acidentes construção civil
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Francisco Ferreira CardosoMercia S. Bottura de Barros
Ubiraci E. Lemes de Souza1
Escola Politécnica da USPDept. de Engenharia de Construção Civil
PCC-2302 – Gestão da Produção na Construção Civil IIoutubro 2007 – aula 11 – Gestão de RH
1 1
aula 11Higiene e segurança no trabalho:
Conceitos & FerramentasConceitos & FerramentasBaseado na Baseado na Dissertação de Mestrado: Sistemas de Gestão da Sistemas de Gestão da
Segurança e Saúde no Trabalho para Empresas Construtoras de Segurança e Saúde no Trabalho para Empresas Construtoras de Anderson Glauco Benite
POLI.USP, 2004
Outubro 2007
PCC-2302: Gestão da Produção na Construção Civil II
Profs. Francisco Cardoso, Hermes Fajerzstajn, Silvio Melhado e Ubiraci Souza
2 2
Conceitos Básicos & FerramentasConceitosConceitos BBáásicossicos & & FerramentasFerramentas
Acidentes e Quase-acidentes
Atuação Reativa e Atuação Proativa
Atos Inseguros e Condições Inseguras
Perigo e Risco
SST – Segurança e Saúde no Trabalho
Custos da Segurança e Custos da Não-segurança
Sistema de Gestão da SST
Norma Regulamentadora - 18 – NR-18 (MTb)
3 3
IntroduçãoIntroduIntroduçãçãoo
ACIDENTES DO TRABALHOACIDENTES DO TRABALHO
Mundo (OIT): 2 milhões de mortes por ano
Brasil (MTE): ≈ 12.000 novos incapacitados e inválidos por ano
≈ 2.500 mortes por ano no Brasil 13% das mortes são na Construção Civil (CC 1o lugar em diversos países)
MTE (2003)4 4
Acidentes e Quase-acidentesAcidentesAcidentes e e QuaseQuase--acidentesacidentes
4
ACIDENTES FATAIS – 1998
TIPO DE ACIDENTE
QUANT. % ESPECIFICAÇÃO QUANT
FUNDAÇÕES 02 5,71 SOTERRAMENTO 02
CHOQUE ELÉTRICO
02 5,71 ELETRICISTA 02
QUEDA DE FUNCIONÁRIOS
13 37,14 CADEIRA SUSPENSA TELHADO POÇO DO ELEVADOR FACHADEIRO ESCADA SHAFT ANDAIME/BALANCIM PERIFEIRA DE LAJE OUTROS
01 01 01 01 01 01 04 01 02
ELEVADORES 06 17,14 QUEDA DE ELEVADOR MANUTENÇÃO DO ELEVADOR
NÃO IDENTIFICADO
04 01
01
QUEDA DE MATERIAIS SOBRE O OPERÁRIO
05 14,29 CABO DE AÇO DE TRELIÇA DESCARGA DE VERGALHÕES DESCARGA DE PRÉ-MOLDADOS CARGA DE MADEIRIT DA GRUA
01 01 01
02
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
01 2,87 TRATOR DE LÂMINA 01
DESABAMENTO 04 11,43 MURO LAJE
02 02
OUTROS 02 5,71 INTOXICAÇÃO POR GÁS EM POÇO DE CAIXA D’ÁGUA
02
TOTAL 35 100
Município de São Paulo
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Acidentes e Quase-acidentesAcidentesAcidentes e e QuaseQuase--acidentesacidentes
Acidente:“Evento indesejável que resulta em morte,
problemas de saúde, ferimentos, danos e
outros prejuízos.”
OHSAS 18001:1999 e BS 8800:1996
Idéias incorretas:
a) acidentes ocorrem por acaso;b) as conseqüências ocorrem imediatamente após o evento; ec) os acidentes necessariamente resultam em danos pessoais.
Vamos mostrar que esses pressupostos são falsos!
