aula introdução sanidade na aquicultura
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SANIDADE NA AQUICULTURA
CARLOS AUGUSTO GOMES LEALProf. Dr., Médico Veterinário CRMV-MG 9014
AQUAVET-Laboratório de Doenças de Animais Aquáticos
Escola de Veterinária-UFMG
PISCICULTURA NACIONAL
CP MP
Começo da Atividade
Sucesso doNegócio
LP
PORQUE?
PROBLEMAS SANITÁRIOS
Perdas e PrejuízosBaixa Eficiência Produtiva
DoençasAlta Mortalidade
SANIDADE NA PISCICULTURA
�Manejo sanitário
�Diagnóstico, Prevenção e Controle de Doenças
�Problemas Sanitário em Pisciculturas
�Biossegurança na Piscicultura
CONCEITOS DE SANIDADE
�Dentro de um sistema de produção definido
�Sanidade como política pública de controle
Aquisição de reprodutores
Importação de outros países Utilização de espécies nativas
Produção de alevinos
Engorda tradicional
Tanques-rede
Pesqueiros
PISCICULTURA
IMUNIDADE DOS PEIXES
�Imunidade inata: inespecífica
�Imunidade adaptativa = humoral e celular
►Modulada e estimulada
►Vacinação
IMUNIDADE DOS PEIXES
�Aquisição de alevinos
�Recria tradicional ou tanque-rede?
�Flutuações e biomassa: frequência de repicagem
�Observação diária do comportamento dos peixes
�Controle de fornecimento de ração
�Qualidade da água
�Remoção de peixes mortos e moribundos
�Manutenção de tanques
�Quarentena de animais
�Descontaminação de materiais
�Controle de acesso ao sistema de produção
SANIDADE NA PISCICULTURA
�Aquisição de Alevinos
�Qualidade
�Conhecer a Origem-Fornecedor
�Recria tradicional ou tanque-rede?
►Diferentes Manejos e Influência de Fatores Ambientais
►Características Particulares da Propriedade
�Frequência de repicagem
Animais Muito Estressados ao Final
�Monitoramento do comportamento
�Controle de fornecimento de ração
► Excesso de ração ≠ Maior crescimento
► ↑ Custo de produção e ↓ Qualidade de água
► Excesso de ração + Doença = aumento da mortalidade
�Qualidade da água
EXTREMAMENTE IMPORTANTE
�Principais parâmetros
● Oxigênio dissolvido
● Temperatura
● Composto nitrogenados (amônia, nitrato e nitrito)
● Turbidez e outros
�Indicativos de má qualidade de água apatia e boquejamentoanorexia
�Remoção de peixes mortos e moribundos
� Limpeza e Descontaminação de materiais
�Etapas
● Limpeza
● Desinfecção química
● Lavagem
● Desinfecção física
DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E
PREVENÇÃO DE DOENÇAS
Principais doenças infecto-contagiosas:
�Bactérias: Flavobacterium columnare, Aeromonas
hydrophila, Streptococcus agalactiae e outros, demaisaeromonas móveis, Weissella sp.
�Protozoários: Trichodina sp., Ichthyophthirius
multifiliis, Epistilys sp.
�Demais parasitos: Lernaea cyprinacea, Argullus sp.,Dolops sp., monogenéticos.
�Fungos: Saprolegnia sp., Achlya sp.
DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E PREVENÇÃO
Outras Doenças Importantes
?
�Diagnóstico
- Doenças com sintomas similares
- Ausência de lesões características
- Exames auxiliares
DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E PREVENÇÃO
- Diagnóstico laboratorial
DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E PREVENÇÃO
�Diagnóstico laboratorial
● Laboratório especializado
● Disponibilidade de laboratórios
● Coleta e remessa de material
COLETA E REMESSA DE MATERIAL: DOENÇAS INFECCIOSAS
�Contaminação de espécimesmorte deterioração rápida
Desvitaliação dos Tecidos Contaminação da Carcaça
�Material ideal exame laboratorial: peixe vivo
COLETA E REMESSA DE MATERIAL: DOENÇAS INFECCIOSAS
1/3água
2/3 ar
COLETA E REMESSA DE MATERIAL: DOENÇAS INFECCIOSAS
TEMPO DE TRANSPORTE MÁXIMO 8-12 HORAS
COLETA E REMESSA DE MATERIAL: DOENÇAS INFECCIOSAS
�Peixe vivo
● Permite a avaliação da sintomatologia clínica in vivo
● Exame parasitológico
● Menor possibilidade de diagnóstico incorreto
muco
brânquias
COLETA E REMESSA DE MATERIAL: DOENÇAS INFECCIOSAS
�Peixe resfriado
● Forma mais comum de envio
● Material preservado se enviado corretamente
● Fazendas Laboratório especializado
● Bom valor diagnóstico
COLETA E REMESSA DE MATERIAL: DOENÇAS INFECCIOSAS
COLETA E REMESSA DE MATERIAL: DOENÇAS INFECCIOSAS
►Vantagens
● Maior possibilidade de realização de exame
● Percorrer longas distâncias
● Tempo de translado: até 48 horas
● Desapacho via empresas aéreas e rodoviárias
COLETA E REMESSA DE MATERIAL: DOENÇAS INFECCIOSAS
►Desvantagens
●Exame parasitológico:negativo
● Não permite avaliação de sintomatologia
● Falso Negativo
● Lesões superfície: reais ou provocadas pelo gelo?
