como tudo comeÇou -...
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MÍDIASNOVOS PROJETOS PARA A COMUNICAÇÃOPÁGINA 27
CATEQUESEVIVA A VIDAPÁGINA 06
PROGRAMAÇÃOADVENTO E NATALPÁGINA 31
COMO TUDO COMEÇOU
A TRAJETÓRIA DE SANTO AFONSO E A CONGREGAÇÃO
REDENTORISTA
PÁGINA 18
NOV/14 - EDIÇÃO 177
2 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO NOV/14 3REVISTA PERPÉTUO SOCORRO NOV/14
SUMÁRIO/ NOVEMBRO 2014
04 Editorial
05 Notas e Registros
06 Catequese: Viva a Vida
08 Relacionamento: Pilares do amor
10 Igreja em foco: Famílias novas para um mundo novo
12 A Bíblia em prática: A importância das famílias se encontrarem
14 Congregação: Redentoristas elegem novo provincial
16 CRAS: Centro de
Redentorista de Ação Social
22 Papo com a psicóloga
26 Perpetóleo
27 Mídias: Novos projetos
para a comunicação
29 Palavra do Papa
31 Programação de Natal
4 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO NOV/14 5REVISTA PERPÉTUO SOCORRO NOV/14
Olá amigos leitores! Com
alegria apresento ao povo
de Deus a Revista Perpétuo
Socorro de ‘cara nova’. O novo
projeto gráfico, novos espa-
ços e novos parceiros anun-
ciantes são passos que repre-
sentam evolução e expansão
na comunicação do Santuá-
rio, a exemplo do que temos
feito desde 1997, data de
publicação do primeiro infor-
mativo mensal do Santuário.
Temos um grande terreno
de missão a ser explorado e
precisamos fazê-lo, pois como
diria São Paulo, “ai de mim
se não evangelizar”. É como
nos sentimos aqui, diante de
tantas possibilidades que as
novas tecnologias, os novos
espaços de comunicação nos
apresentam hoje. Atendendo
aos insistentes pedidos do
Papa Francisco, precisamos
nos desinstalar como Igreja
de nossos templos, e nos mo-
ver em direção àqueles que
ainda não estão ao redor da
mesa do banquete, preparado
por Deus com tanto amor. Ele
quer todos aqui, ao seu redor,
festejando com ele, partilhan-
do, caminhando juntos.
Para isso, vamos partir
em missão permanente, ex-
plorando todos os espaços
possíveis. A missão acontece
onde você está hoje, em sua
casa, em seu trabalho, em to-
dos os seus espaços de convi-
vência. Vamos juntos dar uma
especial atenção para este
chamado que a Mãe igreja
nos faz hoje.
Eu sou um missionário re-
dentorista, mas você também
é um missionário. Aproveite
seus dias, seu tempo, para
fazer o bem. E lembro aqui
que a primeira - e talvez mais
eficaz - ação missionária é
sua atitude, seu testemunho
de cristão! Boa sorte, Deus
te abençoe e aproveite a vida
para fazer o bem!
Reitor: Pe. Primo Hipólito. Conselho editorial: Pe. Primo Hipólito, Pe. Gelson Mikuszka, Pe. Lourenço Kearns, Pe. Rodrigo Augusto, Irmão Adilson Schamme,
Pe. Jaime Araújo Figueiredo, Giovani Ferreira e Ana Paula Rodrigues Ferreira. Jornalista responsável: Ana Paula Rodrigues Ferreira – MTB 4198/17/38
Proj. gráfico e diagramação: Parresia Comunicação Católica – (33) 3279-007. Essa produção conta com a participação da Pastoral da Comunicação Contato
e sugestões: perpetuosocorroimprensa@uol.com.br - (41) 3253 2031. Contato Comercial: comercial@agenciaparresia.com.br | Willerson Soares (41) 9638.6673.
EXPEDIENTE
NOTAS E REGISTROS
Padre Primo Aparecido Hipólito, CSsR/Reitor do Santuário
CARANOVA
RÁDIO PERPÉTUO SOCORRO NO CELULARAgora os devotos podem acompanhar mais de perto o Santuário Nossa Senhora do Perpé-tuo Socorro, baixando grátis o aplicativo para celular (plataforma Android) da Radio Web Perpétuo Socorro. Acesse a página em seu celular: www.perpetuosocorro.org.br e baixe o aplicativo.
12 DE OUTUBROO Dia de Nossa Senhora Aparecida, Rainha do Brasil, e Dia das Crianças, foi vivido no Santuário com muita fé e devoção. Nas Missas durante todo o domingo prestou-se homenagens à Mãe Querida e a todas as crianças do Brasil, com bênçãos especiais.
SÃO GERALDOOutubro também é o mês de lembrarmos de São Geraldo Magela (26 de outubro), o santo redentorista intercessor das mães gestantes. Na ocasião o Santuário recebeu as relíquias deste Santo que foi exemplo de humildade e entrega a Deus em sua vocação. Todos os que visitaram o Santuário puderam rezar diante da relíquia e receber orações e bênçãos.
CALENDÁRIO E AGENDA 2015Os Missionários Redentoristas e suas equipes preparam lindos calendários e agendas 2015, com destaque para datas litúrgicas e celebrações da Igreja, liturgia diária e mensa-gens de fé. À venda na loja do Santuário.
SEMANA DO DOADOR Vinte e cinco de novembro o Hospital de Clínicas comemo-ra o Dia Nacional do Doador de Sangue e convida a todos os doadores, divulgadores ou interessados em doar, para a apresentação da Orquestra Sinfônica Camerata Antiqua. Mais informações no Bio-banco do HC (Rua Agostinho de Leão Junior, 108) ou pelo telefone: (41) 3360-1875.
RODA DA JUVENTUDE #F5+ SAMBA E CANÇÃO
A Roda da Juventude do Santuário ganhou reforço do Grupo Samba e Canção, mi-nistério de música missionário de Curitiba. Em novembro já realizaram diversas atividades como ação social ao povo de rua e dia de missão em Para-naguá. Jovem, venha participar da Roda da Juventude! Reuniões ao sábados, às 18 horas, aqui no Santuário. Informações: (41) 3253-2031.
CAFÉ COM FORMAÇÃO
EDITORIAL ESPAÇO DO LEITOREste espaço é feito com a sua participação,caro leitor. Mande sua carta ou e-mail para nós com comentários, críticas ou sugestões de temas: perpetuosocorroimprensa@uol.com.br ou Caixa Postal 20.013 CEP.: 80.062-980 Curitiba/PR
[ LISTA ] “Olá, gostaria de sugerir alguns temas para a Revista Perpétuo Socorro:
1) O templo de Salomão
2) Passagem da Bíblia referente ao dizimo.
3) Quem foi Judas Iscariote.
4) Sobre Maria Madalena.”
Rita de Cássia - São José dos Pinhais/PR
[ ARIDEZ ] “Gostaria muito de ser ajudada. Tenho uma aridez há muitos anos, sinto-me vazia, nada me preenche, estou perdendo a fé em tudo e em todos. Sofro muito com isso. Tive iniciação cristã desde pequena, meus pais me ensina-ram; fui catequista por 23 anos e me sentia tão bem. Faço minhas orações diárias, participo de missa semanal e não sinto que estou satisfeita espiritualmente. Falta algo que não sei o que é. Tive muitas decepções com pessoas ligadas à paróquia, inclusive com padres. Parece que virou competição de poder. Será que é isso que Deus quer dos seus filhos amados? Será mesmo ARIDEZ ou é também depressão? Poderiam colocar este assunto, pois será bem aproveitado por mim e por muitos outros. Agradeço a aten-ção e ficarei na expectativa da resposta.”
Nilza Camargo Andretta São Bento do Sul/SC
6 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO NOV/14 7REVISTA PERPÉTUO SOCORRO NOV/14
Viver é perigoso, dizia Guimarães Rosa. Mas, mesmo em
meio a todos os perigos que enfrentamos, notamos também
que a vida é bela. Já cantava Gonzaguinha: “Eu sei que a vida
devia ser bem melhor e será, mas isso não impede que eu
repita: é bonita, é bonita e é bonita”.
Nós não pedimos para nascer, mas, já que a vida nos foi
dada, o importante é procurar viver bem e ser feliz. Estamos
sempre buscando a felicidade, a nossa e a de todas as pes-
soas. Lutamos para vencer as tristezas, os problemas, sempre
em busca da felicidade. Mas ser feliz não é não ter problemas.
É estar de bem com a vida: alegre, tranqüilo, com o coração
em paz, mesmo com os problemas que a vida tem. Se a gen-
te for esperar vencer todos os problemas para ser feliz, nunca
vamos alcançar a felicidade. É possível ser feliz, mesmo em meio
a uma dose de dificuldades e aborrecimentos. É só abrir bem
os olhos para ver como a vida é bela, apesar dos sofrimentos,
e nos sofrimentos que ela oferece.
