4. anti hipertensivos

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Farmacologia (15 de Setembro de 2011)

Anti-Hipertensivos

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 2

Pressão Arterial

Pressão exercida pelo sangue contra a superfície interna das artérias.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 3

Mecanismos de Regulação

Controle Rápido da PA; Controle da PA em um período Intermediário; Mecanismo de controle da PA a longo prazo.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 4

Controle Rápido da PA

Barorreceptores; Quimiorreceptores;

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 5

Controle da PA num Período Intermediário

Mecanismo de relaxamento por stress; Mecanismo de desvio de liquido capilar; Sistema Renina-Angiotensina.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 6

Mecanismo de Controle a Longo Prazo

Renal: Controle Hemodinâmico; Controle Hormonal:

Sistema renina-angiotensina-aldosterona.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 7

Hipertensão Arterial

A hipertensão arterial é o aumento da pressão dentro das artérias acima dos valores de referência.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 8

Tratamento da Hipertensão

Tem como objectivo reduzir o risco cardiovascular;

Deve se tentar manter a PA diastólica a níveis abaixo de 90mmHg e da PA sistólica a níveis abaixo de 140mmHg;

O tratamento deve ser medicamentoso e não medicamentoso.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 9

Tratamento não Medicamentoso

Alterações no estilo de vida do paciente, visando desta forma reduzir a PA;

Redução do peso corporal, da ingestão de bebidas alcoólicas e da ingestão de sal, além da pratica de exercícios físicos regulares;

Tratamento está indicado a todos os hipertensos a aos indivíduos ainda que normotensos, mas de alto risco cardiovascular.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 10

Tratamento Medicamentoso

O tratamento medicamentoso deve ser: Individualizado e a escolha inicial do medicamento como

monoterapia deve basear se no mecanismo fisiopatogênico predominante;

Características individuais, doenças associadas, condições sócio-econômicas e na capacidade de o medicamento influir sobre a morbilidade e mortalidade cardiovasculares.

Quando a monoterapia fracassa, um segundo agente, geralmente de uma classe diferente, deve ser adicionado.

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Classificação dos Medicamentos Anti-Hipertensivos

Diuréticos; Agentes Simpaticolíticos; Vasodilatadores; Bloqueadores dos canais de Cálcio; Inibidores da Enzima de Conversão da

Angiotensina (IECA); Antagonistas dos receptores da Angiotensina II.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 12

Diuréticos

Inibidores da anidrase carbónica; Diuréticos Osmóticos; Diuréticos de alça; Diuréticos Tiazídicos e semelhantes aos

Tiadizíacos; Inibidores dos Canais de Na⁺ (Poupadores de

K⁺).

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 13

Princípios da Acção Diurética

Aumentar o fluxo de urina; Aumentar a excreção de Na⁺; Diminuir o volume de LEC.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 14

Inibidores da Anidrase Carbónica

Aumentam o volume urinário e diminuem a concentração da urina;

Mecanismo de acção; Inibem a enzima anidrase carbónica, bloqueiam

primariamente a reabsorção de iões bicarbonato dos túbulos proximais :

Como consequência a não absorção de Na+ e H2O.

(Acetazolamida, Dorzolamida, Brinzolamida)

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Absorção e Eliminação

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Usos Terapêuticos

Glaucoma; Epilepsia;

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 18

Efeitos Adversos e Contra-Indicações

Efeitos Adversos: Acidose metabólica;

Contra-indicações: Pacientes com cirrose hepática; Pacientes com D.P.O.C.

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Diuréticos Osmóticos

Inibem a reabsorção de solutos e água; Mecanismo de acção:

Como não são absorvíveis pelas células tubulares sua presença cria pressão osmótica dentro do túbulo, impedindo a água de ser reabsorvida passivamente.

(Manitol, Uréia, Glicerina, Isossorbida)

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 20

Absorção e Eliminação

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 21

Usos Terapêuticos

Edema cerebral (principal); Glaucoma (antes de cirurgia oftálmica); Prevenção de anúria.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 22

Efeitos Adversos e Contra-Indicações

Efeitos adversos: Cefaleia, náuseas, vómitos; Hiponatremia; Desidratação.

