al. linhas de torres, 2 1750-146 lisboa doroteiasportugal ... · dar a todos com alegria genuína e...

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1 Al. Linhas de Torres, 2 1750-146 LISBOA [email protected] A Irmã Aguiar fez 99 anos na “Praça da Alegria” Irmã Maria Eduarda Fernandes 75 anos de Vida Religiosa Encontro de Formação Colégio da Paz Irmã Maria Emília Mesquita e os seus dois 'netos' - Linhó Encontro de Formação Vila do Conde Encontro de Formação Abrantes Encontro de Formação Covilhã Missão Açores 2012

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Al. Linhas de Torres, 2 1750-146 LISBOA [email protected]

A Irmã Aguiar fez 99 anos

na “Praça da Alegria”

Irmã Maria Eduarda Fernandes

75 anos de Vida Religiosa

Encontro de Formação

Colégio da Paz

Irmã Maria Emília Mesquita

e os seus dois 'netos' - Linhó

Encontro de Formação

Vila do Conde

Encontro de Formação

Abrantes

Covilhã

Encontro de Formação

Covilhã

Missão Açores 2012

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EEnnccoonnttrrooss ddee FFoorrmmaaççããoo ppaarraa ddoocceenntteess ee

nnããoo ddoocceenntteess ddooss CCeennttrrooss EEdduuccaattiivvooss

Com o tema «Ser pessoa-dom em espírito de serviço»,

realizaram-se, de 22 de setembro a 27 de outubro, 13 ações de

formação para docentes e não-docentes dos nossos Centros

Educativos.

Perguntámos:

Em que se está a traduzir, na vida desse Centro,

esta Ação de Formação?

CCoollééggiioo ddee NNªª SSªª ddaa PPaazz -- PPoorrttoo

O compromisso do Colégio da Paz: Seguindo o exemplo de Santa Paula…

Fazer todos os dias todo o bem que pudermos, com alegria, entusiasmo e generosidade.

Olhar sempre aqueles com quem nos cruzamos no Colégio. Queremos ser solidários e não fazer somente

aquilo que nos é pedido, mas ter o coração aberto a todos, sem exceções.

Aceitar os desafios com alegria, certos de que receberemos mais do que damos. Colaborar com todos,

independentemente de a tarefa estar inerente à nossa função.

Com alegria, estar atentos e disponíveis na procura do bem comum, não nos cingindo apenas àquelas que

consideramos serem as nossas responsabilidades.

Reconhecer e valorizar as atitudes, os gestos e as entregas dos outros, na concretização do bem comum.

Dar a todos com alegria genuína e de forma continuada, valorizar o

contributo dos outros, por menor que ele nos possa parecer.

Dar com alegria:

- as saudações a todos os que connosco se cruzam

- as explicações, os esclarecimentos e respostas às solicitações dos alunos

- a ajuda necessária aos colegas

Dar continuidade. Disponibilidade em termos pedagógicos e

institucionais. Para além das obrigações estritamente profissionais.

Abraçar a Obra como um projeto comum.

IInnssttiittuuttoo ddee SS.. JJoosséé -- VViillaa ddoo CCoonnddee

O tema do ano “SER DOM, EM ESPÍRITO DE SERVIÇO” foi anunciado aos

docentes da Instituição ainda no ano letivo anterior, após o Encontro das

Equipas Diretivas, no Linhó. Isso permitiu que, no final do ano, a Programação

de 2012/2013 tivesse sido pensada de modo a integrar diferentes atividades e

iniciativas relativas ao Tema.

A Formação para os Colaboradores, este ano nos próprios Centros e

orientada por elementos da Equipa

de Animação Educativa da

Província, foi importantíssima, não só como enriquecimento

pessoal/de grupo na linha do que, como Província, queremos seja o

perfil do educador dos nossos Centros Educativos, como também

pela motivação para a vivência do Ano na perspetiva do Tema.

Para lá das atividades já realizadas, vamos vivendo o dia-a-dia

procurando crescer, como pessoas e como Comunidade

Educativa, neste espírito de “Ser Dom, servindo”, com o desejo

de que ele marque tudo o que procuramos ser e fazer.

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CCoollééggiioo ddee SSaannttaa DDoorrootteeiiaa -- LLiissbbooaa

Ser Dom em Espírito de Serviço

Foi um dia de reflexão que, em termos pessoais, me abriu para a descoberta de outras dimensões da Dádiva e

do Espírito de Serviço, que associava apenas ao trabalho de voluntariado.

Na verdade, tanto no âmbito de uma atividade específica profissional, como em todos os momentos que constituem a

nossa vida diária, um verdadeiro Espírito de Serviço torna a nossa intervenção no viver em família, na profissão e em

sociedade, menos pesada, mais alegre, muito mais solidária e, portanto, mais gratificante. Além disso, quando nos

move um verdadeiro espírito de serviço, quando nos dispomos a servir todas as pessoas que Deus coloca no nosso

caminho, sem fazer distinções de qualquer espécie, não só nos desenvolvemos e elevamos como pessoas, cidadãos e

profissionais, como contribuímos para o crescimento e aprimoramento dos que nos rodeiam.

Tantas vezes, não é um caminho fácil. Servimos partindo do que somos e estamos longe de ser perfeitos. Mas

não estamos sozinhos. Como cristãos, a vivência da fé motiva e tem uma fonte orientadora inesgotável, Jesus

Cristo. A partir do seu exemplo somos conduzidos no caminho da dádiva, ou seja, do serviço realizado sem

expectativa, garantia ou procura de retribuição. A mesma orientação recebemos do testemunho de Santa

Paula. Através das suas palavras nas “Constelações do Dom” pudemos descobrir a forma simples do seu modo

de servir e encontrar inspiração para traduzir essa atitude de bem servir no nosso quotidiano.

Foi um dia com muitos momentos marcantes, certamente diferentes para cada um dos participantes, mas que

teve, além disso, a riqueza acrescida de ter sido vivenciado e partilhado em grupo. Haver tempo e espaço para

partilhar estas experiências com os nossos colegas do dia-a-dia é também, em si mesmo, um tesouro. Um

tesouro que faz crescer em nós o dom do serviço. (Ana Sofia Ferreira, bibliotecária)

OObbrraa SSoocciiaall PPaauulloo VVII -- LLiissbbooaa

Decorreu no dia 26 de Outubro na Obra Social Paulo VI em Lisboa a

ação de formação com o tema SER PESSOA EM ESPÍRITO DE SERVIÇO.

A partir desta formação ficámos mais alertadas/os para a importância

de estarmos disponíveis e atentas/os às/aos outros, bem como para

colocar os nossos talentos ao serviço gratuito.

De forma a sensibilizar toda a comunidade escolar (crianças, famílias,

profissionais) a estes valores, e aproveitando a proximidade de um

momento de encontro habitual nesta época (Festa de S. Martinho e

Festa dos Avós), construímos na nossa praça um jardim de Outono ao

qual demos o nome de JARDIM DOS DONS. Nele criámos vários

espaços que proporcionam momentos de partilha entre avós e netos:

o Poço da Poesia, a Árvore dos Desejos, o Banco das Histórias e o Chá das Cinco.

O espaço principal do jardim é, no entanto, o Banquete dos Dons, um espaço onde se expõem os diversos

dons oferecidos pelos avós – pinturas, poemas, desenhos, orações, trabalhos em lã, fantoches, etc. Há também

o lago das pedras com pedrinhas que os avós levam com o objetivo de “saberem o caminho de volta”.

Paralelamente, convidámos os avós a virem às salas dos seus netos e partilharem com eles os seus DONS.

Vieram muitos avós contar histórias, cantar canções, fazer receitas, teatro ou simplesmente estar um pouco a

saborear a presença das crianças.

No dia de S. Martinho uma das educadoras preparou um teatro de sombras com a história deste santo, que

nos desafia a SER DOM. (Equipa de Pastoral da Obra Social Paulo VI)

VViivvêênncciiaa ddoo tteemmaa ddoo aannoo nnoo CCoollééggiioo ddoo SSaarrddããoo

No início de Julho foi apresentado em reunião de docentes, o tema para o ano de 2012-2013

“Ser Dom em Espírito de Serviço”.

Este “mote” deu logo que pensar. Os docentes começaram a organizar a vida das suas turmas e o seu

projeto de turma com este pano de fundo.

Foi abordado o tema de forma muito simples, e todos partilharam algum valor que ele lhe sugeria.