A tarefa de ajudar a ser feliz faz parte
também da missão catequética. O evan-
gelho de Jesus Cristo, a boa-nova que ele
anunciou, traz força para viver. Ela revi-
gora e capacita para enfrentar a vida e os
problemas. Jesus sempre levou força para
todos que dele se aproximaram. Nos rela-
tos bíblicos notamos como as pessoas que
se aproximavam de Jesus saíam melhores
depois do encontro com ele. Quem estava
doente ganhava força para vencer a doença;
quem estava cansado ganhava força para
continuar a caminhada; quem estava aflito
ganhava paz para seu coração; quem esta-
va escravizado pelo mal se libertava dos gri-
lhões pela força de seu amor. Todos que se
aproximavam de Jesus redescobriam dentro
de si uma energia, um vigor que nem sa-
biam possuir. É a força do evangelho, a força
do amor de Deus manifestado em Jesus.
A catequese tem então importante mis-
são: ajudar nossa gente a encontrar força
pra viver. Essa força não vem da nossa men-
te, nem da emoção do encontro, mas do
próprio Deus que se dá a nós quando nos
reunimos em seu nome. É claro que o en-
contro não dispensa emoções, nem despre-
za esforço mental para dar as razões da fé.
Mas não é de nós mesmos que vem a força
da fé. Deus vem ao nosso encontro: ele mes-
mo nos fortalece; ele se autocomunica a nós
e nos interpela, chamando-nos a uma comu-
nhão profunda que restaura nossas forças
e nos faz encontrar energia onde nem sa-
bíamos poder existir.
Não cansamos de insistir que a cate-
quese deve promover o encontro do cate-
quizando com Deus, ou seja, ela deve criar
um clima de amor e confiança que favoreça
este encontro. A presença do Ressuscitado,
que revigorou tantos seguidores no começo
da caminhada cristã, se realiza em cada en-
contro que fazemos em nome dele. Toda vez
que proclamamos sua palavra e nos abri-
mos para meditá-la e partilhá-la, Deus se faz
presente e sua força curadora atua em nós.
É por isso que nos sentimos
tão bem depois de um mo-
mento de oração, de uma
celebração, de uma par-
tilha de vida e comunhão
com irmãos de fé, de um
momento de reflexão e es-
tudo da palavra de Deus.
De uma forma misteriosa
– que a razão não dá con-
ta de explicar, mas o cora-
ção dá conta de sentir – a presença de Deus acontece;
a comunhão com ele se realiza e nossas forças voltam ao
nosso ser muitas vezes abatido.
A catequese não deve, pois, contentar-se em ensinar
coisas ou em rezar as orações prescritas. Sua missão vai
muito além de mera preparação para primeira eucaristia ou
doutrinação. Sua principal tarefa é ajudar cada catequizan-
do a descobrir a força do evangelho em seu coração.
Para que este encontro aconteça, uma boa teologia não
pode faltar. Daí a importância de superar de vez a teologia
do medo – tema já de artigos anteriores. Quem vai querer se
encontrar com um Deus vingativo e castigador, que não faz
outra coisa senão anotar nossos pecados num estranho li-
vro de vida para ter a lista completa na hora do juízo? Quem
vai querer ser amigo de um Deus temperamental e colérico
que vinga a raiva da humanidade em seu próprio filho na
cruz? Quem vai encontrar força pra viver em uma doutrina
moralista que só sabe proibir e cercear? Não! O evangelho
é força pra viver porque é exatamente no amor infinito de
Deus que esta força se encontra. E a prova deste amor é a
entrega de seu Filho na Cruz. O Pai não mandou Jesus para
morrer, nem para pagar nossos pecados, nem para vingar
o mal que se implantara entre nós.
A presença de Jesus no mundo é prova concreta de que
somos amados – até demais – e que sua força nunca nos
há de faltar. E neste amor há uma estranha força que faz
viver. Aí, mesmo em meio às tribulações, a gente continua
caminhando. Como canta nossa gente nas igrejas: “E ainda
se vier noite traiçoeira; se a cruz pesada for, Cristo estará
contigo. O mundo pode até fazer você chorar, mas Deus te
quer sorrindo...”. Por isso, viva a vida!
Mas ser feliz não é não ter problemas. É estar de bem com a vida: alegre, tranquilo, com o coração em paz, mesmo com os problemas que a vida tem.”
“
VIVA A VIDA
A força para viver não vem da nossa mente, nem da emoção do encontro,
mas do próprio Deus que se dá a nós quando nos reunimos em seu nome
Solange Maria do Carmo/ Doutora em TeologiaBelo Horizonte/MG - www.fiquefirme.com.br
CATEQUESE
8 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO NOV/14 9REVISTA PERPÉTUO SOCORRO NOV/14
Mas, qual é essa fórmula? Qual
o caminho que devemos seguir para
sustentar as dificuldades que o amor
encontrará? Primeiramente, as pes-
quisas científicas sobre relaciona-
mentos íntimos nos mostram clara-
mente que relacionamentos estão
entre as mais importantes fontes de
satisfação individual do ser humano.
Conclusão: não nascemos para viver
sozinhos! Portanto, devemos repensar
a “forma” como estamos cuidando dos
nossos relacionamentos.
Devemos pensar que um relacio-
namento íntimo é como uma plan-
ta: se cuidarmos dela com carinho e
atenção, dando-lhe água, adubo e sol
constantemente, ela florescerá sau-
davelmente. Caso, porém, a tratarmos
com displicência, seu desenvolvimen-
to estará totalmente comprometido.
Quando iniciamos um relacio-
namento é como se iniciássemos
uma jornada: seu destino final é de
responsabilidade exclusiva dos dois
caminhantes. No caminho encontra-
rão muitos obstáculos, dificuldades e
tempestades. Porém, também desco-
brirão muitas paisagens agradáveis,
que podem vir a ser o refrigério para
os momentos difíceis e até mesmo um
estímulo para que persistam na cami-
nhada e percebam que o caminho está
repleto de boas surpresas.
Às vezes pode ser que tenhamos
de esperar o companheiro descansar
ou sincronizar seus passos na mesma
velocidade que a nossa. Ou mesmo
puxá-lo pela mão, pois a caminhada
pode estar difícil e ele desanimado por
inúmeras razões. A maioria dos casais
entra nessa jornada com as melhores
intenções - afinal necessitamos genui-
namente de nos relacionarmos. Mas,
nem todos são bem sucedidos. Ape-
nas alguns afortunados permanecem
juntos e verdadeiramente felizes.
Então, qual o verdadeiro segredo?
O que realmente faz o relacionamen-
to durar? Perguntas difíceis de serem
respondidas. Porém, baseados nas
pesquisas e observações, constata-se
que passar bons momentos signifi-
cativos e prazerosos com o parceiro
é fundamental. Desenvolver a amoro-
sidade, o carinho, o companheirismo,
a união e a intimidade é o caminho
para a felicidade. Os casais felizes são
mais otimistas. Portanto, focar o lado
bom da vida significa também manter
o foco nos comportamentos positivos
do seu parceiro. Serão pilares sólidos
que nos ajudarão a passar pelas ad-
versidades da vida.
A maneira de um casal comparti-
lhar os bons acontecimentos da vida
de cada um é ainda mais importan-
te para a relação do que o apoio nos
momentos difíceis. Dividir alegrias
é de fundamental importância para
o aprofundamento e a solidificação
do relacionamento, pois desenvolve
a cumplicidade e o bem estar do casal.
Portanto, a regra básica para um
relacionamento feliz é “valorizar”!
Valorizar o seu parceiro, valorizar os
momentos alegres vividos a dois e,
principalmente, vivenciar o momento
presente! Assim, não deixe que faltem
no seu relacionamento amoroso in-
gredientes importantes como: alegria,
otimismo e bom humor.
O psicólogo Jonathan Haidt com-
provou em seus estudos com casais
que para a maioria das pessoas, os
acontecimentos positivos vividos
são três vezes mais significativos
e determinantes que os negativos.
Pensemos nisto!
Desenvolver a amorosidade, o carinho, o companheirismo, a união e a intimidade é o caminho para a felicidade.”
“
De tudo isso podemos concluir
que o cuidar deve ser o nosso grande
antídoto contra o enfraquecimento
das relações amorosas, tão valiosas
e necessárias para nossas vidas, e
que contribuem muito para a nossa
felicidade. Portanto não perca tempo!
Quanto vale lutar pela sua felicidade
e a do seu companheiro/a? Empe-
nhe-se. Faça a sua parte! Comece a
olhar para o seu companheiro/a de
uma forma diferente: observe suas
qualidades, seus verdadeiros talen-
tos. Faça uma lista onde você des-
creverá todas as suas virtudes, seus
hábitos, as suas maneiras de ser, as
atitudes que fizeram você se apaixo-
nar por essa pessoa que está ao seu
lado até agora. Inclua todas as quali-
dades físicas que você admirou nes-
sa pessoa na época em que a conhe-
ceu. É um ótimo exercício para você
reviver e levar a sua imaginação a se
recordar de uma época feliz, com tan-
tas coisas boas e cheia de esperança.
Geralmente, temos a tendência
de somente ver ou ficar concentra-
dos no lado ruim ou nas atitudes
e comportamentos que nos into-
xicam. Que os nossos relaciona-
mentos sejam enraizados em solos
férteis e saudáveis, pois as ervas
daninhas aparecerão quando menos
esperarmos – elas são inevitáveis
e fazem parte do ciclo da vida.
