aloimunização materno –fetal e assistência de enfermagem a gestação multipla
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ALOIMUNIZAÇÃO MATERNO FETAL E
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A GESTAÇÃO MÚLTIPLA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO DE BACABAL- FEBACCURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEMDISCIPLINA: SAÚDE DA MULHERProf.ª.: ALESSANDRA MARTINS
• Aloimunização ou Isoimunização é a formação de anticorpos(Ac) quando há a exposição do indivíduo a antígenos(Ag) não próprios, como ocorre, por exemplo, na transfusão de sangue incompatível e nas gestantes;
• Os fetos expressam em suas células sanguíneas antígenos exclusivamente de origem paterna os quais podem chegar à circulação materna durante a gestação ou no parto;
• A ocorrência de hemorragia feto-materna constitui a base da etiopatogenia de várias afecções como a doença hemolítica Perinatal (DHPN) ou Eritroblastose fetal, plaquetopenia e netropenia, aloimunes, perinatal;
ALOIMUNIZAÇÃO
• Causada pela incompatibilidade sanguínea do Fator Rh entre o sangue materno e o sangue do bebê;
• O problema se manifesta durante a gravidez de mulheres Rh negativo que estejam gerando um filho Rh positivo;
• As hemácias do feto, que carregam o Fator Rh positivo desencadearão um processo no qual o organismo da mãe começará a produzir anticorpos. Estes anticorpos chegarão até a circulação do feto, destruindo as suas hemácias;
DHPN OU ERITROBLASTOSE FETAL
CONSEQUÊNCIAS
• Na DHPN verifica-se anemia no bebê, a qual pode levar:
Hidrópsia;
Lesões orgânicas irreversíveis; Deficiência mental; Surdez; Paralisia cerebral;
Morte do feto durante a gestação ou depois do nascimento;
• Principal causa de incompatibilidade entre o sangue materno e fetal;
• É um sistema antigênico;
• Possuem 5 antígenos principais: C, c, D, E, e;
• O D é antigenicamente mais forte e responsável pela maioria das patologias materno-fetais, relacionados ao fator Rh;
• Por essa razão o Rh positivo é D-positivo e o Rh negativo significa D-negativo ou d.
• As pessoas Rh negativos podem ser estimuladas a formar anticorpos que destruirão as hemácias Rh-positivo;
FATOR Rh
• A sensibilização é muito rara durante a primeira gravidez (0,8 – 1,5%)
• Ao ser cruzada a placenta, a partir da 10ª semana de gestação, os Ac’s IgG maternos dirigidos contra Ag’s eritrocitários desencadeiam um processo de hemólise imunomediada que resulta em anemia fetal;
• Esta anemia terá graus variáveis, de acordo com a intensidade da hemólise,
ALOIMUNIZAÇÃO
• Pacientes com incompatibilidade do sistema Rh devem ser submetidas no início da gravidez ao teste de Coombs indireto;
• O teste de Coombs avalia a presença de anticorpos anti-Rh na gestante;
Teste negativo: repetir o teste na 28ª semana de gestação (ou trimestralmente, caso o obstetra julgue necessário). Permanecendo negativo, atesta-se que a gestante não foi sensibilizada pelo sistema Rh positivo do feto;
Teste positivo: títulos ≤ 1:8 não são indicativos de exames complementares. Títulos > 1:8, risco de anemia fetal, são indicativos de exames complementares;
DIAGNÓSTICO
• Evitar amniocentese nas gestantes Rh (-) não sensibilizadas;• Administrar imunoglobulina humana anti-D dentro das primeiras 72
horas em:Mães Rh (-) não sensibilizadas (Coombs indireto negativo) com partos
de recém-nascidos Rh (+);Pós-abortamento E gravidez ectópica;Pós-amniocentese e cordocentese;Depois de sangramento durante a gestação;• Administrar imunoglobulina humana anti-D durante gestação de
mulher Rh (-), com Coombs indireto negativo e com marido Rh (+) entre 28ª e 34ª semanas
PROFILAXIA DA SENSIBILIZAÇÃO Rh
Depois de ter um bebê nascido com eristoblastose fetal, o que a mãe deve fazer para engravidar
novamente sem riscos?
