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BOLETIM INFORMATIVO | sexta-feira, 2 de agosto de 2012
Blog do Trabalho Fundacentro participa de audiência pública sobre amianto no STF
Bem Paraná Governo abre diálogo sobre obras no PAC no PR
Folha de Londrina Construção civil está em recuperação
Folha de Londrina Estrangeiros gastaram 14,7% a mais no Brasil em julho
Folha de Londrina Volks de Curitiba inicia negociação salarial
Folha de Londrina Aumento salarial dos vereadores é revogado em Apucarana
G1 Sinduscon-SP: emprego na construção cresce 0,84% no País
CBIC Construção continua desaquecida em julho
G1 Construção civil segue otimista, mas expectativa piora, diz CNI
G1 Vendas de novas moradias nos EUA sobem 3,6% em julho
G1 Manifestações de sindicalistas argentinos afetaram voos da Gol
G1 Mulher mais rica do país tem fortuna de US$ 13,1 bilhões, diz Bloomberg
G1 Situação do emprego no país é indefinida, diz pesquisador do IBGE
Correio do Povo Receita, PF e PRF mantêm greve e ampliam movimento
O Globo Receita vai unificar dados de trabalhador
O Globo Infraero determina corte de 15% dos custos
Agência Brasil Com greve, IBGE divulga apenas dados regionais de emprego pelo segundo mês
Agência Brasil Nível de atividade da construção civil cai pelo terceiro mês consecutivo, diz CNI
Agência Brasil Entidades da sociedade civil sugerem metas de sustentabilidade para prefeitos
Agência Brasil Primeira-dama do Peru discute com Dilma aperfeiçoamento de programa inspirado no Bolsa Família
Rede Brasil Atual IBGE: Na média de 4 regiões, desemprego em julho fica em 5,1%
Rede Brasil Atual Ipea descarta possibilidade de Brasil repetir bolha imobiliária dos EUA
Agência Brasil Alimentos sobem menos e ajudam a segurar a inflação na terceira prévia do mês
Rede Brasil Atual Na construção civil, 302 mil fizeram greve no primeiro semestre
Rede Brasil Atual MP de Minas determina suspensão de crédito em dez instituições bancárias
Agência Brasil Crise agilizou mudanças na economia e medidas do governo, diz Mantega
Rede Brasil Atual Arrecadação de campanhas expõe domínio privado sobre disputa eleitoral
Rede Brasil Atual Confederação dos servidores diz que corte salarial vai afetar 30 mil
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Blog do Trabalho | 24 de agosto de 2012
Fundacentro participa de audiência pública sobre amianto no STF
O Supremo Tribunal Federal (STF) realiza audiência pública sobre a lei estadual 12.648/2007, que proíbe o amianto em São
Paulo. As sessões ocorrem no dia 24 e 31 de agosto em Brasília, e a primeira delas contará com a participação da
Fundacentro, por meio do presidente da instituição, Eduardo de Azeredo Costa, e do médico pneumologista e pesquisador,
Eduardo Algranti.
A experiência da Fundacentro mostra que a exposição ao amianto gera efeitos como a prevalência e incidência de doenças
tanto malignas como não-malignas. A instituição chegou a se posicionar em fevereiro deste ano em favor do banimento do
amianto em todas as fases de sua cadeia.
“O Serviço de Medicina da Fundacentro levará à audiência do STF os dados adquiridos nas suas atividades institucionais
relativos à investigação de trabalhadores expostos ao amianto”, explica o médico Eduardo Algranti. Desde 1995, a
Fundacentro acompanha um grupo de ex-funcionários da área de cimento amianto da região de Osasco. “Detectamos
algumas centenas de trabalhadores com doenças associadas ao asbesto ou amianto e um excesso de mortes por câncer”.
A audiência pública foi solicitada pelo Instituto Brasileiro de Crisotila – IBC, que defende o uso controlado do amianto crisotila.
Nas sessões, serão ouvidos diferentes posicionamentos sobre o tema, que darão subsídios para o julgamento pelo STF da
Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI 3937, de autoria da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI),
sofrida pela lei paulista. Em análise de medida cautelar em junho de 2008, a maioria dos ministros do STF concluiu que a lei
não afronta a Constituição Federal, por tratar de uma questão de saúde pública.
Histórico
As atividades da Fundacentro em relação ao amianto começaram no final dos anos 80. Nos últimos 28 anos, foram avaliados
trabalhadores expostos ao amianto em diferentes setores econômicos. Outro destaque foi a participação da instituição em
uma Comissão Interministerial sobre o amianto nos anos de 2004 e 2005. Na ocasião, a Fundacentro e os ministérios do
Trabalho, da Saúde, da Previdência Social e do Meio Ambiente apresentaram uma posição alinhada com a proibição da
utilização da fibra pelo alto potencial cancerígeno, pela impossibilidade do uso seguro e pelo risco de exposições inadvertidas
na sociedade.
O amianto, considerado cancerígeno pela IARC (Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer), é proibido atualmente
em 66 países. No Brasil, a proibição ocorre em apenas cinco estados: Mato Grosso, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande
do Sul e São Paulo. O país é o terceiro produtor mundial da fibra com 270 mil toneladas ao ano. Do ponto de vista
tecnológico, a substituição do amianto é viável em todas as suas aplicações. Nenhum dos substitutos é considerado como
cancerígeno do Grupo 1 pela IARC (Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer).
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Bem Paraná | 24 de agosto de 2012
Governo abre diálogo sobre obras no PAC no PR
O secretário estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, afirmou ontem, após reunião em Brasília com a ministra-
chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, que
foi aberto um canal de diálogo entre o governo federal e o Paraná para que haja entendimento com relação aos trechos
ferroviários e rodoviários que cortam o Estado e estão incluídos no Programa de Investimento em Logística – PAC das
Concessões.
O encontro na capital federal contou com a participação de dirigentes de entidades do setor produtivo estadual que
compõem o Fórum Permanente Futuro 10 Paraná, do secretário de Representação do Paraná em Brasília, Amauri Escudero
Martins, e parlamentares da bancada paranaense no Congresso Nacional, além do presidente da Valec, José Eduardo Sabóia
Castello Branco, e do secretário-executivo do Ministério dos Transportes, Miguel Misella. “Este encontro serviu para dirimir
dúvidas e esclarecer alguns mal-entendidos, entre eles um erro no desenho do traçado da ferrovia que vem de Maracaju,
passa por Cascavel e segue para Mafra”, disse o secretário.
Segundo Richa Filho, um novo encontro vai acontecer nas próximas semanas com a participação de Bernardo Figueiredo e
representantes do Paraná. “Será uma reunião técnica para avançarmos no entendimento em relação às prioridades para o
desenvolvimento do Estado no setor de logística, mas muita coisa já foi esclarecida”, afirmou.
Segundo ele, o governo federal admitiu que para os Estados os trajetos divulgados no lançamento do plano não ficaram
claros. No caso do Paraná, foi esclarecido que o ramal ferroviário projetado para ligar Cascavel a Maracaju (MS) passará por
Guaíra. Outro esclarecimento prestado aos paranaenses é que o trecho a ser concedido entre Cascavel e Guarapuava vai
utilizar o atual traçado da Ferroeste.
Outra informação prestada pelo governo federal foi de que será feito o estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental
para a construção de uma nova ligação ferroviária entre Guarapuava a Paranaguá. “Este projeto contempla aquilo que o
Estado reivindicava”, disse Richa Filho.
No encontro, os representantes paranaenses defenderam a inclusão no plano de concessões do trecho da BR-163 entre
Cascavel e Barracão, que tem tráfego diário de oito mil veículos e precisa de duplicação. Segundo o governo federal, a rodovia
receberá investimentos por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
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Folha de Londrina | 24 de agosto de 2012
Construção civil está em recuperação
O nível de atividade da indústria da construção apresentou uma leve melhora em julho ao atingir 48,3 pontos. Em junho, o
indicador havia marcado 47,7 pontos, e em maio, 48,9 pontos. O dado faz parte da pesquisa Sondagem da Indústria da
Construção, divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Essa ligeira recuperação, no entanto, ainda não
gera motivos para comemoração, pois o indicador permanece abaixo da linha divisória dos 50 pontos. Os índices variam de
zero a 100. Valores acima de 50 pontos representam atividade aquecida. Em julho de 2011, esse indicador chegou a 50,1
pontos.
Para o consultor do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Paraná (Sinduscon-PR), Marcos Kahtalian, já há sinais de que
começou o movimento de recuperação de vários setores neste segundo semestre. Segundo ele, nos seis primeiros meses do
ano, a economia foi muito afetada com a crise internacional, a queda nos investimentos e a baixa atividade do consumo das
famílias.
A expectativa, segundo ele, é que o ano termine mais aquecido para a construção civil. O Sinduscon projeta um crescimento
de 4% para o setor no Paraná em 2012. No entanto, no início do ano, a previsão era de crescimento de 6%. Kahtalian disse
que o segmento deve entrar em 2013 com um nível de atividade maior porque a inadimplência dos consumidores também já
começa a dar sinais de queda.
Para o segundo semestre, ele prevê aumento dos investimentos das empresas de construção civil, melhora no consumo das
famílias e menor nível de endividamento, além de uma capacidade maior de tomar crédito. Só a Caixa Econômica Federal
projeta fechar o ano com a liberação de R$ 7 bilhões em crédito imobiliário no Paraná, como divulgou no dia 10 de agosto.
