agentes multiplicadores no combate a dengue. - prefeitura municipal de … · 2011-12-20 · a...
TRANSCRIPT
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE BAURU
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA
DIVISÃO DE VIGILÂNCIA AMBIENTAL
Agentes Multiplicadores no
Combate a Dengue.
Bauru/SP
Dezembro/2011
1ª Edição
PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU Prefeito – Rodrigo Antônio de Agostinho Mendonça
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
Secretário - José Fernando Casquel Monti
DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA Diretora – Heloisa Ferrari Lombardi
DIVISÃO DE VIGILÂNCIA AMBIENTAL
Diretora – Ana Paula Nardo Silva
ELABORADO PELO CORPO TÉCNICO DE CONTROLE DE VETORES E
INFORMAÇÃO,EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO:
Daniel Godoy Tarcinalli – DVA/SAMA Kelly Cristina Jacinto Mercado - DVA/SAMA Marta Domingues Gueiros - DVA/SAMA/IEC Roldão Antonio Puci Neto - DVA/SAMA/IEC
REVISADO PELO CORPO TÉCNICO DA SECRETARIA DA SAÚDE:
Ana Paula Nardo Silva – DSC/DVA Heloisa Ferrari Lombardi – SMS/DSC José Fernando Casquel Monti - SMS
José Rodrigues Gonçalves Neto – DVA/SCZ
Sumário
Noções Básicas Sobre Dengue e Bioecologia do Vetor ........................................................................... 3
O que é Dengue? ............................................................................................................................................... 3
A Dengue no Brasil ............................................................................................................................................ 3
A Dengue e o Mosquito Aedes aegypti............................................................................................................... 4
Ciclo de Transmissão ......................................................................................................................................... 4
Porque os Casos de Dengue Aumentam no Verão .......................................................................................... 5
Conhecendo os Sintomas .................................................................................................................................. 6
Tratamento e Diagnóstico .................................................................................................................................. 6
Medidas Para Prevenção da Dengue .................................................................................................................. 7
Definindo Criadouro ........................................................................................................................................... 7
Tipos de Criadouros para Aedes ........................................................................................................................ 7
Recomendações e cuidados para diversos recipientes .................................................................................... 10
Tabela de dosagem de sal ............................................................................................................................... 16
Tabela de dosagem de água sanitária.............................................................................................................. 17
Criação de Peixes ............................................................................................................................................ 18
Métodos simples para cálculo do volume de depósitos ................................................................................. 19
Referências Bibliográficas ................................................................................................................................ 21
3
Noções Básicas Sobre Dengue e Bioecologia do Vetor
O que é dengue?
A dengue é uma doença infecciosa causada por um vírus chamado flavivirus, é transmitida ao homem
principalmente pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. A dengue está presente em mais de cem países
do mundo, localizados no Sudeste Asiático, na África e nas Américas. A doença atinge toda a América Latina,
menos o Chile. O Aedes aegypti é menor que um pernilongo/muriçoca comum. A foto mostra o mosquito
aumentado em mais de dez vezes.
Os primeiros registros de dengue no mundo foram feitos no
fim do século 18, na ilha de Java, no Sudoeste Asiático, e na
Filadélfia, Estados Unidos. Somente no século passado
(século 20), a dengue foi reconhecida como doença pela
Organização Mundial da Saúde. A cada ano, são registrados
entre 50 milhões e 80 milhões de casos de dengue em todo
mundo.
A Dengue no Brasil
A dengue é uma das doenças mais frequentes no Brasil. O crescimento desordenado das cidades,
deficiências no abastecimento regular de água e na coleta e no destino adequado do lixo, aumentam em muito os
criadouros do mosquito da dengue. Além disso, a facilidade da movimentação das pessoas entre cidades de
diferentes estados do nosso país, facilitam a circulação do vírus da dengue. Por esses motivos, o número de
municípios infestados pelo Aedes aegypti e o número de casos de dengue aumentaram no Brasil, conforme
demonstram os mapas em seguida.
