acontece sistema de diagnÓstico...
TRANSCRIPT
1/4
MWM REALIZA PALESTRAS
TÉCNICAS EM SEUS CLIENTES
Treinamento Start-up Motobomba Agrícola - Germek
Mantendo o compromisso de
estreitar o relacionamento com
seus clientes, foram realizadas pela
MWM Palestras Técnicas nos
eventos “Convenção Técnica Kuhn”,
“Treinamento Técnico PLA –
Avançado II” e “Treinamento Start-
Up Motobomba Agrícola Diesel”,
organizados pelas montadoras
Kuhn-Montana, PLA e Germek,
respectivamente. Os eventos
contaram com a presença de
diversos fornecedores dos
principais componentes dos
Equipamentos, entre eles a MWM.
Estas palestras técnicas tiveram por
objetivo apresentar os Motores
MWM Série 10 e 12, versões MAR-I,
para os clientes Kuhn e PLA, e os
motores Série 229, 10 e 12, versões
não-emissionados, para o cliente
Germek, demonstrando suas
características técnicas, sistema
eletrônico de injeção de
combustível, operação do motor e
procedimentos de manutenção
periódica com a importância da
aplicação de peças genuínas MWM.
O público alvo foram os Clientes
Revendedores, as equipes de
Atendimento ao Campo e Suporte
Técnico, de modo a capacitá-los
para a realização de Entrega
Técnica, Manutenção e Operação
dos Equipamentos.
Durante a apresentação houve
interação dos participantes com
perguntas, esclarecendo dúvidas
técnicas e orientação dos corretos
procedimentos.
Eduardo Torrigo – Pesquisador de Produto
Nas próximas três edições, o SERVIÇOS EM
FOCO irá trazer uma série de matérias
abordando um assunto de grande interesse de
nossos leitores: O Sistema de Diagnóstico
Eletrônico.
Um motor diesel com injeção eletrônica utiliza
diversos sensores e atuadores conectados à
Unidade de Controle Eletrônico (ECU) do
motor. Os sensores podem ser de diversos
tipos, sendo que os mais comuns aplicados em
motores diesel são os interruptores,
termistores, sensores eletrônicos ativos,
sensores indutivos, de efeito Hall e de
resistência variável.
Além dos diversos tipos de sensores
necessários à operação do motor e veículo, o
sistema de diagnóstico também é importante
para avaliar se a informação obtida por cada
sensor está dentro dos limites esperados e se
a informação ou valor recebido está compatível
com a operação do motor. Cada elemento
sensor tem uma estratégia de diagnóstico
diferenciada que é associada ao princípio físico
que está sendo lido e ao tipo de entrada do
sensor (analógico - 0 a 5Volts, digital - 0 ou 1
ou em frequência-Hz).
Além dos tipos de sensores, cada tipo de
aplicação (agrícola, veicular, gerador,
marítimo) tem um conjunto de estratégias da
ECU que é ativada e ajustada pela MWM
conforme a legislação e as necessidades de
cada cliente de forma a se ter um sistema
robusto e seguro, sem risco de indicação de
falhas indevidas enquanto efetivamente
protege o motor contra o risco de operação
incorreta se houver uma falha.
▪ Interruptores (Aspectos Gerais)
Estes dispositivos eletromecânicos quando
conectados ao módulo de controle do motor
(ECU) permitem a interação direta (interface
homem-máquina) para envio de comandos do
motorista ao motor (ex.: botão de piloto
automático pressionado) ou monitorar eventos
no veículo (ex.: pedal da embreagem
pressionado). Conforme a importância da
função executada pelo interruptor, geralmente
aqueles vinculados com aspectos de
segurança, o interruptor pode ser equipado
ainda com duplos contatos independentes. Um
interruptor de contatos duplos tem maior
confiabilidade pois mesmo na ocasião de falha
de um dos contatos ou na falha da fiação de um
dos circuitos, o outro circuito continuará capaz
de operar o monitoramento para o controle do
motor. Adicionalmente através da diferença
nos sinais elétricos, as estratégias de
diagnóstico da ECU do motor podem perceber
a falha em um dos contatos do sensor
mantendo a segurança da operação.