O consultor disse que o plano de investimentos do governo federal em rodovias e ferrovias no Estado também pode favorecer
o setor. Neste ano, o setor projeta um volume de 9 mil a 10 mil unidades de lançamentos verticais no Paraná.
A pesquisa da CNI também mostrou que o indicador relativo ao número de empregados também está na faixa abaixo de 50
pontos, ficando em 48,2 pontos em julho, ante 47,8 pontos em junho (50,6 pontos em julho do ano passado). O nível de
utilização da capacidade instalada (Nuci) ficou em 69% em julho, o mesmo patamar registrado em junho.
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Folha de Londrina | 24 de agosto de 2012
Estrangeiros gastaram 14,7% a mais no Brasil em julho
O deficit das transações do Brasil com o exterior, como compras e vendas de bens e serviços e transferências de rendas, foi de
US$ 3,8 bilhões em julho, pouco acima dos US$ 3,5 bilhões registrados no mesmo mês do ano passado.
No ano, o deficit em transações correntes acumula US$ 29,1 bilhões, pouco abaixo dos US$ 29,6 bilhões registrados no
mesmo período de 2011. Os dados são do balanço de pagamentos do governo com o setor externo, divulgados ontem pelo
Banco Central.
Esse balanço mostra o que entra e sai de recursos no Brasil, via investimentos, operações financeiras, contratação de serviços,
aluguéis, remessas de lucros e exportação e importação de bens e serviços, entre outros. Quando saem mais recursos do que
entram, o saldo é negativo, e portanto ocorre o deficit.
Viagens
Os gastos dos brasileiros no exterior foram de US$ 2 bilhões em julho, uma redução de 10% na comparação com o registrado
no mesmo mês do ano passado. Já os estrangeiros deixaram US$ 546 milhões no País no mês passado, 14,7% a mais do que
o registrado em julho de 2011. O saldo nas viagens internacionais, assim, foi negativo em US$ 1,4 bilhão em julho deste ano.
O Banco Central revisou a sua expectativa para os gastos dos brasileiros lá fora em 2012, que neste ano devem superar as
despesas dos estrangeiros dentro do Brasil em US$ 13 bilhões. O dólar valorizado ante o real afetou os números, já que a
projeção anterior era de um resultado negativo de US$ 15,5 bilhões.
No primeiro semestre, os gastos dos brasileiros no exterior chegaram a US$ 10,7 bilhões
no primeiro semestre, 4,9% acima dos US$ 10,2 bilhões registrados no mesmo período do
ano passado. Já os estrangeiros deixaram US$ 3,4 bilhões no País nos primeiros seis meses
do ano, 6,2% acima dos US$ 3,2 bilhões do ano passado.
O saldo nas viagens internacionais, assim, ficou em US$ 7,2 bilhões de janeiro a junho,
4,3% acima dos US$ 6,9 bilhões registrados em 2011.
Investimento menor
O investimento estrangeiro produtivo no Brasil disparou no mês passado, chegando a US$
8,4 bilhões, um crescimento de 40,7% na comparação com o mesmo mês de 2011.
No acumulado do ano, o Investimento Estrangeiro Direto (IED) totaliza US$ 38,1 bilhões,
abaixo dos US$ 38,4 bilhões registrados no mesmo período de 2011.
O Banco Central espera que os investimentos produtivos no Brasil em 2012 totalizem US$
50 bilhões, uma redução de 25% na comparação com os US$ 66,6 bilhões registrados no
ano passado.
O IED é o volume de investimento estrangeiro destinado à compra ou à abertura de novas
empresas no país. Para calcular o estoque de IED, o BC soma a entrada de novos recursos
externos com a parte dos lucros que as empresas estrangeiras instaladas no Brasil
reinvestiram no país.
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Folha de Londrina | 24 de agosto de 2012
Volks de Curitiba inicia negociação salarial
O Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba e Região Metropolitana teve ontem a primeira reunião com a montadora
Volkswagen para negociar o reajuste salarial deste ano, o abono salarial e a Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
O secretário geral do sindicato, Jamil Dávila, disse que os 3,6 mil trabalhadores esperam que o acordo na Volkswagen seja
semelhante ao obtido na Renault. Na montadora francesa os funcionários terão aumento real de 3%, abono salarial de R$ 5,5
mil e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de R$ 15 mil. ''Pretendemos construir uma proposta junto com a empresa'',
disse.
No ano passado, os trabalhadores da Volks fizeram uma greve que durou 37 dias. Dávila disse que o objetivo neste ano é ter
uma negociação com mais diálogo. ''Há uma disposição maior para o diálogo das duas partes'', afirmou. No entanto, segundo
ele, a greve não é descartada em nenhum momento, mas é um último estágio da negociação.
Na Volvo, o acordo para este ano inclui R$ 25 mil de abono e PLR e mais 3% de aumento real.
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Folha de Londrina | 24 de agosto de 2012
Aumento salarial dos vereadores é revogado em Apucarana Mobilização na cidade derruba subsídio aprovado em dezembro para os parlamentares
Os vereadores de Apucarana concluíram ontem as votações necessárias para revogar a lei que, aprovada no final do ano
passado, aumentou os salários dos parlamentares, do prefeito, do vice-prefeito e dos secretários do município. O primeiro
turno da votação aconteceu em sessão ordinária, na segunda-feira última. Já o segundo turno de votação ocorreu em sessão
extraordinária, na quarta-feira. O último turno foi realizado ontem pela manhã, também em sessão extraordinária. Os
vereadores foram unânimes na aprovação da revogação da lei e também na redução do salário para o chefe do Executivo e
vice.
A lei que gerou protestos de setores da sociedade, atraindo a atenção do Observatório Social de Apucarana (OSA), foi
aprovada em dezembro último, em apenas três dias. A lei aumentou o salário dos vereadores da próxima legislatura, de R$ 6,7
mil para R$ 10 mil; o salário do prefeito, de R$ 22,9 mil para R$ 25 mil; do vice-prefeito, de R$ 10 mil para R$ 15 mil; e de
secretários municipais, de R$ 6,7 mil para R$ 9,2 mil.
Após abaixo-assinados entregues na Casa - com mais de nove mil assinaturas - e manifestações durante as duas primeiras
sessões legislativas deste semestre, a Mesa Executiva da Câmara se reuniu com lideranças religiosas e resolveu fazer o projeto
para revogar a lei e ainda diminuir o salário anterior já fixado para prefeito e vice.
Com a nova lei, que deve ser publicada no Diário Oficial de hoje do município, os salários voltaram para o valor de R$ 6,7 mil
para vereadores e secretários municipais. Já o salário do prefeito foi reduzido em 21,4%, ficando em R$ 18 mil. O do vice foi
reduzido em 10%, ficando em R$ 9 mil.
O presidente da Casa, vereador Alcides Ramos, alegou que não imaginava que o aumento geraria tanta polêmica. ''Fizemos
em dezembro o que historicamente as legislaturas faziam, que era fixar o salário do vereador para a próxima legislatura em
50% do que recebe hoje um deputado estadual. Isso está previsto em lei, então nunca imaginamos que haveria essa
polêmica.'' Ramos afirmou, porém, que após as manifestações os vereadores acharam melhor revogar a lei. ''Depois de
conversarmos, decidimos ouvir a cidade. Já tínhamos feito isso quando a sociedade pediu para não aumentar o número de
vereadores, então estamos fazendo o que a cidade pediu'', ressaltou.
O representante voluntário do OSA, professor José Aparecido Bacarin, informou que a entidade esteve presente nos três
turnos de votação do projeto. ''Quem ganhou com essa votação foi o povo, a própria Câmara, a democracia. Os vereadores
ainda saem fortalecidos dessa votação, porque repensaram uma decisão que já tinham tomado e ouviram a sociedade.''
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G1 | 24 de agosto de 2012
Sinduscon-SP: emprego na construção cresce 0,84% no País
O nível de emprego na construção civil brasileira cresceu 0,84% em julho ante junho, com a contratação de mais 28,1 mil
trabalhadores com carteira assinada no país. Os dados são da pesquisa mensal feita pelo Sindicato da Indústria da Construção
Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Com o resultado de julho, o emprego no setor acumula variação positiva de 6,98% de janeiro a julho de 2012, com a
contratação de 221,5 mil pessoas. Esse número mostra uma desaceleração em relação ao mesmo período do ano passado, já
que a construção civil brasileira havia contratado 228,2 mil trabalhadores (+8,07%). Em 12 meses, o crescimento do emprego
no setor está acumulado em 6,41%, ou 204,4 mil novas vagas, desempenho também inferior ao apurado exatamente um ano
antes, de +233 mil vagas, ou alta de 8,25%.
Em nota encaminhada à imprensa, o presidente da entidade, Sergio Watanabe, disse que a desaceleração do crescimento do
emprego, somada a outros indicadores que denotam queda na atividade econômica, fizeram o Sinduscon-SP rever sua
expectativa de crescimento da construção em 2012 de quase 5% "para algo acima de 4%",
Segundo ele, apesar de o resultado da construção provavelmente crescer mais do que o dobro do estimado pelo mercado
para o PIB do país neste ano, a desaceleração da construção é um alerta para o governo e, a seu ver, seriam necessárias novas
medidas para o setor. "É preciso equacionar o Programa Minha Casa, Minha Vida para que ele deslanche na faixa de renda
das famílias mais desfavorecidas, com renda mensal de até R$ 1,6 mil.