No início de Setembro voltámos a fazer uma mini-formação para se perceber melhor o que se pretendia. Falou-se

um pouco sobre Jesus Cristo, o DOM por excelência, e de Santa Paula, como DOM, em pessoa. Jesus Cristo e Santa

Paula são, pois, os nossos guias.

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O resultado da reflexão foi traduzido em valores a viver ao longo do ano:

doação, amor, entrega, reconciliação, acolhimento, partilha, dignidade, gratidão,

altruísmo, união, tolerância, humildade, escuta, solidariedade, valorização,

confiança, bondade, perdão.

Depois, foi a reflexão em grande grupo, com o pessoal docente e não docente,

por Instituições, prevista na Programação da Província, e surgiu um compromisso

mais abrangente.

O tema foi levado aos alunos, com um pequeno PowerPoint, fez-se a introdução para essa vivência que irá ser

transversal, isto é, vai ser vivido por todas as crianças, pelos Professores, pelos não docentes e pelos Encarregados

de Educação, ao longo de todo o ano, acentuadamente nos tempos litúrgicos mais fortes. Aos Encarregados de

Educação o tema foi apresentado e explicado em reuniões parcelares, para poderem dialogar com os filhos.

Há iniciativas ligadas ao tema, como por exemplo sermos dom para aqueles que mais necessitam e, neste

momento, são tantos! Assim, ao longo do ano cada turma trará géneros alimentares, que serão distribuídos,

através de uma associação, a idosos e outros que vivem isolados, ou em “pobreza escondida”. Temos tentado de

várias formas viver esta atitude de Doação, Amor e Entrega a todos os que se aproximam de nós.

O Logotipo do tema lembra a todos os que por ali entram que ser “Dom em espírito de serviço” é um

mandato a viver cada dia!

CCoovviillhhãã

No dia 29 de setembro de 2012 deslocaram-se à Fundação Imaculada Conceição a Irmã Milita (Maria Emília

Nabuco) e a psicóloga da Obra Social Paulo VI, Isabel Duarte, para orientarem a formação sobre o tema que

unifica este novo ano letivo: Ser Pessoa-Dom em Espírito de Serviço.

O tema da formação foi deveras pertinente e mereceu ser tratado de uma forma profunda e séria. A Irmã

Milita e a Dra. Isabel Duarte fizeram-no de uma forma hábil, levando-nos a refletir através de exemplos da

vida de Jesus e de Santa Paula.

O dar com gratuitidade, neste mundo turbulento e agitado em que vivemos, é difícil. Somos facilmente

ofuscados por solicitações de toda a espécie. Por isso, estes momentos de reflexão ajudam-nos a pensar no

nosso modo de agir enquanto pessoas e seguidoras da pedagogia de Santa Paula.

No final deste encontro foi bom percebermos o quanto nos pode preencher o conseguirmos dar sem estar à

espera de receber algo em troca. Sentimo-nos agora com mais coragem para estarmos atentos aos outros mais

do que a nós mesmos e darmo-nos com gratuidade.

À entrada da nossa casa está o nosso placar para este ano com a nossa “menina” envolta em esboços de

crianças que aprendem a brincar e como num arco-iris aí estão palavras soltas que significam tudo aquilo em

que acreditamos e queremos oferecer a todos quantos por aqui passam.

Santa Paula orienta-nos, e nós vamos passar a mensagem em atitudes do nosso dia-a-dia.

Com humildade pedimos a Santa Paula a sua força e orientação; depois todas leram em voz alta o

compromisso do ano letivo:

Reforçar a coesão como equipas

Dizer a todos “Bom-Dia”

Dar exemplo daquilo que defendemos

Ser exigentes com o pré-estabelecido

Promover a dinâmica da dádiva

Desafiar cada uma a pôr a render os seus talentos e colocá-los ao serviço de todos

Um compromisso assente na alegria e na disponibilidade

Se conseguirmos, com o nosso exemplo, colocar-nos ao serviço dos outros e

passarmos esta mensagem para toda a comunidade educativa, vamos sentir-

nos muito mais felizes e perto de Deus. Como diz Santa Paula, “façamos

todo o bem que pudermos pois há muita necessidade”.

Quase no fim do primeiro mês realizámos a Festa de Acolhimento para os

novos elementos da nossa “família”. Houve surpresas preparadas e partilhadas

por todos. Cantámos e dançámos. Oferecemos doces e distribuímos alegria.

Fizemos o nosso magusto na sexta-feira, dia 9 de Novembro; o S. Martinho fez-nos

uma grande surpresa e mandou um dia lindo e cheio de sol…

Santa Paula, que nos orienta sempre, diz-nos “O padeiro, quando mete mais

lenha na fornalha, pretende que nela aumente o calor do fogo; o mesmo pretendo eu, isto é, que procurem

animar-se mutuamente e crescer cada vez mais no amor de Deus e do próximo”.

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CCoommuunniiddaaddee EEdduuccaattiivvaa ddee AAbbrraanntteess

O tema do ano foi acolhido com muito interesse e entusiasmo. O diálogo entre pais e filhos estabeleceu-

se e puseram-se à descoberta do que era “SER DOM” e dos dons de cada um.

Na Eucaristia do início das atividades, esses dons foram levados ao ofertório com o desejo de serem

postos ao serviço de todos.

As mães fizeram para os filhos um avental em que eles puseram a marca das suas mãos como

compromisso do seu empenho em crescer na gratuidade do dom e do serviço; este avental será quando

fizerem atividades em favor dos outros.

Também eles foram ao ofertório; e, no fim da Eucaristia, em que participou o grupo coral dos alunos e

dos adultos do Orfeão do Tramagal, regido pela mãe de uma aluna, o Celebrante fez o seu envio.

Iniciou-se o projeto ”artIDEIAS” em que a comunidade educativa participa com iniciativas a favor dos

AMIGOS do Hospital (grupo de voluntariado), Casa de São

Miguel (crianças em situação de risco), Banco Alimentar contra a

Fome e Cruz Vermelha.

Entre outras atividades as crianças já fizeram uma compota,

arranjaram os frascos e fizeram a “Feira” na portaria do Colégio.

Muito se alegraram ao ver que, em pouco tempo, se esgotou todo o

produto do seu trabalho.

Os pais e os filhos participaram no Festival Nacional de Doçaria

Tradicional que se realizou em Abrantes por iniciativa da Câmara

Municipal. A Comunidade Educativa empenha-se em projetar já o

tempo do ADVENTO e do NATAL – a FESTA do grande DOM para o Mundo – JESUS, Filho de DEUS!

LLiinnhhóó:: PPrroojjeettoo IIrrmmãã -- AAvvóó

Objetivo: Viver experiências do que significa ser “Dom gratuito”.

Como surgiu: Este ano, ao sermos desafiadas para desenvolver o tema do ano (“Ser Pessoa–Dom, em

Espírito de Serviço”) tomámos consciência de que uma das formas de concretizar o “ser dom”, com

crianças tão pequeninas, teria de passar por ações simples de voluntariado, por elas desenvolvidas.

Pensámos, então, criar uma rotina de visitas e de atividades de inter-relação com as Irmãs da 3ª idade da

Comunidade, em que cada criança “adota” uma “Irmã - Avó”.

Como se tem desenrolado o projeto: 1ª Parte – Elaboração do projeto com as crianças nas salas

Primeiro que tudo, era preciso falarmos do tema nas salas. Ao questionarmos as crianças sobre o que é

“Ser Dom” foi com grande espanto que ouvimos o Samuel dizer:

“Ser dom… dom… dom é dar!”. Perante esta resposta, outra

questão surgiu: “E o que podemos nós dar? O que temos e

podemos dar?” Surgiram muitas respostas… “… Sabemos cantar,

desenhar, pintar, fazer teatros, fazer jogos, brincar … e sabemos

fazer colares de matemática…”

Ao olharmos à nossa volta e “saindo” do “nosso” espaço, quem é

que encontramos primeiro? - São as Irmãs. Combinado então e

decidido o que podíamos fazer - “Vamos visitar as Irmãs mais

velhinhas e fazer diferentes brincadeiras com elas!”.

