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CLAUDIA PINHO HARTLEBEN

(hartleben.claudia@gmail.com)

BIOSSEGURANÇA EM LABORATÓRIOS DE ENSINO E PESQUISA

• Definição

• Histórico

• O Laboratório de ensino e pesquisa e seus riscos

• Análise dos Riscos

• Simbologia

• Boas Práticas

BIOSSEGURANÇA

ABORDAGENS...

Biossegurança: uma ciência

emergente

Biossegurança – é um conjunto de medidas

voltadas para minimização dos riscos para o

homem, animais e meio ambiente

Biossegurança como ciência

Biossegurança latu sensu – inclui

Biossegurança de laboratórios e OGMs

Biossegurança strictu sensu – apenas

segurança de transgênicos

INFECÇÕES

LABORATORIAIS

1941 – Meyer e Eddie – 74 casos de brucelose

associados a laboratório - aerossol

HISTÓRICO

INFECÇÕES

LABORATORIAIS

1949 – Sulkin e Pike – 222 infecções virais

HISTÓRICO

BIOSSEGURANÇA

HISTÓRICO

1951 – Sulkin e Pike – brucelose e tuberculose

mais freqüentes.

QUESTIONÁRIO ENVIADO A 5000 LABORATÓRIOS (1342 CASOS)

MAIORIA DOS CASOS REALCIONADO AO USO DE PIPETAS, SERINGAS E AGULHAS

1/3 DOS CASOS FOI RELATADO NA LITERATURA

1974 – Classificação de risco de agentes etiológicos

1980 – Precauções universais

para manipulação de fluídos

corpóreos (HIV)

BIOSSEGURANÇA

CDC- US Centers for Disease Control

Brasil – O surgimento da

Biossegurança

1984 – primeiro Workshop de Biossegurança

(Biossegurança em laboratórios ) - Fiocruz

1986 – primeiro levantamento de riscos em laboratório

na Fiocruz - INCQS

Brasil – O surgimento da

Biossegurança

década de 90 – a Biossegurança começa a ser

direcionada para a tecnologia do DNA recombinante.

Primeiro projeto de fortalecimento das ações em

Biossegurança – Ministério da Saúde – Núcleo de

Biossegurança

1995 – Lei brasileira de Biossegurança Lei 8974/95

REGULAMENTAÇÃO DA

BIOSSEGURANÇA NO BRASIL

1995 – LEI 8974 estabelece regras para o

trabalho com DNA recombinante no Brasil,

incluindo pesquisa, produção e comercialização de

OGM’s de modo a proteger a saúde do homem,

animais e meio ambiente

1995- Decreto 1752 – formaliza a comissão

Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio e

define suas competências no âmbito do

Ministério da ciência e Tecnologia.

2005 11.105-

Biossegurança como

ciência

1999 – fundação da Associação Nacional de

Biossegurança – ANBio ( www.anbio.org.br)

Biossegurança como

ciência

1999 – Primeiro Congresso Brasileiro de

Biossegurança

2000 – início da introdução da Biossegurança

como disciplina científica no currículo universitário

2001- CNPq lança programa de indução das

ações em Biossegurança

Regulamenta a Lei nº 8.974, de 5 de janeiro de 1995, dispõe sobre a vinculação, competência e composição da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança - CTNBio, e dá outras providências.

Biossegurança como

ciência

2005 – Regulamentação da lei brasileira de

Biossegurança Lei 8974/95

O LABORATÓRIO DE ENSINO E PESQUISA E SEUS RISCOS

CONSIDERAÇÕES GERAIS

BIOSSEGURANÇA EM LABORATÓRIOS DE ENSINO E PESQUISA

• Conjunto de ações voltadas para prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, as quais possam comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.

• Situação: Existem Tecnologias disponíveis para eliminar ou minimizar os riscos.

• Problema: Comportamento dos profissionais e falta de vacinação

• Anos 70, profissionais de saúde possuem mais casos de infecções como Hep, TB, Shiguelose do que os de outras atividades

BIOSSEGURANÇA

• Exemplo

• Um bandaneiro revira sacolas e caixas em um lixão.

• De repente, um descuido.

• Ele se fere com uma seringa utilizada e abandonada no meio do lixo.

BIOSSEGURANÇA

• Exemplo

• Fim de expediente para um profissional de laboratório que lida com o bacilo da tuberculose.

• Ele encera as atividades sem perceber que sua máscara de proteção estava mal colocada.

• Três semanas depois, o filho de sua empregada doméstica é diagnosticado com TB.