Sejamos, portanto, como o bom jar-
dineiro, que sabe cuidar das suas
plantas, retirando sábia e carinho-
samente, uma a uma, as ervas dani-
nhas. Aquelas que tanto intoxicam
e prejudicam as nossas relações.
PILARESDO AMOR
“Não é o amor que sustenta o relacionamento,
mas sim a forma de se relacionar que sustenta o amor”.
Eliani Fátima Fabian/ Psicóloga Clínicavoluntária do CRAS - CRP – 08/04381
RELACIONAMENTO
10 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO NOV/14 11REVISTA PERPÉTUO SOCORRO NOV/14
TEMA DA III ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DOS BISPOS“Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização”
FAMÍLIAS NOVASPARA UM MUNDO NOVO Bruno André Souza Colodel/ Discípulo da Comunidade Católica Shalom
“Cristo quis que a sua Igreja fosse uma casa com a porta sempre aberta
na acolhida, sem excluir ninguém. Somos, por isso, agradecidos aos pastores,
fiéis e comunidades prontos a acompanhar e a assumir as dilacerações interiores
e sociais dos casais e das famílias”.
Com a perspicácia do Papa Francisco se realizou a III As-
sembleia Geral Extraordinária dos Bispos com o tema “Os de-
safios pastorais sobre a família no contexto da evangelização”.
O documento oficial será publicado oportunamente, mas
o Papa determinou a publicação da mensagem final para que
não gerassem dúvidas sobre as discussões, uma vez que
muitas questões polêmicas foram abordadas.
O que muda na Igreja? Nenhuma mudança ocorreu, pois
foram discutidas questões pastorais. A doutrina da Igreja
continua prevalecendo à luz da verdade e do evangelho de
Cristo. O Sínodo teve início com um questionário enviado a
Igrejas do mundo inteiro, onde as famílias puderam respon-
der o que achavam sobre as questões atuais que vivem e,
com isso, enriquecer os debates dos bispos.
Após relatar todas as dificuldades familiares encontra-
das na sociedade, o documento indica que “Cristo quis que
a sua Igreja fosse uma casa com a porta sempre aberta na
acolhida, sem excluir ninguém. Somos, por isso, agradecidos
aos pastores, fiéis e comunidades prontos a acompanhar
e a assumir as dilacerações interiores e sociais dos casais
e das famílias”.
Diante de todas as posições que a Igreja coloca, em ne-
nhum momento se posiciona contra pessoas e a dignidade
humana, mas é sim sempre acolhedora a todos. Da parte dos
fiéis é preciso se “educar na fé”, diz o documento. “A família
não é um modelo antiquado”, mas aconselham os bispos a
aprofundar o conhecimento sobre o matrimônio para que ele
possa ser vivido em sua essência.
Falando sobre o homossexualismo,
há “um amplo consenso em relação ao
fato de que as pessoas com tendência
homossexual não devem ser discrimi-
nadas, ao passo que emerge “com igual
clareza que de parte da maioria dos bati-
zados - e da totalidade das Conferências
episcopais - não se espera uma equipa-
ração destas relações com o matrimônio
entre homem e mulher”.
Portanto, conclui-se que nada muda
na doutrina da Igreja, mas sejamos nós,
fiéis, misericordiosos com cada pessoa,
pois somos todos irmãos em Cristo. Não
se muda o modelo familiar, nem se acei-
ta qualquer equiparação, mas a Igreja
acolhe a todos sem discriminação. Não
é possível relativizar a verdade, mas com
misericórdia, é possível atender a todos
os anseios sociais e dar dignidade ao ho-
mem, acolhendo a todos.
O documento ainda aborda situações
como a coabitação, os matrimônios civis
e os divorciados em nova união. As duas
primeiras representam uma nova dimen-
são de cuidado pastoral e “a Igreja não
pode não reconhecer inclusive em situa-
ções a primeira vista afastadas de crité-
rios que respondam ao Evangelho, uma
oportunidade para acompanhar as pes-
soas, para que cheguem a uma decisão
consciente, verdadeira e justa a respeito
de sua relação”.
No que diz respeito aos divorciados
em nova união, o documento indica que
este tema tem diferentes matizes em
diversas partes do mundo, mas que não
põem em questionamento “a palavra de
Cristo e a verdade da indissolubilidade
do matrimônio, nem faz com que já não
estejam em vigor”.
“Os divorciados recasados civilmente
pertencem à Igreja” e têm direito a rece-
ber o cuidado de seus pastores. “Por isso
a necessidade de ter em cada Igreja par-
ticular pelo menos um sacerdote, devida-
mente preparado, que possa prévia e gra-
tuitamente aconselhar as partes sobre a
validez de seu matrimônio”.
A relação matrimonial assinala a im-
portância do Evangelho da vida. A aber-
tura à vida não é alheia ao amor conjugal.
“O amor esponsal, e mais em geral a re-
lação, nunca deve construir-se como um
círculo fechado”, além disso, “a acolhida
da vida não se pode pensar como limita-
da unicamente à concepção e ao nasci-
mento. Se completa na educação dos
filhos, no sustento que se oferece ao
seu crescimento”.
Finalmente, dentre tantos outros
assuntos abordados, o texto conclui
que o desafio do Sínodo é “propor de
novo ao mundo de hoje, em certos as-
pectos tão parecido ao dos primeiros
tempos da Igreja, o atrativo da mensa-
gem cristã em relação ao matrimônio
e à família, destacando a alegria que
dá, mas ao mesmo tempo dar respos-
tas reais e impregnadas de caridade
aos numerosos problemas que espe-
cialmente hoje tocam a existência da
família. Destacando que a autêntica li-
berdade moral não consiste em fazer o
que se sente, não vive só de emoções,
mas se realiza somente adquirindo o
verdadeiro bem”.
“O mundo necessita a Cristo.
O mundo também nos necessita, por-
que pertencemos a Cristo”. Com Maria,
acolhamos as inspirações do Sínodo,
através de um coração misericordioso
e acolhedor a todos os povos.
IGREJA EM FOCO
12 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO NOV/14 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO NOV/14
Quando alguém se reúne na casa do outro em nome da fé, está se reunindo por causa de Jesus, para aprender juntos sobre o Evangelho”.“
Com este artigo iniciamos uma
seção bíblica especial. Iremos refletir
a Palavra de Deus a partir de fatos da
vida para ilustrar as alegrias e sofri-
mentos, lutas e vitórias vividas por nós
a partir dos relatos bíblicos. Recomen-
damos que você utilize deste material
para refletir com seus familiares, ami-
gos e vizinhos. Para isso, se possível,
reúna pessoas que você conhece, ou
mesmo sua família, as crianças e uti-
lize este material. Nosso desejo é que
a sua fé e a das pessoas que estão
próximas de você seja mais viva, mais
firme para que a esperança e o amor
sejam mais presentes entre todos.
Desde já, pedimos que a paz reine em
seu lar. Amém.
A lição da Bíblia para nossa vida
“Jesus tinha entrado em Jericó, e
estava atravessando a cidade. Havia
aí um homem chamado Zaqueu: era
chefe dos cobradores de impostos, e
muito rico. Zaqueu desejava ver quem
era Jesus, mas não o conseguia, por
causa da multidão, pois ele era muito
baixo. Então correu na frente, e subiu
numa figueira para ver, pois Jesus de-
via passar por aí. Quando Jesus che-
gou ao lugar, olhou para cima, e disse:
«Desça depressa, Zaqueu, porque hoje
preciso ficar em sua casa». Ele desceu
rapidamente, e recebeu Jesus com ale-
gria. Vendo isso, todos começaram a
criticar, dizendo: «Ele foi se hospedar
na casa de um pecador!». Zaqueu ficou
de pé, e disse ao Senhor: «A metade
dos meus bens, Senhor, eu dou aos
pobres; e, se roubei alguém, vou de-
volver quatro vezes mais». Jesus lhe
disse: «Hoje a salvação entrou nesta
casa, porque também este homem é
um filho de Abraão. De fato, o Filho do
Homem veio procurar e salvar o que
estava perdido”.
A lição da vida: conversa entre
a dona Célia e sua vizinha
A dona Célia foi convidada para
uma novena de Natal na casa de sua
vizinha e reclamou amargamente di-
zendo: “Por que não nos reunimos
na igreja, na capela ou em qualquer
outro lugar, em vez de ser na casa
dos outros?”. A vizinha lhe disse que
achava legal porque sua família pre-
cisa de mais oração e que o encon-
tro do Natal os ajudaria a se aproxi-
marem mais uns dos outros. A dona
Célia continuou reclamando, dizen-
do que achava isso muito ruim por-
que não é fácil limpar a casa quando
um monte de gente aparece lá pra se
reunir. Isso acontece muito nos dias
atuais. Algumas pessoas acham que
o encontro entre as pessoas é mais
importante que a bagunça ou a sujei-
ra, pois entendem que a amizade en-
tre os vizinhos é a melhor coisa que
há. Por outro lado, há pessoas que
querem ficar fechadas em si mes-
mas, e justificam isso dizendo que
não querem amolação. E você, já
pensou em reunir pessoas em sua
casa para rezar e discutir a Palavra
de Deus e ampliar sua amizade com
os vizinhos, ou sente que isso é só
amolação?