• Em casos onde a mamãe tem o Rh (–) e o bebê tem o Rh (+) há riscos de sensibilização no sangue, após o primeiro parto a mamãe deve tomar uma vacina em até 72 horas, para que não ocorra sensibilização em uma próxima gravidez.
• Mães que já foram sensibilizadas, que tiveram abortos ou bebês com eristoblastose precisam fazer pré-natal em centro especializado, pois tem mais chances de ter outro bebê com a doença ou de perder o bebê.
As vacina que os médicos aplicam nas gestantes com Rh
(-) protegem contra o que?
• As vacinas aplicadas em gestantes com Rh(-) que tenham possibilidade de ter filhos com Rh(+) servem para prevenir que o sangue da mãe reconheça o bebê como um “corpo estranho” e ataque as células dele.
• A vacina evita que a mãe se sensibilize contra o sangue Rh(+) e não cause problemas para o bebê
DÚVIDAS
• A gestação múltipla ou gravidez multifetal resulta quando dois ou mais fetos estão presentes no útero ao mesmo tempo;
• Atualmente, a maioria dessas gestações originam-se da infertilidade e do tratamento com tecnologia reprodutiva assistida;
• A gestação múltipla não é uma complicação da gravidez, mas sim um condição que apresenta maior risco de morbidade e mortalidade, para a mãe e para os recém- nascidos;
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A GESTAÇÃO MÚLTIPLA
• Tipos de gemelaridadeMonozigôtica;Dizigótica/ Trizigótica...;
• Ovulação induzida artificialmente / Fertilização in vitro;
• Maior idade materna e Maior paridade;
FISIOPATOLOGIA E ETIOLOGIA
• Cardiopulmonares;
• Gastrintestinais;
• Hematológica;
• Obstétricas;
• Anormalidades estruturais;
• Gêmeos Siameses;
• Síndrome de transfusão gêmeo a gêmeo;
COMPLICAÇÕES
• Trabalho de parto pré-termo;• Colo do útero incompetente;• Maior incidência de parto cesariano;• Maior uso de tocólise;• Descolamento prematuro de placenta;• Hemorragia pós –parto;• Diabetes Gestacional;• Aborto espontâneo;• Restrição de crescimento uterino;
COMPLICAÇÕES OBSTÉTRICAS
• ACONSELHAMENTO NUTRICIONAL;
• AVALIAÇÃO FETAL;Ultrassonografia
• PREVENÇÃO DE TRABALHO DE PARTO PRÉ-TERMO – a hospitalização pode ser necessária:
Estimular o repouso no leito e hidratação;Instituir o monitoramento fetal e ajudar com a terapia tocolítca, se prescrita;
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A GESTAÇÃO MÚLTIPLA
• TRATAMENTO INTRAPARTO:Estabelecer um acesso venoso para a reposição volêmica e para a antecipação de
possível parto cesariano;Proporcionar monitoramento fetal eletrônico para cada feto;
• ORIENTAÇÕES PARA UM PARTO VAGINAL DE GÊMEOS:Acesso venoso com cateter de grosso calibre;Sala de cirurgia prontamente disponível;Anestesia de escolha- epidural;Indução com ocitocinaEquipe de neonatologia para cada recém-nascido, para reanimação do RN, se
necessário;Obstetra e assistente experientes em partos vaginais de gêmeos;
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A GESTAÇÃO MÚLTIPLA
• MODALIDADE DO PARTO- depende da apresentação dos gêmeos, dos estados materno-fetal e da idade gestacional;
Cesariana: comumente usado para múltiplos maior que dois;Parto vaginal: pode ser indicado para trigêmeos na presença de pelve não
contraída, útero não cicatrizado e inicio de trabalho de parto com mais de 32 a 34 semanas completas de gestação;
• APOIO EMOCIONAL;
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A GESTAÇÃO MÚLTIPLA
• Discutir com a paciente e os acompanhantes os sinais de alerta do trabalho de parto pré-termo;
• Ensinar a auto palpação uterina. A paciente deve avaliar a atividade uterina 2 vezes/ dia;
• O atendimento domiciliar pode incluir visitas de enfermagem e avaliações fetais;
• Oferecer numero de contato telefônico com o médico, para notificação de complicações;
ORIENTAÇÕES