6 6
Quase-acidente:“Um evento não previsto que tinha potencial
de gerar acidentes.”
OHSAS 18001:1999 e BS 8800:1996
Conceito busca incluir todas as ocorrências que não resultam em morte, problemas de saúde, ferimentos,
danos e outros prejuízos, como elementos que devem ser eliminados ou reduzidos para não se tornarem
acidentes reais em uma situação futura.
Acidentes e Quase-acidentesAcidentesAcidentes e e QuaseQuase--acidentesacidentes
7 7
29
1
300
Acidentes graves – mortes e lesões incapacitantes
Acidentes leves - lesões menores
Quase-acidentes
Pirâmide de W. Henrich (1959)
19
1
175
Acidentes graves – mortes e lesões incapacitantes
Acidentes leves - lesões menores
Quase-acidentes
Pirâmide de Fletcher (1972)
10
1
300
600
Lesão Séria ou Incapacitante
Lesões Leves não Incapacitantes
Danos à propriedade
Quase-acidentes
Pirâmide de Frank Bird (1969)
Acidentes e Quase-acidentesAcidentesAcidentes e e QuaseQuase--acidentesacidentes
Benite (2004)8 8
Diagnóstico: áreas prioritárias
Risco de acidente por
choque elétrico devido
a partes vivas expostas.
Fonte: Barkokébas Junior, Béda. Gestão em Segurança e Saúde do Trabalho para Indústria da Construção Civil – GSST.
In.: Seminário de Acompanhamento e Avaliação de Resultados Parciais dos Projetos aprovados na Chamada Pública
MCT/FINEP/Fundo Verde-Amarelo 01/2003. Rio de Janeiro, julho 2005.
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Risco de queda por diferença de nível e de projeção de ferramentas e
materiais devido a ausência de proteção de periferia de laje.
Diagnóstico: áreas prioritárias
Fonte: Barkokébas Junior, Béda. Gestão em Segurança e Saúde do Trabalho para Indústria da Construção Civil – GSST.
In.: Seminário de Acompanhamento e Avaliação de Resultados Parciais dos Projetos aprovados na Chamada Pública
MCT/FINEP/Fundo Verde-Amarelo 01/2003. Rio de Janeiro, julho 2005. 10 10
Risco de queda por diferença de nível devido aabertura no piso.
Abertura do poço do elevador durante afase de estruturas
Abertura do poço do elevador durante afase de acabamento
Diagnóstico: áreas prioritárias
Fonte: Barkokébas Junior, Béda. Gestão em Segurança e Saúde do Trabalho para Indústria da Construção Civil – GSST.
In.: Seminário de Acompanhamento e Avaliação de Resultados Parciais dos Projetos aprovados na Chamada Pública
MCT/FINEP/Fundo Verde-Amarelo 01/2003. Rio de Janeiro, julho 2005.
11 11
Risco de queda por diferença
de nível devido à não
utilização do cinto de
segurança tipo pára-quedista.
Diagnóstico: áreas prioritárias
Fonte: Barkokébas Junior, Béda. Gestão em Segurança e Saúde do Trabalho para Indústria da Construção Civil – GSST.
In.: Seminário de Acompanhamento e Avaliação de Resultados Parciais dos Projetos aprovados na Chamada Pública
MCT/FINEP/Fundo Verde-Amarelo 01/2003. Rio De Janeiro, julho 2005. 12 12
Risco de queda por diferença de nível devido à falta de utilização do cinto de segurança tipo pára-quedista.
Diagnóstico: áreas prioritárias
Fonte: Barkokébas Junior, Béda. Gestão em Segurança e Saúde do Trabalho para Indústria da Construção Civil – GSST.
In.: Seminário de Acompanhamento e Avaliação de Resultados Parciais dos Projetos aprovados na Chamada Pública
MCT/FINEP/Fundo Verde-Amarelo 01/2003. Rio De Janeiro, julho 2005.