2ª Parte – Juntos com as Irmãs

Houve um primeiro encontro entre todas as crianças da escola e

as Irmãs. Para descobrir a “Irmã-Avó” fizemos um jogo. Primeiro – Cada criança escolheu um envelope

fechado que continha uma fotografia de uma Irmã. Depois, e já de foto na mão, foram procurar a Irmã

que lhe correspondia. Aconteceu um momento lindo de relação entre “avó” e “neto”, com abraços,

olhares e sorrisos. Firmou-se um compromisso entre todos: os “netos” prometeram voltar muitas vezes

para trazerem muita alegria às “avós” e, por sua vez, as “avós” disseram que rezavam por eles e suas

famílias. O eco desta experiência chegou de imediato às famílias: “Mãe, agora tenho uma avó da escola!

Podemos levar a fotografia para casa?”. A Irmã já fazia parte da família, por isso era importante levar a

fotografia para casa. Criamos uma rotina semanal de visitas em pequenos grupos, que têm dado já os seus

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frutos, quer na alegria visível no rosto das Irmãs durante as várias atividades desenvolvidas, quer na

aprendizagem feita por crianças tão pequeninas, que conseguem perceber o QUANTO TÊM e PODEM

DAR.

Disto é prova a afirmação de uma criança - Joana: “Os olhos das Irmãs que estão doentes também

brilham quando estão contentes, não é?” E outra criança - Vasco - numa das visitas entrou na sala da

Comunidade dizendo: “Eu quero ver a minha avó, ela não está aqui?” e, quando a viu, correu para a

abraçar.

EExxtteerrnnaattoo ddoo PPaarrqquuee -- ““SSeerr DDoomm eemm EEssppíírriittoo ddee SSeerrvviiççoo””

Foi com enorme alegria que pude assistir à comunicação do Sr. Padre António Vaz Pinto, no Externato do

Parque, no dia 13 de Outubro de 2012. Sinto alegria e comoção pois não seria previsível poder estar,

devido à minha cirurgia recente. Mas, como a Deus nada é impossível, tive a Graça de poder estar e

participar com entusiasmo naquele encontro sobre o tema “Ser Dom em Espírito de Serviço”.

Foi uma “formação” em jeito de conversa sobre os desafios que nos eram propostos para este ano. Fazer

parte desta grande família Doroteia torna-nos mais responsáveis e comprometidos perante tamanho convite.

Como ser dom? Como estar ao serviço e em espírito de serviço?

Só seremos dom se estivermos dispostos a mostrá-los e a dá-los (esses dons) aos outros que nos rodeiam.

Estar ao serviço é viver com outros e para os outros de uma forma voluntária, desinteressada pelos

supostos retornos e trabalhando com alegria.

Nem sempre é fácil… diria até que poderá ser difícil e exigente, mas não é impossível. Um cristão que

vive a sua vida inspirada no Evangelho e nos exemplos de Jesus poderá fazer maravilhas. Também a nossa

Santa Paula nos pode ajudar “a fazer bem e com alma o pouco que se pode”.

O Sr. Padre fixou-se também na passagem do Evangelho sobre o lava-pés. Jesus fez-se pequenino e serviu

sempre os seus amigos. Assim devemos fazer nas nossas casas, nos nossos ambientes de trabalho, na nossa

cidade e no nosso país. Só assim poderemos transformar o Mundo que nos rodeia.

Estamos no Ano da Fé! Vamos pedir a Deus que nos dê força e ânimo para, juntos dos nossos alunos,

sermos Dom em espírito de serviço. (Sancha Pinto Correia)

NNoovvooss ddoocceenntteess

EEnnccoonnttrroo ccoomm uummaa MMuullhheerr cchhaammaaddaa PPaauullaa

Foi em espírito de Família, Partilha e Fé que se realizou, nos

passados dias 9 e 10 de Novembro, na casa do “Monte

Moro”, em Fátima, mais um encontro de “novos

colaboradores” dos Centros Educativos das Irmãs Doroteias.

Professores e educadores do Colégio da Paz (Porto), do

Externato do Parque e do Colégio de Santa Doroteia (Lisboa),

da Casa da Imaculada Conceição (Covilhã), e do Instituto de S.

José (Vila do Conde) - um simpático grupo de 20 pessoas! -

fomos recebidos em ambiente de família, bem ao estilo de

Santa Paula, pelo caloroso abraço das Irmãs Maria da

Conceição Amorim e Maria Antónia Marques Guerreiro.

Deixando-nos tocar pela simplicidade do acolhimento, pelo chá quente com biscoitos acabados de fazer,

pelas palavras inspiradoras das Irmãs, pelo exemplo de Santa Paula, juntos percorremos uma caminhada

de reflexão e comunhão. Aprendemos mais sobre a vida excecional de Santa Paula, que sempre se

inspirou em Jesus Cristo; escutámos as suas palavras e relembrámos que a verdadeira felicidade está na Fé

e na crença de que Deus tem, para cada um de nós, uma missão. Refletimos sobre o que é educar com

amor e entrega na simplicidade e em espírito de família e de serviço, procurando reconhecer os “retratos de

Deus sem moldura” para quem podemos Ser Dom. E saímos fortalecidos no nosso sentido de missão: Educar

para transformar, para que “o mundo tenha Vida e Vida em abundância”.

E, num fim-de-semana chuvoso, o “Sol nascente” apareceu com toda a sua força para nos lembrar que há

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sempre sol, até nas gotas de chuva! E que “pela via do coração e do amor” tudo se pode conseguir!

Despedimo-nos no final do dia de Sábado, já com saudade, mas partimos com a certeza de, em breve,

repetir a experiência, naquela que é agora também a nossa casa de família, onde podemos sempre voltar

para renovar a chama da Esperança e da Fé! E o novo encontro, esse está já marcado para os dias 2 e 3

de Março, para juntos celebrarmos os 204 anos do nascimento de Santa Paula – e que belo encontro de

família será! (Isabel Figueiredo, professora de Inglês do Colégio da Paz)

AAttiivviiddaaddeess eemm fféérriiaass -- MMiissssããoo AAççoorreess 22001122

O mais importante na vida não é onde estamos, mas a direção para onde caminhamos

Ao longo de vários meses preparámos a nossa missão para que a nossa bússola fosse a vontade de Deus.

Durante 17 dias, em espírito de missão, procurámos deixar a marca da Juventude Doroteia em todas as

gerações da Ilha de S. Miguel.

Na primeira semana desafiámos adolescentes (entre os 11 e os 15 anos)

para um campus, cujo tema era “Não sou o único, mas sou único”. As

dinâmicas desenvolvidas incidiram na descoberta do eu, do outro e do

mundo, a fim de cada um explorar a sua individualidade, relacionar-se

com o próximo e assim refletir acerca do seu papel na sociedade.

A segunda semana foi marcada

pelo serviço a um povo em

conjunto com três jovens

micaelenses (entre os 16 e os 22 anos). Durante estes dias

dinamizámos as manhãs dos idosos no lar da Vila do Nordeste e as

tardes das populações de diversas freguesias.

“O que vale na vida não é o ponto de partida, mas sim a caminhada.

Caminhando e semeando, no fim terás o que colher” (Cora Coralina).

E, com esta mensagem, pretendemos transmitir a alegria que sentimos

por a missão, que Ele nos confiou, ter sido cumprida. “Está na hora de darmos as mãos e

construirmos a civilização do amor”. (Irmã Maria Francisca Dias)

AA IIrrmmãã MMaarriiaa HHeelleennaa AAgguuiiaarr nnaa ««PPrraaççaa ddaa AAlleeggrriiaa»»

Irmã Gracinda Martins

E foi mesmo uma grande notícia: “A Irmã Aguiar vai à Praça da Alegria!”.

Os promotores deste evento foram os seus primos, Dr. Carlos Aguiar

Gomes e Dra. Luísa Aguiar Gomes. E começaram os preparativos. A Irmã

Teresa Magalhães pôs-se em ação e fez os contactos necessários com a

Rádio e a RTP.

Acompanharam a Irmã Aguiar as Irmãs Teresa Magalhães e Gracinda

Martins, assim como algumas antigas e atuais alunas de piano, incluindo o

Francisco de 7 anos; e uma voz, presença virtual, da sua antiga aluna que

vive na Alemanha. E nós deixámos a casa, atravessámos o rio e chegámos à praça. Aqui, fomos acolhidas

com muita simpatia por quem aguardava a nossa presença. Conduziram-nos à sala da maquiagem onde

nos alindaram, e assim o nosso aspeto exterior era um pouco o reflexo do sentimento interior que ali nos

movia. Já dentro da Praça, o Jorge Gabriel e a Sónia Araújo - os apresentadores - encarregaram-se de nos

fazer soltar a voz. Esta traduziu todo o nosso sentir ternura-carinho-amizade, pela nossa querida Irmã

Aguiar, na celebração das suas 99 primaveras, que não dispensam as outras 3 estações que também lhe

passaram pela vida.

