada14. Gundagall Pirada15. Sintcha Imabe Pirada16. Candemba Uri Contuboe117. Contuboel Contuboel18. Fula-Mori Sonaco19. Sonaco Sonaco20. Talsselima Gabu21. Dutagora Gabu22. Dara Gabu23. Jaima Gabu24. Jamebero Gabu25. Madina Mandinga Gabu26. Pagama Gabu27. Concobo-Contuba Gamamadu28. Sare-Djobo Gamamadu29. Sare-Ghana Gamamadu30. Ga-Mamadu Gamamadu31. Pacua Gamamadu32. Fa-Manding;a Galomaro
2-26
2.3.3 Hidro-eletricidade
A totalidade da produçao elétrica é assumida atualmente por grupos diesel. A potência instalada é de 9 MW.
Oito cidades acham-se eletrificadas, 0 que equivale a uma taxa de eletrificaçao da populaçao de 8%.
Duas localidades para barragem foram identificadas no RIO CORUBAL para a produçao de hidro-eletricidade:
- SALTINHO corn duas hip6teses de altitude: 36.00 mou 39.00 m; neste ûltimo casa, ha inundaçao de
uma porçao do territ6rio da GUINÉ CONACRI. Segundo essas hip6teses, as caracterfsticas
hidrâulicas sao :
Altitude
36.00m
39.00m
Volume Volume Débito Superficie
total util re2ularizado inundada
295 hm3 163 hm3 30 m3/s 62km2
528 hm3 396hm3 48 m3/s 95km2
A bacia vertente é de 23840 km2, 0 volume médio anual das contribuiçoes foi estimado por COBA (1983) a
13 393 hm3 e por ALBERGEL & PEPIN (1991) a 13200 hm3 (a mediana para os 19 anos observados é de 10
700 hm3). A cheia milenar é estimada a 4800 m3/s por COBA (1983) e a 4050 m3/s por ALBERGEL &
PEPIN (1991).
A potência equipada seria de 18-20 MW, a potência garantida 2 MW, 0 produti'vel de 81 GWh/ano na primeira
fase e de 102 GWh/ano na segunda fase. Essa barragem fica mais ou menos a 150 km de BISSAU. Osfinanciamentos estào sendo buscados (80 milhoes de US$). Atualmente, um estudo do impacto sobre 0 meio
esta sendo financiado pela BAD.
- CUSSELINTA, abaixo de SALTINHO corn uma potência equipada de 40 MW e um produti'vel
superior mais ou menos de 50% ao de SALTINHO. Os estudos sobre essa localidade estào hem menos
avançados.
- Uma localidade para micro-central foi estudada pela SGTE (1986) no rio GEBA corn uma barragem
no sentido da corrente em SONACO. A potência seria de 100 kW e 0 produti'vel de 0.332 GWh/ano
inicialmente, e depois da regulaçao do KAYENGA, de 0.562 GWh/ano (admitindo-se uma liheraçao
permanente de 2 a 3m3/s). 0 volume médio anual das contribuiçoes foi estimado por ALBERGEL &
PEPIN (1991) a 549 hm3. A cheia centenal é estimada a 120m3/s.
2-27
CAPITUL03
CLIMATOLOGIA
3.1 Estruturas.
A nivel internacional, a GUINÉ BISSAU é membro :
- da OMM (Organizaçao Mundial de Meteorologia) onde seu representante nacional é 0 Diretor Geraido serviço da meteorologia nacional.
- do CILSS, Comitê Inter-estados de Luta contra a Seca no Sahel, e nessa condiçao recebe ajuda doprograma AGRHYMET.
o principal gestor de dados climatol6gicos é 0 Serviço da Meteorologia Nacional (SMN). A Direçao Gerai dosRecursos llidricos (DGRH) gere tarnbém 5 estaçoes climatol6gicas e 15 postas pluviométricos, e a Direçaodos Estudos e de Planificaçao (DEPA) gere duas estaçoes meteorol6gicas e 39 postas pluviométricos. 0 SMN,cujo papel é a aquisiçao e 0 arquivamento dos dados climaticos é descrito neste capitulo; a DGRH seradescrita no capitulo IV.
3.1.1 Organizaçao
A direçao geral da meteorologia nacional depende da Secretaria de Estado para os Transportes do Ministériodo Equipamento Social.
Ela compreende duas divisoes:
- Uma divisao da meteorologia nacional corn tres departarnentos:-Meteorologia aeronautica e maritima- Climatologia-Agro-meteorologia e hidro-meteorologia- Uma divisao de assistência técnica e admisnistrativa corn dois departarnentos:- Observaçoes meteorol6gicas e assistência técnica
.- Assistência administrativa, relaçoes internacionais e documentaçao
Os prédios do serviço estào sendo acondicionados pela estado (contribuiçao nacional ao programaAGRHYMET). Atualmente existem uma sala de previsao no CMN (Centra Nacional da Meteorologia), umasala de produçao das publicaçoes e um local para a informatica. A construçao de um ateliê de conserto ecalibraçao dos aparelhos esta em andamento.
No que concerne os instrumentos, tem-se em vista uma importante renovaçao e aquisiçoes suplementares paraas novas estaçoes a fim de pennitir 0 acesso à rede optimal: 0 projeto PNUD-AGRHYMET prevê instrumentaspara equipar 5 estaçoes agro-meteorol6gicas e para reforçar ou criar estaçoes climatol6gicas e postaspluviométricos.
Esse programa previa a instalaçao de cinco micro-computadores em 1989 e tres em 1990: uma missao deperitas deve afinar 0 esquema de organizaçao da informatica. Até aqui (1991), 0 serviço esta equipado corntres micro-computadores AST PRIMUM RAM 640 ko e disco dura 80 Mo, duas impresssoras MICRO UNE132 colunas e um ondulador.
3-1
o serviço dispôe de um unico veiculo leve (R4). Dm veiculo leve suplementar e tres veiculos para qualquertipo de terreno seriam necessârios para 0 contrôle das estaçôes.
Ha um problema de estandardizaçào e de manutençào dos instrumentos por causa da existência de estaçoesnào geridas pelo serviço.
3.1.2 Pessoal e formaçao
o serviço meteorol6gico nacional encontra-se em fase de reorganizaçào, numerosos agentes recebem fonnaçào. corn 0 projeto PNUD AGHRYMET que se iniciou em 1988 e cujos financiamentos estào em andamento.
Inicialmente, 0 pessoal do serviço meteorol6gico nacional contava corn 4 engenheiros (classe II), 10 técnicossuperiores (classe III), 30 agentes técnicos (classe IV), 5 administrativos e 7 operârios; portanto 56 pessoas nototal. AIém deste pessoaI, estâ prevista ou mesmo em andamemo uma fonnaçào no exterior para 10engenheiros (classes 1 e II), e 12 técnicos superiores (classe III) A fonnaçào de agentes técnicos (classe IV)estâ prevista para ser ministrada localmente, a pedido. A formaçào dos engenheiros e técnicos necessârios parao bom funcionamento da rede optimal de estaçào, prevista para 0 final de 1991, estâ inscrita no pIano dedesenvolvimemo do serviço.
o projeto PNUD AGHRYMET prevê, coma refôrço, 6 especialistas em agro-meteorologia (2 classe II, 4classe III) e 3 especialistas em instrumentos (classe III). A assistência dos seguintes peritos esta prevista: 1agro-meteorologista (2 anos), 1VNU agro-meteorologista (2 anos), conselheiros em instrumentos, enapIicaçoes meteorol6gicas, em processamento de dados. A isto acrescentam-se Il boIsas de formaçào dasquais 6 em agro-meteorologia e 5 em instrumentos.
3.2 Redes
A rede das estaçoes climatol6gicas esta representada no mapa 3.2.1
3.2.1 Estaç6es sin6pticas
Até 0 inicio do projeto AGRHYMET, eram 4. Contam-se 10 atualmente, uma vez que as estaçaesclimatol6gicas principais foram transformadas em estaçôes sin6pticas. Quatro estaçoes sïtuam-se no aeroporto(BISSAU, FARIM, CUFAR et GABU) e estào classificadas como sin6pticas e aeronauticas.
3.2.1.1 Descriçao
Para uma estaçào sin6ptica e aeronautica, prevê-se 0 seguime pessoal :
- 1 engenheiro da Meteorologia (chefe de estaçào)- 2 técnicos em proteçào aeronautica- 1 técnico instrumentos (manutençào dos equipamentos)- 6 observadores (para funcionamento H24, observaçôes todas as horas)- 2 operârios (preparaçào de H2, manutençào da estaçào e dos locais)
Para uma estaçào sin6ptica, prevê-se 0 seguinte pessoal:
- 1 engenheiro da Meteorologia (chefe de estaçào)- 4 observadores (para funcionamento H24, observaçôes todas as horas)- 2 operârios (preparaçào de H2, manutençào da estaçào e dos locais)
3-2
GUINÉ CONACRI
100 km
••••••••:••:•:•• •......
............................~o PIRADA \"""._--- ~
•••
Escala: 1.000.000
'0,
• Es~çio pluviom&rica
• Es~çio sin6ptica
o Es~çio climatol6gica
o
•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••.'.',."••
••~' M.'.,.•••.............
SENEGAL
COdigo Lat. Long. AIt. Ano SinAGRHYM ID desde
BISSAU AERO 190001 +1l052 - 15°36 + 29 1950FARIM 190008 +12°29 - 15°30 + 30 1950GABU 190013 +12°17 - 14°14 + 63 1941CUFAR 190053 +1l017 - 15°11 + 12 ------BOLAMA 190002 +1l036 - 15°29 + 20 1950 1989BAFATA 190003 +12°10 - 14°40 + 43 1950 1989VARELA 190004 +12°17 - 16°36 + 13 1950 1989BISSORA 190009 +12°13 - 15°27 + 10 1950 1990BUBAQUE 190026 +1l018 - 15°51 + 12 1940 1990
3.2.1.2 Equipamentos
A estaçao sin6ptica de Bissau Aeroporto estâ equipada corn (relat6rio TABET, 1987):
- um abrigo G.M. (nao pintado)- um psicrômetro simples sem arrnaçao- um tubo piche (evaporaçao)- um termômetro maxi. e um mini.- um termo-higr6grafo Fuess veblsto- um pluviômetro Russo veblsto- um pluvi6grafo Fuess- um anemômetro Siap- um barômetro Fuess nao calibrado- um bar6grafo Fuess- uma estaçào semi-aulOmâtica Fuess 90z em pane
Nao ha termômetro no solo, nem heli6grafo.
As leituras fazem-se às 9,12,15,18H
Eis 0 equipamento previsto para cada estaçao sin6ptica :
- um abrigo G.M.- um psicrômetro- um tubo piche (evaporaçao)- um termômetro maxi. e mini.- um higr6grafo- um pluviômetro- um pluvi6grafo- um anemômetro- um barômetro- um bar6grafo- um heli6grafo- dois pireliômetros (G+D)- Integradores- Termômetros minima solo (10, 50 cm)- Anemômetro totalizador (2m)- Anemômetro e ventoinha (10m)- Teodolito oule radio-venlO
3-4
-BLU- Painéis solares- Generador de hidrogênio
3.2.1.3 Manutençao
Ela é garantida pelo serviço técnico da meteorologia, que prevê também a manutençao de estaçôes que naopertencem à sua rede. 0 material consumfvel por ano e por estaçao é dado no relat6rio TABET (1987) damaneira seguinte :
DESIGNAÇAO QUANTIDADE
Carnês de observaçôes--------------·-----------·--------------12
Diagramas term6grafo------------------------------_·---------6O
Diagramas higr6grafo ---------------------------·----------·--60
Diagramas pluvi6grafo ----------------------------------------60
Diagramas bar6grafo ------------------------------------------60
Musselina para psicrômetro ------------·---------·-----------50
Rodelas de mata·bomo Piche---------------·----------··-- 360
Penas para registrador --------.-----------------------••••-----50
Diagramas heli6grafo---------------.------------------------ 400
Pilhas para integrador --------------------------------------- 120
Carga soda câustica ------------••----------.----------------- 180
Balôes 45 gel00 g -----------------------------------------1600
Diversos impressos meteor.------------------------------·- Ilot
Material de escrit6rio --------------------------------------- 1 lot
3.2.2 Estaçôes climatol6gicas
A rede de estaçôes climatol6gicas compreende atualmente cinco estaçôes climatol6gicas, das quais duas silo
marinhas (Cacine e Ciao) e cinco estaçôes agro-meteorol6gicas dentre as quais uma marinha (Bissau
meteorologia).
3.2.2.1 Descriçao
C6digo Lat. Long. AIt.
AGRHYM m
Climatol6gicas
PIRADA 190011 +12°40 _ 14°10 +90
TCHE-TCHE 190055 +11°55'30 - 14°12'51 +34
BUBA 190024 +11°36 - 15 °0 +10
CACINE 190028 +11°8 - 15 °1 0 + 6
CAIO 190018 +11°50 - 16°19 + 40
Ano
1950
1978
1940
1950
1950
As estaçôes de TCHE-TCHE, CADE, BELI,SALTINHO e SONACO, instaladas pelo projeto CORUBAL
(COBA (1983)) silo gerenciadas pela DGRH, e as de CONTOBUEL e COBAXANGUE pela DEPA.
3-5
C6digo Lat. Long. Ait. Ano
AGRHYM m
Agro·meteorol6gicas
MADINA DO BOE 190030 +11°45 - 14°13 + 75 1950
CONTUBOEL 190041 ----------- .---------- + 8
CABOXANQUE 190054 ----------- -----------
BISSAU OBSER. METE 190021 +11°51 - 15°36 + 20 1958
QUINHAMEL 190020 +11°53 - 15°52 + 0 1985
As estaçoes climatol6gicas da DGRH foram visitadas pelos peritos da ORSTOM no âmbito do pIano diretor
dos recursos em agua (ALBERGEL & PEPIN, 1990) :TCHE-TCHE, BELl, PITCHE-CADE (foto 3.1),
SONACO, CABUCA, SALTINHO (foto 3.2)
Cada uma dessas estaçoes compôe-se de :
- um abrigo meteorol6gico corn tennômetro para maximas e um para minimas, um tennômetro seco e
um umido, um evaporômetro PICHE
- um anemômetro
- um tanque de evaporaçao de classe A freqüentemente nao observado
- um pluviômetro (instalado a partir do mês de maie ?)
- um abrigo pluviogrâfico corn um registrador inativo (por falta de papel) (SALTINHO) ou em pane
(TCHE-TCHE)
- um pireliômetro do tipo CAMPBELL.
Em todas essas estaçoes, 0 acompanhamemo pluviogrâCico e 0 do sol nao se faziam mais em 1990 por falta de
diagramas.
Parece que as outras medidas fazem-se de modo regular e Ciavel. Pena que os pluviômetros sejam guardados
durante a estaçao seca. As chuvas nao sao excepcionais em janeiro e fevereiro, sobretudo no sul do pafs.
Somente a estaçao de PITCHE-CADE nao é acompanhada: pireliômetro quebrado, tanque de evaporaçao
vazio, tennômetro seco marcando a mesma temperatura que 0 umido (sem agua, e musselina deve ser
trocada).
Para uma estaçao agro-meteoroI6gica, prevê-se 0 pessoal seguinte :
- 1 engenheiro em agro-meteorologia ou 1 agrônomo (chefe de estaçao)
- 1 técnico em agro-meteorologia (assistência à agricultura)
- 30bservadores (para funcionamento 06 a 18h, observaçoes cada 3 horas)
- 1 operârio (manutençao da estaçao)
Para uma estaçao climatol6gica principal, prevê-se 0 seguinte pessoal :
- 1 técnico superior em meteorologia ou em agro-meteorologia (chefe de estaçao)
- 3 observadores (para funcionamento 06 a 18h, observaçoes cada tres horas)
3-6
Para uma estaçâo climatol6gica auxiliar, prevê-se 0 pessoal seguinte :
- 2 agentes recrutados in laco e formados pela SMN para as leituras, mudanças dos diagramas, pôr na
hora certa os sistemas de relojoaria e cuidar dos carnês de observaçoes (observaçôes feitas tres vezesao dia; 6,12,18H).
3.2.2.2 Equipamento
. A estaçâo agro-climatol6gica de BISSAU OBSERVATORIO esta equipada assim (relat6rio TABET, 1987):
- um abrigo G.M. (nâo pintado)- um psicrômetro simples
- um tuba piche (evaporaçâo)
- um termômetro maxi. e mîni.- um termo-higr6grafo Megretti-London( nâo calibrado)- um pluviômetro Russo (vetusto)- um pluvi6grafo Fuess (vetusto)
- termômetros ao solo (cotovelos + estojos)- um heli6grafo rossa (nâo utilizado)- um anemômetro - ventoinha Fuess/mecânico (vetusto, mostra atraso)- um barômetro Fuess (nâo calibrado)- um bar6grafo Fuess( nâo calibrado)
As leituras sâo feitas às 1O,13,16,22H
Eis 0 equipamento previsto pela programa AGRYMETET para cada estaçâo agro-meteorol6gica :
- um abrigo G.M.
- um tuba piche (evaporaçâo)
- um termômetro maxi. e um mîni.- um term6grafo- um higr6grafo- um tanque de classe A
- um pluviômetro- um pluvi6grafo
- um anemômetro totalizador- um heli6grafo
- dois pireliômetros (G+D)- Integradores
- Termômetros de solo (10, 50 cm)- Termômetros no solo (5,10, 20,50, 100 cm)
- Anemo-ventoinha registrador (2m)-BLU
- Painéis solares- Sonda de neutrons
- Escavadeira
3-7
- Estufa
- Balança de precisao
- Equipamento de amostras
Eis 0 equipamento previsto para cada estaçl10 climatol6gica principal :
- um abrigo G.M.
- um psicrometro
- um tubo piche (evaporaçl1o)
- um termômetro mâxi. e um mini.
- um term6grafo
- um higr6grafo
- um pluviômetro
- um pluvi6grafo
- Termômetros no solo (5,10,20,50,100, 150,300 cm)
- Anemômetro totalizador (2m)
- Anemo-ventoinha registrador (2m)
o equipamento previsto para cada estaçao climatol6gica secundaria é 0 seguinte :
- um abrigo G.M.
- um termômetro mâxi. e um mini.
- um term6grafo
- um higr6grafo
- um pluviômetro
- um pluvi6grafo
o equipamento suplementar previsto para cada estaçl10 maritima é 0 seguinte :
- Medidor de corrente
- Hol6grafo
- Registrador anemo-ventoinha
- term6grafo a distância (temperatura da agua)
3.2.3 Estaçôes pluviométricas
3.2.3.1 Descriçao
As estaçoos nao repertoriadas nos paragrafos precedentes s110 consideradas coma postos pluviométricos
simples. Um observador lê um pluviômetro teoricamente duas vezes ao dia, mas na maioria das vezes
unicamente na estaçao das chuvas e um dia depois que choveu. JJma lista completa desses postos para 0
conjunto do territ6rio fica por estabelecer-se.
o relat6rio TABETassinala 27 pluviômetros simples geridos pela SMN, 15 pela DGRH e 39 pela DEPA.
3-8
Contando as estaçôes sin6pticas e climatol6gicas, a ORSTOM utilizou 40 estaçôes para 0 estudo dos recursos
em âgua. Esses 40 pontos de medida estào representados no mapa 3.2.1. Espalham-se de maneira equitativa
por todo 0 territ6rio (1 ponto de medida para 900 km2).
A lista das estaçôes utilizadas pela ORSTOM é dada no quadro 3.2.1 corn 0 N° de identificaçao ORSTOM, 0
nome da estaçao, 0 tipo de estaçao, as coordenadas geograficas e, quando ela é conhecida, a data do infcio das
observaçôes.
. 3.2.2.2 Equipementos
A maioria dos pluviômetros sao baldes cuja superffcie receptora é de 400 cm2 (Norma OMM) , colocados a
1.50 do solo (Norma OMM, lm). Certos baldes sao tropicalizados (conteudo 9 litros, ou seja, 225 mm de
chuva), mas a maioria tem um conteudo de 5 litros, isto é 125mm. As estaçôes climatol6gicas estào equipadas
corn pluviômetros de leitura direta SPIA (conteudo 9 litros). 0 relat6rio TABET indica uma doaçao de trinta
pluviômetros SIAP ao SMN no âmbito da Cooperaçao Voluntâria (Turquia).
3.2.2.3 Manutençâo
Atualmente, 0 gerente de cada rede encarrega-se de sua manutençao. Por falta de vefculos 0 SMN nao passa
sistemâticamente. Por ocasiao dos comentarios dos observadores a respeito do estado do material, 0 SMN pode
enviar um nova balde ou uma nova proveta.
3.3 Dados pluviométricos
3.3.1 Coleta, processamento, arquivamento
As anotaçôes das leituras pluviométricas sao encaminhadas por via postal; embora remetidas a tempo,
constatarn-se atrasos que chegam até tres meses. 0 SMN s6 coleta os dados de sua pr6pria rede. Os dados
coletados pela DGRH e pela DEPA sao transmitidos à meteorologia dentro de um prazo variâvel.
o controle dos dados é feito por um serviço do departarnento de observaçôes meteorol6gicas e de assistência
técnica, que faz os calculos e prepara os quadros e as publicaçôes, tudo isto manualmente até 1991. 1991. A
informatizaçao do serviço esta prevista no projeto AGRHYMET. A central de banco de dados para a
pluviometria foi escolhida de acôrdo corn os outros estados do Cn..SS : software CLICOM que gere tarnbém os
outros dados climatol6gicos (sera descrito no parâgrafo 3.4.1). Os originais e os talôes recolhidos ha um século
sao arquivados na direçao geral da meteorologia. Dm micro-fichamento dos arquivos disponfveis foi realizado
para os dados anteriores a 1986.
Dm banco de dados das pluviometrias dianas foi estabelecido pela ORSTOM em 1990 e é operacional na
DGRH. 0 software PLUVIOM afinado pela laboratorio de hidrologia da ORSTOM gere os fichanos
seguintes :
- fichano "identificaçao das estaç6es"
-ficMrio "dossiês das estaç6es"
-ficMrio rIdas pluviometrias diarias"
3-9
Quadro 3.2.1· LISTA DAS ESTAÇÔES PLUVIOMÉTRICAS
(tirada do relatorio ORSTOM ALBERGEL & PEPIN- 1991)
C6dlgo Nome Tlpo } T1 AJtitude('m) IDiclo.
1190000200 BOLAMA S N1136 01529 20 1·9501190000300 BAFATA S N 1210 01440 43 1950119000040O VARELA S N1217 01636 13 19'01190000'00 CACHEU P N 1216 01610 14 19'0
119000060O CANTCHUNOA·TEJXERO PINTO P N 124 0162 1 50 19'0119000070O BULA P N126 01544 30 19'01190000800 FARIM S N1229 01530 30 19'0119000090O BISSORA S N1213 01527 10 19501190001000 MANSABA P N 1211 01'10 43 1950
1190001100 PIRADA C N1240 01410 90 19'01190001200 SONACO C N1224 01429 2' 19'01190001300 NOVALAMEOO (OABU) S N 1217 o 1414 63 19411190001400 FA P N126 01449 , 19'01190001600 BURUNTUMA P N122. 01340 100 19'0
U9OOO1700 PrrCHE P N 12 19 0.1351 1 19.51190001800 CAIO C Nl150 o 1619 40 19501190001900 POR.TOOOLE P N1151 01' • 10 19501190002000 QUINHAMEL AM Nll'3 o 1"2 0 19151190002100 BISSAU OSSER. METEo AM Nil '1 01536 20 1951
1190002200 nTE P NU47 01524 1 19101190002300 F'ULACUNDA P N1147 o 1511 3' 19'01190002400 BUDA C NU36 0150 10 19401190002500 EMPADA P NU33 o 1'14 0 196.1190002600 BUBAQUE S N111. o 1"1 12 1940
11S1OOO27OO CAnO p Nll1. 01517 14 19461190002800 CACINE C N11. o 15 10 6 19501190002900 GALOMARO P NI156 01437 0 19151190003000 MADINAOO BOE AM N1145 o 1413 7' 19'01190003100 XlTOLE P N1144 01449 30 1969
1190005000 BANOACIA P N 11 "30 0143615 501190005100 BAMBADINCA P N12 2 0 o 14'140 ,1190005200 BEU AM N 11 '030 013'60 701190005300 CADE-PITCHE AM N 1119 o 13'1 60119000'400 DANDUM P
1190005'00 DUMDUMA P N 12010 014'330 ,1190005600 WGAJOL P N 114.30 0135130 1001190005700 SALTINHO AM .N1136 0 01444 3'119000'100 TCHE-TCHE AM Nil "30 o 141251 34 lm
P= PLUVIOMETRO
S= SINÔPTICA
C= CLIMATOLÔGICA
AM= AGR.O·METEOROLÔGJCA
3-10
Figura 3.1 Abrigo meteorol6gico de PITCHE CADE
Figura 3.2 Estaçào climatol6gica de SALTINHû
3-11
-jich/uio "dos dados pluviograjicos"-jich/uio "das pluviomelrias mensais e anuais"
A atualizaçao desses bancos de dados pode ser feita rnanualmente corn a ajuda de cartoes especiais adaptados
à natureza dos dados, a partir de Uibuas de digitalizar para os dados pluviogrâficos, ou diretarnente através da
leitura das rnem6rias de massa dos aparelhos ELSYDE. Os fichârios sao de acesso direto e em forma bimiria.
Urn utiliUirio integrado ao software pennite uma transformaçao ern ASCII. Esses fichârios podem ser
recuperados no banco CLICOM. 0 quadro 3.3.1 apresenta 0 inventârio dos dados pluviométricos diarios
disponiveis no banco PLUVIOM na DGRH (chuvas diarïas).
3.3.2 Difusâo
Os dados pluviornétricos sao publicados para as estaçoes que dependern do SMN no Boletim mensal da
situaçao pluviométrica. Por causa da dificuldade de encaminhamento desses dados e dos parcos meios do SMN
em rnatéria de publicaçao até 0 programa AGRYMET, a publicaçao e a difusào desse boletim atrasaram-se
consideravelmente.
3.3.3 Qualidade dos dadas
Para detectar os erros sistematicos provenientes de eventuais mudanças na exploraçao dos pluviômetros(situaçao, proveta de rnedida, qualidade das leituras, etc...), os dados de todas as estaçoes que têm mais de dezanos de observaçao foram testados pelo rnétodo do "Vector regional" (BRUNET-MORET,1979).
BRUNET- MORET introduz, a partir do processamento dos postos de urna regiao clirnâtica, um vector dehornogeneizaçao. Esse vector - chamado "vector dos indices anuais de precipitaçao" - é uma sequênciacronol6gica de precipitaçoes anuais ficticias nurna estaçao ficticia, que leva ern conta os efeitos depersistências e de tendências da zona clirnatica e que é hornogêneo no tempo. Utiliza-se ern seguida 0 métododas duplas acumulaçoes entre esse vector e cada urna das estaçoes que serviu para 0 seu calculo a firn deverificar sua hornogeneidade temporal. Claro que esse vector s6 pode ser criado a partir das observaçoes deuma zona climatica homogênea no espaço. A hip6tese feita para um detenninado ano é a de que a maioria dasestaçoes foi hem observada.
Ern urn primeiro rnornento, 0 conjunto dos dados anuais existentes ern pelo rnenos tres estaçoes cujo tempo deobservaçao é superior a dez anos foi utilizado para a construçao de urn vector. 0 quadro 3.3.2 mostra paracada estaçao as caracteristicas estatisticas das observaçoes e 0 coeficiente de correlaçao entre os valores dovector e os das chuvas anuais observadas. A dupla acurnulaçao "vector estaçao" permite urna primeira critica ea elirninaçao de estaçoes demasiado erradas.
