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aDessa maneira, ex-escravos e estrangeiros teriam que enfrentar enormes restries para possivelmente galgarem a condio de pequeno e mdio proprietrio. Com essa nova lei, nenhuma nova sesmaria poderiad12adfa ser concedida a um proprietrio de terras ouaaad adf seria reconhecidaaa a ocupao por meio da ocupao das terras. As chamadas terras devllolutas, que no tinham dono e no estavam sobre os cuidados do Estado, poderiam ser obtidas somente por meio da compra junto ao governo.aaasaddaqueles que h muito j a possuam. Aquele que se interessasse ema, algum dia, desfrutar da condio de fazendeiro deveria dispor de grandes quantias para obter um terrenao. Dessa maneira, a Lei de Terras transformou a terra em mercadoria no mesmo tempo em que garantiu a posse da mesma aos antigos latifundirios.

Coisificao e AlienaoA alienao do trabalhador relativamente ao produto da sua atividade surge, ao mesmo tempo, vista do lado da atividade do trabalhador, como alienao da atividade produtiva. Esta deixa de ser uma manifestao essencial do homem, para ser um trabalho forado, no voluntrio, mas determinado pela necessidade externa. Por isso, o trabalho deixa de ser a satisfao de uma necessidade, mas apenas um meio para satisfazer necessidades externas a ele. O trabalho no uma feliz confirmao de si e desenvolvimento de uma livre energia fsica e espiritual, mas antes sacrifcio de si e mortificao. A consequncia uma profunda degenerao dos modos do comportamento humano; como deixa claro no texto a professora Lenyra Rique da Silva, a falta de conscincia do trabalhador explorado pelo meio de produo Capitalista (ou seja, a alienao) invariavelmente o induziria a coisificar-se. TRABALHADOR MUTILADO

Fato , entretanto, que a percepo acerca dos malefcios causados pelo novo trabalho comea a ser construda com a maturao ou, como Lenyra Rique da Silva denomina, com o aprofundamento do capital. Esta passagem de um modo de explorao baseado no prolongamento da jornada de trabalho, produzindo um ganho absoluto ao capitalista (a mais-valia absoluta), a uma explorao baseada na intensificao do trabalho, gerando ganhos relativos (a mais-valia relativa), s se mostrou possvel devido prpria heterogeneidade nos modelos de trabalho na qual se encontrava a sociedade. Equiparado ao prprio bem que vendia aos detentores dos meios de produo, a fora de trabalho, visando dar cabo prpria sobrevivncia, o trabalhador se torna uma mercadoria, sendo utilizado durante o processo produtivo irrestritamente e pago pelo minimamente necessrio prpria subsistncia, pagamento este que, seguindo a discusso de Marx acerca do valor e do valor de uso da mercadoria fora de trabalho, encontrava-se aqum do valor realmente produzido pelo trabalhador. Como bem demonstra, o indivduo empreende seu labor na constituio de valores de uso em um perodo de tempo determinado, mas pago apenas pelo seu valor, o necessrio sua sobrevivncia.

Hierarquia de Homens mutiladosA professora Lenyra Rique da Silva aborda em sua anlise que mesmo queles qualificados (trabalhadores) que recebem melhores salrios e sofrem menos peso dos emissrios dos capitalistas dos grandes grupos econmicos. Em outras palavras, os testa de ferro ou intermedirios da explorao, em nenhum momento tambm eles deixam de ser explorados e muito menos de estarem incompletos no espao. Porque em essncia, eles no trabalham para si e por tanto fazem o que os patres mandam.

Ser, Estar e Produzir espao!Faz de toda a vida do homem, unicamente senhor da sua fora de trabalho, uma vida de explorao, de submisso, de alienao material, a qual concretizada em tudo que construdo e feito e que cerca cada um de ns nos diversos momentos do espao geogrfico que se queira considerar. Esse resultado a materialidade da produo no seu dia-a-dia. O ser, estar e produzir espao geogrfico se configuram num lugar sem ficar s a. Um debate intelectual, por exemplo, acontece num determinado recinto e se socializa, ultrapassando fronteiras formais. As descobertas cientficas so feitas em um dado recinto, depois correm o mundo etc. So muitos os exemplos. s pensar. As instncias Ser, Estar e Produzir espao historicamente inseparvel; o que se manifesta na sociedade so todos os atributos relacionados a cada um dela.