Contra-indicações: Anúria; Edema pulmonar; Sangramento craniano activo.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 23

Diuréticos de Alça

Mecanismo de acção: Agem no ramo ascendente da alça de Henle inibindo o

simporte de Na, K, e Cl. Os solutos ficam na luz tubular e provocam excreção de Ca e MG;

A osmolaridade do sangue fica mais baixa causando uma maior excreção de água;

Esses fármacos induzem a síntese de prostaglandinas a nível renal que vai provocar vasodilatação renal aumentando o fluxo sanguíneo renal e diminui a pressão.

(Furosemida,Ac. Etacrínico, Piretanida, Bumetanida)

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 24

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 25

Absorção e Eliminação

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 26

Absorção e Eliminação

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 27

Usos Terapêuticos

Hipertensão; Edema; Hipercalcémia; Hipercaliémia; Superdosagem de brometo, cloreto, iodetos,

fluoretos.

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Efeitos Adversos

Hipocaliémia (câimbra); Hiperglicémia (secundaria a hipocalémia); Otoxicidade (zumbido, surdez); Hipomagnesemia; Hipovolémia; Alcalose metabólica (perda de H⁺).

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 29

Contra-Indicações

GOTA; Associação com aminoglicosídeos (também

são ototóxicos – potencializa o efeito).

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 30

Diuréticos Tiazídicos

Mecanismo de acção: Agem do TCD inibindo o transporte activo de NaCl.

Há estimulação do SRAA, ocorrendo excreção de K e H;

Maior excreção de água, Na e Cl; Acção directa sob músculo liso dos vasos provocando

vasodilatação.(Hidroclorotiazida);(Semelhantes: Clortalidona,Indapamida)

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 31

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 32

Absorção e Eliminação

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 33

Absorção e Eliminação

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 34

Usos Terapêuticos

Hipertensao arterial; Nefrolitíase; Insuficiência cardíaca congestiva:

A hidroclorotiazida está indicada nos estágios iniciais da insuficiência cardíaca congestiva.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 35

Efeitos Adversos

Hipocalémia; Hiperuricémia; Hiperglicémia; Hiponatrémia; Fraqueza, fadiga; Impotência (altas doses); Alcalose metabólica; Dislipidémias (altas doses).

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 36

Contra-Indicações

GOTA. Insuficiência renal; Insuficiência hepática; Gravidez.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 37

Inibidores dos Canais de Na⁺ (Poupadores de K⁺)

Antagonistas da Aldosterona; Ligam-se aos receptores da aldosterona

impedindo que ela se ligue. (Espironolactona). Inibidores dos canais de sódio nas células

tubulares renais ; A proteína mediadora não consegue abrir os

canais de sódio. (Amilorida, Triantereno).

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 38

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 39

Usos Terapêuticos

Antagonistas da Aldosterona: Hipertensão arterial ; Hiperaldosteronismo (espironolactona); Cirrose hepática; Prevenção da hipopotassemia.

Inibidores dos canais de sódio: Hipertensão arterial; Cirrose hepática; Síndrome nefrótico.

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Efeitos Adversos

Hipercalemia; Acidose metabólica; Ginecomastia (espironolactona - efeitos

antiandrogênicos); Disfunçoes menstruais; Atrofia muscular; Calculos renais (triantereno).

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Contra-Indicações

Hiperpotassémia; Diabetes Mellitus; Nefropatia Diabética; Disfunção Hepática.

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Interacções Medicamentosas dos Diuréticos

Administrados com quinindina, provocam taquicardia e arritmias;

Com corticoides podem aumentar a hipopotassemia;

Com AINEs fica reduzido o efeito anti-hipertensivo.

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Agentes Simpaticolíticos

1. Antagonistas β-adrenérgicos;2. Antagonistas α-adrenérgicos;3. Antagonistas adrenérgicos mistos:– Labetolol;

4. Agentes de acção central:– Metildopa, Clonidina, Guanabenzo, Guanfacina.

5. Agentes bloqueadores dos neurónios adrenérgicos:– Reserpina, Guanadrel.

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1. Antagonistas β-Adrenérgicos

Possuem efeitos anti-hipertensivos; Inibem a interacção da Norepinefrina e da

Epinefrina, assim como dos fármacos simpaticomiméticos com receptores β.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 45

1. Antagonistas β-Adrenérgicos

Mecanismos de acção: Reduz a contractilidade do miocárdio e do DC; Reduz a secreção de renina pelas células

justaglomerulares -> diminuindo a Angiotensina II circulante;

Controle do sistema nervoso simpático ao nível do SNC; Alteração na sensibilidade dos barroreceptores; Alteração da função dos neurónios adrenérgicos

periféricos; Aumento na biossíntese de prostaciclina.