3-12
Quadro 33.1 - InvenWio das chuvas diarias para 0 pais codificado 119
GUINÉ BISSAU
Côdlgo Nome de estiçio N° aDOS Perlodo observado M6I1a N°"mm auos
1190000100 BlSSAUAERO 37 1950.1986. 1705.6 371190000200 BOLAMA 37 1950.1986. 2134.1 371190000300 BAFATA 37 1950.1986. 1424 37119000040O VARELA 31 1950.1980. 1578.7 311190000500 CACHEU 18 1950.1967. 1635 18119000060O CANTCHUNGA-TEIX:ERO PIN' 37 1950.1986. 1591.8 3711SlOOOO7oo BULA 19 1950.1968. 1659.1 19l1SlOOOO800 FARIM 37 1950.1986. 1319.5 37IISlOOOOSlOO BISSORA 37 1950.1986. 1462.1 37l1SlOOO1000 MANSABA 37 1950.1986. 1358.6 37l1SlOOOl1oo PIRADA 23 195G-1968,1986-1989•. 1310 23I1SlOOO12oo SONACO 28 1950.1968,1978-1986. 1302.6 28l1SlOOO13oo NOVALAMEOO (GABU) 40 1941-1968,1978-1989. 1367.9 31l1SlOOO1400 FA 4 1960-1963. 1402.4 4I1SlOOO16OO BURUNTUMA 40 1950.1989. 1266.3 40l1SlOOO17oo PITeHE 2 1915-1986. 1221.9 1l1SlOOO1100 CAIO 36 1950.1915. 1772.7 36l1SlOOO1900 PORTOOOLE 37 1950.1986. 1588 37IISlOOO2ooo QUINHAMEL 2 1915-1986. 1504.8 2I1SlOOO21oo BISSAU OBSER. METEO 29 1951-1986. 1613.6 29I1SlOOO22oo TITE 6 1910-1914,1986. 1165.7 6l1SlOOO23oo FULACUNDA 37 1950.1986. 1882.4 37IISlOOO2400 BUDA 47 1940-1986. 1614.1 44I1SlOOO25oo EMPADA 19 1961-1986. 1130 19l1SlOOO26oo BUBAQUE 46 1940-1985. 2092.7 4511SlOOO27oo CATIO 41 1946-1986. 2372.4 41I1SlOOO28oo CAClNE 36 1950.1915. 2440.1 36I1SlOOO2900 GALOMARO 2 1915-1986. 926.1 11190003000 MADINADO BOE 18 1950.1967. 1905.7 11l1SlOOO31oo XITOLE 15 1969-1975,1Sl7Sl-1986. 1208.4 14l1SlOOO5ooo BANGACIA 6 1978-1910,1912-1914. 1410.5 5I1SlOOO51oo BAMBADINCA 9 1971-1986. 1194.2 9l1SlOOO52oo BEU 12 1978-1989. 1583.4 12l1SlOOO53oo CADE-PlTCHE 10 1979,1911-1989. 1292.2 10IISlOOO5400 DANDUM 6 1978-1912,1914. 1437.4 4l1SlOOO55oo DUMDUMA 3 1912,1915-1986. 1217.9 2I1SlOOO56OO UJGAJOL 6 1978-1911,1913-1914. 1915.3 6l1SlOOO57oo SALTINHO 9 1971-1986. 1439.9 9I1SlOOO58oo TCHE-TCHE 12 1978-1989. 1439.9 1
Total parcla1: 908 anos, 39 estaç6es
Total do pals: 908 aDOS, 39 estaç6es
Total geral: 908 anos, 39 estaç6es
·N6mero de aDOS utilizados para c:alcular a média
3-13
Quadro 3.3.2 : Primeira critica
Estaçao N° Coef. Coef. Coef. de correlaçao ObservaçôesaDOS asimetria variaçao corn ovector
Bissau aéro 37 0.255 0.2294 0.886 Homogeneizaçao possfvelBolama 37 0.010 0.2223 0.879 Homogeneizaçao possivelBafata 37 0.028 0.2101 0.815 Homogeneizaçao possivelVarela 31 -0.194 0.2126 0.904 Excelente estaçaoCacheu 18 0.127 0.1535 0.707 Homogeneizaçao possivelCantchunga 37 0.315 0.2086 0.845 Homogeneizaçao possivelBula 19 -0.791 0.1530 0.728 Homogeneizaçao possfvelFarim 37 -0.038 0.2156 0.901 Excelente estaçaoBissora 30 0.027 0.1937 0.814 Homogeneizaçao possivelMansaba 37 0.124 0.2070 0.867 Homogeneizaçao possivelPirada 23 0.484 0.1643 0.710 Homogeneizaçao possivelSonaco 28 0.129 0.2214 0.813 Homogeneizaçao possivelGabu 32 0.279 0.1961 0.775 Homogeneizaçao possivelBuruntuma 40 0.427 0.1767 0.732 Homogeneizaçao possivelCaio 36 0.458 0.2315 0.756 Homogeneizaçao possivelPorto Gole 37 0.003 0.1900 0.907 Excelente estaçaoBissau met 29 0.498 0.2415 0.902 Excelente estaçaoFulacunda 37 0.492 0.2672 0.729 Homogeneizaçao possivelBuba 37 0.117 0.2106 0.889 Homogeneizaçao possivelEmpala 19 0.574 0.1957 0.932 Excelente estaçaoBubaque 39 0.104 0.1596 0.735 Situaçao insularCatio 40 0.242 0.2033 0.857 Homogeneizaçao possivelCacine 36 0.025 0.1718 0.834 Homogeneizaçao possivelMadina do Boe 18 -0.438 0.1387 0.860 Homogeneizaçao possivelXitole 14 -0.525 0.4753 0.174 Dados inutilizâveisBeli 11 0.814 0.1498 0.390 Dados inutilizaveis
Assim, as estaçôes de BELl e de XITOLE foram retiradas da amostra para um segundo calcula do vector. 0
coeficiente de correlaçao médio entre todas as estaçôes e 0 vector toma 0 valor de 0.860.
A figura 3.3 mostra a acumulaçao "vector estaçao" para dez estaçôes espalhadas pela pais.
- Posto de PIRADA : As observaçôes começam em 1950, uma lacuna situa-se entre 1969 e 1985. 0
coeficiente de correlaçao corn 0 vector é de 0.722. 0 periodo posterior à lacuna é homogêneo corn 0
periodo precedente. S6 0 ano de 1957 coloca um problema, 0 desvio em relaçao ao vector
(precipitaçao do ano/média-vector) é igual a 0.40 e deixa supor um problema de transcriçao da
pluviometria.
- Posto de FARIM : As observaçôes sao completas desde 1950. 0 coeficiente de correlaçao corn 0
vector é de 0.902. A dupla acumulaçâo vector/estaçâo mostra uma perfeita homogeneidade temporal
dosdados.
- Posto de VARELA : As observaçôes começaram em 1950, os dados posteriores a 1980 nao puderam
ser coletados pela equipe ORSTOM. 0 coeficiente de corre)açâo corn 0 vector é de 0.902. A dupla
acumulaçâo vector/estaçao mostra uma perfeita homogeneidade temporal dos dados.
3-14
- Posto de GABU. Nota-se tres periodos de observaçoes separados por laconas (1941-1963.1965-1969,1980-1989). Observa-se oma anomalia em 1966 e em 1%9 (pluviometria muito fraca). 0 coeficiente
de correlaçAo corn 0 vector é de 0.775. A dupla acomulaçAo vector/estaçAo mostra uma mudança de
declive na retomada das observaçoes em 1980 indicando oma modificaçAo provavel das proximidadesda estaçAo (deslocamento ?) .
- Posto de BISSORA. As observaçoes começam em 1950 e sAo completas até 1979. Os desvios emrelaçAo ao vector sAo acentuados em 1969 e em 1976. 0 coeficiente de correlaçAo corn 0 vector é de0.815.
- Posto de BAFATA. As observaçoes sAo completas de 1950 a 1986; 0 coeficiente de correlaçAo corn 0
vector é de 0.819. A dupla acumulaçAo vector/estaçAo mostra oma homogeneidade temporal dosdados corn problemas de dados para os anos 1966 , 1%7 (desvio ao vector negativo) e 1977, 1978(desvio ao vector positivo)
- Posto de PORTO GOLE. As observaçoes sAo completas de 1950 a 1986.0 coeficiente de correlaçAocorn 0 vector é de 0.910. A dupla acumulaçAo vector/estaçao mostra oma perfeita homogeneidadetemporal dos dados.
- Posto de BISSAU AERO. As observaçoes sAo completas de 1950 a 1986. Ù coeficiente de correlaçAocorn 0 vector é de 0.889. A dupla acumulaçAo vector/estaçAo mostra oma mudança de declive a partir
de 1972 ou 1973 indicando uma modificaçâo das proximidades da estaçAo (deslocamento?) A relaçllodos declives é igual a 0.852.
- Posto de CATIO. As observaçoes sAo completas de 1947 a 1986.0 coeficiente de correlaçAo corn 0
vector é de 0.858. A dupla acumulaçAo vector/estaçAo mostra uma mudança de declive entre 1965 e1970, a relaçAo entre os declives calculados para os periodos 1947-64 e 1965-70 é de 0.787 essarelaçAo corresponde a om êrro de aparelhamento : balde corn um anel receptor de 400 cm2 (modêlometeo) medido corn oma proveta para balde equipado corn anel de 314 cm2 (modêlo agro); a relaçAoé de 0.785. Uma anomalia também foi detectada para 0 ano de 1951 (desvio corn 0 vector muitonegativo).
- Posto de CACINE. As observaçoes sAo completas de 1950 a 1985.0 coeficiente de correlaçAo corn 0
vector é de O. 837. A dupla acumulaçAo vector/estaçl1o revela uma mudança de declive entre 1965 e1971, encontra-se a mesma anomalia que em CATIO, êrro de proveta. Uma anomalia também édetectada em 1957 e 1958 (desvio corn 0 vector muito negativo).
3.3.4 Lacunas e insuficiências.
Ha laconas importantes em moitos postos pluviométricos durante 0 periodo 1968-80; somente os 17 postos
seguintes possuem dados (esse periodo corresponde à guerra de independência):
- BISSAU AERO-BOlAMA-BAFATA- VARELA-CANrCHUGA
3-15
-FARlM-BISSORA-MANSABA-BURUNTUMA-CAIO-PORTOGOLE- BISSAU METEO-FULACUNDA-BUBA-BUBAQUE-CATIO-CACINE
A zona onde a falta de observaçœs é mais importante é a regiao Sudeste, regiao de BOE onde nao existe
nenbuma estaçao de longa duraçao sem lacuna importante. É indispensavel verificar os postos de XITOLE e
BELl cujas dados sao muito exttavagantes. A pluviometria dessa zona é influenciada pelos contta-fortes doFOUTA DJALON.
Uma outra zona e mal conhecida. Trata-se das ilhas BDAGOS que 56 sao representadas por BUBAQUE e,
corn menos importância. por BOLAMA ( ambas situadas mais a leste do arquipélago). Essas ilhas sao
diretarnente influenciadas pelos ventos dominantes e pela monçao guineense. Os projetos de desenvolvimento
das ilhas BDAGOS (turismo, agricultura, pesca) justificam amplamente a criaçao de orna rede pluviométricacorn pelo menos um posto por i1ha.
Uma insuficiência de coordenaçllo entre os diferentes gestores de postas pluvioméb'icos vern agravar as
dificuldades de coleta e arquivamento de dados. Atualmente, 0 banco de dados pluvioméb'icos informatizado
mais completo acha-se na DGRH em formato PLUVIOM. Um outra banco, em formato CLICOM, esta sendo
elaborado no SMN. Existem passarelas entre esses dois formatos. A pnitica desses dois softwares mostta que,
para as necessidades hidrol6gicas, 0 software PLUVIOM é mais performante: acesSO direto ao dado,
preparaçao de ficharios para as cadeias de processamento hidrol6gico (estatîstica, critica dos dados,
modelizaçao). 0 software CLICOM permite arquivar 0 conjunto dos dados climâticos e revela-se um bom
instrumento para a publicaçao dos boletins climatol6gicos. É portanto normal que a DGRH seja equipada corn
PLUVIOM e 0 SMN corn CLICOM. Seria necessârio que os dados digitados num ou noutra formato pudessem
ser utilizados para a atualizaçllo dos dois bancos.
3.4 Dados climatolOgicos
3.4.1 Colbeita, processamento, arquivamento
Na rede do SMN, as observaçoos nas estaçoos sao feitas pelo pessoa! do serviço, e nos postos pluvioméuicos
por auxiliares que recebem orna indenizaçllo anual. Em geral essas estaçœs sao vetustas e a apararelhagem por
vezes nao calibrada. Nas estaçœs gerenciadas pela DGRH, os observadores sao os mesmos das estaçOes
hidroméb'icas vizinhas. As estaçœs da DEPA sao observadas pelo pessoa! dos projetos correspondentes
durante sua duraçào, 0 que toma incerto 0 prosseguimento das observaçœs depois do projeto.
As observaçoos sin6pticas sao lTansmitidas por telefone ao Centra Meteorol6gico Nacional situado no
aeroporto internacional de BISSAU. As leituras climatol6gicas sao enviadas por correio ou colhidas no
3-16
momento das rondas. Seu encaminhamento coloca 0 mesmo problema das leituras pluviométricas. A
instalaçâo de ligaçœs BLU esta prevista no projeto AGRHYMET.
A nivel intemacional, 0 CMN esta ligado corn DAKAR pela rede de telecomunicaçl1o aeronautica para troea
de dados meteorol6gicos. As observaçœs sin6pticas sao encaminhadas para PARIS via satélite corn a ajuda de
uma balisa de colheita de dados; 0 CMN dispœ de uma estaçl10 de recepçl10 direta a partir de satélites
METEOS e de infonnaçoes alfa-numéricas. Falta uma estaçl10 de recepçl10 para receber as imagens de
satélites; esse tipo de estaçâo esta previsto no programa AGRHYMET.
o processamento de dados é feito por um serviço do departarnento de observaçoes meteorol6gicas e de
assistência técnica que faz os calculos, prepara os quadros e as publicaçœs, tudo isso manualmente até 1991.
A infonnatizaçl1o do serviço esta prevista pela projeto AGRHYMET. A central de banco de dados para a
climatologia foi escolhida em comum acôrdo corn os outros estados do Cn..SS : software CLICOM.
CLICOM é um software de gestâo dos dados climatol6gicos. Ele pennite a tomada de dados e 0 contrôle de
qualidade das medidas dos parâmetros meteorol6gicos efewadas nas estaçœs assim coma das que provêm de
observaçoes esporMicas. As tomadas de dados fazem-se linicamente por meio de cartlies especiais. Ele gere
dados meteorol6gicos assim coma qualquer infonnaçl1o descritiva aferente, particularmente 0 hist6rico das
estaçoes. Ele constitue ficharios de arquivos. Os processamentos, chamados de produtos, sao a elaboraçl1o
automatica de publicaçOes e de resumos do tempo em fonna de quadros e grâficos. Esse software permite a
seleçl10 e a extraçl10 de dadas brutos a partir dos fichârios arquivos destinados a outras aplicaçoes. Cada dado
possui um c6digo de critica. Grande parte das funçœs de CLICOM, particuIarmente a gestâo de dados, é
realizada por um sistema de gestâo de bases de dados comercializado : DATA EASE. Os fichârios sao
seqüenciais indexados.
Na DGRH, um banco infonnatizado de dados climatol6gicos esta disponivel e funciona corn 0 software
CLIMAT difundido por AGRHYMET. 0 menu principal desse software comporta tres sub-menus principais :
- 0 menu "Calculos" executa as funçœs de calculo da insolaçl1o a partir da nebulosidade e da tensl10
de vapor.
- 0 menu "Gestâo de fichârio" possibilita :
- a tomada, a atualizaçl10 e a ediçl10 de dadas
- a refonnatagem e a extraçâo dos fichanos
- 0 caIculo de ETP PENMAN
- 0 calculo de probabilidades "decadarias" (lei GAMMA)
- 0 menu "Balanços Hidricos" calcula 0 balanço hidrico das culturas por dez dias e faz uma previsao.
3-17
o quadro 3.4.1 mostra 0 inventârio dos dados presentes na DGRH em software "CLIMAT".
Quadro 3.4.1Inventario dos dados meteorol6gicos disponiveis em suporte informatico
Estaçao Natureza Periodo
BISSAU AERO Temperatura Maxi 1950-1986BISSAU AERO Temperatura Méd 1950-1986BISSAU AERO Temperatura Mini 1950-1986
BOLAMA Temperatura Maxi 1950-1986BOLAMA Temperatura Méd 1950-1986BOLAMA Temperatura Mini 1950-1986BOLAMA Velocidade média do vento 1950-1978
BAFATA Temperatura Maxi 1950-1986BAFATA Temperatura Méd 1950-1986BAFATA Temperatura Mini 1950-1986
VARELA Temperatura Méd 1950-1965
FA Temperatura Méd 1960-1963
3.4.2 Difusâo
As publicaçœs realizadas pele SMN Sâo de quatro tipos :
- Boletins Meteorol6gicos Mensais.
- Boletins Agro-Meteorol6gicos para dez dias, previstos em ligaçao corn 0 serviço hidrol6gico da
DGRH, no programa AGRHYMET.
- Boletins Agro-Meteorol6gicos Mensais
- Anuârios dos resulrados de observaÇôes meteorol6gicas
Nâo existe inventârio dos estudos. 0 serviço nâo efetuou até 0 momento presente estudos freqüenciais de
parâmetros ou de acontecimentos excepcionais.
Fazem-se publicaçœs no quadro de operaçlies agricolas AGRHYMET.
Ha tarnbém a difusâo de um boletim meteorol6gico por radio (situaçâo geral, precipitaçoes. valores extremos.
ete.).
3·18
3.4.3 Qualidade dos dados
Enquanto 0 conjunto dos dados nao fôr levado para um suporte de informâtica, sera dificil ter-se uma idéia
objetiva de sua quaIidade. Os dados de temperatura analisados a partir dos fichârios "CLIMAT" nas estaçQes
de BISSAU, BOLAMA, BAFATA, VARELA e FA sao de boa qualidade. Nos periodos lomados, nâo ha
lacuna. Os dados nao podem ser moito fiaveis por causa do estado das estaçœs climatoJ6gicas. No periodo
1969 - 1980, s6 os dados das estaçœs sin6pticas de BISSAU AERO e de BAFATA, sao de boa qualidade e
sem Jacuna. As atividades meteorol6gieas datam de 1885, mas os primeiros resuItados s6 foram publicados em
1907.
3.4.4J
Insuficiências e lacunas
Atualmente, nenhum banco de dados elimâticos eonstituidos permite fazer-se 0 câlculo aulomâtico de ElP
PENNMAN em erônicas de dados. Os dados necessarios (temperatura, venlo, sol, evaporaçllo tanque,
umidade) existem nas estaçœs sin6pticas, climalol6gicas, principais e secundarias. Uma eritica dos dados faz
se necessâria antes de querer ca1cular erônicas de ElP.
o programa AGRHYMET ta1 quaI foi eoncebido deveria permitir a instalaçllo de estaçœs climatol6gicas
suficientes para se ter dados de ElP. em todo 0 territ6rio. A informatizaçllo dos dados elimâticos permitira
fazer-se uma apreciaçâo mais afinada sobre os dados hist6ricos.
Figura 3.3.:, Dupla acumulaçao Vector EStaçao
o
1950
10
1960
1S 2lI
veClOr
1910
30
3-19
IPIO
lPIRADA
1 UAlUM
7 3VA1U!LA
6 4GABU
SBISSORA
'BAlATA
1P.OOLE
IBISAllUl
'CATIO
10CACINll
CAPITUL04
ÂGUAS DE SUPERFICIE
4.1 Estruturas
A nivel intemacional, a GUINÉ BISSAU é membro :
da OMVG (Organizaçllo de Valorizaçllo do yale do GÂMBIA), que compreende 0 SENEGAL, a
GÂMBIA, a GUINÉ CONACRI e a GUINÉ BISSAU, encarregando-se da gestllo das aguas dos rios
GÂMBIA, KAYENGA/GEBA, CORUBAL.
desde 1988, do CIEH (Comitê Inter-africano de Estudos Hidniulicos). Esse comitê coordena
numerosos estudos sobre as aguas de superficie na Âfrica do Oeste.
A nivel nacional, a administraçllo competente para 0 conjunto das aguas de superficie e subterrâneas é a
Direçllo Gerai dos Recursos Hidricos que depende da Secretaria de Estado dos Recursos Naturais do
Ministério dos Recursos Naturais e da Industria.
4.1.1 Organizaçao
A Direçao Gerai dos Recursos Hidricos compoo-se de quatro divisàes e tres centros:
As divisOOs sao :
- Divisao da planificaçao ligada ao diretor geral
- Direçao Técnica, corn as seguintes sub-divisàes
* Hidrologia
* Hidrogeologia
* Geofisica
- Direçao do equipamento e da manutençllo, corn as seguintes sub-divisoes:
* Bombas e redes
* Manutençao e animaçllo rural
* Obras-barragens
* Materiais da direçao
- Direçllo administrativa e financeira.
Os centros silo os seguintes:
- Centro de Informatica que depende da divisilo planificaçllo
- Centro de Topografia e de cartografia
- Centro de documentaçao
4-1
Delegaçoos regionais acham-se implantadas localmente:
- Provfncia do leste:
* Bafata
* Gabu
- Provfncia do norte:
*Oyo
* Cacheu
* Biombo
- Provfncia do sul
* Quinara
* Tombali
* Bolama - Bijagos
o projeto PNUD GBS/87/02 que prepara 0 pIano diretor dos recursos em âgua esta ligado à DGRH.
As atividades hidrol6gicas acham-se sob a responsabilidade de um s6 serviço, a divisâo hidrol6gica (DH) da
DGRH, criada em 1987. Nao ha texto que defina as atribuiçoos do serviço, mas somente uma lei muito geral
sobre as missOOs da DGRH. De 1945 a 1972, as atividades eram do domfnio da missâo hidrol6gica
portuguesa, e depois da independência, do de varios organismos e missôes de estudos.
Atualmente, a divisao de hidrologia constitue-se de um escrit6rio central corn base no Ministério dos
Recursos Naturais e da lndustria, e de tres brigadas:
-Brigada principal em BISSAU (regiao Oeste)
-Brigada de BAFATA (regiao centro)
-Brigada de GABU (regiao leste)
Os locais da DH sâo muito estreitos. Falta uma sala de arquivos, um dep6sito-ateliê e uma garagem. A sala de
computador comum acha-se hem equipada, oferece a segurança de uma corrente estabilizada e dispôe das
proteçoos necessârias contra a poeira, as intempéries e 0 roubo. A DGRH esta equipada corn tres micro
computadores entre os quais um AST PRIMUM 640 Ko RAM, disco dura de 80 Mo reservado para a DH. A
DH tem em comum corn os outros serviços tres impressoras OKI MICROLINE, e uma mesa de traçados HP
7475. A divisâo de GABU utiliza os micro-computadores do projeto PNUD.
4.1.2 Pessoal e formaçao
A DH é dirigida por um chefe de divisâo, hidr610go, que foi assistido em 1988,durante um ano, por um perito
em hidrologia do projeto PNUD. Em 1990, ele fez um estagio na ORSTOM sobre processamento de dados
hidrol6gicos e a utilizaçao dos softwares HYDROM e PLUVIOM.
4-2
A brigada de BISSAU conta corn um chefe de brigada que fez um estâgio no AGRYMET em 1990, um
agente técnico, e dispôe do pessoal técnico comum da DGRH. Um agente técnicos havia feito, em 1989, e
durante um mês, um estâgio sobre a manutençilo do material de hidrometria classica na ORSTOM. Esse
agente deixou 0 pais; pensa-se numa formaçilo similar para 0 agente técnico.
A brigadade de BAFATA conta corn um chefe de brigada, tres especialistas em hidrometria, dois agentes
técnicos para a manutençilo e um chofer; a de GABU: um chefe de brigada, quab'O especialistas em
hidrometria e URl leitor.
Nas estaçôes da rede encontrarn-se: 14 observadores assalariados que cuidam tarnbém das estaçOes
climatol6gicas da DGRH.
o chefe de divisi'lo organiza regularmente sessôes de formaçilo para especialistas em hidrometria e estâgios de
sensibilizaçoo para os observadores das estaçôes hidrométricas.
4.2 Redes
4.2.1 Redes hidrométricas
4.2.1.1 Descriçao
A rede hidrométrica da GillNÉ BISSAU estâ representada no mapa 4.2. Todos os rios do pais terminam-se
em largos estuanos onde a maré avança profundamente. Do Norte ao Sul, observam-se 0 RIO CACHEU, 0
RIO MANSOA, 0 CANAL do GEBA - onde se reunem os dois principais corsos d'agua : 0 RIO GEBA e 0
RIO CORUBAL-, 0 RIO BUBA, 0 RIO CUMBIJA e 0 RIO CACINE. Essa rede contem 14 estaçOes
hidrométricas; 6 estaçœs hidrométricas e 12 estaçœs maregnificas estâo projetadas. 0 quadro 4.1 mostra a
lista dessas estaçôes.
4.2.1.2 Equipamento
Foi feito um esfôrço para a aquisiçao de material de informatica, mas ha carência de tOOos os outros
equipamentos, sobretudo material de terreno. Nilo existe nenhum veiculo em bom estado pertencente à DH, e
os chefes de brigada utilizam, quando é possivel, os veiculos do projeto PNUD. 0 material hidrométrico é
bastante antigo (resto dos projetos). Apesar dos esforços feitos, corn a ajuda da ORSTOM. para reabilitar 0
material hidrométrico, muitas aquisiçœs ainda devem ser feitas. Corn 0 programa AGRHYMET, cada brigada
pôde receber um equipamento de mediçao (haste e molinete). Também foi adquirido um jôgo de miras de
escalas (MIST). A brigada de BAFATA tem um barco de borracha sem motor, e um guindaste de mediçilo em
pane. 0 programa AGRHYMET prevê, corn 0 tempo. os equipamentos seguintes : 4 molinetes corn acessori6s
Ga recebidos), 2 micro-molinetes, 2 Zodiacs M2, 4 motores "hors-bord" de 25 C., um jôgo de miras MIST Ga
recebido), 4 veiculos para tOOo terreno e 5 motonetas.
4-3
Quadro 4.1 - Estaçôes da rede
EsTAÇAO DATA DE INSTALAÇAO
Bacia 30 RIO BUBA
1193001005 BUBA Projeto1193002002 SAOJOAO Projeto
Bacia 31 RIO CACHEU
1193101005 CACHEU Projeto1193101010 SAO VINCENTE Projeto1193101015 FARIM Projeto1193110005 JUMBEMBEM Projeto1193115005 CANJAMBARI Projeto
Bacia 32 RIO CACINE
1193201005 CACINE Projeto
Bacia 33 RIO CLIMBAJA
1193301010 BEDENDA Projeto1193302005 GANDEMBEL Projeto
Bacia 34 RIO GERA
1193401005 BISSAU Projeto1193401010 PORTOGOLE Projeto1193401015 BAMBADINCA Projeto1193401020 BAFATA 19561193401030 CONTUOBEL 19891193401031 SONACOAVAL 1956-1977-19891193401032 SONACO AMONT 19561193401035 CARANTABA 19891193402005 XITOLE 19871193402006 CUSSELINTA ?1193402010 SALTINHO AVAL SINTRA SAMBEL 1957-1984-19891193402011 SALTINHO AMONT SINTRA CANTA 19571193402020 TCHE-TCHE 19771193402025 CABUCCA 1980
. 1193402030 CADE 19801193402035 BUCCURE 19801193410001 BAFATA PORTAGEM 19881193410020 GABU 19821193415005 SINTCRA KAGNA Projeto1193416005 PONTE PIRADA Projeto1193425001 UDUMDUMA 19811193430005 BELl 1978
Bacia 35 RIO MANSOA
1193501002 JOAOLANDIM Projeto1193501005 MANSOA Projeto
4-4
100 lem.
..•........................,••••••-..
GUINÉ CONACRI
Limite da Influêncla da maré
Estaçao Ilmnométrlca exlstente
Estaçao maregdfka em proJeto
Estaçao em proJeto
Escala: 1.000.000
~O
••oo
....:.~,/" .· .L.•·..'•.'••••.........."
~\ 11 __\:14••:
PIe'e
•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••1'" SARESENEGAL •••• \ RAmA:.......-..•••.'..... ..-....... . ..' ..'.'............". .
As estaçoes hidrométricas estào equipadas corn um conjunto de escalas em estado mais ou menos bom. Vma
descriçao detalhada dessas estaçôes foi feita por ALBERGEL e PEPIN (1990). As estaçoes principais do
CORUBAL haviam sido equipadas corn um limn6grafo de pressao NEYRPIC e corn um barco de metal.
Nenhum limn6grafo esta instalado no momento. SONACO, no GEBA, estava equipada corn um limn6grafo
SEBA corn tambor de rotaçilo mensal. Ele nilo esta mais em funcionamento. Um patamar de cimento armado
equipa a estaçilo de SONACO AMONT (fotos 4.3 e 4.4). Os elementos das escalas sao muito diversos, os
mais antigos sao de ladrilhos de cerâmica e os mais recentes , miras normalizadas "MIST" de OTT. 0 quadro
4.2 apresenta um resumo dos equipamentos das estaçôes existentes.
