ambiente de trabalho e as relações interpessoais

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Prof.(a) Alzira Parente Moreno Ziemniczak –ITOP- Curso de Segurança no Trabalho. RELAÇÕES INTERPESSOAIS 1.1.Introdução Atualmente muito se ouve falar em relacionamento interpessoal, seja em palestras, reuniões do trabalho ou na TV. Mas, muita gente ainda desconhece o verdadeiro significado dessas duas palavras, para esclarecer tal dúvida vamos a uma breve explicação. O relacionamento interpessoal envolve o conhecimento de relações internas do próprio “eu”, como por exemplo, o autoconhecimento de sentimentos, a série de respostas emocionais, a auto-reflexão, o processo de pensamento e outros fatores. Tudo isso favorece a formação de um modelo cuidadoso e real de si mesmo, mostrando elevado autoconhecimento, fazendo com que as pessoas ajam de maneira mais eficaz diante dos problemas e situações diversas da vida. O relacionamento interpessoal ainda envolve a capacidade do ser humano de experimentar e discernir padrões, experimentar atrações do futuro e de sonhar e também de realizar potenciais. Essa qualidade tem sido bastante valorizada atualmente, pois 1

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Prof.(a) Alzira Parente Moreno Ziemniczak –ITOP- Curso de Segurança no Trabalho.

RELAÇÕES INTERPESSOAIS

1.1.Introdução

Atualmente muito se ouve falar em relacionamento interpessoal, seja em palestras, reuniões

do trabalho ou na TV. Mas, muita gente ainda desconhece o verdadeiro significado dessas

duas palavras, para esclarecer tal dúvida vamos a uma breve explicação.

O relacionamento interpessoal envolve o conhecimento de relações internas do próprio “eu”,

como por exemplo, o autoconhecimento de sentimentos, a série de respostas emocionais, a

auto-reflexão, o processo de pensamento e outros fatores.

Tudo isso favorece a formação de um modelo cuidadoso e real de si mesmo, mostrando

elevado autoconhecimento, fazendo com que as pessoas ajam de maneira mais eficaz diante

dos problemas e situações diversas da vida. O relacionamento interpessoal ainda envolve a

capacidade do ser humano de experimentar e discernir padrões, experimentar atrações do

futuro e de sonhar e também de realizar potenciais.

Essa qualidade tem sido bastante valorizada atualmente, pois pessoas que apresentam essa

aptidão conseguem desenvolver relacionamentos interpessoais mais produtivos, com isso

conseguem trabalhar melhor em grupo, pois o pensamento central é que “se me conheço,

tenho capacidade de estabelecer relacionamentos saudáveis, já que conseguirei reconhecer o

outro também.”

O ambiente reflete no ser humano? Bem, podemos, por exemplo, observar um shopping

center e a maneira como as pessoas normalmente se comportam quando estão lá dentro, a

limpeza, o clima, a decoração, as pessoas bem vestidas ou não, fazem com que ajamos de

certa maneira, podemos também ir à praia e veremos como as pessoas estão se comportando,

ou em uma igreja, um clube, uma noitada ou o contrário um casamento formal e poderíamos

dar tantos outros exemplos. Mas é claro que não seria só o tipo do ambiente que pode influir

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em nosso comportamento, também deve influenciar a forma em que o ambiente é moldado,

decorado, o tipo de roupa permitido, a climatização, o visual, as cores das paredes, flores no

ambiente, obras de arte, quadros, conforto em geral, entre tantos outros fatores.

Portanto podemos supor que o ambiente de trabalho também deve influir no comportamento

das pessoas e, por conseguinte influenciar nas relações interpessoais e supostamente nos

resultados das empresas em todos os sentidos.

Pode-se observar historicamente uma grande evolução no ambiente de trabalho desde a

revolução industrial até o final do século XX... e quais serão as perspectivas para o século

XXI?

Deve-se lembrar que estamos no século XXI, assim sendo, já não seria hora de questionar

alguns paradigmas quanto aos ambientes de trabalho? Muito bem! Sabe-se que muitos já

pensaram nisto, porém não há trabalhos significativos neste campo. Ao se pensar nisto

decidiu-se elaborar um projeto de pesquisa onde se buscará demonstrar que muitos aspectos e

formas no ambiente de trabalho já podem e devem ir modificando-se, o ideal poderia ser o

nosso ambiente de trabalho tornar-se a extensão de nossa casa e muitas vezes será a nossa

própria casa ou como se assim fosse. E como que o ambiente de trabalho pode influir ou não

nos relacionamentos interpessoais?