BIOSSEGURANÇA

• Exemplo Real

• Hong Kong, China. Um hóspede com sintomas de gripe permanece num hotel por dois dias.

• Semanas depois, pessoas com a Síndrome Aguda Respiratória (SARS) são identificadas em 5 países, incluindo Canadá e EUA.

• A investigação mostra que os casos estavam relacionados ao paciente do hotel.

• 3 principais países afetados:

- Hong Kong e China: 7082 casos

- 3º país: Taiwan – 346 casos

BIOSSEGURANÇA

Perigo: Risco?

Risco:

“Perigo ou possibilidade de perigo”.

Perigo:

“Estado ou situação que inspira cuidado”.

Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, 2000.

RISCOS DE ACIDENTES

• Primário: é a própria fonte de risco, quando por si só já é um risco

Ex. frasco de éter, material pérfuro-cortante

• Secundário: é a própria fonte de riscos + a condição insegura ligada ao humano

Ex. frasco de éter colocado próximo a fonte de calor, material pérfuro-cortante descartado em lixos comuns e o não gerenciamento dos resíduos (que deixa somente com risco primário)

• TIPOS DE RISCO

– Físicos

– Químicos

– Ergonômicos

– Biológicos

– Acidentes

RISCOS FÍSICOS

“Riscos provocados por algum tipo de energia”

• Equipamentos que geram calor ou chamas

• Equipamentos de baixa temperatura (frio)

• Radiação:Raio X, Não ionizante (UV)

• Pressões anormais

• Umidade

• Ruídos e vibrações

• Campos elétricos

RISCOS FÍSICOS: ESTUFA

RISCOS FÍSICOS: AUTOCLAVE

RISCOS FÍSICOS: NITROGÊNIO LIQUIDO

RISCOS QUÍMICOS

• Contaminantes do ar (poeira)

• Fumos, névoas, neblinas, gases, vapores

• Substâncias tóxicas (inalação, absorção ou ingestão)

• Substâncias explosivas e inflamáveis

• Substâncias irritantes e nocivas

• Substâncias oxidantes

• Substâncias corrosivas

• Líquidos voláteis

• Substâncias cancerígenas

• Degermantes: Iodo

Ác. Nítrico + solvente orgânico

RISCOS ERGONÔMICOS

“Elementos físicos e organizacionais que interferem no conforto e saúde”

• Postura inadequada no trabalho • Iluminação e ventilação inadequadas • Jornada de trabalho prolongada, monotonia • Esforços físicos intensos repetitivos • Assédio moral (efeito psicológico) • Lesões: calor localizado, choques, dores, dormência,

formigamentos, fisgadas, inchaços, pele avermelhada, e perda de força muscular.

RISCOS BIOLÓGICOS

“Amostras provenientes de seres vivos”

• Plantas

• Animais

• Bactérias (incluindo OGM’s)

• Fungos

• Protozoários

• Insetos

• Amostras biológicas de animais e seres humanos como sangue, urina, escarro, fezes, secreções...)

RISCOS BIOLÓGICOS

RISCOS BIOLÓGICOS

RISCOS BIOLÓGICOS

• TIPOS DE RISCO

– Físicos

– Químicos

– Ergonômicos

– Biológicos

– Acidentes

MAPA DE RISCO

Representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos

locais de trabalho, capazes de acarretar prejuízos à saúde dos

trabalhadores.

Planta baixa do laboratório de biologia molecular do CENBIOT/UFPEL

Representação de Mapa de Risco do laboratório de Biologia Molecular do CENBIOT/UFPEL.

SIMBOLOGIA

RADIAÇÃO RISCO BIOLÓGICO

ARMA QUÍMICA

SIMBOLOGIA

IRRITANTE

INFLAMÁVEL

PERIGO AO MEIO AMBIENTE

TÓXICO

CORROSIVO C

OM

BU

STÍV

EL

EXP

LOSI

VO

RISCO BIOLÓGICO

RADIAÇÃO IONIZANTE

RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE

RADIAÇÃO A LASER

GÁS COMPRIMIDO

SUPERFÍCIE AQUECIDA

BAIXA TEMPERATURA

CAMPO MAGNÉTICO

Via de Exposição Procedimento de risco

- Ingestão

Pipetagem com a boca

Consumir alimentos no lab.

Colocar dedos ou objetos contaminados na boca

- Inoculação

Acidentes com agulhas

Acidentes materiais cortantes

Arranhão, mordidas de animais

CONSIDERAÇÕES GERAIS

- Pele / mucosa

Fluidos bocas, olhos, nariz, pele

Objetos / Equipamentos com superfícies contaminadas

- Inalação Aerossóis

Via de Exposição Procedimento de risco

CONSIDERAÇÕES GERAIS

Boas práticas em laboratórios de saúde

BOAS PRÁTICAS DE LABORATÓRIO

Conjunto de normas e procedimentos de

segurança que visam minimizar os acidentes em

laboratório.

