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Almada Negreiros Biografia e análise do quadro “Maternidade” Trabalho elaborado por Cláudia Nunes

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Trabalho elaborado por Cláudia Nunes

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Page 1: Almada Negreiros

Almada Negreiros

Biografia e análise do quadro “Maternidade”

Trabalho elaborado por Cláudia Nunes

Page 2: Almada Negreiros

Almada Negreiros 1893/1970 Foi um artista multidisciplinar, pintor, escritor, poeta,

ensaista, dramaturgo e romancista português ligado ao grupo modernista. Também foi um dos principais colaboradores da Revista Orpheu.

Representa a vanguarda na pintura portugueses da década de 20.

Introdutor do Modernismo em Portugal Em 1911 entra na Escola Internacional de Lisboa. Nesta

escola, faz o seu primeiro desenho na revista A Sátira. Publica também o jornal manuscrito A Paródia, onde é o único redactor e ilustrador.

Em Paris, fica apenas cerca de um ano e, quando regressa desenha a capa do livro Arte de Bem Morrer. Faz também as capas da revista Presença.

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Em Portugal, o Secretariado da Propaganda Nacional, encomenda-lhe o cartaz de apelo ao voto na nova constituição; o mesmo SPN irá organizar mais tarde a exposição Almada – Trinta Anos de Desenho, convidando-o para se apresentar na exposição Artistas Portugueses, no Rio de Janeiro, em 1942.

O SPN viria a atribuir a Almada Negreiros o Prémio Columbano pela sua tela intitulada Mulher.

A partir daqui, Almada dedica-se principalmente ao desenho e à pintura: pinta os vitrais da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, que o público, agarrado às tradições, não aprecia;

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Pinta o conhecido retrato de Fernando Pessoa, os painéis das gares marítimas de Alcântara e da Rocha Conde de Óbidos, pelas quais recebe o Prémio Domingos Sequeira; pinta o Edifício das Águas Livres e frescos na Escola Patrício Prazeres; pinta as fachadas dos edifícios da Cidade Universitária e faz tapeçarias para o Tribunal de Contas e para o Palácio da Justiça de Aveiro, entre muitos outros.

Os seus últimos trabalhos, já com 75 anos, são o Painel Começar na Fundação Calouste Gulbenkian e os frescos da Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra.

Almada Negreiros morre em 14 de Junho de 1970, de falha cardíaca, no mesmo quarto do Hospital de São Luís dos Franceses em que também tinha morrido Fernando Pessoa.

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Movimento Futurista

Em 1916 faz duas exposições em Lisboa e Porto e escreve no prefácio da exposição: “Amadeu de Sousa Cardoso é o documento conciso da raça Portuguesa do sec.XX”.

É o modernismo da arte portuguesa. O movimento não pára: nas letras e nas artes. Portugal está no século XX. A transformação é uma necessidade. É preciso agitar, por vezes provocando. Almada fá-lo no Ultimatum Futurista às Gerações Portuguesas do séc.XX:

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É preciso criar a Pátria Portuguesa do séc.XXO Povo completo será aquele que tiver reunido no

seu máximo todas as qualidades e todos os defeitos.

Coragem Portugueses, só vos faltam as qualidades.

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Maternidade

1935 Óleo sobre tela 100x100 cm Fundação Calouste Gulbenkian Evoca o nascimento do filho a quem deu o nome de

José, mostra a capacidade de comunicar forte e emocionalmente, sem se tornar complicado, nem na cor, utilizando apenas três cores primárias, nem no tema, “despe o mundo” onde apenas mãe e filho se reconfortam mutuamente.

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Almada Negreiros para chegar ao produto final realizou uma série de 26 desenhos, a tinta da china de cor sépia, num só dia, sobre o tema Maternidade.

Consegue transmitir, de modo simples, o amor de mãe e filho.

O quadro é centrado na figura da Mãe que prende o filho nos braços.

O enorme corpo dela dobra-se no chão em que se senta, e sobre os braços desnudados e os pés imensos corre uma cor pálida de pele avermelhada bem casada com cinzento-azulado do vestido, o amarelo do lenço que lhe cobre a cabeça, o azul limpo do céu e o verde sombreado do chão que a luz amarelece para o horizonte, correspondendo assim à mancha do lenço.

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Os braços e as pernas da Mãe organizam ortogonalmente um espaço estático onde se insere a criança, em diagonal.

O fundo reduz-se a um plano frontal, com linha de horizonte separando o azul celestial do amarelo do chão. O fundo liso torna evidente, por contraste, o jogo de volumes com que se representam os corpos da mãe e do filho.

O formato desta pintura é quadrado e os corpos estão envolvidos por um arabesco arredondado.

O pragueado das vestes sugere um ritmo que prossegue nos dedos do pé da mãe, acentuando a envolvência daquele arabesco. Mas os braços, dobrados em ângulo recto, e as pernas, igualmente, repõem no centro das figuras humanas o sentido tectónico das horizontais e verticais. Em diagonal, o menino.

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“capaz de apanhar momentos de espuma, mas sem consciência de que essa espuma é orla dum mar antigo, vasto e misterioso” (cit in Fernando Pessoa, 1985)

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Bibliografia

Internet: www.educ.fc.ul.pt/8-3-2009 pt.wikipedia.org/8-3-2009 www.vidaslusofonas.pt/8-3-2009 ticml.blogspot.com/22-3-2009 alegna.no.sapo.pt/22-3-2209 Livros: GONÇALVES,Rui-Mário;Almada

Negreiros;Caminho