A Irmã Aguiar manteve sempre uma atitude sorridente, calma e serena, reveladores da sua simplicidade e

pacificação interior. Depois dos nossos testemunhos, a Irmã Aguiar foi carinhosamente conduzida ao

piano pelo Jorge Gabriel. Tocou uma peça de Mozart intitulada “La Tartina di Burro”. Ao som das

palmas, foi-lhe oferecido um lindo ramo de flores e um bolo. Cantámos os tradicionais parabéns e, ao

apagar das velas, ressoaram as palmas que a Irmã Aguiar acolheu com um lindo e terno sorriso de

agradecimento.

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Depois ofereceu aos apresentadores uma pequenina lembrança de Santa Paula. Por fim, deixámos a Praça

e nela deixámos também testemunhos de vida, juntamente com esta singela lembrança de família.

A Irmã Aguiar tem recebido muitas prendas e telefonemas de felicitações assim como presenças amigas,

via mail e facebook, através destes contactos da Irmã Gracinda. Gosto de referir que uma senhora da

zona, sem a conhecer pessoalmente mas porque a viu na Praça, veio oferecer-lhe um lindo vaso de flores

brancas, porque ficou muito sensibilizada, com o seu testemunho de vida. Outras antigas fizeram questão

de a vir buscar para tomar uma refeição, em sua casa. A Irmã Aguiar sente-se uma pessoa feliz!

Como é habitual, a Irmã Gracinda versejou...

Anunciámos na praça,

Em jeito familiar,

A simplicidade no dar

A vida feita aventura,

Gestos simples de ternura,

Testemunhos de amigos,

Dos presentes,

Dos ausentes

Dos atuais e dos antigos.

Vivemos a boa notícia

Nesta experiência de praça

Onde a ternura e a graça

Transbordam do coração.

E, com profunda emoção,

Tocou uma peça-magia,

A nossa Irmã Aguiar,

Que nos levou a cantar

Na Praça que é d’Alegria.

Gostaria de agradecer em particular a todas as Irmãs, os delicados e amigos

parabéns que recebi.

Peço ao Senhor agradeça por mim e as recompense, como só Ele sabe, de

tantas provas de amizade, que profundamente me enterneceram. Para todas

as minhas queridas Irmãs a minha gratidão e a certeza das minhas orações.

Irmã Aguiar

IIrrmmãã MMaarriiaa EEdduuaarrddaa FFeerrnnaannddeess -- 7755 aannooss ddee VViiddaa CCoonnssaaggrraaddaa

Irmã Maria Casimira Marques

Foi em Coimbra, no dia 17 de Outubro 2011, que se festejaram os 75 anos

da entrada da Irmã Maria Eduarda Fernandes da Cunha no Noviciado das

Irmãs de Santa Doroteia.

Uma festa íntima, quase sem convidados! Só para dar graças pelas

maravilhas de Deus na sua vida.

O Padre Dário celebrou a Missa do Coração de

Jesus, devoção principal da festejada, que decorou a

fórmula dos Votos Perpétuos para fazer a sua

renovação solene, por estar com algumas

dificuldades de visão em consequência dos seus 94 anos («Nosso Senhor pegou-me

pela letra O e vai-me limitando nos olhos, nos ossos e nos òvidos!» – diz com graça).

E foi uma interpelação para algumas de nós, depois do Ofertório, ver como a luz da

vela, que a Irmã Maria Eduarda conserva desde as suas Bodas de Ouro, se refletia

exatamente sobre o Coração de Jesus de um quadro da sua devoção.

Passou muitos anos da sua juventude em Angola e conserva um bonito relacionamento com alunas

daquele tempo que se fizeram representar na festa.

No final do almoço, cantaram-se os PARABÉNS, e foram referidos alguns aspetos da sua vida nestes

versinhos simples feitos por uma Irmã que a teve duas vezes por superiora:

Nem toda a gente celebra

As BODAS DE DIAMANTE,

Só quem tem muita virtude

Numa entrega constante.

A sua vida serena,

Oração e humildade,

É certamente o segredo

Da sua longevidade.

Muito amiga do silêncio

E da mortificação,

Cultiva a simplicidade

E o amor à Congregação.

Amiga de Santa Paula,

Pois como Ela quer ser,

Fazendo da sua vida

Aquilo que Deus quiser,

Já ficou proverbial

A disponibilidade

Com que vai, como Abraão,

De Deus fazer a Vontade.

Atenciosa com todas

Fraterna e maternal

Tem p’las Antigas alunas

Um carinho especial.

Muito amiga das Irmãs,

De todas sem exceção,

E dos seus familiares

Que mete no coração.

Quem passa na sua vida

Tão boas lembranças guarda.

Bem haja pela amizade,

Irmã Maria Eduarda.

Bendito seja o Senhor

Que lhe of’receu tantos dons

Ele a abençoe e proteja

Por muitos anos e bons!

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DDaa EEqquuiippaa ddee sseerrvviiççoo ààss IIrrmmããss ddaa TTeerrcceeiirraa IIddaaddee

“As dádivas do envelhecer bem não são destituídas de significado espiritual. “Àqueles a quem muito foi

dado – sabemos – muito será pedido”, e isso também é para nós. A idade não desculpa a nossa

responsabilidade de devolver a Deus um mundo um pouco melhor do que era antes de estarmos aqui.

(…) A idade não é coisa de que se tenha pena, de que se peça desculpa, de que se tenha medo, (…). Só o

idoso pode fazer da idade um lugar brilhante e vibrante. E devemos fazê-lo. Se não o fizermos,

preparamo-nos para desperdiçar vinte e cinco a trinta por cento das nossas vidas. E o desperdício é

sempre uma pena.” (Joan Chittister em A Dádiva dos anos – amadurecer com graciosidade”

AA FFaammíílliiaa aauummeennttaa......

Irmã Maria Antónia Marques Guerreiro

No dia 1 de Novembro - um dia significativo da comunhão com Todos os Santos - iniciou o

seu Postulantado a Alexandra Capelo, numa celebração muito simples. A Irmã Lúcia acolheu-

a nesta etapa inicial de formação, entregando-lhe o livro das “Memórias”, explicando que elas

são um pouco como os “Atos dos Apóstolos”: uma narração das nossas raízes como

Congregação, que incarna um ideal de vida sempre atual, que nos é oferecido pelo olhar de duas

contemporâneas da Madre Fundadora. As palavras que lhe dirigiu, do formulário, indicam a

meta deste tempo com sabor a início: “Deus te fortaleça com a sua Graça, em Cristo, te encha do

seu Amor e te conceda a sua Luz para bem discernires o seu Plano a respeito da tua vida”.

Uniram-se duas Irmãs da Comunidade do Colégio das Calvanas, onde a Alexandra dá um meio

tempo de trabalho no Gabinete de Psicologia; a breve oração das Irmãs presentes é significativa

do que pedimos para a nova Postulante e, no fundo, para todas nós na perspetiva da Formação

Permanente, tal como a entendemos no pós-Capítulo: “Senhor, Tu que dás a graça da vocação,

atende a oração da Alexandra, e faz que ela continue cada dia mais disponível ao teu

chamamento e à tua Vontade”. Que todas nós vamos também continuando cada vez mais

disponíveis ao chamamento e vontade de Deus, manifestando-se em cada dia da nossa vida, toda

a vida!

Agora, ficamos unidas pela oração à Alexandra, entregando ao Senhor de todos os caminhos o

seu desejo de seguir Jesus Cristo na Família de Paula Frassinetti.

Gostamos de partilhar uma breve oração que nesse dia rezámos, à luz do evangelho do dia:

Escolhem ser pobres

porque acreditam que existem tesouros mais valiosos que a prata e o ouro.

Procuram ser humildes

porque sabem que só Deus é Bom e a todos envolve com a sua ternura.

Aprendem a chorar

porque acreditam que todas as lágrimas serão transfiguradas em alegria.

Escolhem ser famintos de justiça

porque acreditam que a sede de Fraternidade habita o coração de todos os homens.