4
A Dengue e o Mosquito Aedes
aegypti O mosquito transmissor da dengue é o Aedes
aegypti. Ele é originário da África e também é
responsável pela dengue hemorrágica (febre
hemorrágica). Seu ciclo apresenta quatro
fases: ovo, larva, pupa e adulto, ilustradas ao
lado, em tamanho ampliado.O mosquito
adulto vive até 45 dias. A fase do ovo até o
mosquito virar adulto é de apenas 10 dias. Por
isso é que precisamos agir rapidamente para
Impedir que o mosquito vire adulto e passe a
picar as pessoas
Ciclo de transmissão
O ciclo se inicia quando a fêmea do Aedes
aegypti pica uma pessoa com dengue. O
tempo necessário para o vírus se reproduzir no
organismo do mosquito é de 8 a 12 dias. Após
isso, ele começa a transmitir o vírus causador
da doença. Esse mesmo mosquito, ao picar um ser humano sadio, transmite o vírus para o sangue dessa pessoa.
Dentro de um tempo, que varia de 3 a 15 dias, a doença começa a se manifestar. A partir daí o ciclo pode voltar a
se repetir, caso essa segunda pessoa seja picada por outro Aedes aegypti.
Uma pessoa doente não transmite dengue para outra sadia, seja por contato direto, alimentos, água ou quaisquer objetos.
Vale a pena lembrar que a dengue só é transmitida pela fêmea infectada do Aedes aegypti.O vírus que causa a
dengue possui quatro variações, classificadas como DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. A pessoa infectada
adquiriu um destes tipos. Se essa pessoa contrair a doença outras vezes e por outros tipos do vírus, aumentam as
chances de desenvolver a dengue hemorrágica ou a dengue com complicações.
Depois de adulto, o mosquito Aedes aegypti vive, em média, de 30 a 35 dias. A fêmea do Aedes aegypti põe ovos
de 4 a 6 vezes durante sua vida. Ela pode colocar mais de 100 ovos de cada vez, em locais preferencialmente com
água limpa e parada. O Aedes aegypti costuma picar as pessoas durante o dia. Quem contamina o ser humano é a
fêmea do mosquito, enquanto o macho apenas se alimenta de seiva de plantas. A fêmea precisa de uma substância
do sangue (a albumina) para completar o processo de amadurecimento de seus ovos. 14
5
IMPORTANTE
Os ovos do Aedes aegypti podem sobreviver até 450 dias (aproximadamente 1 ano e 2 meses!), mesmo
que o local fique seco. Se este local receber água novamente, os ovos voltam à atividade, podendo transformar-se
em larvas e depois, pupas, até atingirem a fase adulta em 8 a 10 dias em média.
Essa alta resistência dos ovos é um dos fatores que dificultam a erradicação do mosquito.
6
Conhecendo os Sintomas
O primeiro sintoma da dengue é febre alta: de 39°C a 40°C. A dengue pode se apresentar de duas formas:
Dengue clássica Os primeiros sinais de dengue podem surgir de 3 a 15 dias após a picada do mosquito. A doença dura em
média de 5 a 7 dias e, além da febre, apresenta os seguintes sintomas:
Dengue hemorrágica Os sintomas são iguais aos da Dengue clássica e pode existir ainda:
• sangramento de gengivas e narinas;
• fezes escuras, o que pode indicar a presença de sangue;
• manchas vermelhas ou roxas na pele;
• dor abdominal (dor na barriga) intensa e contínua;
• vômitos e tonteira;
• diminuição da urina;
• dificuldade para respirar.
Tratamento e Diagnóstico Ainda não existe vacina para a dengue
Normalmente a doença dura de 5 a 7 dias. Quem está com dengue deve ficar em repouso e beber muita
água. Não há um tratamento específico para a doença. As medicações utilizadas são analgésicos (remédios para
aliviar a dor) e antitérmicos (para diminuir a febre).No entanto, nunca se deve tomar medicamentos sem orientação
médica. O diagnóstico compreende exames clínicos, exames laboratoriais e investigação epidemiológica
lembrando que somente podemos afirmar com certeza absoluta que a pessoa esteve com Dengue é apenas com
confirmação laboratorial através do exame de sorologia para Dengue.