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1. Antagonistas β-Adrenérgicos

Efeitos farmacológicos: Variam quanto à lipossolubilidade; Selectividade para o subtipo de receptor β1-

adrenérgico; Presença de actividade simpaticomimética

intrínseca; Propriedades de estabilização da membrana.

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1. Antagonistas β-Adrenérgicos

Efeitos adversos: Interrupção súbita pode provocar um síndrome de abstinência. Os AINE (ex: indometacina) podem atenuar o efeito anti-

hipertensivo do propranolol;

Precauções: Devem evitar o uso de antagonistas Beta-adrenérgicos:

Asma; Disfunção do nodo sinoatrial ou atrioventricular; Insuficiência cardíaca; Diabetes.

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1. Antagonistas β-Adrenérgicos

Usos terapêuticos: Terapia efectiva para todos os graus de hipertensão; Administração 1 ou 2 vezes por dia; Menos aconselháveis a idosos e afro-americanos.

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2. Antagonistas α1-Adrenérgicos

Os receptores α1-Adrenérgicos medeiam a contracção da musculatura lisa arterial e venosa;

Inibem a interacção da Norepinefrina, Epinefrina e outros fármacos simpaticomiméticos com receptores α1.

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2. Antagonistas α1-Adrenérgicos

Efeitos Farmacológicos: Reduzem a resistência arteriolar e a capacitância venosa; O DC, FC e actividade da renina plasmática retornam aos

seus valores normais; Vasodilatação persiste; Hipotensão postural.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 51

2. Antagonistas α1-Adrenérgicos

Efeitos adversos: Insuficiência cardíaca congestiva; Hipotensão ortostática sintomática.

Usos terapêuticos: Não são recomendados como monoterapia aos pacientes

hipertensos – aumentam o risco de insuficiência cardíaca; Primariamente o seu uso é associado a diuréticos, β-

bloqueadores e outros agentes hipertensivos.

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3. Antagonistas combinados dos receptores α1 e β-Adrenérgicos

O Labetalol é uma mistura de 4 esteroisómeros, um dos quais é um antagonista α1, outro um antagonista não selectivo β-Adrenérgicos, e os outros dois são isómeros inactivos. Administrado por via oral para terapia de

hipertensão crónica; Via intravenosa para emergências hipertensivas.

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4. Agentes de acção central

• Metildopa;

• Clonidina, Guanabenzo e Guanficina.

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Metildopa

Agente hipertensivo de acção central; Sintetizada como análogo da DOPA; Metaboliza a metil-norepinefrina;

A metil-norepinefrina por afinidade aos receptores α de acção central: Diminui o fluxo simpático do SNC; Estimula receptores do tronco cerebral – atenuando a

libertação de norepinefrina.

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Metildopa

Efeitos farmacológicos: Reduz a PA por reduzir RVP; Pouco efeito sobre o DC e FC; Hipotensão ortostática (raro); É bem tolerada durante a anestesia cirúrgica; “Pseudotolerância”- retenção de sódio e água; Reduz a secreção de renina.

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Metildopa

Farmacocinética : Boa absorção por via oral; Concentração plasmática máxima em 2-3h e meia-

vida de 2h; Volume de distribuição pequeno; Efeito máximo em 6-8h persistindo até 24h; Excretada pelo rim.

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Metildopa

Efeitos adversos e precauções: Sedativos, depressivos; Ressecamento da boca; Redução da libido; Ginecomastia e galactorreia; Bradicardia; Hipersensibilidade do seio carotídeo; Anemia hemolítica.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 58

Metildopa

Usos terapêuticos: Eficaz quando administrada com um diurético; Bem tolerada por pacientes com cardiopatia

isquémica e disfunção diastólica; Gravidez – com base na sua eficácia e segurança

tanto para a mãe quanto para o feto.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 59

Clonidina, Guanabenzo e Guanfacina

São agonistas α2-adrenérgicos; Estimulam os receptores α2-adrenérgicos, resultando

na diminuição do fluxo simpático do SNC; Em doses superiores às necessárias, geram

vasoconstrição sobre as células musculares lisas vasculares.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 60