Quadro 4.2 : Equipemento das estaçôes
Estaçao Escala Estado Outros Observaçôes
limnométrica equipamento
BELl Oà lOm médio abrigo de Iimno dificil acesso, elem. baixas
e altas aguas faltam
BUCURE Oà9m mau elem. destruidos e baixas aguas
faltam (h<O)
CADE Oà 10m mau abrigo de limno elem. destruidos e baixas aguas
barco faltam (h<0)
CABUCA Oà 12m médio abrigo de limno decalagem entre elementos
TCHETCHE Oà9m médio abrigo de limno elementos inclinados ou caidos
cabo desaparecido h<O
SALTINHO Oà6m bom abrigo de limno nenhuma obs.
AMONT (foto 4.2.1.2.3)
SALTINHO Oà4m bom h<O&h>4m
AVAL (foto 4.2.1.2.4)
GABU Oà2m bom rep IGN h>2m
SONACO Oà6.2m bom torre de limno nenhuma obs.
AMONT patamar betao
SONACO Oà4m bom Cabo de Mistura nas leituras
AVAL Oà9.30m mediçao das 2 escalas
CARANTABA Oà3m bom oa 1 desaparecido
CONTUBOEL Oà4m bom nenhuma obs.
BAFATAP.N Oà7m bom nenhuma obs.
BAFATAP Oà6m bom nenhuma obs.
4.2.1.3 Manutençao
Até 0 momento presente, 0 serviço encontra problemas para realizar a manutençao da rede: falta de veiculo e
de peças avulsas de limn6grafo. Ocasionalmente, quando um projeto (atualmente 0 do PNUD) coloca à
disposiçao da brigada um veiculo para ir às estaçôes, esta realiza os seguintes trabalhos :
4-6
- contrôle das leituras de escalas efetuadas pelo observador,
- medida de débito, sobretudo para as estaçoes que nao têm curva de calibraçao ;
- recuperaçao das leituras do mês, ou dos meses precedentes;
- nivelamento
** das PHE (mais altas aguas)
** das escalas para contrôle dos nivelamentos ;
- conserto da estaçao :
** escalas arrancadas pela cheia
** limpeza das escalas.
4.2.2 Transportes s6lidos
Nao existe rede para a mediçl\o dos transportes s6lidos. Na época do estudo sobre 0 aproveitamento da bacia
do CORUBAL, 0 departamento de estudos português COBA efetuou medidas de transportes s6lidos na
estaçâo de SALTINHO entre 1979 e 1981. Sao os ûnicos dados disponiveis nesse assunto.
4.2.3 Qualidade das aguas
Nao existe rede para a mediçl\o da qualidade das aguas. As aguas de superficie nao sao utilizadas para a
alimentaçao humana. No projeto DGIS (Paises-Baixos) de construçao de barragem anti-sal, algumas medidas
esporadicas de salinidade et de acidez das aguas sao disponiveis no que concerne os vales aproveitados. A OH
possue um condutimetro de terreno et toma medidas de Eh. Estas ûltimas nl\o se encontram absolutamente
arquivadas.
4.3. Dados bidrométricos
4.3.1 Colheita, processamento, arquivamento
Para a colheita dos dados, foi um projeto PNUD que se encarregou de 1977 a 1983 <las estaçoes do rio
CORUBAL para 0 estudo da barragem de SALTINHO; depois, as brigadas continuaram a fazer as leituras. Os
dados anteriores à independência achavam-se centralizados em PORTUGAL e parece que foram totalmente
destruidos por causa de um incêndio. Vârios relat6rios de projetos sintetizaram os dados hidrométricos. Esses
relat6rios sao disponiveis. Ajudada pela ORSTOM, a OH fez 0 inventârio e 0 arquivamento manual do
conjunto dos dados disponiveis em 1990.
o contrôle e processamento dos dados sao feitos manualmente. As fichas de altura de agua sao verificadas,
recopiadas e arquivadas. A execuçao <las mediçoes pelas brigadas nao tinha sido julgada correta pelo perito do
PNUD (KALUCKY, 1988). 0 material foi revisto na ORSTOM (DAKAR). Redigiu-se um documento que
define os métodos de mediçl\o e de exame, e fez-se um seminano corn os chefes de brigadas a respeito da
mediçao de débitos.
Durante a primeira missao da ORSTOM Ganeiro de 1990), foi elaborado um pIano de arranjo dos arquivos
hidrométricos da OH. 0 conjunto dos originais de leituras limnométricas e de fichas de mediçao foi
classificado por estaçao e por ano. Os dados limnométricos apresentam-se em forma de fichas mensais de
duas leituras por dia, uma de manha, outra à noite (as horas variam conforme a distância entre as estaçoes).
4-7
Os registras limnognUïcos foram conservados pelos departamentos de estudos que gerenciaram os aparelhos.
A DH estaria mobilizando-se a fim de recuperar esses dados.
Os dados disponîveis de dois dias foram tomados e verificados no laborat6rio de hidrologia do centro
ORSTOM de DAKAR. As mediçôes foram reexaminadas de modo automatico e todas as calibraçôes foram
revisadas. 0 conjunto dos dados hidrométricos foi arquivado corn 0 SOFTWARE HYDROM.
o software HYDROM, criado no Laborat6rio de Hidrologia da ORSTOM, permite conservar no disco dura de
um micro-computador compatîvel P.C. todos os dados de um paîs ; ele gere os fichlirios seguintes :
- fichfuio "identificaçiio das estaçoes"
- fichario "das mediçoes"
- fichario "calibraçoes"
- fichfuio "historico das estaç6es"
- fichario "das cotas instantâneas"
-fichario "dos débitos instantâneos"
- fichario "dos débits didrios"
4.3.2 Difusâo
Atualmente nào existe publicaçào peri6dica no setor da hidrologia Os principais dados hidrol6gicos
encontram-se nos relat6rios de estudos de aproveitarnento e em algumas publicaçôes da DH. Pode-se citar,
principalmente :
BALDE J. & LOURE (1989) Monografm hidrol6gica da GUINÉ-BISSAU, DEH
CHARDENOUX R. & LEON, J (1988) Etude de faisabilité micro-centrale en GUINÉE-BISSAU
COBA (1983) Etude de l'aménagement du fleuve CORUBAL, relat6rio final, toma 3, estudos hidrol6gicos
DGIS (1989) Barragens na rizicultura de Bolanha, uma investigaçào das barragens na GUINÉ-BISSAU.
DHAS GUINÉ BISSAU, DGIS, PAISES-BAIXOS, UAW WAGENINGEN SAWA
ALBERGEL & PEPIN (1990, 1991) Etude d'évaluation des ressources en eau de surface de la GUINÉE
BISSAU, projeto PNUD GBS/87/002, ORSTOM, DAKAR (relat6rio l, relat6rio 2, relat6rio de sîntese).
4.3.3 Qualidade dos dados
o quadro 4.3 apresenta um inventlirio dos dados brutos utilizaveis e arquivados corn software HYDROM.
4-8
Quadro 4.3 - Inventârio dos dados hidrol6gicos
Estaçôes Periodo Calibraçôes
observadas completos N° anos Mediçôes Completas N°anos
Cotas débitos
BELl 1978 à 1989 3 95 boas sim 3 e Il Qrnax
BUCURE 1983 à 1988 0 0 naonao 0
CADE 1981 à 1990 6 55 boas sim 6e 10Qrnax
CABUCA 1984 à 1989 0 7 boas nao 0
TCHETCHE 1977 à 1989 9 154 boas sim 9 e 13 Qrnax
SALTINHO 1957 à 1990 13 128 boas sim 1ge 19 Qrna
GABU 1983 à 1989 1 0 nao 0
SONACOAm 1956 à 1989 0 0 nao 0
SONACOAv 1956 à 1989 0 0 te6rica Oe Il Qrnax
CARANTABA 1989 0 0 nao 0
CONTUBOEL 1989 . 0 0 nao 0
BAFATAP.N 1956 0 0 nao 0
BAFATAP 1988 0 0 nao 0
A figura 4.2 mostra a curva de calibraçao de SALTINHO.
Os dados arquivados corn HYDROM foram criticados e sao utilizaveis para todos os estudos hidrol6gicos. No
que concerne SONACO, foi irnpossivel fazer urna triagem dos dados correspondentes a cada conjunto de
esca1as (l acima do patamar e 2 abaixo). Na antiga escala (1977) dispôe-se de 28 rneses completos de leituras
mais alguns dias esparsos (no total 895 dias) sem equivoco nas leituras. Uma correiaçao entre os débitos
dianos calculados a partir dessas alturas e os de SALTINHO revelou-se significativa no sentido da regressao
Iinear. Um modêlo de optimalizaçào que utiliza essa regressao e 0 declive calculado em intervalos dos
hidrogramas observados permitiu reconstituir os débitos dianos para os periodos 1957-1963 e 1977-1990
(ALBERGEL & PEPIN, 1991).
4.4.4 Lacunas e insuficiências
A partir da rede atual. as lacunas observadas sâo .
para a conhecimento das estiagens:
onlvel da agua desce abaixo de zero nas estaç6es seguintes:
-BEll no rio FEFINE (todos os anos durante 1 ou 2 meses)
-BUCURE no rio CORUBAL (todos os anos durante 4 ou5 meses)
-CADE no rio CORUBAL (em 1988 e 1989 durante 2 meses)
-CABUCA no rio CORUBAL (todos os anos durante 4 ou5 meses)
-TCHE TCHE no rio CORUBAL ( 1 mes e meio em 1988)
-SALT/NHO AVAL no rio CORUBAL (4 meses em 1989, nova escala)
-CARANTABA no rio GEBA ( 5 meses em 1989, nova escala)
-SONACO AMONT no GEBA ( na abertura da comporta, no patamar);
4-9
Figura 4.2 • Curva de calibragem de SALTINHO
g+-----t----""Z'-II---I----t-----+---~
CD~-----I_-..:.-""":l:"'"--1I__----_+-----_+------~C'-.::I
1CSI+------I_------1~-__.,p-_+-----_+------ln~
ICSI~+------+------+------+---....:p~--t-------ln.....
g..-----t-----+----........---........----~.....
ICSI
~-I------+------f------I-----~l..I-------.....
ICSIIn+-------+------f------I-...,Jo...;....---.....------C'-.::I.....
...................... ..=.'-..D..o__._ ..ë..D.O _.-=tD.D _!s.D.O t:.t:::1
4-10
para 0 conhecimento das mais altas aguas :
onlvel da agua sobe acima do mdximo da escala nas estaçoes seguintes :
- BEU no rio FEFINE ( mais altas aguas aproximadamenre 13 m em 88, a escala vai até
JOm)
-SALTINRO AVAL no rio CORUBAL
-CONTUBOEL no rio GEBA ( em 1989, PRE niveladas 4.13 m, a escala para a 4m)
-GABU no rio COMPOSSA ( em 19891.98 m observado maximo escala 2 m)
-CARANTABA no rio GEBA (julho de 1989)
TrandormaCOes altura-débita Faltam mediçoes nas seguintes estaçoes :
-GABU
-CABUCA
-BUCURE
-SONACO
-BAFATA e PORTAGEM (nas altas aguas quando a maré m'io sefaz mais sentir)
-CONTUBOEL
Alturas d'tigua. Seria necessario que as leituras fossem mais bem feitas nas estaç6es seguintes (wirias
anotaçoes de leituras niio puderam ser utilizadas).
-SONACO (se possivel nos tres conjuntos de escalas durante um ou dois anos)
-CABUCA
-BAFATA (PORTAGEM e PONTO-NOBO).
-BUCURE
Talvez nem todos os dados hist6ricos estejam perdidos; um trabalho de investigaçll.o em PORTUGAL e na
GUINÉ BISSAU deveria ser feito.
A rede hidrol6gica atual nll.o perrnite a obtençll.o de dados na parte maritima dos cursos d'agua (estudo da
propagaçll.o da maré). Nll.o ha nenhuma estaçll.o no alto GEBA quando, na verdade, as estaçoes seriarn
indispensaveis para a gestll.o compartilhada das aguas dessa bacia (SENEGAL, GUINÉ BISSAU). Nll.o existe
nenhuma estaçll.o nas bacias fluviais dos rios CACHEU, MANSOA BUBA, TOMBALI, COMBIJA e
CACINE. A extensll.o da rede, previsla pelo programa AGRHYMET, deveria preencher tais lacunas.
Dada a importância dos programas de aproveitamento dos baixios - salobros na zona fluvial-marftima, e
continentais na zona do sodo·, os serviços técnicos da DEPA sentem uma lacuna importante em matéria de
dados hidrol6gicos das pequenas bacias vertentes.
4.4 Dados sobre os transportes soUdos
Os I1nicos dados existentes sâo os que resultam das medidas de COBA entre 1979 e 1981 e resumem-se no
quadro 4.4.
4-11
Essas medidas fomm rea1izadas a partir de amostras (3 ou 4 pontos por vertical) na secçao de mediçao. Sào de
boa qualidade, mas nao permitem a construçao (mesmo te6rica) de um turbidograma (cota atingida ou
ultrapassada mais ou menos tados os anos = 4m, cota maxima medida 320).
4.5 Dadas sobre a qualiclade das âguas
As unicas medidas de qualidade das aguas sao as de salinidade (par condutividade) e algumas medidas de pH.
Esses dados, publicados em relat6rios de estudos, sao demasiado esparsos para que se passa estudar sua
coerência e homogeneidade.
Quadro 4.4: Débitos s61idos medidos em SALTINHO pela COBA
DATA Altura débito peso débito s6lido
cm m3/s 2!1 k21s
8/11n9 273 864 0.1650 142.6
1O/12n9 150 188 0.1390 26.1
17/12n9 139 166 0.0550 9.1
12/08/80 300 1074 0.2250 241.7
20/08/80 289 983 0.1470 144.5
8/09/80 320 1229 0.1860 228.6
25/09/80 272 856 0.2840 243.1
14/10/80 220 494 0.2410 119.0
21/10/80 198 378 0.1820 68.8
28/10/80 188 325 0.2160 70.2
24/11/80 162 212 0.2290 48.5
30/12/80 103 90 0.1830 16.5
6/01/81 98 83 0.2860 23.7
14/01/81 91 69 0.2290 15.8
4-12
"'l. •••
Figura 4.3 Limn6grafo e escala SONACO montante
Figura 4.4 : Patamar de SONACO MONTANTE
":~:. ·····~·!t):: ~:~~~j:~Z;~f>;~~;S;~t,{}::1.~s1~fp~;;(Jf~[f:;i~~~X~f~~t~~~,~1~;(~~i~_~' ,- ; ..,.:' .<: .. ',: ~. {-- ~;:~. ~~('~,:·.~.-·:~;,+;-.~I. :.,ç.dj,..~;:.,,).~·::~~~:~;>t~: ,',r (:::;~::-:~~ ·.\.'i.... >.:
~ ~ ,." - 't ::. ~ ... :::.., .. ..;.. \.,..'- .'!'- ... " - tt'~Ji;~ :.r. / ..... :~.\ C ...~.! &...~ -;r- .. ~..~ ............. , ..... ~.:.:-.r.~·~t>· .....- ...,. ...)'4f.J!~ ..~ 1<'.:-~.~ l, \ • ...••• - !'t; .".' J "'CJ!"';~'~ :'.J , \ l( "'... i",i'" t .i""'".1::< "='.......1:':"~ .. _ ,..,..,:,., .... ",.1 1 \. ~~.r.o 1\-. -( .. '.....~ .... -~ .' .:~::.:_~~....~-~ .... ;--:~ .. :'.: ~ ~:"''' :<l~ ".1'" • ~'~:- ••~..,.-;'~:(:."'t+"t:'~;.~ :.:t.~'J"'_~ ' ..~ ~~;;.~.~~ ..... W...... .' '.*' ~,.. tJ<:A.. .. -.\,'-, .... ~ r-· ';,~.• ~"l..-: ~" .......~ ~.tt; .. .,..t.\oI',/ ... ~ ... l', ......~ .W"':'" .. '.
~"..~, -
- ,..
-~~~r':;"".' . no .....·-:·-·~,. ,... .... '.-':-:: .•:'.. '" 1''''"''';-
~·_~.~!}:t~"·'~·1 '.1: ;~, •• , .••. J-. '.... ··~.7~ "._ '" ... ... l'•.: :r': ,.: :. qi"
- ,:;:.<5 . ~ ~~r.:t:' .,', . .. ., '. ~ .. , -. ',".-""....,.~;".""'l .. :r. .I! . . ~~. K-~.-œ .
{,-~ ('- -~""'!;':- -; ._. ~--"~:'~~~':;,.,- '. ',' S~~::'·."'.'0. n-;, ~ . . t~ ~,1\t:\- -_. : •..~-~ <.1- ....~.~i.fJtf:.;~.1I.... , ..~-:=:., r;; '+ ..,;,...:::'. . ~.;: if;.p..:S)~
.' '':'> '.. _ - - --._--"",,:.=m~, !" /..'-" + .~..Aii:;: ...~."" J. ('z ~.;;L ...~h" • ~ .... • ~ ~ '?::zt:T~ ."~ .Ç' 0.:.:;~ .. '.' -~i..~tt:;:~il~':" l?~! ~ : f ::w: ~
.... _ "l.i.J.";:''brr ~~q;.;>. .....~P-f~1i ,,,~ .•.t-~. :': ,.,' .. :1": •. ~)'ilJ~ lil tp,l' . ~.et:·..."'Y-~',,'.'~ ...~'"":"·"'#r:'t-v,..,<;>·";~>...i~:>·· -b·ï~J:':~·;.4W*" .~."',,'<!::';'" ~':l{''''-
~:'.~~f~~ .;~:~~;l~~~~$r:~~ ~~ ~_. ", -. ·~·:~~,r-(~::.::~f.[L ..~~~~·· r- ::~~~~it~~~~f;.~:.~~:~ ;tt~{t)1[.;«~~~·_.~ :'''~.~:.:r· ;~~;~~~~'r;:;,.~,('Il;""'''''''''''')r:;J.z ~~-I';i- ... ~t":'~_~J\ ;-,-.ft:i!$~" .) '~'~!~%~'.;ft".;:"";""" :....,..I."""•...,,-':._~.-;.-;1,/\\··;~tE .;~~~·tfr~;;~ ;;:;,d', ~1:i~;1t~;~{)~~~~~ll~:·· r :;5;;'~~.ii0~r?!·;~;~~~~~f*:~0~.~;,itf;;~ ~~'t~~((~;i~ (1-~~~::Jf.(J:ê~~~.O'~' .:ç.i:;i;~~~f0·J~;;2:~~~!~1~:.t'~~~:;:i~~~-~:~f.:;\~ ft ~"!"""'jJ ",.~ ••If. . ~.~......_~ 1)'-" \ ~'J"" -c'Ii'"r.->""N'". ••.."." •.[~. -:-:""'~~""""1:~'''''~'':''':'''''''~.i .. •;.:rll"""',.~... :1. • I~ ~,.~ .. .:.. ~-.. :\.~ ...,. ....... ~"fi,l'.- ......... ~ ~J' ....... z;""_~,..........,..".;'Ol,,. .... 't,_ot.'S."'" ~ -.... ~ •• _ .... I .... ~ ...."'''''-. ,-::1
4-13
Figura 4.5: Escala de SALTINHO MONTANTE
Figura 4.6 - Escala de SALTINHO jusante
4-14
CAPITULOS
AGUASSUBTERRÂNEAS
5.1 Estruturas institucionais
5.1.1 Organizaçao
Varios organismos governamentais atuam no setor da hidrâulica na Guiné Bissau:
- a Direçào Geral dos Recursos Hidricos, da Secretaria de Estado dos Recursos Naturais que é ligada ao
Ministério de Estado dos Recursos Naturais e da Industria. Ela encarrega-se da alimentaçao em âgua
potâvel das aldeias e dos centros secundarios bem como do saneamento no meio rural.
- a Direçao Geral da Sat1de PUblica do Ministério da Sat1de PUblica que intervem nas orientaçoes da
politica da ligua e do saneamento: ligaçao ligua, higiene,sat1de.
- 0 Estahelecimento Ptiblico Eletricidade Agua da Guiné Bissau que, no domînio da ligua, gere a rede
de producçao e de distribuiçao da ligua potâvel de Bissau.
- 0 Ministério· do Desenvolvirnento Rural e da Agricultura cuja Direçao da Hidrâulïca Agrîcola e dos
Solos encarrega-se dos aproveitamentos ligados à utilizaçao e à gestào das liguas de superfîcie para
usos agricolas;
- 0 Ministério do Equipamento Social, MES, que atua no âmbito do projeto Distribuiçao de Agua
Potâvel e de Drenagem das Aguas Pluviais em Bissau, hem como no do projeto PASI financiado pela
Banco Mundial e que concerne a reabilitaçao das infra-estruturas.
- a SOLIDAMI que coordena as açôes das ÛNG, das quais algumas intervêm na criaçao de poços
(AFRICARE, MANIlESE).
Nao existe texto institucional que rege as atribuiçoes de cada ministério ou organismo e as relaçôes dos
diferentes intervenientes no domînio da ligua. Para paliar esse vazio institucional, os intervenientes apelam
para "Comissôes", "Comitês", "Grupos de estudo", etc., criados quando as circunstâncias exigem.
A fim de preencher esse vazio juridico e institucional, 0 Projeto PNUD GBS 871002 elaborou um projeto de
C6digo da Agua que deve ser submetido ao Conselho de Ministros, e 0 projeto de criaçao de um mlcleo de
coordenaçao inter-ministerial, 0 Comité Inter-ministerial das Aguas ou CIMA.
5.1.2 Direçao Gerai dos Recursos Naturais
Os meios financeiros da DGRH dependentes dos fundos pr6prios do Estado sào muito parcos, e em constante
reduçao, 0 que limita suas possibilidades de intervençao e torna-a dependente dos projetos baseados em
financiamentos exteriores.
5-1
No que concerne os meios materiais disponiveis em Bissau, a divisào geofisica parece dispor de um material
suficiente e funcionaI. Os meios em hidrogeologia sào insuficientes. A divisào encarregada dessas atividades
nào di8pÜe absolutarnente de veiculos para assegurar sua locomoçâo no terreno.
A Divisào de bombas e canalizaçOes (DEBOCAN) dispôe de meios de funcionamento que ela julga
satisfat6rios.
o mlcleo de produçâo de obras hidniulicas encarregado de realizar construçoes de furos a pedido do setor
privado e que dispœ de um materiaI em bom estado vê suas possibilidades de intervençâo reduzidas apesar da
demanda, por causa da falta de meios de funcionamento, peças avulsas e serviços de assistência : ateliê,
logistica.
Nas delegaçôes regionais, os meios matemus sào essencialmente os oferecidos pelos projetos. Os mais
importantes acham-se em Gabu.
A lista dos meios é citada nos quadros queseguem.
5.1.3 Pessoal e formaçao
A DGRH conta corn 16 executivos de nivel engenheiro, uns 15 técnicos superiores para um efetivo total de
aproximadamente 400 pessoas.
o pessoal de execuçâo é muito importante em relaçâo à atividade, e isto provoca grandes embaraços
financeiros.
A formaçâo do pessoal é muitas vezes bem fraca, e faltam à DGRH técnicos qualificados, sobretudo no campo
da gestao.
A DGRH conta corn 0 apôio de um pessoal expatriado no âmbito dos projetos. Em 1990, este pessoal
compunha-se de:
em Bissau
- um Conselheiro Técnico principal hidroge6logo (PNUD)
- um Engenheiro hidroge6logo planificador (FAC)
no âmbito dos projetos
- tres Peritos Associados (hidrogeologia e informâtica) do PNUD.
- um Engenheiro das Minas perito em obras de furos (PNUD)
- um Engenheiro Chefe de Projeto (Cooperaçâo holandesa)
- um Perito Mecânico (PNUD)
- um Voluntârio das Naçœs Unidas, sondador (PNUD)
- um Engenheiro Chefe de Projeto (UNICEF,Escola de Poceiros)
- um Perito Soci610go (UNICEF)
5-2
5.2 Caracteristicas geol6gicas e geométricas do sistema aqüifero
Trata-se de mapas topognificos, coberturas aéreas, imagens via satélite, mapas e cortes geol6gicos, e
documentos de sintese hidrogeol6gica.
5.2.1 Documentos existentes
Mapas topogr4ficos
Existem tres jogos de documentos : uma cobertura em escala 1/500 000 editada em 1956, uma cobertura em
escala 1/100 000 e uma cobertura em escala 1/200 000.
Os dois I1ltimos documentos foram realizados a partir de fotos aéreas feitas pela IGN em 1976. Os mapas e os
reprodutiveis acham-se disponiveis junto ao Serviço Geol6gico e Mineiro do M.N.R.I.
Coberturas aéreas
- Escala 1/100000: realizada em 1976 pela Instituto GeogrMico Nacional (França)
- Escala 1/30000: duas séries de vôos efetuadas pela KLM em 1978 e 1980, e uma operaçao realizada
pela IGN em 1989 deram ensejo a uma cobertura completa do pais.
As operaçoes de 1976, 1978 e 1980 incluiram tomadas de vista panc~mâticas e infra-vermelhas.
Esses documentos conservam-se no Serviço Cartogrâfico do M.R.N.!. Mas os documentos pancromâticos e
infra-vermelhos das operaçoes de 1978 e 1980, nao sllo mais disponiveis. Em principio, os documentos
realizados em 1989 devem ser entregues proximamente.
lmagens via satéUte
No dominio das prestaçoes do IGN de 1989, realizadas corn financiamento FAC, uma cobertura SPOT foi
adquirida pela M.N.R.!. Trata-se de fitas magnéticas Niveis 1-2 Modo XS, que correspondem ao periodo
novembro de 1988, janeiro e fevereiro de 1989. Num primeiro momento, 0 IGN encarregou-se da execuçao do
tratamento de correçao geométrica, em seguida da realizaçao de um mosaico em escala 1/100 000. Em
principio, esses documentos devem ser remetidos proximamente ao M.N.R.!.
Esse projeto deveria ser seguido por um outro que implica:
- uma formaçao de Jonga duraçao em matéria de técnicas de processamento e interpretaçao,
- uma formaçao na Guiné Bissau,
- 0 fomecimento do material que permite realizar 0 processamento,
- um projeto piloto
Esse projeto poderia começar no inicio de 1991.
5-3
Mapas geolôgkos e hidrogeolôgkos
- Mapa geol6gico em escala 1/500 000
- Mapa geol6gico em escala 1/100 000: 2 folhas foram realizadas pelo BRG.M. corn financiarnemofrancês:
. a cobertura do soclo da folha de Bafata, isto é 0 terço Sudeste desta ultima, e 0 terço Sudeste dafolha de Bafata
. a folha de Gabu.
- Maquetes em escala 1/100 000: essas maquetes completam a cobertura da metade Leste do pais au suldo Rio Geba.
- Mapa geol6gico em escala 1/200 000: realizaçâo soviética, esse mapa cobre a bacia sedimentar. Foielaborado corn evidente preocupaçâo hidrogeol6gica.
- Mapas hidrogeol6gicos de sintese: trata-se de minutas preparadas no âmbito do projeto PNUD/DCTDGBS/87/002. Uma folha é consagrada a cada uma das principais fonnaçôes aqüiferas e apresenta : um
mapa que precisa a extensâo e as zonas de afloramento, as principais caracteristicas hidrodinâmicas,
algumas colunas litol6gicas tipo, um corte hidrogeol6gico esquematico da bacia sedimentar quepennite situar 0 aqüifero considerado.
Cortes geolôgkos e hidrogeolôgicos
Atualmente ha uns doze cortes em fonna de minutas. Foram preparados pelo Projeto PNUD/DCTD GBS871002. Cada um desses cortes apresenta-se em dois exemplares : 0 primeiro norna perspectiva geol6gica, 0
segundo da uma representaçâo mais esquematica de carater hidrogeol6gico.
5.2.2 Arquivamento e difusiio
Os documentos cartogrâficos podem ser consultados no Serviço cartogrâfico do M.N.R.I. onde acham-se
arquivados. Esta previsto que os mapas hidrogeol6gicos de sintese elaborados pelo projeto PNUD/DCTD GBS
87/002 sejam digitalizados corn software ATLAS- DRAW.
5.2.3 Qualidade dos dados
Os documentos cartograficos e as fotos aéreas disponiveis sâo de boa qualidade. Semo armazenados naDGRH.
5.2.4 Lacunas e insuficiências.
Os exemplares restantes do rnapa geol6gico em escala 1/500 000 sâo ern nlimero muito lirnitado.
o prosseguirnento da cartografia geol6gica em escala 1/100 OOO.nâo esta previsto.
5-4
Os novos exemplares dos documentos poocromâticos e infra-verme1hos que faltam deveriam ser compradosjunto à sociedade KLM que passue os originais.
