a vida e os labores de patrick hues mell, por c. ben mitchell

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Eis o esboço desta querida Biografia: “Como os homens e mulheres de Hebreus onze, existiram Batistas do Sul pouco conhecidos de nossa geração “dos quais o mundo não era digno” (Hebreus 11:38). Um destes homens era Patrick Hues Mell” • Nascimento e Primeiros Anos “Sua mãe era uma mulher de notável individualidade de caráter, intelectual e verdadeiramente uma mulher de Deus, criada no modo estrito do antigo Congregacionalismo, e, sem dúvida, perfeitamente familiarizada com o Breve Catecismo de Westminster [...] Um Trecho de uma carta da senhora Mell ao seu filho demonstra sua grande preocupação pela alma dele (deve-se notar que por esta altura Mell, evidentemente, tinha aspirações ao ministério do Evangelho):Meu querido filho [...] Sinceramente, como eu desejo que um filho meu seja ministro, ainda assim tremo com a ideia de educar e dedicar um filho à profissão sagrada sem provas previamente satisfatórias de que a sua alma esteja bem com Deus. Meu coração arde por vê-lo em todos os sentidos da palavra como um verdadeiro Cristão. Você deve exercer um zelo sobre si mesmo, para que as ninharias deste mundo não amorteçam os seus sentimentos sobre as grandes questões; que são: quais são as probabilidades de minha salvação, o que eu fiz ou devo fazer para ser salvo? Lembre-se: os que são de Cristo crucificaram suas paixões e concupiscências, crucifique as suas [...] Eu nunca poderei consentir que você estude para o ministério até que eu tenha alguma prova satisfatória de que seu coração foi convertido a Deus, em santa coerência e constância de caráter. • Conversão e Chamada para o Ministério“Em seu primeiro discurso a uma turma de formandos (1843) na Universidade de Mercer, Mell disse:Seus corações devem ser profundamente imbuídos do espírito do Evangelho. Vocês não devem apenas entender, mas sentir essas verdades; não apenas recomendá-las aos outros, mas amá-las vocês mesmos, e ademais, vocês devem pregá-las e se esforçarem em humilde dependência do auxílio do Todo-Poderoso”. • Seu Pastorado e Carreira em MercerUm contemporâneo disse sobre Mell:Como pregador Dr. Mell é forte, capaz, argumentativo e doutrinariamente são, mantendo a sua audiência fascinada pela clareza das suas afirmações e a força de seu raciocínio. Seus argumentos, fundamentados em premissas sólidas, chegam a conclusões inevitáveis. Sobre as grandes Doutrinas do Cristianismo e especialmente os (chamados) “cinco pontos” na teologia, ele é especialmente capaz. Sobre as Doutrinas distintivas de sua denominação, ele é particularmente forte e conclusivo, sempre refutando aqueles que colocam-se em oposição a ele. Mas, para... jovens pregadores, ele passou a dizer:Impregnem-se, por si mesmos na mente inesgotável da verdade do Evangelho. Isso é necessário para a sua ampla e permanente utilidade, e, como ministros instruídos, vocês são obrigados a fazê-lo. • Na Universidade da Geórgia• O Príncipe dos Parlamentares• O Ataque Nervoso de MellVários dias antes de seu ataque debilitante, Mell estava no púlpito da igreja Antioch...“Devo eu, deixá-los, como eu vos encontrei, fora de Cristo? Devem todos os meus argumentos, minhas súplicas, minhas orações, serem apenas tantas mós amarradas aos seus pescoços para arrastá-los para baixo rumo à perdição? Minhas palavras são claras. Já vos alertei sobre a justa indignação de Deus. Tenho vos cortejado com a doçura do amor de Cristo”. Levantando os olhos, solenemente, ele disse: “Deus é minha testemunha, não me esquivei de vos anunciar todo o conselho de Deus, mas, oh, como posso deixá-los. Para muitos de vocês, eu sinto, será apenas um pouco de tempo, até que tenhamos uma doce conversa em um mundo melhor, mas para vocês que têm resistido à força do Evangelho por tanto tempo, deverei permanecer em juízo contra vocês?” Embora impressionado pensando que o momento de sua própria morte estivesse próxi-mo, Mell foi aliviado pela sua utilidade futura. Depois de sofr

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  • A VIDA E LABORES DE

    PATRICK HUES MELL C. Ben Mitchell

  • Issuu.com/oEstandarteDeCristo

    Traduzido do original em Ingls

    The Life and Labors of Patrick Hues Mell

    By C. Ben Mitchell

    Via: Founders.org

    Traduo por Camila Almeida

    Reviso e Capa por William Teixeira

    1 Edio: Fevereiro de 2015

    Salvo indicao em contrrio, as citaes bblicas usadas nesta traduo so da verso Almeida

    Corrigida Fiel | ACF Copyright 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bblica Trinitariana do Brasil.

    Traduzido e publicado em Portugus pelo website oEstandarteDeCristo.com, com a devida permisso

    do website Founders.org, sob a licena Creative Commons Attribution-NonCommercial-

    NoDerivatives 4.0 International Public License.

    Voc est autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato,

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    A Vida e Labores de Patrick Hues Mell C. Ben Mitchell

    [Jornal Founders 76 Primavera de 2009 pp. 17-32]

    Como os homens e mulheres de Hebreus onze, existiram Batistas do Sul pouco conheci-

    dos de nossa gerao dos quais o mundo no era digno (Hebreus 11:38). Um destes ho-

    mens era Patrick Hues Mell.

    Nascimento e Primeiros Anos

    Nascido em 19 de julho de 1814, Patrick era filho do Major Benjamin Mell de Laurel Hill,

    Georgia, e Cynthia Sumner Mell, da Carolina do Sul. Sabemos pouco sobre os primeiros

    anos de Patrick, exceto que ele era o segundo de oito filhos. O pai do jovem Patrick era um

    homem muito rico, simptico por natureza, e excessivamente generoso [1]. Ele era to

    generoso que que deu a maior parte de sua fortuna, deixando muito pouco famlia aps

    a sua morte, em 1828; trs anos mais tarde a senhora Mell morreu, deixando Patrick, com

    dezessete anos, responsvel por toda a famlia.

    Sendo ainda um mero jovem inexperiente, ele foi forado a confiar exclusivamente em

    seu talento natural para fornecer um meio de sustento para si e para os irmos e irms

    dependentes. Ele abriu mo do pequeno restante de sua parte da propriedade para o

    sustento de seus irmos e irms, e comeou com a determinao de obter uma boa

    educao, e, na medida do possvel, recuperar a posio social e propriedade que

    havia sido perdida pela adversidade de seu pai [2].

    Neste ponto, Mell comeou a sua carreira de acadmico, que perdurou por toda a sua vida.

    Aos dezessete anos, ele ensinou em uma escola primria, em uma cabana de madeira com

    cho de terra em sua cidade natal, Walthourville, Gergia, (cerca de 50 km ao sudoeste de

    Savannah).

    Embora o pai de Patrick nunca tenha professado o Cristianismo, os primeiros anos de Mell

    no foram desprovidos de impresses espirituais. Dr. John Jones, um colega de classe, e

    mais tarde um ministro Presbiteriano, contou sobre a educao de Mell:

    Sua me era uma mulher de notvel individualidade de carter, intelectual e verdadeira-

    mente uma mulher de Deus, criada no modo estrito do antigo Congregacionalismo, e,

    sem dvida, perfeitamente familiarizada com o Breve Catecismo de Westminster [3].