É importante que uma pessoa com dengue, que apresente dores muito fortes na barriga e/ou vômitos
persistentes, mal-estar com transpiração abundante, fraqueza muscular, sonolência e/ou irritabilidade, dificuldade
para respirar, hemorragias (sangue nas fezes ou nos vômitos), diminuição na quantidade de urina e queda de
temperatura deve ser encaminhada imediatamente para uma unidade de saúde.
7
Definindo Criadouro
Definimos Criadouro como sendo um possível local onde haja ou possa haver proliferação de alguma
espécie existente no reino Animal. Considera-se criadouro para o mosquito Aedes aegypti todo recipiente existente que,
no momento da vistoria, pelas suas características e, pela falta de cuidados, tem potencial para proliferação de
larvas de Aedes aegypti, ou seja, que esteja acumulando água ou que possa vir acumular.
Tipos de Criadouros para Aedes
10
Recomendaçoes e Cuidados Para Diversos Recipientes
A seguir, foram elencadas para cada tipo de recipiente, medidas de manejo simples que serão encabeçadas
por aquelas de controle definitivo, consideradas como práticas ideais, sendo seguidas por outras que necessitam
monitoramento freqüente. Também foram recomendadas medidas alternativas de controle, como a utilização de
produtos caseiros (domissanitários e sal de cozinha). Leia atentamente fazendo uma reflexão sobre a existência
deles no meio em que vive e verifique em quais condições estão disponibilizados. Caso tenha dúvidas, anote e
encaminhe-as ao seu supervisor.
Pratos sob vasos de plantas ou de flores
1. Eliminar os pratos.
2. Utilizar pratos justapostos.
3. Emborcar os pratos sob os vasos.
4. Eliminar a água acumulada nos pratos
depois de regar as plantas, escovar as
paredes internas dos pratos e as paredes
externas dos vasos.
5. Adicionar areia grossa até a borda dos
pratos.
Vasos de plantas ou de flores na água
1. Colocar a planta em vaso com terra.
2. Trocar a água duas vezes por semana, escovar a parede interna dos vasos e lavar com água
corrente as raízes das plantas.
3. Floreiro: remover as flores, trocar a água duas vezes por semana e lavar o vaso.
4. Plantas em água para criar raiz: vedar a boca do vaso com película de polietileno (magipack),
ou papel alumínio, ou algodão, ou tecido ou trocar a água duas vezes por semana e lavar o
vaso.
Bromélia
Substitua por outro tipo de planta que não acumule água. Enquanto essa providência não for
adotada, regar abundantemente com mangueira sob pressão, duas vezes por semana.
Ocos de árvore e cercas de bambu
1. Cortar o bambu na altura do nó.
2. Preencher os ocos com massa de cimento, terra ou areia.
11
Pingadeira (recipiente localizado sob o vaso para coletar o excesso de água)
1. Eliminar as pingadeiras.
2. Colocar ½ colher (sopa) de sal, toda vez que esvaziar a pingadeira.
3. Eliminar a água acumulada depois de regar a planta e escovar a parte interna da pingadeira.
4. Adicionar areia até a borda da pingadeira.
Ralo de esgoto sifonado sem uso diário
1. Utilizar ralo com tampa “abre-fecha” nas
áreas internas, na posição “fechada”.
2. Telar ou tampar com algum objeto.
3. Adicionar água sanitária ou outro
desinfetante (1/3 de copo), sabão em pó
ou detergente semanalmente.
4.
Ralo de pia, lavatório e tanque sem uso freqüente
Tampar com tampa apropriada (telada)
Vaso sanitário sem uso
1. Manter sempre tampado.
2. Caso não possua tampa, acionar a válvula 2 vezes por semana.
3. Adicionar 2 colheres (sopa) de sal, sempre que for acionada a descarga.
4. Vedar com saco plástico, aderido ao vaso c/ fita adesiva.
Caixa de descarga sem tampa e sem uso diário
1. Tampar com filme de polietileno.
2. Acionar a descarga 2 vezes por semana .
3. Vedar com saco plástico, aderido à caixa com fita adesiva.
Cacos de vidro no muro
Quebrar os gargalos e fundos de garrafas e/ou colocar massa de cimento, nos locais que
acumulem água.