Fetichismo do Salrio o responsvel por esconder o trabalhador sua condio de mercadoria ele tem dinheiro, pode trocar, consome, socialmente necessrio. Porm no compreende que faz parte do processo e se aliena duas vezes. No momento que trabalha e no momento que consome.

O espao Geogrfico escapa aos nossos sentidosO espao geogrfico no o que se apresenta diante dos nossos olhos aqui e ali. O que ns vemos ou percebemos so concrees de momentos desse espao. O espao geogrfico uma abstrao em termos de generalizao, de abrangncia. O que existe na superfcie da Terra sem corresponder natureza nata, o resultado das relaes sociais num dado momento histrico ou de rpidas materializaes dessas relaes. Juntos (natureza nata e resultado das relaes sociais), compem a paisagem que poder ser tomada como ponto de partida e de chegada de uma investigao ou de uma interrogao reflexiva. Os donos se escondem, as coisas mandam!Quando mais o capitalismo avana, mais os verdadeiros donos se escondem por trs das coisas que dominam. O nvel de tecnologia empregada nas vrias atividades produtivas revela as manifestaes das relaes sociais, em que extrado mais trabalho vivo ou no. Este sempre ser o grande alimento do capital. A ingerncia da renda da Terra na Questo AgrriaSer dado um enfoque especial ao desenvolvimento desigual do capitalismo, responsvel pela realidade contraditria do espao agrrio: a modernidade de um lado e o atraso do outro e como o capital em ambos os casos vem atuando como o objetivo exclusivo de se apropriar do trabalho alheio. Em linhas gerais, essa a estrutura agrria brasileira caracterizada por uma legtima feio de dominao. Pouqussimos determinam, decidem, mandam, e h uma grande massa de subordinados, espoliados e expropriados. Estes sobrevivem sob as formais mais precrias, com um grande subdesenvolvimento que tem razes na ao avassaladora do capital.

Ligas CamponesasAsLigas Camponesassurgiram em 1946 e foram importantes defensores dareforma agrriano pas antes daDitadura Militar.O Partido Comunista do Brasil (PCB) iniciou um movimento rural ainda na vigncia do regime autoritrio deGetlio Vargas, quando, no cenrio internacional, ocorria aSegunda Guerra Mundial. Naquela ocasio o partido ainda existia legalmente e possua articulao suficiente para criar Ligas Camponesas unindo trabalhadores rurais em vrias cidades do Brasil. Assim, o PCB buscava aumentar seu nmero de eleitores e tambm revelar os interesses dessa classe de trabalhadores, podendo organizao a luta por seus direitos. Mas, apesar da legalidade do partido, as ligas j sofriam com a represso das autoridades.O Estatuto da Terra de 1964O Estatuto da Terra foi criado pela lei 4.504, de 30-11-1964, sendo, portanto uma obra do regime militar que acabava de ser instalado no pas atravs do golpe militar de 31-3-1964.Sua criao estar intimamente ligada ao clima de insatisfao reinante no meio rural brasileiro e ao temor do governo e da elite conservadora pela ecloso de uma revoluo camponesa. Afinal, os espectros da Revoluo Cubana (1959) e da implantao de reformas agrrias em vrios pases da Amrica Latina (Mxico, Bolvia, etc.) estavam presentes e bem vivos na memria dos governantes e das elites.As lutas camponesas no Brasil comearam a se organizar desde a dcada de 1950, com o surgimento de organizaes e ligas camponesas, de sindicatos rurais e com atuao da Igreja Catlica e do Partido Comunista Brasileiro. O movimento em prol de maior justia social no campo e da reforma agrria generalizou-se no meio rural do pas e assumiu grandes propores no incio da dcada de 1960.No entanto, esse movimento foi praticamente aniquilado pelo regime militar instalado em 1964. A criao do Estatuto da Terra e a promessa de uma reforma agrria foi estratgia utilizada pelos governantes para apaziguar, os camponeses e tranquilizar os grandes proprietrios de terra.As metas estabelecidas pelo Estatuto da Terra eram basicamente duas: a execuo de uma reforma agrria e o desenvolvimento da agricultura. Trs dcadas depois, podemos constatar que a primeira meta ficou apenas no papel, enquanto a segunda recebeu grande ateno do governo, principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento capitalista ou empresarial da agricultura.Valor da TerraA terra um meio de produo universal, por isso propriedade privada de uma classe que detm seu monoplio os proprietrios de terra. Ela difere dos demais meios produzidos pelo homem porque estes podem ser reproduzidos continuamente, de forma ilimitada a terra no. Como ela um recurso natural, uma coisa de natureza, ela limitada em termos de quantidade, mas inesgotvel quanto ao uso. Os demais instrumentos de produo se acabam (mquinas etc.), a terra no. Por mais que haja desgaste no seu uso, ela ser cultivvel desde que tratada.