Escolhem ser misericordiosos,

porque acreditam que é a benevolência que constrói a Comunhão do Reino de Deus.

Procuram ser puros de coração

porque acreditam que só o olhar do Amor os faz ver tudo e todos como Deus os vê.

Escolhem construir a paz

porque semeiam a vida, cuidam dela e assim todos serão chamados filhos de Deus.

Estes são os teus Santos, Senhor, os que escolheram ser felizes ao Teu jeito, Jesus!

Hoje e sempre, quero caminhar com eles e ser feliz assim!

(adpt. de Orar com o Evangelho - Charles Singer )

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AA IIrrmmãã HHeelleennaa CCaarrddoossoo rreeggrreessssaa aa MMooççaammbbiiqquuee

Queridas irmãs

Faz nove meses que cheguei de Moçambique, combalida pela doença que assolava o meu organismo.

Hoje, restabelecida e rejuvenescida, faço chegar a minha voz através do 'Doroteias', para expressar a

minha gratidão a cada irmã da Província que, pela oração, mensagens e de diversas formas, me

acompanhou e me apoiou, neste processo. Ndapandula tchalwa! (muito

obrigada). O meu obrigada, particularmente, dirige-se a irmã Lúcia Soares, que me

acolheu de mãos abertas e de coração, por todas as palavras de encorajamento e

confiança em Deus. Foi verdadeiramente Paula a dizer-me: “Asseguro-lhe que

sinto vivamente os seus sofrimentos, mas se por um lado as suas penas me

dilaceram o coração, por outro confortam-no, dando-me a certeza de que Deus

tirará grande glória…”. Entreguei-me assim, e muito confiante como Maria nossa

mãe.

Fiquei no Externato do Parque, na Comunidade do 1º andar, onde fui integrada como um dos seus

membros, participando nos atos comuns da comunidade. Senti vivamente o nosso espírito de família pela

simplicidade de cada uma partilhar o que é e tem. Mergulhar nesta atmosfera suavizou a minha

preocupação e facilitou a minha rápida recuperação. Agradeço à Irmã Mª Otília, Coordenadora desta

comunidade, pelas vezes que sacrificou o seu descanso, para me levar a conhecer alguns lugares históricos

da cidade de Lisboa e da nossa congregação, como a fundação do “Quelhas”. Hoje posso situar-me no

tempo e espaço.

Obrigada, Irmãs!... pelo vosso despojamento, pela partilha do pão, da vossa mesa, e sem medo de que

vos viesse a faltar. Um bem-haja para todas, e Deus vos abençoe com a sua Divina Graça.

Algumas vezes, fui ao recreio dos meninos do colégio, para vê-los a brincar.

O que despertou neles curiosidade e perguntavam-me: «Quem é a

senhora?...». Conversando, fizemo-nos amigos, e algumas vezes

encontrávamo-nos para lhes contar estórias. Foi enriquecedor para mim este

contacto com os meninos. Percebe-se que as crianças bebem do nosso

“poço”, pela capacidade de relação com os colegas e os demais. Está bem

patente no artº 36 das nossas Constituições. Também tive a oportunidade

de lhes falar da nossa missão em Moçambique, na semana das Missões.

Agradeço ainda de alma e coração à Irmã Elvira que me deu a oportunidade de ter algumas aulas de

música e de informática, com os professores de música (piano e viola), e à Mila que me deu algumas

noções de informática. A eles o meu KANIMAMBO! (obrigada) por toda a sua disponibilidade.

Deus é tão meu amigo que até me deu um mimo!... A Irmã Marques! Há muitos anos que não nos víamos.

Foi a Irmã Marques que acompanhou todo o meu processo vocacional e hoje acompanha-me neste

peregrinar para o hospital!!! Obrigada, Irmã Marques. Só Deus a pode recompensar por tudo o que fez por

mim.

Ao longo deste tempo passado em Portugal, Deus foi-me oferecendo várias oportunidades de rever as

amigas. Fui ao Norte estar com as Irmãs conhecidas e amigas. A Irmã São Ferreira Pinto com quem fiz

comunidade em S. Tomé, a Irmã Leite de Castro que se deu toda para todos em Angola… Como não

podia deixar de ser, fui passar alguns dias com a minha Madre Mestra, Irmã Júlia Maria!... Foram graças

que não consigo descrever. Renovo a minha mais profunda gratidão.

''CCoolleeggiinnhhoo'' ddoo LLiinnhhóó ((11995544 –– 22001122))

No dia 13 de Outubro de 2012, pelas 10h da manhã, teve lugar a primeira reunião do primeiro grupo de

antigas alunas do “Coleginho do Linhó”, assim chamado.

A Manuela, que era chamada por nós “Lela”, teve a feliz ideia de nos contactar uma a uma, com muito

carinho e dedicação, quer por telefone quer pela seguinte mensagem:

Cara Amiga

Estás convocada para o nosso almocinho que se realizará no Colégio no dia 13 de Outubro. Será bom

encontrarmo-nos lá pelas 10h a fim de termos algum tempo para conversar (é que conversa de 50

anos… não se faz de uma hora para a outra!).

Quem tiver fotos dessa época fará o favor de levar, bem como máquina fotográfica para fazermos a

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foto de grupo. O almoço começará às 13h, e lá mais para o fim da tarde teremos a Celebração da

Eucaristia. De acordo? Um abraço da Lela

É escusado dizer que a resposta não se fez esperar! Pois, passados 56 anos de “separação”, era natural

querer recordar o tempo vivido em conjunto recordando os bons anos da nossa juventude e meninice

entre as Irmãs. Como seria a nossa reação ao vermo-nos adultas, de cabelos brancos, tendo na memória

visual os rostos de criança? Seria que nos iríamos identificar?

À medida que íamos chegando, olhando umas para as outras, perguntávamos: Quem és tu? Ah! És a

Fernandinha, a Beatriz, etc., e lá seguiam os abraços e as gargalhadas.

Recordámos quem nos recebeu no Colégio e nos apresentava a Nossa Senhora - a saudosa Madre Vassalo

Santos; a Madre Estrela, Madre Felicidade Martins, que foi quem nos preparou para a Admissão ao Liceu,

a Irmã Guerra que nos abria a porta, a Irmã Baptista também porteira, a Irmã Margarida [Figueiredo] que

nos dava o pão, a Irmã [Luzia Dias da] Silva que nos vendia as tangerinas e as flores, a Madre Neves que

nos acompanhou nos últimos 2 anos e nos ajudou a crescer e a sermos mulheres, etc. Ainda tínhamos na

memória as muitas Irmãs que nos acompanhavam e educavam.

À disponibilidade das Irmãs do Linhó devemos o bom almoço preparado com todo o carinho e que nos

ajudou à confraternização. Partilhámos lembranças, e não faltou o bolo em forma de livro aberto,

mandado fazer pela Kikas, em que estavam espalhados, à maneira de bandeiras, pedacinhos de

pergaminho com o nome das 16 alunas, das quais só estiveram ausentes 3, por falta de contacto.

Seguiu-se a exposição e reconhecimento das fotos trazidas, fazendo memória dos passeios e piqueniques

pelos arredores do Colégio, assim como a visita às instalações onde passámos o tempo em que estivemos

no “Coleginho”, que foram 3 bons anos.

Não havendo possibilidade de arranjar Sacerdote para nos celebrar a Eucaristia, por ser o dia 13 de Outubro,

integrámo-nos na Celebração da Eucaristia da Comunidade, encerrando assim o nosso dia em Ação de Graças,

agradecendo ao Senhor “A Vida” e este lindo dia 13 de Maria e de sol, tudo o que recebemos de cada uma das

Irmãs, o que nos tem orientado ao longo do nosso caminhar, e pedir a proteção de Santa Paula.

Gostaríamos de recordar tantas coisas, mas só a alegria de estarmos juntas, e com as Irmãs que aceitaram

acolher-nos, diz tudo o mais que fica por dizer.

Coube-nos a honra e o prazer de termos sido as precursoras do “Coleginho do Linhó” nos anos de 1953 a

1956. Bem hajam, Irmãs! (Irmã Ana Margarida Marreiros)

Alguns dados históricos de Diários guardados no Arquivo da Província:

A 7 de Outubro de 1953, por iniciativa da Madre Provincial Maria Manuela Ferreira de Brito, começou a

funcionar, na nossa casa do Linhó, uma Escola Gratuita, secundando assim as disposições do Legado da

Condessa de Cuba.