Várias vezes Jesus foi à casa dos
outros. Foi à casa de Zaqueu, de Lá-
zaro, de Pedro, etc. Quando alguém
se reúne na casa do outro em nome
da fé, está se reunindo por causa de
Jesus, para aprender juntos sobre o
Evangelho. A reunião nas famílias
em nome da fé é diferente de uma
festa de aniversário, de casamento,
pois todos se reúnem para escutar,
aprender e viver com os outros a par-
tir do ensinamento de Jesus. Abrir a
porta da casa para acolher as pes-
soas significa abrir a porta do cora-
ção para acolher Jesus: “Quem aco-
lhe os outros é a Mim que acolhe”.
Pe. Gelson Luiz Mikuszka, C.Ss.R/ Missionário Redentorista
Recomendamos esta nova série para a reflexão comunitária
A IMPORTÂNCIA DAS FAMÍLIAS SE ENCONTRAREM
Refletindo a lição da Bíblia
e da vida.
1) Você já pensou em se
reunir ao menos uma vez
por mês na casa de alguém
para refletir e rezar a Pala-
vra de Deus?
2) Por que será que Jesus
foi à casa de Zaqueu?
3) O que podemos tirar
do texto do Evangelho que
citamos acima para
a nossa vida?
Uma pequena oração
Senhor Jesus, nos mantenha sempre de ou-
vidos e coração abertos para a sua Palavra. Que
a salvação entre em nossa casa, como entrou na
casa de Zaqueu. Que minha família esteja sempre
aberta para ser um lugar de encontro com Deus
através dos outros. Que Deus nos abençoe e nos
guarde. Deus nos mostre seu rosto e tenha pie-
dade de nós. Deus volva seus olhos para nós, nos
conceda sua paz e abençoe nosso lar. Amém.
A BÍBLIA EM PRÁTICA
14 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO NOV/14 15REVISTA PERPÉTUO SOCORRO NOV/14
REDENTORISTASELEGEM NOVO PROVINCIAL
Revista Perpétuo Socorro: Como acolhe este chamado de Deus para a nova missão de provincial?
Padre Henrique: Acolho com muito respeito e amor a Congregação Redentorista e com espírito de serviço e respeito à nossa Província Campo Grande.
RPS: Quais são os principais desafios da Igreja Católica atualmente e, de maneira específica, como isso acontece também nesta Província?
Pe. Henrique: O desafio da Igreja Católica hoje é ser mais missionária, acolhedora para evangelizar e firmar com mais profundidade o amor de Deus na vida das pessoas. Na Provín-cia Campo Grande não deve ser diferente. É o jeito de ser Igreja hoje: missionária. Gosto muito de uma das frases do Papa Fran-cisco: “Não quero uma Igreja tranquila e sim missionária”.
RPS: Quais suas expectativas para estes próximos quatro anos?
Pe. Henrique: Com certeza são várias. Mas a maior delas é que, com a graça de Deus, possa eu com o Conselho Ordinário, Extraordinário e Capitulares fazer um bom trabalho junto aos membros religiosos desta Província, com o Povo de Deus em cada lugar em que trabalhamos. Este vai ser o desafio de nosso trabalho.
pe. Henrique Lima
Papa Francisco
Não quero uma igreja tranquila e sim missionária”.“
pe. Joaquim ParronRevista Perpétuo Socorro: No dia 12 de outubro comemoramos o Jubileu de 25 anos da Província Campo Grande. O que representa esta celebração?
Padre Parron: É um momento de júbilo a Deus pela fidelidade e perseverança de tantos con-frades. Deus é fiel conosco e por isto elevamos nosso louvor. Com a fidelidade do nosso Deus buscamos nestes 25 anos também ser fiéis ao chamado do Senhor.
RPS: O que destacaria em sua experiência de sete anos como provincial?
Pe. Parron: Busquei, junto com o conselho, dar continuidade ao meu predecessor, Pe. Edson Ulanowicz CSsR, encarnando cada vez mais o espírito Redentorista em nossas comunidades. A grande questão é como responder redentoris-ticamente às urgências da Igreja e do povo mais pobre. Para isto foi motivado que cada confrade pudesse ser fiel em sua vocação redentorista e desta maneira responder generosamente num espírito missionário às necessidades pastorais.
RPS: Quais os principais desafios da Província Campo Grande?
Pe. Parron: Acredito que para cada período existem urgências de seu tempo e o novo conselho provincial terá a sabedoria de Deus para encaminhá-las de maneira melhor ainda. No entanto alguns elementos devem continuar na agenda, por exemplo trabalhar mais pelas vocações redentoristas, dinamizar cada vez mais a paróquias e santuários, organizar a ad-ministração econômica da província e de modo especial motivar todos os confrades e os leigos para dimensão missionária.
Pe. Parron
Deus é fiel conosco e por isto elevamos nosso louvor”. “
Os Missionários Redentoristas da Província Campo
Grande, que abrange os estados do Paraná e Mato Grosso do
Sul, elegeram na 25ª Assembléia Geral realizada em outubro,
em Curitiba, o novo provincial e conselho, que estarão à fren-
te dos trabalhos pelos próximos quatro anos (2015-2018).
Padre Henrique Aparecido de Lima, novo provincial
eleito, é pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima,
em Telêmaco Borba, Paraná. Ele suscede Padre Joaquim
Parron, que atuou como provincial de 2007 a 2014. Com-
põem o novo Conselho os padres Henrique Lima, Celso
Cruz e Dirson Gonçalves.
A Revista Perpétuo Socorro conversou com os padre
Henrique Lima e Joaquim Parron sobre as perspectivas para
a missão redentoristas nesta província.
EQUIPE ELEITA ESTARÁ À FRENTE DOS TRABALHOS PELOS PRÓXIMOS 4 ANOS
CONGREGAÇÃO
17REVISTA PERPÉTUO SOCORRO NOV/1416 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO NOV/14
Centro Redentorista de Ação Social – CRAS
Rua Amâncio Moro, 135, próximo ao Santuário.
Telefone: (41) 3352-6216 centroredentorista@gmail.com
Missionários Redentoristas/Núcleo Social
Violão
Mais novo curso que o Centro Redentorista está oferecendo. Infor-me-se no CRAS e participe!
Mãe amável
O Centro Redentorista de Ação Social oferece formação e apoio para gestantes, com o Projeto Mãe Amável. Informe-se no Centro ou pelo telefone 41 3352-6216.
Amor exigente
O Amor Exigente agora está no CRAS. Trata-se de um grupo para dependentes químicos e familiares. Toda terça-feira às 19h30. Faça a sua parte na luta pela vida saudável! Participe!
Autoestima para mulheres
Mulher, no CRAS você tem um es-paço exclusivo na Terapia em grupo com psicóloga. Toda quarta das 10 às 11h30. Venha participar!
Alcoólicos anônimos
Um grupo pioneiro de ajuda na doença do alcoolismo. Se sua famí-lia padece com esta enfermidade, junte-se a nós. Toda quarta-feira, às 19h45, no CRAS.
Terapias gratuitas
No CRAS você encontra: Terapia individual com psicólogos, Estimula-ção Cognitiva para Idosos (grupo) e Acupuntura. Ligue e informe-se!
Projetos sociais
O CRAS oferece: Reforço escolar, Atendimento com Assistente Social, Bazar Beneficente (toda quarta), Comunidade Terapêutica Perpétuo Socorro (para dependentes quími-cos), doações de alimentos para famílias e instituições cadastradas. Venha conhecer esta obra!
Voluntários
Gostaria de fazer parte deste projeto, atuando como um profissional voluntário? Informe-se: (41) 3352-6216.
Grupo de ajuda na Depressão
Dê um passo em direção à cura! Participe do Grupo de Ajuda na Depressão com psicólogo. Toda se-gunda-feira, às 19 horas, no CRAS.
Dependência Química e família
Rodas de conversa sobre Depen-dência Química e família com Psiquiatra, toda quarta-feira, das 19 às 22h30. Participe!
Cursos
O CRAS oferece cursos de Informá-tica, Inglês, Artesanato, Alfabeti-zação de Adultos e Tricô. Aprenda algo novo. Capacite-se!
Doe roupas
Doe roupas e calçados ao Bazar Beneficente do Santuário. A renda é revertida a obras sociais. Entregue sua doação no CRAS ou no Santuá-rio. Obrigado!
Materiais para artesanato
O CRAS necessita de doações de materiais para o Curso de Arte-sanato gratuito. Confira a lista na Secretaria do Santuário. Obrigado!
Serviços
Orientação jurídica, Fonoaudiologia e Nutricionista para famílias com baixa renda você en-contra aqui no Centro Redentorista. Procure-nos!
[ CONHEÇA ESTA OBRA ]
CRAS
Partilhamos aqui o maravilhoso resultado da ação do
Dia das Crianças. A generosidade dos devotos, que doaram
brinquedos, doces e presentes, chegou até 900 crianças,
filhos de pequenos agricultores de Campo Largo. Eles rece-
beram com muita alegria os presentes, que foram entregues
pela equipe do Santuário e o Padre Jaime Figueiredo, CSsR,
no Zoológico de Curitiba.