No PAC, o governo federal precisa agilizar a execução do Orçamento para este ano, pois o pacote de concessões só vai surtir
efeitos práticos em 2013/2014. E as prefeituras precisam agilizar as aprovações de projetos de construção, para que o setor
imobiliário possa manter sua atividade", afirmou.
Com as novas contratações, a construção brasileira empregava até o final de julho 3,4 milhões de trabalhadores com carteira
assinada. Desses, perto de 1,7 milhão estava no Sudeste; 718,8 mil, no Nordeste; 476 mil, no Sul; 275,4 mil, no Centro-Oeste e
212,6 mil, no Norte. Em julho, o emprego na construção cresceu em relação a junho em todas as regiões do País, com
destaque para o Norte (+2,78%) e o Sudeste (+0,91%).
No Estado de São Paulo, o número de contratações na construção cresceu 0,54% em julho, com o registro de 4,6 mil
contratações. No acumulado de janeiro a julho, foram contratadas 45 mil pessoas no setor (+5,51%) e, em 12 meses, 35,6 mil
(+4,31%).
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CBIC | 24 de agosto de 2012
CBIC: Construção continua desaquecida em julho
A atividade da Indústria da Construção continuou desaquecida no último mês de julho, repetindo o observado nos dois meses
anteriores, confirmando o indicativo de desaquecimento em todos os portes de empresas e segmentos da construção.
É o que indica a Sondagem Indústria da Construção, divulgada na manhã desta quinta-feira, dia 22, pela Confederação
Nacional da Indústria (CNI), em conjunto com a CBIC.
Pela pesquisa, tanto a atividade quanto o número de empregos apresentaram queda em relação a junho.
Para os próximos seis meses, os indicadores apontam para a expectativa de crescimento.
O otimismo, no entanto, está menos disseminado que nos meses anteriores. Todos os indicadores de expectativa (atividade,
novos empreendimentos e serviços, compras de insumos e matérias-primas e número de empregados) mantiveram-se acima
dos 50 pontos, mas caíram em agosto na comparação com julho.
Clique aqui para acessar a íntegra da sondagem.
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G1 | 24 de agosto de 2012
Construção civil segue otimista, mas expectativa piora, diz CNI
Pelo segundo mês consecutivo, o nível de atividade e o número de empregados da construção civil apresentaram retração,
segundo Sondagem da Indústria da Construção Civil, divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Já a expectativa dos empresários para os próximos seis meses continua sendo de melhora, mas o otimismo tem sido menor a
cada mês.
O indicador de nível de atividade passou de 47,7 pontos em junho para 48,3 pontos em julho. Já o índice de número de
emprego saiu de 47,8 pontos para 48,2 pontos de junho para julho.
Mas, para o analista da CNI, Rodrigo Garcia, isso não é uma sinalização de melhora no cenário. 'O ideal não é fazer uma
comparação de um mês para o outro. O indicador continua abaixo dos 50 pontos, o que significa que a atividade continua
caindo', explicou o economista. 'Pela pesquisa, ainda não há indicativo de melhora', frisou.
O Índice de Sondagem da Indústria da Construção varia de zero a 100 pontos sendo que valores abaixo de 50 pontos
representam retração na atividade frente ao mês anterior. Em julho do ano passado, o nível de atividade era de 50,1 pontos.
Garcia lembrou que a expectativa dos empresários da construção civil ainda é positiva para os próximos seis meses. Porém, a
cada mês, este 'otimismo' vem diminuindo. A expectativa quanto ao nível de atividade atingiu 56,3 pontos em agosto ante
57,9 pontos de julho. Em fevereiro deste ano, esse indicador era 62,2 pontos.
'A expectativa para os próximos seis meses continua positiva, mas menos disseminada entre os empresários', explicou o
economista. No caso do número de empregados, a pesquisa da CNI mostra que a perspectiva dos empresários para os
próximos seis meses saiu de 56,3 pontos em julho para 55,7 pontos em agosto.
A CNI observou que todos os indicadores de expectativa (atividade, novos empreendimentos e serviços, compras de insumos
e matérias-primas e número de empregados) mantiveram-se acima dos 50 pontos, mas caíram em agosto na comparação
com julho.
A sondagem da CNI mostra ainda que a Utilização da Capacidade de Operação (UCO) manteve-se em 69% em julho. Nas
grandes companhias, o indicador passou de 70% para 71% de junho para julho. As pequenas empresas operaram 66% em
julho ante 65% em junho. Já as médias indústrias de construção, o indicador variou de 69% para 68% de junho para julho.
A Sondagem da Indústria foi realizada entre os dias 1º e 13 de agosto com 464 empresas. Dessas, 168 são de pequeno porte,
182 são médias e 114 são grandes.
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G1 | 24 de agosto de 2012
Vendas de novas moradias nos EUA sobem 3,6% em julho
As vendas novas moradias de uma única família nos Estados Unidos subiram em julho, mas os preços recuaram, dando sinais
mistos sobre o força da recuperação do mercado imobiliário do país.
O Departamento do Comércio informou nesta quinta-feira que as vendas subiram 3,6 por cento, para uma taxa anual
sazonalmente ajustada de 372 mil unidades. Esse resultado é igual a uma máxima de dois anos registrada em abril.
As estimativas do governo para vendas de novas moradias são suscetíveis a revisões substanciais, e o ritmo das vendas de
junho foi revisado para cima para 359 mil unidades, ante 350 mil reportado anteriormente.
Economistas consultados pela Reuters haviam estimado vendas de 365 mil unidades no mês passado. Na comparação com
julho do ano passado, as vendas de novas moradias subiram 25,3 por cento.
O mercado imobiliário tem sido um ponto relativamente favorável na economia dos EUA nos últimos meses, e a expectativa é
de que a construção de moradias seja uma influência positiva para o crescimento econômico deste ano pela primeira vez
desde 2005.
Entretanto, os dados mostraram uma queda dos preços. No mês passado, o preço médio de uma nova moradia caiu 2,5 por
cento em julho ante o ano anterior, para 224.500 dólares.
Os estoques de novas moradias no mercado recuaram 0,7 por cento, para uma mínima recorde de 142 mil em julho. No ritmo
de vendas de julho, levaria 4,6 meses para limpar os estoques, queda ante 4,8 meses em junho.
As vendas de novas moradias no mês passado foram impulsionadas por um aumento de 76,5 por cento na região Nordeste,
mas o Departamento do Comércio disse que esse número pode sofrer uma revisão substancial.
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G1 | 24 de agosto de 2012
Manifestações de sindicalistas argentinos afetaram voos da Gol
As operações da Gol no aeroporto de Ezeiza, na Argentina, foram prejudicadas, nesta quarta-feira (22), devido a
manifestações de sindicalistas argentinos.
De acordo com a companhia aérea, os voos G3 7648 (Porto Alegre – Argentina/Ezeiza), G3 7691 e G3 7690, entre
Florianópolis e a Argentina, precisaram ser cancelados.
"A companhia salienta que está oferecendo o atendimento necessário aos clientes, os reacomodou em outros voos e que já
está tomando as medidas necessárias para que a situação se normalize o mais breve possível", disse a Gol, em nota divulgada
nesta quarta.
Nesta quinta-feira, segundo a companhia, a situação está normalizada.
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G1 | 24 de agosto de 2012
Mulher mais rica do país tem fortuna de US$ 13,1 bilhões, diz Bloomberg
Viúva do fundador da Camargo Corrêa e hoje responsável pelo controle 'discreto' da construtora, Dirce Navarro de Camargo
é a mulher mais rica do país, com uma fortuna estimada em US$ 13,1 bilhões, de acordo com o índice de bilionários da
agência americana Bloomberg.
Sem idade confirmada, Dirce, que é avó, é a 59ª pessoa mais rica do mundo e, de acordo com a Bloomberg, não aparece em
nenhum outro ranking internacional de riqueza.
Com a fortura, ela passou a ocupar o posto de terceira pessoa mais rica do Brasil, desbancando o banqueiro Joseph Safra,
com US$ 10,4 bilhões, de acordo com o ranking da Bloomberg.
O primeiro lugar é do empresário Eike Batista, do grupo EBX, com US$ 21,1 bilhões, seguido de Jorge Paulo Lemann, da
cervejaria Anheuser-Busch InBev, controladora da Ambev, com US$ 17,4 bilhões.
Fundada por Sebastião Camargo em 1939, a construtora Camargo Corrêa hoje é controlada pela holding Morro Vermelho
Participações, com as ações divididas proporcionalmente entre as três filhas Regina, Renata e Rosana. O fundador morreu em
1994.
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G1 | 24 de agosto de 2012
Situação do emprego no país é indefinida, diz pesquisador do IBGE
Segundo dados de quatro regiões metropolitanas do país estudadas na Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) de julho, ainda não se percebe aquecimento no mercado de trabalho, e o quadro é de
indefinição, explicou nesta quinta-feira (23) o gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do instituto, Cimar Azeredo.
Nas regiões metropolitanas de São Paulo, Recife, Porto Alegre e Belo Horizonte não houve registro de aumento da ocupação,
embora a taxa de desocupação tenha recuado em São Paulo (de 6,5% em junho para 5,7% em julho) e tenha ficado estável
nas demais regiões. Os dados das regiões metropolitanas de Salvador e Rio de Janeiro, bem como a média nacional, não
puderam ser analisados e divulgados devido à greve dos servidores do IBGE, paralisados há cerca de dois meses.