Atualmente, paucas sao as informaçœs disponiveis sobre 0 prolongamento do sistema aqüifero sedimentar sobo plooalto continental. Os dadas existentes podem ser vistos em Géologie de la Guinée Bissau et du PlateauContinental Adjacent (A. Serane, 1986).
Uma operaçao de geofisica e varios trabalhos de furos para petr6leo foram empreendidos no plooaltocontinental. Seria interessante conseguir os resultados de tais empreendimentos.
5.3 Geofisica
5.3.1 Organizaçiio das operaçôes, interpretaçao
Empreendram-se numerosas operaçœs geofisicas. Elas sempre tiveram um carater local, quer se tratasse detrabalhos de furos, quer do estudo hidrogeol6gico de duas ilhas do Arquipélago de Bijagos.
Desde 1985, as operaçœs de geoffsica elétrica corn fins hidrogeol6gicos foram realizadas pela DivisaoGeofisica da DGRH. Essa Divisao tem contado, nos I1ltimos ooos, corn 0 apôio da cooperaçao francesa.
As técnicas utilizadas sao a sondagem elétrica do tipo Schlumberger e 0 método do rasto elétrico. As
operaçœs realizadas versaram sobre a implootaçilo de furos em zona de soclo e sobre os setores costeiros ouinsulares para a identificaçao de formaçœs contendo âgua doce.
A DGRH dispOe atualmente do software GRIVEIS para a interpretaçao das sondagens elétricas. 0 B.R.G.M é
quem concebeu esse instrumento de informâtica.
5.3.2 Arquivamento e difusao
Os relat6rios produzidos padern ser consultados na DGRH; isto é valida tanto para os estudos feitos no interiorquanto para os rea1izados fora da DGRH.
5.3.3 Qualidade dos dados
A qualidade das operaçœs de terreno, as interpretaçoes e os relat6rios produzidos pela DGRH me1horarammuito chegando à altura dos padroes habituais.
5.3.4 Lacunas e insuficiências.
Nao se fez relat6rio de algumas das primeiras operaçoes, e os resultados agora estilo perdidos.
A interpretaçao feita no final de uma operaçao poderia ser vootajosamente comparada corn os resultadosobtidos quando da execuçilo do ponto d'ligua. No caso de haver divergência, a retomada da interpretaçaopoderia dar indicaçœs metodol6gicas preciosas.
5-5
Embora sendo ainda muito esporâdicos. os resultados das operaçôes poderiam ser integrados ao estudo mais
geral do contexto hidrogeo16gico na Guiné Bissau.
Do ponto de vista material. a Divisâo s6 dispOe de uma aparelhagem e de um s6 veiculo. alias 0 unico veicul0
para todo tipo de terreno da DGRH. 0 Serviço nao tem bobinas de fios nem barras de cobre sobressalentes. e
nenhum orçamento prevê a aquisiçao disso.
5.4 Inventario
5.4.1 Colheita-processamento
o unico estudo que concerne os mananciais é 0 Inventario dos Recursos em Agua em vista de
Aproveitarnentos Hidrâulicos corn Fins Multiplos na Guiné Bissau, que contem um Mapa de Ressurgência dos
Lenç6is Identificados por Foto-interpretaçao.
Esse mapa constitue-se de um conjunto de folhas em escala 1/200 000.
5.4.2 Arquivamento e difusâo
Esses documentos podem ser consultados na DGRH.
5.4.3 Qualidade dos dados.
Nao se dispôe de nenhuma noticia corn os documentos citados acima. Particularmente nao se possue nenhuma
informaçao a respeito de um eventual contrôle no terreno.
Esses documentos constituem certamente um precioso guia para um inventario de terreno.
5.4.4 Lacunas e insuficiências
Os mananciais nao foram objeto de um inventlirio de terreno. Nenhum manancial nunca foi objeto de medidas
de débito.
5.5 Inventario dos poços e trabalhos de furo
5.5.1 Colheita, processamento
As figuras 5 agrupam em forma de freqüência os tipos de informaçôes disponiveis sobre os poços e trabalhos
de furos.
ldentijicaçiio das obras
Os pontos d'agua sâo identificados por seu numero de ordem no projeto correspondente. Durante 0 ano de
1990, a DGRH decidiu a atribuiçao de um numero de inventlirio. Esse trabalho é realizado a partir dos
documentos de arquivo e concerne os furos e poços modernos. A técnica utilizada consistem em dividir cada
5-6
folha do mapa em escala 1/50 000 em 9 setores que sao idenùficados por uma letra. Em seguida, no interior decada uma dessas sub-divisoes, um numero de ordem é atribuido às diferentes obras. 0 numero assim obùdo éda forma seguinte:
11
numerofolha
lmplantaçao.
H
Nonadafolha
003numero de ordem
da obra
As implantaçOes sao fomecidas em forma de nome de aldeias, de esquemas. As implantaçOes em mapa niloconsùtuem a regra geral. Em geral, as coordenadas nilo sao fomecidas e devem ter sido calculadas nomomento da atribuiçilo do numero de inventario.
Cortes litolOgicos
Esses dados nilo sao sistemaùcamente recuperados como mosU'a 0 Quadro 2.2.3. Entretanto, eles consùtuemum volume importante de informaçilo de primeira importância. A dataçilo das formaçoes atravessadas muitasvezes é inexistente. Na medida do possivel, ela é realizada a parùr das informaçoes litol6gicas fomecidas.
Equipamento
Os ùpos e as quanùdades do material tubular uùlizado, as cimentaçoes e as posiçoes das bocas de filtro sao emgeral hem explicados nas fichas dos projetos.
Parâmetros hidraulicos
Vê-se na Figura 5.9.1 que na maioria dos furos ja se fez uma experiência de bombearnento.
Nos furos, as experiências de bombeamento fazem-se por etapas sucessivas e/ou em débito constante, corn aajuda de uma bomba ou de um emulsor.
A duraçilo dessas experiências é muito variavel, s6 raramente indo além de algumas horas para aùngir ummaximo de 12 horas.
Os poços sao testados freqüentemente por meio de experiências por etapas sucessivas de uma duraçilo total de3 horas aproximadamente.
Ap6s essas experiências, calculam-se débitos especificos e valores de transmissibilidade.
Meios de esgotamento e exploraçao
Os meios de esgotamento manuais foram objeto de um inventârio no âmbito do projeto Manutençilo eAnimaçilo, Aguas Rurais, cujos resultados estilo agrupados no quadro 3.2.5.
5-7
No que concerne os outros meios de esgotamento, s6 se dispôe de fichas de projeto. Geralmente, as
modificaçoes ulteriores e as condiçoes efetivas de exploraçilo nilo silo conhecidas.
5.5.2 Arquivamento e Difusao.
Essas infonnaçoes encontram-se em fichas que podem ser consultadas na DGRH. Todavia, parece que certas
fichas nilo foram encontradas durante 0 exame dos arquivos.
Esta previsto que os dados possam ser consultados num banco de dados do tipo BADGE, que se esta
constituindo. No momento da missilo, mais ou menos mil pontos d'agua tinham sido introduzidos nessa base de
dados.
Os circuitos de difusilo ainda nilo estâo instalados.
5.5.3 Qualidade dos dados
As fichas de furos silo bem mantidas de um modo geral, embora por vezes incompletas ,(CF Quadro 1).
É certamente no domfnio das experiências de bombeamento que os dados recolhidos sao mais fracos. Um total
de 397 experiências de bombeamento de furos e de poços foram examinadas e reinterpretadas, no âmbito do
Projeto PNUD/DCTD GBS 871002:
- das 205 experiências nos furos, 84 sao interpretaveis em termos de transmissibilidade. Dessas 205,81
foram feitas corn emulsor: 63 delas sao interpretaveis.
- das 98 experiências realizadas nos poços, 89 silo interpretaveis. Isto deve-se em geral ao efeito
conjugado da fraca transmissibilidade e do efeito de capacidade da obra.
Nilo parece que se levaram em conta as reinterpretaçëes das experiências de bombeamento realizadas no
domfnio do projeto PNUD/DCTD GBS 87/002, tanto na atualizaçilo dessas fichas quanto na introduçilo dos
dados na base de dados BADGE.
5.5.4 Lacunas e insuficiências
A Missilo de Inventârio das Exploraçoes Atuais dos Recursos em Agua realizada no âmbito do projeto
PNUD/DCTD GBS 87/002, evidenciou que muitos furos realizados ha 25 anos nilo estâo mais em
funcionamento por diversas razoes. Numa amostra de 217 furos, 43% ainda sao explorados. Uma atualizaçilo
das infonnaçoes arquivadas na DGRH deveria portanto ser feita, excluindo-se os pontos d'agua corn
esgotamento manual que ja foram controlados.
A maneira corn que se fazem as experiências nos furos e a qualidade de sua interpretaçilo silo muitas vezes
inadequadas. Em lugar de recomeçar a experiência, é preferfvel abster-se de buscar a qualquer preço um valor
de transmissibilidade. Fica patente que, muitas vezes, um mau desenvolvimento dos furos provoca a
impossibilidade de se obter uma interpretaçilo significativa das experiências. Isto concerne particulannente os
furos testados a "air lift".
No que se refere aos poços, 0 método BURGEAP-CIEH deveria ser usado sistematicamente.
5-8
5.6 Piezometria
A grande maioria das medidas foi realizada no momento da criaçâo das obras. Em alguns furos profundos, as
medidas realizadas corn anticipaçâo em boas condiçoes fomecem informaçœs sobre 0 gradiente piezométrico
vertical.
5.6.1 Campanhas de medidas
Uma campanha de medidas de profundidade de niveis d'âgua foi feita no âmbito da missilo de inventârio das
exploraçoes atuais dos recursos em âgua subterrânea do Projeto PNUD/DCTD 87/002. Essa campanha,
realizada em fevereiro-março de 1990, permitiu medir 0 nivel d'âgua em 70 obras situadas na bacia
sedimentar, a maioria delas ao norte do rio Geba:
- 42 captarn 0 Ma~trichtiano,
- Il captarn 0 Paleoceno-Eoceno,
- 1 capta ao mesmo tempo 0 Oligoceno e 0 Eoceno,
- 8 captarn 0 Oligoceno,
- 4 captarn 0 Mioceno,
- 4 captarn 0 Oligoceno e 0 Mioceno, ou 0 Paleoceno-Eoceno e 0 Mioceno.
5.6.2 Redes de medidas
llhas de Bubaque e Boloma
Uma primeira rede foi iniciada corn uma duraçâo de cinco anos no Arquipélado de Bijagos, corn
financiamento francês. Atualmente, ela nâo é mais operacional. Essa rede incluia :
- 21 furos na ilha de Bubaque,
- 20 furos na ilha de Boloma.
A freqüência das medidas era semanal ou mensal entre 1982 e 1985, corn uma interrupçâo em 84 na ilha de
Bubaque.
Nâo se conhece 0 estado atual dos pontos de medidas.
Rede provisôria
Uma rede provis6ria constituiu-se no âmbito do projeto PNUD/DCTD GBS 87/002. Ela compreende 26 pontos
de medidas:
- 15 ao norte do rio Geba,
- Il na zona do soclo.
Essa rede funcionou durante 18 meses a partir de julho de 1988. As medidas foram feitas mensalmente. Nâo
estavam disponiveis no momento da missilo da BCEOM à Guiné Bissau. 0 quadro 5.6.1 agrupa as
caracteristicas das obras selecionadas , obtidas no momento da missilo.
5-9
Quadro nO 5.6.1 - Rede piezométrica provisoria do Projeto PNUD/DCTD GBS 87/002
Coordenadas
x y zN°lnv Nome Localid. Tipo
o l " 0111 m
Unidade Prof
ToL
Aqüif m
Boca filtro
sup. inf. Q
m m rn3/h
NS QSpec R.S.
m l/slm mg/l
AT-l Bula·PDRI
AT-5 Cacheu
R-116 Bantanja
26-F-002 R-185 Quesaque
23-C-001 S-OI Bachile
23-B-OOI S-33 Capo
27-1-004 S-89 Ga-Mamudo
F·I77 V.Serifo
H3 Farim
H4 Farim
Fur.
Fur.
Fur.
Fur.
Fur.
Fur.
Fur.
Poço
Sand.
Sond.
120635 154245 25
1216 15 16 10 10 10
121633 1457 17 15
1207 12 15 1637 32
12 1036 16 13 15 19
12 13 17 160850 8
120210 150355 8
123410 141020 50
NI (2)
NI·Q
Iam
P3
NI-Q
NI·Q
Iam
Cl
PI-2
N2-Q
50
36.6
48.5
68
42.3
41.4
67
30.5
40 50
5
38.5 46
58 68
25 37
19.8 37.1
46 64
18
7
13.4
12.5
7.1
4.3
3.1
7.2
18.24
1.29
11
28.9
18.6
6.5
7.7
1.16
5.68 30
8.87 30
1.59 20
0.93 20
1.98 20
Canchungo Fur.
Quadro nO 5.6.2 - Furos selecionados para a rede nacional de medidas pelo Projeto
PNUD/DCTD GBS 87/002
N°lnv Nome Localid. xCoordenadas
y
o ' 11
zm
Unidade
Aqüif
Prof
ToL
m
Boca filtro
sup. inf. Q
m rn rn3/h
NS QSpec R.S.
rn I/s/rn rng/l
A-07 Buba
A-09 Catio
A-46 Cacheu
G-I04 CunIlIm
G·15 Co
G-70 Bula
G-71 Bor
G-78 Chanque Bed.
G-85 Canchungo
G-87 Polibaque
G-93 Safun
36-C.OO4 S-04 Nhacra
35-E-003 S-08 Quinhamel
36-G-008 S-16 Prabis
S-55 I10nde
13-0-001 S-70 Ingore
13517
1 1656
121625
115009
120444
120618
115108
120023
120340
120032
115720
115755
115345
114836
115500
122430
145952
151521
161005
153939
154828
154243
153738
152823
160817
151229
153908
153327
15-05-07
154033
154424
154419
17
12
8
17
10
35
16
20
13
22
20
28
18
17
9
35
K2m 34.8 26.6
K2m 88 72
P3 180 161
PI-2 110 86
PI-2 124 %
PI-2 161 98.6
PI-2 136 105
PI-2 105 78.8
P3 144 129
K2m 99 60.1
PI-2 193 156.6
K2m 202 166.8
K2m 333 296
K2m 230 194.5
K2m 298.2 266.2
P3 102 74
31.8
84.5
172.5
98
120
161
135
103.9
142.9
97.2
185
196.8
326
224.5
293.2
98
4 8
12.5 0.7
5 11.5
2 16.3
13.3 15.6
7.8 26.5
8 31.9
5.8 27.7
10 14.2
10 20.2
10 13
23 25
26 14.9
23 16.4
33.3 9.7
0.5 35
0.5
2.6 300
5 1500
0.26 600
4.75
1.2 400
1.23
0.26 400
3 700
1.05 100
0.25
294 300
1.48 900
3.28 400
5.2 400
0.02
5-10
Sïtuaçiio atua! e previsiJes
Atualmente, nenhuma rede de rnedidas encontra-se em funcionarnento.
Uma proposla para uma Rede Nacional foi feita pela Projeto GBS 87/002. Ela engloba furos nao exploradospor diversas razœs, dos quais alguns deverao ser limpados e/ou equipados ern sua extremidade para permitir arealizaçao de rnedidas. Os pontos de medidas selecionados atualrnente encontram-se no quadro 5.6.2. Prevê-secompletar essa lista.
Um curso de técnica de poslclonamento por satélite e de nivelamento corn teodolito foi dado pelaPNUD/DClD ern março de 1990. 0 material necessario a essas operaçôes foi enviado à DGRH. Por causa dafalta de veiculos, 0 trabalho corneçado nesse curso nao foi prosseguido.
Uma licitaçao foi promovida para a realizaçao, corn financiamento do BAD, do Projeto de Distribuiçao deAgua Potâvel e Drenagern das Aguas Pluviais em Bissau. No momento presente as ofertas estâo sendoexaminadas. Esse projeto prevê a realizaçao de 16 piewmetros triplos para rnedidas de niveis nos aqüîferosMaestrichtianos, Paleocenos-eocenos e oligocenos, e gradientes piezométricos verticais correspondentes.
Uma das pr6xirnas atuaçoes da cooperaçao francesa poderia versar sobre a realizaçao de urna dezena depiewmetros que captam os horizontes aqüîferos pouco profundos. Essas obras poderiam ser equipadas cornestaçôes autornaticas.
5.6.3 Arquivamento e difusao
Os resultados obtidos no passado encontrarn-se em relat6rios que podern ser consultados na DGRH, cornexceçao dos do PNUD sobre a rede provis6ria que devem ser intergrados à sintese hidrogeol6gica.
5.6.4 Qualidade dos dados
A qualidade dos dados recolhidos muito disparatados dispensa comentârios particulares.
5.6.5 Lacunas e insuficiências
A grande rnaioria das medidas foi realizada nurn periodo de 25 anos, quando da realizaçao dos poços e furos.Portanto nao sao utilizâveis para:
- reconstituir um hist6rico piezométrico, e- caracterizar a situaçao atual do sisterna aqüifero.
Trata-se essencialmente de rnedidas de profundidade do nivel da agua sob 0 solo. A cota do solo geralmente édeduzida dos rnapas em escala 1/50 000.
A rede nacional proposta pela PNUD é constituida pelos furos existentes. A vantagem é a possibilidade daDGRH corneçar rapidamente as rnedidas, na perspectiva louvavel da recuperaçao de um inicio de hist6ricopiezométrico antes de recorrer a um modela maternatico na regiao de Bissau: encontram-se 9 furos entre 0 rioGeba e 0 Mansoa, tres deles nas irnediaçœs norte do Mansoa.
5-11
A realizaçilo de medidas da DGRH nessa rede é dificultada por falta de material: sondas para a medida dos
niveis e meios de transporte. Além disso, a utilizaçilo de certas obras selecionadas coma piezômetros exige:
- um minima de trabalhos e de contrôle do estado do furo: dois casas de reabertura do furo, um casa dedesmontagem de uma bomba manual nilo utilizada,
- uma operaçllo muito delicada cujo resultado nilo pade ser assegurado por antecipaçilo : a recuperaçilo
de uma bomba.
Levando-se em conta as possibilidades logisticas da DGRH e do Ministério, essas operaçoes nao padern
realizar-se num periodo de tempo curto.
Portanto, falhou a objetivo previsto pela seleçilo dessas obras, que era a de principiar tao rapidamente quanta
fosse possivel as leituras piezométricas peri6dicas.
Deve-se observar que essa rede deverâ ser completada :
- ela nao compreende nenhum ponta de medidas na parte norte do pais, e a leste de Bissora, portanto
nas zonas de sub-aflorarnento do Maestrichtiano e do Paleoceno-eoceno, e no soclo;
- ela nilo compreende nenhum ponta de medidas nas ilhas ;
- ao sul do rio Geba, somente dois pontas de medidas forarn selecionados.
o grupo de dezesseis tripletos previstas s6 concerne a setor de Bissau. Essa operaçilo é essencial para a
compreensilo do funcionarnento do sistema aqüifero, mas pennanece limitada à regiao de Bissau.
Assim, continua a problema da constituiçao de uma rede nacional. A esse respeito, apresentarn-se
recomendaçoes nos capitulos consagrados à avaliaçao das necessidades de dadas em matéria de âguassubterrâneas.
5.7 Débito dos mananciais
Nilo existe nenhum inventârio de terreno neste dominio. Parece que os mananciais nunca forarn objeto de
medidas de débita.
5.7.1 Lacunas e insuficiência
Na medida em que se procurarâ precisar a balança dos fluxas du sistema aqüifero sedimentar, e cam a tempo,
a influência de um refôrço da exploraçao sobre a débita dos mananciais e ressurgências, dever-se-â
empreender um acompanharnento de seu débita.
5-12
5.8 Dados sobre a qualidade das âguas subterrâneas
Figura 5.S.1 - Balanço iônico das anâlises quimicas da base dedados
3OX.-------------------------------...,AMOSTRA SOCLO PRIMÂRIO: 121 PONTOS D'AGUAAMOSTRA BACIA SEDIMENTAR: 251 PONTOS D'AGUA
1.OV 2.18 4..J8 8.75 17.50 35.00 70.00FECHAMÉNTO DOBALANço EM %
Œ BACIA SEDIMENTAR r:::a SOCLOPR1MARIo
5.8.1 Colheita, processamento
Os parâmetros fisicos medidos sao a temperatura, a condutividade elétrica, 0 PH, e 0 residuo seco. Em regiilo
de soclo, 0 Projeto PNUDIDCfD evidenciou a seguinte relaçào entre 0 residuo seco e a condutividade :
As anaIises efetuadas versam sobre os elementos maiores, sobre os nitratos, fluoretos, ferro total e silica. A
maioria destes elementos eslâ armazenada nos ficharios "quimica" da base de dados SYMPHONY. A base de
dados BADGE s6 contem os cloretos, nitratos, fluoretos, ferro total e silica. 0 fechamento do balanço iônico
eslâ calculado na base de dados SYMPHONY. Esse parâmetro, calculado na forma:
anions - cathionsx 100
anions + cathions
consta da Figura 5.S.1. 0 Projeto PNUD/DCID s6 considerou as anaIises onde 0 fechamento do balanço é
inferior ou igual a 35 %.
5-13
5.8.2 Arquivamento e difusiio
Os dados sao arquivados na DGRH. Nao sao objeto de difusao particular. Ficam parcialmente armazenados
nos dois sistemas de base de dados disponiveis na DGRH.
5.8.3 Qualidade dos dados
Numerosissimas anâlises fisico-quimicas nao estào completas. Isto provoca erros muito importantes nobalanço iônico.
5.8.4 Lacunas e insuficiências
o laborat6rio do CITA foi criado em 1978, corn financiamento holandês. No inicio, estava equipado para fazeras anâlises fisico-quimicas de amostras d'âgua, de rochas e de solos. Por causa das condiçôes climâticas e daausência de orçamento de funcionamento, a maioria dos aparelhos : espectrômetros, estufas, fornos, nao estiio
funcionando. Os reagentes utilizados nao foram renovados. Na época da missao, somente 4 elementos aindapodiam ser analisados.
Mio ha mais material de terreno em bom estado, por exemplo : medidor de pH, conduûmetro, laborat6riosportâteis.
Portanto, 0 ministério nao possue mais seus proprios meios de anâlise. Atualmente, as linicas anâlisesempreendidas sao feitas pelos diferentes projetos.
5.9 Arquivamento informâtico.
Atualmente, existem dois tipos de arquivamento informâtico na DGRH:
- uma base de dados corn software SYMPHONY elaborada no âmbito do projeto PNUD/DCTD 87/002 ;
- uma base de dados do tipo ACTIF-BADGE, corn software DBASE III, realizada corn 0 apôio da
cooperaçao francesa.
Estas duas bases de dados têm objetivos diferentes ; estes sao descritos em seguida.
5.9.1 Base de dados SYMPHONY
Ela foi elaborada a partir dos arquivos da DGRH. Os dados introduzidos correspondem a pontos d'âgua
selecionadas conforme critérios que versam sobre:
- seu interesse hidrogeoI6gico ;
- a qualidade e 0 volume dos dados disponiveis nas fichas.
Trata·se pois de uma base que permite um acesso rapido a dados de natureza hidroI6gica para a reaIizaçao desinteses hidrogeol6gicas.
o software utilizado é Symphony, desenvolvido por LOTUS Development Corporation.
5-14
A base contern 6 fichârios :
- ficMrios furos: BS_PDEAU, BS_BUBA, SP_PDEAU,
- fichârios poços : SP_PUITS,
- fichârios anâlises: BSCHIMIE, SPCHIMIE
As duas prirneiras letras dos nomes dos fichlirios indicam se se trata da bacia sedirnentar ou do soclo prirnârio.
Os campos desses diferentes ficMrios sao apresentados nos Ouadros 8 e 9.
5.9.2 Base de dadas BADGE
Trata-se de urna base de dados que se encontrarn ern fase de elaboraçao, e cujo objetivo é duplo:
- juntar 0 conjunto dos dados disponiveis sobre os poços e furos realizados,
- ajudar a planificaçao das campanhas de hidraulica aldea.
Os dados que se referern aos pontos d'agua sao tornados por rneio do software ACTIF. Este software pennite a
tornada e a ediçao do conjunto dos dados recolhidos na ocasiao da irnplantaçao e da realizaçao dos pontos
d'agua. Urna parte dos dados tornados pode ser transferida para DBASE III +, para que sejam geridos por
BADGE. Os campos dessa base constam do Quadro 10. Os campos FRACTl, FRACT2, CONATl, CONATI,
CONAT3, nao sao utilizados no rnornento. Os campos que se referern a urn eventual terceiro lençol captado
ainda nao foram utilizados. A pedido da DNH, acrescentararn-se campos cornplernentares que concemern
essencialrnente 0 aspecto regulamentar da exploraçao dos furos. Esses campos ainda nao estâo preenchidos.
No rnornento da rnissao, os dados de 913 pontos d'agua nurn total de 2270 haviam sido integrados à base de
dados. A taxa de preenchirnento dos outros campos consta das Figuras 5.
Quadro 5.9.1 - Campos da base de dados SYMPHONY
Fichârios furos
N° do rnapa ern escala 1/50 000N° do ponto d'aguaLocalidadeRegiao e setorLatitudeLongitudeCota do soloProfundeza totalDiâmetro interiorProfundeza da parte superior da boca de filtraProfundeza base boca de filtroEspessura acurnulada dos horizontes permeâveis
Altura da coluna d'aguaProfundeza totalNivel estâticoDébito testadoDébito especfficoVolume explorado anualrnenteCondutividade elétricaResfduo secoUnidade aqüffera captadaUtilizaçao
5-15
Fichârio poços
NO do rnapa ern escala 1/50 000NO do ponto d'aguaLocalidadeRegiao e setorLatitudeLongitudeCota do soloProfundeza total
Espessura acurnulada dos horizontes captadospermeâveis captadosAltura da coluna d'aguaProfundeza totalNivel estâticoDébito testadoDébito especffico
Condutividade elétricaV.J.E.Unidade aqüffera
Quadro 5.9.2 - Lista dos campos da base de dados SYMPHONY
Ficbârios anâlises fisico-quimicas
NOME DO CAMPO
NoPtd'agua
Data 1
Data 2
Un. Aquif.
C.E.Res.Sec.
Dureza
pH
Cl
S04
C03HC03Tot.
Na
K
Ca
Mg
Tot.
Balan.Iôn.