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Risco de queda devido a utilização de meio inadequado para atingir
lugar mais alto e ao piso do andaime com forração
incompleta.
Diagnóstico: áreas prioritárias
Fonte: Barkokébas Junior, Béda. Gestão em Segurança e Saúde do Trabalho para Indústria da Construção Civil – GSST.
In.: Seminário de Acompanhamento e Avaliação de Resultados Parciais dos Projetos aprovados na Chamada Pública
MCT/FINEP/Fundo Verde-Amarelo 01/2003. Rio De Janeiro, julho 2005. 14 14
Acidentes e Quase-acidentesAcidentesAcidentes e e QuaseQuase--acidentesacidentes
Conclusão:
“É um engano uma organização fazer maiores e exclusivos esforços no controle dos raros eventos que resultam em danos pessoais sérios e incapacitantes, sendo que há uma imensa quantidade de eventos que possibilita uma melhor base científica para formular ações preventivas que eliminem ou reduzam a ocorrência dos acidentes.”
Benite (2004)
15 15
Atuação Reativa e Atuação ProativaAtuaAtuaçãçãoo ReativaReativa e e AtuaAtuaçãçãoo ProativaProativa
ACIDENTE
INVESTIGAÇÃO
ANÁLISE
MEDIDAS DE CONTROLE
DE SST
ATUAÇÃO REATIVA
IDENTIFICAÇÃODE
PERIGOS
AVALIAÇÃO DOS
RISCOS
MEDIDAS DE CONTROLE
DE SST
ACIDENTE
INVESTIGAÇÃO
ATUAÇÃO PROATIVA
MUDANÇA
Fonte: adaptado de Brauer (1994)MudanMudanMudanMudanççççaaaa de forma de de forma de de forma de de forma de atuaatuaatuaatuaçãçãçãçãoooo ReativaReativaReativaReativa para para para para ProativaProativaProativaProativaBenite (2004)
16 16
Atuação Reativa e Atuação ProativaAtuaAtuaçãçãoo ReativaReativa e e AtuaAtuaçãçãoo ProativaProativa
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� Evento - prevenção e combate a incêndio
Prática
Fonte: Construtora Tarjab
Atuação ProativaAtuaAtuaçãçãoo ProativaProativa
18 18
Evento - I SIPAT (Semana Interna de Prevenção deAcidentes de Trabalho)
Fonte: Construtora Tarjab
Atuação ProativaAtuaAtuaçãçãoo ProativaProativa
19 19
Acompanhamento das condições de trabalho
Fonte: Barkokébas Junior, Béda. Gestão em Segurança e Saúde do Trabalho para Indústria da Construção Civil – GSST.
In.: Seminário de Acompanhamento e Avaliação de Resultados Parciais dos Projetos aprovados na Chamada Pública
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Adequação das instalações elétricas
20 20
Adequação das instalações elétricas: DR
Acompanhamento das condições de trabalho
Fonte: Barkokébas Junior, Béda. Gestão em Segurança e Saúde do Trabalho para Indústria da Construção Civil – GSST.
In.: Seminário de Acompanhamento e Avaliação de Resultados Parciais dos Projetos aprovados na Chamada Pública
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Ajuste das proteções de periferia quando parede revestida.
Acompanhamento das condições de trabalho
Revestimento cerâmico definitivo
Parede revestida
Fonte: Barkokébas Junior, Béda. Gestão em Segurança e Saúde do Trabalho para Indústria da Construção Civil – GSST.
In.: Seminário de Acompanhamento e Avaliação de Resultados Parciais dos Projetos aprovados na Chamada Pública
MCT/FINEP/Fundo Verde-Amarelo 01/2003. Rio De Janeiro, julho 2005. 22 22
Ajuste das proteções de periferia durante a montagem da
ferragem.