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    Um Trecho de uma carta da senhora Mell ao seu filho demonstra sua grande preocupao

    pela alma dele (deve-se notar que por esta altura Mell, evidentemente, tinha aspiraes ao

    ministrio do Evangelho):

    Meu querido filho:

    tempo de que voc e eu devemos nos comunicar com frequncia, intimidade e confi-

    dencialidade. Se isso no deve ser esperado pelo momento em que voc chegou aos

    quinze anos, quando deve ser procurado? Em uma considerao, eu tenho mais ansi-

    edade, mesmo pavor, em seu nome do que por qualquer um dos meus filhos. Sincera-

    mente, como eu desejo que um filho meu seja ministro, ainda assim tremo com a ideia

    de educar e dedicar um filho profisso sagrada sem provas previamente satisfatrias

    de que a sua alma esteja bem com Deus. Meu corao arde por v-lo em todos os

    sentidos da palavra como um verdadeiro Cristo. Voc deve exercer um zelo sobre si

    mesmo, para que as ninharias deste mundo no amorteam os seus sentimentos so-

    bre as grandes questes; que so: quais so as probabilidades de minha salvao, o

    que eu fiz ou devo fazer para ser salvo? Lembre-se: os que so de Cristo crucificaram

    suas paixes e concupiscncias, crucifique as suas. [4]

    O corao da senhora Mell tanto anelava pela salvao de seu filho, que ela tambm

    escreveu a ele no dia seguinte:

    Digo isso com ansiedade, e escrevo com temor, mas eu o digo com fervorosas ora-

    es pela verdadeira converso de sua alma a Deus, e com alguma esperana de que

    Ele ouvir a petio que tenho me esforado para oferecer por voc h muitos anos.

    Eu repetirei: Eu nunca poderei consentir que voc estude para o ministrio at que eu

    tenha alguma prova satisfatria de que seu corao foi convertido a Deus, em santa

    coerncia e constncia de carter. [5]

    A senhora Mell no viveu para ver seu filho convertido, pois em 1831 o Senhor a levou. No

    entanto, as sementes de suas oraes no foram semeadas em vo. No vero de 1832,

    Mell foi batizado na Igreja Batista do Norte Newport, Liberty County, Georgia, pelo pastor,

    Josiah Samuel Law. No ano seguinte, devido beneficncia de um cavalheiro rico, George

    W. Walthour, Mell conseguiu entrar na turma de calouros de Amherst College, em Massa-

    chusetts. Vrios eventos em Amherst testemunham que, embora batizado, Mell no era

    convertido.

    Em Amherst, as coisas no iam bem entre o menino do Sul e seus mentores do Norte.

    Um deles, especialmente desagradvel para Pat Mell, era um Professor, chamado

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    Fiske. O sangue de Pat ferveu num domingo, quando Fiske estava pregando. Ele fez

    alguns comentrios depreciativos sobre os sulistas. Pat saiu do santurio e foi conde-

    nado por conduta desordeira. O problema surgiu novamente quando Pat se recusou

    a divulgar para o corpo docente os nomes de alguns de seus colegas estudantes que

    estavam sendo acusados de violar as regras do colgio. Ameaado de expulso, ele

    estava determinado a no se intimidar e se manteve firme at o fim. Embora ele no

    quisesse ceder, a faculdade decidiu no expuls-lo [6].

    Mas, sem notificar para Mell, Dr. Fiske escreveu ao benfeitor de Pat acusando o jovem Mell

    de desperdiar dinheiro, fazendo com que o Sr. Walthour retirasse o seu apoio ao jovem

    estudante. Assim, Mell no conseguiu mais permanecer em Amherst. Com pouco mais de

    cinco dlares no bolso, em 1835, Mell andou 25 milhas at Springfield, onde ele foi capaz

    de garantir uma posio de ensino.

    Os prximos quatro anos foram repletos de inquietao para Pat Mell. Mesmo assim, seu

    esprito dinmico e senso de humor o guardaram do total desespero. De Springfield ele se

    mudou para Hartford, Connecticut, onde se tornou diretor associado na Escola East Hart-

    ford. Um ano depois, em 1837, Mell voltou para sua casa no Sul e em pouco tempo conse-

    guiu uma diretoria na Escola Perry Mill, em Tatnall County, Gergia. No ano seguinte, mu-

    dou-se para Montgomery County, onde lecionou na escola Ryal at que, em fevereiro de

    1839, foi-lhe oferecido o cargo de diretor da Escola Oxford Clssica e de Ingls (que era

    uma escola preparatria para Emory College).

    Converso e Chamada para o Ministrio

    Embora incomodado, inquieto e sob presso por vrios anos de trabalho e luta, uma sbia

    providncia estava assistindo o jovem. Um Deus misericordioso o segurou na palma de Sua

    soberana mo. Uma carta escrita em fevereiro de 1939, a Josiah Samuel Law, que o batiza-

    ra oito anos antes, revela que enquanto em Oxford, as oraes de sua me deram frutos

    na vida de seu filho.

    Reverendo e Prezado Senhor:

    Voc tem, sem dvida, estado acautelado por suas prprias observaes, e a partir

    do testemunho de outros, apesar de voc no ter recebido nenhuma confisso minha

    sobre o fato, que tenho sido h alguns anos passados descuidado no que diz respeito

    aos interesses da eternidade, e um apstata da f que eu professei. Quando eu desisti

    de minha esperana, eu estava ausente do Estado e o informei sobre isso, enquanto

    eu pensei (erroneamente, desde ento fui informado), que havia somente duas manei-

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    ras, de acordo com as regras da igreja, pelas quais minha conexo com ela poderia

    ser dissolvida: uma por uma demisso em situao regular, se eu desejasse unir-me

    a outro corpo, e outra pela excomunho. E, eu suponho que a ltima deve ser adminis-

    trada somente quando o membro violou quaisquer das regras bvias de moralidade,

    ou pelo menos segundo o que a Igreja instituiu para regular sua conduta exterior. Meu

    objetivo ao escrever-lhe no momento saber se o meu nome ainda est nos livros da

    igreja, para que eu possa ser capaz de descobrir qual pode ser o meu dever sob as

    circunstncias...

    O Senhor lidou misericordiosamente comigo e teve o prazer de trazer-me das distn-

    cias mais terrveis da incredulidade a humilhar-me aos ps da Cruz. E eu acho que

    posso dizer que tenho a mais firme crena de humildemente descansar em Suas pro-

    messas, que Ele, pelo amor de Cristo, perdoou todos os meus pecados. quase mais

    do que posso compreender, e quando penso em quem eu sou e o que eu tenho sido

    e como eu brinquei com este assunto, eu fico cheio de maravilha que eu possa, possi-

    velmente, chegar a um tal estado de esprito a ponto de crer que eu passei da morte

    para a vida.

    Quando eu me uni igreja, eu ignorava completamente a religio que eu professava.

    Isso eu digo no para limpar-me da imputao de instabilidade, nem em qualquer me-

    dida como uma desculpa, mas como um fato horrvel que eu professei crer em um

    Deus de Quem eu no sabia nada...

    Vivendo pela f em Cristo, lanando mo de Suas promessas e confiando nEle para

    o seu cumprimento. Embora tenha lido muitas vezes e ouvido mais outras vezes

    surpreendente como isso possa parecer-lhe, e no posso surpreend-lo mais do que

    a mim mesmo agora , eu nunca apreendi qualquer ideia como parte do plano do

    Evangelho e, em vez de buscar o testemunho do Esprito de Deus, que pode testemu-

    nhar ao meu esprito que eu nasci de novo, eu olhei para os meus prprios sentimen-

    tos instintivos para a prova da minha aceitao para com Deus, sentimentos sobre

    uma histria pattica, representaes teatrais e harmonia de som, desde ento pro-

    duzidos muitas vezes. E eu estava seguro de que tudo estava certo se eu tivesse

    sucesso em estimular aqueles sentimentos ao levantar de minha cama pela manh e

    ao deitar noite, especialmente se eu pudesse t-los acompanhado de algumas

    lgrimas. Essa, Senhor, era a minha religio. Este foi o alicerce de areia em que eu

    edifiquei, e no foi de se admirar que as ondas do mundo, batendo em minha casa, a

    derrubassem. Os confortos da religio eram para mim, apenas um nome. Eu buscava

    a face Deus, e no porque eu O amava, mas porque eu O temia. Eu olhava para Ele

    no como Algum que podia sorrir para mim e abenoar-me tambm, mas como um

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    Deus irado que me puniria por meus pecados. Renunciei ao mundo no porque eu vi

    a sua vaidade em comparao com as coisas eternas, mas porque eu me senti

    compelido por motivos de segurana; e eu sou obrigado a acreditar embora eu no

    consentiria em confessar a mim mesmo na poca que se eu tivesse a garantia de

    que eu no tinha nada a temer quanto justa indignao de Deus, eu nunca teria

    renunciado a eles e me unido ao Seu povo. Assim era o meu estado religioso quando

    sa de casa para a faculdade. E agora, eu fui colocado em meio a novos cenrios e

    novos associados, a minha ateno e interesse foram absorvidos por outros assuntos.