Por isso, segundo disse, será preciso aguardar mais um ou dois meses para se saber se essas pessoas realmente entraram no
mercado, podendo assim oferecer um diagnóstico da situação do emprego no país.Cimar explica que a queda na
desocupação em São Paulo foi expressiva, com menos 83 mil pessoas declaradamente procurando emprego, mas isso não
significou aumento na taxa de emprego. Para ele, uma explicação é que as pessoas que saíram da faixa de desocupação
podem estar aguardando uma vaga no mercado formal prometida, mas ainda não concretizada; ou estão ainda em processo
de contratação e inserção no mercado.
“A geração de postos de trabalho era de se esperar nesta época do ano, julho, mês em que tradicionalmente se tem o início
do processo produtivo, mas não foi isso que aconteceu”, disse Cimar.
Mas um dado positivo é a tendência de alta na indústria em São Paulo, que colocou no mercado mais 29 mil pessoas em
julho, comparando com junho. O panorama de emprego em São Paulo tende a ser acompanhado pelas demais regiões,
explicou Cimar. Também a queda de rendimentos revelada nas regiões metropolitanas pesquisadas não acontece na indústria,
mas nas categorias de servidores públicos, militares e prestadores de serviços terceirizados, disse o pesquisador.
PIB garantido
Pelo segundo mês seguido, a taxa média nacional do desemprego não foi divulgada. Em junho, devido à greve de
funcionários do IBGE, os dados do Rio de Janeiro foram coletados, mas não puderam ser analisados. Em julho, o Rio voltou a
ficar de fora das análises, assim como a Região Metropolitana de Salvador. Como no mês anterior, os dados foram coletados,
mas não foram transmitidos na sua totalidade, impedindo a análise.
Márcia Quintslr, diretora de Pesquisa do IBGE, disse que não há previsão de data para divulgar os dados que faltam dessas
pesquisas, mas espera que a situação não se alongue porque, de acordo com ela, as negociações dos grevistas com o
governo "têm ido bem".
Segundo disse, as pesquisas, mesmo incompletas, têm de ser divulgadas em respeito ao cronograma estabelecido pelo
instituto.
“Sobre a Pesquisa Mensal de Empregos, tem um cronograma a ser cumprido e, se a pesquisa tem qualidade, a gente divulga.
Se não tem qualidade, não divulga. Mas mesmo sem os dados de Salvador e Rio, as demais informações são importantes para
as regiões pesquisadas: São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife. Não faz sentido ter essas informações apuradas e
não divulgar”, disse.
Ela ressaltou, no entanto, que a divulgação do PIB do segundo trimestre de 2012 está garantida para o dia 31 de agosto.
Os grevistas reivindicam reajuste salarial de 22% e realização de concurso público para preencher o quadro de funcionários
efetivos que tem uma previsão de sofrer em três anos uma perda de 45% com a aposentadoria prevista desses funcionários.
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Correio do Povo | 24 de agosto de 2012
Receita, PF e PRF mantêm greve e ampliam movimento
O ultimato da presidente Dilma Rousseff, que mandou cortar o ponto e até demitir os grevistas que cometerem excessos,
produziu efeito contrário entre os servidores da Receita, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Federal (PF), chamados de
"sangue azul" por receberem os salários mais altos. De acordo com o jornal Estado de São Paulo, as três categorias recusaram
a proposta de 15,8% de reajuste, a mesma feita pelo Ministério do Planejamento ao conjunto dos servidores e decidiram
ampliar a paralisação em todo o país.
A previsão é de mais caos nos próximos dias nos setores de importação e exportação, nas estradas federais, postos de
fronteira e aeroportos. No caso da PRF, a greve que começou no dia 11 e já atingiu 12 Estados, se estenderá a 23 das 24
unidades regionais do órgão, segundo previu o inspetor Pedro Cavalcante, presidente da Federação Nacional dos Policiais
Rodoviários Federais (FenaPRF). Ele estimou que 70% da categoria cruzará os braços, mantendo o efetivo mínimo de 30%
previsto em lei nos postos de fiscalização.
As ações se limitarão aos casos de urgência. As operações de rotina, como fiscalização de rodovias, combate ao contrabando
de mercadorias e de tráfico de drogas e armas, ficarão prejudicadas. As duas categorias que integram a Receita Federal -
auditores e analistas - também recusaram a proposta governamental e aprovaram a volta à greve.
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O Globo | 24 de agosto de 2012
Receita vai unificar dados de trabalhador
O governo vai apertar a fiscalização sobre as informações dos funcionários fornecidas pelas empresas. A partir de janeiro do
ano que vem, as firmas terão de enviar ao governo uma única declaração sobre a folha de pagamento no lugar das 11 que
estão obrigadas a encaminhar aos diferentes órgãos públicos. Atualmente, existem declarações distintas para Imposto de
Renda Retido na Fonte (IRRF), benefícios da Previdência e o FGTS, que são enviadas pelas empresas a várias órgãos.
A Escrituração Fiscal Digital Social (EFDSocial) será controlada pela Receita, que, como os outros órgãos fiscalizadores, poderá
cruzar os dados para dar eficiência ao processo de fiscalização. Ou seja, o Fisco terá como comparar os números declarados
sobre o IRRF com os valores recolhidos para o FGTS, por exemplo. Tudo isso será feito de forma automática pelo sistema.
Hoje, se precisarem fazer este cruzamento, os fiscais precisam solicitar as informações a cada um dos outros órgãos
envolvidos.
Ao GLOBO, o subsecretário de Fiscalização da Receita, Caio Candido, garantiu que somente as informações serão tratadas
pelo Fisco. Segundo ele, a Receita não tem interesse em administrar as contas do FGTS, por exemplo, que continuará a cargo
da Caixa Econômica Federal e regido pelo Conselho Curador.
— Os dados serão coletados em conjunto. Mas cada órgão usará as informações para continuarem as suas competências —
afirmou Candido.
Ingerência no FGTS preocupa
Reportagem publicada pelo GLOBO no último domingo mostrou que o governo tem usado cada vez mais os recursos do
FGTS no programa Minha Casa, Minha Vida, colocando em risco o patrimônio líquido do Fundo, além de confiscar parte de
suas receitas para fazer superávit primário.
Integrantes do Conselho Curador do FGTS temem que a inclusão do Fundo na folha digital, como defende a Receita, poderá
representar um risco a mais pelo fato de o governo começar a encarar o FGTS, que é privado, como um tributo e, portanto,
sujeito a ingerências ainda maiores.
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O Globo | 24 de agosto de 2012
Infraero determina corte de 15% dos custos
A Infraero, estatal que administra mais de 60 aeroportos no país, está apertando os cintos. A determinação da diretoria
financeira é que sejam cortados 15% do custeio, especialmente nos novos contratos com fornecedores. Segundo uma fonte
que teve acesso ao documento com a recomendação, a medida visa, entre outras razões, a compensar a futura perda de
receita que a empresa terá a partir de outubro, quando passa a vigorar o novo modelo de administração dos aeroportos de
Guarulhos (SP), Viracopos (Campinas) e Brasília.
Os três terminais foram concedidos à iniciativa privada em fevereiro. Pelo novo modelo de concessão, a Infraero, que hoje tem
100% dos aeroportos, verá sua participação cair a 49%.
A futura perda de receita com a privatização também está sendo apontada pelo Palácio do Planalto como justificativa para a
mudança de rumo na concessão de Galeão e Confins (MG). A presidente Dilma quer, agora, que ambos sejam alvos de
Parcerias Público-Privadas (PPPs), com a Infraero majoritária.
Dessa forma, a estatal manteria o controle da gestão dos dois aeroportos (entre os principais do país) que apresentaram o
maior crescimento de fluxo de passageiros em 2011 (31,9% em Confins e 21% no Galeão).
Infraero só investe 18%
Para especialistas, a futura perda de receita com os três aeroportos privatizados, no entanto, não justificaria a mudança de
modelo de gestão a ser implementado no Galeão ou em Confins.
— O problema da Infraero não é ter mais dinheiro, é gastar bem o que ela já tem — diz Bruno Pereira, coordenador da PPP
Brasil, que reúne especialistas em PPPs.
De janeiro a julho deste ano, a estatal executou apenas 18,4% de seu orçamento, segundo levantamento da ONG Contas
Abertas. Foram R$ 369,9 milhões de um total previsto para o ano de R$ 2 bilhões. Desde o ano 2000, a média de execução é
de 51%.
Ferrenho defensor da privatização do Galeão, o governador Sérgio Cabral mudou de discurso nesta quinta-feira e disse
aprovar a decisão de Dilma de optar pelas PPPs porque ela irá “encurtar caminhos, trazendo uma operadora para ser parceira
da Infraero.”
— A presidente Dilma havia me colocado esta alternativa que na verdade é a mesma coisa: a gestão compartilhada. Ela vai
trazer uma grande operadora privada do sistema de aeroportos que será parceira na gestão da Infraero. Isso é música para os
nossos ouvidos, porque você pode ter um modelo em que você tenha a empreiteira com a operadora, que é o modelo de
Guarulhos, Campinas e Brasília. Ou você pode ter um modelo que uma empresa pública pode chamar um parceiro privado
para gerir com ela o aeroporto.
Para Cabral, o importante é que a gestão do Galeão precisa passar por uma modernização.
— A presidenta encontrou uma solução mais fácil e inteligente e que vai dar a agilidade que nós precisamos.