2.1 Motivação ou Não, Causada pelo Ambiente de Trabalho

É sabido que o ser humano é fruto do meio em que vive e que é gerido por necessidades

básicas que os podem motivar ou não, são elas: necessidades fisiológicas como: alimentação,

sono, atividades física, satisfação sexual etc; necessidades psicológicas: como segurança

íntima, participação, autoconfiança e afeição; necessidades de auto-realização: como impulso

para realizar o próprio potencial, estar em contínuo autodesenvolvimento.

Estas necessidades não satisfeitas também são motivadoras de comportamento, podendo levar

a: desorganização de comportamento; agressividade; reações emocionais; alienação e apatia.

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Segundo Chiavenato (2000)

A motivação se refere ao comportamento que é causado por necessidades dentro do indivíduo

e que é dirigido em direção aos objetivos que possam satisfazer essas necessidades.(p.161)

Também segundo Chiavenato (2000)

O homem é considerado um animal dotado de necessidades que se alternam ou se sucedem

conjunta ou isoladamente. Satisfeita uma necessidade surge outra em seu lugar e, assim por

diante, contínua e infinitamente. As necessidades motivam o comportamento humano dando-

lhe direção e conteúdo.(p.128).

Como se pode verificar supõe-se que os relacionamentos interpessoais dependerão das

realizações e satisfações das necessidades individuais, mas também se pode verificar que

muitas vezes os homens se comportam de forma dualista.

Segundo Chiavenato (2000)

O homem se caracteriza por um padrão dual de comportamento: tanto pode cooperar como

pode competir com os outros. Coopera quando os seus objetivos individuais somente podem

ser alcançados através do esforço comum coletivo. Compete quando seus objetivos são

disputados e pretendidos por outros.(p.128)

2.2 Influência do Ambiente

Não se pode exigir resultados de uma equipe se esta não tiver um mínimo de comodidade e de

condições para realizar suas necessidades básicas. Mas se acredita que quanto melhor e mais

bem atendidas estas necessidades tanto melhor será o desempenho de uma equipe.

O ambiente de trabalho é constituído de duas partes distintas: a física (instalações, móveis,

decoração etc) e a social (as pessoas que o habitam).

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Segundo Magalhães (1990)

...influem no conforto social. Evidentemente, se tais elementos forem precários, ninguém

trabalhará com moral elevado. Conforme a natureza do trabalho, exigir-se-á uma

luminosidade, uma temperatura, um grau de umidade diferente, o que também deverá estar

de acordo com a região onde se trabalha e a época do ano. (p. 51)

2.3 Relações Interpessoais e Qualidade de Vida no Trabalho

Como se viu as pessoas são produtos do meio em que vivem, tem emoções, sentimentos e

agem de acordo com o conjunto que as cercam sejam o espaço físico ou social.

Como diz Bom Sucesso (1997)

A valorização do ser humano, a preocupação com sentimentos e emoções, e com a qualidade

de vida são fatores que fazem a diferença. O trabalho é a forma como o homem, por um lado,

interage e transforma o meio ambiente, assegurando a sobrevivência, e, por outro, estabelece

relações interpessoais, que teoricamente serviriam para reforçar a sua identidade e o senso

de contribuição. (p.36).

2.4 Fatores Intrapessoais e a Qualidade de vida no Trabalho

Cada pessoa tem uma história de vida, uma maneira de pensar a vida e assim também o

trabalho é visto de sua forma especial. Há pessoas mais dispostas a ouvir, outras nem tanto, há

pessoas que se interessam em aprender constantemente, outras não, enfim as pessoas tem

objetivos diferenciados e nesta situação muitas vezes priorizam o que melhor lhes convém e

às vezes estará em conflito com a própria empresa.

Como observado por Bom Sucesso (1997)

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O auto conhecimento e o conhecimento do outro são componentes essenciais na compreensão

de como a pessoa atua no trabalho, dificultando ou facilitando as relações. Dentre as

dificuldades mais observadas, destacam-se: falta de objetivos pessoais, dificuldade em

priorizar, dificuldade em ouvir. (p.38)

É bom lembrar também que o ser humano é individual, é único e que, portanto também reage

de forma única e individual a situações semelhantes.

Como observado por Bom Sucesso (1997)

No cenário idealizado de pleno emprego, mesmo de ótimas condições financeiras, conforto e

segurança, alguns trabalhadores ainda estarão tomados pelo sofrimento emocional. Outros,

necessitados, cavando o alimento diário com esforço excessivo, ainda assim se declaram

felizes, esperançosos.(p.176).

2.5. Responsabilidade Pela Qualidade de Vida no Ambiente de Trabalho

Normalmente procura-se passar a responsabilidade para a outra parte, porém é importante

lembrar que somos produto do meio, mas também influímos no meio.