Dezembro está chegando e já estamos organizando
nossa Árvore da Solidariedade, que faz chegar a crianças e
idosos mais de dois mil presentes de Natal. Contamos com
você! Muito obrigado!
CENTRO REDENTORISTA DE AÇÃO SOCIAL
18 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO NOV/14 19REVISTA PERPÉTUO SOCORRO NOV/14
Santos não nascem santos. Todos
os santos precisaram passar por uma
porção de conversões para chegar até
a santidade. Com Afonso de Ligório não
foi diferente. Por influências positivas e
negativas de seus pais, ele cresceu com
um medo agonizante de Deus. Acre-
ditava que iria mandá-lo para o mais
fundo do inferno, visto ser perfeito. So-
mente durante muitos anos, e através
dos escritos de Santa Teresa da Ávila,
São Francisco de Sales e bons diretores
espirituais, é que ele descobriu o “Deus
da Copiosa Redenção”. A partir disso,
ele ficou apaixonado por esse Deus de
Amor e de Misericórdia.
Afonso se formou em advocacia e
conquistou dois doutorados com so-
mente 16 anos. Ficou famoso como
advogado e nunca perdeu um caso
no tribunal. Mas um dia, por causa de
subornos, Afonso perdeu um famoso
caso. Apreensivo e num ímpeto de con-
versão radical, ele deixou tudo – sua
nobreza e uma profissão segura e lu-
crativa – para assumir a vocação sacer-
dotal. Afonso foi ordenado sacerdote
diocesano e logo ficou famoso como
pregador e confessor dos nobres no
centro da cidade de Nápoles. Teve tudo
nas mãos.
Afonso quis seguir Cristo em tudo.
Por isso, ele livremente deixou a paró-
quia no centro e concentrou seu aposto-
lado entre os mais pobres da cidade de
Nápoles: os Lazaroni. Ele dedicou todo
seu tempo para esse povo, iniciando “as
capelas da tarde”, que foram centros de
catequese, de reconciliação com Deus,
para formar comunidades de fé. E de-
pois de tantos trabalhos ficou em estafa.
A pedido do seu Bispo, foi descansar nas
montanhas próximas a Nápoles.
Nessas montanhas, Afonso desco-
briu o mais pobre dos pobres nas pes-
soas, isto é, os pastores de cabritos.
Estavam totalmente abandonados espi-
ritualmente. Foi lá que ele teve uma forte
experiência de Deus e sentiu-se chama-
do a fundar uma congregação religiosa
que se dedicasse a “evangelizar os po-
bres, pregando a Boa Nova de uma forma
extraordinária”. E Afonso deixou Nápoles,
assim como os Lazaroni, dedicando toda
sua vida aos pobres e mais abandonados.
Junto com alguns amigos, eles funda-
ram a Congregação do Santíssimo Re-
dentor (Redentoristas) no dia 9 de no-
vembro de 1732, próximo à Catedral em
Scala. Depois foram rezar a missa com
a presença e o apoio do Bispo Falcoia,
o novo diretor espiritual de Afonso.
A Congregação começou modestamen-
te, e tinha apenas seis membros. Mas,
em pouco tempo, em vez de crescer, fi-
cou reduzida a somente dois: Afonso e
o Irmão Vito Curzio. Com o tempo, luta
e sacrifício começaram a aparecer ou-
tros que se sentiram atraídos pela es-
piritualidade, pela maneira de viver, a
fraternidade e especialmente pela dedi-
cação em pregar as missões populares,
dando esperança e ajudando os pobres
a se sentirem parte da Igreja. A Congre-
gação expandiu e abriu uma nova casa
nos Estados Pontifícios. De início, o fim
prioritário da nova congregação era pre-
gar contra a heresia do Jansenismo, se-
gundo a qual pouca gente seria salva.
Confrontando essa heresia, Afonso e
seus amigos pregavam a “Copiosa Re-
denção”, isto é, que Deus quer a salva-
ção de todos e dá a todos o dom de rezar
e pedir pela salvação. Afonso pregou as
missões com seus confrades por mais
de vinte anos, mudando radicalmente
o desespero em esperança da salvação.
Para corrigir melhor os erros dog-
máticos do Jansenismo, especial-
mente entre os padres, ele começou
a escrever sua obra-prima: A Teologia
Moral. Assim, passa a revolucionar os
estudos nos seminários da Europa e
das Américas. Afonso escreve cento
e dez livros, com vinte mil edições. O
famoso historiador Daniel Rops, no li-
vro “A História dos Papas”, disse que
“Santo Afonso era o guia espiritual
mais lido e mais seguido do Ocidente”.
Mais tarde, Afonso deixou a vida co-
munitária com seus confrades para ser
Bispo. Foi muito difícil para ele. Mas foi
fiel, voltando vários anos depois para
sua vida comunitária, mas já estava com
a saúde precária, vindo a falecer como
91 anos. Afonso morreu santamente.
Enquanto Afonso ainda era vivo, um
austríaco chamado Clemente Hofbauer,
entrou na Congregação. Logo após sua
morte, foi declarado Santo, sendo res-
ponsável pela expansão dos Redentoris-
tas em quase todos os países da Europa
e logo em seguida para as Américas do
Norte e do Sul. Ele logo seria canonizado
junto com Afonso, Geraldo Majella, São
João Neumann e uma porção impressio-
nante de Beatos Redentoristas.
Sempre um novo começo
Hoje a Congregação consiste em
5.800 membros professos. Ela atua em
78 países no mundo inteiro e em vários
ritos da Igreja Católica. Aqui no Brasil
existem cinco Províncias Redentoristas:
Províncias de Porto Alegre, Campo Gran-
de, São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás.
Existem também várias Vice-Províncias:
Vice-Província de Recife, Bahia, Fortaleza
e Manaus. Há brasileiros também exer-
cendo o carisma Redentorista em paí-
ses estrangeiros como Estados Unidos
e Suriname. Nós expressamos nosso
carisma de pregar a palavra de Deus e
sua Copiosa Redenção através de mis-
sões populares, cuidando de Santuários
como Aparecida (SP), Divino Pai Eterno
(GO) e Perpétuo Socorro (PR); Novenas
à Mãe do Perpétuo Socorro como em Curi-
tiba, Paraná, que recebe 40 mil pessoas
a cada quarta-feira; e finalmente em pa-
róquias missionárias e em outros apos-
tolados, como Rádio e TV.
Chegamos até hoje ainda no proces-
so de um novo começo. Jovens que se
sentem atraídos a juntar-se ao sonho de
Santo Afonso com sua espiritualidade,
fraternidade e missão, entrem em conta-
to com nossos diretores vocacionais.
Você, faça parte desse
novo começo e seja um
Redentorista!
MISSIONÁRIOS REDENTORISTASCOMO TUDO COMEÇOU
No dia 09 de novembro a Congregação do Santíssimo Redentor comemora
282 anos de fundação. Conheça um pouco sobre essa trajetória histórica
Santo Afonso é o guia espiritual mais lido e mais seguido do Ocidente.” “ Daniel Rops
Padre Lourenço Kearns/ Missionário Redentorista
CONGREGAÇÃO
Muitas pessoas desejam exercer um apostolado na
Igreja, porém, nem sempre querem interagir pastoral-
mente com os outros, preferindo agir sozinhas. A justifi-
cativa mais frequente para essa decisão é a dificuldade
de trabalhar em conjunto. Chamamos essa realidade de
“ministério particular” e nos deparamos com duas ques-
tões principais: o significado da comunidade cristã e o
sentido do ministério cristão.
Sem dúvida, a primeira e mais fundamental experiência
comunitária de uma pessoa é a família, que também é cha-
mada pelos sociólogos de comunidade natural. Mas con-
forme a pessoa cresce e amadurece a família passa a não
bastar. Para se aprender novas e mais complexas coisas
é preciso de um ambiente mais amplo e de novas e mais
complexas relações. É assim que a pessoa, sem se desli-
gar da família, escolhe uma comunidade com a qual mais
se identifica. De tantas comunidades que encontramos nos
dias atuais, temos as religiões, que oferecem vários estilos
comunitários, mas, de modo especial, o cristianismo tem
por princípio básico reunir pessoas em comunidade pela fé.
O cristianismo também não ignora a comunidade na-
tural, menos ainda exige o afastamento da pessoa de suas
atividades sociais. Mas a comunidade cristã tem suas ati-
vidades próprias e uma delas consiste em se comprometer
de modo permanente com os outros membros. Tudo é fei-
to em nome da fé em Cristo. Esse comprometimento exige
a convivência com uma variedade de pessoas, praticando
o amor fraterno pelo serviço ao outro.
O apóstolo Paulo fala disso quando se refere aos variados
carismas — ou serviços em prol da Igreja – dados pelo Espí-
rito Santo aos membros da comunidade/Igreja. Os carismas
alargam as ações da comunidade e produzem coisas que
nenhum indivíduo isolado conseguiria fazer. Assim sendo,
através dos outros membros da comunidade cristã a pessoa
será ainda mais valorizada pelo serviço que realiza através do
ministério que assume em prol da comunidade. Para exercer
o serviço é preciso que se tenha o mínimo de convívio comu-
nitário e este pode ser através de um grupo de reflexão, pela
participação da missa, da novena ou de algum outro mo-
mento de celebração comunitária dentro ou fora da Igreja.