    Deus e as coisas da eternidade tornaram-se cada vez menos interessantes para mim,

    os meus esforos para criar uma boa condio de sentimento tornaram-se cada vez

    menos rduos, com intervalos frequentes. Da indiferena quanto salvao de minha

    alma, eu deslizei por uma corrente imperceptvel a um desgosto sobre o assunto, at

    uma antipatia sobre ele e, finalmente, aberta e alegremente lancei fora as restries

    que a minha religio imps a mim e me enterrei no mundo. A incapacidade de obter

    aquela mudana de corao que a Bblia falou, me induziu a questionar sua realidade

    e a acreditar que a princpio ela teve a sua existncia apenas na calorosa imaginao

    de entusiastas, e ento, que era uma fbula engenhosamente inventada por sacerdo-

    tes para enganar os smplices e perpetuar o seu poder. E, assim, a Bblia passou a

    ser vista como uma impostura e o povo de Deus como enganadores e enganados, e

    apenas restou para eu consumar a minha incredulidade, o duvidar da existncia de

    um Deus. Sim, com meus olhos virados para o cu, que declaram a Sua glria, e aber-

    tos sobre o belo mundo fsico em torno de mim, que revela a obra de Sua mo, eu

    disse em meu corao, e me alegrei por poder dizer que: no h Deus. Mas, meu

    misericordioso Pai Celestial me perdoou deste pecado.

    Quando penso nas terrveis profundezas de incredulidade em que eu lutei, fico cheio

    de assombro pela longanimidade e misericrdia de Deus, em que Ele, subitamente,

    no tenha me cortado ou tenha me dado mais dureza de corao e cegueira de esp-

    rito para acreditar em uma mentira. E, agora, todo o meu corao estava absorvido

    nas coisas deste mundo. Deus e a religio no eram cogitados, exceto para serem

    blasfemados e zombados, mas no abertamente; pois, motivos de prudncia me leva-

    ram a esconder meu estado, para que eu no chocasse as mentes dos homens e, as-

    sim, foi posta uma barreira no caminho das minhas perspectivas temporais. A ambio

    agora tomava posse de toda a minha alma, um desejo de superar meus companheiros

    em estado mental no tanto que eu fosse capaz de fazer melhor, a ponto de me

    poder me destacar para que todos pudessem contemplar. Isso, a saber, um desejo de

    tornar-me grande no mundo, fora um princpio comigo desde a minha lembrana mais

    remota, embora eu tivesse o bom senso de esconder isso dos meus conhecidos em

    geral, e muitas vezes quando eu era um pobre menino destitudo at mesmo das

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    necessidades da vida, eu poderia deliciar-me imaginado sobre um futuro de grandeza

    e triunfo, nas quais eu pudesse ser o ator. Estes eram apenas sonhos, verdade, mas

    sonhos que expulsavam de meus pensamentos cada coisa que no ministrava a eles.

    E no momento em que estou falando sobre a minha mente ter se tornado to espiritual-

    mente obscurecida, que eu, se pudesse ter conseguido fama, realmente acredito que

    estaria disposto a renunciar, sem o menor pesar do corao, desde ento e para

    sempre, a todo interesse na expiao de Cristo, cuja existncia eu duvidava. Tal era

    o meu estado, quando h um pouco mais que um ano eu voltei para casa.

    Mas, eu estendi isso a um comprimento imprprio. Resta-me relacionar to brevemen-

    te quanto possvel, os meios pelos quais os meus pensamentos foram novamente

    conduzidos para as coisas da eternidade. E aqui eu no tenho nenhum sinal de inter-

    posio para relacionar, nenhuma ocorrncia para indicar como tendo sido fundamen-

    tal para despertar-me a um senso de minha terrvel condio. Mas aprouve a Deus

    que eu fosse colocado em uma situao onde eu pude estar frequentemente sozinho;

    onde, por influncia de Seu Esprito Santo, Ele pde converter meus pensamentos

    interiores e a voz mansa e delicada da conscincia pde ser ouvida. O mundo, tam-

    bm, anterior a isso, comeou a assumir um aspecto mui diferente aos meus olhos.

    As circunstncias que aconteciam, as quais me afetaram, e somente elas de fato, e

    fizeram uma profunda impresso em mim. A experincia me mostrou que o afeto de

    amigos, mesmo que me desejassem o bem, poderia facilmente ser perdido, e que da

    parte do mundo, eu tinha a mesma probabilidade de receber censura por aquilo que

    merecia elogios, como o contrrio. Durante a minha ausncia da Gergia, o tempo

    no dedicado ao exerccio das minhas funes fora gasto em diverses ou em com-

    panhia daqueles que eu possua um comando ilimitado, e, assim, os pensamentos

    sobre a religio no tinham a oportunidade de se introduzirem sobre mim. Mas depois

    de meu regresso eu me envolvi em negcios, na poca, muito contra o meu prprio

    consentimento, em uma parte do pas que est muito mal resolvida, onde no havia

    um nico jovem da minha idade com quem eu poderia me associar; adicionado a isso

    havia o fato de que eu no estava em condies de ocupar o meu tempo de frias

    com os livros. Assim, em certas horas, todos os dias, eu estive sozinho, comigo mes-

    mo. Durante estes perodos Deus agradou-Se em estar perto de mim e de induzir uma

    tal linha de pensamento como a mostrar-me a vaidade das coisas terrenas, e a impor-

    tncia do peso das coisas da eternidade. As objees que eu sustentava contra a

    existncia de um Deus e sobre a autenticidade das Escrituras, agora que tinha a opor-

    tunidade de pensar com calma e sem interrupo, perderam o seu peso. Mais parti-

    cularmente de modo que eu no tinha oportunidade de assinalar as inconsistncias

    de Cristos professos, e raramente ouvia o evangelho pregado. Nesta parte de minha

    experincia no h nada distinto em destaque que eu possa referir como a causa de

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    qualquer resultado do que se seguiu. Comecei dando aulas naquele lugar confessada-

    mente com a crena de que toda a Bblia era uma fbula e, que mesmo se fosse

    verdadeira, ela nunca mais receberia a minha ateno. E os meus passos que eram

    imperceptveis para mim no momento e no podiam ser rastreados, agora eram

    levados a renunciar a todas as minhas dvidas e sentir que, mesmo para mim, a ques-

    to tinha um interesse. Porm, no obstante, por mais de um ano eu brinquei com o

    assunto. Havia aquela dvida que eu tinha que resolver, aquele mistrio para o qual

    eu tinha que olhar, e eu tentei me satisfazer dizendo que a religio era um assunto

    que eu no conseguiria entender. Ento, talvez cedendo influncia do momento em

    que me retirava para um lugar privado e tentava orar, um porque eu no recebia uma

    manifestao milagrosa da presena de Deus no meu corao eu desistiria em deses-

    pero e, talvez, no momento seguinte, com um entusiasmo que poderia me surpreen-

    der, eu conseguiria unir-me com o insensato ao lanar ridculo sobre a Bblia e sobra

    a Religio.