Como diz Bom Sucesso (1997)

Além de constituir responsabilidade da empresa, qualidade de vida é uma conquista pessoal.

O auto conhecimento e a descoberta do papel de cada um nas organizações, da postura

facilitadora, empreendedora, passiva ou ativa, transformadora ou conformista é

responsabilidade de todos.(p.47)

2.6. Arranjo Físico e Ambiente de Trabalho

O objetivo de um arranjo funcional é garantir conforto, bem-estar, satisfação e segurança para

os funcionários e garantir aos clientes melhores condições de visualizar os produtos, além de

um ambiente saudável e agradável de ser visitado, ao espaço físico oferecer flexibilidade na

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disposição dos materiais e bom aproveitamento do espaço, à empresa propiciar aumento dos

níveis de qualidade, produtividade e eliminação dos desperdícios.

Muito bem, isto é sabido e faz parte de muitas correntes de pensamentos da administração,

porém com diz Moreira (2000)

Esses fatores em si não promovem a satisfação, mas a sua ausência a inibe. Por outro lado,

fatores como oportunidade de auto-realização, reconhecimento pela qualidade e dedicação

no trabalho, a atratividade do próprio trabalho em si e a possibilidade de desenvolvimento

pessoal e profissional do trabalhador são motivadores em essência. Recebem o nome de

fatores de motivação. (p.287).

2.7. Princípios dos 5S

Como se sabe os 5S são sinônimos de qualidade para o ambiente de trabalho e cabem aqui

algumas observações como a realidade e percepção do ambiente que é observada de maneiras

distintas por cada pessoa.

Segundo Silva (1995)

Os nossos sentidos e os nossos valores podem nos confundir.Quando isso ocorre deixamos de

ver a bagunça, o desperdício, e todo tipo de comportamento que gera má qualidade de vida.

É preciso prestar mais atenção para perceber a realidade.(p.2)

Os 5 sensos ou bom senso, que é mais adequado assim colocar, procura mostrar que com uma

boa utilização dos materiais, uma boa ordenação, com uma limpeza constante, com saúde e

higiene e acima de tudo com autodisciplina se alcança maior conforto e um melhor

relacionamento no trabalho e conseqüentemente melhores resultados para a empresa.

Como observado por Silva (1995)

Pode-se criar um ambiente de qualidade em torno de si, usando as mãos para agir, a cabeça

para pensar e o coração para sentir, por meio do sistema ou programa 5S. É só colocar em

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ação cinco sensos que estão dentro de cada um (p.4).

Os passos que se deve seguir são faxina geral, limpar o ambiente e os objetos, separar tudo o

que se precisa com freqüência daquilo que se usa esporadicamente, fazer uma arrumação de

forma a se facilitar a vida no trabalho, guardar cada coisa em seu lugar, manter os

equipamentos em ordem e bom funcionamento, combater o desperdício, ordenar as

informações, estar atento as condições de saúde e higiene e por fim uma auto disciplina e

aperfeiçoamento constante do local de trabalho.

Como conclui Silva (1995)

Podemos iniciar a longa caminhada da melhoria continua praticando os cinco (bons) sensos

que cada um tem dento de si: utilização,ordenação, limpeza, saúde e autodisciplina. A

mudança deverá ocorrer dentro de cada um. Se não tomarmos a decisão pessoal de viver com

dignidade,ninguém poderá nos ajudar. (p.18)

Os relacionamentos interpessoais acontecem em diversas esferas e indubitavelmente são

alguns dos mais imprevisíveis da natureza. As relações entre animais menos desenvolvidos

intelectualmente são essencialmente regidas pelo instinto, uma manifestação natural das

necessidades biológicas.

O homem, no entanto, é uma das únicas criaturas conscientes de seus instintos irracionais e

capaz de sobrepujá-los, podendo fazer escolhas dando preferência a outros aspectos da

consciência. Isso amplia exponencialmente a complexidade das relações humanas, uma vez

que somos dotados de uma imensurável diversidade emocional. As circunstâncias que

motivam a interação humana são variadas, porém, por unanimidade, é sempre estabelecida

uma relação de troca.

Seja amistoso, afetivo ou profissional, qualquer relacionamento envolve expectativas,

responsabilidades, decepções, vantagens, enfim, apenas o fato de envolver ao menos duas

pessoas já faz desse envolvimento algo excepcional. Ter de conviver e eventualmente

depender de outro indivíduo pode não ser confortável para muitos, não é raro encontrar

pessoas que escolhem a solidão por ter outras prioridades.