Acompanhamento das condições de trabalho
Fonte: Barkokébas Junior, Béda. Gestão em Segurança e Saúde do Trabalho para Indústria da Construção Civil – GSST.
In.: Seminário de Acompanhamento e Avaliação de Resultados Parciais dos Projetos aprovados na Chamada Pública
MCT/FINEP/Fundo Verde-Amarelo 01/2003. Rio De Janeiro, julho 2005.
23 23
Concretagem
Três isolantes do fio elétrico do vibrador
Proteção de periferia
Pontas verticais de vergalhões protegidas
EPI adequados à atividade
Fonte: Barkokébas Junior, Béda. Gestão em Segurança e Saúde do Trabalho para Indústria da Construção Civil – GSST.
In.: Seminário de Acompanhamento e Avaliação de Resultados Parciais dos Projetos aprovados na Chamada Pública
MCT/FINEP/Fundo Verde-Amarelo 01/2003. Rio De Janeiro, julho 2005. 24 24
Montagem de forma
Fixação do cito de segurança
Corda do cinto de segurança
Acompanhamento das condições de trabalho
Fonte: Barkokébas Junior, Béda. Gestão em Segurança e Saúde do Trabalho para Indústria da Construção Civil – GSST.
In.: Seminário de Acompanhamento e Avaliação de Resultados Parciais dos Projetos aprovados na Chamada Pública
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Atos Inseguros e Condições InsegurasAtosAtos Inseguros e Inseguros e CondiCondiçõçõeses InsegurasInseguras
“Adotando-se uma visão prevencionista, deve-se considerar como causa do acidente ‘qualquer fator
que, se não for removido a tempo, conduzirá ao
acidente’.
A importância deste conceito reside no fato incontestável de que os acidentes não são
inevitáveis e não surgem por acaso, mas sim são causados e passíveis de prevenção, pelo
conhecimento e eliminação, a tempo, de suas causas.”
Benite (2004) 26 26
Atos Inseguros e Condições InsegurasAtosAtos InsegurosInseguros e e CondiCondiçõçõeses InsegurasInseguras
“Atos inseguros são os fatores pessoais dependentes das ações dos homens que são fontes causadoras de acidentes.
Exemplos:
� permanecer sobre cargas suspensas;
� operar máquinas sem estar habilitado ou autorizado;
� deixar de usar os equipamentos de proteção individual;
� remover proteções de máquinas;
� entrar em áreas não permitidas; ...”Benite (2004)
27 27
Atos Inseguros e Condições InsegurasAtosAtos Inseguros e Inseguros e CondiCondiçõçõeses InsegurasInseguras
“Condições inseguras estão ligadas às condições do ambiente de trabalho que são fontes causadoras de acidentes.
Exemplos:
� máquinas sem proteções adequadas,
� iluminação e ventilação insuficientes,
� ferramentas em mau estado de conservação,
� piso escorregadio,
� temperatura elevada, etc .”Benite (2004)
28 28
Atos Inseguros e Condições InsegurasAtosAtos Inseguros e Inseguros e CondiCondiçõçõeses InsegurasInseguras
Henrich (1959):
• 75.000 acidentes;• 88% causados por atos inseguros;• 10% por condições inseguras; e os demais• 2% por causas imprevisíveis.
“Condições inseguras e os atos inseguros são igualmente importantes na gênese dos acidentes, devendo-se dar, em conseqüência, igual importância à remoção dos dois tipos de causas de acidentes nas organizações.”
Benite (2004)
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Risco de queda devido a utilização de meio inadequado para atingir
lugar mais alto e ao piso do andaime com forração
incompleta.
ATOS INSEGUROS
Fonte: Barkokébas Junior, Béda. Gestão em Segurança e Saúde do Trabalho para Indústria da Construção Civil – GSST.
In.: Seminário de Acompanhamento e Avaliação de Resultados Parciais dos Projetos aprovados na Chamada Pública
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Perigo:“Fonte ou situação com potencial de provocar lesões pessoais, problemas de saúde, danos à propriedade, ao ambiente de
trabalho, ou uma combinação desses.”