QUAIS ANIMAIS DEVEM SER ENVIADOS PARA EXAME ?
PEIXES DOENTES COM SINAÍS CLÍNICOS DA DOENÇA
�Sintomas Doenças bacterianas:
COLETA E REMESSA DE MATERIAL: DOENÇAS INFECCIOSAS
● Apatia e anorexia
● Ascite
COLETA E REMESSA DE MATERIAL: DOENÇAS INFECCIOSAS
COLETA E REMESSA DE MATERIAL: DOENÇAS INFECCIOSAS
● Hiperemia e Hemorragias cutâneas
● Exoftalmia
COLETA E REMESSA DE MATERIAL: DOENÇAS INFECCIOSAS
COLETA E REMESSA DE MATERIAL: DOENÇAS INFECCIOSAS
● Sintomas muitas vezes não observados
�Observações
● Mortalidade crescente
● Auxílio de um técnico
● Economia
�Número de peixes
COLETA E REMESSA DE MATERIAL: DOENÇAS INFECCIOSAS
● 5 à 8
● Rotulados e embalados individualmente
● Coletado dos diferentes sistemas de cultivo
● Contatar laboratório (informações e data da chegada)
COLETA E REMESSA DE MATERIAL: DOENÇAS INFECCIOSAS
�Material impróprio para o diagnóstico
► Peixes mortos
► Congelar o material
► Misturar peixes sadios e doentes
► Realizar necropsia nos animais que serão enviados
COLETA E REMESSA DE MATERIAL: DOENÇAS INFECCIOSAS
�Necropsia na propriedade
Não realizar nos animais enviados para exame
COLETA E REMESSA DE MATERIAL: DOENÇAS INFECCIOSAS
�Fixação de espécimes clínicos
► Fixar = conservar em formol ou liquído de Bouin
► Histopatologia
► Diagnóstico: Biologia Molecular
► Não permite o isolmento de bactérias
COLETA E REMESSA DE MATERIAL: DOENÇAS INFECCIOSAS
�Informações do Problema
► Histórico
► Manejo
► Indices zootécnicos
► Observações
CONTROLE E ERRADICAÇÃO
Principais Tratamentos Aplicados
�Ração medicada
�Banhos terapêuticos
CONTROLE E ERRADICAÇÃO
�Ração medicada: antibióticos e antiparasitários
► Tratamento de doenças infecciosas (bacterianas)
► Controle de surtos
► Não devem ser utilizados rotineiramento ou como promotor de
de crescimento
► Resistência bacteriana as drogas
CONTROLE E ERRADICAÇÃO
�Escolha do medicamento
● Determinação da susceptibilidade
● Padrões internacionais para patógenos de peixes
�Preparação da ração medicada
CONTROLE E ERRADICAÇÃO
+
Esperar 30’ antes de fornecer (descansar)
PREPARAR NODIA DO USO
RAÇÃO+ATBFÁBRICA
CONTROLE E ERRADICAÇÃO
�Esquema terapêutico e objetivo
● Tratamento: 7 a 10 dias
● Dose: variada conforme a droga
● Objetivo: salvar subpopulação saudável
● Peixes doentes = morte (não ingerem o ATB)
CONTROLE E ERRADICAÇÃO
�Banhos terapêuticos
● Controle de bactéria (F. columnare) e parasitos
● Substâncias desinfetantes e antiparasitárias
● Parâmetros: concetração da droga X tempo de exposição
● Tóxicos quando utilizados de maneira incorreta
CONTROLE E ERRADICAÇÃO
PRODUTO+ÁGUA+ OXIGÊNIO
pré-diluição
DURANTE O TRATAMENTO
► Monitorar
► Avaliar o comportamento dos animais
► Oxigênio dissolvido
► Temperatura da água
CONTROLE E ERRADICAÇÃO
�Banhos terapêuticos: substâncias utilizadas
● Cloreto de sódio (sal)
● Formol (cuidado)
● Sulfato de cobre e permanganato de potássio
● Produtos comerciais
CONTROLE E ERRADICAÇÃO
�Considerações
● Podem ser utilizados preventivamente e na rotina
● USAR SOMENTE as doses recomendadas pelo técnico oufabricante
● Não fazer coquetéis
● Tóxicos quando utilizados de maneira incorreta
Sal + Formol + Verde malaquita = Bomba
● Avaliar a condição física dos animais
Vacinas
► O que são?
