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Alta Idade Média (Século V – X)
Prof.ª. Maria Auxiliadora
Alta Idade Média (Século V – X)
• Principais passagens da Alta Idade Média: • Império Bizantino • Mundo Árabe – Islamismo • Povos Bárbaros – Francos • Formação e apogeu do feudalismo
O IMPÉRIO BIZANTINO • Império Romano do Oriente
• Constantinopla – capital. – Antiga Bizâncio, hoje Istambul (TURQUIA).
– Local privilegiado estrategicamente – contatos entre Oriente e Ocidente, rota de comércio.
• Comércio ativo + produção agrícola próspera = riquezas.
• Resistência às invasões bárbaras.
• Centralização política: Imperador. – CESAROPAPISMO: Imperador = chefe do exército + Igreja
O IMPÉRIO BIZANTINO
• JUSTINIANO (527 – 565) – auge do Império. – Conquistas territoriais.
• Península Itálica + Península Ibérica + Norte da África.
– Compilação do Direito Romano a partir do séc. II.
• CORPUS JURIS CIVILIS
• Poderes ilimitados ao imperador.
• Privilégios para a Igreja e para a nobreza.
• Marginalização de colonos e escravos.
– Burocracia centralizada + gastos militares + impostos.
• 532 - Revoltas populares - Revolta de Nika
– Igreja de Santa Sofia (estilo bizantino – majestosidade)
EXTENSÃO MÁXIMA DO IMPÉRIO BIZANTINO (JUSTINIANO)
CATEDRAL DE SANTA SOFIA
• Influência de valores orientais.
• Grego – língua a partir do séc. VII.
• Surgimento de heresias: – MONOFISISTAS – negação da santíssima trindade (Cristo
apenas com natureza divina);
– ICONOCLASTAS – destruição de imagens (ícones).
• 1054: CISMA DO ORIENTE: – Igreja Cristã Ortodoxa (Patriarca de Constantinopla);
– Igreja Católica Apostólica Romana (Papa).
O IMPÉRIO BIZANTINO
• Decadência: – séc. VII e VIII – invasões de bárbaros e árabes;
– séc. XI – XIII – alvo das Cruzadas;
– 1453 – Conquistados pelos Turcos Otomanos (marco histórico que delimita oficialmente o fim da Idade Média e início da Idade Moderna.
A CIVILIZAÇÃO ÁRABE
O IMPÉRIO ÁRABE: • Península arábica.
• Deserto predominante.
Arábia Pré-Islâmica • Até o séc. VI: divididos em aproximadamente 300 tribos.
– Beduínos – nômades, dedicados a saques, habitavam o deserto.
– Tribos urbanas – habitantes das margens do Mar Vermelho ou ao sul da Península. Dedicavam-se a agricultura e acima de tudo ao comércio. Formaram as principais cidades da região (Meca e Iatreb).
– Comando em ambas: xeques (sheiks)
• Meca: centro comercial e religioso. – Caaba (cubo) – santuário e depósito de imagens de deuses politeístas das
diferentes tribos.
– Administrada pela tribo dos coraixitas.
A CAABA – MECA
Mohamed
Ou
Maomé
Arábia Islâmica
• MAOMÉ (570 – 632) – Família Haxemita- membro do ramo pobre dos
coraixitas.
– Profeta que segue a linhagem de Noé, Abraão, Moisés e Jesus.
• 610 – REVELAÇÃO: “Só há um Deus que é Alá, e Maomé é seu profeta”.
– Oposição dos administradores coraixitas de Meca.
– Repressão aos seguidores de Maomé.
• 622 – HÉGIRA: fuga de Maomé e seus seguidores para Iatreb (posteriormente conhecida como Medina – a cidade do profeta). – Início do calendário muçulmano.
– População local é convertida. Unificação Política
– Proclamação da primeira Jihad (esforço coletivo).
Dogmas do Islamismo
• As 5 principais regras que todo o muçulmano deve seguir são: • 1) Alá é o único Deus, e Maomé o seu enviado; • 2) Cada muçulmano dever orar 5 vezes ao dia; • 3) fazer a caridade; Dar esmolas • 4) Cumprir jejum durante o mês do Ramadão; • 5) Deslocar-se pelo menos uma vez na vida a Meca.
• Proibições: 1) Ingerir bebida alcoólica 2) Comer carne de porco 3) Reprodução da figura humana 4) Jogos de azar * Permissão Poligamia
• 630 – Retorno a Meca com exército de populações convertidas.
– Destruição de divindades politeístas da Caaba.
– Anistia a antigos opositores.
– Península Arábica é completamente convertida ao islamismo.
• 632 – Maomé morre. – Califas continuam expansão do islamismo.
– 1º Califa: ABU BEKR – sogro de Maomé.
– Motivações: crescimento populacional + busca de terras.
– Justificativa ideológica: Jihad (conversão dos infiéis).
– Amplas conquistas territoriais: Norte da África, Península Ibérica, Império Persa até parte da Índia, Império Bizantino.
• Séc. XIII – território comparável ao do Império Romano.
A expansão do islamismo: Califas (sucessores de Maomé) iniciaram a expansão (necessitavam de terras e melhorias na economia, por isso, recorriam ao Botim = saque dos vencidos)
Expansão do Islamismo A Dinastia Omíada
• Capital do Império – Damasco • Divisão do Império em províncias controladas pelos Emires
(atribuições civis e militares) • Período de expansão para o Ocidente • Conquista de áreas do Império Bizantino e da Península Ibérica
• Foram contidos por Carlos Martel (732 – Batalha de Poitiers)
• Essa dinastia foi derrubada em 750.