OHSAS 18001:1999 e BS 8800:1996
Perigo e RiscoPerigoPerigo e Riscoe Risco
Risco:“Combinação da probabilidade e das conseqüências de ocorrer um evento
perigoso.”
OHSAS 18001:1999 e BS 8800:1996
31 31
Perigo e RiscoPerigoPerigo e Riscoe Risco
Benite (2004)
APR – ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS
Origem: Serviço - Alvenaria
Avaliação do Risco Identificação dos Perigos
Perigos Situação Danos P G RISCO
Exposição à altura Nas periferias e vãos de lajes Queda e morte dos operários 3 3 9
Exposição a produtos químicos
Na preparação da argamassa pode haver o contato do cimento com a pele
Dermatites 3 2 6
Exposição à poeira
Durante a varrição no término do serviço
Inalação de poeira e problemas respiratórios 3 1 3
..... .... ... .. .. .. P - PROBABILIDADE G – GRAVIDADE RISCO (P x G)
32 32
Perigo e RiscoPerigoPerigo e Riscoe Risco
Benite (2004)
ALTA (3) Esperado que ocorra
MÉDIA (2) Provável de ocorrer
BAIXA (1) Improvável de ocorrer
ESCALA DE PROBABILIDADE
AL
TA
3 6 9
MÉ
DIA
2 4 6
BA
IXA
1 2 3
BAIXA MÉDIA ALTA
PROBABILIDADE
GR
AV
IDA
DE
ESCALA DE RISCO
Crítico
Moderado
Tolerável
ALTA (3)
MÉDIA (2)
BAIXA (1)
ESCALA DE GRAVIDADE
Morte e lesões incapacitantes
Doenças ocupacionais e lesões menores
Danos materiais e prejuizo ao processo
Exemplo de escalas para avaliação de riscos
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Perigo e RiscoPerigoPerigo e Riscoe Risco
34 34
Segurança:“O estado de estar livre de riscos inaceitáveis de
danos.”
OHSAS 18001:1999 e BS 8800:1996
Segurança e Saúde no TrabalhoSeguranSeguranççaa e e SaSaúúdede no no TrabalhoTrabalho
Saúde:“Estado de bem estar físico, mental e social, e não meramente a ausência de doenças ou enfermidades.”
OMS
SST:“O estado de estar livre de riscos inaceitáveis de
danos nos ambientes de trabalho, garantindo o bem
estar físico, mental e social dos trabalhadores.”
Benite (2004)
35 35
Custos indiretos relacionados a acidente podem ser de 3 a 10 vezes maiores que o custo direto.
Exemplos:
Faltas ao trabalho por doenças do trabalhorepresentaram no Reino Unido um prejuízo anual de 20 bilhões de Euros. (Confederation of British Industry
– CBI,1997)
Brasil: valores da ordem de 1,5 a 3 % do custo total da obra (edifícios residenciais), como sendo o custo da segurança (Araújo; Melo, 1999).