► Objetivo
► Vacinas para peixes: Mundo
► Brasil
�Tipos de vacina
● Inativadas
● Vivas-atenuadas
● Vacinas de subunidades
● Vacinas de DNA
�Via de administração
● Injetáveis
● Banho
● Veículos orais
�Vacinas Injetáveis
● Peixes de alto valor: Ex. Salmão
● Matrizes
�Vacinas Imersão (Banho)
● Maior viabilidade
● Vacinação de alevinos
�Disponibilidade
Nenhuma para as doenças vigentes no Brasil
�Vacinas Orais
● Misturadas à ração
● Processo de vacinação: baixo estresse e necessita manejo
Leal et al., 2009
CONTROLE DO USO DE DROGAS NA PISCICULTURA
● Prescrição
● Registro no MAPA para uso legal em aquicultura
● Preconizado: uso de substâncias registradas
● Orientação técnica
SURTOS DE DOENÇAS INFECCIOSAS
EM PISCICULTURAS
� Streptococcus em tilápias
- Aparente impacto no Brasil e demais regiões tropicais
- Dificuldades de tratamento / portadores assintomáticos
- Doenças de maior importância para tilapicultura
Infecções por Streptococcus
Infecções por Streptococcus
� Streptococcus agalactiae em tilápias
- Altamente patogênica
- Mortalidade elevada
- Meningoencefalite e septicemia
Streptococcus agalactiae
� Exoftalmia e sinais nervosos
Streptococcus agalactiae
� Meningoencefalite
� Fatores de risco
- Aumento temperatura da água >27°C
- Altas densidades de estocagem
- Peixes acima de 150g
Streptococcus agalactiae
- Problemas de manejo = estresse
Streptococcus agalactiae
Mian et al., Veterinary Microbiology, 2009
Minas Gerais
Bahia
São Paulo
Paraná
Espírito Santo
Ceará
Santa Catarina
� Tratamento
- Antibioticoterapia
- Dificuldade do tratamento
Streptococcus agalactiae
� Erradicação e Controle
- Portadores Assintomáticos: Adultos e alevinos
Matrizes positiva
Streptococcus agalactiae
pós-larvas
- Portadores covalescentes: mantém a bactéria no plantel
- Introdução no plantel
- Transmissão congênita
doença animais adultos
� Streptococcus dysgalactiae
Streptococcus dysgalactiae
Streptococcus dysgalactiae
Streptococcus dysgalactiae
� Características peculiares
- Fatores predisponentes: maior relevância surtos
- Patogenicidade?
- Abscessos= Evoluem para Lesões GRANULOMATOSAS
Streptococcus dysgalactiae
Infecções por Streptococcus
� Lesões Granulomatosas
Infecções por Streptococcus
� Observações
- Alto número de portadores covalescentes
- Menor mortalidade
- Frigorífico: descarte de peixes
- Menor aceitação consumidores
� Prejuízos
Streptococcus dysgalactiae
- Tilapicultura Ásia: doenças mais importante
- Doenças similar S. agalactiae
- Relato no Brasil
- Amostras brasileiras X internacionais
� Streptococcus iniae
� Streptococcus iniae
- Dinâmica da doença nas pisciculturas
- Virulência da amostras nacionais
- Vacinas disponíveis no mercado mundial
- Eficiência no Brasil
� Surtos de Septicemia Hemorrágica em Truticulturas
� Surtos de Septicemia Hemorrágica em Truticulturas
- Septicemia hemorrágica
- Surtos 2006, 2007, 2008 e 2009
- Evolução rápida
- Impacto econômico
� Diagnóstico
� Weissella sp.
- Manutenção no ambiente?
- Animais de diferentes idades
- Eficiência da antibiótico terapia
- Manejo sanitário
� Fatores de risco
- Arraçoamento
- Verão: temperatura próxima de 17°C
- Chuvas e aumento de sólidos em suspensão
- Rações
BIOSSEGURANÇA NA PISCICULTURA
OBRIGADO!CARLOS AUGUSTO GOMES LEAL
M.Sc., Médico Veterinário CRMV-MG 9014
AQUAVET- Laboratório de Doenças de Animais Aquáticos,
DMV-UFLA
carlosleal@posgrad.ufla.br
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