    Mas, para no multiplicar as palavras. Eu continuei nesse estado terrvel at cerca de

    trs semanas atrs, quando Deus Se agradou em trazer-me como uma criana ao p

    da cruz, e fui levado a rogar-Lhe que me salvasse em Seu prprio caminho. Eu sei

    que sou fraco e incapaz de perseverar se eu depender de mim mesmo; mas Cristo

    forte e Ele me disse em Sua palavra, que a Sua graa me basta. Permita-me pedir-

    lhe para fazer parte de suas oraes, assim como eu no tenho nenhuma dvida de

    que eu j fao. Ore por mim, para que eu no mais me iluda, mas para que eu possa

    ser edificado sobre a Rocha Cristo Jesus [7].

    E assim, podemos aprender a partir de sua prpria pena como a graa redentora alcanou

    Pat Mell. A prova de que aquela mudana de corao era real veio no desejo de Pat para

    dar toda as suas foras ao servio do Rei dos reis e Senhor dos senhores. Certamente as

    palavras de sua querida me ecoavam em sua mente: Eu nunca poderei consentir que

    voc estude para o ministrio at que eu tenha alguma prova satisfatria de que seu

    corao foi convertido a Deus, em santa coerncia e constncia de carter. O restante da

    vida de Mell foi uma vvida ilustrao de constncia e diligncia que acompanham um

    verdadeiro chamado para o ministrio. Ao escrever ao pastor Law sobre as suas aspiraes

    para o ministrio da Palavra, Mell reconheceu: Eu sei que eu no sou apto para o cargo;

    mas a preparao do corao com Deus e Ele pode me qualificar para isso [8]. Esta

    crena de que s Deus pode qualificar e capacitar um homem para o ministrio do Evan-

    gelho esteve gravada profundamente no corao de Mell. Em seu primeiro discurso a uma

    turma de formandos (1843) na Universidade de Mercer, Mell disse:

    Seus coraes devem ser profundamente imbudos do esprito do Evangelho. Vocs

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    no devem apenas entender, mas sentir essas verdades; no apenas recomend-las

    aos outros, mas am-las vocs mesmos, e ademais, vocs devem preg-las e se es-

    forarem em humilde dependncia do auxlio do Todo-Poderoso [9].

    Mell tambm cria que, para alguns homens, ele mesmo, em especial, a formao teolgica

    formal fazia parte dos meios Divinos usados para preparar Seus ministros. Embora mais

    educao fosse o objetivo de Mell, Deus j estava guiando-o para um ministrio e forne-

    cendo-lhe os materiais espirituais e intelectuais necessrios para fazer-lhe um homem de

    Deus e um pregador de grande poder.

    No final da primavera de 1840, menos de um ano aps o seu chamado, Mell comeou a

    pregar na comunidade Oxford sob a licena de North Newport Church of Liberty County.

    Durante os dias de semana Mell ensinava na escola preparatria e no Dia do Senhor ele

    pregava em lugares carentes e em torno de Oxford.

    Seu Pastorado e Carreira em Mercer

    Em 1840, Mell casou-se com Lurene Howard Cooper, uma de suas ex-alunas da Academia

    Ryal em Montgomery County, Gergia. Sua unio de 20 anos foi abenoada com oito filhos

    e um amor que era visto neles tanto na adversidade quanto no sucesso.

    Em 17 de fevereiro de 1841, tendo sido fortemente apoiado pelo ex-governador da Gergia,

    George M. Troup, P. H. Mell foi eleito para ocupar a cadeira de Lnguas Antigas da Univer-

    sidade de Mercer, ento localizada em Penfield, por volta de 35 milhas de Athens. Em

    outubro do mesmo ano, Mell foi ordenado ao ministrio pela North Newport Church, sob a

    imposio das mos de B. M. Sanders, W. H. Stokes e Otis Smith (ento presidente da

    Universidade de Mercer). Sua ordenao foi solicitada pela Igreja Batista Greensboro que

    Mell pastoreou pelos dez anos seguintes. W. H. Stokes pregou o sermo de ordenao a

    partir do texto de 2 Timteo 4:2: Que pregues a palavra. E, Mell pregou a Palavra. Um

    contemporneo disse sobre Mell:

    Como pregador Dr. Mell forte, capaz, argumentativo e doutrinariamente so,

    mantendo a sua audincia fascinada pela clareza das suas afirmaes e a fora de

    seu raciocnio. Seus argumentos, fundamentados em premissas slidas, chegam a

    concluses inevitveis. Sobre as grandes Doutrinas do Cristianismo e especialmente

    os (chamados) cinco pontos na teologia, ele especialmente capaz. Sobre as

    Doutrinas distintivas de sua denominao, ele particularmente forte e conclusivo,

    sempre refutando aqueles que colocam-se em oposio a ele [10].

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    Quando, um ano depois, se dirigiu turma de graduandos de Mercer, Mell expressou sua

    avaliao pessoal sobre grande parte da pregao contempornea:

    A demanda pela pregao que animar, de uma vez, todas as faculdades da mente e

    do corao, limitada, e lamento confessar que a oferta cai ainda aqum da demanda.

    As pessoas facilmente se satisfazem, e so conformadas, quando, semana aps se-

    mana, elas ouvem os mesmos princpios iniciais da doutrina de Cristo exclamados aos

    seus ouvidos; e o pregador, tomando licena disso, para saciar sua indolncia, conti-

    nua a substituir o som pela substncia, e busca criar a mesma inconstncia em sua

    audincia [11].

    Mas, para esses jovens pregadores, ele passou a dizer:

    Impregnem-se, por si mesmos na mente inesgotvel da verdade do Evangelho. Isso

    necessrio para a sua ampla e permanente utilidade, e, como ministros instrudos,

    vocs so obrigados a faz-lo [12].

    Os anos do professor Mell em Mercer foram gastos, de modo geral, em utilidade e felici-

    dade. De acordo com o eminente Presidente John Leadley Dagg, sobre Mell, a sua juven-

    tude, sade e corpo vigoroso o habilitaram a ocupar o cargo de disciplinador com notvel

    sucesso [13]. Foi enquanto trabalhava como disciplinador da Universidade de Mercer que

    Mell recebeu dos alunos o apelido de Velho Pat. Pode-se pensar que o cargo de discipli-

    nador em uma escola para pastores Batistas seria uma tarefa de relativa facilidade e segu-

    rana. Este no foi o caso. Em uma noite o Professor Mell foi despertado pelo barulho de

    estudantes universitrios bbados na rua de Penfield. Esses alunos, armados com porretes,

    ameaaram bater no Professor Mell por expor previamente alguns delitos s autoridades

    universitrias. Assim que Mell foi capaz de ver seus rostos, ele se anunciou, chamou-os

    pelo nome, e ordenou-lhes que fossem para os seus quartos e que se dirigissem na manh

    seguinte ao escritrio do Presidente. Quando ele se virou para ir embora, um dos estudan-

    tes lanou o pesado porrete na direo da cabea de Mell. Passando ao lado de sua

    cabea, o porrete atingiu fortemente o seu ombro, paralisando temporariamente o brao de

    Mell. No dia seguinte, o jovem, sbrio e percebendo o que fizera, deixou a universidade

    sem esperar ser expulso.

    Em outra ocasio, a vida de Mell foi salva pela plvora umedecida pela chuva, quando um

    estudante bbado colocou uma pistola no peito do Velho Pat e puxou o gatilho trs vezes.

    A tarefa de disciplinar no ocorria sem seus perigos. Ainda assim, Mell serviu bem nessa

    funo.