Simbologia dos Interruptores simples, duplo e com 3
terminais
▪ Interruptores (Diagnóstico)
Os interruptores podem ser monitorados pelo
sistema de diagnóstico eletricamente ou por
plausibilidade, conforme o tipo de interruptor,
que explicamos a seguir.
➢ Contato Simples
Eletricamente esse tipo de contato não permite
diagnóstico elétrico, porém utilizando
estratégias de plausibilidade é possível avaliar
se o contato está operando corretamente. Por
exemplo, um interruptor de embreagem precisa
ser ativado pelo menos 4 vezes para que um
veículo atinja a velocidade de 120km/h (deve
haver ao menos 4 trocas de marcha). Portanto
estando o veículo em alta velocidade e não se
verificando a ativação do interruptor, isso pode
ser indicado pelo sistema de diagnóstico como
um sintoma de falha no interruptor.
Continua na próxima página…
+V bateriaCircuito 1
SISTEMA DE DIAGNÓSTICO ELETRÔNICO Entendendo os sinais emitidos pelo motor
ACONTECE
2/4
Após algumas tentativas quando o sistema estiver seguro de que
se trata de uma falha, é então ativado o código DTC (diagnostic
trouble code) respectivo como alerta ao motorista.
Em algumas aplicações (tipicamente pick-ups) o uso do
interruptor de embreagem é especialmente recomendado pela
MWM pois auxilia as estratégias de software (SW) na ECU que
são dedicadas à aprimorar o conforto dos ocupantes e melhorar
a sensação de dirigibilidade. Essas estratégias utilizam o sinal da
embreagem e demais informações do veículo para fazer cálculos
compensatórios do torque instantâneo na embreagem de tal
forma que anulem as oscilações naturais do conjunto de
transmissão (eixo cardã, feixe de molas) que ocorreriam após a
troca de marchas quando se solta o pedal da embreagem.
Portanto cada interruptor possui um conjunto de estratégias
diferenciadas de monitoramento conforme sua aplicação e a
natureza a que se destina.
A lista de falhas do veículo desenvolvida em conjunto entre a
Engenharia MWM e a Engenharia do cliente apresenta uma
relação completa das falhas que estão ativas e sendo
monitoradas pela ECU.
➢ Duplos Contatos
Normalmente esse tipo de interruptor de duplos contatos é
utilizado no monitoramento de eventos críticos à segurança (ex.:
pedal de freio) por ser uma função extremamente importante. O
sinal de freio normalmente é ligado à ECU em aplicações
veiculares e caso as estratégias de segurança notem que há uma
situação de pânico (pedal do freio pressionado simultaneamente
ao do acelerador) as estratégias de monitoramento de
diagnóstico da ECU podem decidir desabilitar a aceleração do
motor/veículo se entender que o motorista está tentando parar o
veículo.
Eletricamente esse tipo de contato duplo pode ser monitorado
pelo sistema de diagnóstico elétrico se notar ausência de
transição em um dos circuitos. Adicionalmente pode se aplicar
sinais com alimentações de polaridades opostas (+Vbat e -
Comum) de forma que em havendo um curto circuito a inversão
de lógica seria facilmente notada. Essas medidas tornam maior
a confiabilidade do monitoramento e evitam decisões incorretas
do sistema na presença de anomalias elétricas.
Algumas aplicações especiais com motores eletrônicos (veículos
militares ou de competição) a critério da engenharia do cliente
podem optar por não utilizar esse tipo de proteção por questões
de requisitos de desempenho com o objetivo de permitir a
pressão simultânea dos pedais em condições extremas de
dirigibilidade.
▪ Termistores (Aspectos Gerais)
São dispositivos de medição tipicamente construídos com
materiais como óxido de níquel ou cobalto que quando
+V bateria
-Comum
Circuito 1
Circuito 2
submetidos a uma variação de temperatura sofrem uma variação
na resistência e assim, um sinal elétrico proporcional à
temperatura pode ser obtido. Os termistores mais comuns são os
de coeficiente negativo (NTC) que tem comportamento típico de alta resistência elétrica a 0 graus Celsius enquanto a resistência
cai a uma centena de ohms a 100 graus Celsius.
São sensores robustos para aplicação veicular e que podem
facilmente ser testados com equipamentos simples como um
ohmímetro. O circuito típico utilizado nas ECUs para medição de
temperatura através dos NTCs é visto abaixo:
Quando o termistor NTC estiver montado no circuito acima o
sensor vai apresentar uma curva de tensão similar à observada
abaixo.
▪ Termistores, Sensores Ativos Lineares ou
Resistivos (Sistema de Leitura dos Sinais dos
Sensores)
A ECU do motor, por trabalhar com informações digitais, precisa
ter circuitos que convertam os sinais analógicos externos em
informação digital (conversores A/D). Tomando-se como
exemplo o circuito do sensor de temperatura de líquido de
arrefecimento do motor que utiliza um termistor, o circuito A/D
dedicado a este sensor faz a leitura da tensão sobre os terminais
do sensor e disponibiliza essa informação para outras estratégias
do Software da ECU.
Continua na próxima página…
RFIXO
RSENSORTENSÃO
VARIÁVEL
TENSÃO ESTÁVEL
SISTEMA DE DIAGNÓSTICO ELETRÔNICO (Cont.)
3/4
Essa tensão é internamente convertida pela estratégia da ECU
através de uma curva de calibração do sensor na temperatura
equivalente lida pelo sensor.
Esse mesmo tipo de circuito é utilizado para ler também os
demais sensores NTCs ou sensores ativos (pressão de diesel no
common-rail, pressão de óleo e pressão do ar no coletor de
admissão).
Cada sensor tem uma entrada na ECU dedicada associada à
respectiva curva de calibração específica previamente
determinada por testes de laboratório.
Visão geral do sistema de leitura de temperatura utilizando NTC
▪ Termistores, Sensores Ativos Llineares ou
Resistivos (Sistema Diagnóstico)
Os sensores analógicos lineares (termistores, sensores ativos ou
resistivos) tem um circuito de alimentação e leitura do sensor que
é projetado de forma otimizada de modo que a tensão elétrica
resultante sobre o sensor em condições normais de uso
(Exemplo: -40C a +140C para o sensor de líquido de
arrefecimento) esteja dentro de determinados limites que quando
excedidos indicam uma operação em condições não razoáveis,
por exemplo, se a tensão no sensor estiver acima de 95% ou
abaixo de 5% da tensão, isso será interpretado como uma falha,
que pode ser um curto-circuito para +Vbat ou -Comum.
Limites típicos de operação do sensor, ao ser extrapolado, ativa a falha elétrica
Outra forma de diagnóstico normalmente aplicado é a
plausibilidade do valor obtido (temperatura ou pressão). Por
exemplo, se um motor estiver inicialmente na condição de
temperatura ambiente (motor frio), o valor de temperatura
indicado pelo sensor deve estar próximo à temperatura lida pelos
demais sensores do motor ou do veículo quando a ignição for
ativada (ex. temperatura do coletor de admissão, temperatura do
catalisador, etc..), se as temperaturas estiverem muito diferentes
RFIXO
RSENSOR
ECU
SENSOR
A/D2,0V
0,5V 1,0V 2,0V 3,0V 4,0V 4,5V
140C 100C 80C 40C -10C -40CTemperatura da água motor=
80C
Temperatura (◦C)
+140-40
entre si o SW da ECU pode interpretar que há uma anomalia em
determinado sensor.
Adicionalmente, depois de um tempo com o motor ligado após a
primeira partida do dia, a temperatura do sensor deve indicar
algum nível de aquecimento do motor, caso contrário há uma
anomalia no sensor tendo em vista que o aquecimento do motor
é uma condição normal de uso.
A mesma lógica pode ser aplicada ao sensor de pressão de
coletor, cuja leitura deve estar próxima à pressão atmosférica em
determinadas condições do motor (a ECU possui dentro do seu
compartimento, instalado na placa, um sensor de pressão
barométrica). Diferenças na pressão ou temperatura que
indiquem falha no sensor são indicadas pelo sistema de
diagnóstico como falhas e devem ser corrigidas para o bom
funcionamento do motor.
O circuito completo de leitura e diagnóstico do sensor de
temperatura de água fica da seguinte forma.
A tensão lida no sensor é digitalizada pelo conversor analógico-
digital e a voltagem obtida é utilizada para conversão na curva de
calibração e paralelamente o monitor do sensor avalia se a
tensão está dentro dos limites e se a temperatura obtida é
plausível com o regime de operação do motor. Havendo
anomalias o monitor vai acusar uma falha que será informada ao
usuário através das lâmpadas de painel (Warning ou Stop) e
ativando o código de falha (DTC) respectivo ao sensor com
defeito que será lido através da comunicação serial (ferramenta
de diagnóstico ou painel de instrumentos com display para
exibição de informações em tempo real).
Nas próximas edições falaremos sobre os demais sensores,
atuadores e uma visão geral do sistema de comunicação de
diagnose e OBD das ECUs com as ferramentas de diagnóstico
de motor.
Até a próxima!
RFIXO
RSENSOR
ECU
A/D2,0V
0,5V 1,0V 2,0V 3,0V 4,0V 4,5V
140C 100C 80C 40C -10C -40C
Temperatura da água motor=
80C
Diagnose(Sensor com falha?)
Sensor Ok?
Monitor do sensor
SISTEMA DE DIAGNÓSTICO ELETRÔNICO (Cont.)
4/4
Você continua sabendo que é fundamental acompanhar os
informativos (Boletins de Peças e Boletins de Serviço), para que
a manutenção dos motores MWM sempre seja realizada com as
peças e procedimentos adequados, garantindo assim o correto
funcionamento e desempenho dos motores, além de propiciar
maior vida útil ao propulsor MWM.
Mas onde encontrar os Boletins de Peças e Boletins de Serviços?
Na Biblioteca do Portal da Rede MWM!! www.redemwm.com.br
Ao entrar no Portal da Rede MWM, basta clicar no menu
Biblioteca para ter acesso aos Manuais de Serviço, Manuais de
Diagnósticos, Manuais de Operação e Manutenção e aos
Boletins de Serviços e Boletins de Peças.
Nesta página é possível realizar uma busca escolhendo a
Categoria e colocando no Título uma palavra chave como por
exemplo o número do Boletim ou o nome de um componente do
motor (Ex.: junta).
VOCÊ CONTINUA SABENDO?
VOCÊ SABIA?
geolocalização que disponibiliza o endereço do distribuidor
mais próximo, além de todas as informações técnicas
necessárias de cada produto e sua utilização, tornando a
escolha e compra dos produtos uma experiência positiva e
ágil. Acesse: www.masterpartsmwm.com.br
Por isso, conte com a força da MWM. Confira a linha de
produtos Master Parts®.
Você Sabia que a MWM conta com uma linha de peças de
reposição destinada à veículos e aplicações de outras
marcas chamada Master Parts®?
Em busca do aumento de competitividade no mercado de
reposição, ampliar seu portfólio e atender aos clientes em
suas mais variadas necessidades, a MWM, fabricante
independente de motores diesel, desenvolveu a linha de
peças de reposição de produtos multimarcas Master Parts®,
que contam com a segurança da MWM.
A MWM conta com um time multifuncional dedicado,
estudos, consultorias e grandes esforços de vendas, para a
consolidação da estratégia e aumento de participação no
mercado de reposição no Brasil e no mundo.
Em 2017 foram mais de 125 itens lançados e a expectativa
é que neste ano, a empresa disponibilize ao mercado mais
de 300 itens da linha Master Parts®.
Para potencializar a divulgação e a comercialização da linha
de peças de reposição Master Parts®, a MWM desenvolveu
um website exclusivo, onde os consumidores terão acesso a
mais de 400 produtos da nova linha, sistema de
Linha de Peças Master Parts®