Caiaque e Canoa
Secar e guardar em local coberto, ou caso precisem ficar ao relento, guardá-los virados para
baixo.
12
Pneus
1. Retirar do imóvel, entregando-os em pontos de
coleta de pneus, ou agendando seu
recolhimento pela Prefeitura Municipal.
2. Secar e guardar secos em local coberto.
3. Quando precisarem permanecer ao relento,
tratar com sal de cozinha de qualquer tipo (1
copo cheio).
4. Furar, no mínimo em 6 pontos eqüidistantes,
mantendo-os na posição vertical. Quando
utilizados para balanço, é suficiente um único
orifício no seu nível mais baixo.
Tambor, bombona, barril e latão
1. Em períodos sem uso: manter emborcados e guardados em local coberto e quando mantidos
ao relento devem ficar emborcados ou deitados e levemente inclinados sobre um calço.
2. Em períodos de uso: cobrir com tampa ou “touca” (confeccionada com tela de mosquiteiro ou
tecido) ou trocar toda a água 2 vezes por semana, escovando toda parte interna que
geralmente fica acima da linha d´água.
Material Inservível (latas, potes de
iogurte, margarina ou maionese, calçados,
brinquedos velhos, garrafas de vidro ou
plástico, etc.)
Colocar no cesto ou saco de lixo, para a
coleta rotineira da Limpeza Pública.
Garrafas de vidro retornáveis ou outras,
inclusive de plástico
1. Secar e guardar em locais cobertos e de
preferência emborcados ou tampados.
2. Se ao relento, emborcar ou tampar,
especialmente as de plástico.
13
Baldes ou bacias sem uso diário
Manter emborcados depois de escovar a parte interna que geralmente fica acima da linha d´água
em locais cobertos ou secos ao abrigo da chuva.
Aquários
Manter tampados ou telados e utilizar peixes larvófagos (beta ou guaru).
Bebedouro de animais
1. Reduzir o número de bebedouros.
2. Trocar a água 2 vezes por semana e escovar a parte interna do bebedouro, quando de
tamanho pequeno.
3. Colocar peixes larvófagos (beta ou guaru) ou lavar e trocar a água 2 vezes por semana.
Caixa d’água
Manter sempre tampada ou pelo menos telada e de preferência
realizar sua limpeza 2x ao ano.
Calhas e Lajes
Manter sempre limpas, desentupidas e sem pontos de acúmulo
de água , no caso de lajes sem depressões que permitam acúmulo
de água (limpeza periódica, poda de árvores, nivelamento
adequado).
Canaletas de drenagem para água de chuva (áreas externas, subsolos, etc.) com caixa para
acúmulo de areia
1. Telar.
2. Adicionar sal (ver tabela) após cada chuva ou após escoamento de água de lavagem do local.
3. Adicionar água sanitária, ou outro desinfetante, sabão em pó ou detergente semanalmente.
Bandejas de alguns modelos de geladeira e de aparelhos de ar condicionado
1. Escovar a bandeja da geladeira 2 vezes por semana. Verificar o gabinete
inferior traseiro de alguns modelos que acumulam água em seus receptáculos.
2. Colocar mangueira ou furar a bandeja do aparelho de ar condicionado.
14
Potes d’água ou filtros
Manter bem tampados, e sempre que não ficarem bem vedados, cobrir com um pano embaixo da
tampa, pires ou prato.
Copo de água do Santo (“simpatias”)
Tampar o copo com pano ou pires.
Masseira (construção)
Furar lateralmente no seu ponto mais baixo quando em uso e desobstruir o orifício, sempre que
necessário, ou quebrar a masseira eliminando suas laterais, quando em desuso.
Armadilha para formiga do tipo vasilhame com água
Completar a água da armadilha utilizando sempre água com sal (0,5 colher de sal para cada copo
d’água)
Esgotar a água, por bombeamento, pelo menos duas vezes por semana.
Piscina
1. Em períodos de uso: Efetuar o tratamento adequado observando a
correta dosagem de cloro.