Mudar modelo é prejudicial
Na opinião do consultor e ex-assessor da Superintendência Regional do Rio na Infraero José Wilson Massa, as PPPs tendem a
afastar o investidor privado, pois neste modelo haveria uma maior fiscalização do governo sobre a administração
aeroportuária. Já para Elton Fernandes, da UFRJ, o problema não é qual o modelo adotado e, sim, a mudança de rumo:
— Desistir das concessões no meio do caminho cria dificuldades para regulamentar o setor, que vai conviver com dois
modelos de gestão. Parece que não há planejamento.
O governo admite que a parceria entre a Infraero e um grande gestor aeroportuário estrangeiro no Galeão e em Confins, em
substituição à concessão, somente decola se aparecerem interessados. Porém, segundo fontes, a estatal já detectou potenciais
candidatos durante o processo de privatização de Guarulhos, Brasília e Viracopos. Várias empresas estão sendo sondadas
sobre os outros dois aeroportos e a intenção do governo é apresentar uma proposta formal, assim que concluir o modelo de
parceria.
No Galeão, o movimento de passageiros passou de 12,3 milhões em 2010 para 14,9 milhões ano passado, abaixo da
capacidade de 17 milhões.
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Agência Brasil | 24 de agosto de 2012
Com greve, IBGE divulga apenas dados regionais de emprego pelo segundo
mês Pelo segundo mês, a greve dos servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) impediu o fechamento dos
dados completos da Pesquisa Mensal de Emprego, feita pelo órgão nas seis principais regiões metropolitanas do país.
Segundo o IBGE, as informações referentes às regiões do Rio de Janeiro e de Salvador no mês de julho foram coletadas, “mas
o volume disponível para a as etapas de apuração, crítica e análise foi insuficiente para o fechamento dos resultados na data
prevista.”
Com isso, a divulgação da pesquisa ficou limitada às regiões de São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e do Recife. A capital
paulista foi a única que registrou queda na taxa de desemprego em julho, ficando em 5,7%, redução de 0,8 ponto percentual
em relação ao mês anterior. Nas capitais restantes, o índice permaneceu estável em relação a junho, sendo 6,5% no Recife,
4,4% em Belo Horizonte e 3,8% em Porto Alegre.
Na comparação com julho de 2011, houve redução de 0,8 ponto percentual em São Paulo e de 0,9 ponto percentual na
capital gaúcha. Belo Horizonte e Recife registraram estabilidade em 12 meses.
Quanto à população empregada, o quadro ficou estável em julho no Recife, Belo Horizonte e São Paulo em relação ao mês
anterior. Em Porto Alegre, a queda foi 2,8%, o que representou menos 52 mil pessoas trabalhando. Na comparação anual, os
empregados cresceram 2,7% em Recife e não foi registrada variação significativa nas demais regiões pesquisadas.
O rendimento médio real caiu em três das quatro regiões metropolitanas de junho para julho - Recife (-3,5%), Belo Horizonte
(-1,8%) e São Paulo (-1,1%). Em Porto Alegre, manteve-se estável. Na comparação com julho do ano passado, as quatro
regiões metropolitanas tiveram acréscimo no rendimento médio real, com destaque para Belo Horizonte e Recife que
apresentaram crescimento de 5%.
Segundo o instituto, ainda não há data para a divulgação dos dados completos da pesquisa, incluindo os das regiões
metropolitanas do Rio e de Salvador. Na capital fluminense, os resultados de junho já tinham sido afetados pela paralisação
dos servidores.
Outro indicador que teve o fechamento afetado pela greve foi o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado no
último dia 8. Apurado pelo IBGE em convênio com a Caixa Econômica Federal nas 27 unidades da Federação, os dados
referentes ao estado da Paraíba não foram contabilizados.
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Agência Brasil | 24 de agosto de 2012
Nível de atividade da construção civil cai pelo terceiro mês consecutivo, diz CNI
O nível de atividade da construção civil recuou em julho, registrando 45,5 pontos. É o terceiro mês consecutivo que as
empresas operam abaixo do usual, como aponta a Sondagem Indústria da Construção, divulgada hoje (23) pela Confederação
Nacional da Indústria (CNI).
De acordo com o levantamento, o indicador foi 47,7 pontos no mês passado e 48,9 pontos, em maio. O levantamento é feito
com base em uma escala de 0 a 100 pontos. Os valores acima de 50 apontam para produção aquecida e menores, indicam
desaquecimento.
Em comparação com junho, o indicador sobre empregados no setor também caiu, ficando em 48,2 pontos. O setor
apresentou 69% da utilização da capacidade de operação, o mesmo percentual de junho.
Apesar dos resultados de queda na construção civil, as empresas do setor mantêm otimismo diante do próximo semestre.
Conforme a CNI, as expectativas sobre o setor e novos empreendimentos apresentaram 56,3 pontos; compra de matéria-
prima e insumo, 56,2 pontos; e empregados, 55,7 pontos.
A sondagem pesquisou 464 empresas entre os dias 1º e 13 de agosto, sendo 168 de pequeno porte, 182 médias e 114
grandes.
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Agência Brasil | 24 de agosto de 2012
Entidades da sociedade civil sugerem metas de sustentabilidade para prefeitos
A Rede Nossa São Paulo, a Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis e o Instituto Ethos lançaram hoje (23) a
publicação Metas de Sustentabilidade para os Municípios Brasileiros – Indicadores e Referências. O documento, que será
apresentado a todos os candidatos às prefeituras do país, pretende oferecer metas nas áreas econômica, social, ambiental,
cultural e de governança. Até agora, 550 candidatos de 328 cidades já aderiram, além de cinco diretórios nacionais.
A iniciativa faz parte do Programa Cidades Sustentáveis, iniciativa de uma rede de organizações da sociedade civil que está
aproveitando as eleições municipais de 2012 para colocar a sustentabilidade na agenda dos partidos políticos e dos
candidatos. A rede faz ainda campanha para sensibilizar os eleitores a escolher a sustentabilidade como critério de voto.
Na publicação lançada hoje, foram estabelecidos 100 indicadores, em 12 eixos, utilizados para o diagnóstico da
sustentabilidade em áreas urbanas, mostrando metas e sugestões baseadas em exemplos internacionais que deram certo e
que podem ser implementados no país. Ao aceitar assinar o compromisso, os candidatos se propõem a desenvolver o
programa em suas cidades e a prestar contas do andamento do processo.
Entre as metas estão governança; bens naturais comuns; equidade, justiça social e cultura de paz; gestão local para a
sustentabilidade; planejamento e desenho urbano; cultura para a sustentabilidade; educação para sustentabilidade e qualidade
de vida; economia local dinâmica, criativa e sustentável; consumo responsável e opções de estilo de vida; melhor mobilidade,
menos tráfego; ação local para a saúde; do local para o global.
De acordo com o coordenador-geral da Rede Nossa São Paulo, Oded Grajew, o modelo de desenvolvimento sugerido
apresenta uma possibilidade de andar na direção sustentável já que o existente atualmente não é, na visão da entidade. “A
mudança é uma escolha e, para isso, é necessário mudar a agenda e ir para outra direção. Por isso colocamos aqui as metas a
serem alcançadas. As cidades ocupam espaço fundamental para a direção do modelo de desenvolvimento sustentável”.
Grajew reforçou que o Programa Cidades Sustentáveis mostra, além das metas, casos de cidades que conseguiram alcançar
esses objetivos no Brasil e no mundo.
O presidente do Instituto Ethos, Jorge Abraão, disse que o período de eleições é um momento de grande oportunidade para
que os candidatos entendam a mudança de planejamento. Segundo ele, os avanços só ocorrerão se todos compreenderem
que é preciso integração entre governos, sociedade e empresas.
“O programa é uma grande oportunidade de criar referências para isso, com exemplos de ações em vários eixos de
governança, ambientais, sociais e de bem-estar. Temos exemplos de cidades que deram certo e espero que os prefeitos
consigam absorver isso e colocar nos seus programas. Os governos têm que assumir compromissos e cabe ao cidadão
coparticipar e colaborar”,d isse Abraão.
O secretário nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos do Ministério das Cidades, Leodegar Tiscoski, explicou que o
governo federal tem procurado agir fortemente no cumprimento a metas, entre as quais a de, em 20 anos, universalizar o
saneamento básico, abastecimento, drenagem e coleta e destinação de resíduos sólidos. “Isso coincide muito com as
propostas que se discutiram aqui, na linha das cidades sustentáveis, e passam pelo planejamento”.
Segundo ele, a Secretaria de Acessibilidade está discutindo e revisando os planos diretores para que tenham participação
social na sua construção e para que sejam cumpridos. “É comum ver, principalmente municípios menores, fazerem os planos e
colocarem na gaveta, sendo aquilo simplesmente uma peça para afirmarem que têm esse projeto”. Tiscoski ressaltou que
metas como as estabelecidas pelo Programa Cidades Sustentáveis já fazem parte de ações do governo federal.
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Agência Brasil | 24 de agosto de 2012
Primeira-dama do Peru discute com Dilma aperfeiçoamento de programa
inspirado no Bolsa Família
A presidenta Dilma Rousseff se reuniu na manhã de hoje (23) com a primeira-dama do Peru, Nadine Heredia. Ela veio ao país
a convite da própria presidenta para discutir o aperfeiçoamento do programa Juntos, implantado há sete anos no Peru e
inspirado no Bolsa Família. A iniciativa tem ênfase em aspectos nutricionais e é voltada aos grupos mais pobres e vulneráveis,
especialmente as famílias rurais com mulheres grávidas e crianças até 14 anos de idade.