A Questo AgrriaAo se estudar a questo agrria segundo o mtodo de Marx no se deve apresentar apenas a questo do futuro que teria eventualmente a pequena empresa agrcola; mais do que isso, o autor tenta examinar todas as transformaes que sofreu a agricultura nas vrias fases do modo de produo capitalista.Ele constata que o capital se apodera da agricultura, como o faz, se a revoluciona, se torna insustentvel as velhas formas de produo e propriedade e se acarreta ou no a necessidade de novas formas. esta tarefa que se prope o autor no livro. O desenvolvimento industrial conseguiu modificar o carter da produo agrcola. A famlia camponesa que se constitua ela prpria uma cooperativa autossuficiente ou quase totalmente autossuficiente, pois produzia somente produtos para a sua subsistncia, passou a produzir produtos para um mercado. Assim como tambm, passou a buscar no mercado os outros produtos no s agora para a sua subsistncia, mas tambm e muito para o seu suprfluo.O desenvolvimento Econmico da cidade passa a revolucionar as condies econmicas rurais tornando necessria, igualmente, uma revoluo nas condies de existncia da propriedade. O fim da agricultura feudal, os camponeses perdem sua condio de servos e tambm suas melhores terras. Abre-se o caminho para a agricultura capitalista. Com toda a misria reinante na cidade, ela era menor que no campo. A concentrao dos assalariados facilitava a luta pelo trabalho. A necessidade de reproduo da fora de trabalho fez com que surgissem preocupaes com a sade.A DEPENDNCIA DO AGRICULTOR: Quanto mais o estabelecimento agrcola se especializa, e quanto mais animais este possa utilizar uma ou de outra forma, tanto mais rapidamente se processa a comercializao. Mas se desenvolve, igualmente, o comrcio praticado pelo intermedirio, que, no entanto, torna dependente esse agricultor que, em viso alguma do mercado, por isso mesmo cai facilmente em situaes difceis. E dessa maneira, pois, que surge a conhecida e inesgotvel fonte de logros e de explorao do campons.A ATRAO DO URBANO: Quando mais progride o desenvolvimento capitalista, maiores so as diferenas culturais que se estabelecem entre cidade e o campo; tanto mais este se atrasa em relao quela, como maior tambm se torna ainda o nmero de prazeres e de meios de lazer que a cidade vem a oferecer ao campo.O DILEMA DO PEQUENO AGRICULTOR: A revoluo agrcola instala, dessa maneira, um corre corre em que todos so empurrados para frente, sem d nem piedade, at carem exaustos- exceto alguns felizes desalmados que, pisando nos vencidos, conseguem acompanhar o ritmo da corrida; refiro-me, no caso, aos grandes capitalistas. A concepo burguesa distingue a lgica do sistema capitalista industrial do sistema campons, baseada na pouca diminuio dos pequenos estabelecimentos rurais. J a viso socialista popular (marxista) v o contrrio, o fator transformacional da agricultura no gio, ou seja, no endividamento que distancia o campons de sua propriedade e o expulsa de sua casa e sua herdade. A distino da empresa que destina sua produo ao mercado e aquela que produz para consumo prprio. Umas e outras acabam subordinadas indstria, de qualquer forma, se bem que por vias diferentes.Origem: Wikipdia, a enciclopdia livre.Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Verdade (desambiguao).