SARFe
Facies Hidroquimica
5-16
CONTEUDO
Nome do ponto d'agua
Data de amostra
Data de analise
Unidade aqüifera
Condutividade elétrica
Residuo seco
Dureza
Total anions
Total cations
Balanço iônico
Sodium absorbtion ratio
Quadro n0 5.9.3 - Lista dos campos da base de dados BADGE
NOME DO CAMPO
NOCLASDESIGNDATFINPROJETENTREPCODPROCODREGCODSECCODVll..VILLAGCOTYPOCOBJETCOUSAGCOETATDA1RECLONGITLONDEGLONMINLONSECLATITULATDEGLATMINLATSECALTITUPREALTCODCARDATCREDATMAJCOGEOMFRACTIFRACT2CONAPICONAnCONAP3PROTO1PROT02PROT03PROMU1PROMU2PROMU3COLITICOLmCOLIT3COPORICOPOR2COPOR3CONATlCONAT2CONATIPROINV
CONTEUDO
Nûmero de inventarioNome do ponto d'âguaData de fim de trabalhosNome do projetoEmpresaC6digo do projetoC6digo da regiaoC6digo do setorC6digo da aldeiaNome da aldeiaTipo deobraC6dïgo objetivoC6dïgo usoEstado da obraData de recepçaoLongitude: graus, minutosLongitude: grausLongitude: minutosLongitude: segundosLatitude : graus, minutosLatitude : grausLatitude: minutosLatitude: segundosAltitudeErro sobre a altitudeC6digo do mapaData da tomadaData de atualizaçaoC6digo contexto geomorfol6gicoDireçào principal das fraturas no localIdem para a direçào secundâriaC6digo do 10 aqüîferoC6digo do 20 aqüîferoC6digo do 30 aqüîferoProfundidade do œta do 10 aqüîferoProfundidade do œta do 20 aqüîferoProfundidade do œto do 30 aqüîferoProfundidade da parede do 10 aqüîferoProfundidade da parede do 20 aqüîferoProfundidade da parede do 30 aqüîferoC6digo litol6gico do 10 aqüîferoC6digo litol6gico do 20 aqüîferoC6digo litol6gico do 30 aqüîferoC6digo tipo de porosidade do 10 aqüîferoC6dïgo tipo de porosidade do 20 aqüîferoC6digo tipo de porosidade do 30 aqüîferoC6digo livre/cativo do 10 aqüîferoC6digo livre/cativo do 20 aqüîferoC6digo livre/cativo do 30 aqüîferoProfundidade de investigaçào
5-17
Quadro5.9.3 (continuaçao) - Lista dos campos da base de dados BADGE
NOME DO CAMPO
PROEQUPSUCREPINCRELONCREPSUCHPPINCHPDIACHPDEBEXPANEXPLNIVSTADATNIVDEBPOMDURPOMRABAITDEBSPETRANSMEMMAGAINTERPFACTIFRIPIEZHICHIMTEMPERPHSITUCONDUCRESSECCHLORUNITRATFLUORUFERTOTSILICEMARGELANTIBOCAPTABRESERVTRIPODPOULIELAVOIRABREUVCLOTURPPERDUDATPOMCOMAPOTYPPOM
CONTEUDO
Profundidade do equipamentoProfundidade do apice da boca de filtroProfundidade da base da boca de filtroComprimento da boca de filtroCota do apice do apice da tubagem principalCota da base da tubagem principalDiâmetro da tubagem principalDébito de exploraçaoAno de inicio de exploraçaoProfundidade do nivel estâticoData da medida do nivel estâticoDébito da experiência de bombeamentoDuraçao do bombeamentoRebaixamento maximo durante a experiênciaDébito EspecfficoTransmissibilidadeCoeficiente de armazenamentoMétodo usado para interpretaçao da experiênciaTransferência dos dados a partir dos fichârios ACTIFExistência de um hist6rico dos niveis d'aguaIdem para a qualidade da aguaTemperatura da aguaMedida do pH no localCondutividade elétricaResiduo secoCloretosNitratosFluoretosFerro totalSflicaPresença de um bocal de poçoPresença de um guarda-IamaPresença de um abrigoPresença de um reservat6rioPresença de um tripodePresença de uma roldanaExistência de um lavadouroExistência de um bebedouroPresença de uma cêrcaExistência de um poço perdidoData de instalaçao da bombaC6digo fabricante da bombaTipo de bomba
5-18
Figura 5.9.1 - Taxa de preenchimento dos campos da base de dados BADGE
140"
NOMERO DE POÇOS : 294-
120" NOMERODEFUROS: 619
g100"Z
~s:uz SO"
~~
E60"
0" '---..I.>'.L..L.IL....L>ou...<"-"'...................,.....-C.L.......".;.L..L.IL....L>o......."'-L:><:.L.LL-""""-C.L..................L....L>ou...<:.L..J,;~L..I-""""..........-&.>o<..L..L.I----'
NOCLASDESIGN D4TFlN PROJETENTREPCODPRCCODREGCODSECCODVIL V1UAG COTYPOCOBJETCOUSAGCAMPOS
Œ FUROS L2I POÇOS
Figura n° 5.9.1 (continuaçl\o) - Taxa de preenchimento dos campos da base de dados BADGE
140"
NOMERO DE POÇOS : 294-
120" NÛMERODEFUROS: 619
g100"
~s:uz SO"
~~
60"~~
40"
20"
oxL.-...c......~~a....c~lo'.I...........""""............................L.....L3'U"'O'-L...L;:o,a."-L-~ ..............".OL.LL.....L3.......'-L...L;:o,a.~1.>.A..........-&.>o<.L.L.I----I
COETAT D41REC LONCIT lONDEGLONMIN LONSECLAnTU LATDEe LATMIN LAlSEC ALnTU PREALT CODCARCAMPOS
~ FUROS L2I POÇOS
5-19
Figura nO 5.9.1 (continuaçâo) - Taxa de preencbimento dos campos da base de dados BADGE
140".---------------------------------.NUMERO DE POÇOS : 294-
120" NUMERODEFUROS: 619
DATeRE: 0A1lMI COGEOIoCOtw>lCOtw>2PROTO 1PROT02PROUU'PROUU4COUT1 COUT2 COPORI:OPOR2CAMPOS
Œ FUROS r:a POÇOS
Figura nO 5.9.1 (continuaçâo) - Taxa de preenchimento dos campos da base de dados BADGE
1"-0"
NUMERO DE POÇOS : 294-
120" NOMERODEFUROS: 619
g100"Z
~s:uZ BO"
~Cl.
~
~60"
~
"-0"
•• L.-.Jloo'LL.I""'O"...IG.,J....I:........A.J~.a...a:::Jt:::I::::L..A.oOItZ::a...cc:z::::L..I::...J:i~.a:::J_..c.....l..."J"_IX...I::I:::>.....J:U_.a....JIL.tz::::L......JOATCRE DA1lMI COGEOIoCOtw>lCOtw>2PROTO1PROT02PROUU 'PROUU4COUTl COUT2 COPORI:OPOR2
CAMPOS
Œ FUROS r:a POÇOS
5-20
Figura nO 5.9.1 (continuaÇâo) - Taxa de preencbimento dos campos da base de dados BADGE
1<fO,,:r-----------------------------------,NûMERO DE POÇOS : 294
120" NûMERODEFUROS: 6111
40"
20"
CONAT1 CONAT2PROINVPROEalPSUCREPINCRE LONCREPSUCHFPINCHP DIof.CHP NIVSTA DATNIV DEBPOMCAMPOS
~ FUROS. r2I POÇOS
Figura nO 5.9.1 (continuaÇâo) - Taxa de preencbimento dos campos da base de dados BADGE
1<fO"
NûMERO DE POÇOS : 294
120" NOMERODEFUROS: 6111
g 100"
~5:u BO"Z
~~ 60"
~40"
~L-.IlU:......L.A..dLl....IlC.J_.J:lr",o!L-__~~~~~~~~~~~"--..!lo..L-~----l
DURPOLRABATT DEBSPETRANSMEMMAG.'I~ TEMPERPHSITU CONDUCRESSECCHLDRI.NI1RAT FLUORUCAMPOS
~ FUROS r:a POÇOS
5-21
Figura nO 5.9.1 (conlinuaçao) - Taxa de preenchimento dos campos da base de dados BADGE
140X
NûMERO DE POÇOS : 294
120X NûMERO DE FUROS: 6111
1COX
~
~Soxs:
uz~Cl. 60Xl1lQ
~E- 40x
OXI--.U<.J_...........I...-~ .................:>.-L...a...&.>o--I................."-""c...J.>o.........Q.,,\.:>....&.............-"'-................,c...J.>o.........."'--"'......~__--'FERTOT SIUCE MARGElANTIBO CAPTAS RESERVTRlPOO POUUE LAVOIR ASREWClOTURPPERoU
CAMPOS
~ FUROS r2I POÇOS
5.10 Modelizaçao dos recursos em aguas subterrâneas
Um modelo malhado bi-camada foi realizado no âmbito da Terceira Fase do Projeto Fosfato Farim, Simulaçao
Preliminar do Esgotamento da Futura Exploraçao a Descoberto. BRGM, 1986. A extensao geogrâfica reduzida
do setor simulado e 0 objetivo moito especifico deste modelo nao fazem dele um instrumento integnivel numa
sintese hidrogeol6gica da bacia sedimentar.
A consuuçao de um modelo eslâ prevista na licitaçao promovida para a realizaçao do projeto de Distriboiçao
de Agua Polâvel e de Drenagem das Aguas Pluviais em Bissau. Bissau. Nao se dispOe de nenhum dado sobre 0
nivel dos diferentes aqüfferos. corn exceçâo daqueles que foram recolhidos quando da realizaçao dos diferentes
furos do setor. 0 hist6rico das amostras DaO é conhecido e 56 pode ser objeto de estimaçœs moito
aproximativas. Para paliar essa lacuna. 0 projeto prevê a execuçao de tripletos piezométricos em diferentes
niveis aqüfferos e a medida dos débitos bombeados?
Em relaçao corn a missao realizada, somas levados a formular algumas recomendaçœs quanto à construçao do
modelo:
5-22
- Umiles
Segundo as infonnaçœs recolhidas em conversas, 0 modela deve cobrir um setor semi-circular corn um raio
de mais ou menos 60 km centralizado em Bissau e limitado ao Sul pelo rio Geba. Na medida do possivel, é
melhor que os limites de um modelo sigam os limites naturais do sistema fisico considerado. Se isso nilo for
possivel, os limites devem ser recuados 0 maximo possivel a fim de que as condiçœs que lhes silo atribufdas
nllo penurbem os resultados nos setores visados pelo estudo. Corn efeito, as condiçœs aos limites
introduzidos. quando elas nilo correspondem aos limites do sistema aqüffero. s6 podem ser uma representaçilo
muito imperfeita da realidade fisica. Os limites do modelo Os limites do dominio acima nilo silo limites
fisicos. Assim, é aconselhâvel fazê-los recuar 0 mais possivel. 0 domfnio modelizado deveria cobrir assim 0
conjunto da bacia sedimentar na Guiné Bissau, corn seu prolongamento sob 0 planalto continental.
- Discretizaçao vertical do sistema aqüifero :
A representaçilo do sistema aqüifero em forma de camadas de malhas empilhadas nilo deveria levar em conta a
distribuiçilo vertical dos horizontes aqüiferos e dos semi-permeaveis. Por exemplo, poderiamos conceber que
formaçœs permeaveis em contato. mas de idades diferentes, pudessem ser agrupadas dentro da mesma
camada. Da mesma forma, uma formaçilo geol6gica l1nica poderia ser representada por varias camadas no casa
dela conter um horizonte semi-permeavel significativo. Isto aplica-se ao Paleoceno-Eoceno e aos aqüîferos
sobre-jacentes. Os cortes hidrogeol6gicos elaborados pela projeto PNUD/DC1D GBS 871002 constituiIào um
elemento de grande importância para a distribuiçào vertical das camadas de malhas.
- AjUStlJmenlO do modelo :
A respeito do que foi dito mais aCima sobre a instaIaçilo de redes de medidas piezométricas, é evidente que
nllo se dispora de nenhum hist6rico piezométrico pluri-anual. Nilo se dispora tampouco de hist6rico pluri-anuaI
sobre mananciais ou emergências, nem de cfÔnicas sobre os bombeamentos. Ponanto, num primeiro momento,
o ajustamento do modelo s6 podera ser realizado segundo as hip6teses de um regime permanente. S6 sera
possivel testar diversos esquemas de funcionamerito do sistema aqüifero que levem a uma soluçao compativel
corn 0 estado piezométrico conhecido. Corn a falta de hist6rico dos parâmetros dependente do tempo, nllo se
podera efetuar triagem entre essas diferentes hip6teses.
o ajùstamento do modela devera pois ser retomado de maneira significativa depois de um periodo de
observaçào de no minima 3 a 5 anos. A quaIidade do ajustamento que podern ser atingido vai depender da
amplitude das variaçœs piezométticas e do débito dos mananciais e emergências que poderao ser recolhidos.
Depois, 0 contrôle do ajustamento do modela devera fazer-se na ocasiao de cada atuaIizaçào dos dadas
referentes à introduçao das chuvas caidas desde a operaçào similar precedente, e à dos débitas efetivamente
bombeados a partir da mesma data.
- F ormaçiIo :
Muitas das operaçœs precedentes deverao ser feitas por membros do pessoal dirigente nacional. Assim, é
muito aconselhâvel que recebam uma solida fonnaçao, dispensada pela conselheiro. Nesse sentido, esses
membros do pessoaI dirigente deveriam panicipar ativamente de todas as operaçôes de modelizaçao jâ a partir
das primeiras etapas : reuniao de dados, contrôle e critica desses dados, escolha e introduçao da "malhagem"
num computador.
5-23
É somente a esse preço que os investimentos consentidos podemo ser valorizados depois do final do projeto.
• Escolha do material :
Uma s6 simulaçao realizada corn um modelo em regime traDsitorio corn a ajuda de um micro-computadorpode ser muiLO longa. 0 faLO do sistema considerado ser multi-camadas e das permeabilidades serem
. conttastadas reforça isso. Um prazo de 6 a 12 horas nao deve ser excluido no casa presente quando se pensanas caracteristicas de um PS/2 munido de uma memoria RAM de 2 Mega-bites e de um co-processador.Dever-se-ia prever a utilizaçllo de um micro-computador construido perto de um micro-processador 80486.
5-24
CAPITUL06
AVALIAÇAO
6.1 Necessidades em matéria de dados bidrol6gicos
6.1.1 Para a avaliaçao do recurso
Segundo os projetos de aproveitarnento, 0 desenvolvimento da utilizaçao das aguas de superficie na GUINÉ
BISSAU sera de tres tipos nas duas pr6ximas décadas :
- Aproveitamento dos vales continentais dos grandes rios partilhados RIO GEBA e RIO CORUBAL,
corn a construçao de barragens hidrodo-elétricas e a instalaçao dos projetos de irrigaçao abaixo de
SONACO. Os fmanciamentos para a barragem de CUSSELINTA e para a instaIaçao de micro
centrais no GEBA. 0 ministério do desenvolvimento rural prevé a irrigaçao de 20.000 ha no yale do
GEBA a médio prazo ;
- Aproveitamento dos terrenos baixos no leste do pais. Esse tipo de aproveitarnento poderia concemir
60.000 ha ;
- Aproveitamento rizfcola dos terrenos baixos dos estuÂrios (barragens anti·sal, construçoes de diques,
drenagem, compporta para 0 contrôle dos nfveis). Dez mil hectares forarn aproveitados ou ainda se
encontrarn em fase de ~proveitamento.Vinte mil hectares devem ser estudados do ponto de vista da
exeqüibilidade.
Aproveitamento das grandes bacias
As duas bacias importantes da GUINÉ BISSAU sao as do rio GEBA e do rio CORUBAL, que sao partilhadas
corn dois outros paises : a do GEBA corn 0 SENEGAL e a GUINÉ CONACRI, e a do CORUBAL corn a
GUINÉ CONACRI.
o CORUBAL é 0 mais bem observado : SALTINHO 19 anos, TCHE-TCHE 13 anos, CABUCCA 6 anos,
CADE 10 anos, BUCCURE 6 anos e, no afluente RIO FEFINE, BELl 12 anos. Corn exceçao de SALTINHO,
os dados sao muitas vezes incompletos.
o GEBA é menos conhecido : SONACO 12 anos, CONTUBOEL, BAFATA PONTA NOBO, CARANTABA
1 ano e, no afluente RIO COMPOSSA, BAFATA PORTAGEM 3 anos. Além disso, os dados de SONACO sao
dificilmente exploraveis (mistura de leituras em tres conjuntos de escalas). Em SONACO e BAFATA, as
observaçôes antigas desapareceram.
Para melhorar 0 conhecimento do recurso em agua desses dois rios, a necessidade em matéria de dados existe
em dois niveis :
6-1
- Nivel nacional
- observaçoes hidrométricas mais fiaveis e mais representativas do regime hidrol6gico desses rios (em
época de cheia. duas leituras por dia m'io bastam, 0 conjunto da margagem do rio deve ser
observado) nas estaçoes existentes ;
- medidas de débitos emfunçao da altura nas estaçoes ndo calibradas e complemento de medidas paraas outras ;
- injormatizaçao, crftica e homogeneizaçao dos dados climatol6gicos ;
- rejôrço das estaçoes agro-climatol6gicas existentes tendo como objetivo mfnimo a possibilidade de
estimaçao da Erp PENMAN e a constituiçao de uma crônica pluviografica para cada uma delas;
- rejôrço da rede pluviométrica em toda a parte leste e sudeste do pafs ;
- dados hidrol6gicos sobre as relaçoes lenç6is do sedimentar e rio no yale do GEBA.
- Nivel regional
- Para 0 desenvolvimento desses vales, a GU/NÉ BISSAU necessita dos dados hidrométricos e
climatol6gicos da parte alta das bacias no SENEGAL e na GU/NÉ CONACRI. As observaçoes
precisam ser normalizadas nos tres pafses. Por exemplo, as anotaçoes de leitura nas estaçoes
climatol6gicas nao se jazem nas mesmas horas nos tres pa{ses. As redes hidrométricas devem ser de
uma densidade semelhante nos tres pafses. A troca e a difusao dos dados em tempo quase real é
necessaria à gestao partilhada do recurso em matéria de agua.
- Os dados sobre 0 lençol do FALEMIANO na GU/NÉ BISSAU sao necessarios ao conhecimento das
estiagens nas estaçoes do curso superior do CORUBAL ( CADE)
Nenhum dado hidrol6gico sobre 0 estuario comum desses dois rios é disponfvel. As alturas limnométricas sao
indispensaveis para 0 estudo da propagaçao da maré e para navegaçao.
Aproveitamento e gestao das pequenas bacias
Algumas anotaçoes de leitura de altura da agua sao disponfveis, mas nenhuma mediçiio : no RIO COMPOSSA
em GABU 7 anos, no RIO UDUMDUMA, em UDUMDUMA, 3 anos.
Os dados do balanço hidrol6gico (chuvas-débitos-recarga do lençol das lateritas) siio necessarios para 0
aproveitamento dos vales secos do leste do pals. Esses dados sao recolhidos em bacia vertente representativa.
Aproveitamento dos terrenos bauos dos estuarios.
Nenhum dado hidrol6gico é disponfvel sobre a zona marftima. Os dados necessarios para 0 recurso em agua
siio as contribuiçoes em agua doce pela chuva, 0 escoamento e os lenç6is de planalto, a evaporaçiio nos
pianos d'agua.
Depois de assinalar as necessidades em matéria dados hidro-climaticos correspondentes aos programas atuais
de aproveitamento, pode-se notar que nao existe nenhum dadn para a estimaçiio do recurso em agua dos
sistemas hidrol6gicos seguintes :
6-2
- os charcos das depressoes nos planaltos revestidos do leste do pais (VENDU ) "
- a cabeça da bacia do KOGON na regiao de BOE. Esse rio vai tornando-se importante na GU/NÉ
CONACR/ ;
- bacia do CACHEU. importante para 0 norte do pais e cujo manancial acha-se no SENEGAL ;
- bacia do MANSOA ;
- bacia do TOMBAll ;
- bacia do COMB/lA;
- bacia do CAC/NE ;
- as bacias insulares do arquipélago de BIJAGOS.
6.1.2 PARA A AVALIAçAO DOS RISCOS
A nlvel quatitativo
A nivel quantitativo, os riscos que se deve avaliar em hidrologia de superficie sao 0 enfraquecimento do
recurso, 0 rigor da estiagem e a importância do nivel maximo da cheia (destruiçoes causadas pela violência da
cheia e/ou inundaçoes provocadas por sua altura).
Para os grandes rios - CORUBAL e GEBA - existem dados sobre os riscos de cheia, de enfraquecimento dorecurso e de estiagem .
Em SALTINHO, os dados estatfsticos das contribuiçoes anuais e dos maximos de cheias ficam disponiveis e
validos enquanto a bacia nao for acondicionada. Os dados estatfsticos fomecidos pelo estudo COBA (l983)
foram confmnados pelos do relat6rio PNUD GBS/87/002 (ALBERGEL & PEPIN, 1991). Os dados sobre as
estiagens sào apresentados no Ultimo relat6rio citado.
Em SONACO, as estimaçoes estatfsticas das contribuiçoes anuais e dos maximos de cheia sao dadas nos
relat6rios MANZANARES A (l958), SGTE (l987) e ALBERGEL & PEPIN, (l991). &sas estimaçaes sao
muito diferentes conforme a maneira coma foram feitas as reconstituiçoes de dados.
Atualmente, varias hip6teses sao feitas a respeito da influência da barragem do ANAMBE (no SENEGAL)
sobre 0 recurso em ligua do vale do GEBA. Pala-se tanto da diminuiçao dos riscos - sustentaculo da estiagem e
reduçao da cheia - quanto de seu aumento : punçao demasiado importante no recurso. Os dados sobre a gestào
dessa barragem seriam uteis para uma modelizaçao dos escoamento ajusante.
&ses dois sistemas hidrol6gicos acabarào par exigir importantes trabalhos de aproveitarnento nas duas
pr6ximas décadas, tanto no SENEGAL (canal do GAMBIA) e na GUINÉ CONACRI (barragem hidro-elétrica
de GAOUAL) quanto na GUlNÉ BISSAU (SALTINHO, SONACO). Paz-se sentir uma necessidade de dados
hidrol6gicos de qualidade para conseguir orna modelizaçao da gestào partilhada do recurso nessas duas bacias.
Para as pequenas bacias. nao existe nenhum dodo sobre os riscos de cheia. de enfraquecimento do recurso edeestiagem
Uma avaliaçao dos riscos exige 0 conhecimento dos regimes hidrol6gicos das pequenas bacias:
- &tatistica das contribuiçoes anuais
- Cheias anuais e de freqüência rara
- &tiagens
6-3
Conforme os serviços técnicos do Ministério do Desenvolvimento Rural, os métodos clâssicos de pré
detenninaçao das cheias de projeto para as pequenas bacias vertentes (RODIER & AUVRAY (1965)e PUECH
& CHABI OONI (1984) superesûmam muito 0 riseo. Dados recolhidos nas bacias vertentes representaûvas
permitiriam uûlizar melhor esses métodos.
Da mesma forma, para as pequenas bacias influenciadas pela maré, nao ha nenhum dado sobre 0 riseo
hidrol6gico. A instalaçao de bacias vertentes representaûvas permitiria estabilizar os parâmetros do método de
pré-determinaçao das cheias e do eseoamento aperfeiçoado para 0 CASAMANçA (ALBERGEL, 1990).
Lembremos que em 39 instalaçôes para 0 aproveitamento de vales salgados na GUINÉ BISSAU estudadas
pela DGIS, II pequenas barragens romperam-se por causa de uma subesûmaçao do riseo.
Para as zonas marftimas,o risco hidrolôgico esta ligado à amplitude das marés e às correntes no estudrio(navegaçao).
- mais baixas aguas em funçao do cielo das marés (encalhe dos navios)
- velocidade de propagaçào da maré
Parece que 0 recurso em agua subterrânea é amplamente suficiente no momento presente, levando-se em conta
sua exploraçao ainda muito modesta
A nivel qualitativo.
Dados sobre a qualidade das aguas de superfîcie (transportes s61idos, salinidade e acidez) penniûriam avaliar
melhor os riscos seguintes :
* assoreamento das instalaçoes
* enlameadura dos canais de navegaçao
* erosào <las pequenas bacias
*degradaçào da qualidade dos solos
* evoluçao da qualidade das aguas
Até aqui, os riscos de poluiçao acidental das aguas de superficie nao foram estudados na GUINÉ BISSAU.
6.2 Necessidades em matéria de dadas hidrogeol6gicos
6.2.1 Para a avaliaçao do recurso
Um dos objetivos esperados do Projeto PNUD/DCTD 87/002 é uma primeira avaliaçao dos recursos em agua
subterrânea Mas tres pontos sao essenciais para se chegar a uma avaliaçao fiavel dos recursos em aguas
subterrâneas :
- realizar leituras piezométricas peri6dicas numa rerle de medidas nivelada.
- elaborar um inventârio dos mananciais e uma seleçao dos lugares caracterisûcos em vista de um
acompanhamento dos débitos,
6-4
- obter a avaliaçao mais precisa possivel das amostras. Isto aplica-se em particular aos bombeamentosefetuados para a alimentaçào de Bissau em agua potavel.
- prosseguimento da reinterpretaçao das experiências de bombeamento iniciada por este projeto.
6.2.2 Para a avaliaçao dos riscos
A n{vel quantitativo
Parece que 0 recorso em agua subterrânea é amplamente suficiente neste momento, levando-se em conta suaexploraçao ainda muito modesta. As amostras mais importantes silo realizadas em Bissau. 0 Projetofinanciado pelo BAD cujas ofertas estào sendo encaminhadas deveria permitir a obtençao de uma avaliaçao
precisa dos débitos esgotados.
A n{vel qualitativo
o sistema aqüifero sedimentar esta em contato corn 0 meio maritimo e corn os corsos d'agua cujo curso ajusante é salobro. Atualmente os reconhecimentos esporadicos que silo feitos concemem 0 litoral ao norle dorio Geba e as ilhas Bijagos.
No primeiro casa, uma sintese exaustiva dos dados geo-fisicos e geo-quimicos deveria ser empreendida parachegar à instalaçao de uma rede especifica de vigilância. Alias, 0 modela matematico que sera realizado para aalimentaçao de Bissau em agua deveria permitir precisar esses riscos.
No segundo casa, aconselha-se sobremaneira a reativaçao da rede de medidas que havia sido instalada pelo
BRGM. Um primeiro contrôle deveria ser efetuado em final de estaçào seca.
6.3 Diagn6stico
6.3.1 Diagn6stico en c1imatologia
o documenta "Guia das praticas hidro-meteorologicas OMM nOl68 TP 89 da as densidades de postos de
observaçao para uma rede minima. 0 quadro 6.2.1 compara essas densidades corn as que existem na GuinéBissau.
'Quadro 6.2.1 : Densidade da rede c1imatol6gica
Elemento
Postos pluviométricos
Postos pluviogrâficosMedida da evaporaçao (2)Ateliê de conserlo e aprovisionamento
(1) para as zonas tropicais chatas
Recomendaçao OMM(I)
11 a 17 postos para 10000km2
1 a 2 postos para l0000km2
1 estaçao para 50 OOOkm2
1 para 200 estaçôes pluvio
6-5
Densidade na GUINÉ BISSAU
Est:13 Oeste:23 IleO.5
2
11
1 para 40
(2) uma eslaçao de evaporaçao deve contar corn uma tina do modelo do tipo normalizado em todo 0 pais, ondeas precipitaçoes dianas, as temperaturas mâximas e minimas do ar, a velocidade do vento, a umidade relativaou a temperatura do ponto de orvalho serac lidas ao mesmo tempo que a evaporaçao e no mesmo ponto.
Desse quadro, deduz-se que 0 numero de pontos de observaçao ultrapassa 0 da rede minima.
o quadro 6.2.2 compara os meios em matéria de pessoal recomendado pela OMM corn os do SNM.
Quadro 6.2.2 : Meios em matéria de pessoal
Recomendaçôes OMMpara 100 estaçOes
GUINÉ BISSAU
Dara 40 estacoes
Engenheiro
1.75
Classe 1 & fi
4
Técnicosuperior
4
Classem
10
Técnico
4
Classe IV
30
Observador
100
Observadorteur
40
Essas comparaçoes rapidas mostram que os problemas em climatologia nao provêm nem do numero de postasde medida nem dos efetivos em matéria de pessoal.
As insuficiências padern classificar-se da maneira seguinte :
- falla de material (consumiveis ou peças avulsas)- vetustez do material
- falla de veiculos para ir às estaçôes isoladas
- dificuldades de encaminhamento das anotaçoes de leitura- nivel de formaçao dos pessoais (manutençao, informatica, critica dos dados)
6.3.2 DiagnOstico em hidrologia de superficie
Os quadros 6.3.1 e 6.3.2 comparam as recomendaçoes OMM no que concerne a natureza, a densidade das
estaçôes hidrol6gicas e 0 pessoal para uma rede minima corn 0 que existe na GUINÉ BISSAU. Donde a
observaçao das seguintes insuficiências da rede :
- Fraca densidade em eSlaçoes hidrométricas simples- Nao ha estaçao limnogrâfica em funcionamento
- Nao ha rede para a medida dos débitos s6lidos e da qualidade das aguas
Atualmente, a organizaçao da DH conta corn uma direçao e tres brigadas:
-Brigada principal em BISSAU (regiao oeste)
-Brigada de BAFATA (regiao centro)
-Brigada de GABU (regiao leste)
6-6
A repartiçao geogrâfica das bases do serviço hidrol6gico é adequada para a vigilância e a rnanutençao da rede
atual. Pode-se prever urna brigada suplernenrar no sul para encarregar-se da extensao da rede e das bacias
vertentes.
Quadro 6.3.1 : Densidade da rede hidrol6gica
Elemento Recom. OMM(l) Densidade na GUINÉ BISSAU(2)
Escala lirnnornétrica(pour 10000 km2)
Estaçao limnogrâfica(para 10000 km2)
Estaçoes rnedida do débito(para 10000 km2)
Estaçao débito s6lido(para 10000 km2)
Qualidade da âgua(para 10000 krn2)
Medidor de corrente(para 10 estaçOes de débitos)
Armazérn de rnanutençao(para 200 estaçOes de débitos)
Laborat6rio de anâlise transporte s6lido(para 100 estaçoes de débitos)
Laborat6rio de anâlise qualid. das aguas(para 100 estaçOes de débitos)
Equipe de 2 ou 3 especialistas ern hidrornetria( para 10 estaçoes de débitos)
Brigadas hidrol6gicas( para 50000 km2)
Direçao de serviços hidrol6gicos(para 100 estaçoes de débitos)
24
1
20
3
3
1
1
3
3
1
0.5
4
16 existentes e 17ern projeto para todo 0 pais
o
4
o
o
o
1
o
o
3 para o pais
3 para 0 pais
1 para o pais
Quadro 6.3.2 : Meios em matéria de pessoal
Recomendaçoes OMM Engenheiro Técnico Técnico Observador
para 100 estaçoes superior
- Operaçoes de terreno 1 5 5 100
- Processamento de dados 2 3 3
- Supervisao 0.5
- Total 3,5 8 8 100
(1) para as regi6es tropicais ûmidas(2) sperficie do pais 36125 lan2 .