Também participaram do encontro os ministros das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome, Tereza Campello, com quem a primeira-dama peruana se reúne nesta tarde para tratar do assunto.
De acordo com a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, durante a reunião, Heredia pediu ao governo brasileiro
assistência técnica para informatizar programas de saúde, como a área de compras de medicamentos, e estimular a
formalização de pequenas e médias empresas, além de ampliar o acesso desses negócios a programas de crédito.
Também foram discutidos mecanismos para impulsionar as exportações do Peru ao Brasil, tornando mais equilibrada a
balança comercial entre os dois países. Somente no ano passado, o Brasil exportou à nação vizinha US$ 2,262 bilhões,
enquanto as importações somaram US$ 1,376 bilhão.
Às 15h, Dilma recebe, no Palácio do Planalto, o presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), o francês Jean
Todt, e o ex-piloto de Fórmula 1 e da Fórmula Indy Emerson Fittipaldi. Eles vão lançar uma campanha de segurança no
trânsito para diminuir o número de acidentes e devem conceder entrevista coletiva ao fim da reunião.
Em seguida, às 16h, está prevista na agenda da presidenta um encontro com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior.
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Rede Brasil Atual | 24 de agosto de 2012
IBGE: Na média de 4 regiões, desemprego em julho fica em 5,1%
A taxa de desemprego em quatro das maiores regiões metropolitanas do Brasil registrou índice médio de 5,1% em julho,
segundo a Pesquisa Mensal de Emprego divulgada hoje (23) pelo IBGE. A médias do dados se refere às regiões de São Paulo
(5,7%), Belo Horizonte (4,4%), Recife (6,5%) e Porto Alegre (3,8%). Ficaram de fora, devido à greve que atinge parcialmente o
instituto, as regiões de Salvador e Rio de Janeiro.
Quanto à população empregada, o quadro ficou estável em julho no Recife, Belo Horizonte e São Paulo em relação ao mês
anterior. Em Porto Alegre, a queda foi 2,8%, o que representou menos 52 mil pessoas trabalhando. Na comparação anual, os
empregados cresceram 2,7% em Recife e não foi registrada variação significativa nas demais regiões pesquisadas.
O rendimento médio real caiu em três das quatro regiões - Recife (-3,5%), Belo Horizonte (-1,8%) e São Paulo (-1,1%). Em
Porto Alegre, manteve-se estável. Na comparação com julho do ano passado, as quatro regiões metropolitanas tiveram
acréscimo no rendimento médio real, com destaque para Belo Horizonte e Recife que apresentaram crescimento de 5%.
Segundo o instituto, ainda não há data para a divulgação dos dados completos da pesquisa, incluindo os das regiões
metropolitanas do Rio e de Salvador.
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Rede Brasil Atual | 24 de agosto de 2012
Ipea descarta possibilidade de Brasil repetir bolha imobiliária dos EUA
Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Avançada (Ipea) descartou a possibilidade de que o Brasil sofra uma bolha
imobiliária nos moldes da ocorrida nos Estados Unidos, berço da atual crise econômica internacional, que já se arrasta há
quatro anos. O boletim Conjuntura em Foco de agosto enumerou uma série de fatores que permitem afastar este risco, como
a solidez financeira do país e o crescimento da renda dos brasileiros, somados ao fato de o crédito no Brasil ser baixo e ainda
fixado no curto prazo.
“O endividamento das famílias com o sistema financeiro (medido em relação à renda acumulada dos últimos 12 meses) ainda
é baixo comparativamente ao nível alcançado nas regiões atualmente em crise”, constata a pesquisa. Enquanto o nível de
endividamento das famílias no Brasil atinge 42% da renda acumulada nos últimos 12 meses, o mesmo indicador chega a 118%
nos Estados Unidos e a 108% nos países da zona do euro.
O Ipea recorda que o país teve durante muito tempo um cenário de baixo crédito e muita demanda contida, o que ajuda a
explicar o crescimento no número de operações nos últimos anos quando somado a uma série de medidas adotadas pelo
governo federal. Além disso, ocorreu uma alteração no perfil dos empréstimos tomados pelas famílias, passando a apostar
cada vez mais na compra de casas, que agora representam 23,2% das operações de crédito das pessoas físicas, contra 18%
dos veículos.
O boletim indica que esta pode ser, de fato, uma das explicações para a dificuldade recente do governo federal de alavancar o
crescimento com base no consumo do mercado interno: à medida que as pessoas contraem dívidas de longo prazo, tendem a
deixar de lado a compra de bens vistos como supérfluos ou secundários. Mas a aposta é de que em poucos meses essa
tendência perca força por conta da estabilização dos gastos, facilitada pela redução da taxa básica de juros, atrelada ao
aumento da renda e do nível de emprego, dois fenômenos relativamente recentes no cenário nacional.
Além dos fatores individuais, o Ipea vê nos bancos brasileiros um cuidado maior na concessão do crédito do que o encontrado
nos Estados Unidos, principalmente, onde empréstimos de alto risco acabaram levando a uma crise de inadimplência que
resultou em um alto índice de despejos e na perda do poder de compra das famílias, ingressando em um ciclo no qual a
queda do consumo empurrou a economia como um todo para a recessão.
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Agência Brasil | 24 de agosto de 2012
Alimentos sobem menos e ajudam a segurar a inflação na terceira prévia do
mês
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio
Vargas (FGV), apresentou variação de 0,34% ante 0,39%, na terceira apuração do mês de agosto. Três dos oito grupos
pesquisados tiveram aumentos em índices inferiores aos registrados no levantamento anterior.
A principal contribuição para o decréscimo do IPC-S foi verificada no grupo alimentação, com taxa de 1,07% ante 1,27%,
influenciado, principalmente, pelas hortaliças e pelos legumes (de 19,17% para 13,16%). Em educação, leitura e recreação, o
índice diminuiu de 0,71% para 0,47%, e em vestuário, de -0,49% para -0,7%.
Já os grupos habitação (de 0,2% para 0,32%) e comunicação (de 0,19% para 0,29%) registraram aumento da taxa. Nesse
último, o motivo foi o aumento nos pacotes de telefonia fixa e internet (de 0% para 0,64%). Em habitação, o que puxou o
avanço foi a tarifa de água e esgoto residencial (de 0,78% para 1,15%).
Nos demais grupos, as taxas ficaram estáveis. Em saúde e cuidados pessoais, a taxa ficou em 0,46%, com a influência dos
produtos farmacêuticos (de -0,7% para 1,20%), principalmente medicamentos (de 0,23% para 0,13%). Em transportes, o índice
ficou em -0,34%, sob o impacto dos automóveis, que registraram queda mais acentuada (de -0,5% para -0,37%) e reparos em
oficinas de veículos (de 0,68% para 0,16%).
Na classe de despesas diversas, o IPC-S permaneceu em 0,24%. Ficou mais caro usar a internet em lojas que oferecem esse
serviço (de -0,19% para 0,19%). Outro fator que contribuiu para o resultado é a estabilidade na tarifa postal, ante um aumento
de 0,72%.
Os principais itens de impacto inflacionário foram: tomate (de 48,05% para 31,39%), alimentos preparados e congelados de
ave (de 4,48% para 7,01%); plano e seguro-saúde (de 0,59% para 0,6%), taxa de água e esgoto residencial (de 0,78% para
1,15%) e cenoura (de 26,37% para 20,48%).
Já em sentido contrário, ocorreram quedas nos itens: automóvel usado (de -2,5% para -2,31%); feijão-carioca (de -7,56% para
-8,84%); automóvel novo (de -0,5% para -0,37%); blusa feminina (de 1,54% para -2,05%) e etanol (de -1,17% para -1,17%).
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Rede Brasil Atual | 24 de agosto de 2012
Na construção civil, 302 mil fizeram greve no primeiro semestre
A Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada (Fenatracop) divulgou hoje (23) balanço dando
conta que 302.600 operários do setor de infraestrutura e da construção em geral estiveram em greve no primeiro semestre do
ano em 20 dos 27 estados brasileiros. Em agosto, 51 mil decretaram paralisações e ainda estão em greve nas obras de
construção da Refinaria Abreu e Lima, e no Complexo Petroquímico de Suape, em Pernambuco.
O presidente da entidade, Wilmar Gomes dos Santos, afirma que motivam esses movimentos a fragilidade das relações do
trabalho "justamente em um setor que responde por 9,2% na composição do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o IBGE".
"Os trabalhadores estão expostos constantemente à precariedade nos canteiros de obras, desigualdades salariais regionais e
ausência de perspectiva de melhores condições de vida", diz.
De acordo com o levantamento, as greves estão concentradas nas obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) –
construção, montagem industrial e óleo e gás, preponderantemente nas regiões Nordeste, Norte e Centro Oeste.
As paralisações ocorrem onde os salários, o pacote de benefícios e as condições de trabalho são os piores. Os pisos salariais
do Norte, Nordeste e no Centro-Oeste são perto de 30% menores que os do Centro Sul, assim como as médias dos demais
salários e benefícios.
Segundo a Fenatracop, os movimentos mais expressivos ocorreram nas obras das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio,
no Rio Madeira, em Rondônia, tendo como consequência incêndio nos alojamentos e até prisões de funcionários. Os
acontecimentos levarão o consórcio Energia Sustentável do Brasil (ESBR) a ser convocada a prestar depoimento aos deputados
na CPI do Tráfico de Pessoas.