Se isso não acontecer, dificilmente o serviço terá respaldo
eclesial.
Observamos que o convívio comunitário, assinalado
acima, não tira a possibilidade de o ministério ser exer-
cido sozinho, visto que os carismas são diferentes uns
dos outros e nem todos têm a mesma competência ou
vocação para exercê-los. Uniformizar carismas em nome
de trabalhar juntos empobrece o dom do Espírito e o
serviço ministerial perde sua dinâmica. No entanto,
é preciso seguir o critério para que o ministério seja
eclesial e tenha cunho cristão. Ele precisa ser realiza-
do em prol da comunidade, objetivando ajudar o ou-
tro, aceitando suas diferenças, e não pode visar ape-
nas o favorecimento da pessoa que o executa, mas
sim da comunidade como um todo.
PAPA FRANCISCOA Igreja não é formada só por sacerdotes, todos nós somos a Igreja! E se tu dizes que crês em Deus e não na Igreja, dizes que não acreditas em ti mesmo; e esta é uma contradição. Todos nós somos a Igreja: desde a criança recentemente batizada, até aos Bispos e ao Papa; todos nós somos Igreja e todos somos iguais aos olhos de Deus!
20 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO NOV/14
Pe. Gelson Luiz Mikuszka, C.Ss.R/ Missionário Redentorista
O comprometimento exige a convivência com uma variedade de pessoas,
praticando o amor fraterno pelo serviço ao outro
SERVIR A IGREJAEM COMUNIDADE
OU SOZINHO
FORMAÇÃO PRESTIGIE NOSSOS PARCEIROS NA EVANGELIZAÇÃO
22 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO NOV/14 23REVISTA PERPÉTUO SOCORRO NOV/14
TORNE-SE UM DEVOTO PERPÉTUO!LIGUE: (41) 3363-7427 / DEVOTOPERPETUO@GMAIL.COM
Pe. Joaquim Parron, C.Ss.R./ Provincial dos Redentoristas no PR e MS
Campanha Família do Devoto Perpétuo www.redentoristas.org.br
Marineide Coelho Martins de SouzaPsicóloga Clínica, voluntária no CRAS
TRANSTORNO DEPERSONALIDADE
ÚLTIMA PARTE
Os transtornos de personalida-
de do grupo C são também cha-
mados transtornos ansiosos ou re-
ceosos e contemplam pessoas que
têm predisposição ao transtorno
de ansiedade. Suas características
prejudicam mais a si próprios do
que aos outros como: medo, ansie-
dade, dependência, fragilidade, fo-
bias e tendências a traços de sub-
missão, organização e obediência.
a) Transtorno de Personalidade
Dependente - necessidade exage-
rada de se sentir dependente do
outro tanto física como emocional-
mente. Para tentar manter um re-
lacionamento são submissos não
se importando consigo mesmos.
Reprimem ou disfarçam emoções
como raiva e ódio, sempre com
a preocupação de não magoar os
outros ou perder um relacionamento
afetivo. Se submetem a maus tra-
tos devido a sua carência sempre
com medo de terminar ou perder
a pessoa que mantém sua depen-
dência. Ao fim de cada relaciona-
mento sente-se culpada e busca
logo novo companheiro (a) deses-
peradamente, pois não consegue
conviver com a solidão. Não discor-
dam e não iniciam projetos.
b) Transtorno de Personalidade
Esquiva - apresentam intensa an-
siedade na vida social, por serem
extremamente tímidos e carrega-
dos do sentimento de inferioridade.
Com baixa autoestima, esquivam-
-se das pessoas com medo de se-
rem ridicularizadas. Isolam-se so-
cialmente. Por muitas vezes evitam
festas e reuniões onde possam ser
PROMOÇÃO
o centro das atenções, pois não conseguem
administrar sua vergonha e timidez exces-
sivas. Dificuldades em ter e fazer amigos.
c) Transtorno de Personalidade Obses-
sivo-Compulsivo - são pessoas extrema-
mente inflexíveis, teimosas e organizadas.
Priorizam o correto, detestam bagunças,
e gastam muito tempo trabalhando, estu-
dando ou limpando, deixando para segun-
do plano atividades prazerosas, o lazer e a
diversão. Têm dificuldades em atividades
em grupo, pois não acreditam na capaci-
dade do outro. Se sobrecarregam nas tare-
fas. Nos relacionamentos podem parecer
frios e distantes emocionalmente. Estão
sempre preocupados em fazer e demons-
trar seu melhor. Acumulam utensílios, mó-
veis, coleções, inutilidades e objetos an-
tigos, pois lhes é doloroso o descarte. Em
geral, a procura por profissionais que façam
diagnósticos destes transtornos é estimu-
lada por amigos ou familiares, quase nun-
ca pelo paciente, que normalmente não se
vê com estas características.
Mas atenção a todos vocês que estão
lendo e se identificando com estas descri-
ções: vários traços nomeados e elencados
nos transtornos, quando isolados, são con-
siderados normais! Eles passam a ser con-
siderados realmente transtornos quando
são muito rígidos, não adaptativos e persis-
tentes. Não se diagnostique nem rotule os
outros indiscriminadamente. Procure sem-
pre um profissional capacitado para escla-
recer suas dúvidas.
Leitor, se você tem alguma dúvida em relação à área da psicologia,
escreva-nos através do e-mail: psicosouza@hotmail.com
FAÇA PARTEDA NOSSA FAMÍLIA
“VOCÊ É QUEM FAZ”GANHE UMA AGENDA
DO SANTUÁRIO 2015
Muito obrigado a todos os que participam enviando sugestões para a Revista Perpétuo
Socorro, que agora em novembro está de cara nova, renovada!
Neste mês de Novembro mande suas sugestões e concorra a uma Agenda do Santuário 2015.
Participe, veja como é fácil!
1. Responda a pergunta: “Qual tema você gostaria de ler na Revista Perpétuo Socorro?”;
2. Envie por e-mail para: perpetuosocorroimprensa@uol.com.br, com o
assunto: “Promoção Você é que faz”;
3. Inclua no e-mail seu nome, endereço completo e telefone, para receber uma lembrança especial
em sua casa.
* Atenção leitores, as mensagens
enviadas podem ser publicadas
tanto neste espaço da Promoção,
quanto na coluna “Espaço do
leitor”, da página 2. Já os assun-
tos podem ser abordados nos
artigos da RPS de maneira geral,
em diversas edições.
Por isso fique atento!
A sua solidariedade
pela Família do Devoto Per-
pétuo ultrapassa o âmbito
da ajuda financeira e chega
ao âmbito da fé. Na Igreja,
a solidariedade vai além da
caridade e ajuda na difusão
dos bens espirituais da fé,
pautada na frase milenar
do Evangelho: “Buscai, em
primeiro lugar, o Reino de
Deus e sua justiça, e to-
das essas coisas vos serão
acrescentadas” (Mt 6,33).
Quando entendemos
que solidariedade é mais
do que caridade, abrimos
outro caminho em nossa
vida e despertamos para
valores como amor, paz, li-
berdade, harmonia e, mais
que isso, compreendemos
o que é respeito. Pois soli-
dariedade é a capacidade
de compartilhar dos sofri-
mentos de outras pessoas.
É o estado primordial de ser
iluminado, construído dia a
dia nos corações humanos.
Para compreender este
estado não necessitamos
de conhecimentos intelec-
tuais ou culturais, mas ne-
cessitamos da prática.
Que a Mãe do Perpé-
tuo Socorro, que sempre
ouve seus filhos com um
coração aberto ao serviço
e à solidariedade, guie e
ilumine nosso caminhar de
Família do Devoto Perpé-
tuo. Que o bondoso Deus
abençoe você e sua famí-
lia por esse gesto solidário
que engrandece o mundo.
Parabéns!
“Todos nós somos irmãos”
SACRAMENTOS
“Gostaria de ler sobre batizados e catequese de adultos.”
José Carlos Santos Bairro Alto - Curitiba/PR
MATRIMÔNIO
“Olá! Lendo uma revista sobre anulação de casamento, fiquei assustada. Gostaria de ter mais informação sobre este assunto. Pergunto: se na Bíblia diz: “o que Deus uniu, que o homem não separe”, como fica com a anulação? E quanto a Eucaristia?
Nilza Camargo Andretta São Bento do Sul/SC
PAPO COM A PSICÓLOGA
24 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO NOV/14 25REVISTA PERPÉTUO SOCORRO NOV/14
Hino Nacional
“Ouvi a história do seu filho pela TV, chamou mi-
nha atenção, por isso eu vim comprar o livro. Te-
nho depressão e vivo querendo tirar minha vida.
Fez-me pensar que eu tenho que fazer alguma coi-
sa para tirar esta idéia da cabeça.” (um jovem de
aproximadamente trinta anos).
“Identifiquei-me muito com a história do seu
filho, acredito que este livro vai ajudar minha filha.