6-7
GUINÉ BISSAU CJasse 1 & n Classe ln Classe IV Observadorteur
- Operaçoes de terreno 0 3 chefes de brigada 11 14
- Processamento de dados 1(diretor) 0 0- Supervisao 1(diretor)
Total 1 3 11 14
o efetivo total das brigadas de BAFATA e de GABU parece correto, mas parece indispensavel reforçar 0
departarnento central de BISSAU. Para esse refôrço, convem nomear, corn tempo integral, alguns agentes
utilizados em comum corn outros serviços, ou entào fazer recrutarnento. Falta um técnico corn um barn nivel
em informatica, um técnico para a manutençao do material hidrométrico, um chofer-mecâncico e uma
secretaria corn tempo integral.
Por sua formaçao, os agentes encontrados padern gerir a rede continental do pais, e sua participaçao nos corsos
de formaçao continua deveria facilitar-Ihes a rapida assimilaçao das novas tecnologias.
A instalaçao de bacias representativas e experimentais, assim coma a instalaçao dos marégrafos, exigiria um
refôrço do pessoal técnico tanto a nivel de formaçao quanta a nivel do efetivo.
Os locais da direçao do serviço hidrol6gico sao muito estreitos. Falta uma sala de arquivos, um armazém-ateliê
e uma garagem. A sala de computador comum esta hem equipada, oferece a segurança de ter uma corrente
estabilizada e passue as proteçoes necessârias contra poeira, intempéries e rouba.
Foi feito um esfôrço para a aquisiçao de material de informatica, mas ha carência de todos os outras
equipamentas, sobretudo material de terreno. Nao existe nenhum veiculo em barn estado pertencente a esse
serviço, e os chefes de brigada utilizam, quando passivel, os veiculos do projeta PNUD.
Os estudos do pIano diretor do recurso em agua insistem nas seguintes insuficiências estruturais :
- definiçao do papel da DH (nao ha estatutos oficiais)
- locais insuficientes para a direçao em BISSAU
- falta de material (consumiveis ou peças avulsas)
- vetustez do material
- falta de vefculos par ir às estaçoes
- dificuldades de encaminhamento das anotaçoes de leitoras
- nivel de formaçao dos pessoais (manutençao, informatica, critica dos dados)
- falta de calibraçoes nas estaçoes
- manutençao insuficiente das estaçoes
Lembremos que 0 serviço hidrol6gico é recente (criado em 1987), e que existe a herança de uma rede
constituida de estaçoes abandonadas par projetas de aproveitarnento.
6.3.3 Diagn6stico em hidrogeologia
Os recursos em aguas subterrâneas dividem-se em dois dominios geograficos corn caracteristicas contrastadas:
6-8
- 0 soclo primario:
Ai OS recursos sao modestos; além disso, a diversidade e a discontinuidade das fonnaçôes geo16gicas
dificultam a prospecçilo sistematica do recurso.
- a bacia sedimentar:
As infonnaçôes disponiveis pennitem entrever um recurso muito importante, cuja exploraçilo é relativamente
mais facHo A primeira sintese exaustiva esta em oodamento no âmbito do projeto PNUD/DCID GBI 87/002.
Entretanto, as conexoes hidraulicas corn 0 meio maritimo e os estwirios constituem um risco para a
preservaçilo da qualidade desse recurso.
- 0 domEnio insular:
A preservaçilo dos recursos das ilhas em matéria de aguas subterrâneas deve ser objeto de um
acompanhamento pennanente, 0 que, infelizmente, nilo acontece ha ja numerosos ooos.
Dm dos instrumentos necessanos para a avaliaçilo dos recursos em âguas subterrâneas é a certeza de dispor de
hist6ricos longos, quer se trate de nivel d'agua, de amostras ou de débitos de mananciais. Atualmente, os dados
desse tipo sao extremamente fragmentârios ou enti10 inexistentes. É muito importante que se proceda
rapidamente à elaboraçilo de tais medidas, sobretudo se se levar em conta que somente ap6s varios ooos de
observaçi\o é que se podem obter resultados significativos.
Atualmente, nilo se dispôe absolutamente de meios logisticos necessârios ao acompoohamento das redes de
medidas correspondentes.
6-9
CAPiTUL07
RECOMENDAÇOES
7.1 Introduçao
Na GUINÉ BISSAU a gestâo dos dados hidro-elimâticos é da responsabilidade de tres serviços administrativos
dependentes de tres ministérios diferentes. No momento presente, dois projetos corn financiamento
internacional estâo em andamento e propOem uma integraçâo das redes de medidas e um refôrço dos
dispositivos. Corn esses projetos, a organizaçao dos serviços hidrol6gicos e meteorol6gicos encaminha-se paraduas esb"Uturas administrativas distintas, mas coordenadas :
- 0 Serviço Meteorol6gico Nacionai, erigido em Direçao GeraI do Ministério do Equipamento Social,
deveria integrar 0 conjunto das estaçœs sin6pticas, climatol6gicas e pluviométricas do pais. Ele estarâ
encarregado da normalizaçao das medidas, da manutençao e da gestâo dos dados de todas as estaçoes.
- A Direçao GeraI dos Recursos Hidricos do Ministério dos Recursos Naturais e da Indtistria, cuja
competência exerce-se em todas as redes hidrol6gicas e hidrogeol6gicas do pais.
As recomendaçœs feitas a seguir baseiam-se nos objetivos dos programas AGRHYMET e PNUD GBS/87/02 e
na anâlise das redes e das necessidades feita pelos peritos do presente relat6rio.
7.2 Climatologia
A gestâo e 0 contrôle da rede de observaçœs devem ser feitos pelo Serviço Meteorol6gico Nacional (SMN).
Este tem como tarefas :
- A instaIaçâo e 0 contrôle dos equipamentos segundo as normas e recomendaçoes OMM;
- a coordenaçâo dos métodos de observaçâo ;
- a estandardizaçao e a uniformizaçao dos equipamentos ;
- a centraIizaçao dos dados, seu contrôle, sua formalizaçao e difus!o a nivel nacional e internacional ;
- a formaçao dos agentes de observaçao.
Os equipamentos adquiridos no âmbito dos projetos e geridos pelos outros ministérios devem ser
homologados, instaIados e controlados pelo SMN. Neste caso, as informaçœs meteorol6gicas recolhidas s!o
comunicadas ao SMN.
A rede meteorol6gica definidapor TABET(1987) no âmbitodo projeto AGRHYMET, 1991, visa:
- integrar as estaçœs de origens diversas à rede nacional (SMN, DGRH e DEPA);
- melhorar e reesb"Uturar as estaçœs existentes ;
- criar novas estaçœs.
7-1
No final do projeto AGRHYMET, a rede climatol6gica compreenderâ :
- 9 estaçoes sin6pticas: BISSAU AERO, FARIM, GABU, COFAR, BOLAMA, BAFATA, VARELA,
BISSORA e BUBAQUE ;
- 5 estaçoes climatol6gicas : PIRADA, TCHE-TCHE, BUBA, CAClNE e CAIO;
- 5 estaçoes agro-meteoroI6gicas: MADINA 00 BOE, CONTUBOEL, CABOXANQUE, BISSAU
OBSERVATOIRE METEO e QUINHAMEL ;
- uns quarenta postos pluviométricos.
o material homologado OMM previsto e recomendado para cada uma dessas estaçôes é descrita no capitulo
III. Encontra-se em fase de instalaçào. E aconselhâvel fazer um balanço dessas rea1izaçôes no fim do projeto
AGRHYMET.
o pessoal - e sua qualificaçào- necessârio aa barn funcionamento dessa rede e ao refôrço dos serviços centrais
da meteorologia nacional foi definido no capitula III. 0 piano para 0 recrutamento e a formaçào esta sendo
feito sob a responsabilidade do projeta AGRHYMET.
Os trabalhos de informatizaçào dos dados climâticos, em andamento, foram apresentados no capitulo III, hem
como os projetas de publicaçao e difusào dos dadas. Recomenda-se urna avaliaçao dos bancos de dados e do
funcionamento para 1995.
7.3 Agua de superficie
7.3.1 Recomendaçôes sobre a definiçao das atribuiçôes da OH
As atribuiçôes da Divisao Hidrologia da DGRH deveriam ser definidas oficialmente segundo 0 Guia das
prâticas hidrorneteorol6gicas (OMM) da rnaneira seguinte :
- aproveitarnento e exploraçào da rede hidrol6gica ;
- reuniao, exame e publicaçào dos dados de base ;
- preparaÇào de relat6rios sobre os recursos hidrâulicos ;
- preparaÇào e difusao das previsoes hidrol6gicas ;
- anâIises e estudos dos projetos de aproveitamentos hidrâulicos ;
- pesquisa e valorizaçao ;
- forrnaçào do pessoal.
o departamento central responsabiliza-se pela gestâo e pela coordenaçao da rede de rnedidas hidrol6gicas. Ele
decide sobre a instalaçào de novas estaçôes. Ele gere 0 banco de dados hidroI6gicos e decide sobre as
prioridades dos trabalhos que as brigadas devem efetuar. Ele prepara e publica os anuârios hidral6gicos. A ele
sao Ievados os projetas de aproveitamento para os estudos hidrAulicos aos quais ele fomece urna avaliaçào do
recurso em Agua e dos riscos de cheias. Ele prepara e difunde as previsoes sazonais dos débitas dos rios e dos
nfveis dos Iagos. Em caso de necessidade, ele pode responsabilizar-se pela previsao a corto prazo (gestâo de
barragem, anuncio das cheias).
7-2
o departarnento central deve tarnbém encarregar-se das pesquisas que concernern a preparaçao e difusào das
previsôes e dos pareceres. a reuniao. interpretaçao e publicaçao dos dados hidrol6gicos. Enfim. 0
desenvolvirnento normal e a exploraçao eficaz do serviço hidrol6gico requer um pessoal suficientemente
instruldo para esse firn. 0 departarnento central prepara os pIanos de formaçao continua e organiza sessôes de
sensibilizaçao à medida e à rnanutençao do rnaterial.
A brigada encarrega-se da gestilo das estaçôes de sua regiao em coordenaçao corn 0 serviço central. Ela deve
fazer rondas regulares na rede e efetuar os trabalhos seguintes:
- controlar as leituras de escalas efetuadas pelo observador ;
- na rnedida do possivel. efetuar. a cada passagern•. urna rnedida do débito sobretudo nas estaçôes que
nao possuern curva de calibraçao ;
- recuperar as leituras do mes ou dos rneses precedentes;
- eventualmente. nivelar as mais altas aguas ;
- controlar as escalas ;
- consertar a estaçao (escalas arrancadas pela cheia. lirnpeza das escalas) ;
- verificar os registradores (limn6grafos corn flutuadores. de pressao. ou de registro ern suporte
rnagnético).
Cabe-Ihe ainda 0 trabalho de urna primeira CTltica e de tornada dos dados provenientes de suas estaçôes.
7.3.2 Recomendaçoes para 0 refôrço da DU
Atualrnente. a organizaçao da D~ conta corn urna direçao e tres brigadas:
-Brigada principal ern BISSAU (regiao oeste) ;
-Brigada de BAFATA (regiao centro) ;
-Brigada de GABU (regiao leste) .
A repartiçao geografica das bases do serviço hidrol6gico é adequada para a vigilância e rnanutençao da rerle
atual. A criaçao de urna nova brigada no sul do pais (ern CATIO por exernplo) é aconselhada se os projetos de
extensilo da rede sào realizados.
o efetivo total das brigadas de BAFATA e GABU parece correto. mas parece indispensavel urn refôrço do
departarnento central de BISSAU através da norneaçao ern tempo integral de alguns agentes utilizados ern
comum corn outros serviços. ou através de recrutarnento. Falta urn técnico corn um born nlvel ern informâtica.
um técnico para a manutençao do rnaterial hidrométrico. um chofer-mecânico e urna secretaria ern tempo
integral.
7.3.2.1 Refôrço dos equipamentos do departamento central da DU.
Os locais da direçao do serviço hidrol6gico silo rnuito estreitos. Aconselha-se a construçao de urna sala de
arquivos e de um armazérn-ateliÊ.
7-3
o departamento central da DR ja esta equipado corn um computador, uma impressora, uma mesa de traçados e
uma tÂbua de digitalizar. Ele disp6e dos softwares HYDROM e PLUVIOM que permitem editar os anuariosde dados, mas falta-Ihe uma impressora de publicaçllo (LASER), um bom xerox e material de encadernaçllo.
o materiaI de informâtica que deve ser adquirido no casa de um equipamento de registradores CHLOE eOEDIPE consiste em um leitor (LCM), um apagador (ECM) de mem6ria EPROM, e cartuchos EPROMsobressalentes.
o serviço de Bissau deve equipar-se corn um atelié contendo 0 conjunto de instrumentos necessârios para
consertar 0 material hidrométrico, as embarcaçôes e os motores "hors-bord".
A direçllo da DR precisa de um veiculo para todo tipo de terreno a fim de poder deslocar-se para as brigadas epara as estaçôes da rede.
7.3.2.2 Refôrço dos equipamentos das brigadas regionais
o equipamento recomendado para cada brigada ésta descrito detalhadamente abaixo :
oum meio de locomoçao : veiculo para todo terreno (para ir às diferentes estaçôes, fazer mediçlles e
verificaçôes de leitores, ete.) ;-0 material necessario para efetuar medi<laS de débitas:-um barco pneumâtico: tipo Zodiak Mark II ;-um motor de barco 20 ou 25 C ;-um lingote para mediçao: 25kg ;
-uma caixa completa de molinete corn adaptaçao lingote :
* molinete : AOIT C3l ou MOLINETE NEYRPIC ;
* hélices corn passos O.125m, 0.2Sm e O.sOm;
* é preferivel possuir também uma vara corn corrediça de 20mm, que corresponda a esse
molinete, de Sm de comprimento corn secçôes de lm ;-um guindaste para lingote e cavalete OIT ;-um micro-molinete corn vara:
* vara 9 ou 20mm corn adaptador; preconiza-se 0 sistema corn corrediça ;* micro-molinete corn hélices O.OSm, O.lOm e 0.2Sm ;
-dois contadores de impulsos de alta qualidade técnica: CJR 23 ou 33 de FRON (Toulouse) ;
* um minima de material sobressalente :* eixos de molinete, rolamento, etc...
-0 material para a instalaçao e verificaçao <las estaçôes-um nivel topogrâfico corn mira ;-miras MIST sobressalentes ;
-peças avulsas de limn6grafos ;
-papelaria:
* camês de mediçllo ;* camês de leitura de altura d'ligua;* camês de nivelamento, etc...
7-4
7.3.3 Recomendaçôes para a manutençao e 0 refôrço da rede de base nos \"biefs\" continentais dos
grandes rios
Num primeiro momento, os trabalhos seguintes devem ser efetuados
lnstalaçâo de elementos de escala inferiores aos atuais, pois 0 nivel desce abaixo do zero, para
-BELl NO FEFINE ;
-BUCURE NO CORUBAL ;
-CADE NO CORUBAL ;
-CABUCA NO CORUBAL ;
-TCHE TCHE NO CORUBAL ;
-SALTINHO A ruSANTE NO CORUBAL ;
-CARANTABA NO GEBA ;
-SONACO A MONTANTE NO GEBA.
lnstalaçâo de elementos superiores nas estaçôes seguintes
-BELl NO FEFINE ;
-SALTINHO A ruSANTE NO CORUBAL ;
-CONTUBOEL NO GEBA ;
-GABU NO COMPOSSA ;
-CARANTABA NO GEBA .
Calibraçâo ou complemento de calibraçâo de todas as estaçiJes afim de poder recuperar asallUras ja existentes e transforma-las em débitos
-GABU;
-CABUCA;
-BUCURE;
-SONACO A MONTANTE E A ruSANTE ;
-BAFATA E PORTAGEM (EM ALTAS ÂGUAS QUANDO A MARÉ NÂO SE PAZ MAIS
SENTIR) ;
-CONTUBOEL .
SerA preciso tomar cuidado para que as leituras sejam mais bem feitas em
-SONACO (se possivel nos tres conjuntos de escalas durante um a dois anos) ;-CABUCA;
-BAFATA (PORTAGEMEPONTO-NOBO).
Extensâo da rede e gestiio das bacias partilhadas:
Uma das preocupaçoes atuais do serviço hidrol6gico é a extensao da rede de observaçoes com vistas a uma
gestào mais fina dos recursos em âgua das bacias partilhadas do KAYANGNGEBA e do
KOLmNCORUBAL. 0 receio dos responsâveis da DGRH é ver 0 avanço de instalaçoes e represamentos nas
7-5
partes altas dos rios - 0 KAYANGA (barragem de ANAMBE) no SENEGAL, e 0 KOLIBA (projeto de
barragem) na GUINÉ CONACRI - privar a GUINÉ BISSAU de uma parte de seu recorse em agua.
A estrutura inter-estados responsavel pela gestâo partilhada dessas duas bacias fluviais é a OMVG. Ela deve
definir os débitas reservados de estiagem desses cursos d'âgua. A gestâo adequada das obras passa
necessâriamente pela conhecimento e vigilância dos débitos na entrada do territ6rio da GUINÉ BISSAU.
No tocante ao GEBA, duas estaçœs silo indispensaveis para conhecer mais precisamente a parte das
contribuiçœs de cada uma das sub-bacias do rio GEBA:
-PONTE PIRADA no BIDIGOR, afluente de margem esquerda ;
-SINTCHA KAGNA no KAYANGA.
Os lugares dessas estaçœs foram prospectados, sua instalaçao nao traz inconvenientes (ALBERGEL & PEPIN,
1990)
No que concerne 0 CORUBAL, as estaçœs existem, trata-se de reforçâ-Ias:
-BUCURE ou CADE no CORUBAL (KOLlBA) na fronteira entre as duas GUINÉS ;
-BELl no FEFINE, afluente margem esquerda do CORUBAL.
BUCURE esta mais acima, logo na entrada do KOLIBA na GUINÉ BISSAU, mas CADE é uma estaçao mais
conhecida.
Uma vigilância eficaz dos débitos que entrarn no territ6rio da GUINÉ BISSAU passa pela aquisiçao em tempo
real do dado limnométrico. Para isso, existe atualmente urna técnica hem precisa: a teletransmissilo DOr
~. Numerosas plataformas do tipo PHIl ou PHI8 ORSTOM/ELSYDE/CEIS-ESPACE estâo em serviço
nos paises vizinhos: gestâo das obras comuns da OMVS no SENEGAL e no MALI, programa de luta contra
ONCOCERCOSE na GUINÉ CONACRI, COSTA DE MARFIM e TOGO.
Essa técnica permite a aquisiçao do dado ern tempo real. Associada a um modela de propagaçao, toma-se 0
instrumenta de alta qualidade para a gestâo das obras. Corn esse sistema, 0 serviço hidrol6gico conheceria, em
tempo real, os débitas que entram no territ6rio da GUINÉ BISSAU e poderia pedir à OMVG aherturas aos
paises vizinhos em funçao dos accrdos .
A instalaçiio de tais plataformas, além das possibilidades que elas oferecem no campo da gestiio, apresentaas seguintes vantagens:
i) Conhecimento, a todo momento, do estado do material de"registro (em casa de pane, pode-se detecta
la da base e prever assim as rondas de manutençao e as peças sobressalentes.
ii) Conhecimemo, a todo momento, da altura na escala para poder programar as operaçoes de mediçao.
No que concerne as outras estaçœs, a valorizaçao da informaçao passa pela instalaçao de limn6grafos ; dada
sua acessibilidade e as necessidades atuais em matéria de informaçao, um sistema de teletransmissilo nao é
indispensavel. Mas ele proporcionaria um confôrto apreciâvel. Os limn6grafos CHLOE C corn registro em
mem6ria de massa silo aconselhados pelas seguintes razœs :
7-6
i) Dificuldades e custo da instalaçM de limn6grafos corn flutuador nas estaçôes situadas perto de
margens altas, instâveis e onde os transbordamentos padern ser sérios.
ii) Os limn6grafos de depressM colocam 0 problema da alimentaçllo em ar comprimido e da fiabilidade
dos registras em casa de escapamentos.
iii) As novas aquisiçoes em micro-informatica do serviço hidrol6gico, assim coma as do software
HYDROM para 0 quaI dois agentes ja foram fonnados, orientarn a escolha para 0 campo de sistemas
de aquisiçllo de dados automaticos, de exame rapido e compatîveis corn HYDROM.
Em resumo, depois dos trabalhos de refonna das escalas limnométricas, a nova rede continental da GUINÉ
BISSAU comportaria :
-4 estaçoes de aquisiçllO e de teletransmissao do tipo PH18: PONTE PIRADA, SINTCHA KAGNA,
CADE e BELL;
-9 limn6grafos CHLOE C: BAFATA, CONTUBOEL, SONACO, SALTINHO, TClŒ-TCHE,
CABUCA, BUCURE, BAFATA PORTAGEM e GABU.
Essas 13 estaçoes representam uma rede de base para a GUINÉ BISSAU.
7.3.4 Recomendaçôes para a instalaçao de bacias vertentes representativas no domînio continental.
Levando-se em conta a importância dos projetos de aproveitarnento dos baixios, algumas observaçoes sobre as
bacias vertentes representativas completariam a rede. Essas bacias pennitiriam conhecer 0 recurso em agua
dos pequenos sistemas hidrol6gicos, e dar aos empreendedores a infonnaçl\o necessaria para as obras de
transposiçllo, as pequenas barragens de terra e os diferentes aproveitamentos hidro-agrîcolas.
A técnica das bacias representativas resûme-se nas etapas seguintes:
- escolher bacias (entre 1 e 200km2) representativas do meio: relêvo, vegetaçllo, solos (cf estudos por
teledetecçllo) ;
- nelas observar intensamente durante 2 a 5 anos todos os elementos do ciclo hidrol6gico para deduzir
relaçOes chuva-débito fiaveis ;
- extrapolar as relaçôes chuva-débito no tempo à bacia vertente representativa e fazer a anaIise
estatîstica ;
-Regionalizar os resultados para extrapolar os dados hidrol6gicos a bacias nllo observadas.
Essas bacias padern ser de dois tipos:
-urbanas (por exemplo, para instalar evacuantes d'agua nas cidades) ;
-rurais (corn vocaçllo agrîcola, mais freqüentemente).
7-7
Tres conjuntos de bacias deveriam ser estudados para cobrir 0 espectro eco-climlitico do pais.
-Bacia do rio JUMBEMBE: a maior bacia tem uma superficie de 512km2 em JUMBEMBE. Tres sub
bacias podem ser instaladas ;
-Bacia vertente do rio CAMPOSSA acima de GABU. A escala jli existe em GABU; jli ha numerosas
observaçôes limnométricas. A maior bacia possue uma superficie de 311 km2. Quatro sub-bacias
padern ser previstas ;
-Bacia vertente do rio BALANA, representativa das zonas mais limidas do pais corn uma superficie de
174 km2 em GADAMAEL. Tres sub-bacias padern ser instaIadas.
7.3.5 Recomendaçôes para a instalaçao de bacias vertentes representativas nos vales salobros
corn vocaçao rizicola
Algumas bacias vertentes poderiam ser instaladas nos pequenos vales rizicolas da zona maritima para um
melhor conhecimento dessas zonas (escoamentos, repartiçào pluviogrâfica, salinidade).
Nesse contexto, trata-se mais de instaIar bacias vertentes experimentais do que representativas. Corn efeito, a
questâo é testar instalaçoes a fim de encontrar soluçao para os problemas de salinidade ou de acidez, e
dimensionar as obras para que nao sejam levadas pelas enchentes, coma se pade ver no relat6rio "Barragens na
rizicultura de Bolanha" (1989).
Essas bacias deveriam ser instal~das de preferência em baixios onde existem (ou estâo previstas) instalaçôes.
7.3.6 Recomendaçôes para instalaçao e gestâo de uma rede de marégrafos
o piano de extensao da rede realizado pela DGRH prevê a instalaçao de um grande nlimero de marégrafos (13,
dos quais 3 no rio CACHEU, 2 no rio MANSOA, 4 no rio GEBA, 2 no rio BUBA, 1 no rio CUMBIJA e 1 no
rio CACINE).
Essa rede seria completa e permitiria um bom conhecimento da maré nos principais estuârios do pais.
ELSYDE propOO um aparelho que permite registrar conûnuamente as alturas maregrâficas, as condutividades
e as temperaturas da ligua em um ponto na mesma base de tempo.
Deve-se fazer um estudo sobre a representatividade da medida da condutividade em um ponto corn relaçao à
quantidade de sai dissolvido na secçao; e deve ser realizada uma calibraçào de cada condutigrafo em funçao da
altura e da temperatura da âgua.
A gestâo dessa rede requer a aquisiçào de uma embarcaçao a motor que possa navegar em alto mar.
o conjunto dessas recomendaçoes leva à formulaçao das seguintes fichas de projetos :
Ficha de projeto 1 : Reorganizaçao do serviço hidrol6gico da GUINÉ BISSAU.
7-8
Ficha de projeto 2 : Reabilitaçao e desenvolvimento da rede de observaçôes hidrol6gicas nos "biefs"
continentais dos grandes rios.
Ficha de projeto 3 : Ges1ao das bacias partilhadas do GEBA e do CORUBAL.
Ficha de projeto 4 : Instalaçao de bacias vertentes representativas e experimentais no dominio continental.
Ficha de projeto 5 : Instalaçao de bacias vertentes experimentais nos vales salobros corn vocaçao rizicola.
Ficha de projeto 6 : Maregrafia e estudo da condutividade elétrica nos estuarios.
Cada um desses projetos constitue um conjunto coerente de medidas e possue uma prioridade mais ou menos
grande. Alguns padern ser realizados simultanearnente e ter meios cornuns, principalmente os projetos 1 e 2.
7.4 Aguas subterrâneas
7.4.1 Estruturas institucionais
Para efetuar as tarefas que lhe sac atribuidas, a DGRH parece contar corn um numero suficiente de pessoal.
Faltam meios em matéria de material de medidas outras que nao as geo-fisicas. S6 um veiculo para tOOo
terreno acha-se disponivel. A ficha de projeto que consta do anexo B destina-se, entre outras coisas, a melhorar
essa situaçao.
A formaçao recebida pela pessoal durante os projetos ou no exterior é boa. Agora, ela deve visar
essencialmente a aplicaçao das técnicas adquiridas.
Enfim, a DGRH devera participar muito de perto da realizaçao das atividades hidro-geol6gicas do Projeto de
Distribuiçao de Agua Potavel e de Drenagem das Aguas Pluviais em Bissau, projeto cujas ofertas eS1aO sendo
examinadas no BAD.
7.4.2 Inventârio dos pontas d'agua.
A atualizaçao do inventârio feita pela projeto GBS 87/002, embora muito parcial, revelou que, às causas
habituais de abandono de furos - desabarnentos, panes no material de esgotamento - acrescenta-se, no caso dos
furos, 0 custo da exploraçao. Essa atuaIizaçao deve ser prosseguida; ela esta prevista na ficha do projeta no
anexo B.
Note-se a existência de um contrôle das condiçôes das obras do tipo "hidrâulica aIdea" no âmbito de um
projeto realizado corn 0 apâio da cooperaçao holandesa, cujos primeiros resultados sao mencionados no
presente relat6rio. Esse contrôle, essenciaImente orientado para 0 estado do material de esgotamento deveria
também comportar uma avaliaçao hidro-geoI6gica: baixa de débito, drenagem.
É aconselhâvel empreender-se um inventârio dos mananciais. Esse trabaIho poderia ser orientado pelas
informaçôes agrupadas no mapa das ressurgências dos lenç6is identificadas por foto-interpretaçao elaborada
7-9
no âmbito do Inventario dos Recursos em Agua tendo em vista Aproveitamentos corn Fins Ml1ltiplos na GuinéBissau. Esse trabalho deveria levar a uma seleçâo de lugares tendo em vista 0 acompanhamento dos débitos.