A 11 de Outubro 1954 reabriu o Colégio, que ficou a cargo da Madre Maria Olegária Neves, tendo por

auxiliares as Noviças.

No ano letivo de 1966/67 abriu-se, no Linhó, um Posto de Telescola, que funcionou em simultâneo com

o «Coleginho» até ao encerramento deste no ano letivo de 1969/70.

A Telescola foi mais tarde transformada em ensino mediatizado, que no ano letivo de 2004/05 foi extinta

em todo o país, por determinação ministerial.

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AAccoonntteecceeuu...... AAccoonntteeccee...... AAccoonntteecceerráá......

UUnniiddaaddee ddee MMooççaammbbiiqquuee

Foram nomeadas, pelo Governo Provincial de Angola, as Irmãs: Coordenadora da Unidade - Maria

de Lourdes Lima (da Província Brasil Sul, que está em Moçambique desde 21 de Agosto de 2009);

Conselheiras - Maria Alice da Cruz Miranda e Roseta Cecília Mandeca (angolana).

O novo Governo da Unidade de Moçambique assumirá a sua missão no dia 26 de Fevereiro de 2013.

A Irmã Maria José, angolana, que foi para Moçambique a 05 de Abril de 2004, regressa a Angola

no fim deste ano.

01 Novembro - Entrada da Alexandra Capelo

(ver notícia)

16 Novembro - Pudemos finalmente abraçar a

Irmã Rositta. Tem bilhete marcado por 3 meses.

A morada 'base' é na Casa Paula, mas irá girar por

vários locais, incluindo a sua pátria!

17 Novembro - Encontro do Governo Geral

com Irmãs ligadas aos Centros Educativos.

25 Novembro - Chega de Angola a Irmã Maria

Alice Monteiro.

06 Dezembro - A Irmã Helena Cardoso

regressa a Moçambique, pois não pode prolongar

o visto de permanência. No fim de 6 meses deve

voltar para uma revisão médica.

08 Dezembro - A Irmã Ana Fernandes (Linhó)

faz 50 anos de Vida Religiosa.

15 Dezembro - Assembleia com o Governo

Geral, em Fátima.

20 Dezembro - Regresso do Governo Geral a

Roma.

A Irmã Adélia Rodrigues, de Viseu, foi operada

à cabeça para evacuar um coágulo que se tinha

formado não se sabe como e lhe causava

perturbações. Tudo correu bem. Acharam-na

muito simpática… A certa altura, aflita com as

cataratas, disse ao neurocirurgião: “Como é tudo

na cabeça, podia-me operar também às

cataratas!”. Mas essas ficaram para a próxima…

OOss qquuee nnooss ddeeiixxaarraamm

Irmã Maria da Conceição Lucas Rodrigues

Na Eucaristia da despedida - Linhó, 12 de Novembro de 2012

A nossa Irmã Lucas partiu aos 92 anos de idade para a Casa do Pai, a Quem tanto

amou e a Quem sempre confiou a sua vida.

Entrou na Congregação no dia 13 de Novembro de 1945, em Abrantes, e fez o

Noviciado em Vila do Conde. Em 1952, ainda muito jovem, partiu para Angola;

com o coração de missionária dedicou-se de corpo e alma a todos os que lhe eram

confiados, em especial às crianças e aos mais pobres. Os 40 anos de África foram

vividos nas comunidades de Sá da Bandeira, onde fez os Votos Perpétuos,

Moçâmedes, Vila Paula, Chibia, Alto Liro, Benguela, Luanda e Navegantes.

Em 1992 nova missão lhe era pedida: deixar Angola e vir para a Comunidade do

Linhó – onde se encontrava atualmente – para cuidar das Irmãs doentes como enfermeira.

Dos seus 66 anos de vida religiosa gostamos de destacar:

A vida simples e discreta - tudo fazia com serenidade e no silencio do seu coração.

A delicadeza no trato que se manifestava para com todos, o que se via no modo como agradecia o

mais pequeno gesto ou cuidado que lhe fosse prestado.

A sua disponibilidade e espírito de sacrifício eram invulgares. Quantas vezes se levantava de noite

para atender às doentes, sem nunca se lamentar; era de uma bondade extrema. Tudo o que fazia, fazia-o

e aceitava-o com amor.

Enraizada em Deus a oração era a fonte de relação que a levava à intimidade com Ele. A sua vida era vivida

na busca e na procura de ver e fazer sempre a Vontade de Deus. Já na fragilidade da idade e da doença, era

notório o esforço que fazia para acompanhar e seguir de perto a vida de oração da Comunidade.

De todos os testemunhos recolhidos salientamos este: “A Irmã Lucas, era uma pessoa de Deus!”

Hoje, já sem dor e com a certeza de que a Irmã Lucas se encontra a viver a verdadeira Paz em Deus e que

nos acompanha do Céu, cantemos com muita serenidade: Minha Paz, minha Alegria, minha Esperança, é

Jesus Cristo meu Senhor.

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Familiares de Irmãs falecidos:

Uma irmã da Irmã Conceição Leal (Viseu); um irmão da Irmã Conceição Morais (Coimbra); uma irmã da

Irmã Palmira Cardoso (Res. Santa Doroteia - Lisboa).

ATENÇÃO! MUDANÇAS DE ENDEREÇO ELETRÓNICO:

Irmã Fátima Ambrósio - [email protected]; Irmã Maria Filomena Marques -

[email protected]; Itália: Sr. Porzia: [email protected]; Segreteria:

[email protected]; Sr. Amalia Usai: [email protected]

O tempo do Concílio nos Diários das Comunidades:

Comunidade das Calvanas

24 Fevereiro 1965 - (...) à noite, a R. M. Superiora e algumas rmãs foram assistir a uma conferência sobre a

nova liturgia, feita pelo padre Mário, digníssimo Prior da freguesia do Lumiar (...)

25 Fevereiro 1965 - Pelas 18 h. houve uma belíssima conferência sobre a nova reforma litúrgica. Assistiram as

alunas do 2º e 3º ciclos e grande número de Irmãs. As Irmãs catequistas da freguesia do Lumiar foram a outra

conferência sobre a nova liturgia e a um ensaio sobre modificações introduzidas na Santa Missa. O Sr. Prior

mostrou-se visivelmente satisfeito

10 Outubro 1965 - Saíram à tarde várias Irmãs: umas para um concerto, outras para a paróquia, outras para o

teatro para assistir a uma peça de Gil Vicente (...).

Janeiro de 1966 - De uma Folha do Jornal paroquial inserida no DIÁRIO: "Perfeitamente integrada na

paróquia, tanto quanto lho permitem os seus trabalhos, a Comunidade vai compreendendo melhor o lugar da

vida religiosa na Igreja. Fica aqui o muito obrigada por tudo e de um modo especial pela cedência da sua casa

e espaços para os encontros e festas paroquiais".

01 Março 1966 - Ontem foram à Sé Patriarcal, para receber as indulgências do Jubileu extraordinário pós-

conciliar, algumas Irmãs que se incorporaram na paróquia do Lumiar.

09 Abril 1966 - Às 23 h foi a Vigília Pascal na nossa capela, segundo a nova liturgia; foi das cerimónias mais

belas que se têm realizado na nossa capela. A riqueza da liturgia desta noite, o ambiente religioso, os cânticos

fizeram-nos viver em plenitude toda a alegria e devoção desta santa vigília.

27 Dezembro 1966 - Fomos dar as Boas-Festas às Irmãs de S. Vicente de Paulo, cantando... Foram amabilíssimas.

02 Janeiro 1967 - Vieram as Irmãs de S. Vicente de Paulo agradecer as boas-festas. Houve merenda. No final

fomos todas acompanhá-las a casa...

O que foi para mim o Concílio Vaticano II

Irmã Maria de Lourdes Magalhães

Ao tentar recolher alguns dados para esta partilha sobre o Vaticano II, tomei mais consciência das sucessivas

experiências que o Senhor me proporcionou, desde 1962 até 1981, e que me levaram a estudar e a aprofundar

progressivamente esta riqueza constituída pelos documentos do Concílio.

1ª - Em 4 de Novembro de 1962 acompanhei a Irmã Furtado Martins a Roma para participar num turno de

Exercícios Espirituais e numas Reuniões para as recém-nomeadas Provinciais e Mestras de Noviças.