Custos da Segurança e Custos da Não-segurançaCustosCustos da da SeguranSeguranççaa e e CustosCustos da da NNããoo--seguranseguranççaa
36 36
Custos da SegurançaCustosCustos da da SeguranSeguranççaa
�Tempo dos trabalhadores utilizado durante as atividades de treinamento�Custos dos treinamentos, conscientização e capacitação dos trabalhadores�Custos com exames médicos de monitoramento de saúde�Manutenção de equipes de SST e respectivos encargos sociais�Aquisição de equipamento de proteção individual�Tempo para desenvolvimento de projetos e instalação de proteções coletiva�Placas de identificação e orientativas de SST�Manutenção da infra-estrutura nos canteiros (áreas de vivência, refeitórios, alojamento, sanitários)�Custos com realização de medições de condições ambientais
(ruído, iluminação, vapores, etc.)Benite (2004)
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Custos da Não-segurançaCustosCustos da da NNããoo--seguranseguranççaa
� Custos do transporte e atendimento médico do acidentado
� Prejuízos em função dos danos materiais a ferramentas, máquinas, materiais e ao produto� Pagamento de benefícios e indenizações ao acidentados e suas famílias� Pagamento de multas e penalizações
� Tratamento de pendências jurídicas, tais como processos criminais por lesões corporais, indenizatóriase previdenciárias
� Tempo não trabalhado pelo acidentado durante o atendimento e no período em que fica afastado. � Tempo despendido pelos supervisores, equipe de segurança e médica durante o atendimento
� Baixa moral dos trabalhadores, perda de motivação e conseqüente queda de produtividade� Tempo de paralisação das atividades pelo poder público e conseqüente prejuízo à produção� Tempo para a limpeza e recuperação da área e reinicio das atividades
� Tempo necessário para o replanejamento das atividades� Tempo dos supervisores para investigar os acidentes, preparar relatórios e prestar esclarecimentos às
partes interessadas: clientes, sindicatos, MTE , imprensa, etc.� Tempo de recrutamento e capacitação de um novo funcionário na função do acidentado, durante o seu
afastamento� Perda da produtividade do trabalhador acidentado após seu retorno
� Aumento dos custos dos seguros pagos pelas organizações (voluntários e obrigatórios)� Aumento dos custos para a sociedade em função da maior necessidade de recursos financeiros
(tributações) para que o governo efetue o pagamento de benefícios previdenciários (auxílio doença, pensões por invalidez, etc.), bem como para a manter toda a estrutura de fiscalização
� Custos econômicos relativos ao prejuízo da imagem da organização frente à sociedade e clientes
Benite (2004)
O dobro de itens, com enormes
conseqüências negativas para a
empresa
38 38
Sistema de Gestão da SSTSistema de Gestão da SST
Benite (2004)
Objetivo da SST:“Promover e manter um elevado grau
de bem estar físico, mental e social dos
trabalhadores em todas suas
atividades, impedir qualquer danoscausado pelas condições de trabalho e
proteger contra os riscos da presença
de agentes prejudiciais à saúde.”
OIT
39 39
Sistema de Gestão da SSTSistema de Gestão da SST
Benite (2004)
Sistema de Gestão da SST:“Conjunto de iniciativas da organização
formalizado através de políticas, programas,
procedimentos e processos integrados ao
negócio da organização para auxiliá-la a estar
em conformidade com as exigências legais e
demais partes interessadas e ao mesmo tempo
dar coerência à sua própria concepção
filosófica e cultural para conduzir suas
atividades com ética e responsabilidade
social.” Barreiros (2002)
40 40
Histórico de Normas
19941995
19961997
19981999
20002001
2002
Pré-Projeto da BS 8750
BS 8800
Série UNE 81900
OHSAS 18001
OHSAS 18002 e AS 4801
ILO-OSH
Atualização OHSAS 18001
BS 8750 (BS 8800) – Guia para sistemas de gestão da SSO;
UNE 81900 – Prevenção dos riscos do trabalho – Regras gerais para a implantação de um SG-PRT;
OHSAS 18001 – Serie de avaliação e SSO;
AS 4801 – Sistema de Gerenciamento de SSO;
ILO-OSH – Diretrizes sobre sistemas de gestão de SST.
NR-18
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41 41
Programa de Gestão da SSTPrograma de Gestão da SST
PROGRAMA DE GESTÃO DA SST No. 035
Objetivo: Eliminar atividades com risco 09 (alto) na empresa
Meta: Eliminar 02 atividades com risco 09 (alto) até Dez/2007
Indicador: Número de atividades com risco 09 (alto) no relatório anual de 2005 em relação ao de 2004
Ações e recursos necessários
Descrição Prazo Responsáveis
Estudar a substituição do processo de escavações de tubulões a céu aberto por outro processo com menor risco.Contratar uma assessoria técnica especializada emfundações para auxiliar no estudo.