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Rede Brasil Atual | 24 de agosto de 2012
MP de Minas determina suspensão de crédito em dez instituições bancárias
Dez instituições bancárias que atuam em Minas Gerais foram notificadas pelo Ministério Público de Minas Gerais, por meio do
Procon, na terça-feira (21), para suspender por cinco dias úteis a concessão de crédito ou financiamento a novos clientes por
infringirem o Código de Defesa do Consumidor e resoluções do Banco Central ao dificultarem a transferência dos correntistas
para outros bancos. A decisão cautelar refere-se aos bancos BMG, Bonsucesso, Cacique, Cruzeiro do Sul, GE Capital,
Intermedium, Mercantil do Brasil, Rural, Santander e BV Financeira. O descumprimento da decisão administrativa acarretará
multa de R$ 1 mil por contratação identificada.
Segundo o promotor de Justiça de Defesa do Consumidor Renato Franco, que assina a decisão, são instituições que resistem a
acompanhar a política de redução de juros do governo federal e, com isso, criam obstáculos aos consumidores, como exigir
cópias autenticadas de todos os documentos que já fazem parte da ficha cadastral, gerando gasto desnecessário para o
cliente na tentativa de demovê-lo da decisão de mudar de banco.
O relatório da decisão foi feito com base em milhares de reclamações, segundo Franco. "As instituições também vinham
dificultando o fornecimento a seus clientes de informações cadastrais e financeiras imprescindíveis ao exercício do direito de
transferir dívidas para outras instituições financeiras (portabilidade de crédito), bem como às necessárias à liquidação
antecipada de débito, total ou parcialmente consistentes, nesse caso, no boleto bancários com o saldo devedor
proporcionalmente reduzido", diz o texto.
Hoje, dois dias após a decisão, o promotor de Justiça disse que tinha notícia de que um banco já havia tomado medidas de
adequação.
O relatório, assinado também pelo procurador de Justiça Jacson Rafael Campomizzi, coordenador do Procon de Minas Gerais,
prevê prazo de dez dias para impugnação da decisão por parte dos bancos e para comunicar se mudaram o procedimento.
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Agência Brasil | 24 de agosto de 2012
Crise agilizou mudanças na economia e medidas do governo, diz Mantega O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse na noite de hoje (23) que a crise econômica internacional acabou tendo efeitos
positivos para o país, ao forçar mudanças que demorariam muito para acontecer de outra forma.
“A crise tem o lado positivo, porque ela acaba acelerando transformações e medidas que talvez você não tomasse durante um
período normal. Você demoraria mais para fazer transformações que são exigidas durante a crise”, ressaltou ao discursar para
empresários na entrega de prêmio promovido pelo jornal Valor Econômico.
Entre as medidas que foram tomadas em função da crise, Mantega destacou a diminuição da taxa básica de juros (Selic) -
“talvez não ocorresse com a velocidade que está ocorrendo”- e o Programa Minha Casa, Minha Vida. “Talvez nós não
tivéssemos criado o Minha Casa, Minha Vida, em 2009, se não houvesse uma forte crise no país e a gente tivesse que estimular
a economia”, disse.
O ministro declarou ainda que devido aos cortes nos juros, a taxa atingiu um dos melhores patamares “de todos os tempos”.
“O Brasil está se tornando um país normal em matéria de política monetária”, ressaltou.
Com juros reais de 2% ao ano, Mantega acredita que haverá um aumento de recursos destinados a investimentos no setor
produtivo. “A partir dessa redução, há uma tendência natural de que a disponibilidade de ativos seja canalizada não mais para
financiar a dívida pública, mas para financiar atividades produtivas”.
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Rede Brasil Atual | 24 de agosto de 2012
Arrecadação de campanhas expõe domínio privado sobre disputa eleitoral
O início do período de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão esta semana representa para muitos candidatos a
prefeito, em todo o Brasil, a esperança de alcançar um maior número de eleitores na reta final de uma campanha municipal,
marcada mais do que nunca pela disparidade de orçamentos e recursos. Ao mesmo tempo em que o financiamento público
de campanha é discutido pelo Congresso Nacional como parte essencial de uma efetiva reforma política, uma análise sobre as
prestações de conta até aqui realizadas em algumas das principais cidades brasileiras confirma uma luta desigual onde a
influência das máquinas administrativas e o peso dos maiores partidos favorece consideravelmente determinados candidatos.
A desigualdade na obtenção de recursos para a campanha eleitoral seria corrigida se o país adotasse o sistema de
financiamento público aos candidatos. Relator do projeto de reforma política na Câmara dos Deputados, Henrique Fontana
(PT-RS) defende a tese: “A proposta de reforma política que eu apresentei à Câmara prevê a distribuição mais igualitária dos
recursos porque garante que 25% do total de recursos disponíveis no financiamento público exclusivo sejam distribuídos
igualitariamente e os outros 75% de acordo com a votação para deputado federal ou deputado estadual, conforme a eleição
que está em disputa”.
A mudança, segundo o deputado, corrigiria um vício no sistema eleitoral brasileiro. “O financiamento público exclusivo gera,
em qualquer comparação que se faça com eleições retroativas, uma igualdade bem maior entre os candidatos. A tendência do
atual sistema de financiamento privado – e ela já foi vivenciada inúmeras vezes – é que os financiadores, que têm interesse em
estabelecer relações na maior parte das vezes privilegiadas com os futuros gestores públicos, concentrem as suas doações
naqueles que têm chance de ganhar”, diz. “Então, candidatos que arrancam mal nas pesquisas, mesmo que tenham excelentes
ideias e que possam fazer ótimos governos, têm uma chance reduzidíssima de disputar a eleição. Com o financiamento
público exclusivo de campanha, isso não ocorreria mais.”
Curiosamente, o prazo para a entrega da primeira planilha de gastos dos candidatos a prefeito e vereador à Justiça Eleitoral
expirou em 2 de agosto, mesmo dia em que teve início no Supremo Tribunal Federal (STF) o julgamento do processo do
mensalão, tão emblemático no que diz respeito à relação entre partidos, financiadores e gastos de campanha. Como de praxe,
os partidos e candidatos ainda não revelaram oficialmente a íntegra de seus doadores, mas a maior afluência de recursos para
prefeitos no exercício do mandato ou para legendas consideradas favoritas sugerem indícios da velha prática do empresariado
brasileiro de somente financiar nomes que possam lhes garantir retorno financeiro depois de eleitos.
Maior colégio eleitoral do país, São Paulo tem nos candidatos José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT) as campanhas mais
vultosas. O tucano, que é apoiado pelo PSD do prefeito Gilberto Kassab, declarou já ter arrecadado R$ 1.540.732,56, montante
integralmente contabilizado no item Recursos de Outros Candidatos ou Comitês. O mesmo valor é registrado pelo candidato
do PSDB no item Baixa de Recursos em Dinheiro. Serra, no entanto, ainda não registrou oficialmente nenhuma doação de
pessoa física ou jurídica à sua campanha.
Haddad registrou R$ 950 mil como Recursos de Pessoa Jurídica e R$ 475 mil como Recursos de Partido Político (que diz
respeito ao próprio partido do candidato), além de R$ 44.351,64 no item Recursos de Outros Candidatos ou Comitês, mesmo
valor registrado como Baixa de Recursos em Dinheiro. O candidato petista declarou R$ 10.718.331,03 no item Despesa
Contratada e R$ 381.645,00 no item Despesa Efetivamente Paga. O rival José Serra, por sua vez, ainda não declarou valores
referentes às despesas, o que poderá fazer, de acordo com a lei, na segunda parcial da prestação de contas à Justiça Eleitoral.
Em um segundo patamar orçamentário na disputa paulistana estão os candidatos Gabriel Chalita (PMDB) e Celso Russomano
(PRB). O peemedebista declarou R$ 400 mil como Recursos de Partido Político e R$ 197 mil nos itens relativos às despesas
Contratadas e Efetivamente Pagas. Russomano registrou R$ 192.310,00 como Recursos de Outros Candidatos ou Comitês, R$
46,3 mil como Recursos de Pessoa Física e curiosos R$ 727,73 no item Recursos de Partido Político. O candidato do PRB, o
único que já se declara no vermelho, estimou ainda uma Baixa de Recursos em Dinheiro no valor de R$ 239.337,73 e uma
Despesa Contratada de R$ 75.591,70.
Prefeitos turbinados
Nas metrópoles onde os prefeitos são candidatos à reeleição, a diferença é flagrante. No Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB)
registrou R$ 2 milhões como Recursos de Partido Político, R$ 350 mil como Recursos de Pessoa Jurídica e R$ 534.925,50 como
Recursos de Outros Candidatos ou Comitês, valor equivalente à Baixa de Recursos em Dinheiro. A campanha do atual prefeito
do Rio registrou ainda R$ 1.378.596,62 como Despesa Contratada e R$ 728.206,62 como Despesa Efetivamente Paga.
O adversário que mais se aproxima de Paes é Rodrigo Maia (DEM). Apoiado pelo pai, o ex-prefeito Cesar Maia, e pelo PR do
ex-governador Anthony Garotinho, o candidato demista registrou R$ 768.168,29 como Despesa Contratada e R$ 60.120,50
como Despesa Efetivamente Paga. Em termos de arrecadação até aqui, no entanto, Rodrigo registrou apenas R$ 50 mil como
Recursos de Pessoa Jurídica e R$ 30 mil como Recursos de Partido Político, estando aquém do desempenho histórico de seu
partido no Rio.
