almanaque imigrante n°10

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As relações entre Holanda e Brasil co- meçam a se intensificar com a proximi- dade de 2011 e dos eventos comemorati- vos do centenário da imigração. Seja através das celebrações nas comu- nidades descendentes, que já possuem um cronograma comum, ou através das iniciativas culturais independentes, tudo se encaminha para um momento memorável. Nesta edição, uma volta pelo coopera- tivismo de base holandesa e sua impor- tância no Brasil, boas práticas ambien- tais, obras no Parque e adesão de novos patrocinadores. Além disto, acontece neste momento em Brasília uma belíssima mostra do grande artista holandês M.C. Escher, que nos permite compreender uma pou- co mais do espírito criativo desta etnia tão marcante em nosso país. Veja no site do Parque Histórico a programação completa da exposição. A grande companhia fabricante de embalagens acaba de se integrar ao projeto do Parque Histórico de Carambeí. Verificando uma oportunidade de reforçar sua marca e posicionamento junto aos públicos de agronegócios e à comunidade em geral, através da responsabilidade social, atuará como fomentadora de conceito. Participará da formação do Museu do Leite e Deri- vados, como mecanismo de apresentação da evolução dos processos produ- tivos de industrialização deste alimento essencial. A parceria está embasada na utilização de incentivos fiscais oriundos da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura, que já é aplicada nos diversos projetos realizados no parque, especialmente na mu- seologia, publicação de conteúdo e eventos de celebração. As obras no Parque Histórico de Carambeí estão em pleno vapor. Com a Casa da Memória bem organizada e seus acervos em fase final de catalogação para inscrição no Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), outras etapas do Parque come- çam a ganhar formas. O foco agora está no conjunto da Vila Histórica de Carambeí, segunda estrutura museal, que já está com suas fundações instaladas, prontas para receber as estruturas com madeiras certificadas, que foram fornecidas pela Associação Paranaense das Empresas de Base Florestal (APRE), tudo proveniente de florestas plantadas. Juntas, a Casa da Memória e a Vila Histórica representarão 80% das alas museais do Parque. Outra obra em andamento é a terraplanagem do Espaço das Águas, em fase de finalização. Ali, além das diversas tecnologias de controle de águas desenvolvidas pelos holandeses, será instalada uma escola modelo para o estudo do tema água, como bem natural da humanidade, e seu controle sustentável. Para a Festa do Centenário da Imigração Holandesa nos Campos Gerais, o Parque Histórico de Ca- rambeí estará pronto em mais de 50% de suas áreas planejadas, dan- do a exata dimensão deste grande projeto de Cultura e Turismo. F VARIEDADES H F EDITORIAL H TETRAPAK é a mais nova integrante do Parque Histórico F Obras no Parque Histórico em evolução H www.parquehistoricodecarambei.com.br • Veja mais fotos no site: 25 de Outubro de 2010 Fascículo Nº 10 Almanaque Imigrantes é uma publicação do Programa de Patrimônio Cultural do Parque Histórico de Carambeí 2011 ANO HOLANDA-BRASIL www.parquehistoricodecarambei.com.br

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Coleção Imigrantes . Periódico Almanaque Imigrantes, edição n° 10 - 25 de outubro de 2010

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Page 1: Almanaque Imigrante n°10

As relações entre Holanda e Brasil co-meçam a se intensificar com a proximi-dade de 2011 e dos eventos comemorati-vos do centenário da imigração.

Seja através das celebrações nas comu-nidades descendentes, que já possuem um cronograma comum, ou através das iniciativas culturais independentes, tudo se encaminha para um momento memorável.

Nesta edição, uma volta pelo coopera-tivismo de base holandesa e sua impor-tância no Brasil, boas práticas ambien-tais, obras no Parque e adesão de novos patrocinadores.

Além disto, acontece neste momento em Brasília uma belíssima mostra do grande artista holandês M.C. Escher, que nos permite compreender uma pou-co mais do espírito criativo desta etnia tão marcante em nosso país. Veja no site do Parque Histórico a programação completa da exposição.

A grande companhia fabricante de embalagens acaba de se integrar ao projeto do Parque Histórico de Carambeí. Verificando uma oportunidade de reforçar sua marca e posicionamento junto aos públicos de agronegócios e à comunidade em geral, através da responsabilidade social, atuará como fomentadora de conceito. Participará da formação do Museu do Leite e Deri-vados, como mecanismo de apresentação da evolução dos processos produ-tivos de industrialização deste alimento essencial.

A parceria está embasada na utilização de incentivos fiscais oriundos da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura, que já é aplicada nos diversos projetos realizados no parque, especialmente na mu-seologia, publicação de conteúdo e eventos de celebração.