2. Em períodos sem uso: Reduzir o máximo possível o volume
d’água e aplicar água sanitária, semanalmente, utilizando a tabela
para o volume de água existente e não para sua capacidade total.
Para piscina sem sistema de filtragem de água, pode-se optar pela
adição de sal conforme tabela anexa, não sendo necessário repetir
o tratamento.
Piscina infantil
1. Em períodos de uso: Escovar e trocar a água pelo menos semanalmente.
2. Em períodos sem uso: Escovar, desmontar e guardar em local coberto.
15
Lona para proteção da água ou segurança de piscina
Instalar bóias (câmaras de ar de pneus) sob a lona, no centro da piscina, para facilitar o
escoamento da água de chuva.
Plástico ou lona para cobrir equipamentos, peças e outros materiais
1. Cortar o excesso, de modo a permitir que o plástico ou a lona fique rente aos materiais
cobertos, evitando sobras no solo/piso e, sempre que houver pontos de acúmulo de água,
retirar o plástico ou lona e refazer a cobertura.
2. Cobrir as bordas do plástico ou lona com terra ou areia e, sempre que houver pontos de
acúmulo de água, retirar o plástico ou lona e refazer a cobertura.
16
Técnica de utilização de areia grossa
1. Adicionar areia grossa úmida no prato, em torno do vaso até a borda ou furo existente.
2. Em caso de pratos com correntes, utilizar o mesmo procedimento, nivelando a areia no prato até a altura dos orifícios de sustentação da corrente.
Especificação de tela de mosquiteiro
Tela de nylon para mosquiteiro com trama de 1 milímetro.
Tabela para uso de sal de cozinha no controle de larvas de Aedes aegypti
QUANTIDADE DE ÁGUA QUANTIDADE DE SAL*
Até ½ litro 1 colher de sopa
1 litro 2 colheres de sopa
5 litros 10 colheres de sopa (1 copo)
50 litros 1 Kg
100 litros 2 Kg
200 litros 4 Kg
300 litros 6 Kg
400 litros 8 Kg
500 litros 10 Kg
* Sal de cozinha de qualquer tipo.
17
Tabela para uso de água sanitária no controle de larvas de Aedes aegypti
VOLUME DE ÁGUA
EXISTENTE NO
RECIPIENTE A TRATAR
(Litros)
QUANTIDADE DE CLORO A COLOCAR NO RECIPIENTE, SEGUNDO
CONCENTRAÇÃO DO PRODUTO COMERCIAL.
ÁGUA SANITÁRIA A
2,5%
ÁGUA SANITÁRIA A 5
% CLORO A 10%
20 200 ml 100 ml 50 ml
50 500 ml 250ml 125 ml
100 1 litro 500 ml 250 ml
200 2 litros 1 litro 500 ml
300 3 litros 1½ litros 750 ml
400 4 litros 2 litros 1 litro
500 5 litros 2½ litros 1,25 litros
1000 10 litros 5 litros 2½ litros
2000 20 litros 10 litros 5 litros
Obs: 250 ml (l copo)
Quantidade de água sanitária em função da concentração de cloro ativo (entre 2,0% e 2,5%) a ser colocada em recipientes fixos e com água não destinada para consumo humano, e em piscinas
desativadas.
18
Criação de Peixes
Poecilia reticulata (Guaru): Podem ser criados em caixas d’água de 500 litros, as quais devem conter
vegetação aquática, algumas pedras no fundo e 2 tijolos de oito furos, para servirem de refúgio, presos a
borda da caixa e mergulhados na água a uma profundidade de 30 cm. Para a sobrevivência da espécie em
caixas d’água, estas devem ficar de preferência em local fechado, para evitar alterações bruscas de
temperatura, pois reduções muito acentuadas podem causar sua morte. Quanto à alimentação, utilizar ração
de peixe, tendo o cuidado de não oferecer alimentos que contenham farinha. Para iniciar uma criação com
esse volume d’água (500 litros), deve-se colocar 24 exemplares, sendo 18 fêmeas e 6 machos (proporção de
3 fêmeas para 1 macho). O macho tem cores no corpo e nas nadadeiras. Sua nadadeira caudal costuma ser do
mesmo tamanho do corpo, podendo atingir até 3 cm de comprimento. A fêmea tem cores somente no
pedúnculo caudal e nas nadadeiras, podendo atingir 5,6 cm de comprimento. Possuem grande fertilidade.