Ela tem câncer e não aceita, está revoltada com
a vida. Acabei de colocá-la no colo de Nossa Se-
nhora, era isso que eu estava precisando. Você que
é uma mulher de fé, converse com ela. Conversei
alguns minutinhos e falei que neste momento só
Deus pode aliviar nosso sofrimento. Ele alivia. Pedi
também que ela não saísse mais do colo da Nossa
Senhora.”
“Meus dois filhos precisavam de uma cirurgia sim-
ples de amídalas e eu estava nervosa, revoltada
com Deus, porque ele tinha permitido isso. Con-
fesso que a história do Matheus abriu meus olhos
e então fiquei envergonhada. Pedi perdão a Deus
e mudei meu jeito de pensar.
DEPOIMENTOS SOBRE O LIVRO
No colo da MãeAna Rocha/ Núcleo Social
O tratamento da dependência química e a reconstru-
ção da vida dependem de um conjunto de situações e uma
delas é a participação da família. Percebe-se que o aumen-
to do número de pessoas na lista de espera para interna-
mento na Comunidade Terapêutica Perpétuo Socorro tem
aumentado muito. É um desespero total das famílias, que
ficam sem saber o que fazer em relação a esta doença, que
tem tirado a paz das pessoas.
O mais importante nisso tudo é que elas não perdem
a fé. São inúmeras as famílias que clamam pelo amor de
Deus e de Nossa querida Mãe do Perpétuo Socorro todas
as quartas-feiras neste Santuário. Elas realmente se sentem
no colo da Mãe, saem aliviadas, com a certeza de que plan-
taram a semente e que basta confiar para a obra acontecer.
O Centro Redentorista de Ação Social (CRAS) tem aju-
dado essas famílias, oferecendo apoio desde o momento
da triagem até a saída do residente. O trabalho acontece
mesmo com aquelas que estão na fila de espera, sendo
acompanhadas até que o internamento possa aconte-
cer ou ainda, sendo encaminhadas a outras instituições
ou comunidades.
A família precisa participar, pois muitas vezes o resi-
dente sai do internamento e, ao voltar para casa, perce-
be que tudo está do mesmo jeito, dificultando sua roti-
na, situação que pode levá-lo à recaída. Por isso o CRAS
incentiva e acompanha as famílias, promovendo o Grupo
de apoio Amor Exigente.
O grupo, que acontece todas as terças-feiras às 19h30,
é voltado a todos que buscam o entendimento para a sua
família e aos familiares dos residentes da CT Perpétuo
Socorro. Participe você também das atividades oferecidas
pelo CRAS. Informe-se: (41) 3352-6216.
O decisivo papel da família na recuperação
DEPENDÊNCIA QUÍMICA
SANTUÁRIOINDICA
[ COMO VAI SEU PORTUGUÊS? ]
Concluímos aqui a análise de nosso Hino Nacional. Oxalá ele nos sirva de inspiração para agir e aumentar nosso amor pelo Brasil.
Brasil, de amor eterno seja símbolo o lábaro que ostentas estrelado!
Ostentar é mostrar com orgulho. Lábaro era um estandarte muito usado pelos romanos. Aqui, repre-senta a nossa bandeira, repleta de estrelas. O poeta compara a bandeira a um estandarte, e deseja que ela represente o amor eterno. O que ele está tentando dizer: - Tomara que as estrelas da tua bandeira sejam símbolo de amor eterno.
E diga ao verde louro desta flâmula, paz no futuro e glória no passado.
Flâmula também é sinônimo de bandeira. O louro é uma planta, com seus galhos e folhas os imperadores romanos eram coroados. Portanto, simboliza poder e glória. Um poder que venceu bata-lhas gloriosas no passado, quando isso foi necessário para se conseguir a independência, mas só deseja paz daquele momento em diante. O verde, além de esperança, também simboliza a paz.
Mas se ergues da justiça a clava forte, verás que um filho teu não foge à luta.Nem teme quem te adora a própria morte.
Clava é um pedaço de pau pesado usado como arma. No verso anterior, o poeta sonha com a paz no futuro. De repente, este novo verso diz: - Mas se levantas a clava forte da justiça, ou seja, se o país tiver que lutar contra a injustiça, verás que um brasileiro (filho teu) não foge à luta (enfrenta a guerra). E quem te adora não teme nem a própria morte, quer dizer, os brasilei-ros gostam tanto de seu país que seriam capazes de sacrificar suas próprias vidas para defendê-lo.
Terra adorada, entre outras mil és tu, Brasil, ó pátria amada! Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil!
Entre outras mil terras, Brasil, tu és nossa pátria ama-da, a mãe gentil das pessoas que aqui nasceram.
“É melhor escorregar no chão do que na língua, assim virá rápido a queda dos maus” (Eclo. 20,18)
Elisabet M. M. Bonafini/Psicomotricidade ( Português - Inglês )
OBRA SOCIAL
27REVISTA PERPÉTUO SOCORRO NOV/1426 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO NOV/14
NOVOS PROJETOS PARA A COMUNICAÇÃO
Ana Paula R. Ferreira/ JornalistaAssessora de Comunicação do Santuário
Santuário lança em novembro novo site
e o novo projeto gráfico da Revista Perpétuo Socorro
Por que mudar? Desde 1997 o Santuário publica men-
salmente um impresso com conteúdo de informação, for-
mação e evangelização, e durante esta caminhada muitas
mudanças já foram feitas, sempre em busca da excelência
em nossa missão que é essencialmente evangelizar.
Nos dez anos de Folha do Perpétuo Socorro várias mu-
danças foram implementadas como o formato, design, cor,
profissionalização, número de páginas, papel. Em 2007,
quando a Folha completou 10 anos, decidimos transformá-
-la em uma Revista, e a experiência foi um sucesso, tanto
que a RPS é um veículo de referência no meio católico.
No ano passado chegamos aos cinco anos de publica-
ção da RPS, e desde então começamos a pensar em mu-
danças e soluções não só para a Revista, mas que atingis-
sem toda a comunicação do Santuário, que é um universo
grande de missão. E agora apresentamos a todos os devo-
tos o primeiro resultado destes trabalhos que é a Revista
em seu novo projeto gráfico, novos espaços, mais páginas
e mais parceiros anunciantes.
Com a assessoria de uma agência católica de comuni-
cação, a Parresia, estamos buscando mais recursos para
viabilizar a Revista e outras frentes de missão através
dos meios de comunicação, como site, Rádio e TV web.
O Santuário também lança neste novembro seu novo web site,
e intensifica a programação da TV e Rádio Web.
No Santuário estamos em constante evolução e isso
não pode parar porque a obra de Deus não para nunca.
Contamos com o apoio dos devotos e agradecemos a ge-
nerosidade de todos. Sem a sua ajuda e participação estes
sonhos não se tornariam realidade.
MÍDIAS
O Santuário agradece a comunidade
e os parceiros pela resposta positiva aos
projetos aqui realizados. Maior prova disso
é o projeto Perpetóleo, que completou três
anos em setembro. Esse projeto veio nos
abrir os olhos para muitas situações que
passam despercebidas, como as substân-
cias poluentes que podem ser reaproveita-
das, promovendo mais qualidade de vida.
O início do Perpetóleo foi de forma
pequena e trabalhosa, mas graças ao em-
penho de todos e colaboração dos parcei-
ros, o projeto foi ganhando forma e força.
Hoje temos muito a agradecer e rezar por
todos que confiam e contribuem para o
seu andamento.
PEQUENAS ATITUDES FAZEM
TODA A DIFERENÇA
O Projeto tem feito muito bem, pois além do seu valor ambiental também
é uma frente de evangelização, já que a partir dele as pessoas se aproximam
do Santuário e suas ações. Do contato com os parceiros, tem surgido mui-
tas coisas boas, como pedidos de bênçãos, internamentos na Comunidade
Terapêutica, pedidos de oração, pedidos de palestras de formação em esco-
las, empresas. O Perpetóleo abre um caminho para que o Santuário chegue
a muitos lugares ainda não alcançados por Jesus e sua boa-nova.
E em comemoração aos seus três anos, realizamos em setembro a ll Feira
de Conscientização Ambiental, na Praça do Santuário, que trouxe produtos
feitos com materiais reaproveitados e reciclados, da Oficina de Artesana-
to do CRAS, artesanato feito de fibra de celulose da casa de Acolhida São
Clemente, da Telêmaco Borba, sacolas feitas de banner e pet e a presença da
Sanepar, que explicou sobre os cuidados com a água. O Santuário agradece
a todos que visitaram a Feira e aos apoiadores.
PERPETÓLEO
28 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO NOV/14 29REVISTA PERPÉTUO SOCORRO NOV/14
Papa FranciscoExortação apostólica “Evangelii Gaudium/A alegria do Evangelho”
PALAVRA DO PAPA
Concurso “NO COLO DA MÃE”
Em setembro a Catequese do Santuário realizou a 3ª
Gincana Bíblica com o objetivo de vivenciar, junto aos cate-
quizandos e suas famílias, o mês da Bíblia. Nela conhece-
mos a pessoa de Jesus e sua vida de forma lúdica, através
de atividades empolgantes e recheadas de muita diversão!