As obras no Parque Histórico de Carambeí estão em pleno vapor. Com a Casa da Memória bem organizada e seus acervos em fase final de catalogação para inscrição no Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), outras etapas do Parque come-çam a ganhar formas.

O foco agora está no conjunto da Vila Histórica de Carambeí, segunda estrutura museal, que já está com suas fundações instaladas, prontas para receber as estruturas com madeiras certificadas, que foram fornecidas pela Associação Paranaense das Empresas de Base Florestal (APRE), tudo proveniente de florestas plantadas. Juntas, a Casa da Memória e a Vila Histórica representarão 80% das alas museais do Parque.

Outra obra em andamento é a terraplanagem do Espaço das Águas, em fase de finalização. Ali, além das diversas tecnologias de controle de águas desenvolvidas pelos holandeses, será instalada uma escola modelo para o estudo do tema água, como bem natural da humanidade, e seu

controle sustentável.Para a Festa do Centenário da

Imigração Holandesa nos Campos Gerais, o Parque Histórico de Ca-rambeí estará pronto em mais de 50% de suas áreas planejadas, dan-do a exata dimensão deste grande projeto de Cultura e Turismo.

F VARIEDADES HF EDITORIAL HTETRAPAK é a mais nova integrante do Parque Histórico

F Obras no Parque Histórico em evolução H

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• Veja mais fotos no site:

25 de Outubro de 2010 • Fascículo Nº 10

Almanaque Imigrantes é uma publicação do Programa de Patrimônio Cultural do Parque Histórico de Carambeí

2011ANO HOLANDA-BRASIL

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Page 2: Almanaque Imigrante n°10

Na Europa o cooperativismo lançou suas bases durante o séc. XVIII sob várias formas e para diversas funções associativas.

Diversas cooperativas de crédito rural foram criadas na Holanda, a partir de 1896, seguindo o modelo de Friedrich Raiffeisen. Em meados de 1800, Raiffeisen idealizou um sistema onde a poupança dos próprios produtores rurais seria utilizada para fornecer suporte financeiro por meio de crédito.Em 1898 nasceram duas organiza-ções centrais na Holanda: as Associações

de Cooperativas dos Bancos Raiffeisen e do Banco de Crédito da Cooperativa Central de Produtores Rurais. No ano de 1972, estas duas associações se uniram e converteram-se no Rabobank (Cooperatieve Raiffei-sen Boerenleenbank), a maior cooperati-va holandesa.

Neste ano, através de seu braço de desen-volvimento, o Rabo Financial Institutions Development , o Rabobank firmou par-ceria com o Sicredi aqui no Brasil, um dos principais Sistemas de Crédito Cooperativo

da América Latina.Se na Holanda o expoente dos ramos

cooperativos é o de créditos, no Brasil esse lugar é pertencente às cooperativas do ramo agroindustrial. Apresentamos agora um panorama das quatro cooperativas agroin-dustriais de base holandesa em atividade no país. Apontamos para o fato de existirem outras cooperativas que contam com a participação de descendentes holandeses, ainda que não tenham sido seus fundado-res, como a Cotrijal, em Não-Me-Toque, RS.

F PRESENÇA HOLANDESA • Cooperativismo de base holandesa no Brasil H

F Dados gerais das cooperativas (ano de 2009) H

REALIZAÇÃO: PATROCÍNIO INSTITUCIONAL: APOIO INSTITUCIONAL: APOIO:

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Page 3: Almanaque Imigrante n°10

Fruto da união dos primeiros holandeses que habitaram os Campos Gerais, mais precisamente em Carambeí, a coo-perativa iniciou suas atividades em 1925, com o nome de Sociedade Cooperativa Hollandesa de Laticínios, produzindo manteiga e queijo, que eram comercializados em Ponta Gros-sa, Castro, Curitiba e São Paulo.

Três anos se passaram e a Sociedade deu origem à marca Batavo, que hoje é conhecida nacionalmente no ramo de laticínios e frios. A partir de 1943, com a chegada de novos imigrantes, o quadro social da cooperativa se expandiu e teve início o processo de diversificação da produção pecuária e a introdução da cultura mecanizada. Em 1951, o setor de laticínios transformou-se na Cooperativa Central de Laticínios – CCLPL – hoje Batávia S/A.

Desde então, a Cooperativa Agroindustrial Batavo dirigiu

seu foco apenas para produ-ção agropecuária, buscando atender aos seus associados na comercialização, aquisição de insumos e assistência técnica, a fim de que o produtor pudesse centralizar sua atenção apenas na produção. Desde a sua fun-dação, descendentes europeus e brasileiros fazem da Batavo um modelo de cooperativismo no país.