Decorria então a 1ª Sessão Conciliar. Soubemos que, por volta do meio-dia, os Padres Conciliares interrompiam

os seus trabalhos e saíam da Basílica de S. Pedro. A Irmã Furtado Martins pediu à Madre De Piro, ainda Vigária

mas que presidia às Reuniões, que nos autorizasse alguma vez a suspender a nossa participação para irmos até à

Praça de S. Pedro assistir àquele espetáculo único. Eram centenas e centenas de Bispos, Padres... Diante daquela

multidão – eram mais de dois mil participantes –, havia em mim um misto de curiosidade, de interesse mas

também de respeito e admiração. Eram os Bispos de todo o mundo que ali se encontravam, escolhidos por

Deus para delinearem caminhos de reforma e renovação da Igreja, do desejado aggiornamento de que falara

João XXIII na primeira Missa de abertura do Concílio.

Também gostei de ver membros de outras Igrejas que participavam como observadores.

Tivemos ainda o gosto de, alguma vez, encontrar um ou outro Bispo português com quem a Irmã Furtado

Martins conversou. Mas, a respeito do andamento dos trabalhos conciliares, pouco se sabia.

Apesar de ter sido uma experiência mais exterior, criou em mim laços bem fortes com este acontecimento

ainda em gestação, e que marcaria profundamente a vida da Igreja.

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Uma nota pitoresca: chamou-me a atenção o modo como os Padres Conciliares se deslocavam a partir da

Praça de S. Pedro! Uns, conduzindo o ‘seu’ automóvel; outros, sós, sentados no banco de trás com o motorista

à frente; outros, com as suas pastas na mão, caminhando a pé; outros ainda tentando apanhar algum

autocarro. Era a diversidade da Igreja, ali patente até nos meios de locomoção, com tudo o que representava

em estilos de vida, uso de bens, etc., etc.

A 20 ou 21 de Novembro tive ainda possibilidade de participar numa audiência com o ‘bom Papa João XXIII’,

numa sala do Palácio do Vaticano. As palavras simples, a atitude muito próxima e os gestos cheios de ternura

do Santo Padre tocaram-me muito, sobretudo pelo contraste com a experiência que eu tivera em Setembro de

1950, numa audiência com Pio XII: este, magro, alto, de braços em cruz; João XXIII, forte, mais baixo, sentado

numa poltrona, com ar bondoso, de um avô cheio de ternura.

2ª - No Verão de 1965 tinha havido uma Semana de Vida Religiosa, em Madrid, para apresentação de alguns

documentos conciliares e um breve estudo dos mesmos.

A Irmã Furtado Martins, tendo contactado não sei bem se as nossas Irmãs se os Padres Claretianos, soube que

se iria realizar idêntico Curso em Barcelona, com início na 2ª feira da Páscoa de 1966. Era quase impensável a

participação de algumas Irmãs portuguesas, dada a época e a distância Lisboa-Barcelona; mas a Irmã Furtado

Martins não desistiu. O Sr. Manuel, motorista do Linhó, foi levar-nos de carro a Madrid, onde chegámos a

meio da tarde daquela 2ª feira de Páscoa; ali apanhámos o comboio para Barcelona, ao fim da tarde, tendo

feito a viagem durante toda a noite. Chegámos de manhã cedo e, assim, já alojadas, pudemos participar no

início da tarde nos trabalhos daquela Semana de Estudos. Éramos quatro: a Irmã Maria Gabriela de Figueiredo,

Secretária Provincial e Instrutora da Terceira Provação, a Irmã Maria Fernanda Anciães, encarregada do Pré-

Postulantado, a Irmã Maria do Céu Nogueira e eu, Mestra de Noviças.

Destaco este acontecimento por o considerar revelador do empenho que sempre tem existido na nossa

Província na busca do 'mais' para a nossa formação e, sobretudo, pelo que representou de enriquecimento para

cada uma das participantes, comprometida como estava no campo da formação.

3ª - Outra possibilidade de aprofundar alguns documentos conciliares foi a de me inscrever nuns Cursos que se

realizaram no Patriarcado, então no Campo de Sant’Ana, orientados por alguns Sacerdotes. Creio que fui

motivada pela Irmã Margarida Moreno, então Superiora nas Calvanas, enquanto eu exercia as mesmas funções

no Externato do Parque. Desta experiência destaco, sobretudo, a possibilidade de me encontrar com a Irmã

Margarida Moreno e dialogarmos sobre possíveis passos a dar nas nossas grandes Comunidades, o pôr em

comum de experiências bem sucedidas, etc. A riqueza maior foi a da partilha fraterna e respetiva inter-ajuda.

4ª - Curso Longo, promovido pelo M.M.M., em Los Molinos (Madrid), de 5 de Julho a 1 de Agosto de 1981. O

tema-base era «Comunhão e participação na Pastoral de Conjunto». Estava orientado para a renovação da

Igreja a partir do movimento paroquial. Entre os participantes havia Bispos, Padres, Religiosos/as e Leigos/as, o

que proporcionou uma partilha mais rica porque mais variada. A par do aprofundamento bíblico que nos foi

proporcionado, houve também oportunidade de aprofundar sobretudo a «Lumen Gentium» e a «Gaudium et

Spes», na perspetiva de uma vivência eclesial.

A metodologia usada permitiu longos tempos de oração e reflexão pessoal e em pequenos grupos, com

diálogo e partilha que permitiram uma melhor assimilação do que era proposto e do próprio espírito do

Concílio. Sublinho a dimensão celebrativa que traduzia a riqueza da descoberta que se ia fazendo.

Termino com a convicção bem funda de que quem realizou o Concílio foi o Espírito Santo...

JORNADAS SOBRE O CONCILIO VATICANO II

FÉ - IGREJA - MUNDO

A toda a Família Doroteia – Irmãs e Leigos/as – aos Amigos

As Jornadas realizam-se entre as 10h30 e as 17 horas. Participe na data e local que lhe for mais próximo

e conveniente. Envie a inscrição para a Irmã indicada, pelo menos 15 dias antes da respectiva data.

Um dia para vivermos juntos

- a memória do grande acontecimento que foi o Concílio Vaticano II…

- o dom que foi para a Igreja e o Mundo, nestes 50 anos… que é para nós ainda, hoje…

- o desafio de apostarmos na construção de uma Igreja fermento de um Mundo novo…

Dia 5 Jan/2013 – LISBOA - Externato do Parque - Irmã M. Otília Melo Fernandes [email protected]

Dia 6 Jan/2013 – LISBOA - Colégio das Calvanas - Irmã Maria da Conceição Amorim [email protected]

Dia 2 Fev/2013 – PORTO - Colégio Nª Sª da Paz - Irmã Maria Teresa Magalhães Ferreira [email protected]

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Dia 3 Fev/2013 – OLIVEIRA DO DOURO – Colégio do Sardão - Irmã Anabela Pereira [email protected]

Dia 16 Mar/2013 – VISEU - Colégio da Imaculada Conceição - Irmã Maria da Conceição Paiva [email protected]

Dia 17 Mar/2013 – COIMBRA - Salão Paroquial Olivais - Irmã Maria Goreti Faneca [email protected]

Dia 6 Abr/2013 – ÉVORA – Lar dos Trigais – Irmã Maria Manuela Farias [email protected]

Traga consigo amigos, alegria, coração aberto, desejo de entrar na Porta da Fé e… 5€ para almoço!

9. Convocatória do concílio: a salvação do mundo

25 DE DEZEMBRO DE 1961: O PAPA, “ACOLHENDO COMO VINDA DO ALTO

UMA VOZ ÍNTIMA DO NOSSO ESPÍRITO”, CONVOCA OFICIALMENTE O

CONCÍLIO VATICANO II COM A BULA HUMANAE SALUTIS.

A Igreja assiste nos nossos dias a uma grave crise da humanidade,

que trará consigo profundas mutações. Uma ordem nova está

a gerar-se.

Nós acreditamos vislumbrar, no meio de tantas trevas,

não poucos indícios que nos dão esperanças de tempos

melhores para a Igreja e para a humanidade.

O que se exige hoje da Igreja é que infunda nas

veias da humanidade atual a virtude perene,

vital e divina do Evangelho.

Será esta uma demonstração da Igreja, sempre

viva e sempre jovem, que percebe o ritmo do

tempo, que em cada século se adorna de novo

esplendor, irradia novas luzes, consegue novas

conquistas.