7.4.3 Instalaçao de uma rede piezométrica nacional.
É aconselhâvel que um concerto estreito seja estabelecido entre a DGRH e :
- 0 Projeto PNUD/DCTD GBI 87/002,- a Cooperaçâo francesa,- 0 Projeto de Distribuiçâo de Agua Potâvel e de Drenagem das Aguas Pluviais em Bissau, quando ele
for operacional.
Insistimos aqui, em particular, sobre a necessidade de se retomar 0 acompanhamento piezométrico das ilhas
Bijagos. Estas devem ser incluidas na rede de vigilância nacional : tres pontos d'âgua poderiam ser
selecionados para um contrôle mensal do nivel da âgua e da condutividade elétrica. A vigilância do conjunto
dos pontos de medidas indicados durante 0 estudos das ilhas Bubaque e Boloma deveria ser realizadaanualmente.
A opçâo feita pelo Projeto PNUD/DCTD GBS 87/002 de recorrer exclusivamente a obras abandonadas éarrlscada. A realizaçâo de obras especificas complementares deve ser prevista sériamente, além das que jâ Sâoprevistas para a regiâo de Bissau.
o nivelamento dos pontos de medidas deve ser sistemâtico. 0 material e 0 know-how necessârios para essaoperaçâo acham-se disponiveis na DGRH.
o acompanhamento da rede nacional deveria incluir as seguintes medidas:
- os niveis d'âgua numa base mensal,
- as condutividades elétricas nos mesmos pontos d'âgua, corn a mesma frequência.
A formaçâo referente às leituras piezométricas e às medidas de condutividade elétrica pode ser facilmenterealizada na prâtica.
Os dados assim coletados deverào ser armazenados numa base de dados. Deve-se prever a extenSâo da que jâexiste na DGRH para esse tipo de dados.
7.4.4 Utilizaçao da Geofisica.
InvestigaçiJes estruturais
As propostas de utilizaçâo da geofisica elétrica feitas em matéria de reconhecimentos estruturais nâo foram
seguidas. Parece certo que isto tem relaçâo corn 0 exame dos cortes feitos nos furos empreendido pelo Projeto
PNUD/DCTD GBS 87/002: esse exame permitiu evidenciar os principais traços estruturais e litol6gicos da
bacia necessârios para uma primeira modelizaçâo hidro-geoI6gica. Desse modo, a necessidade desse tipo de
investigaÇâo geofisica nâo é imediata.
7-10
Por outro lado. é necessano que a DGRH possa ter acesso ao resultados das campanhas de sismica efetuadas
no planalto continental e realizadas no campo das prospecçôes petroleiras.
Contrôle da qualidade da ligua nas zonas costeiras ou insulares
As campanhas de geo-fisica destinadas a pôr em evidência horizontes salgados fomm prosseguidas pela equipe
de geo-flsica da DGRH. Esses estudos cobrem desde jâ uma boa parte das fonnaçôes aqüiferas litorâneas
pouco profundas.
Uma sintese do conjunto das infonnaçôes recolhidas deveria ser realizada incluindo os resultados obtidos
sobre as obras realizadas.
No que concerne os limites da intrusào de âgua salgada nas fonnaçôes profundas e as relaÇôes hidrâulicas
destas tiltimas corn 0 meio maritimo. é muito pouco provâvel que dados significativos possam ser obtidos por
meio da geo-fisica elétrica. Corn efeito. pode-se esperar que os horizontes superficiais salgados. portanto
condutores. mascarem as caracteristicas elétricas dos horizontes mais profondos. Somente as infonnaçôes de
carâter estrutural recolhidas através de campanhas de geo-fisica sismica pennitiriam apoiar hisp6teses
realistas.
Relaçoes lenç6is·estutirios
Nao existe um meio de investigaçao de terreno que pennita obter uma infonnaçao detalhada sobre esse tipo de
fenômeno.
No tocante às fonnaçôes superficiais. campanhas de geo-ffsica elétrica poderiam ser organizadas. mas corn
esperanças de menos êxito que nas zonas litorâneas. Corn efeito; as salinidades postas em jôgo sao geralmente
menos elevadas que na borda do mar.
No que concerne uma visao mais regional do fenômeno. 0 modela previsto no Projeto de Distribuiçao de Agua
Potâvel e de Drenagem das Aguas Pluviais em Bissau deveria pennitir a elaboraçao de hip6teses sobre esses
intercâmbios e sobre sua evoluçao em funçao do aumento da exploraçao das âguas subterrâneas.
7.4.5 Interpretaçâo das experiências de bombeamento
o Método de Experiências Simplificadas sobre Poços deve ser generalizado para esse tipo de obras. Corn
efeito. esse método constitue uma referência metodol6gica que pennite a comparaçao dos resultados obtidos
sobre diferentes obras.
Nao foi possivel encontrar um exemplar da brochura correspondente à DGRH em Bissau. Cabe ao CIEH
difundir essa brochurajunto à Administraçao nacional. aos Conselheiros ou aos Departarnentos de Estudos.
A critica sistemâtica das experiências de bombeamento iniciada pela projeto PNUD/DCTD GBS 87/002 deve
ser prosseguida Isto estâ previsto no projeto apresentado no anexo B. Esse trabalho concerne:
7-11
- as obras do tipo hidraulica aldea, quer se trate de poços jli feitos (para os poços futuros cf. acima) quer
de furos ; as experiências nao interpretâveis silo numerosas ; isso nao impede que algumas delas
possarn fornecer indicaçôes validas sobre os parâmetros hidro-dinâmicos ;
- os furos profundos: neste casa, as experiências de bombeamento interpretâveis silo majoritarias.
Entretanto, uma reinterpretaçao é muitas vezes necessâria, como demonstrou 0 trabalho realizado pelo
projeto mencionado acima.
7.4.6 Arquivamento informatico.
Estâ previsto que 0 fichario "aldeias" elaborado pela Projeto PNUD/DCTD GBI 87/002 seja integrado à base
de dados BADGE elaborada corn financiamento francês, permitindo a esta tornar-se um instrumento de
planificaçao.
Os dados jli armazenados deverno ser postos em dia mediante a ajuda dos dados controlados pela Projeto
PNUD/DCTD. Isto concerne, particularmente :
- as transmissibilidades reinterpretadas ;
- os cortes geol6gicos e as dataçôes correspondentes.
Essa base de dados deverli ser posta em dia regularmente, à medida que novos dados forem sendo adquiridos.
Novas funçôes deverao ser criadas para 0 armazenamento :
- das leituras piezométricas, .
- do inventario dos mananciais e do acompanhamento dos débitos,
- dos hist6ricos de amostras que serno iniciados no âmbito do Projeto de Distribuiçao de Agua Potâvel e
de Drenagem das Aguas Pluviais em Bissau.
Quando da missilo, a apresentaçao das funçoes dos m6dulos instalados foi feita pela pessoa! nacional que
mostrou assim seu dominio do assunto. Trata-se de um verdadeiro sucesso em matéria de formaçao e disso
deveria inspirar-se 0 conjunto das atividades que versam sobre transferência de tecnologia.
7.4.7 Mapas hidro-geol6gicos
Essa sintese e os mapas estavam sendo realizados na época da missao. Prevê-se sua ediçao corn a ajuda de um
software especializado que ainda nao estava definido na época da missilo.
Esta maneira de proceder deveria permitir sua atualizaçao à medida que novos dados fossem sendo adquiridos.
7.4.8 Manutençao do material.
A manutençao corrente das sondas elétricas, condutimetros e medidores de ph, e mesmo de um potenciômetro,
nao requer um conhecimento particular, mas uma leitura atenta da noticia e a conservaçao da mesma.
Esse tipo de manutençao poderia entào ser garantido pela serviço utilizador.
7-12
Os consertos mais delicados requerem a disponibilidade dos esquemas dos circuitos impressos e/ou doscomponentes elétricos, 0 que, em geral, nllo acontece. Conforme 0 valor do material considerado, talvez devase prever pô-Io de lado ou envia-Io de volta ao fabricante. Para proceder a esta ultima operaçllo, ascoordenadas dos fomecedores e/ou fabricantes devem ser sistematicamente fomecidas à DGRH pelosfinanciadores e/ou seus empreiteiros.
7.4.9 Formaçào
Assim, uma formaçllo do pessoal da DGRH é necessâria nos seguintes dominios:
- formaçllo na pratica do pessoal encarregado do acompanhamento das redes,
- interpretaçllo das experiências de bombeamento, particularmente no que conceme os aqüfferos depermeabilidade de fratura,
- utilizaçllo dos instrumentos informaticos cartogrâficos,
- programaçllo corn DBASE,
- modelizaçllo dos recursos em aguas subterrâneas.
7-13
ANEXOA
TERMOS DE REFERENCIAS ESPECIFICOS A GUINE BISSAU
1. Hidrometeorologia
- Piano de desenvolvimento do Serviço Meteorol6gico Nacional e principalmente pianos de açao anuaise objetivo para 1991 ;
- previsoes de refôrço em matéria de pessoal, instrumemos e outros meios materiais, programa de
formaçao do pessoal ;
- adequaçao da rede de estaçoes atualmente definida, imegraçao à rede das estaçoes geridas peloM.R.N.!. e pela M.D.R.P.:
- modernizaçao do modo de transmissao dos dados prevista no âmbito do programa AGRHYMET;
- informatizaçao do contrôle, do processamento e da publicaçao desses dados, levando-se em contaprincipalmente 0 programa de aquisiçao do material;
- definiçao do ateliê de manutençao e de calibraçao dos instrumentos, oportunidade de um ateliêcomum corn as Divisoes Hidrologia e Hidrogeologia da D.G.R.H. ; esse ateliê é previsto pelo projetoAGRHYMET;
- estudos freqüenciais e de sintese a serem empreendidos.
2. Aguas de superficie
- definiçao oficial das atribuiçoes da Divisao Hidrologia da D.G.R.H. ;
- propostas que estào sendo elaboradas pela ORSTOM no âmbito do Piano Diretor para a Agua (cf.projeto GBS/87/002) e que concernem :
* previsoes de refôrço em matéria de pessoal, instrumentos e outros meios materiais, programa deformaçao do pessoal ;
* definiçao da rede nacional hidrométrica, principalmente a implantaçao de estaçoes de contrôle
das marés, os tipos de equipamento das diversas estaçoes da rede ;* estabelecimento e contrôle das curvas de tara das estaçoes, aplicaçao dos métodos de mediçao ;
- estudos a fazer sobre as bacias vertentes submetidas à influência das marés (medida dos escoamemos,avaliaçao do balanço) em funçao do trabalho preliminar executados pela ORSTOM sobre esseassumo;
- propostas que estào sendo elaboradas pela ORSTOM (cf. PIano Diretor) e que concemem asmodalidades para 0 estabelecimento do inventario dos recursos em agua de superficie levando emconta principalmente todas as barragens de acumulaçao existentes nas bacias vertentes e as amostras
gravitacionais ou por bombeamento, a definiçao e a articulaçao dos ficMrios ;
• instalaçao dos softwares informaticos de exame dos dados, crftica e processamento desses dados, de
ediçào dos resultados e das publicaçoes (previstas pela ORSTOM no âmbito do PIano Diretor) ;
- medida de todos os parâmetros hidrometeorol6gicos e hidrol6gicos em uma ou duas bacias vertentesexperimentais para ter-se uma referência de avaliaçao das contribuiçoes, estiagens e cheias para
pequenos trabalhos de aproveitamento ;
A-l
- eventual implamaçao de estaçoes de medida da qualidade da agua e especialmente de transportess6lidos (carregamento, matérias em suspensao) em funçao dos futoros trabalhos de aproveitarnento ;
- manutençao e calibraçao dos materiais de mediçao em comum ou nao corn a hidrogeologia e/ouhidrometeorologia, interêsse de ateliês elementares nas delegaçoes regionais de Bafata e Gabu.
Observaçao : a critica dos dados da seqüência 1977-2988 sobre as seis estaçoes atualmente observadas e dastabelas de tara esta sendo feita pela ORSTOM.
3. A.guas subterrâneas
- Previsôes de refôrço em matéria de pessoal, instrumentos e outros meios materiais, fonnaçao dopessoal
- Definiçao da rede piezométrica que cobre 0 conjunto do territ6rio, da rede particular da cidade deBissau; oponunidade de retomar 0 acompanhamento da rede das i1has Bijagos; em andamentoatualizaçao do inventârio dos pontos d'agua (Projet GBS 87/002)
- Oponunidade da modelizaçao dos aqüiferos sedimentares em ligaçao corn as redes piezométricas
- Natureza dos controles a serem feitos (nfvel do lençol, salinidade, analises qufmicas, ritmo dasmedidas a serem feitas em cada rede, modo de exploraçao das leituras, fonnaçao do pessoal nacionalpara esses controles).
- Generalizaçao de um procedimento nonnalizado de experiências de débito tipo experiênciassimplificadas segundo 0 método CIEH-BURGEAP corn possibilidade de experiências maisaprofundadas sobre obras muito solicitadas (furos para a cidade de Bissau, por exemplo)
- Coerência das modalidades de estabelecimento do inventârio dos recorsos em âguas subterrâneas e dascaracterfsticas das obras jâ executadas, previstos pelos projetos Cooperaçao francesa e GBS 87/002;definiçao e articulaçao dos fichârios.
- Instalaçao dos softwares de armazenamento, critica, processamento de dados e ediçao dos resultados esfntese, em andamento no projeto Cooperaçao francesa.
- Programa de prospecçao geofisica para 0 estudo da bacia sedimentar e dos limites profundos daintrusao de âgua salgada, proposto pelo relat6rio LACHAUD (conse1heiro do projeto GBS 87/002)
- Elaboraçao das sfnteses hidrogeol6gicas e do mapa hidrogeol6gico em escala 1/200 000 ou 1/500 000(em andamento no projeto GBS 87/002).
- Estudo das relaçOes lenç6is-rios especialmente no tocante ao risco de salinizaçao dos lenç6is e nahip6tese de uma exploraçao coordenada, a prever por zonas escolhidas pelo PIano Diretor.
- Manutençao e calibraçao dos instrumentos num ateliê em comum ou naD corn a hidrologia e/ouhidrogeologia.
A-2
ANEXOB
FICHAS DE PROJETOS
PAIS
DATA
DOCUMENTO DE PROJETO N°l
GUINÉ BISSAU
Abril1991
TITULO PROPOSTO
AGÊNCIA GOVERNAMENTALDE EFETIVAÇAO
DURAÇAO ESTIMADA
CONTRIBUIÇAO INTERNACIONALPROVISORIA
CUSTO HOMOLOGADO ESTIMADO
FONTE DE FINANCIAMENTO
. B-Projelo N°}-}
Reorganizaçao do serviçohidrol6gico daGUINÉ BISSAU
Ministério dos Recursos NaturaisServiço Hidrol6gico Nacional
Dois anos
2375000FF
A calcular
A buscar
1. Justificativas
o serviço hidrol6gico nao possue as infra-estruturas necessârias a seu pleno funcionamento. 0 pessoal, embora
em numero suficiente, nem sempre tem a fonnaçao adequada .
2. Objetivos
Osobjetivos de um serviço hidrol6gico nacional podem ser classificados assim :
- Gestao do conjunto das estaçôes hidrométricas do pais, colheita dos dados limnométricos de base,
medidas dos débitos e calibraçao das estaçôes.
- Gestao dos bancos de dados que concernem a hidrologia de superficie : alturas limnométricas,
calibragens, débitos instantâneos, débitos diarios, pluviometria, transportes s6lidos e qualidade das
âguas.
- Comunicaçao dos dados a todos os serviços utilizadores através da publicaçao anual de um anuario
hidrol6gico.
- Realizaçao ou participaçao em estudos de exeqüibilidade de aproveitamentos hidrâulicos e de sens
impactos sobre 0 meio ambiente.
3. Meios e resultados esperados
Infra-estruturas da direçao do serviço dependente do Ministério dos Recursos Naturais em Bissau:
* Construçao ou disponibilidade de um armazém-ateliê
* Construçao ou disponibilidade de uma sala de documentaçao e de arquivos
* Complemento de material infonnâtico
* Equipamento para 0 conserto e a manutençao do material de hidrometria
* Compra de um veiculo
Infra-estruturas das brigadas decentralizadas
* Criaçao de uma brigada para a zona SUL (em CACINE ou CATlO)
* Compra de um veiculo para todo terreno para cada brigada
* Reserva minima de material hidrol6gico
4. Formaçao
*Formaçao em hidrologia operacional moderna para 0 responsavel de serviço (estâgio programado de S
semanas ORSTOM, MONTPELLIER)
*Formaçao dos chefes de brigada para a medida hidrol6gica e para 0 conserto do materia! hidrométrico
S. Resultados esperados
Em um prazo de dois anos, pode ser instalado um serviço hidrol6gico competente e que possua meios defuncionar.
6. Orçamento de previsao .
Infra-estrutura imobiliâriaInfonnatica
4 veiculos equipados
Materia! hidrol6gico
Formaçào
Materia! mil1do e funcionamentoPerito (l mês)
Montante total
B-Projeto N°1-3
SOO.OOO FF
200.000 FF
SOO.OOO FF
SOO.OOO FF
200.000 FF
100.000 FF
7S.OOO FF
237S000FF
PAîs
DATA
DOCUMENTO DE PROJETO N°2
GUINÉ BISSAU
Abril1991 Reabilitaçao edesenvolvimento da rede de
TîTULO PROPOSTO
AGÊNCIA GOVERNAMENTALDE EFETIVAÇAO
DURAÇAO ESTIMADA
CONTRIBUIÇAO INTERNACIONAL
PROVIS6RIA
CUSTO HOMOLOGADO ESTIMADO
FONTE DE FINANCIAMENTO
B-Projeto N°2-1
observaçôes hidro16gicas nos "biefs"cominentais dos grandes rios
Ministério dos Recursos NaturaisServiço Hidro16gico Nacional
Tres anos
4580000FF
A calcular
A buscar
1. Justificativas
A aquisiçao de dados hidrol6gicos fiâveis e utilizaveis nos projetos de aproveitarnento assenta na existência
de uma rede optimal de estaçôes hidrométricas. A rede atual necessita de numerosas reformas, equipamento de
limn6grafos, um importante trabalho de medidas para a calibraçao das estaçôes e a criaçao de novas estaçôes.
2. Objetivos
Essa rede racional é concebida para atingir os seguintes objetivos :
- Conhecimento do regime hidrol6gico dos grandes rios do pais e de sua evoluçao em funçao das
flutuaçôes climaticas e da modificaçao da ocupaçao dos solos (desmoita, cultivos...)
- Disponibilidade dos serviços utilizadores de dados para a gestao do recurso em âgua e a previsao das
inundaçôes ou das estiagens.
- Disponibilidade de dados de base para os estudos de exeqüibilidade dos aproveitarnentos
- Conhecimento preciso dos débitos que entram no territ6rio da GUINÉ BISSAU para uma gestao imer
estados das bacias partilhadas.
3. Meios e resultados esperados
- Reforma das estaçôes conforme trabalhos explicitados nas fichas de estaçôes.
- Calibraçao ou revisao de calibraçao em todas as estaçôes.
- Instalaçao de quatro plataformas de aquisiçao e de teletransmissao do tipo PH 18:
PONTE PIRADA, SINTCHA KAGNA, CADE e BELl e aquisiçao de uma estaçao de recepçào.
- Instalaçao de nove limn6grafos CHLOE C: BAFATA, CONTUBOEL, SONACO, SALTINHO,
TCHE-TCHE, CABUCA, BUCURE, BAFATA PORTAGEM eGABU.
o desenvolvimento dessa rede deverâ ser orientado por um perito em hidrologia especializado na instalaçao de
estaçôes modemas de aquisiçao de dados, e que ficarâ junto à DH durante 0 tempo do projeto.
A duraçao necessâria para esse programa é de tres anos, aproveitando-se das invemadas para as medidas de
calibraçàO das estaçôes. 0 resultado esperado é a instalaçao de uma rede racional e modema.
B-Projeto N°2-2
4. Orçamento de previsao
Reforma das estaçôes 200.000 FF
Calibraçâo ou revisâo de calibraçâo 200.000 FF
Instalaçâo de quatro plataformas de aquisiçâo 300.000 FF
Estaçâo de recepçâo 200.000 FF
Instalaçâo de nove limn6grafos Cm..OE C SOO.OOO FF
Material miudo, funcionamento, locaçâo de canais satélite 300.000 FF
Salano e despesas de funcionamento do coordenador 2 880 000 FF
Montante total
B-Projeto N°2-3
4580000 FF
PAis
DATA
DOCUMENTO DE PROJETO N°3
GUINÉ BISSAU
Abril1991
TÏTULO PROPOSTO
AGÊNCIA REGIONAL
DE EFETIVAÇÂO
DURAÇÂO ESTIMADA
CONTRIBUIÇÂO INTERNAclONALPROVISORIA
CUSTO HOMOLOGADO ESTIMADO
FONTE DE FINANCIAMENTO
Gestao das bacias partilhadas doGEBA e do·CORUBAL
Organizaçao para a Valorizaçaodo Gâmbia
Ap6s estudo de exeqüibilidade
80000FF(exeqüibilidade do projeto)
A calcular
A buscar
Esse projeto s6 pode ser iniciado se existir um serviço hidrol6gico competente e se a rede de observaçôes dos
rios permitir 0 contrôle dos débitos que entram na GUINÉ BISSAU. Ele concerne os tres paises : GUINÉ
BISSAU, GUINÉ CONACRY e SENEGAL. Deve ser realizado no interior da OMVG, organismo inter-estados
que tem por funçao a valorizaçi\o concertada das bacias do GEBA e do CORUBAL.
B-Projeto W3-1
1. Justiticativas
o territ6rio da GUINÉ BISSAU encontra-se abaixo das bacias dos dois grandes rios GEBA e CORUBAL que
nascem na GUINÉ CONACRI e no SENEGAL. Seus recursos hidniulicos sao condicionados pelos débitas
desses rios na entrada do pais. Importantes projetos de aproveitarnento hicWulico criaram-se para 0 alto desses
rios (barragem do ANAMBE no SENEGAL) ou estào sendo estudados (central hidro-elétrica no KOLIBA na
GUINÉ CONACRI). Da mesma fonna, 0 projeto de central na GUINÉ BISSAU, em SALTINHO, no
CORUBAL, induziria uma inundaçào de terras na GUINÉ CONACRI.
2. Objetivos
Do ponto de vista do aproveitarnento concertado dessas bacias, é precisa poder simular 0 funcionamento das
instalaçôes existentes e seus impactos sobre 0 recurso, definir as regras de gestào e clar meios aos tres estados
para verificarem se as instruçôes de gestào sao respeitadas por todos os utilizadores.
3. Meios e resultados esperados
- Nivelamento de um modela chuva-débito nessas bacias para detenninar 0 recurso e reconstituiçôes de
crônicas de débitos. Essa açào requer a homogeneizaçao dos dados hidro-pluviométricos existentes,
um refôrço das redes hidrométricas e pluviométricas nos tres estados para as bacias concemidas.
- Inventario dos aproveitamentas previstos e de suas caracteristicas, simulaçao do funcionamento dos
sistemas de ligua em funçào da gestào prevista. Um modelo deve ser concebido para cada bacia. A
partir dos resultados dessas simulaçôes, as regras de gestào estào definidas.
- Uma rede de aquisiçao e de transmissao dos dados em tempo real permitiria aos tres paises
concemidos conhecer os débitos nas articulaçôes dos sistemas.
- Esse projeto requer a participaçao de um hidr610go perito em modelizaçao e gestào das liguas.
- A instalaçào dos modelos e dos sistemas de transmissao de dados em cada estado exigirâ a formaçào
do pessoal concemido.
4. Orçamento de previsao
Para esse projeto, uro orçamento de previsao s6 pode ser feito depois de um estudo do estado das redes e dos
serviços concemidos. Um estudo da exeqüibilidade do projeto poderia ser proposto à OMVG.
S. Estudo de exeqüibilidade do projeto
B-Projeto N°3-2
80000 FF
PAis
DATA
DOCUMENTO DE PROJETO N°4
aUINÉ BISSAU
Abril 1991 INSTALAÇÂO
DE BACIAS VERTENTES
TITULO PROPOSTO
AGÊNCIA GOVERNAMENTALDE EFETIVAÇÂO
DURAÇÂO ESTIMADA
CONTRIBUIÇÂO INTERNACIONAL
PROVISORIA
FONTE DE FINANCIAMENTO
B-Projeto N°4-1
REPRESENTATIVAS E EXPERIMENTAIS
NO DOMÎNIO CONTINENTAL
Ministério dos Recursos NaturaisServiço Hidro16gico Nacional
Tres anos
800 OOOFF
A buscar
1. Justificativas.
Como complemento da rede de observaçôes hidrol6gicas nos rios importantes, as bacias vertentes
representativas permitem conhecer 0 recurso em Agua dos pequenos sistemas hidrol6gicos. Uma prioridade
cada vez maior é dada às micro-realizaçoes hidro-agricolas cuja gestào parece mais adaptada às sociedades
rurais que os grandes aproveitarnentos agricolas. A GUINÉ-BISSAU pratica de modo tradicional a agricultura
de baixio (arrozais, plantaçâo de cana de açucar, bananais...). 0 domfnio das cheias e a possibilidade de
armazenar Agua permitiriam modemizar e rentabilizar essa agricultura.
2. Objetivos
- Possoir no territ6rio nacional referências sobre os pequenos sistemas hidrol6gicos corn vistas a
caracterizar 0 recurso em Agua, estudar a evoluçâo desse recurso em relaçâo corn 0 aproveitarnento do
territ6rio e dar aos agentes do aproveitamento a informaçâo necessâria para as obras de travessia, as
barragens de terra e os diferentes aproveitarnentos hidro-agricolas.
- Afinar, para a GUINÉ BISSAU, os métodos de pre-determinaçâo das contribuiçôes anuais e das cheias
excepcionais conhecidas na Arrica do Oeste.
3. Meios e resultados esperados
- Instalaçâo de tres conjuntos de bacias vertentes representativas para cobrir a diversidade ecol6gica do
pais: Rio JUMBEMBEM, Rio COMPOSSA em GABU, Rio BANALA em GADAMAEL
- Observaçôes hidro-pluviométricas dur30te tres 3Oos.
- Extrapolaçâo das relaçôes chuva-débito no tempo para as bacias vertentes representativas encaixadas.
- Regionalizar os resultados para extrapolar os dados hidrol6gicos para bacias nâo observadas.
4. Orçamento de previsâo para um conjunto de bacias vertentes representativas
Equipamento das bacias encaixadas
Compra de um veiculo para todo terreno
Funcionamento (ao menos 3 anos)
Montante total
300.000 FF200.000 FF
300.000 FF
800000FF
PAis
DATA
DOCUMENTO DE PROJETO N°S
GUINÉ BISSAU
Abril1991
TÏTULO PROPOSTO
AGÊNCIA GOVERNAMENTALDE EFETIVAÇÂO
DURAÇÂO ESTIMADA
CONTRIBUIÇÂO INTERNACIONAL
PROVISORIA
CUSTO HOMOLOGADO ESTIMADO
"FONTE DE FINANCIAMENTO
B-Projelo N°S-I
Instalaçao de bacias vertentesexperirnentais nos vales salobroscorn vocaçao rizicola
Ministério do DesenvolvirnentoRural
Urnano
1 300 ()()() FF
A calcular
A buscar
1. Justificativas
A rizicultura é uma tradiçào dos baixios de estuano salobros da GUINÉ BISSAU. Essa cultura tende a
desenvolver-se corn os novos habitas alimentares. Numerosos projetos de desenvolvimenta tentam intensificâ
la. 0 estudo da DGIS dos Paises-Baixos indica a existência de 39 aproveitamentos hidro-agricolas nos baixios
salobros da GUINÉ BISSAU. A obra principal desses aproveitamentas é uma barragem anti-sal que comporta
um dique de terra e uma construçao de cimenta que pennite a evacuaçào das âguas. Muitos desses
aproveitarnentos foram abandonados por causa de erros de concepçao ligados à falta de informaçao
hidrol6gica. Dos 39 aproveitarnentos, contarn-se : Il barragens rompidas, 1 mal instalada, e 2 avariadas.
2. Objetivos
- Adaptar os métodos de predeterminaçoes hidrol6gicas estabelecidos em CASAMANÇA para baixios
de clima mais ûmido.
- Realizar uma tipologia dos baixios salobros.
- Fomecer instrumentos de fomento à decisao para instalaçoes anti-sal.