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Isso, porém, apenas acontece em relações onde não há coerência, onde há desigualdade em

benefícios e malefícios. Há uma palavra que determina o sucesso de qualquer relacionamento,

um elemento sem o qual duas pessoas jamais poderiam conviver adequadamente: cooperação.

Em uma relação cooperativa, ambos os lados saem satisfeitos. É o formato ideal e almejado

por todos, porém exige pessoas empáticas e maduras o suficiente para entender que nem

sempre será feita apenas sua própria vontade, que há de haver a busca pelo consenso. Quando

há negociações produtivas, as soluções acordadas são de soma ampliada, de modo que as

partes entendem que conseguiram um resultado melhor do que se o tivessem feito sozinhos.

O curioso é que nesse tipo de relação, não há dois lados, mas apenas um lado vencedor, o que

ambos construíram e que, pois, os torna mais confiantes, motivados e comprometidos. Uma

relação exige cuidados e muitas vezes eles incluem a abdicação voluntária do Eu para a

melhor manutenção do Nós, que poderá ser o melhor a longo prazo. O benefício principal

dessa abordagem é que, uma vez visualizados seus efeitos, os indivíduos a percebem como

melhor opção e se sentem confiantes para continuar empregando-a, de modo a prolongar os

benefícios.

Essa fórmula serve para todo o tipo de relacionamentos, pois se no relacionamento comercial

há a troca de bens, nos amorosos e amistosos há a troca de afeto, que também precisa ser bem

direcionada. Caso contrário, a relação não será positiva para ambos, de modo que irá de fato

se tornar uma relação unilateral, porém onde o lado egoísta/possessivo se beneficiará do

passivo/submisso.

COMPETIR OU COOPERAR?

A interação entre dois seres é sempre delicada, porém a abordagem pode ser o ponto

determinante do tipo de relação que será estabelecida. Não é incomum nos dias de hoje

encontrar pessoas que tentam sobrepujar seu parceiro ao invés de trabalhar em conjunto.

A sociedade atual cobra muito do indivíduo, as pessoas se sentem na obrigação de parecer

melhor que todos e isso acaba se estendendo ao seu próprio lar, de modo que muitas vezes a

unidade da relação é prejudicada por dois indivíduos tentando superar-se constantemente. É

proveitoso que haja o crescimento profissional e emocional dentro do relacionamento, o

amadurecimento e estímulo mútuo é imprescindível, porém isso se torna prejudicial no

momento em que o sucesso do outro começa a provocar inveja e não mais satisfação.

Questões como quem ganha mais, quem possui melhor cargo, quem é mais sociável, acredito

eu, não são relevantes para pessoas que realmente almejam o sucesso do relacionamento. Uma

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relação envolve duas pessoas que apenas unidas com colaboração poderão alcançar objetivos

comuns.

 Nos dias de hoje, as mudanças ocorrem numa velocidade acelerada, aumentando a

competição entre as pessoas e as empresas. Deste movimento, surge a necessidade de

desenvolver um novo estilo de administração, voltado para o trabalho em equipe e o

desenvolvimento das pessoas. Para que tal ocorra, devemos analisar alguns aspectos do ser

humano, como por exemplo, a personalidade dos indivíduos; as habilidades sociais e técnicas;

as atitudes; os processos de comunicação, percepção, feedback, entre outros.

 O curso de RELAÇÔES INTERPESSOAIS e, por extensão, a presente apostila, visa analisar

esses fatores em busca do aprimoramento e do sucesso profissional, pessoal, familiar e social.

CONCEITO DE RELAÇÕES INTERPESSOAIS

 Para entender o conceito de relações interpessoais é necessário definir o termo personalidade.

 Personalidade é o conjunto total de características que torna o indivíduo único e diferente dos

outros. Revela-se através da conduta de uma pessoa e das relações dos demais perante essa

conduta. Os fatores que determinam a personalidade são: herança biológica, o ambiente e a

idade.

 A base para a melhoria das relações interpessoais é a compreensão de que cada pessoa tem

uma personalidade própria , que precisa ser respeitada e que cada um traz  consigo

necessidades sociais, materiais e psicológicas que precisam ser satisfeitas, e que influenciam o

seu comportamento.

 Assim, podemos conceituar relações interpessoais como  uma disposição interior, uma

aceitação do outro que transparece no modo de falar, de olhar, na postura e, sobretudo, na

forma de agir adequadamente.

DIFERENÇAS INDIVIDUAIS

 Diferentes aspectos da personalidade

 Na descrição de qualquer pessoa, os detalhes de comportamento que a distinguem podem

classificar-se dentro de certos aspectos mais ou menos delimitados, que são os seguintes:

- aparência física;

- capacidade intelectual;

- emotividade;

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- qualidades sociais;

- sistema de valores.