Marcelo Freixo (PSOL) declarou já ter arrecadado R$ 84.550,00 como Recursos de Pessoa Física e R$ 18.379,69 como Recursos
de Partido Político, valor equivalente à Baixa de Recursos em Dinheiro. Tanto a Despesa Contratada quanto a Despesa
Efetivamente Paga pelo candidato do PSOL foram registradas com o valor de R$ 95.771,75. Já Otávio Leite (PSDB), único a
registrar o item Recursos Próprios (R$ 20 mil), afirmou ter arrecadado ainda R$ 25 mil como Recursos de Pessoa Física e R$
52,5 mil como Recursos de Pessoa Jurídica. A Baixa de Recursos em Dinheiro do tucano é de apenas R$ 5 mil e despesa até
aqui, tanto a contratada como a efetivamente paga, é de R$ 79.878,36.
Outro exemplo da diferença de tratamento, nesse atual sistema de financiamento de campanha, que a influência das grandes
legendas ou de quem já está no poder pode causar é Belo Horizonte, onde o prefeito Márcio Lacerda, candidato à reeleição
pelo PSB, registrou nos itens Despesa Contratada e Despesa Efetivamente Paga o montante de R$ 744.821,97. Como
arrecadação, Lacerda, que tem o apoio do governador Antonio Anastasia (PSDB), registrou R$ 300 mil como Recursos de
Pessoa Jurídica e R$ 700 mil como Recursos de Outros Candidatos ou Comitês.
Na capital mineira, outro candidato peso-pesado é Patrus Ananias (PT), que registra R$ 897,5 mil como Recursos de Partido
Político, item que demonstra toda a importância dada pelo PT à disputa com o senador tucano Aécio Neves, que também
apóia Lacerda. No entanto, nos itens Despesa Contratada e Despesa Efetivamente Paga, o petista, que já foi prefeito de Belo
Horizonte entre 1993 e 1996 e deixou o cargo com 85% de aprovação, registrou somente R$ 75.893,18 até aqui.
Polarização
Entre as principais capitais, a campanha mais franciscana até aqui se dá em Porto Alegre, onde o candidato José Fortunati
(PDT), atual prefeito, registrou a arrecadação de apenas R$ 69.127,00 no item Recursos de Outros Candidatos ou Comitês. A
Baixa de Recursos em Dinheiro do pedetista é estimada em R$ 69.127,00, e a Despesa Contratada até aqui atinge R$
64.397,00.
Na capital gaúcha, quem lidera a arrecadação, segundo as informações oficialmente transmitidas à Justiça Eleitoral, é Manuela
D’Ávila (PCdoB), que registrou R$ 450 mil no item Recursos de Partido Político, demonstração da aposta que fazem os
comunistas na possibilidade de conquistar a prefeitura de Porto Alegre. Para efeito de comparação, o candidato do PT, Adão
Villaverde, registrou como Recursos de Partido Político apenas R$ 95 mil, valor próximo ao estimado para os itens Despesa
Contratada e Despesa Efetivamente Paga (R$ 94.964,18).
Em outra campanha polarizada, Recife mostra um pouco mais equilíbrio na distribuição de recursos entre os candidatos.
Apoiado pelo governador Eduardo Campos, o candidato do PSB, Geraldo Júlio, é o que está mais à vontade e registrou R$
1.036.000,00 como Recursos de Partido Político e R$ 550 mil como Recursos de Pessoa Jurídica. A Baixa de Recursos em
Dinheiro do atual prefeito é ainda modesta (R$ 15 mil), e as despesas Contratada e Efetivamente Paga foram registradas em
R$ 695.082,92.
O candidato do PT, Humberto Costa, registrou R$ 100 mil como Recursos de Pessoa Física e R$ 500 mil como Recursos de
Pessoa Jurídica. As despesas Contratada e Efetivamente Paga pelo PT, partido que comanda a prefeitura há doze anos, foram
registradas em R$ 510 mil. Já Mendonça Filho (DEM) registrou R$ 600 mil como Recursos de Partido Político, R$ 559.298,50
como Despesa Contratada e R$ 423.218,50 como Despesa Efetivamente Paga. Daniel Coelho (PSDB) foi o que mais colocou
dinheiro no item Recursos Próprios (R$ 100 mil), além de R$ 135 mil como Recursos de Pessoa Jurídica e R$ 100 mil como
Recursos de Partido Político. Nos itens Despesa Contratada e Despesa Efetivamente Paga, o candidato tucano registrou R$
204.681,78.
Para o secretário-geral do PT, Eloi Pietá, o setor empresarial brasileiro poderia se mostrar mais engajado na luta pelo
financiamento público de campanha: “O financiamento privado tem sido um problema até mesmo para o próprio setor
empresarial. A empresa que contribui para uma campanha eleitoral termina se vinculando especificamente a alguns candidatos
ou partidos e pode ter problemas no futuro, na medida em que, se participar de uma licitação ou concorrência pública, vai
terminar sempre ficando aquela dúvida: será que ganhou porque contribuiu para a campanha?”.
O dirigente petista identifica outro setor que precisa ser “convencido” sobre os benefícios da mudança no sistema: “A grande
mídia brasileira é contra o financiamento público exclusivo e defende a manutenção do financiamento privado. Em primeiro
lugar, porque a grande mídia é grande empresa e quer que o setor empresarial privado continue controlando o setor público.
Em segundo lugar, porque a grande mídia vive também, digamos, desta imagem de que todo o mundo político é corrupto.
Para eles é interessante manter, de uma certa maneira, a má fama da política para ter a boa fama deles na sociedade”, diz.
Procurado para comentar o assunto, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), que participa da coordenação de campanha do
candidato de seu partido à prefeitura de São Paulo, José Serra, não concedeu entrevista até o momento de publicação desta
reportagem.
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Rede Brasil Atual | 24 de agosto de 2012
Confederação dos servidores diz que corte salarial vai afetar 30 mil
Em reação ao anúncio do corte integral do salário de 11.495 servidores federais por conta da greve da categoria, o diretor
executivo da Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo da Silva, disse hoje (23)
aoViomundo, que a medida surpreende a todos considerando-se que o governo teve o grande apoio do funcionalismo para
se eleger em 2010.
Nas contas da Condsef, o corte salarial deve atingir 30 mil trabalhadores. “É um ato ilegal”, afirmou Sérgio Ronaldo, lembrando
que durante greve de servidores em 2010 o próprio governo emitiu nota técnica dizendo que o corte máximo de salário
deveria ser de sete dias em um mês. Ele disse que o objetivo da decisão é forçar o fim da greve “na marra e não no
convencimento”.
A Confederação obteve liminares em Mato Grosso e Rondônia para suspender o corte dos salários, mas a obtida no Distrito
Federal foi cassada. Agora, a Condsef vai ao Supremo Tribunal Federal. A entidade também aguarda manifestação do ministro
José Antônio Dias Toffoli, relator do pedido dos servidores para que seja declarado inconstitucional o Decreto 7.777, que
permite a substituição de funcionários públicos federais em greve por servidores estaduais e municipais.
Segundo o dirigente, a paralisação por reajuste salarial e reestruturação do plano de carreira atinge 300 mil funcionários
públicos. Para o Ministério do Planejamento, são 80 a 90 mil. Até agora a proposta do governo prevê aumento de 15,8%
parcelado em três anos. A Condsef esperava ainda para hoje uma proposta para apresentar no sábado (25) a uma assembleia
nacional de servidores grevistas.
Oficial
De acordo com nota do Ministério do Planejamento, o corte de ponto atingiu 11.495 servidores que fizeram de um a 30 dias
de paralisação em julho. "Esse número corresponde a 1,97% dos 571.875 servidores do executivo civil ativo. Os servidores de
universidades e institutos federais não fazem parte do cálculo e estão em processo de volta ao trabalho e negociação para
reposição dos dias parados. Em 16 ministérios não houve registro de paralisação e, portanto, corte de ponto."
O ministério informou que os órgãos públicos que registraram paralisação de servidores são, predominantemente, da
Administração Indireta (agências reguladoras, entidades vinculadas, fundacionais e autárquicas) com 8.079 funcionários que
paralisaram durante um ou mais dias as suas atividades. Entre as 10 áreas com maior percentual de paralisação, oito são
agências reguladoras. Na Administração Direta 3.416 servidores tiveram o ponto cortado. O valor total dos descontos de dias
parados soma R$ 20.668.252,39.
Defesa
O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), defendeu o corte de ponto. Para ele, o governo tem agido
corretamente ao negociar com os trabalhadores, mas também não efetuar o pagamento daqueles que estão parados. “O
servidor em greve rompeu com seu contrato, está reivindicando. Não é justo em nenhuma paralisação que elas se deem com
o trabalhador recebendo o salário na integralidade. Na iniciativa privada não é assim. O mesmo modelo deve servir para os
servidores públicos”, disse.
Mesmo defendendo o direito de greve dos trabalhadores, Marco Maia, que já foi dirigente sindical, avaliou que o corte de
ponto é uma medida necessária. “As greves que são realizadas pelos servidores públicos brasileiros são legítimas. Todo
trabalhador tem o direito de reivindicar, buscar melhorar sua condição de trabalho e sua situação salarial. O governo está
agindo certo ao sentar para negociar, discutir com os servidores caminhos que resolvam suas reivindicações, mas, ao mesmo
tempo, sendo duro na cobrança da responsabilidade e de comportamento republicanos dos grevistas”, frisou.
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