3. Meios
- Observaçao durante tre~ anos de dois vales salobros a serem escolhidos juntarnente corn os serviços do
Ministério do Desenvolvimento Rural (um no Norte, outro no Sul). Hidrologia e pedologia.
- Tipologia a partir do conjunta de imagens SPOT dos vales rizi-cultivâveis da costa da GUINÉ
BISSAU. Extensào espacial dos parâmetros hidrol6gicos e pedol6gicos.
- Intervençao necessâria de um especialista em pedologia conhecedor dos solos de mangrove e de um
hidr610go especialista em aproveitarnento nos estuanos.
4. Orçamentos de previsâo
Equipamenta de um vale
Cornpra de um veiculo para todo terreno
Funcionamento anual para um vale
Tipologia, teledetecçao
Intervençào dos peritos em hidrologia e pedologia
Montante total
300.000FF
200.000FF
l00.000FF
400.000FF
300.000FF
1300 OOOFF
PAis
DATA
DOCUMENTO DE PROJETO N°6
Guiné Bissau
Abril 1991 Assistência técnicajunto à DGRH para
TÎTULO PROPOSTO
AGÊNCIA GOVERNAMENTALDE EFETIVAÇÂO
DURAÇÂO ESTIMADA
CONTRIBUIÇÂO INTERNACIONAL
PROVISORIA
CUSTO HOMOLOGADO ESTIMADO
FONTE DE FINANCIAMENTO
Avaliaçao dos Recursos em AguasSubterrâneas
Direçao GeraI dos Recursosem Agua
4anos
us $ 3 232250
A calcular
A decidir
1. FioaJidade do aproveitamento e seus Jaços corn 0 programma para pais
1. Programa para 0 Pais
A Guiné Bissau é provida de recursos em ligua subterrânea que permitem satisfazer amplamente a demanda
atual, tante em ligua potâvel quanto em ligua destinada à irrigaçao.
De um modo geral, essa ligua é de boa qualidade.
É previsivel que se 0 desenvolvimento dos recursos no terço Leste do pais, em zona de soclo, permanecer
relativamente limitado, 0 desenvolvimento dos recursos da bacia sedimentar ici acelerando-se.
Ao contrârio do que se passa muito geralmente, ainda é possivel adquirir um conhecimento detalhado dos
recursos em liguas subterrâneas antes de elas serem submetidas a uma exploraçao importante. Isto permitiria
planificar seu desenvolvimento de maneira racional e evitar fenômenos de exploraçao local excessiva que
levam a recorrer ao tratarnento de ligua de superficie que, geralmente, é muito mais caro que a utilizaçao das
liguas subterrâneas.
2. Objetivos do Projeto
A primeira sintese hidrogeol6gica foi realizada pela DGRH no âmbito do Projeto PNUD/DCTD GBS 87/002.
Esse trabalho permite fazer um balanço dos conhecimentos hidrogeol6gicos adquiridos : identificaçao das
principais unidades aqüiferas e suas caracteristicas geométricas, identificaçao dos horizontes semi-permeâveis
intercalares. Diversas hip6teses foram lançadas a respeito do funcionamento do sistema aqüifero em seu
conjunto assim como da estimaçao de certos fluxos.
Para avançar no conhecimento dos recursos em liguas subterrâneas e de sua parte explorlivel, é precisa adquirir
dados de terreno complementares, particularmente os que versam sobre os parâmetros dependentes do tempo,
dados estes que nao sao disponiveis no momento.
A organizaçao dessa colheita, tante do ponto de vista logistico quanto técnico, 0 armazenamento
informatizado e 0 processamento dos dados sac os elementos mais importantes deste Projeto.
II. EJémentos mais Importantes
1. Realizaçao e atuaJizaçao dos inventârios
a. Poços efuros
o Projeto PNUD/DCTD procedeu muito localmente a uma atualizaçao do inventârio dos furos na bacia
sedimentar. Esse trabalho deve estesder-se a todo 0 pais e aplicar-se ao mesmo tempo às obras modemas
realizadas na bacia sedimentar e às que foram executadas na zona de soclo. A enquete deverli ser feita sobre 0
material de bombeamento, 0 ritrno da exploraçao e seu débito, as operaçôes seguintes: aprofundamento,
drenagem, desabamento, e sobre as razôes de um abandono eventual.
B-Projeto N°6-2
b. Mananciais e emergências de /ençois:
o ûnico documento atualmente disponfvel neste domfnio é 0 Mapa das Ressurgências dos Lenç6is
Identificados por Foto-interpretaçào. Este documento foi realizado em escala 1/100 000 em 1982 pela projeto
Inventârio dos recursos em agua em vista de aproveitamentos hidraulicos corn finalidades mliltiplas na Guiné
Bissau.
Esse documento permite orientar as pesquisas no terreno, mas é precisa completar a informaçao nele contida
para:
- obter uma primeira estimaçao dos débitos disponfveis,
- captar melhor as possibilidades de equipamento dos mananciais, particularmente em zona de soclo.
o inventârio versara sobre a descriçao do contexto geol6gico e hidrol6gico, 0 débito no momento da visita, 0
aproveitamento atual ou previsfvel, 0 interêsse em praticar medidas de débito peri6dicas no ponto d'agua
considerado.
2. Instalaçâo e operaçao de redes de medidas
Realizaçao de uma rede de vigilância piezométrica das diferentes unidades aqüfferas : criaçao de piezômetros,
utilizaçao de obras existentes depois de um controle sobre sua possibilidade de serem usadas para esse tipo de
operaçao.
Instalaçao de uma rede de controle do débito dos mananciais e emergências dos lenç6is : seleçao de lugares
caracterfsticos e equipamento.
Nivelamento das redes.
Observaçao atenta da evoluçao da qualidade das aguas, particularrnente na zona litorânea.
Assistência à DGRH no campo da manutençao da rede e da organizaçao das rondas.
Controle e verificaçao da coerência das medidas realizadas.
Armazenamento informatizado das medidas.
Interpretaçào das séries de medidas.
3. Controle da iDvasâo das formaçôes aqüfferas pela âgua salgada de origem marftima.
Sfntese e crftica dos estudos geofîsicos existentes.
Campanhas complementares e seleçao de lugares para a realizaçao anual de sondagens elétricas.
B-Projeto W6-3
4. Aquisiçao dos parâmetros hidrodinâmicos
Prosseguimento do trabalho empreendido pelo projeto PNUD/DCTD GBI 87/002 sobre a reinterpretaçâo das
experiências de bombeamento.
s. Recomendaçâo para 0 prosseguimento das operaçoes para depois do final do Projeto
- Ajustamento do tarnanho das redes piezométricas e das medidas de débita dos mananciais.
- Freqüências das medidas e equipamento a instalar nessas redes para uma exploraÇâo rotineira.
- Anâlise das causas dos incidentes observados nos poços e furos, e transcriçâo dos resultados em
termos de equipamento e/ou de disponibilidade do recurso.
- Primeira interpretaçâo das séries piezométricas bem coma dos hist6ricos de débito de mananciais e de
emergências em termos de disponibilidade do recurso.
- Prosseguimento do controle do avanço das aguas salgadas de origem maritima por meio da geofisica
elétrica.
m. Estratégia do projeto
1. Qais sao as pessoas e/ou instituiçôes que serâo beneficiados ern prirneiro lugar corn os resultados etividades do projeto ?
A Direçâo Gerai dos Recursos Hidricos sera a primeira beneficiâria do Projeto:
- no campo da aquisiçâo dos dados de terreno,
- a médio prazo, no campo da planificaçâo dos recursos em agua obtendo a possibilidade de precisar os
resultados do Piano Diretor.
A aquisiçâo dos dados favorecera também 0 Ministério do Desenvolvimento Rural e da Agricultura, e Agua e
Eletricidade de Guiné Bissau que é responsavel pela distribuiçâo de agua em Bissau.
2. Beneficiârios designados
Os beneficiârios designados sao 0 conjunto dos utilizadores de agua, além das populaçoes rurais e da
agricultura.
3. Acordos para a efetivaçao do Projeto
o projeto sera realizado em colaboraçâo corn a Direçâo Gerai dos Recursos Hidricos. Ele empregara um
conselheiro em tempo integral; dois outros conselheiros intervirào em periodos de tempo limitados no dominio
da organizaçâo e do controle dos trabalhos de furos e no da prospecçâo geofisica elétrica aplicada àhidrogeologia.
4. Estratégia alternativa de efetivaçao
No momento da missao, uma Iieitaçao sobre a Distribuiçao de Agua Potavel e a Drenagem das Aguas Pluviais
em Bissau estava sendo examinada. Essa licitaçao lançada pela Banco Africano de Desenvolvimento contém
uma parte importante destinada à modelizaçao do sistema aqüffero nos arredores de Bissau. 0 objetivo deste
modela é a simulaçào de diferentes altemativas de desenvolvimento das liguas subterrâneas para a alimentaçao
de Bissau em ligua potavel.
Os termos de referência sao muito gerais, e as ofertas aceitas ap6s uma primeira seleçao nao puderam ser
examinadas.
No entanto, fica patente que:
- a originalidade do projeto consiste em começar a construçao de um modelo ao passo que nao se
encontra disponivel nenhum dado de terreno sobre a evoluçao da piezometria e sobre 0 hist6rico dos
débitos extraidos.
- 0 ajustamento do modela esta previsto para depois da realizaçao de uma rede de medidas
piezométricas e sua exploraçao em varios anos.
Os comentarios feitos quando da missao realizada no âmbito do projeto Sintese Hidrogeol6gica na Âfrica Sub
saariana tocam nos seguintes pontos :
- 0 modela s6 permit.irâ a obtençao de resultados significativos na medida em que ele cobrir a totalidade
da parte sedimentar da Guiné Bissau, e isto por motivos Iigados a :
· a pr6pria modelizaçao,
· a representatividade do modelo nos setores de interêsse,
· a utilizaçao do modela comp instrumento de planificaçao do desenvolvimento dos recursos em
liguas subterrâneas.
- a colheita dos hist6ricos piezométricos s6 esta prevista para os arredores imediatos de Bissau.
Assim, 0 Projeto que consta deste documento pretende permitir, entre outras coisas :
- a vigilância piezométrica na totalidade da baeia sedimentar,
- contribuir para 0 conhecimento e para a localizaçao dos mananeiais e emergências de lenç6is que
constituem um dos fluxos a serem levados em conta para simular 0 sistema aqüifero.
Sua coordenaçao no tempo corn 0 projeto citado aeima deverli portanto ser expressamente garantida.
Por outro lado, a DGRH tem em vista a realizaçao de uma dezena de piewmetros corn a ajuda da Cooperaçao
francesa. Tais piewmetros sao previstos somente para as formaçôes mais superficiais.
B-Projeto N°6-S
Evidentemente, a localizaçao dos equipamentos previstos pelo Projeto que consta deste documento, e os
mencionados acima deverào ser objeto de um concertamento.
IV. Compromisso do Pais Beneficiârio
1. Apôio hom61ogo
A qualidade dos executivos, técnicos e trabalhadores da Direçao GeraI de Hidraulïca é boa. Sua participaçao
no Projeto é indispensâvel assim coma a do pessoal das diferentes bases operacionais.
2. Acordos Legais e Extensâo Futura de Pessoal
o Projeto nao requer 0 recrutamento de pessoal nacional fora da DGRH.
V. Riscos
Este projeto faz parte de um grupo de projetos nacionais propostos ap6s a avaliaçao hidrol6gica na Arrica sub
saariana. Devera ser assegurada a coordenaçao corn as outras açoes bi-Iaterais ou multilaterais nos domfnios
similares.
Por outra lado, existe 0 risco de, no fim do projeto, a Direçao Gerai dos Recursos Hidricos nao poder assumir
sozinha 0 prosseguimento da operaçào das redes, coma esta acontecendo agora corn a unica rede piezométrica.
Isto tarnbém é vâlido para a manutençao do material e a compra de peças sobresselentes. Antes do final do
projeto, devera ser feito um orçamento para garantir essas diferentes operaçoes, orçamento que devern ser
submetido à Secretaria de Estado dos Recursos Naturais, depois ao govêmo que decidirâ que parte podern ser
assumida por um financiamento nacional e que quantia seria aconselhâvel buscar junto aos financiadores. E
imperativo evitar-se toda e qualquer soluçào de continuidade na exploraçào das redes, particularmente no
momento de uma eventual mudança de financiadores. Situaçoes assim sempre correspondem:
- a uma modificaçào da instalaçao do pessoal nacional,
- a uma parada da manutençào e das medidas,
- a uma destruiçào mais ou menos parcial da rede,
que tomam necessaria uma reabilitaçào ou mesmo uma reconstruçào da rede considerada. Além disso, a
parada das medidas é prejudicial à qualidade da interpretaçào que se pode fazer delas.
B-Projeto N°6-6
VI. Intervençôes
1. Sumârio das Intervençôes
A duraçilo prevista do projelO é de 4 ooos.
Dm conselheiro sera recrutado para essa duraçilo e assumira a direçilo do projeto.
Dm especialista em hidrogeologia sera indicado para 12 meses para a organizaçilo e 0 controle dos trabalhos
de ruro executados pela DGRH.
Dm conselheiro em geofisica sera recrutado para uma duraçilo total de 2,5 meses repartidos em 4 missoes.
A DGRH nomearâ os executivos e técnicos que participarilo do projeto assim coma as equipes destinadas às
obms de furos.
Os trabalhos de furos serào regidos pela DGRH.
2. Orçamento esquemâtico
o orçamento consta do Quadro 1.
3. Estratégias
Nilo se considera que este projeto suscite problemas estratégicos.
B-Projeto N°6-7
Quadro 1 - Orçamento Esquemâtico
~ US$
Nacional !nJernacional
1 Hidroge6logo48 meses
Técnicos192 meses
Indenizaçoes de terreno24.000
1 Hidroge6logo48 meses a 20.000 60.000
Abono de subsist1.440 dias a 150 16.000
Bilhetes de aviao5 IV a 6.000 30.000
1 Hidrogeol. obras12 meses a 16.000 92.000
Abono de subsist365 dias a 150 54.750
Bilhetes de aviaolIV a 6.000 6.000
1 Geofisico2,5 meses a 20.000 50.000Abono de subsist
75 dias a 150 11.250Bilhetes de aviao4IV a 2.500 10.000
Sub Total 1.554.250
EoulDamepto
.1 micro computador 386/33 Mhze impressora
.1 mesa pl traçados
.1 software Base de dados
.Outros softwares
.Matenal de terreno: sondas, resistivimetro termômetros
.4 veiculos leves 4x4
.3 motocicletas
Func!opamepto
Malerial e consurnivelVeiculos
48 meses a 12.000
Trabalbos
Piezômetros3200 ml x 250
TOTAL
B-Projeto N°6-S
20.0003.0001.5002.500
10.000120.00030.000
25.000
576.000
800.000
3.232.250
ApêndiceA
Pessoal intemacional
o Chefe de Projeto sera um hidrogeologista possuidor de uma boa experiência nos domfnios seguintes :
- operaçoes de terreno, organizaçao e controle dos trabalhos de furos,
- interpretaçao das medidas e experiências de bombeamento.
o Conselheiro hidrogeologista de obras sera encarregado da organizaçao e do controle dos trabalhos de furos.
o Conselheiro geofisico devera ter uma experiência que se estende ao domfnio da geofisica elétrica aplicada à
hidrogeologia, em particular à investigaçao das intrusoes maritimas.
Apêndice B
Formaçao
Nao esta prevista nenhuma formaçao no exterior. A formaçao sera feita na prâtica.
Apêndice C
Equipamento
1. Equipamento informâtico
1 micro-compulador 386/33Mhz corn 4 Mega octetos de mem6ria central e um disco duro de 120
Mega octetos e sua impressora.
1 Traçador de curvas formata A3
Software de base de dados, de interpretaçao de sondagens elétricas, modelo de interpretaçao de
experiências de bombeamento, e softwares usuais : utilitârios, tabulador, tratarnento de texto, ...
2. Material de terreno
Sondas elétricas, resistivfmetros e termômetros. Estes dois ultimos aparelhos poderào ser agrupados
no mesmo estojo e possuir um mostrador digital.
Potenciômetro para geofisica elétrica: a DGRH adquiriu esse aparelho corn financiamento da
Cooperaçao francesa. S6 restarn portanto os consumiveis: baterias, piquetes de cobre, fios elétricos.
B-Projeto N°6-9
3. Veiculos
3 veiculos leves 4x4
3 motocicletas
4. Equipamento para trabalhos
Tubagens e bocas de filtra PVC. outros materiais para 20 piezômetros de 160 metros de profundidade
média.
B-Projeto N°6-10
ANEXOC
Lachaud J.C.
BIBLIOGRAFIA
PNUD/DTCD Mission Géophysique Assistance à la Direction G~n~rale des Ressources Hydriques GBS 87/002 1987
Deschamps J-M PNUD/DTCD Rappon de Mission Donnus de base en vue de la synthèse hydrog~logique
de l'ensemble de la zone du Socle Paleozoique. R~gions de Gabu-BafataTombali Est
L6pez PNUD/DTCD Rappon de Mission Consultation Hydrogéologique en Guinée-BissauArechavala G.
GBS 87/002
GBS87/002
1988
1989
Chaffaut 1.
Albergel J.Pepin y,
AlbergelJ.Pepin Y.
AudibenM.
BCEOM
ORSTOM
ORSTOM
DGRH
BRGM
BAD
Rappon 1: Ressources en Eau Souterraine Mission d'inventaire des exploitationsactuelles des ressources en eau de la Guinée-Bissau
Etude d'évaluation et d'inventaire des Ressources en Eau de Surface de laGuinée-Bissau. Rappon d'avancement 1: Réseau hydrologique etbanque de données
Etude d'évaluation et d'inventaire des Ressources en Eau de Surface de laGuin~e-Bissau. Rappon d'avancement 2: Analyse des donnéesPropositions d'études
Mais sobre os tipos de aqOfferos.
Etude hydrog~ologique de la nappe profonde du Sén~gal, la nappe Maestrichtienne
Aduction d'eau, evacuation des dechets solides, evacuation des eaux usus:études des ressources en eau. Plan Directeur et étude de pré-investissementpour la région du Grand Bissau
GBS 87/002
GBS 87/002
GBS 87/002
ProjectoBuba
1990
1990
1990
19807
1966
1983
LescopJ.P. BRGM
BRGM
BRGM
BRGM
BRGM
BRGM
BRGM
BRGM
BRGM
BRGM
BRGM
Etude g60physique en vue de l'alimentation en eau dans la région de Gahu
Hydrog~logie villageoise dans la région de Gahu 79 AGE 031
Interprétation photog~logique de la Guinée- Bissau. 79 ROM 027 AF
Mission de Cmographie et de Prospection de la Guin~e·Bissau Tome 1 Etudeg~logiquedu nord-est de la Guinée-Bissau 79 RDM 060 AF
Implantation de 50 puits dans le Nord-Est de la Guinée-Bissau, région de Gabu,secteur de Pirada. 81 AGE 006
Construction de puits dans la région de Gabu. Compte rendu des travaux 82 AGE 009
Recherche d'eau souterraine dans l'Archipel de Bijagos. Resultats desinvestigations - Propositions de travaux, 83 AGE 020
Etude hydrogéologique par sondages électriques en Guinée-Bissau 85 GPH 086
Alimentation en eau des Iles Bijagos et méthodologie de recherche d'eau en zonecotiêres
Alimentalion en eau potable des Iles de Bijagos et methodologie de recherched'eau en zone cotiêre
Archipel de Bijagos et zones littorales du continent. Alimentation en eaupotable: methodologie de recherche et exploitation des eaux souterraines en zonecotiêre. Note methodologique et de synthèse
Col
1978
1979
1979
1980
1981
1982
1983
1985
1985
1987
1988
CAVACO,A. Consideraçoes sobre a hidrologia da Guiné-Bissau. VollD1le 1 19797
CIEH\BRGM Notice d'explication et d'utilisation de la carte de potentialité des ressourcesen eau souterraine de l'Afrique Occidentale et Centrale 1986
CEFIGRE Synthèse des Connaissances sur l'Hydrogéologie de Socle Cristallin etCristallophyllien et du Sédimentaire Ancien de L'Afrique de l'Ouest 1982
CCE Hydraulique Villageoise dans la région de GabU. Relat6rios Trimestrais e 1986/Semestriels 1988
Coopération DGRH Rural Water Supply Development: the Buba-Tombali water project (1978 - 1981) 1982Hollandaise
Division DGRH Relatorio final da prospecçao geoelectrica nas regioes de Quinara e Tombali 1986Géophysique
Division DGRH Prospections géoélectriques à GabU, Bambadinca, Ile de Jeta, Quebo, Contuboel 1986/Géophysique 1987
DRGH\SNV Avaliaçao dos Pontos d'Agua nas Regioes de Quinara e Tombali. Notas internas 19801984198519861989
Mamadu Saliu Contribution à l'étude des ressources en eau souterraine des Iles de BubaqueDiallo et Bolama, Archipel de Bijagos. Thèse de Docteur de l'Université de Bordeaux
Troisième Cycle 1986
Fankovski, Relatorio da construcçao de prospecçao\exploraçao de agua na Republica daUvarou V. Guiné Bissau nos anos de 1984-1987 (Curos S51 à 84) 1987Litvinko V.
MamadovV. Geologia e Mineiros uteis da Republica da Guiné·Bissau 1980
Nations Les eaux souterraines de l'Afrique Septentrionale et Occidentale 1987Unies
PETROMlNAS Recursos de Hidrocarbonatos ReslD1len 1985
PNUD Hydraulique Rurale. Conclusôes e Recomendaçôes do projeto GBS 77/002/01 1982
Fonds Programme de l'Arabie Saoudite Quaterly reports (l-10) 1985Saoudiens 1987
SeraneA. Geologie de la Guinée Bissau et du plateau continental adjacenL 1986
da Silva JlD1ta de Os solos da Guiné portuguesa 1962Teixeira Al. Investigaçacs
do Ultramar
Solionov O. Relatorio das construcçoes dos Curos de prospecçao - exploraçao de agua naUtehitel A. Republica da Guiné-Bissau nos anos 1980-1981 (furos SI-S23, 25, 27, 29-38) 1982Zaitchev V.
Solionov O., URSS Nota inforrnativa sobre a construcçao dos Curos S24, 26-28, 39-53 Projecto 72 1982Utchitel A.
Teixeira, J.E. Geologia da Guiné Bissau 1968
C-2
TeixeiradaMota
Agencia.GeraI doUltramar
Guiné Portuguesa. 1Volume 1957
TNO Delft Reconnaissance hydrogéologique en Guinée-Bissau par sondages électriquesPays Bas
Yakuchev V.M. MRNIIDGGM Superficies de aplanamento e sua fixaçao pelas formaçoes hipergénicas noterrit6rio da RepUblica da Guiné-Bissau
CIEH Essais de Débit Simplifiés sur puitsURGEAP
Cartograflsj
Carte Géologique de la Guinée-Bissau, escala 1/SOO.000, composta por Mamadov, 1980.
Carte Géologique du Socle (Regions de Bafata et Gabu), escala 1/200.000, duas folhas, composta por BRGM, 1982
Carte Hydrogéologique de la Guinée-Bissau, inclufdos 10 cortes, escala 11200.000, composta por Covalev, 1980. (sem nota explicativa)
Inventaire des ressources en eau en vue d'aménagement hydrauliques à but multiples en Guinée Bissau: Mapa das Ressurgênciasdos lenç6is identificados porfoto-interpretaçio, escala 1/100.000, nove folhas, composta por SCETAGRI, Maio 1982
Carla dos Solos da Guiné Portuguesa, échelle 1/500.000, dans: 'Os Solos da Guiné Portuguesa' par J. Da Silva Teixeira (1962).
C-3
1979
1985
1982
ALBERGEL 1. ORSTOM
ALBERGEL 1. ORSTOM
BmLIOGRAFIA ORSTROM
Une méthode expen pour la détermination des paramètres hydrologiquesnécessaires à la construction des digues anti-sel en Cassamance.16quio UlCN de Ziguinchor.
Etude d'évaluation des ressources en eau de surface de la GUINEE BISSAU;
1990
PEPIN Y.
ALBERGELJ.PEPINY.
Anônimo
ATI..ASECO
BALDE1.LOUREJ.M.
BRUNETMORETY.
BRUNETMORETY.
BRUNET-MORETY.
CIEH
CIEH
DTCD
CIEHORSTOM
ORSTOM
tomo 1 e 2. Projeto PNUD ORSTOM
Inventaire et évaluation des ressources en eau de surface.République de GUINEE BISSAUrelat6rio de sintese. Projeto PNUD, ORSTOM
Barragens na rizicultura de Bolanha, uma investigaçao das barragens naGUINE-BISSAU. DHAS GUINEE BISSAU,DGIS PAYS-BAS,UAW WAGENINGEN SAWA
Editions du Sérail
Monografia hydrologica do GUINEE-BISSAU
Etude générale des averses exceptionnelles en Afrique occidentale.Relat6rio de sintese.
Etude des lois statistiques utilisées en "hydrologie",Cab. ORSTOM,ser. hydro,vol 1-2-3
Homogénéisation des précipitations, Cab; ORST<?M,ser hydro,voI. XVI n03,ppI47-110
Etude des pluies journalières de fréquence rare en Afrique de l'Ouest CIEH
Cane de l'évapotranspiration potentielle (formule de TURC) Afrique de l'OUEST
GBS/87/002
GBS/87/002
1990
1991
1989
1990
1989
1968
1969
1979
1985
1982
CHARDENOUX R.LEONJ.
COBA
COCHONNEAUORSTOMROUCHEBOYERDIEULIN
KALUKY A.J.
LAHAYB, J.P. CIEH
LAMAGAT J.P. ORSTOM
LEBORGNEJ
LEROUX M.
Etude de faisabilité de micro-centrales en GUINEE BISSAU.
Etude de l'aménagement du bassin du fleuve Corubal, relat6rio final,tomo 3. Estudos hidrol6gicos
Hydrom: logiciel ORSTOM ; manuel de l'opérateur et manuel de l'utilisateurORSTOM MONTPELLIER.
Rappon final des activités techniques dans le projet PNUD/DGRH.
Etude des pluies journalières de fréquence rare en HAUTE VOLTA
Région sud du MALI, bilan des observations hydrologiques.ORSTOM BAMAKO.
La pluviométrie au SENEGAL et en GAMBIE. Dept Géogr. Un. de DAKAR
Le climat de l'Afrique tropicale. Tese de doutoramento em geografia.Universidade de DIJON. Ed. CHAMPION, PARIS.
C-4
GBS/S71OO2
1988
1983
1989
1988
1980
1980
1988
1983
LOUREIRO lM.
MANZANARES A
OLIVRY,J.C. ORSTOM
OMM
OMM
PUECHC.&CHABI GONNI D.
ORSTOM
Analyse du réseau hydrologique de la république de GUINEE BISSAU
Etudes et plans d'aménagement du Rio GEB A Cabinete de estudos e Projeetos et Prof.
Le point en 1982 sur la sécheresse en SENEGAMBIE et aux Iles du CAP-VERT.Examen de quelques séries de longues durées (Débits et précipitations)Cab. ORSTOM, serhydro Vol XX,I,pp 47-69
Réglement technique OMM n049 BD 2/3
Guide des pratiques Hydro-météorologiques OMM nO 168 TP 82
Méthode de calcul des débits de crue décennale pour les petits et moyens bassins versantsen Afrique de l'Ouest et Central CIEH OUAGADOUGOU.
Pluviom: logiciel ORSTOM ; manuel d'utilisation(BOYER, CRESPY, DIEULIN, GUISCAFRE, RAOUS) ORSTOM MONTPELLIER.
1989
1958
1983
1972
1975
1984
1989
RODIERJ.,
RODIERJ.,AUVRAYC.
SCETAGRI
ORSTOM Régimes hydrologiques de l'Afrique Noire à l'Ouest du CONGO, Ed ORSTOM
Estimation des débits de crues décennales pour les bassins versants de superficie inférieureà 200km2 en Afrique Occidentale. CIEH-ORSTOM.
Inventaire des ressources en eau en vue d'aménagement à buts multiplesen GUINEE BISSAU, relat6rio de si'ntese
1964
1965
1982
TABETB.
1EIXEIRADA SILVA AJ.
AGRHYMET rapport de mission en GUINEE BISSAU 21 au 28 Aout 1987. Centre AGHYMET
Os solos da GUINE PORTUGUESA, Cana geral, caracteristicas,formaçao e utili:z.açao. LISBOA
c-s
1987
1962
Banco MundlalPrograma das Naç6esUnidas
para Desenvilvimento8aBœ Africano de Desenvolvimento
MiIIiItério Françês de Coopéraçio .
top related