 Fatores que determinam a personalidade

- Herança biológica ou natureza;

- O ambiente ou educação;

- Idade ou amadurecimento.

SIGNIFICADO DAS DIFERENÇAS INDIVIDUAIS

 Diferenças individuais são as várias formas em que os indivíduos se distinguem uns dos

outros, sejam nos aspectos físicos, psíquicos, intelectuais, emocionais ou sociais.

NECESSIDADES BÁSICAS DO SER HUMANO

 A motivação humana é constante, infinita, flutuante e complexa. O homem pode ser

considerado um animal que deseja e que raramente alcança um estado de completa satisfação,

a não ser em certos períodos de tempo. Logo que satisfaz a um desejo surge outro,

sucessivamente.

 As necessidades básicas de ser humano foram organizadas por categorias em uma hierarquia

de predomínio relativo, das quais as necessidades fisiológicas são as principais. A seguir,

temos a representação da hierarquia das necessidades básicas, segundo o autor Maslow:

Auto - realização Realização Profissional, Superação das dificuldades

Auto - estima Reconhecimento, Respeito

Contato social Amigos, Família, Comunidade

Segurança Casa própria, Segurança Material

Necessidades fisiológicas Alimentação, Saúde

 As necessidades básicas não seguem uma hierarquia rígida, podendo variar sua posição e

predominância já que os indivíduos são diferentes. Uma certa dose de insatisfação de

necessidades é que a caracteriza a saúde física e mental, pois mobiliza energias direcionadas

para o crescimento pessoal.

PERCEPÇÃO

 " É o processo pelo qual toma-se conhecimento do mundo externo"

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 O processo de percepção

SENTIDOS  MUNDO EXTERNO

Audição Fatos

Visão Pessoas

Tato Objetos

Olfato 

Paladar 

Fatores que interferem na percepção

- Experiências passadas;

- Diferenças individuais;

- Estado emocional;

- Interesse;

- Preconceito.

Condições que aumentam a precisão das percepções:

- Autoconhecimento;

- Flexibilidade;

- Equilíbrio ou ajustamento interno;

- Julgamento baseado em fatos.

COMUNICAÇÃO

 Comunicação é o processo que consiste em transmitir e receber uma mensagem, com a

finalidade de afetar o comportamento das pessoas.

 Comunicação interpessoal eficaz:

- Trate as pessoas  pelo nome.

- Olhe para as pessoas enquanto fala.

- "Ouça" todos os sentidos.

- Coloque-se no lugar dos outros.

- Evite pré-conceitos.

- Inspire confiança.

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- Solicite e aceite feedback.

- Mantenha o equilíbrio emocional.

INTERAÇÃO SOCIAL

 O processo de interação humana supõe necessariamente comunicação. Estamos sempre

comunicando algo, seja através de palavras, gestos, posturas corporal, etc. O simples fato de

estarmos em presença do outro modifica o contexto perceptivo, promovendo a interação que

é, afinal, comunicação com mensagens emitidas e recebidas de cada participante da situação

conjunta.

O DESENVOLVIMENTO INTERPESSOAL passa a ser uma necessidade de

desenvolvimento organizacional e social. Sendo a pessoa o subsistema principal da

organização, este sistema e o macrossistema social dependerão do funcionamento efetivo do

primeiro, em seu contexto habitual - o grupo humano.

O desenvolvimento interpessoal pode ser orientado para três níveis de conseqüências: o

individual, o grupal e o organizacional.

No nível individual, o foco predominante é intrapessoal e interpessoal, na forma de díade (par

ou grupo de 2). Trabalham-se as motivações, os objetivos pessoais, a problemática de inter-

relação, de afetividade e intimidade. Procura-se obter autoconhecimento e conscientização,

habilidades de percepção, diagnose e comunicação para expressão verbal e emocional, para

dar e receber feedback. O indivíduo que se conhece e aceita pode fazer opções mais realísticas

de mudanças pessoais e preservar sua autenticidade.

No nível grupal, o foco é interpessoal, intragrupal e grupal, examinado-se os eventos de díade

(par ou grupo de 2), subgrupos e grupo total. Trabalham-se as motivações e objetivos comuns

ao conjunto e a vários subconjuntos, bem como a problemática do poder, da autoridade

controle e influência social. Procura-se aperfeiçoar habilidades de comunicação efetiva, de dar

e receber feedback, e diagnosticar e administrar conflitos, de liderança e participação em

grupo. Se a competência interpessoal é alcançada nesse nível, os membros do grupo podem

dispor-se a trabalhar em equipe de forma real e não apenas no rótulo.