Betta splendens: Podem ser encontrados em lojas especializadas do ramo. Quantidade de peixes segundo
volume de água no recipiente e cuidados a serem adotados.
Poecilia reticulata: Colocação de 1 macho e 3 fêmeas para cada 50 litros de água.
Betta splendens: Colocação de 1 macho para recipientes com até 4 mil litros de água. Em recipientes com
quantidade de água superior a 4.000 litros não colocar nenhum macho e sim 2 fêmeas.
19
Métodos simples para cálculo do volume de depósitos
Para que o tratamento tenha eficácia assegurada, é necessário que o pessoal de operação saiba determinar
com precisão a quantidade de produto a ser aplicada em relação ao volume de água, a fim de se obter a
concentração correta. O tratamento com produtos alternativos é feito de acordo com a capacidade do
depósito podendo ser realizado também de acordo com quantidade de água existente nele, dependendo da
situação.
Método n.º 1 - Para calcular o volume de depósitos retangulares
V= volume
C= comprimento
L= largura
H = altura
Exemplo: Supondo que um tanque tenha 120 centímetros de comprimento, 100 centímetros de largura e 100
centímetros de altura, fazendo o emprego da fórmula tem-se: V = 120 x 100 x 100 = 1.200.000 centímetros
cúbicos (1.200 litros).Desde que se sabe que um litro de água ocupa o volume de um decímetro cúbico,
devem-se tomar as medidas nessa unidade, facilitando com isso o cálculo.
Ou seja, V = 12 dm x 10 dm x 10 dm = 1.200 decímetros cúbicos ou 1.200 litros.
Método n.º 2 - Para calcular o volume de depósitos cilíndricos
Tomam-se as medidas também em decímetros.
V= volume
K= 0,8 (valor constante)
D²= diâmetro ao quadrado
H= altura
Exemplo: Supondo que uma cisterna tenha 15 decímetros de diâmetro e 20 decímetros de altura,
empregando a fórmula, temos:
V= k x (D x D) x H = 0,8 x 15 x 15 x 20 = 3.600 litros.
20
Método n.º 3 - Para calcular o volume de depósitos triangulares
V= volume
B= base
L= largura
H= altura
K=2 (constante)
Este tipo de depósito é encontrado freqüentemente em cantos internos de dependências residenciais ou não,
como opção de aproveitamento do espaço formado pela interseção de duas paredes.
Exemplo: Supondo que um depósito de forma triangular tenha 20 decímetros de base, 8 decímetros de
largura e 12 decímetros de altura, aplicando-se a fórmula tem-se:
V= (base x largura x altura)/K V = (20 x 8 x 12)/2 = (160 x 12)/2 = (80 x 12) = 960 decímetros cúbicos
(960 litros).
Para determinar a altura de uma cisterna, caixa d’água, ou depósito semelhante, utiliza-se uma vara
ou, na falta dela, uma corda ou cordão que atinja o fundo do depósito. Com um objeto amarrado à ponta,
leva-se a corda bem esticada até tocar o fundo e marca-se o nível da água.
21
Referências Bibliográficas:
Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo – SUCEN. Guia Básico de Dengue . 1.ed.São Paulo,
2002.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. O
agente comunitário de saúde no controle da dengue. 1. ed. Brasília , 2009.
Brasil. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Dengue: instruções para pessoal de
combate ao vetor: manual de normas técnicas.3.ed. Brasília, 2001.
Sites Recomendados:
www.sucen.sp.gov.br
www.cve.saude.sp.gov.br
www.funasa.gov.br
www.combatadengue.com.br/
www.saude.gov.br
- Todos os Textos e Imagens contidos nesta cartilha foram retirados dos manuais e guias citados acima.
- Responsável pela Capa: Edson Batista da Silva