    De 1848 at algum momento em 1880, Mell, juntamente com suas responsabilidades de

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    ensino, pastoreou duas, s vezes, trs igrejas. Quando em 1857 Mell assumiu o cargo de

    Professor de Lnguas Antigas da Universidade da Gergia, seu contrato foi feito com a

    condio de que seus deveres de professor no interferissem em suas relaes com as

    igrejas que ele pastoreava [14]. Em 1848, enquanto ainda estava pastoreando a Igreja

    Greensboro, Mell tambm assumiu a Bairdstown Church in Green County. Em 1852, ele foi

    convocado a assumir o comando da Igreja Antioch em Oglethorpe County, tambm. Perce-

    bendo que estas duas ltimas igrejas ocupariam todo o seu tempo, ele foi obrigado a des-

    fazer seu pastorado de dez anos em Greensboro.

    Mell foi um pastor fiel e capaz, bem como um poderoso pregador. Um dos membros da

    Igreja Antioch escreve, depois vinte e seis anos de pastorado da Mell ali:

    Fiquei impressionado que ao mesmo tempo ele era um pacificador, no melhor e mais

    pleno sentido do termo. Ele no procurou harmonizar discrdias, deixando alguns pon-

    tos do caso despercebidos, outros apenas suavizados ou cobertos para que fermen-

    tassem e irrompessem em toda a sua fria; seu plano era o melhor; cada ponto em

    disputa era reunido aos seus prprios mritos e sobre princpio, pelo que poderia ser

    ajustado, e a paz e harmonia asseguradas sobre uma base slida [15].

    Outro disse sobre as suas habilidades pastorais,

    Quanto sua capacidade ministerial e utilidade, o sucesso com que seus esforos fo-

    ram coroados so respostas suficientes mesmo para as crticas mais exigentes a que

    o seu ministrio pudesse ser sujeito. Como pastor, em minha opinio, eu ainda no

    encontrei algum igual. Minha relao amvel e respeito por ele, no passado, foram

    ocasies para a observao de que eu o admirava, e eu pensei que gostaria ter o

    mesmo destino que ele aps a morte. Em nossos servios memoriais, eu referia esta

    declarao, e comentei que meu apego por ele permanecia inabalvel, pois os meus

    amigos consideraram que o meu desejo era ir aps ele quando eu morresse, porque

    eu imaginava que ele estaria muito perto do Salvador, mais prximo em posio,

    talvez, do que eu esperava que me seria concedido [16].

    Mell no era apenas um pastor, disciplinador e professor universitrio, mas tambm um au-

    tor. Ele segurava na mo uma pena pronta, cuja tinta fluiu de 1851 at perto de sua morte.

    O primeiro trabalho escrito de Mell foi o seu tratado sobre a Predestinao e Perseverana

    dos Santos. Como visto anteriormente, Mell era um expositor capaz e um destemido

    defensor dos cinco pontos da teologia. Sra. D. B. Fitzgerlad, um membro da Igreja Antioch,

    relembra:

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    Quando primeiramente convocado a assumir a igreja, Dr. Mell a encontrou em um

    triste estado de confuso. Ele disse que certo nmero de membros estava caindo no

    Arminianismo. Ele amava muito a verdade para soprar quente e frio ao mesmo tempo.

    Se esta era uma igreja Batista, deveria ter doutrinas peculiares a essa denominao

    pregadas nela. E com aquela ousadia, clareza e vigor de discurso que o marcava, ele

    pregou as doutrinas da predestinao, eleio, livre graa, etc. Ele disse que sempre

    foi o seu empreendimento pregar a verdade como ele a encontrou na Palavra de Deus,

    e deixar a questo ali, sentindo que Deus tomaria conta dos resultados [17].

    Sua razo declarada para escrever Predestinao e Perseverana dos Santos (que apare-

    ceu pela primeira vez como uma srie de artigos em The Christian Index) era responder a

    dois sermes impressos, pelo Reverendo Russel Reneau, que foram amplamente distribu-

    dos atravs de partes da Gergia e Tennessee, e tinham sido elogiados como uma refuta-

    o completa do Calvinismo [18]. Mell envolveu-se neste debate escrito, porque ele acredi-

    tava que o corao do evangelho estava em jogo. Ele no acreditava que ele estava entran-

    do em uma discusso mstica sobre alguma controvrsia antiga. Essa era muito mais uma

    questo de vida.

    Eu tenho estado pesaroso, por alguns anos passados, por parte de alguns de nossos

    ministros, em algumas localidades no Sul, com a disposio de renunciar s Doutrinas

    da Graa, em suas ministraes pblicas. Enquanto alguns tenham estado totalmente

    em silncio sobre elas, e at mesmo as tenham pregado, contudo no ostensivamen-

    te, doutrinas no consistentes com elas, outros deram-lhes apenas um assentimento

    frio e indiferente, e alguns poucos as tm abertamente ridicularizado e denunciado.

    Isso, em muitos casos, resultou, sem dvida, em uma carncia de informao, e de

    uma apreenso, por causa disso, que as Doutrinas da Graa so sinnimas de Antino-

    mianismo [19].

    Que Mell no era nenhum formalista frio e que suas doutrinas no o levaram a qualquer

    tipo de fatalismo visto em que aprouve ao Senhor enviar avivamento Igreja Antioch, em

    1852-1853. A partir deste avivamento, o segundo tratado de Mell fluu, Batismo em Seu

    Modo e Sujeitos.

    Esta publicao deve sua existncia s seguintes circunstncias: Durante o ms de

    agosto do ano passado, o Senhor abenoou a igreja Antioch, da qual eu sou o pas-

    tor, com um perodo de refrigrio de Sua presena. Durante seu progresso, tivemos,

    por quase duas semanas, ocasio diria para administrar a ordenana do batismo.

    Como meu costume, eu aproveitei a oportunidade oferecida para abordar as pes-

    soas ao lado da gua, sobre o assunto...

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    Dentro de uma milha de Antioch est situada a Casa de Encontro Metodista, chama-

    da Centre. A prxima Conferncia Trimestral, nomeou o mui estimvel senhor Rev.

    Wm. J. Parks, o Presbtero Presidente, para pregar um sermo sobre o batismo... Isto

    nunca foi anunciado publicamente, creio eu, mas foi geralmente compreendido, que

    isto foi uma resposta s minhas observaes ao lado da gua [20].

    Alm de pregar sobre o assunto do batismo, Rev. Parks tambm distribuiu, no Reino de

    Mell (como a comunidade passou a ser conhecida), uma srie de trabalhos sobre o batismo

    infantil. Como resultado, as igrejas Antioch e Bairdstown solicitaram, em uma conferncia

    regular de negcios, que Mell publicasse seus mui instrutivos discursos sobre o assunto

    do batismo. Assim, mais uma vez vemos Mell lanado em controvrsia. Dizem-nos que o

    livro teve uma grande circulao e que foi fundamental para mudar vrios Pedobatistas

    f e crena da denominao Batista [21].

    Enquanto Mell nunca se desviou um centmetro da defesa da verdade, ele era muito corts,

    no entanto, em relao queles que divergiam dele. A Escritura diz:

    E ao servo do Senhor no convm contender, mas sim, ser manso para com todos,

    apto para ensinar, sofredor; instruindo com mansido os que resistem, a ver se por-

    ventura Deus lhes dar arrependimento para conhecerem a verdade (2 Timteo 2:24-

    25).

    Que este foi o caso com o Pastor Mell visto a partir da seguinte descrio, por seu filho:

    Entre os que estavam sentados sob o seu ministrio por dez, vinte e vinte e cinco anos

    haviam pessoas de outras denominaes que eram to calorosas e amigveis como

    qualquer outro que ele tinha. Alguns irmos metodistas participavam em todas as reu-

    nies e conferncias to regularmente como aqueles de suas prprias ovelhas, e eram

    uma fonte de grande deleite para ele. Eles podiam balanar a cabea com o que cha-

    maram de doutrina difcil, mas eles poderiam apertar a mo dele mui cordialmente

    ao final do sermo e eles solicitavam um compartilhamento de suas visitas, tanto como

    faziam os membros de seu prprio rebanho [22].