Além da sede em Carambeí, possui unidades em Imbaú, Im-bituva, Piraí do Sul, Ponta Grossa, Ribeirão do Pinhal, Teixeira Soares, Terra Nova, Tibagi e Tronco.

A Cooperativa Agropecuária Capal, foi fundada em Arapoti, em 1960, por 21 imigrantes holandeses. Em 1966, 5 brasileiros já faziam parte da Cooperativa que contava com um total de 55 sócios. A partir de 1973, os brasileiros começam a ser eleitos para integrar cargos na diretoria da Cooperativa e as reuniões, que eram feitas apenas no idioma holandês, passaram a ser realizadas em português.

Os holandeses incentivaram essa abertura unindo seus conhe-cimentos de como plantar e cuidar do solo, ao dos brasileiros sobre a fertilidade das terras e o clima tropical, além do pres-tígio político e social. Já em 1976, construíram um sobreposto em Itararé, São Paulo, e uma Fábrica de Rações para atender

os pecuaristas da região. Criou também um posto de combustíveis com preços reduzidos, em 1985.

Hoje, a Cooperativa possui unidades em Carlópolis, Taquarituba, Taquarivaí e Wenceslau Braz. É pela pre-ocupação com o associado e trabalho incessante que a Capal também é referência entre as cooperativas de todo o país.

A Cooperativa Agroindustrial Holambra foi fundada em 1960 em Holambra II, distrito do município paulista de Paranapa-nema, por um pequeno grupo de holandeses. Na medida que mais imigrantes chegavam ao Brasil, a cooperativa foi crescen-do. Na mesma década, arrendaram terras e construíram barra-cões, graneleiros, postos de combustível, residências, mercados, hospitais, escolas, igrejas e estradas.

Primeiramente, a Cooperativa era responsável por disponibili-zar insumos, vender a produção e oferecer assistência técnica, contábil e financeira, desse modo, o agricultor preocupava-se apenas com a produção. Na década de 80, devido à crise em setores produtivos do mercado nacional, a Cooperativa passou a apostar também na produção de frutas e flores.

No final da década de 90 passou por grandes mudanças. Extinguiram-se a divisão administrativa e reduziu-se o corpo

gerencial das demais divisões, as assistências técnicas foram terceirizadas, assim como a funilaria industrial e as equipes de crédito. Foram vendidos imóveis e lotes urbanos. Toda uma nova reengenharia de gestão foi implantada para adequar a cooperativa às novas realidades de mercado propostas. Atualmente, a Cooperativa Agroindustrial Holambra também integra os marcos referen-ciais do cooperativismo brasileiro e possui, além da sede em Paranapanema, uma unidade em Taquarivaí e outra em Itape-va, esta em processo final de construção.

Localizada no município de Castro, Paraná, a Cooperativa Castrolanda, foi fundada em 1951 por imigrantes holandeses e até hoje mantém seus costumes e tradições. A atividade agrícola e a pecuária leitera são os principais ramos de atua-ção da cooperativa. Está situada em uma das mais importan-tes bacias leiteiras da região com uma considerável produção de grãos, principalmente soja e feijão.

Hoje, a Cooperativa conta com 709 cooperados e possui unidades em Ponta Grossa, Piraí do Sul, Curiúva, Ventania e

em Itaberá, no estado de São Paulo. Hoje, a Castrolanda é uma das maiores das maiores cooperativas do estado, e possui capital bruto de R$ 901 milhões.

Na Castrolanda a tradição e a pro-dução agroindustrial se fundem em favor do desenvolvimento do país.

www.capal.coop.br

www.castrolanda.coop.br

www.batavo.coop.br

www.holambra.com.br

PATROCÍNIO:

www.parquehistoricodecarambei.com.br

Page 4: Almanaque Imigrante n°10

Realização

TRATORNEW®S/A

Associação Paranaense deEmpresas de Base Florestal

CARAMBEÍPREFEITURA MUNICIPAL

Patrocínio

NÃO P

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ECIO

NE

F BOAS PRÁTICAS • 5R (Reduzir, Reutilizar, Reciclar, Recusar e Refletir) HA prática dos 5 Rs consiste em

reduzir, reutilizar, reciclar, recusar e refletir sobre os resíduos produzidos por cada organização. Uma organiza-ção deve ter atitude sócio-ambiental responsável e pautar suas ações na conservação do meio ambiente com base nas práticas dos 5 Rs. A partir dessa edição, vamos conhecer “Boas Práticas” destes elementos de susten-tabilidade ambiental.

Um exemplo de produto com esse princípio é a embalagem longa-vida, 100% reciclável. É composta por papel (75%) proveniente de reflorestamen-to que, além de ser rótulo, tem por objetivo dar resistência a embalagem; plástico (20%) que isola o alumínio do

alimento e conserva a embalagem sem umidade; e o alumínio (5%), respon-sável pela proteção do alimento da luz, do oxigênio e da troca de aromas com o meio externo. Distribuídas em seis camadas, essa estrutura evita o uso de conservantes no alimento.