Expansão do islamismo
• Dinastia Abássida (750 – 1258)
• Provocou o declínio do império árabe e deu a chance para os cristãos da Península Ibérica iniciarem um processo bélico conhecido como Guerra da Reconquista (718-1492)
Seitas Maometas
Xiitas – Califa Ali
• crença no Corão
• Líder político descendente do profeta Maomé
Sunitas – Califa Abu-Becker
* Crença no Corão e no Suna (livro que apresenta narrativas da vida de Maomé)
* Líder político eleito
SUNITAS E XIITAS NO MUNDO HOJE:
• Cultura muçulmana: – Assimilação de valores de outros povos (hindus, persas, chineses e
bizantinos).
– Tradução e conservação de obras clássicas (Aristóteles e Platão).
Medicina: AVICENA (980 – 1037) – referência mundial até o século XVII com seu compêndio sobre o corpo humano. Matemática: números arábicos, zero, avanços em trigonometria e álgebra. Física: fundamentos da óptica. Literatura: Omar Kayam - As mil e uma noites . Filosofia: Averróis
AVICENA
– Química: descrição dos processos de destilação, filtração e sublimação; desenvolvimento do carbonato de sódio, nitrato de prata, ácidos nítrico e sulfúrico e álcool. Todas estas descobertas para tentar criar a “pedra filosofal” e o elixir da longa vida.
– Arquitetura: cúpulas, minaretes, arcos em ferradura, decoração com motivos geométricos e vegetais.
Os Povos Bárbaros
Quem eram os Bárbaros?
Povos que não falavam o latim, não eram cristãos, portanto não compartilhavam dos costumes, da mentalidade e do comportamento estabelecido pelos romanos aos demais povos conquistados.
Os Povos Bárbaros
• Celtas – indo-europeus que habitavam a Europa Central e a Oriental
• Eslavos – que compreendiam russos, polacos, Tchecos, sérvios, bósnios entre outros
• Tártaro-mongóis – que incluíam os hunos, turcos,
búlgaros, húngaros entre outros • Germânicos – de origem indo-europeia, que
englobavam vários povos, como os visigodos, ostrogodos, hérulos, anglos, saxões, francos, suevos, lombardos, vândalos entre outros
Reinos Germânicos
Germânicos
Atividade de maior prestígio: Guerra.
Formavam bandos chamados Comitatus (fidelidade). O direito era Consuetudinário (fundado nos costumes)
Fragilidade das Instituições Estatais.
Família: Base de organização social.
Homem: Na maior parte do tempo Guerreiro
Mulher: Papel importante na Economia.
Religião
• Politeístas
• A natureza representava um campo de Batalhas
• Acreditavam na vida após a morte e no paraíso (walhala)
• Principais Divindades: Odin, Tiwas, Thor, Nerthus e Freya.
Reinos Germânicos
Francos - - dinastia Merovíngia
Foi o reino germânico mais estável e duradouro. Meroveu – Vence Átila (rei dos Hunos) Clóvis (481 – 511) impôs sua autoridade sobre os
demais, fundou a dinastia Merovíngia e derrotou outros povos que estavam invadindo a região da Gália.
Clóvis se converteu ao Cristianismo, sendo o primeiro imperador a garantir o apoio da igreja católica.
Tal apoio era muito bom tanto para Clóvis, quanto para a Igreja.
Batismo de Clóvis
Francos - dinastia Merovíngia • Clóvis (481 – 511) – Conversão dos francos ao
cristianismo • Durante a dinastia merovíngia, ocorre um processo de Descentralização Política. ( Pois as
terras eram doadas a nobreza em troca de apoio político.)
• Assim ocorre uma diminuição do poder do Rei (Reis indolentes), e aumentava o poder do Major-domus (Prefeito do palácio)
Em 714 Carlos Martel (Major-domus) se destaca nas batalhas contra os árabes. (Fortalecimento da nobreza)
732 – Batalha de Poitiers
• Seu filho, Pepino o Breve, torna-se major-domus em 741 d.C, e com apoio da igreja se torna, dez anos depois, o novo rei, iniciando a dinastia Carolíngia.
• Em 754 alguns territórios que pertenciam anteriormente a Roma são atacados pelos Lombardos, Pepino o Breve vence a batalha e doa parte do território para a Igreja.
• A Igreja passa a ter poder temporal (poder material)
Parte do Território doado.
Carlos Magno
• Filho de “Pepino” o Breve, se torna Rei, e em 800 d.C. é coroado novo imperador do Ocidente, pelo Papa
Leão III, continuando assim o bom relacionamento com a Igreja.
Organização do Império Carolíngio
É dividido em unidades político-administrativas. (condados “conde”, ducados “ duque” e marcas “marques”).
Delega poderes à aristocracia rural e à própria igreja.
Para fiscalizar as unidades administrativas ele envia o Missi dominici. (Enviados do senhor).
O Império Carolíngo contribuiu muito para a formação do FEUDALISMO
Renascimento Carolíngio: Monges Copistas
• Incentivo a educação de seus administradores
• Criação da Academia Palatina
Tratado de Verdun - 843 Divisão do território franco entre os netos de Carlos Magno