    Paulo e Barnab em Mercer?

    Os prximos anos seguintes a 1854 foram tumultuados para Mell, a Universidade Mercer e

    os Batistas da Gergia. Em fevereiro de 1854, John Leadly Dagg deixou vir a pblico que

    ele pensou que havia chegado o momento em que ele seria liberado da presidncia da Mer-

    cer. A oposio a este curso surgiu principalmente devido apreenso sobre a dificuldade

    que surgiria na escolha de um sucessor [23]. A turbulncia surgiu quase profeticamente.

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    Uma declarao proposta sobre a devida razo da resignao de Dagg foi a sua falta de

    fora. Dagg imediatamente registrou seu protesto a esta declarao imprecisa [24]. Mell,

    crendo que o motivo alegado para a demisso de Dagg faria grande injustia a um oficial

    capaz e fiel, redigiu uma petio assinada por todos os professores (com exceo do Dr.

    N. M. Crawford, Professor de Teologia) pedindo que Dagg no fosse aposentado por conta

    de falta de fora. No entanto, o Conselho de Curadores recebeu a renncia de Dr. Dagg

    e logo depois elegeu o Professor Crawford para o cargo de Presidente.

    Logo emergiram entre o Professor Mell e o Presidente Crawford uma diferena de

    opinio a respeito dos deveres pertencentes a cada um, o que resultou em afasta-

    mento, e suas resignaes foram oferecidas ao Conselho [25].

    O fim ltimo desta triste disputa foi semelhante quela que aconteceu entre Paulo e Barna-

    b, e resultou na ruptura entre ambos. Dr. Crawford foi reintegrado pela Diretoria; os Profes-

    sores Mell, Dagg e Hillyer renunciaram; as coisas no comearam a se resolver at que

    chegou o ano de 1856. H muito que pode ser dito sobre essa polmica e muita coisa deve

    ser considerada conjecturas [26]. suficiente dizer que o carter de ningum foi criticado

    durante a tempestade, especialmente o de Mell. No calor da batalha, o Professor Mell foi

    eleito moderador da Associao Batista da Gergia e foi lhe oferecida a presidncia do

    Mississippi College, a reitoria do Instituto Feminino Alabama, e foi convocado para exercer

    o pastorado da Primeira Igreja Batista de Savannah; destes, ele aceitou apenas o primeiro.

    Depois de sua demisso como professor de Lnguas Antigas da Mercer, os estudantes da

    Universidade ofereceram a seguinte homenagem ao seu amado professor.

    Em uma reunio de vinte e nove estudantes da Universidade de Mercer, em Cicer-

    nian Hall, na quinta-feira noite, dia 29 de novembro, as seguintes deliberaes foram

    aprovadas por unanimidade:

    CONSIDERANDO a relao agradvel que Rev. P. H. Mell tem at agora sustentado

    com os estudantes da Universidade de Mercer, como professor de Lnguas Antigas,

    sem mais delongas,

    Resolvemos, que em sua aposentadoria, ele levar consigo os nossos melhores ane-

    los para a sua felicidade futura e o desejo ardente de que em qualquer esfera que sua

    poro seja lanada, seu trabalho seja recompensado com o mesmo sucesso emi-

    nente que o acompanhou durante o seu vnculo com a Universidade Mercer.

    Resolvemos, que, como um testemunho da alta estima e admirao que ns entrete-

    mos em relao a ele, tanto como homem quanto Professor laborioso e competente,

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    ns lhe oferecemos um Basto com a Ponta de Ouro, carregando a inscrio: Prof. P.

    H. Mell, dos estudantes da Universidade de Mercer.

    Resolvemos, que os procedimentos acima devem ser publicados no Temperance

    Banner, Christian Index, e Tennessee Baptist.

    A comoo foi feita, e prevaleceu por unanimidade, de forma que o encontro, no posterior

    sbado noite, resolveu-se em uma Comisso como um todo, e em massa, fizeram a apre-

    sentao conforme a devida formalidade na residncia privada de P. H. Mell [27].

    Na Universidade da Gergia

    Enquanto as guas tumultuosas foram acalmadas, um ano se passou. Um pouco ferido

    pela batalha e certamente mui cansado, Mell foi eleito pelo Conselho de Administrao para

    a cadeira de Lnguas Antigas da Universidade da Gergia, em 11 de dezembro de 1856.

    Ele ocupou este cargo at 1860, quando ele foi eleito para a cadeira de tica e Metafsica

    e feito vice-Reitor da Universidade. Nesse nterim, Mell foi eleito presidente da Conveno

    Batista da Gergia, uma posio que ocupou por um total de 24 anos. Alm disso, a Univer-

    sidade Furman conferiu-lhe o grau de Doutor em Divindade em 1858. Tudo parecia tranquilo

    neste espao de trs anos, mas em 1860, Mell foi novamente empurrado para a batalha.

    A publicao do seu terceiro grande tratado, Disciplina Eclesistica Corretiva, despertou a

    ira de um nmero crescente de Landmarkistas na Conveno Batista do Sul. De acordo

    com seu filho, Mell foi solicitado por um nmero de lderes Batistas a preparar uma obra

    sobre o tema [da disciplina na igreja] que pudesse dar uma concepo clara da relao

    existente entre as igrejas e a condio dos membros da igreja [28]. Primeiramente publica-

    do pela primeira vez como uma srie de artigos nos principais jornais Batistas daquela

    poca, Disciplina Eclesistica Corretiva foi publicado posteriormente em forma de livro pela

    Southern Baptist Publication Society, em 1860. Embora no haja nada de esplndido no

    tratado em si, que poderia levar a pensar que era uma polmica contra o Landmarkismo e

    especialmente contra o tratamento recebido por R. B. C. Howell, da Primeira Igreja Batista

    de Nashville, ainda assim, sendo publicado logo aps o problema de Nashville, todos sabi-

    am o alvo em que Mell mirava. A publicao dos artigos de Mell iniciaram um debate jorna-

    lstico em quase todos os documentos confessionais do Sul. O Professor A. H. Worrell de

    Talladega, Alabama, publicou uma srie de artigos intitulados Reviso de Disciplina Eclesi-

    stica Corretiva, que procurou responder aos argumentos de Mell a partir de uma posio

    Landmarkista e somente acendeu as chamas da controvrsia. Embora alguns autores,

    como os homens cados frequentemente costumam fazer, envolvem-se em assassinato de

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    carter, Mell permaneceu corts e tentou sempre dirigir-se questo, no personalidade

    do autor.

    Quando um escritor tentou defender a posio Landmarkista tomando verso aps verso de

    seu contexto bblico, a nica resposta de Mell foi:

    Eu vejo que o meu irmo atacou minha ltima posio e citou certa Escritura para sus-

    tentar o seu ponto de vista. Agora pelo curso de raciocnio de meu querido irmo, eu

    posso provar algo a partir da Bblia. Posso provar que o irmo deveria se enforcar. A

    Bblia no diz [Judas Iscariotes] retirou-se e foi-se enforcar? (Mateus 27:5), e ela

    tambm no diz: Vai, e faze da mesma maneira? (Lucas 10:37); O que fazes, faze-

    o depressa (Joo 13:27) [29].

    Assim, Mell foi um acrrimo defensor dos princpios Batistas e nunca deixou passar a opor-

    tunidade de falar a verdade em amor contra o erro. Ele tinha um grande senso do absurdo

    e ele manteve uma poderosa capacidade de usar a arma de sarcasmo para defender sua

    posio. A nitidez das armas do sarcasmo e da rplica rpida comearam ainda em seus

    primeiros anos. Como um jovem garoto, ele conheceu maltrato de seus vizinhos, em um

    caminho estreito em que um rapaz no permitia que Mell passasse. Ocupando a caminho,

    o agressor disse: Eu nunca dei lugar a um tolo. Mell simplesmente se afastou e respondeu,

    eu dei [30].