Diagrama do conhecimento.A palavra verdade pode ter vrios significados, desde ser o caso, estar de acordo com os fatos ou a realidade, ou ainda ser fiel s origens ou a um padro. Usos mais antigos abrangiam o sentido de fidelidade, constncia ou sinceridade em atos, palavras e carter. Assim, "a verdade" pode significar o que real ou possivelmente real dentro de um sistema de valores. Esta qualificao implica o imaginrio, a realidade e a fico, questes centrais tanto em antropologia cultural, artes, filosofia e a prpria razo. Como no h um consenso entre filsofos e acadmicos, vrias teorias e vises a cerca da verdade existem e continuam sendo debatidas.

ndice [esconder] 1 Filosofia2 O portador da verdade3 Tipos de verdade4 Teorias metafsicas da verdade4.1 Verdade como correspondncia ou adequao4.2 Verdade por correspondncia4.3 Desmeno4.4 Deflacionismo4.5 Desvelamento4.6 Pragmatismo5 Teorias formais5.1 Verdade lgica5.2 Verdade em matemtica5.3 Teoria semntica da verdade6 Referncias7 Bibliografia8 Ver tambm9 Ligaes externasFilosofia[editar | editar cdigo-fonte]O primeiro problema para os filsofos estabelecer que tipo de coisa verdadeira ou falsa, qual o portador da verdade (em ingls truth-bearer). Depois h o problema de se explicar o que torna verdadeiro ou falso o portador da verdade. H teorias robustas que tratam a verdade como uma propriedade. E h teorias deflacionrias, para as quais a verdade apenas uma ferramenta conveniente da nossa linguagem. Desenvolvimentos da lgica formal trazem alguma luz sobre o modo como nos ocupamos da verdade nas linguagens naturais e em linguagens formais.

Para Nietzsche, por exemplo, a verdade um ponto de vista. Ele no define nem aceita definio da verdade, porque no se pode alcanar uma certeza sobre a definio do oposto da mentira. Da seu texto "como filosofar com o martelo".1

Mas para a filosofia de Ren Descartes a certeza o critrio da verdade.

Quem concorda sinceramente com uma frase est se comprometendo com a verdade da frase. A filosofia estuda a verdade de diversas maneiras. A metafsica se ocupa da natureza da verdade. A lgica se ocupa da preservao da verdade. A epistemologia se ocupa do conhecimento da verdade.

H ainda o problema epistemolgico do conhecimento da verdade. O modo como sabemos que estamos com dor de dente diferente do modo como sabemos que o livro est sobre a mesa. A dor de dente subjetiva, talvez determinada pela introspeco. O fato do livro estar sobre a mesa objetivo, determinado pela percepo, por observaes que podem ser partilhadas com outras pessoas, por raciocnios e clculos. H ainda a distino entre verdades relativas posio de algum e verdades absolutas.

Os filsofos analticos apontam que a viso relativista facilmente refutvel.

A refutao do relativismo, segundo Toms de Aquino, baseia-se no fato de que difcil para algum declarar o relativismo sem se colocar fora ou acima da declarao. Isso acontece porque, se uma pessoa declara que "todas as verdades so relativas", aparece a dvida se essa afirmao ou no relativa. Se a declarao no relativa, ento, ela se auto-refuta pois uma verdade sobre relativismo que no relativa. Se a declarao no relativa, conclui-se que a declarao "todas as verdades so relativas" uma declarao falsa.