No nível organizacional o foco predominante é o sistema - a organização toda. Trabalham-se

as motivações e objetivos individuais, grupais e organizacionais, e problemática de

diferenciação e integração de subsistemas. Procura-se ampliar e aperfeiçoar a capacidade de

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trabalho em equipe, de diagnóstico e administração de conflitos intergrupais, a competência

interpessoal de comunicação interdependência e integração. Nesse nível, o DI é orientado

para interdependência de subsistemas e trabalho em equipe e para o desempenho 

organizacional como um todo.

A competência interpessoal é um processo de qualificação profissional primordial para

funções de liderança e outras funções de predominância de intercâmbio social.

A Comunicação Interpessoal - Dar e Receber Feedback

Um bom exemplo é a Janela de Johari  - idealizada por Joseph Luft e Harry Ingham em 1961

que representa as áreas da personalidade, percepção de um indivíduo em relação a si mesmo e

aos outros. Ilustra as relações interpessoais e os processos de aprendizagem em grupo.

"Eu Aberto" - nosso comportamento mais comum, é conhecido por nós e por qualquer um que

nos observe. Ex, nossas características, maneira de falar, atitude geral, habilidades, etc.

"Eu Cego" - são características que geralmente não estamos cientes e que são percebidas

facilmente pelas outras pessoas.

"Eu Secreto" - são as coisas referente a nós mesmos que conhecemos mas que escondemos

dos outros - podem ser de grande importância ou mesmo assuntos irrelevantes.

"Eu desconhecido" - são coisas que não temos consciência e nem os outros tem

conhecimento.

No "Eu secreto" e no "Eu cego" que podem haver modificações quando de indivíduos

trabalhando juntos, experimentalmente , com espírito de cooperação e compreensão.

OBS. Qualquer modificação em  um dos quadrantes provoca mudanças em todos os demais.

A insegurança diminui a lucidez e a confiança recíproca  faz aumentá-la.

Há dois fatores que regulam o fluxo interpessoal que determinam o tamanho de cada

quadrante na Janela de Johari:

-         Busca de feedback e auto exposição - são eles que propiciam um desenvolvimento

individual e de competência interpessoal.

a) Busca de feedback - ver-se com os olhos dos outros, isto é, solicitar e receber

respostas/reações dos outros, em termos verbais e não verbais para conhecer como o seu

comportamento está afetando os outros.

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b) Auto-exposição - significa dar feedback aos outros, revelando seus próprios pensamentos,

percepções e sentimentos de como o comportamento dos outros o está afetando.

O desequilíbrio da Janela de Johari pode apresentar-se no sentido vertical ou no sentido

horizontal, quando um deles é preferido em detrimento do outro haverá  conseqüências

prováveis em termos de reações emocionais negativas e disfuncionalidade da dinâmica

interpessoal.

ESTILOS INTERPESSOAL

a)      Estilo Interpessoal I - "Eu desconhecido" - predomínio da área desconhecida,

criatividade reprimida  - relacionamento praticamente impessoal. A pessoa parece ter uma

carapaça exibindo comportamentos rígidos, ficando retraída e observando mais do que

participando. Este estilo parece estar relacionado a sentimentos de ansiedade interpessoal e

busca de segurança. Este estilo tende a gerar hostilidade nos outros, pois a falta de

relacionamento é, geralmente interpretada em função das necessidades das outras pessoas.

Normalmente este estilo é encontrado nas organizações burocráticas, onde é até conveniente

evitar abertura e envolvimento.

b)  Estilo Interpessoal II - "Eu secreto" - Sua característica principal é perguntar muito sobre

si mesmo, como as outras pessoas o percebem, o que acham de suas idéias e atos, tem muita

necessidade de receber feedback. Porém ao mesmo tempo indica pouco desejo de expor-se.

Sua diferença principal em relação ao estilo I é a vontade expressa de manter relações com

nível razoável de participação no grupo, através de pedidos freqüentes de feedback. Quanto

mais utilizado o processo de solicitar feedback e menos o de auto-exposição, mais aumenta e

se consolida o eu secreto - neste estilo a pessoa pode ser vista como superficial e distante.

Entre as inúmeras razões para isto, está a concepção de julgamento negativo de sua pessoa.