Clonidina, Guanabenzo e Guanfacina

Efeitos farmacológicos: Diminuem o DC e a RVP; Hipotensão ortostática; Diminuição do tónus simpático cardíaco:

Reduz a contractilidade miocárdica e a FC; Promove a insuficiência cardíaca congestiva em pacientes

susceptíveis. Retenção de sódio e água.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 61

Clonidina, Guanabenzo e Guanfacina

Efeitos adversos e Precauções: Sedativos; Xerostomia em 50% dos pacientes; Transtornos do sono e depressão; Bradicardia sintomática e parada sinusal em pacientes

com disfunção ou bloqueio do AV; Dermatite de contacto; Sindrome de abstinência - clonidina; Interagem com antidepressivos.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 62

Clonidina, Guanabenzo e Guanfacina

Usos terapêuticos: Utilizados em combinação com diuréticos; Não são a principal opção para a monoterapia; Feocromocitoma – clonidina.

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Agentes bloqueadores dos neurónios adrenérgicos

. Guanadrel; Reserpina.

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Guanadrel

Inibe de maneira específica a função dos neurónios adrenérgicos pós-ganglionares periféricos;

“Falso Neurotransmissor”.

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Guanadrel

Efeitos farmacológicos: Reduz a RVP, por inibição da vasoconstrição; Hipotensão ortostática;

Farmacocinética: Rapidamente absorvido; Níveis plasmáticos máximos em 1-2h, o seu efeito máximo na

PA é observado depois de 4-5h; Meia-vida de cerca de 5-10h; É depurado por processos renal e não-renal.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 66

Guanadrel

Efeitos adversos: Hipotensão sintomática na posição ortostática, durante o

exercício, ingestão de álcool ou em climas quentes. – por bloqueio simpático;

Fadiga, cansaço; Disfunção sexual;

Usos terapêuticos: Não é utilizado na monoterapia, devido ao grau de hipotensão

ortostática; Raramente é usado como agente adicional.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 67

Reserpina

Alcalóide extraído da raíz de Rauwolfia serpentina; Liga-se às vesículas de armazenamento adrenérgicas

nos neurónios adrenérgicos centrais e periféricos; Em consequência as terminações nervosas perdem a

sua capacidade de concentrar e armazenar a NE e DOPA.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 68

Reserpina

Efeitos farmacológicos: Diminui a RVP e DC, diminuindo a PA; Diminui FC e secreção de renina; Pseudotolerância; Hipotensão ortostática.

Farmacocinética: Pouco conhecida; Totalmente metabolizada; Não ocorre excreção do fármaco na sua forma inalterada.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 69

Reserpina

Toxicidade e Precauções: Sedação; Incapacidade de concentração; Depressão psicótica; Obstrução nasal; Úlcera péptica.

Usos terapêuticos: Declinou devido aos efeitos colaterais do SNC; Em baixas doses e associada com diuréticos na terapia de hipertensão,

sobretudo em idosos; A vantagem é o seu custo ser muito menor.

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Vasodilatadores e as suas Funções

Dilatam os vasos sanguíneos relaxando o músculo liso que reveste suas paredes.

Fazem com que o coração não precise de trabalhar tanto para bombear o sangue e a pressão arterial diminui porque há um relaxamento da parede dos vasos;

Os vasodilatadores não curam a pressão alta, mas podem ajudar a controlá-la;

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 71

Vasodilatadores e as suas Funções

Os vasodilatadores são usados para tratar a pressão alta e a angina;

Podem aliviar os sintomas associados à insuficiência cardíaca, em que o coração é incapaz de bombear o sangue suficiente para atender às necessidades dos tecidos do corpo;

Os vasodilatadores arteriais afectam principalmente as artérias, os vasodilatadores venosos agem nas veias e os vasodilatadores mistos têm efeito sobre as artérias e as veias;

A maioria dos medicamentos vasodilatadores são os mistos.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 72

Tipos de Vasodilatadores

É mais comum classificar os medicamentos vasodilatadores com base na forma como atuam para dilatar os vasos sanguíneos: Inibidores da ECA (inibidores da enzima conversora da

angiotensina): Apresentam propriedades de vasodilatadores venosos e arteriais; Bloqueiam a produção da angiotensina II; Atrasam a progressão da doença e prolongam a vida dos pacientes

com insuficiência cardíaca crónica; Aumentam o fluxo sanguíneo para os rins, o que os ajuda a

eliminar mais sódio e água e a diminuir a sobrecarga de líquido, um sintoma comum da insuficiência cardíaca.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 73

Tipos de Vasodilatadores

Bloqueadores dos receptores da angiotensina II: Mesmo efeito dos inibidores da ECA, mas agem de uma forma

diferente; Em vez de impedir a produção da angiotensina II, eles bloqueiam

sua acção nos músculos que revestem os vasos sanguíneos; Dessa forma, diminuem indirectamente a carga de trabalho do

coração.