Por outro lado, se todas as verdades so relativas, incluindo a afirmao de que "todas as verdades so relativas", ento, o interlocutor no obrigado a crer na afirmao. Ele livre para acreditar, inclusive, que "todas as verdades so absolutas"

O portador da verdade[editar | editar cdigo-fonte]Alguns filsofos chamam qualquer entidade, aquilo de que podemos dizer que verdadeiro ou falso, de portador da verdade. Assim, portadores da verdade podem ser pessoas ou coisas, sentenas assertivas, proposies ou crenas.2

Tipos de verdade[editar | editar cdigo-fonte]A verdade uma interpretao mental da realidade transmitida pelos sentidos, confirmada por outros seres humanos com crebros normais e despidos de preconceitos (desejo de crer que algo seja verdade), e confirmada por equaes matemticas e lingusticas formando um modelo capaz de prever acontecimentos futuros diante das mesmas coordenadas.[carece de fontes]

Verdade material a adequao entre o que e o que dito.Verdade formal a validade de uma concluso qual se chega seguindo as regras de inferncia a partir de postulados e axiomas aceitos. uma verdade analtica a frase na qual o predicado est contido no sujeito. Por exemplo: "Todos os porcos so mamferos".3 uma verdade sinttica a frase na qual o predicado no est contido no sujeito.4Sofisma todo tipo de discurso que se baseia num antecedente falso tentando chegar a uma concluso lgica vlida.Teorias metafsicas da verdade[editar | editar cdigo-fonte]Ver artigo principal: Teorias da verdadeVerdade como correspondncia ou adequao[editar | editar cdigo-fonte]A teoria correspondentista da verdade encontrada no aristotelismo (incluindo o tomismo). De acordo com essa concepo, a verdade a adequao entre aquilo que se d na realidade e aquilo que se d na mente.

A verdade como correspondncia foi definida por Aristteles no tratado Da Interpretao, no qual ele analisa a formao das frases suscetveis de serem verdadeiras ou falsas. Uma frase verdadeira quando diz que o que , ou que o que no no . Uma frase falsa quando diz que o que no , ou que o que no .

O problema dessa concepo entender o que significa correspondncia. um tipo de semelhana entre o que e o que dito? Mas, que tipo de semelhana pode haver entre as palavras e as coisas?

O mtodo cientfico, por exemplo, estabelece procedimentos para se realizar essa correspondncia. Nesse caso um juzo de verdade V ento legitimado, de forma tal que a comunidade de cientisitas (que partilham entre si conhecimento e experincias) aceita/certifica como verdadeira a proposio P, oriunda da correspondncia realizada entre P(V) e a "realidade emprica", via mtodo cientfico.

Verdade por correspondncia[editar | editar cdigo-fonte]O conceito de verdade como correspondncia o mais antigo e divulgado. Pressuposto por muitas das escolas pr-socrticas, foi pela primeira vez, explicitamente formulado por Plato com a definio do discurso verdadeiro, no dilogo Crtilo: "Verdadeiro o discurso que diz as coisas como so; falso aquele que as diz como no so." (Crtas.,385b;v.Sof.,262 e; Fil.,37c). Por sua vez Aristteles dizia: "Negar aquilo que , e afirmar aquilo que no , falso, enquanto afirmar o que e negar o que no , a verdade." (Met.,IV,7,1011b 26 e segs.;v.V,29.1024b 25).

Aristteles enunciava tambm os dois teoremas fundamentais deste conceito da verdade. O primeiro que a verdade est no pensamento ou na linguagem, no no ser ou na coisa (Met.,VI,4,1027 b 25). O segundo que a medida da verdade o ser ou a coisa, no o pensamento ou o discurso: de modo que uma coisa no branca porque se afirma com verdade que assim; mas se afirma com verdade que assim, porque ela branca. (Met., IX, 10,1051 b 5).

Desmeno[editar | editar cdigo-fonte]De acordo com a teoria desmencionista da verdade, para chegarmos verdade de uma proposio basta tirarmos as aspas da mesma. Por exemplo, a proposio "A neve branca" verdadeira se, e somente se, a neve branca.