No trabalho pode ocorrer um clima de permissividade indevida ou excessiva, em que todos

opinam e dão feedback ao superior, sem que este complemente o processo com auto-

exposição, o que tende a ser disfuncional da comunicação, gerando tensões e sentimentos

negativos.

c) Estilo Interpessoal III -  "Eu cego" - O indivíduo utiliza intensamente o processo de auto-

exposição e muito pouco o de solicitar feedback. Sua participação no grupo é atuante, dando

informações mas solicitando pouco. Pode ser percebido como egocêntrico, com exagerada

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confiança nas próprias opiniões e valorizando sua autoridade. Este estilo acaba por ampliar o

"eu cego", pois os outros passam a sonegar informações importantes. As razões para a não

solicitação de feedback está no receio de conhecer sua imagem pelos outros, necessidade de

não perder poder, autoritarismo, etc. No trabalho este estilo prejudica a produtividade pelos

ressentimentos, hostilidades, e finalmente apatia decorrentes do processo, afastando a

confiança mútua e a criatividade.

d) Estilos Interpessoal IV - "Eu aberto" - Caracteriza-se pelo equilíbrio de busca de feedback

e de auto-exposição, O comportamento da pessoa é claro e aberto para o grupo, provocando

assim menos erros de interpretação por parte dos outros. O objetivo principal dos processos

de busca de feedback e auto-exposição consiste em movimentar informações das áreas cega e

secreta para a área livre, onde serão úteis a todos.

IMPORTÂNCIA DO FEEDBACK NAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS

Feedback é um termo da eletrônica significando retroalimentação, pode ainda significar o

comportamento de um objeto que é controlado pela margem de erro à qual o objetivo está

sujeito, ou no comportamento humano e nas relações interpessoais - pode-se considerar que

todo o comportamento dirigido para um fim requer feedback . Para alcançar um objetivo,

alguns sinais do objetivo são absolutamente necessários, em algum momento, para orientar o

comportamento.

No processo de desenvolvimento da competência interpessoal, feedback é um processo de

ajuda para mudança de comportamento, é comunicação a uma pessoa ou grupo, no sentido de

fornecer-lhe informações sobre com sua atuação está afetando outras pessoas. Feedback

eficaz ajuda o indivíduo (ou grupo) a melhorar seu desempenho e assim alcançar seus

objetivos.

O Feedback precisa ser:

-         Descritivo ao invés de avaliativo - sem julgamento, apenas o relato de um evento.

-         Específico ao invés de geral - quando se diz a alguém que ele é "dominador" isto tem

menos significado do que indicar seu comportamento numa determinada ocasião. "nesta

reunião você não ouviu a opinião dos demais e fomos forçados a aceitar sua decisão para não

receber suas críticas exaltadas..."

-         Compatível com as necessidades - de ambos, comunicador e receptor, pode ser

altamente destrutivo quando satisfaz somente às necessidades do comunicador sem levar em

conta as necessidades do receptor.

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-         Dirigido - para comportamentos que o receptor possa modificar, pois em caso contrário

a frustração será apenas incrementada se o receptor reconhecer falhas naquilo que não está

sob seu controle mudar.

-         Solicitado ao invés de imposto - será mais útil quando o receptor tiver formulado

perguntas que os que o observam possam responder.

-         Oportuno - em geral o feedback é mais útil o mais próximo possível após o

comportamento em questão, dependendo naturalmente do clima emocional, etc.

-         Esclarecido para assegurar comunicação precisa - um modo de proceder é fazer com

que o receptor repita o feedback recebido pra ver se corresponde ao que o comunicador quis

dizer.

Os insucessos freqüentes na comunicação interpessoal tem indicado, entretanto, que estes

requisitos, embora compreendidos e aceitos intelectualmente, não são fáceis de serem

seguidos, tanto no processo de dar feedback quanto no de receber feedback.

Porque é difícil receber feedback?

É difícil aceitar nossas ineficiências e ainda mais admiti-las para os outros publicamente. O

receio do que a outra pessoa pensa a nosso respeito, o que isto poderá afetar nosso status ou

imagem. Podemos também ter reações defensivas.

Porque é difícil dar feedback?

Gostamos de dar conselhos e com isso sentimo-nos competentes e importantes. Daí o perigo

de pensar no feedback como forma de demonstrar nossa inteligência e habilidade, ao invés de

penar na sua utilidade para o receptor e seus objetivos. Podemos reagir somente a um aspecto

do que vemos no comportamento do outro, dependendo de nossas próprias motivações, e com

isto tornamo-nos parciais e avaliativos, servindo o processo de feedback como desabafo nosso

ou agressão, velada ou manifesta.

Podemos também temer as reações dos outros - sua mágoa, sua agressão, etc. isto é, que o

feedback seja mal interpretado. Outra situação é que muitas vezes a pessoa não está preparada

psicologicamente para receber feedback ou não deseja nem sente sua necessidade, e se

insistirmos no feedback a pessoa poderá duvidar dos nossos motivos para tal, negar a validade

dos dados, racionalizar procurando justificar-se etc.

Como superar as dificuldades

1)      Estabelecendo uma relação de confiança recíproca para diminuir as barreiras.