• Lavar as mãos antes e após a jornada

• Não comer ou preparar alimentos

• Não fazer higiene bucal, maquiagem, roer unhas...

• Trabalhe com seriedade

• Descarte adequado para material biológico

BOAS PRÁTICAS

BOAS PRÁTICAS: ÁREA FÍSICA

• Ambiente amplo • Paredes, teto e chão de materiais de fácil limpeza e

antiderrapante • Iluminação, Água e voltagem dos aparelhos • Bancadas fixas, impermeáveis e resistentes • Mobília de fácil limpeza • Pias com infraestrutura • Portas fechadas e/ou do tipo “vai e vem” • Objetos pessoais, alimentação e estocagem em áreas próprias • Autoclave em local próprio • Piso anti-derrapante, impermeável, resistente a produtos

químicos e de fácil limpeza. • Refeitório ou copa: situar-se fora da área técnica de trabalho • Ventilação: Manutenção dos filtros dos condicionadores de ar e

capelas.

BOAS PRÁTICAS: ÁREA FÍSICA

BOAS PRÁTICAS: ÁREA FÍSICA

LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA

LABORATÓRIO DE ENSINO

BOAS PRÁTICAS: ÁREA FÍSICA

Não cheirar nem provar qualquer produto químico.

Não trabalhar no mesmo horário que o pessoal da limpeza

BOAS PRÁTICAS: UNIFORMES

BOAS PRÁTICAS: UNIFORMES

BOAS PRÁTICAS: CABELOS E ROSTO

BOAS PRÁTICAS: CABELOS

BOAS PRÁTICAS: ADEREÇOS

BOAS PRÁTICAS: ALIMENTOS

BOAS PRÁTICAS: CIGARRO

BOAS PRÁTICAS: PRAGAS

BOAS PRÁTICAS: ANIMAIS E PLANTAS

BOAS PRÁTICAS: PIPETAS

AGULHAS

As técnicas de higienização das mãos podem variar, dependendo do objetivo ao qual se destinam.

Microbiota da pele

REMOÇÃO DA MICROBIOTA TRANSITÓRIA X

REMOÇÃO DA MICROBIOTA RESIDENTE

Em nosso corpo tem mais mos que células 1013 células humanas 1014 células de microrganismos

Remoção da Microbiota Transitória

Remoção da Microbiota Residente

- Lavagem

- Escovação

- Uso de antissépticos (clorexidina e iodo)

ANTI-SEPSIA CIRÚRGICA OU PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO DAS MÃOS

Finalidade: eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além de proporcionar efeito residual na pele do profissional.

Remoção da Microbiota Residente

BOAS PRÁTICAS: ATENÇÃO

Descartar apropriadamente o material utilizado.

Ao transportar materiais líquidos ou semilíquidos, acondicioná-los

em recipiente fechado.

Nunca manipular produtos químicos usando

lentes de contato, sem EPI adequado.

Organização no uso dos equipamentos

CUIDADOS NA UTILIZAÇÃO DO MICROSCÓPIO

Organizar protocolo antes das tarefas.

Boas práticas em laboratórios de saúde

Cuidado ao retirar materiais de dentro da

centrífuga.

Cuidar com correntes de ar na

manipulação de reagentes - pesagem.

Evitar trabalhar sozinho.

Não atender o telefone ou abrir portas

usando luvas descartáveis.

Boas práticas em laboratórios de saúde

Não lavar ou desinfetar luvas cirúrgicas ou

luvas de exame para reutilização.

Não utilizar “T” nas tomadas elétricas

Quando for trabalhar, manter a bancada

livre de cadernos, livros ou qualquer

material que não faça parte da tarefa.

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Uso de luvas ejaléco

Olha rótulodos reagentes

Utilizasímbolos da

biossegurança

Lavar as mãosantes e após

atividades

Costuma tirarjóias

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Nunca As vezes Sempre

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Freqüência dafaxina no

laboratório

Sacosespecíficos

paraautoclavagem

Descarta luvasde brometo emlocal adequado

Utiliza EPIs eEPCs no

manuseio deacrilamida

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Nunca As vezes Sempre

Lei de “murphy”

Boas práticas em laboratórios de saúde

www.aids.gov.br/telelab/

PRÉ – TESTE

Biossegurança

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