    No ano seguinte publicao Disciplina Eclesistica Corretiva, a Guerra Civil estourou.

    Sendo um forte simpatizante com o Sul, Mell foi um dos primeiros a oferecer seus servios

    para a defesa de sua terra natal. Na abertura da guerra uma companhia de guerreiros foi

    organizada, chamada de Voluntrios de Mell (mais tarde, Fuzileiros de Mell). Enquanto

    os preparativos estavam sendo feitos para enviar os fuzileiros para a dianteira da batalha

    na Virgnia, a esposa de Mell morreu, forando-o a renunciar a sua comisso. No somente

    Mell perdeu sua esposa, mas tambm em 1862, em Antietam, na batalha mais sangrenta

    da guerra, Mell perdeu seu filho mais velho, Benjamin. A correspondncia entre Mell e a

    famlia que assistiu seu filho antes de sua morte muito comovente.

    Mell casou-se em 24 de dezembro de 1861, com Eliza E. Cooper, de Scriven County, Ger-

    gia, e foi pai de seis filhos. Em 1862, Observncia do Sabath, foi publicado como um pan-

    fleto para ser distribudo entre os soldados.

    Em 1863, duas posies muito importantes foram concedidas a Mell. Primeiro, ele foi eleito

    o coronel de milcias por parte dos cidados de Athens, Gergia, com o objetivo de defender

    a parte norte do estado da invaso. Uma parte do comit dos cidados de Athens, ao saber

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    que Mell estava sendo considerado para a posio disse: Ora, ele no sabe nada sobre

    assuntos militares. A que outro membro respondeu: Eu no me importo com isso, eu sou

    por Mell de qualquer maneira. Pois, um homem que pode administrar quatrocentos Batistas

    pode fazer qualquer coisa [31]. O segundo acontecimento na vida de Mell foi sua eleio

    em 1863 para a presidncia de uma denominao que ele ajudou a construir, a Conveno

    Batista do Sul. Mell, que reuniu-se com outros em Augusta, em 1845, ocupou a presidncia

    da Conveno Batista do Sul por 17 anos. De 1863 a 1886, com exceo de oito anos de

    ausncia por causa de enfermidade, Mell presidiu a conveno [32].

    Em janeiro de 1866, com as cicatrizes da guerra gravadas em seu corao, Mell retomou

    as suas funes na Universidade da Gergia. Embora no haja espao aqui para relem-

    brar suas conquistas, tenha certeza, Mell estava convencido de que no poderia haver

    separao entre o sagrado e o secular para o Cristo. Seus labores na Universidade foram

    realizados to diligentemente para o Senhor como o labor que ele assumiu como pastor e

    lder Batista do Sul.

    O Prncipe dos Parlamentares

    Na Conveno Batista do Sul de 1867, reunida em Memphis, Tennessee, Mell foi solicitado

    (por uma resoluo feita por J. P. Boyce) para elaborar um manual de prtica parlamentar

    para o uso da denominao. Um ano depois, um Manual de Boas Prticas Parlamentares

    foi publicado e adotado pela CBS. To generalizada foi a aceitao desta obra, que muitos

    corpos legislativos adotaram o Manual de Mell, inclusive o poder legislativo da Gergia. Co-

    mo parlamentar e oficial Presidente do Tribunal, Mell se destacou, tanto que ele assumiu o

    ttulo de Prncipe dos Parlamentares. Em Direito Parlamentar, um texto designado para

    as classes de autores no Seminrio do Sul, F. H. Kerfoot reconhece:

    Durante os primeiros dez anos que o autor ensinou esta matria, usou como seu livro

    o manual de Prticas Parlamentares, pelo Presidente P. H. Mell. Ele , em muitos as-

    pectos, um excelente livro. E pode muito bem ser suposto que o uso dele durante tan-

    tos anos deve ter deixado sua impresso sobre o professor, e, portanto, sobre as pgi-

    nas seguintes tambm [33].

    Um visitante na Conveno Batista do Sul de 1866, comentou sobre as habilidades de Mell

    como parlamentar:

    Pensamos que o Dr. Mell o melhor oficial presidente que j vimos; e ouvimos muitos

    presentes na Conveno expressarem a mesma opinio. Ele entende perfeitamente

    os deveres do cargo, e age com aquela deliberao, rapidez e firmeza, mas com genti-

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    leza; ele segurava em verificao qualquer um que fosse indisciplinado, e permitia que

    o membro mais humilde e mais modesto da Conveno ganhasse a ateno do corpo.

    Nenhuma presso dos negcios, ou emoo incidia quanto a tais reunies, quando

    as perguntas inesperadas surgiam, poderiam, por um momento, desconcert-lo. Ele

    impressionou a todos com a sua peculiar aptido para o cargo que to graciosamente

    ocupou [34].

    O carisma pessoal de Mell como presidente e oficial ao presidir, foi visto quando:

    Em uma certa reunio da Conveno Batista do Sul, Dr. Mell chamou um irmo para

    presidir o corpo devido a sua ausncia temporria. Os negcios prosseguiram correta-

    mente at que algum fez um movimento que fez muitos levantarem-se, todos claman-

    do pelo reconhecimento da cadeira. O Presidente irremediavelmente bateu na mesa

    por ordem, ordem, mas no havia nenhuma ordem. Dr. Mell foi enviado por algum

    que reconheceu a importncia de um homem calmo na cadeira. Ele voltou e tranquila-

    mente assumiu a liderana da cadeira. Ele bateu levemente o martelo na mesa, e de

    imediato, como que por mgica, a desordem cessou, grupos de membros que forma-

    vam toda a casa e estavam conversando animadamente e em voz alta, dispersaram-

    se e sentaram-se, e o grande corpo se movia de forma suave e ordenada em seu em-

    preendimento, como se fossem alguma grande poro de mquinas sob o controle de

    seu dono [35].

    Talvez tenha sido esta grande popularidade como um parlamentar que tanto ofuscou seus

    dons e habilidades como pastor e telogo, o que mais tem impedido de Mell ser conhecido

    em nossos dias.

    O Ataque Nervoso de Mell

    Os anos entre 1871 e 1873 foram muito problemticos para Mell. O peso das igrejas sobre

    ele, os deveres da Universidade, as responsabilidades denominacionais, sua pena prolfica,

    tudo isso contribuiu para o que se tornou conhecido como o ataque nervoso de Mell. Em

    agosto de 1871, enquanto pregava em Bairdstown, Mell foi apreendido por um ataque que

    o deixou prostrado e quase acabou com sua vida. Por mais de um ano, ele foi incapaz de

    fazer qualquer trabalho ativo. Talvez isso foi um exemplo do que hoje chamamos de burnout

    ministerial. Muitas vezes Mell foi ouvido dizer: Deixe-me desgastar, no enferrujar.

    Juntamente com todas as suas responsabilidades e deveres, no foi tambm seu grande

    fardo pelas almas dos homens que o levaram ao seu ataque? Vrios dias antes de seu

    ataque debilitante, Mell estava no plpito da igreja Antioch e pediu:

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    Devo eu, deix-los, como eu vos encontrei, fora de Cristo? Devem todos os meus ar-

    gumentos, minhas splicas, minhas oraes, serem apenas tantas ms amarradas

    aos seus pescoos para arrast-los para baixo rumo perdio? Minhas palavras so

    claras. J vos alertei sobre a justa indignao de Deus. Tenho vos cortejado com a

    doura do amor de Cristo. Levantando os olhos, solenemente, ele disse: Deus mi-

    nha testemunha, no me esquivei de vos anunciar todo o conselho de Deus, mas, oh,

    como posso deix-los. Para muitos de vocs, eu sinto, ser apenas um pouco de tem-

    po, at que tenhamos uma doce conversa em um mundo melhor, mas para vocs que

    tm resistido fora do Evangelho por tanto tempo, deverei permanecer em juzo

    contra vocs? [36].