Até Julho/2007 Diretor Técnico
Passar a utilizar Fôrma Pronta ao invés de produzir fôrmaem obra para excluir a necessidade de bancada de serra.
Até Dez/2007Gerente de
Compras e DiretorTécnico
Levantar os perigos e avaliar os riscos existentes no trabalho com Fôrma Pronta
Até Dez/2007Técnico de SST e
equipes de Fôrmas
.... ... ...
Benite (2004)42 42
Hierarquia da documentação de um SGSSTHierarquia da documentação de um SGSST
Benite (2004)
Registros de SST
Procedimentos OperacionaisInstruções de Segurança
Formulários
Programas de Gestãoda SST
Registros de SST
Procedimentos OperacionaisInstruções de Segurança
Formulários
Planos de Emergência
Registros de SST
Procedimentos OperacionaisInstruções de Segurança
Formulários
Planos de SSTde Obras
Política de SSTObjetivos de SST
Manual do SGSST
NívelEstratégico
NívelTático
NívelOperacional
43 43
Exemplos de controles operacionais de empresa construtoraExemplos de controles operacionais de empresa construtora
Benite (2004)
Processo Controle Operacional
Projetos e Planejamento
Projetos dos SPC (bandeja, guarda-corpos, etc.)Estabelecimento de locais para a afixação de cintos de segurança para os trabalhos desenvolvidos nas periferias e lajeEspecificação de processos construtivos que não utilizem produtos tóxicos ou explosivosEstabelecimento de prazos de construção que não demandem ritmos de trabalho excessivos
Aquisição
Estabelecimento de clausulas ou anexos contratuais específicos de SST que definam as responsabilidades dos subempreiteiros e as instruções de segurança que devem cumprirEstabelecimento de uma sistemática para selecionar subempreiteiros com base no seu desempenho em SST anterior em outras empresasEstabelecimento de um processo de avaliação e feed-back dos subempreiteiros em relação a SSTEstabelecimento de procedimentos para a correta especificação de EPI e SPC
Obras
Instruções para o transporte, movimentação, manuseios, armazenamento e descarte de materiais Instruções para a execução de serviços (alvenaria, demolição, escavação, concretagem, etc.) Instruções para a correta utilização de EPI e implantação de SPC Instruções para a manutenção de equipamentos (grua, guincho de torre, escavadeiras, serra circular, etc.) 44 44
Formulário para o planejamento das açõesFormulário para o planejamento das ações
Benite (2004)
PA – Plano de Ação No. 003
Tipo de ocorrência:(X) não-conformidade real ( ) não-conformidade potencial
( ) acidente ( ) quase-acidente
Ocorrência:Foi detectado um visitante sem os devidos EPI - Equipamentos de Proteção Individual circulando no canteiro de obra XYZ.
Correção: O visitante foi orientado a sair da obra com o devido acompanhamento do engenheiro de segurança.
Causas: O proprietário do apartamento 85 foi visitar seu apartamento (em construção) e o vigia da obra permitiu sua entrada. A visita do proprietário não era permitida na fase de construção segundo clausula contratual
Ações e recursos necessários
Descrição Prazo Responsáveis Situação
Orientar verbalmente os vigias da obras sobre a proibição de entrada de proprietários durante a fase de construção.
imediato Eng. João Carlo Realizado
Criar formulário para o controle de entrada de visitantes nas obras e sistemática de treinamento de novos vigias.