2)      Reconhecendo que feedback é um processo de exame contínuo.

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Prof.(a) Alzira Parente Moreno Ziemniczak –ITOP- Curso de Segurança no Trabalho.

3)      Aprendendo a ouvir, a receber feedback sem reações emocionais (defensivas)

4)      Aprendendo a dar feedback de forma habilidosa, sem conotações emocionais.

Todos nós precisamos de feedback, tanto do positivo quanto do negativo, precisamos saber o

que estamos fazendo de forma adequada e o que não estamos fazendo de forma adequada para

tentarmos corrigir.

Feedback de grupo

O grupo também necessita receber informações sobre o seu desempenho. Saber se a atmosfera

é defensiva, se há muita rigidez nos procedimentos, se está fazendo subutilização de pessoas e

de recursos, qual o grau de confiança no líder e outras informações sobre seu nível de

maturidade como grupo.

Os mesmos problemas envolvidos no feedback individual estão presentes no de grupo. O

grupo pode receber feedback de:

a)      membros atuando como participantes-observadores;

b)      membros selecionados para desempenhar uma função específica de observador para o

grupo.

c)      consultores externos ou especialistas que vêm para fazer observações, valendo-se de

perspectivas mais objetivas.

d)      formulários, questionários, folhas de reação, entrevistas.

Dar e receber feedback constitui, portanto, uma das habilidades interpessoais imprescindíveis

ao funcionamento produtivo de um grupo humano em qualquer contexto.

Habilidades de comunicação a serem desenvolvidas

O desenvolvimento de competência interpessoal exige a aquisição e o aperfeiçoamento de

certas habilidade de comunicação para facilidade de compreensão mútua.

Paráfrase = consiste em dizer, com suas próprias palavras, aquilo que o outro disse, isto é,

mostra ao outro o significado do que você apreendeu do que ele disse. Uma paráfrase neutra

constitui um autêntico feedback para o emissor da mensagem. Por exemplo "será isto ...a

correta expressão de sua idéia? Ou então "será isto.... um exemplo do que você disse?

Da paráfrase decorrem dois benefícios principais:

a)      aumento de precisão da comunicação e, consequentemente, de compreensão mútua ou

compartilhada.

b)      O ato de paráfrase em si transmite um sentimento: seu interesse no outro, sua

preocupação em ver como ele vê as coisas.

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Prof.(a) Alzira Parente Moreno Ziemniczak –ITOP- Curso de Segurança no Trabalho.

Antes de concordar ou discordar com uma afirmação, você deve assegurar-se de que está

respondendo à mensagem que o outro enviou. A paráfrase é uma das maneiras de testar a

compreensão da mensagem antes de reagir a ela.

Descrição de comportamento - consiste em relatar as ações específicas, observáveis, dos

outros, sem fazer julgamentos ou generalizar seus motivos, ou traços de personalidade. É

possível informar aos outros a que comportamento você está reagindo através de descrição

bastante clara e específica.

A habilidade de descrever comportamentos exige o relato de ações observáveis sem:

a)      colocar-lhes um julgamento de valor como certo ou errado, bom ou mau, devido ou

indevido;

b)      fazer acusações ou generalizações sobre os motivos, atitudes ou traços de personalidade

da outra pessoa.

Isto é, evitar descrever características pessoais e intenções, ou interpretar o comportamento da

outra pessoa.

Verificação de percepção

Consiste em dizer sua percepção sobre o que o outro está sentindo, a fim de verificar se você

está compreendendo também seus sentimentos, além do conteúdo das palavras.

A comunicação se realiza através de vários canais concomitantes cujos sinais precisam ser

captados para que as mensagens tenham significado total. Entender as idéias, preocupar-se em

como o emissor está se sentindo ao enviar as mensagens e ao perceber como estão sendo

recebida. Muitas vezes o emissor não está consciente dos sinais não verbais que emite e que

transmitem mensagens emocionais que podem facilitar perturbar ou contradizer as mensagens

verbal principal.

BIBLIOGRAFIA:

DESENVOLVIMENTO INTERPESSOAL - FELA MOSCOVICI

Grupo de Formação 69 - SBDG

Alexandre Meira de Vasconcelos/Irene Maria Szczyiel/Maria Carolina de Castro Leal/Walter

D´Aquino da Silva

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Prof.(a) Alzira Parente Moreno Ziemniczak –ITOP- Curso de Segurança no Trabalho.

Ensinamentos em Shinden; conversas com Shihan Claudio.

http://www.guiadicasgratis.com/o-que-e-relacionamento-interpessoal/ acessado em

10/03/2011 ás 20:23.

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