α-bloqueadores: Reduzem a carga de trabalho do coração impedindo a acção de

certas substâncias químicas.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 74

Tipos de Vasodilatadores

Nitratos: Dilatam as veias do corpo e funcionam directamente nos músculos dos

vasos sanguíneos do coração, fazendo com que relaxem e aumentando o fluxo de sangue rico em oxigénio ao coração.

Diuréticos tiazídicos; Inibidores adrenérgicos centrais:

Interferem nos sinais do cérebro que fazem os vasos sanguíneos se contraírem.

Bloqueadores dos canais de cálcio: Reduzem a carga de trabalho do coração bloqueando a contracção dos

vasos sanguíneos do coração; Têm um efeito lento, mas agem directamente no músculo do coração.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 75

Tipos de Nitrovasodilatadores

Arteríolas e vénulas: Nitroprussiato de sódio.

Arteríolas: Hidrazinoftalazina; Hidralazina; Di-hidralazina; Endralazina; Cadralazina.

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Efeitos Adversos

Cefaléias; Náuseas ou vómitos; Diarreias; Anorexia; Reacções alérgicas; Tensão baixa; Taquicardia; Tonturas; Arritmias; Tosses secas; Desmaios;

Aumento de peso; Retenção de líquidos; Astenia; Fotossensibilidade; Dor lombar ou articular; Epistaxis; Erupções cutâneas.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 77

Antagonistas dos Canais de Ca⁺ e as suas Funções

Inibem a acção dos canais de cálcio das membranas das células, particularmente as excitáveis como os miócitos;

Cada canal tem vários receptores diferentes, e cada classe de fármacos aparentemente actua num deles;

O bloqueio de grande percentagem dos canais existentes numa célula leva à diminuição da sua excitação e contractilidade, porque é o influxo de Ca⁺ que activa as proteínas contractivas e outros canais.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 78

Antagonistas dos Canais de Ca⁺ e as suas Funções

O período de relaxamento é prolongado, o que leva à perda de velocidade da condução dos sinais do pacemaker fisiológico (nodo SA) por todo o miocárdio;

Reduzem a excitabilidade do coração e a frequência cardíaca;

Relaxam o músculo liso, promovendo vasodilatação.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 79

Grupos de Antagonistas dos Canais de Ca⁺

Dihidropiridinas: Amlodipina; Felodipina; Isradipina; Lercanidipina; Manidipina; Nicardipina; Nifedipina; Nitrendipina; Nimodipina; Nisoldipina.

Benzotiazepinas: Diltiazem.

Fenilalquilaminas: Gallopamil; Verapamil.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 80

Efeitos Adversos

Náuseas; Diarreia e Obstipação; Edema; Hipotensão ortostática; Bradicardia; Pode agravar a insuficiência cardíaca:

Evitar o seu uso em doentes com cardiomiopatia. Paragem cardíaca (altas doses); Hiposalivação ou xerostomia; Aumento gengival inflamatório.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 81

Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (ECA)

A possibilidade de reduzir os níveis de angiotensina II com inibidores da ECA eficazes por via oral representa um importante avanço no tratamento da hipertensão;

Captopril foi o primeiro fármaco deste tipo para o tratamento da hipertensão, tendo depois aparecido os seguintes fármacos do mesmo tipo: enalapril, lisinopril, quinapril, ramipril, benazepril, moexipril, fosinopril, trandolapril, perindopril.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 82

Benefícios Gerais da Utilização de Inibidores da ECA

Proporcionam vantagens especiais no tratamento de pacientes com diabetes (reduzindo o desenvolvimento e progressão da glomerulopatia diabética);

Eficazes na redução da progressão de outras formas de doença renal crónica, como a glomerulosclerose (muitos desses pacientes também apresentam hipertensão);

Tratamento de hipertensão e cardiopatia isquémica são candidatos ao tratamento com inibidores da ECA (uso de inibidores da ECA no período pós-infarto do miocárdio, melhora a função ventricular e diminui a morbidade e mortalidade).