    Embora impressionado, pensando que o momento de sua prpria morte estivesse prximo,

    Mell foi aliviado pela sua utilidade futura. Depois de sofrer por quase um ano, o mdico de

    Mell prescreveu um cruzeiro. Aps seu retorno, e com mais um ano de descanso, em 1874,

    Mell retomou seus labores na Universidade de Gergia e ambas as igrejas, com ainda mais

    vigor do que antes.

    Talvez essa experincia atrs do deserto proporcionou a Mell mais tempo para a orao

    e meditao, pois em 1876 a sua Doutrina da Orao foi publicada. Dois anos depois, Mell

    foi eleito Chanceller da Universidade, cargo que ocupou at sua morte em 1888. Sob a sua

    liderana, os administradores estabeleceram colgios filiais em vrias cidades da Gergia,

    a fundao de uma escola de tecnologia (agora Georgia Tech) foi aprovada, e uma estao

    experimental agrcola foi estabelecida. Um contemporneo disse sobre a obra de Mell na

    Universidade:

    A administrao do chanceler Mell foi uma dcada de prosperidade para a Univer-

    sidade. Ele trouxe para o ofcio a longa experincia como professor universitrio, fortes

    convices do dever e da poltica de boa gesto, e a confiana da poderosa denomina-

    o a que pertencia [37].

    Ao todo, Dr. Mell serviu na Universidade da Gergia por 22 anos; na presidncia da Conven-

    o Batista do Sul por 17 anos, e na Conveno Batista da Gergia por 24 anos. Seu minis-

    trio incluiu muitas igrejas e agncias a mencionar, e suas obras escritas circularam ampla-

    mente na segunda metade do sculo XIX.

    Doena e Morte

    Em 12 de dezembro de 1887, Mell pregou o seu ltimo sermo. Ele falou sobre a doutrina

    da eleio, a partir de 2 Tessalonicenses 2:13. No dcimo quinto dia do ms, ele foi forado

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    a deixar de lado todos os seus deveres e buscar descanso, na parte sul da Gergia. Neste

    dia, ele escreveu ao seu filho:

    Minha sade est ruim. Eu me gastei pelo meu excesso de trabalho. Meu mdico me

    ordena o recesso. Muitos dos curadores exortam-me a descansar durante um ms; mas

    eu no posso faz-lo, os meus colegas j esto sobrecarregados, e minhas aulas pode-

    riam ser prejudicadas. No h descanso para mim, seno na sepultura [38].

    No dia vinte e seis de janeiro de 1988, Patrick Hues Mell encontrou seu descanso eterno

    nos braos de Seu amado Pai Celestial. Trs dias antes de sua morte, ele foi ouvido dizer:

    Tenho sido um maravilhoso filho da Providncia, se no for da graa [39]. Seu filho lem-

    brou das ltimas horas de Dr. Mell:

    Em intervalos, ele dizia: Eu entrego a minha alma para Deus em Cristo Jesus a

    Deus seja a glria. Uma vez que eu estive morto, mas agora estou vivo. No outro

    mundo eu sou totalmente compreendido e plenamente apreciado totalmente com-

    preendido e plenamente apreciado. Ele proferiu estas palavras exatamente como es-

    critas repetindo a ltima parte da sentena. Parecia que aqueles que o assistiam

    foram autorizados a penetrar o vu que paira entre este e o outro mundo, e que ele

    realmente viu o sorriso compreensivo e de aprovao no rosto de seu amado Mestre.

    Pouco antes de sua ltima respirao, ele disse: Quase em casa?. E fez um esforo

    para dizer algo mais, porm no conseguiu. Em seguida, ele tentou cruzar os braos

    sobre o peito e morreu tranquilamente adormeceu nos braos de Jesus, por Quem

    ele havia combatido uma luta valorosa, e no final de longos anos de vida til foi levado

    para o seu galardo [40].

    Notas:

    [1] P. H. Mell, Jr., A Vida de Patrick Hues Mell (Louisville, KY: Baptist Book Concern, 1895),

    8.

    [2] Ibid., 10.

    [3] Ibid., 12.

    [4] Ibid., 13.

    [5] Ibid., 15.

    [6] Spencer B. King, Jr., Patrick Hues Mell: Pregador, Pedagogo e Parlamentar, Histria e

    Herana Batista 5 (Outubro de 1970): 187.

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    [7] P. H. Mell, Jr., A Vida de Mell, 33-39.

    [8] Ibid., 41.

    [9] P. H. Mell, Discurso do Professor Mell, Pregado Classe de Graduao do ltimo Dia

    de Formatura, The Christian Index, 18 de agosto de 1843, 515.

    [10] Samuel Boykin, Histria da Denominao Batista na Gergia (Atlanta: The Christian

    Index, 1881), 382.

    [11] Discurso Classe de Graduao, 516.

    [12] Ibid.

    [13] A Vida de Mell, 48.

    [14] Robert Preston Brooks, A Universidade da Gergia (Athens, GA: The University of

    Georgia Press, 1956), 69.

    [15] A Vida de Mell, 55.

    [16] Ibid., 56-57.

    [17] Ibid., 58-59.

    [18] P. H. Mell, Predestinao e Perseverana dos Santos (Charleston, SC: Southern

    Baptist Publication Society, 1851; ed. reimp. Forth Worth, TX: The Wicket Gate, 1983), III.

    [19] Ibid., IV.

    [20] P. H. Mell, Batismo em Seu Modo e Sujeitos (Charleston, SC: Southern Baptist

    Publication Society, 1853), V.

    [21] A Vida de Mell, de 56 anos.

    [22] Ibid., 59.

    [23] John L. Dagg, Autobiografia no Manual de Teologia e Ordem da Igreja (Harrisonburg,

    VA: Gano Books, 1982, ed. reimp.). 49.

    [24] B. O. Ragsdale, Histria dos Batistas da Gergia, Volume 1 (Atlanta, GA: O Comit

    Executivo da Conveno Batista do Estado da Gergia, 1932), 1:102.

    [25] A Vida de Mell, 77.

    [26] Para o cenrio completo veja Ragsdale, Histria dos Batistas da Gergia, 1:101-117 e

    Mell, A Vida de Mell, 76-102.

    [27] The Christian Index, vol. 34, 13 de dezembro de 1855.

    [28] A Vida de Mell, 109.

    [29] Ibid., 114.

    [30] King, Pregador, Pedagogo e Parlamentar, 191.

    [31] A Vida de Mell, 144.

    [32] interessante notar que nos anos de ausncia de Mell como presidente, J. P. Boyce

    presidiu a denominao, e tambm, no ano da morte de Mell, em 1888, Boyce atuou como

    presidente da CBS.

    [33] F. H. Kerfoot, Direito Parlamentar (Nashville, TN: Broadman Press, 1899), VI.

    [34] A Vida de Mell, 153-54.

    [35] Ibid., 159.

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    [36] Ibid., 179.

    [37] Robert Preston Brooks, A Universidade da Gergia, 79.

    [38] A Vida de Mell, 249.

    [39] Ibid., 249.

    [40] Ibid., 251.

    ORE PARA QUE O ESPRITO SANTO use este sermo para trazer muitos

    Ao conhecimento salvador de JESUS CRISTO.

    Sola Scriptura!

    Sola Gratia!

    Sola Fide!

    Solus Christus!

    Soli Deo Gloria!

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    10 Sermes R. M. MCheyne

    Adorao A. W. Pink

    Agonia de Cristo J. Edwards

    Batismo, O John Gill

    Batismo de Crentes por Imerso, Um Distintivo

    Neotestamentrio e Batista William R. Downing

    Bnos do Pacto C. H. Spurgeon

    Biografia de A. W. