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ACONTECEEDIÇÃO ESPECIAL - 14 O DEVER DE INFORMAR DIREITO www.teresopolisacontece.com
A História dotransporte
coletivo emTeresópolis
Jornal Acontece traz, nesta edição, retrospecto so-bre o desenvolvimento do transporte coletivo em Te-resópolis.
A reportagem tem como fonte o livro de um dos es-critores que é referência quando o assunto é Históriado município.
Antônio Osiris Rahal escreveu 240 páginas sobre otema, em livro publicado em 1998.
Tudo começa com a ‘Viação Therezopolitana’, que,em vez de ônibus, tinha liteiras e carruagens para car-regar pessoas e mercadorias.
Isso em 1859.De lá pra cá, a cidade já teve quase dez empresas de
ônibus. Página 3Década de 40: rodoviária da empresa de ônibus ‘Melhoramentos de Teresópolis’, na Rua Francisco Sá, atual Calçada da Fama.Os dois primeiros, à esquerda, são Ledemar Claussen e Jair Claussen, familiares do dono, Alfredo Claussen
TERESOPOLITANO PREPARA SÉRIE PARA A NETFLIX. P.2Foto livro ‘TransporTerê – o transporte em Teresópolis – sua História’ / Reprodução
ACONTECEJANEIRO/FEVEREIRO - 20202
Na telaTeresopolitano participa de série para Netflix
Desde que fez parte daequipe do filme ‘AliceAtravés do Espelho’,em 2016, é a segunda
vez que Antonio Ribeiro vem aTeresópolis.
Em entrevista ao ACONTECE,o artista em efeitos visuais - quedesde a adolescência alimentavao sonho de trabalhar na indústriado cinema e que já atuou em vá-rias produções famosas - avaliasua carreira profissional até omomento, fala sobre a influênciados filmes na vida das pessoas ediz que o aspecto técnico nãopode se sobrepor ao humano.
Vai começar em algumanova produção no seu retor-no ao Canadá?
Na verdade estou trabalhandoem uma série pra Netflix. Não pos-so dar maiores informações, masposso dizer que é a segunda tem-porada e que a série fez muitosucesso. Estou bastante empol-gado.
Que avaliação faz da suacarreira profissional até omomento?
Quando cheguei ao Canadácomecei a trabalhar na indústriade efeitos visuais e recomecei dozero. Ao ir para outro país vocêzera seu networking, rede de ami-gos, etc. Mas passada a adapta-ção sócio/cultural, o trabalho é aparte que mais me empolga nopaís. A indústria de efeitos é for-tíssima em Toronto e todo dia che-go ao estúdio empolgado, pois seique estou trabalhando em gran-des projetos que serão vistos pormilhões de pessoas ao redor domundo. Fazer parte de produçõestão grandiosas é um privilégio.
Como avalia, em geral, ainfluência da Indústria Cul-tural em dois cenários: nosnossos hábitos e costumes;e como elemento de trans-formação social.
A influência da indústria cultu-ral na vida das pessoas acho que
já foi maior. Com a rápida disse-minação das redes sociais e sitescomo Youtube, etc, acho que fil-mes e séries não ocupam essepapel em primeiro lugar no mo-mento. Mas há sim uma parcelade influência, claro.
Em relação a transformaçãosocial, filmes e séries podemconscientizar pessoas e mostrarpontos de vista não vistos an-tes. Acho que é nesse ponto quealguns diretores têm focado etentado atingir - subliminarmen-te ou não - suas audiências. Achoque depende do âmbito do filme/série e do público que este pre-tende atingir.
Que conselho daria a quemquer ingressar na profissão?
Com Youtube e outros sites épossível aprender rapidamentequalquer ferramenta. Porém, ne-nhum computador potente ousoftware substitui talento e com-prometimento. Na área que estousou obrigado a me reinventar
VEJA como AntônioRibeiro foi importante noinício do ACONTECE,em 1996, junto a Fábio
Esteves, criador doJornal.
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todo dia: aprendendo novas téc-nicas, softwares e formas de tra-balhar em conjunto com váriosdepartamentos. Porém, o quesempre faz a diferença é a formaque você lida com as pessoas. Jávi muitos profissionais talento-síssimos sendo retirados de pro-jetos por não terem, digamos,“traquejo social”.
Então a dica é: estude, procureaperfeiçoar-se,mas não deixe queo lado técnico sobreponha o ladohumano.
Muita gente diz que Teresó-polis não reconhece os va-lores locais. Um exemplo éo do já falecido alpinistaMozart Catão. Você achaque Teresópolis valorizou evaloriza seu trabalho?
Só estive em Teresópolis duasvezes depois que passei a morarno Canadá, mas em ambas algu-mas pessoas demonstraram cari-nho e apreço pelo que tenho fei-to fora do país. Vários veículos
de comunicação já fizeram maté-rias sobre meus trabalhos em di-versas produções nos últimosanos e só tenho noção do impac-to dessa divulgação quando che-go à cidade. Desta última vez nãofoi diferente: várias pessoas meabordaram e falaram que virammeu nome nos créditos de filmese séries e também que viram ma-térias em jornais e na TV.
Para finalizar, como foi suaestada em Teresópolis equando pretende voltar?
Infelizmente fiquei cerca deapenas 15 dias na cidade, mas foitempo suficiente para rever osamigos, matar saudade da famíliae também saborear a comida bra-sileira. Fiquei surpreso como acidade, teve novos negócios daárea gastronômica abertos recen-temente. Apenas o caos no trân-sito que me deixou assustado(mesmo estando acostumadocom o trânsito intenso de Toron-to). Espero retornar em breve.
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Antônio Ribeiro: não deixe que o lado técnico sobreponha o lado humano
Foto cedida
ACONTECE JANEIRO/FEVEREIRO - 2020 3
No pontoLivro de 1998 projeta luz sobre o transporte coletivo em Teresópolis
Marcelo EstevesEditor do Jornal Acontece
O transporte figura entre asnecessidades básicas do serhumano.
As primeiras informaçõessobre a locomoção em Teresó-polis datam do século XVI,“com as trilhas e os descam-pados iniciais feitos pelos ín-dios coroados no planalto te-resopolitano”.
Em 1600, “os índios tamoi-os iniciam o transporte maríti-mo na Baía de Guanabara,usando barcos feitos de cascade árvore”.
A partir daí foram precisosmais 180 anos para que o an-coradouro de Piedade, emMagé, começasse a prosperare trouxesse algum progressopara Teresópolis.
Os registros estão no livro
‘TransporTerê, o transporte emTeresópolis, sua História’(1998), do escritor e professorAntônio Osiris Rahal, respon-sável por grande parte da pre-servação da memória do mu-nicípio.
A obra – considerada hojeuma raridade – teve tiragem de2.100 exemplares. Em 241 pá-ginas, o escritor discorre sobre“os acontecimentos que, naárea do transporte, concorre-ram, direta ou indiretamente,para a colonização e desenvol-vimento de Teresópolis”.
O prefácio é do jornalistaEvaldo de Oliveira, que poranos atuou na extinta ‘Gazetade Teresópolis’.
PRIMEIRA VIAÇÃO:CARRUAGENS
Em 1859, segundo o livro deOsiris Rahal, surge a ‘Viação
Therezopolitana’. Eram 16 ve-ículos, entre liteiras e carrua-gens. Transportava pessoas ecargas na Serra e na Baixada.
Já em 1923, Rio de Janeiroe Teresópolis ligam-se pela es-trada de ferro, construída porJosé Augusto Vieira, depoisencampada pela ‘The Leopol-dina Railway’.
No ano seguinte, 1924, Al-fredo Claussen de Souza fun-da a empresa de ônibus ‘Me-lhoramentos de Teresópolis’.
Uma segunda empresa sur-ge na cidade em 1939, no am-biente da Segunda GuerraMundial. É a ‘Viação Luxo deTeresópolis’, com João JorgeSmolka entre os fundadores.Usava gasogênio, devido à es-cassez de derivados do petró-leo por causa da guerra.
A partir da década de 40, omunicípio ganha as viações
União, Boa Esperança, Paque-quer, e a Companhia de Trans-porte Coletivo (Citran).
A ‘Viação Alto Rainha Pos-se’, oriunda da Viação Imbuí-Posse, chega em 1950 e trans-porta passageiros a diversosbairros.
Seis anos depois, em 1956,surge a ‘Viação Teresópolis’,pelas mãos de Geraldo Pinho,Luiz da Cunha Coelho e Ma-noel Machado de Freitas. Atu-ava no transporte rodoviário eurbano. Em 1972, passa a sera ‘Viação Teresópolis e Turis-mo Ltda’.
O DNER havia pavimenta-do a Estrada Teresópolis - Itai-pava, em 1939. Vinte anos de-pois, o presidente JuscelinoKubitschek inaugura a estradadireta para o Rio de Janeiro,fundamental para o progressode Teresópolis.
DEDO DE DEUSSURGE EM 1960
Ainda de acordo com o livro,a ‘Viação Dedo de Deus’ éoriunda da Viação Alto RainhaPosse, fundada por José Go-mes da Costa Júnior. A VDDLteve muitos anos a frente o em-presário Jacques Ouriques deOliveira, que adquiriu a AltoRainha, no início da década de60.
Em 1968, Jacques funda aViação Primeiro de Março,juntamente com Oscar Azor deOliveira e João Batista de Oli-veira.
Conta-se que Raul MartinsEsteves, fundador da primeiraloja de móveis de Teresópolis,foi quem teria fornecido acama e o colchão em que o ini-ciante empresário Jacques dor-miria em sua primeira noite nacidade.
1980: hábito na empresa, a benção aos novos veículos dada pelo padre, hoje Monsenhor, Antônio Carlos
Foto: livro ‘TranporTerê – O transporte em Teresópolis – Sua História’ / Reprodução
VEJA outras fotos sobrea História do transportecoletivo em Teresópolisreproduzidas do livro do
escritor Osiris Rahal.
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ACONTECEJANEIRO/FEVEREIRO - 20204
A todo vapor
A InteraTeen, em Agriões, assim como a da Várzea, funciona em imóveltérreo em área aberta, e não em prédios comerciais, o que proporciona atodos maior sensação de liberdade e maior contato com o ambiente natural
ACONTECE
AGRIÕES é umdos bairros quemais tem se de-senvolvido em
Teresópolis. Novos investi-mentos surgem a cada dia, oque colabora para o progres-so da cidade.
A InteraTeen, no número632 da Rua Rui Barbosa, éuma das grandes novidadesdo início de 2020.
A clínica de reabilitaçãofaz parte da evolução de umprojeto iniciado em outubrode 2016 pelo casal TatianoMaurício e Maria Augusta,com a inauguração da Inte-rativa Núcleo Terapêutico,na Rua Manoel José Lebrão.
O projeto, agora, vai mais
longe e imprime o objetivo deque as terapias oferecidas aospré-adolescentes, a partir de12 anos de idade, sejam fo-cadas para a inserção no mer-cado de trabalho, a partir dos16 anos.
BELEZA ETECNOLOGIA
A InteraTeen foi pensadapara ser um diferencial naárea de reabilitação em Tere-sópolis. Cada detalhe foi cui-dadosamente planejado, paraalcançar o máximo de resul-tados nas terapias.
O colorido vivo e alegre do-mina o espaço, preparado tam-bém para total acessibilidade.
Integrando o que há de maisatual nas terapias de reabilita-ção, a Interativa Teen reúnevários setores, tais como o deintegração e ação, com diver-sas terapias; equilíbrio e mo-vimento, com foco na fisiote-rapia; comunicação e lingua-gens, para fonoaudiologia;musicoterapia; Thera Suit, te-rapia criada por pesquisadoresrussos, para desordens neuro-motoras; além do setor de Psi-cologia e culinária funcional,que simula uma cozinha deverdade, e ao mesmo tempolúdica, para treino de habili-dades.
Uma quadra de esportes co-berta e adaptada completa aInteraTeen.
VEJA a InteraTeenpor dentro.
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ACONTECE JANEIRO/FEVEREIRO - 2020 5
Nota 10Projeto do Jornal Acontece pode auxiliar no Enem. Mais de 140 mil tiraram zero na redação
Alunos leem Jornal Acontece na Escola Chiquinha Rolla. Ao fundo, a professora Renata Mendes
Estudantes ficaram interessados: imprensa está livre das ‘fake news’ que circulam pela internet
Fotos cedidas pela direção da escola
A redação é uma das etapasque mais causa apreensão aosmilhares de estudantes que par-ticipam do Exame Nacional doEnsino Médio, o Enem – porta deentrada para quem quer vaga nauniversidade pública ou algumauxílio para ingressar no ensinoprivado.
Por isso, a importância da con-fecção de textos desde cedo, oque já ocorre nos colégios.
A diferença, porém, ocorrequando a rotina escolar é acres-centada de algo do que o simplesconceito ou nota para evoluir desérie.
Iniciado em 2018, o concursode redação do Jornal Aconteceleva o esforço de alunos e pro-fessores de Teresópolis para forado âmbito da escola, mostrandoà comunidade valores que ficamentre as quatro paredes das sa-las de aula e que, no futuro, se-rão jovens e adultos partícipes domercado de trabalho.
SUCESSOO projeto, denominado ‘Prêmio
Tableck Tableft de Redação In-fantil’ já foi realizado, com suces-so, em duas escolas da rede mu-nicipal de ensino de Teresópolis.
O Ciep municipalizado Sebas-
tião Mello, no Barroso, e a Esco-la Chiquinha Rolla, na Beira Li-nha.
No primeiro, um dos objetivosfoi dar visibilidade ao colégio,detentor do menor índice Ideb, até2018, entre as escolas de redemunicipal. Nas visitas ao Ciep, oJornal se deparou com diretoria eequipe pedagógica interessadasem oferecer o melhor aos estu-dantes.
Não foi diferente na ChiquinhaRolla.
Em ambos os colégios, todosos alunos receberam exemplaresde ACONTECE e foi oferecidapremiação, além da publicaçãodas redações consideradas dedestaque pelos professores.
ENEMO Exame Nacional do Ensino
Médio avalia cinco competênci-as na prova de redação. Uma de-las a capacidade do aluno de “se-lecionar, relacionar, organizar e in-terpretar informações, fatos, opi-niões e argumentos em defesa deum ponto de vista”, conforme diza cartilha do Inep, órgão do Go-verno, organizador do Enem.
Segundo dados do MEC, en-tre os anos de 2014 e 2017, ca-íram as redações com nota má-
xima no Exame. Já em 2018, umpequeno aumento – 55 contra 53,no ano anterior. Em 2019, o índiceficou estável.
O Enem do ano passado teve143.736 alunos com nota zero naredação – 56 mil entregaram a fo-lha em branco.
Apenas 53 estudantes dosmais de três milhões de partici-pantes tiraram nota 1 mil.
Há informação de que o Gover-no pretende acabar com o mode-lo atual e fracionar as provas aolongo dos três anos do EnsinoMédio.
VEJA mais no siteAs edições 6, 7, 8, 12 e13
trazem tudo sobre o concursode redação.
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ACONTECEJANEIRO/FEVEREIRO - 20206
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Super Mario
Figura de tímida posi-ção na História de Te-resópolis, O playboy emilionário Mariozinho
de Oliveira não cultivou a ti-midez em sua trajetória devida.
Pelo contrário: fez parte, naCopacabana dos anos 40, no Riode Janeiro, do que era chama-do o ‘Clube dos Cafagestes’.Na época, ainda grafado com aletra G, em vez do atual J.
Ao arrepio do que possaparecer o nome à primeira vis-ta, o clube era uma reunião depessoas que gostavam de fes-tas, bebidas, brincadeiras emuita irreverência, semprecercado por belas mulheres.
Algo bem diferente do poli-ticamente correto da atualida-de.
E Mariozinho de Oliveira eraum dos destaques, ao lado denomes que a historiografia iriaconferir importância, como ocolunista social Ibrahim Suede Jorge Guinle.
Os dois, aliás, também man-tinham ligações com Teresó-polis.
Consta que Ibrahim Suedteria sido fotografado na casade Mariozinho em Teresópo-lis, à beira da piscina.
Já Jorginho Guinle, era filhode Carlos Guinle, dono do queé hoje a Granja Comari.
CARNAVAL
Mariozinho de Oliveira erafigura marcante no carnavalem Teresópolis. Nas décadasde 40 e 50, predominava nomunicípio a festa de rua, quedepois daria lugar aos clubes.
À frente, a bordo de beloscarrões, como um Lincoln con-versível, Mariozinho animavaa folia. Eram os corsos, raízesdos carros alegóricos das es-colas de samba, como conhe-cemos hoje.
Era no sábado de carnaval,quando percorria as ruas docentro da cidade em carreata,
com direito até a banda demúsica.
Diferentemente de hoje, eracomum a composição de mar-chinhas para o carnaval, mui-tas tocadas até os dias atuais.
Sem contar que a maioriadas pessoas vestia fantasias e,de fato, integrava-se ao car-naval, que não era organizadonem bancado pelo poder pú-blico, mas nascia da vontadepopular de extravasar a ale-gria.
Também não faltavam con-fete e serpentina, itens igual-mente raros nos dias de hoje.
E lá iam os foliões que aguar-davam com ansiedade a pre-sença de Mariozinho e de suaturma de amigos.
CARRÕES
Também pela noite do Riode Janeiro, Mariozinho de Oli-veira era visto desfilando comautomóveis clássicos, comoRolls-Royce e Oldsmobile.
Sua paixão por automóveistambém era guardada em Te-resópolis.
Em sua casa de veraneio, naGranja Guarani, um Cadillac1938 60S e outro conversível,de 1941.
Veja ‘História sobre ro-das’, na página 8.
DESPEDIDA
Em março de 2016, Mario-zinho de Oliveira saía de cena,aos 90 anos. Sua morte foinoticiada pelo Jornal O Globo.
Já o ‘Clube dos Cafages-tes’, com G como já explica-do, teve sua última festa em1953, noticiada pela famosaRevista Manchete.
Na visão do escritor RuyCastro, o peculiar clube doqual Mariozinho fazia parte,pode ter tido sua criação es-timulada em função da proi-bição dos cassinos no Brasil,iniciando os anos douradosdas boates.
Festa: Mariozinho de Oliveira é o quinto sentado da esquerda para a direita na foto
Jorginho Guinle: famosa família de Teresópolis
Annaramalho.com.br / Internet
Notibras.com / Internet
Ibrahim Sued: colunista de O Globo veio a Teresópolis
Dearsforever.com / Internet
O playboy deCopacabana que
veio parar emTeresópolis
ACONTECE JANEIRO/FEVEREIRO - 2020 7
Transporte F.C.O clube fundado por caminhoneiros e motoristas de ônibus de Teresópolis
Equipe inaugural do Transporte F.C.: Paiva, Valdir e José Granito (ajoelhados); Em pé,Virgílio Zampini, Eugênio Fraga, Alfredinho Tabira, Eduardo Nascimento, Lúcio Algorta, Pedro Jahara, JoséBarbosa, Picolé, Manoel Manduca e, de terno, o alfaiate Jofre
Em seu livro‘TransporTe-rê’(1998), oescritor e pro-fessor Antô-nio Osiris
Rahal não fala apenas de mei-os de transporte e sua evolu-ção histórica.
Dedica quase três páginaspara registrar o surgimento deuma agremiação que faria par-te da História do Esporte emTeresópolis: o Transporte Fu-
tebol Clube.Conta o escritor que “cami-
nhoneiros, transportadores,motoristas e admiradores”fundaram o clube em 27 deagosto de 1938.
E relaciona os criadores daentidade, que ‘Acontece’transcreve. Antônio Rosa deCarvalho, mais conhecidocomo Antônio Ramos, AvelarSilva, o Lalinho, Mário Fran-cisco da Silva, Arthur GarciaQueiróz, apelidado de Torrinha,
Antônio Teixeira de Mello,Joaquim Baptista Ferreira,Pedro Silva e Alberto Pinhei-ro.
Na equipe que jogou a par-tida inaugural do TransporteF.C., nomes mais conhecidosno município, como EduardoNascimento, pai de PaulinhoNascimento, e Pedro Jahara,que mais tarde, eleito prefeitode Teresópolis, construiria oGinásio Poliesportivo, apelida-do de Pedrão.
“A CBF DA ÉPOCA”
O Transporte F.C. ocupavaum quarteirão, na formaçãodas ruas Rui Barbosa, DarcyMenezes de Aragão e Cotin-guiba, atual Nilza ChiapetaFadigas, perto da Prefeitura.
“Criado o clube, logo trata-ram seus fundadores de cons-truir o seu campo que, em pou-co tempo, era dotado do me-lhor gramado da cidade, comperfeita drenagem e excelen-
te localização, e onde as equi-pes do Rio gostavam de fa-zer seus treinamentos quan-do de suas estadas em Tere-sópolis, à semelhança da CBF– Confederação Brasileira deFutebol – na Granja Comari,bairro Carlos Guinle, destina-do aos atletas do País.”
A informação do livro deOsiris Rahal indica o poten-cial da Teresópolis do passa-do.
Mas a obra também traz
Foto livro ‘TransporTerê – o transporte em Teresópolis – sua História’ / Reprodução
traços pitorescos que lem-bram a indumentária de algunsfamosos técnicos de futeboldos dias atuais, como Tite, daSeleção Brasileira:
“E nestes primeiros tempos,o Transporte tinha como orga-nizador e presidente José Bar-bosa Leite, que, como era usu-al na época, comparecia aosjogos de terno completo, cha-péu e guarda-chuva”.
Atualmente, os dois últimositens estão fora de campo.
ACONTECEJANEIRO/FEVEREIRO - 20208
NÚMERO 4Um carrocom nome depresidente
Miniatura: coleção de Rossine Esteves
ACONTECE
Era 1938 quando Edsel Ford encomendou o primeiroLincoln Continental, para uso particular.
O motor V12 era silencioso.Menos de dez anos depois, o automóvel já era um sucesso.Foi usado como veículo presidencial nos Estados Unidos,
apareceu nas telas do cinema e acabou chegando ao Brasil.O playboy e empresário brasileiro Mariozinho de Oliveira,
frequentador de Teresópolis e cuja História você confere napágina 6, tinha um na versão conversível.
Ao longo do tempo, o veículo – batizado com o sobrenomede Abraham Lincoln, presidente dos EUA em 1861 – foi ten-do readaptado o visual.