Deflacionismo[editar | editar cdigo-fonte]De acordo com o deflacionismo, o predicado de segunda ordem " verdade que " no acrescenta nada frase de primeira ordem qual ele aplicado. Por exemplo, no h nenhuma diferena lgica entre a frase " verdade que a gua molhada" e a frase "A gua molhada".5

Desvelamento[editar | editar cdigo-fonte]Segundo esta concepo, verdade desvelamento. Conhecer a verdade deixar o ser se manifestar. estar aberto para o ser. Nas verses modernas do desvelamento, mais pragmticas, a verdade algo "sempre em construo", e que portanto sempre vai possuir "valor verdade" inferior a 100%.

Posio tpica de Martin Heidegger (em Ser e tempo, pargrafo 44, e na conferncia "A essncia da verdade").

Pragmatismo[editar | editar cdigo-fonte]Para o pragmatismo a verdade o valor de uma coisa.6 Em Habermas a verdade se confunde com a validade intersubjetiva, ou consenso. Se uma proposio no submetida ao crivo da comunidade, nada se pode dizer sobre sua falsidade.

No Empirismo o pragmatismo no se ope correspondncia, mas se funde a ela: a "verdade emprica" como correspondncia obtida por consenso na comunidade cientfica.

Teorias formais[editar | editar cdigo-fonte]Verdade lgica[editar | editar cdigo-fonte]Ver artigos principais: Verdade lgica e Valor de verdadeA lgica se preocupa com os padres de razo que podem nos ajudar a dizer se uma proposio verdadeira ou no. No entanto, a lgica no lida com a verdade no sentido absoluto, como a metafsica. Os lgicos usam linguagem formal para expressar as verdades. Assim s existe verdade em alguma interpretao lgica ou dentro de algum sistema lgico.

Uma verdade lgica (tambm chamada verdade analtica ou verdade necessria) uma afirmao que verdadeira em todos os mundos possveis 7 ou segundo todas as possveis interpretaes, em contraste com um fato (tambm chamado proposio sinttica ou uma contingncia) que s verdadeiro neste mundo, tal como se desenvolveu historicamente. Uma proposio, como "Se p e q, ento p", considerada uma verdade lgica por causa do significado dos smbolos e palavras que a constituem e no por causa de qualquer fato de qualquer mundo particular. Verdades lgicas so tais que no poderiam ser falsas.

Verdade em matemtica[editar | editar cdigo-fonte]Ver artigos principais: Teoria dos modelos e Teoria da provaExistem duas abordagens principais para a verdade em matemtica: o modelo da teoria da verdade e a teoria da prova da verdade.

Com o desenvolvimento da lgebra booliana no sculo XIX, modelos matemticos de lgica comearam a tratar a "verdade", tambm representada como "V" ou "1", como uma constante arbitrria. "Falsidade" tambm uma constante arbitrria que pode ser representado por "F" ou "0". Em lgica proposicional, esses smbolos podem ser manipulados de acordo com um conjunto de axiomas e regras de inferncia, muitas vezes dadas na forma de tabelas verdade.

Alm disso, desde pelo menos a poca do programa de Hilbert, na virada do sculo XX, at a prova dos teoremas da incompletude de Gdel e o desenvolvimento da tese de Church-Turing, no incio daquele sculo, afirmaes verdadeiras em matemtica foram geralmente assumidas como demonstrveis em um sistema axiomtico formal.

Os trabalhos de Gdel, Turing e outros abalaram este pressuposto, com o desenvolvimento de proposies que so verdadeiras, mas no podem ser comprovadas dentro do sistema. 8 Dois exemplos podem ser encontrados nos Problemas de Hilbert. O trabalho sobre os 10 problemas de Hilbert levou, no final do sculo XX, construo de equaes diofantinas especficas, para as quais indecidvel se tm uma soluo, 9 ou, se tiverem, se teriam um nmero finito ou infinito de solues. Mais fundamentalmente, o primeiro problema de Hilbert estava na hiptese do continuum. 10 Gdel e Paul Cohen mostraram que essa hiptese no pode ser provada ou refutada usando os axiomas padro da teoria dos conjuntos. 11 Na opinio de alguns , ento, igualmente razovel tomar tanto a hiptese do continuum quanto a sua negao, como um novo axioma.