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 83

Benefícios na Utilização com Diuréticos

Os inibidores da ECA tendem a aumentar a eficácia dos diuréticos, desta forma, até a administração de doses muito pequenas de diuréticos pode melhorar consideravelmente a eficácia anti-hipertensiva desses inibidores. (Devido ao facto dos inibidores da ECA atenuaram a elevação das concentrações de aldosterona em resposta à perda de sódio, o papel normal da aldosterona em opor-se à natriurese induzida por diuréticos encontra-se reduzido);

No entanto, no caso de uso de altas doses de diuréticos, juntamento com inibidores da ECA, pode levar a uma redução excessiva da pressão arterial e à perda de Na⁺ em alguns pacientes.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 84

Alterações da Homeostasia e Precauções Necessárias

Pequena elevação dos níveis de K⁺, pelo que é necessário ter em conta: Pacientes com insuficiência renal; Pacientes com nefropatia diabética; Utilização com fármacos provocadores de retenção

de K⁺, anti-inflamatórios não-esteróides, suplementos de K⁺ e antagonistas dos receptores β-adrenérgicos;

Contra-indicado durante a gravidez;

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 85

Controlo da Dosagem

Utilização de uma pequena dose para iniciar a terapia: Pacientes com um sistema renina-angiotensina

muito activo que sustenta a pressão arterial; Pacientes com contracção de volume induzido

por diuréticos; Pacientes com insuficiência cardíaca congestiva.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 86

Antagonistas do Receptor de Angiotensina II AT₁

Relaxam o músculo liso, e desta maneira, promovem vasodilatação;

Aumentam a excreção renal de sal e de água; Reduzem o volume plasmático; Diminuem a hipertrofia celular.(Losartana, candesartana, irbesartana, valsartana, telmisartana e eprosartana)

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 87

Efeitos Adversos

Hipotensão, tendencialmente em pacientes com: Depleção de volume; Hipertensão vascular renal; Insuficiência cardíaca; Cirrose.

Hiperpotassémia; Redução da função renal;

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 88

Precauções

Inicio de tratamento com baixas doses; Ter em atenção o volume sanguíneo; Contra-indicado em caso de gravidez, sendo

necessária a sua interrupção mal esta seja detectada.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 89

Usos Terapêuticos

Uso com hidroclorotiazida produz redução adicional significativa da pressão arterial em pacientes que apresentam uma resposta insuficiente à administração isolada de hidroclorotiazida;

No entanto, prefere-se uma dose inicial menor em caso de: Deplecção do volume intravascular (pacientes que já

fizeram uso de diuréticos); Pressão arterial depende em grande parte da angiotensina

II.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 90

Terapia Não-Farmacológica da Hipertensão

Redução do peso corportal: O grau de obesidade exibe uma correlação positiva com a

incidência de hipertensão. Restrição de sódio:

A restrição rigorosa de sal reduz a pressão arterial na maioria dos indivíduos hipertensos.

Restrição de álcool: O consumo de álcool pode elevar a pressão arterial.

Exercício físico: A falta de actividade física está associada a uma maior incidência

de hipertensão.

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 91

Terapia Não-Farmacológica da Hipertensão

Terapia de relaxamento: Estímulos stressantes a longo prazo, podem causar hipertensão

contínua. Terapia com K⁺:

Aumento da ingestão de K⁺ pode reduzir a pressão arterial ao elevar a excreção de Na⁺, suprimindo a secreção de renina, causando dilatação arteriolar.

Tabaco e café: O tabagismo em si não provoca hipertensão, no entanto o fumo dos

cigarros eleva agudamente a pressão arterial. O consumo de cafeína pode elevar a pressão arterial e as

concentrações plasmáticas de norepinefrina.

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Bibliografia

GOODMAN & GILMAN, Bases Farmacológicas da Terapêutica, 11ª Edição, 2010 (Págs. 757-778);

Farmacologia (15 de Setembro de 2011) 93

Docente

Discentes

Dr. António Pedro Cutala Zangulo

Carolina RodriguesJorge SantosNuno Silva

Silvina Pereira

Universidade Jean Piaget de Angola

Hospital do Prenda

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OBRIGADO PELA ATENÇÃO

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