Encomendamos o êxito do Concílio, de modo

especial, às orações das crianças e aos doentes e aflitos.

NA MENTE DO PAPA, OS TRÊS GRANDES ASSUNTOS DO CONCÍLIO DEVERIAM SER:

O ESTUDO (AD INTRA) E APRESENTAÇÃO (AD EXTRA) DA PRÓPRIA IGREJA; A UNIÃO

DOS CRISTÃOS; A PAZ DO MUNDO.

Em novembro de 1960, John F. Kennedy foi eleito presidente dos

EUA. Era o primeiro presidente católico desse país. A sua figura

despertava muitas expetativas.

Em 15 de maio de 1961, João XXIII publica a sua encíclica “Mater et

Magistra”, sobre questões sociais, recordando que “a árdua missão

da Igreja consiste em ajustar o progresso da civilização presente

com as normas da cultura humana e do espírito evangélico.”

Algo novo está a nascer, não o notais?

Tradução de Irmã Casimira Marques e Irmã Ana Barrento - (A numeração é a do original espanhol)

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11. Abertura do concílio Vaticano II

Depois de 3 anos e 10 meses desde o seu anúncio, começa o 21º Concílio da Igreja.

Era o dia 11 de outubro de 1962.

Desde 23 de Setembro o Papa sabe que tem cancro.

AO CONCÍLIO DE TRENTO ASSISTIRAM 200

PADRES CONCILIARES. E 700 AO VATICANO I,

TODOS EUROPEUS. O VATICANO II REUNIRÁ

2.540, SENDO 1041 EUROPEUS, 965 DA

AMÉRICA, 379 AFRICANOS E 155 ASIÁTICOS.

60% TINHA MENOS DE 62 ANOS.

O MAIS JOVEM ERA UM BISPO PERUANO

DE 34 ANOS APENAS.

FORAM ACREDITADOS 1200 JORNALISTAS

DE TODO O MUNDO.

A faustosa cerimónia inaugural, estilo “Antigo Regime”, não agradou

a muitos. Houve missa solene… sem comunhão. Entre os

convidados havia ortodoxos, luteranos, anglicanos, cuáqueros…

Mais de 50 observadores de confissões não católicas, entre eles

o prior de Taizé. Entre as personalidades estava Segni, presidente

da Itália. O único leigo, convidado pessoalmente por João XXIII,

foi o filósofo francês Jean Guitton. Não esteve nenhuma mulher.

José Luis Cortés - http://blogs.periodistadigital.com/hermano-cortes.php?cat=12130

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Calendário do Ano da Fé (conclusão)

De 20 de dezembro de 2012 até maio seguinte, haverá no Castelo Santo Ângelo uma exposição sobre

o Ano da Fé.

Nos dias 25 e 26 de fevereiro de 2013, em Roma, um congresso internacional debaterá o tema “São

Cirilo e São Metódio entre os povos eslavos”.

18 de maio - vigília de Pentecostes presidida pelo Papa com a participação dos Movimentos eclesiais.

02 de junho, Corpo de Deus - o Papa preside à solene adoração eucarística, e em todo o mundo, nesse

mesmo dia, dioceses, paróquias e outras comunidades são convidadas a promover adorações.

22 de junho - um grande concerto na Praça de São Pedro a celebrar o Ano da Fé.

23 a 28 de julho, no Rio de Janeiro, a Jornada Mundial da Juventude com a participação do Papa.

29 de setembro - Jornada dos Catequistas; Bento XVI recorda 20 anos da publicação do Catecismo da

Igreja Católica.

13 de outubro - o Papa preside a uma celebração em honra de Nossa Senhora, com a participação das

associações marianas.

24 de novembro - celebração conclusiva do Ano da Fé.

Nota: Podemos encontrar apoios com muito interesse no Site «ABC da Catequese» - Ano da Fé.

Sínodo - Mensagem final ao Povo de Deus

Citando o episódio da Samaritana do Evangelho de S. João, a mensagem compara «o Povo de Deus – por

vezes distraído e confuso - a uma ânfora vazia. Nele há sede e nostalgia de Deus». «É uma urgência

conduzir a humanidade contemporânea a Jesus».

O primeiro apelo dos Bispos diz respeito a uma necessária conversão a partir da própria Igreja, porque

para evangelizar é preciso ser evangelizado: «Para evangelizar o mundo, a Igreja deve, antes de tudo,

colocar-se à escuta da Palavra», porque «as fraquezas e os pecados pessoais dos discípulos de Jesus pesam

sobre a credibilidade da missão».

Na última parte, a Mensagem olha para a Igreja em cada região do mundo: «À Igreja do Oriente, faz

votos de que possa praticar a fé em condições de paz e de liberdade religiosa; À Igreja na África pede

que desenvolva a evangelização no encontro com as antigas e novas culturas, pedindo aos governos que

acabem com conflitos e violências. Aos cristãos da América do Norte, que vivem numa cultura com

muitas expressões distantes do Evangelho, pede-se que ponham em primeiro lugar a conversão e estejam

abertos ao acolhimento de imigrantes e refugiados». À Igreja da América Latina deixam um sentimento

de gratidão: «Impressiona de modo especial como no decorrer dos séculos se tenham desenvolvido

formas de religiosidade popular, de serviço da caridade e de diálogo com as culturas». A Igreja na Ásia,

muitas vezes às margens da sociedade e perseguida, é encorajada e exortada à firmeza da fé. A Europa,

marcada por uma secularização agressiva, é chamada a enfrentar dificuldades no presente e, diante delas,

os fiéis não se devem abater, mas devem enfrentá-las como um desafio. À Oceânia, por fim, pede-se que

continue a pregar o Evangelho. A Mensagem termina fazendo votos de que «Maria, Estrela da nova

evangelização, ilumine o caminho e faça florescer o deserto».

(http://www.vatican.va/roman_curia/synod/index_sp.htm)

Átrio dos Gentios em Portugal - «O valor da Vida»

O QUE ERA O ÁTRIO DOS GENTIOS? - Um espaço que existiu no Templo de Jerusalém onde podiam

aceder os não-judeus ou gentios (isto é, estrangeiros e pessoas de outras religiões). Por isso, aquele átrio

era um lugar natural de encontro, diálogo, e até de negócios! É precisamente deste lugar que Jesus expulsa

os vendilhões, segundo o relato de Mc 11,15-19. Nesse espaço todos podiam refletir e até orar livremente.

Ao mesmo tempo, era o primeiro contacto com o pensamento e o culto judaicos.

O QUE É HOJE O ÁTRIO DOS GENTIOS? - Uma iniciativa do Papa Bento XVI que em 2009 afirmou:

«Penso que a Igreja deveria também hoje abrir uma espécie de “pátio dos gentios”, onde os homens

pudessem de qualquer modo agarrar-se a Deus, sem O conhecer, e antes de terem encontrado o acesso ao

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seu mistério. Ao diálogo com as religiões deve acrescentar-se hoje o diálogo com aquelas pessoas para

quem a religião é uma realidade estranha, para quem Deus é desconhecido; e contudo a sua vontade não

é permanecer simplesmente sem Deus, mas aproximar-se d’Ele pelo menos como Desconhecido».

Algumas realizações, todas em 2012:

24 e 25 de Março, em Paris (na sede da UNESCO), com o tema Religião, luz e razão comum.

13 e 14 de Setembro, em Estocolmo (na sede da Academia Real das Ciências), com o tema O mundo

com ou sem Deus?

19 de setembro, em Bolonha, assinalando o 3º centenário do nascimento de Rosseau.

06 de Outubro, em Assis, antecipando o início do Ano da Fé. Tema: Deus,

este desconhecido.

16 e 17 Novembro, em Guimarães e Braga, com o tema O valor da

vida. A Agência Ecclesia apresenta abundante material, e serão

publicadas as Atas. Pode aceder-se a vídeos indo ao Site agência

ecclesia, clicando em «átrio dos gentios» (logotipo à direita ao alto).

(http://www.atriodosgentios.pt/media/%C3%A1trio1A.pdf)

Advento-Natal em Ano da Fé

(http://www.reflejosdeluz.net/)

Advento,

tempo para o abraço.

Abre o teu coração

para que Deus encontre

um lugar na tua vida,

nos teus projetos,

nos teus sentimentos...

para começar,

a partir de ti,

a fazer brilhar a luz

no nosso mundo. Marcelo Murúa