Uma delas foi um concurso, onde os catequizandos
deveriam criar uma frase com o slogan do Santuário
“No colo da Mãe”. Tivemos produções muito boas e
inspiradoras, onde eles colocaram toda devoção a Nossa
Senhora, mostrando que conhecem o verdadeiro papel
da mãe de Jesus.
Conheça aqui os vencedores desse concurso.
1º LUGAR “No colo da Mãe ela me acolhe com tanto carinho! E ajuda-me a seguir o Evangelho do seu filho Jesus.”
João Vitor Ferraz de Godoi, 1ª Etapa - Catequista Eni
2º LUGAR “No colo da Mãe eu sinto o aconchego, o carinho e o amor de Deus. Para transmitir um amor tão grande, Ele não encontrou uma maneira melhor senão nos dar uma mãe! Mãe do Perpétuo Socorro, rogai por nós.” Renata Aline de Moraes , 2ª Etapa - Catequista Mag
3º LUGAR “No colo da Mãe nós seguimos nossa vocação! No colo da Mãe Jesus nos abençoa.” Rafael Luiz de O. Fonseca e Francisco Hilman da Luz, 1ª Etapa Catequista Eni
O mandato de Cristo é: “Ide pelo
mundo inteiro, proclamai o Evange-
lho a toda criatura” (Mc 16,15), por-
que toda “a criação se encontra em
expectativa ansiosa, aguardando a
revelação dos filhos de Deus” (Rom
8, 19). “Toda a criação” significa tam-
bém todos os aspectos da vida hu-
mana. […] Os ensinamentos da Igreja
acerca das situações contingentes
estão sujeitos a maiores ou novos
desenvolvimentos e podem ser obje-
to de discussão, mas não podemos
evitar ser concretos. […] Os pastores,
acolhendo as contribuições das di-
versas ciências, têm o direito de ex-
primir opiniões sobre tudo aquilo que
diz respeito à vida das pessoas, dado
que a tarefa da evangelização impli-
ca e exige uma promoção integral de
cada ser humano.
Já não se pode afirmar que a re-
ligião deve limitar-se ao âmbito pri-
vado e serve apenas para preparar
as almas para o céu. Sabemos que
Deus deseja a felicidade dos seus
filhos também nesta terra, embo-
ra estejam chamados à plenitude
eterna, porque Ele criou todas as
coisas “para nosso usufruto” (I Tim
6,17), para que todos possam usu-
fruir delas. Por isso, a conversão
cristã exige rever “especialmente
tudo o que diz respeito à ordem so-
cial e consecução do bem comum”.
(São João Paulo II).
Por conseguinte, ninguém pode
exigir-nos que releguemos a reli-
gião para a intimidade secreta das
pessoas, sem qualquer influência
na vida social e nacional, sem nos
preocuparmos com a saúde das ins-
tituições da sociedade civil, sem nos
pronunciarmos sobre os aconteci-
mentos que interessam aos cida-
dãos. Quem ousaria encerrar num
templo e silenciar a mensagem de
São Francisco de Assis e da Beata
Teresa de Calcutá? Eles não o pode-
riam aceitar. Uma fé autêntica – que
nunca é cômoda nem individualista
– comporta sempre um profundo
desejo de mudar o mundo, de trans-
mitir valores, de deixar a terra um
pouco melhor depois da nossa pas-
sagem por ela.
FORAM DE ALDEIA EM ALDEIA, ANUNCIANDO A BOA NOVA
Você já parou para pensar na
riqueza que Deus tem nos dado
a todo instante? Só o fato de es-
tarmos vivos já significa muito.
Precisamos nos esforçar para es-
tarmos sempre em sintonia com
tudo aquilo que nos dá sentido,
e não gastar tanto tempo com
coisas que não merecem nossa
atenção.
O ser humano tende a se
frustrar com os resultados que
não são satisfatórios, mas tais
resultados são consequências
de situações que permitimos que
aconteçam e somos impedidos
de sermos pessoas melhores. To-
dos os batizados são chamados
a fortalecer a caminhada missio-
nária, levando a boa-nova de for-
ma simples e amorosa, dom que
recebemos em nosso batismo.
O fato de rezar o terço, medi-
tar e partilhar a palavra de Deus
na casa de alguém já consiste
em uma forma de evangelizar.
Precisamos proteger nossa fa-
mília de forma saudável e cons-
ciente, promovendo momentos
como este. Deus sempre nos
dará condições de continuar-
mos nossa caminhada espiritual
e sustento para viver a missão.
A missão começa em casa e vai
acontecendo através do amor,
pois amar é a maior dádiva de um
verdadeiro missionário.
Ana Rocha/ Serviço de Animação Vocacional
Missão, ato verdadeiro de amor
FAMÍLIASAV
FOLHINHA
30 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO NOV/14 31REVISTA PERPÉTUO SOCORRO NOV/14
Seja um voluntário para vigiar o Presépio do Santuário durante uma noite. Você também montar um grupo para esta vigília. Inscreva-se na secretaria do Santuário!
Árvore da Solidariedade - Pegue seu anjinho na árvore de Natal do Santuário e doe um presente! Inauguração no dia 29/11.
PRESÉPIO NATALINO NOVENA DE NATAL!
APRESENTAÇÕES CULTURAIS
Inauguração e bênção 30/11, após Santa Missa das 19h.
Durante o Advento, sempre após a Missa das 19h.
29/11 - Grupo Tau de Teatro (após a Missa das 19h30)
30/11 - Arautos do Evangelho
07/12 - Grupo Samba e Canção
14/12 - Programação Cultural
21/12 - Rock Natalino
PROGRAMAÇÃO
Missa de Natal e Ano Novo24/12 - Missa da Vigília de Natal às 20h (Novenas até as 19h)
25/12 - Missas de Natal às 9, 12, 15 e 19h30
31/12 - Missa da Vigília do Ano Novo às 20h (Novenas até as 19h)
01/01 - Missas de Ano Novo às 9, 12, 15 e 19h30
GUARDIÕESDO PRESÉPIOAÇÃO SOCIAL
PREPARE SEU CORAÇÃO! NO ADVENTO, VENHA REZAR CONOSCOAS NOVENAS DE NATAL NO PRESÉPIO DO SANTUÁRIO.
A PARTIR DE 01/12, TODAS AS SEGUNDAS, TERÇAS E SEXTAS-FEIRAS, APÓS A MISSA DAS 19H30.
CuritibaReinflama21/12/2014
a partir das 19hNO TEATRO POSITIVO
REALIZAÇÃO: APOIO:
PROMOTORA OFICIAL:
SANTUÁRIONOSSA SENHORA DOPERPÉTUO SOCORRO
BANDA RAFAH | GIL MONTEIRO | TONY ALLYSSON | COLO DE DEUS
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"Senhores Missionários Redentoristas e queridos devo-
tos: Meu filho teve uma recaída em seu problema de alcoo-
lismo, o que me deixou desesperada, sem saber o que fazer.
Então resolvi começar uma novena a Nossa Senhora na ca-
pela perto de casa. Isso aconteceu no dia 19 de junho. No dia
27 era o dia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e um
dia depois, meu filho pediu ajuda à esposa, para conseguir
enfrentar a doença. Estamos agora muito felizes e agradecidos,
com esta grande graça recebida de Jesus e de Sua Mãe, e não
paramos de pedir Sua intercessão para que ele seja curado."
Uma mãe devota eternamente agradecida
CARTA DE AGRADECIMENTO
HORÁRIOS DO SANTUÁRIO
Novenas
- Quarta-feira: 6h, 7h*, 8h, 9h, 10h, 11h, 12h*, 13h, 14h, 15h, 16h, 17h, 18h, 19h, 20h, 21h*, 22h. * Novenas com Missas
Missas
Domingo: 8h30, 10h30, 12h e 19hSegunda-feira: 12h e 19h30 (Missa das Almas)Terça-feira: 7h, 12h e 19h30Quarta-feira: 7h, 12h e 21hQuinta-feira: 9h, 12h, 15h e 19h30Sexta-feira: 7h, 12h e 19h30Sábado: 7h, 12h e 19h30
Missas do Santíssimo
Todas as quintas-feiras às 9h, 15h e 19h30
Missas da Misericórdia
Todas as sextas-feiras às 19h30
Bênção da Saúde
Todos os dias nas Missas das 12h e nas Novenas de quarta-feira
Confissões
Das 6h às 22h nas quartas-feiras
Nos demais dias, meia hora antes das missas, ou marcar hora na secretaria.
Batizados
Todo primeiro e terceiro sábado do mês às 10h.
Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Praça Portugal, s/n – Alto da Glória – 80030-170- Cx Postal 20013 – Curitiba/PR – Fone/Fax: 41 3253 2031perpetuosocorroimprensa@uol.com.brwww.perpetuosocorro.org.brExpediente da Secretaria:Segunda a sexta das 8h às 18hSábado das 8h às 12h
Campanha do devoto perpétuo
Fone: 41 3363 7427 –
devotoperpetuo@gmail.com
Centro Redentorista de Ação Social
Rua Amâncio Moro, 135 – Alto da Glória 80.030-220 – Curitiba/PR – Fone: 41 3352 6216 centroredentorista@gmail.com
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