Teoria semntica da verdade[editar | editar cdigo-fonte]Ver artigo principal: Teoria semntica da verdadeA teoria semntica da verdade tem como caso geral, para um dado idioma:

'P' verdadeiro se e somente se Ponde "P" refere-se sentena (o nome da sentena), e P apenas a prpria sentena.

O lgico e filsofo Alfred Tarski desenvolveu a teoria das linguagens formais (como lgica formal). Aqui, ele a restringiu desta forma: nenhuma lngua poderia conter seu prprio predicado de verdade - ou seja, a expresso " verdade" somente seria aplicvel a sentenas em outro idioma. A este idioma ele chamou lngua objeto - o idioma sobre o qual se fala. O motivo para sua restrio era que as lnguas que contm seu prprio predicado de verdade conteriam frases paradoxais como "Esta sentena no verdade". Tais sentenas podem, porm, conter um predicado de verdade aplicvel a sentenas em outro idioma.

RefernciasIr para cima Srgio Campos Gonalves, Da premissa metafsica histria do sentido: a Verdade em questo e sua concepo como objeto em Nietzsche, Revista de Teoria da Histria, v. 6, p. 122-138, 2011, ISSN 2175-5892.Ir para cima Crtica na Rede. Crtica: Teorias da Verdade. Pgina visitada em 23 de janeiro de 2012.Ir para cima Portal da Lngua Portuguesa. Dicionrio de Termos Lingusticos. Subdomnio - Semntica. Proposio analticaIr para cima Portal da Lngua Portuguesa. Dicionrio de Termos Lingusticos. Subdomnio - Semntica. Proposio sintticaIr para cima Rorty, Nietzsche e a democracia. A teoria deflacionria da verdade como elo entre Nietzsche e o sonho utpico de Rorty. Por Paulo Ghiraldelli Jr.. Cadernos Nietzsche 4, p. 17-25, 1998..Ir para cima Dicionrio Informal. Pragmatismo. Pgina visitada em 23 de fevereiro de 2012.Ir para cima Ludwig Wittgenstein, Tractatus Logico-Philosophicus.Ir para cima Ver, por exemplo, Chaitin, Gregory L. , The Limits of Mathematics (1997), 89s.Ir para cima M. Davis. "Hilbert's Tenth Problem is Unsolvable." American Mathematical Monthly 80, pp. 233-269, 1973Ir para cima Yandell, Benjamin H.. The Honors Class. Hilbert's Problems and Their Solvers (2002).Ir para cima Chaitin, Gregory L., The Limits of Mathematics (1997) 1-28, 89s.Bibliografia[editar | editar cdigo-fonte]Abdruschin. Na Luz da Verdade.Immanuel Kant. Crtica da razo pura.Immanuel Kant. Crtica da razo prtica.Santo Anselmo. De veritate.Aristteles. Da interpretao.John Austin. 1961. "Truth". In Philosophical papers. Oxford University Press.Pascal Engel. 1998. La vrit: rflxions sur quelques truismes. Paris: Hatier.Espinoza. 1663. Pensamentos metafsicos. Primeira parte, captulo VI.Lenio Luiz Streck. "Verdade e Consenso".Martin Heidegger. 1927. Ser e tempo. Pargrafo 44.Martin Heidegger. 1930. "Sobre a essncia da verdade". In: Victor Civita, editor. Os pensadores: Heidegger. So Paulo: Abril Cultural, 1983, 2a. edio. Traduo de Ernildo Stein...Ver tambm[editar | editar cdigo-fonte]Teorias da verdadeTeoria semntica da verdadeAlfred TarskiParadoxo da realidade ou verdade objetivaCertezaLigaes externas[editar | editar cdigo-fonte]