As embalagens, quando dispensadas após o uso, são destinadas à recicla-gem, com a separação do plástico, do alumínio e do papel, que podem ser reaproveitados devido às técnicas inovadoras desenvolvidas através de pesquisa científica.

www.tetrapak.com.br

pt.wikipedia.org/wiki/Reciclagem_de_embala-gens_longa_vida/

O pastor William Vincent Muller e sua esposa Charlotte chegaram em Carambeí no ano de 1935, vindos dos Estados Unidos, ele holandês e ela norte americana. Foi o primeiro pastor efetivo que a pequena colônia protestante de Carambeí conseguiu.

O fortalecimento da igreja com a vinda do pastor, aliada à união dos colonos em torno da cooperativa e uma boa escola, foram fundamentais para o desenvolvimento da colônia.

Muller, que além de um pastor altamente vocacionado e qualifica-do, era também um administrador nato, foi essencial na administração da cooperativa, tendo sido inclusive seu presidente na década de 30.

Bom músico, o pastor Muller criou e foi o dirigente do coral da igreja e também criou um grupo de danças folclóricas holandesas, em 1938, que fez muitas apresentações nas festas em Carambeí, Ponta Grossa e Castro.

Além de pastor, administrador e músico, William Muller ainda exer-ceu o cargo de cônsul honorário da Holanda no Paraná durante muitos anos.

A esposa Charlotte também de-sempenhou um papel importante em Carambeí, principalmente na área

sanitária e de saúde, transmitindo conhecimentos básicos de higiene e enfermagem, principalmente às mulheres e moças da comunidade. Este trabalho resultou numa acentu-ada redução de doenças contagiosas que fustigavam, principalmente, as crianças.

A dona Charlotte Muller foi também uma dedicada orientadora espiritual e social para os jovens da comunidade durante os dezesseis anos que passou em Carambeí. Era uma pessoa muito prestativa e bon-dosa e, por isto, querida por todos. O casal Muller também foi fundamen-tal na constituição de outras colônias holandesas no estado: na fundação de Castrolanda, em 1951, e em Arapoti, no ano de 1960, desempe-nhando em ambas o papel de líderes comunitários e religiosos. As três comunidades holandesas do Paraná tem uma dívida de gratidão muito grande por este casal.

F LEITURA H

Os 50 anos de Holambra II, em São Paulo, estão retratados na obra “Holambra II 1960-2010: da Fazenda das Posses a Campos de Holambra”, de autoria de Kees Wijnen e publicação da editora Setembro. Holambra II é um distrito do município de Paranapanema que foi fundado por descendentes de holandeses que migraram de Holambra, também em território paulista, e fizeram da nova terra um local de prosperidade. O livro aborda como se deu este processo e como os fundadores des-ta colônia holandesa sempre mantiveram vivas as tradições da nação de seus pais.

PERSONAGEMWILLIAM E CHARLOTTE MULLER

Periodicidade: Quinzenal

- Distribuição -1800 alunos

“Projeto Vamos Ler” na rede estadual de ensino em Carambeí

3200 exemplares - Distribuição dirigida -

- 10.000 exemplares - Região dos Campos Gerais na Edição

de Domingo do Jornal da Manhã- Na WEB -

www.parquehistoricodecarambei.com.br e em redes sociais.

ERRATAS NO SITE.

www.parquehistoricodecarambei.com.br

APHC - Associação do Parque Histórico de Carambeí

Presidente: Dick Carlos de GeusVice-Presidente: Franke DijkstraSecretário: Gaspar João de Geus

Curadoria Executiva:

Fábio André Chedid Silvestre - Núcleo de Mídia e ConhecimentoGuilherme Klopffleisch - Mind Promo Business

Almanaque Imigrantes:

Realização:APHC - Associação do Parque Histórico de CarambeíMind Promo BusinessNúcleo de Mídia e Conhecimento

Editores:Fábio A. Chedid Silvestre - Núcleo de Mídia e ConhecimentoTarás Antônio Dilay - Núcleo de Mídia e Conhecimento

Revisão:Núcleo de Mídia e Conhecimento

Colaboração:Luciano Tonon - Assessoria Cooperativa Agroindustria BatavoAssessoria de Comunicação Prefeitura Municipal de Carambeí

Projeto Gráfico:Núcleo de Mídia e ConhecimentoArte e Um Pouco Mais Estúdio Gráfico

Jornalista Responsável: Tarás Antônio Dilay - MT 22787

F EXPEDIENTE H