15 dias Eng. Jobson Realizado
Avaliação da Eficácia
A ações realizadas foram eficazes, pois durante 6 meses não houve a ocorrência de casos semelhantes em nenhuma das obras da empresa
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Ubiraci E. Lemes de Souza12
Escola Politécnica da USPDept. de Engenharia de Construção Civil
PCC-2302 – Gestão da Produção na Construção Civil IIoutubro 2007 – aula 11 – Gestão de RH
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Redução das ocorrências em SST (quase-acidentes e acidentes)Redução das ocorrências em SST (quase-acidentes e acidentes)
Benite (2004)
Total de Ocorrências de SST - 2003
21
11
9
3
1
87
5
9
1
10
0
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Média 1o. Sem = 9,15
Média 2o. Sem = 5,00
Tibério Construções e Incorporações Ltda.Certificada OHSAS em novembro de 2002
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Norma Regulamentadora - 18 – NR 18 (MTb)Norma Regulamentadora - 18 – NR 18 (MTb)
NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
Estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de
organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos
processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da
Construção
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Norma Regulamentadora - 18 – NR 18 (MTb)Norma Regulamentadora - 18 – NR 18 (MTb)
Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - PCMAT
• obrigatórios a elaboração e o cumprimento do PCMAT nos estabelecimentos com 20 trabalhadores ou mais;
• Documentos que integram o PCMAT: a) memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e operações, levando-se em consideração riscos de acidentes e de doenças do trabalho e suas respectivas medidas preventivas;
b) projeto de execução das proteções coletivas em conformidade com as etapas de execução da obra;
c) especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem utilizadas;
d) cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT;
e) layout inicial do canteiro de obras, contemplando, inclusive, previsão de dimensionamento das áreas de vivência;
f) programa educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e doenças do trabalho, com sua carga horária. 48 48
Norma Regulamentadora - 18 – NR 18 (MTb)Norma Regulamentadora - 18 – NR 18 (MTb)
Principais capítulos
• 18.3. PCMAT• 18.4. Áreas de vivência • 18.5. Demolição • 18.6. Escavações, fundações e desmonte de rochas• 18.7. Carpintaria • 18.8. Armações de aço• 18.9. Estruturas de concreto • 18.10. Estruturas metálicas • 18.11. Operações de soldagem e corte a quente • 18.12. Escadas, rampas e passarelas • 18.13. Medidas de proteção contra quedas de altura • 18.14. Movimentação e transporte de materiais e pessoas• 18.15. Andaimes
Francisco Ferreira CardosoMercia S. Bottura de Barros
Ubiraci E. Lemes de Souza13
Escola Politécnica da USPDept. de Engenharia de Construção Civil
PCC-2302 – Gestão da Produção na Construção Civil IIoutubro 2007 – aula 11 – Gestão de RH
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Norma Regulamentadora - 18 – NR 18 (MTb)Norma Regulamentadora - 18 – NR 18 (MTb)
Principais capítulos
• 18.16. Cabos de aço • 18.17. Alvenaria, revestimentos e acabamentos • 18.18. Serviços em telhados • 18.19. Serviços em flutuantes • 18.20. Locais confinados • 18.21. Instalações elétricas • 18.22. Máquinas, equipamentos e ferramentas diversas • 18.23. Equipamento de Proteção Individual - EPI • 18.24. Armazenagem e estocagem de materiais • 18.25. Transporte de trabalhadores em veículos
automotores • 18.26. Proteção contra incêndio • 18.27. Sinalização de segurança 50 50
Norma Regulamentadora - 18 – NR 18 (MTb)Norma Regulamentadora - 18 – NR 18 (MTb)
Principais capítulos
• 18.28. Treinamento • 18.29. Ordem e limpeza • 18.30. Tapumes e galerias • 18.31. Acidente fatal • 18.32. Dados estatísticos • 18.33. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA
nas empresas da indústria da construção • 18.34. Comitês permanentes sobre condições e meio
ambiente do trabalho na indústria da construção • 18.35. Recomendações Técnicos de Procedimentos• 18.36. Disposições gerais• 18.37. Disposições finais• 18.38. Disposições Transitórias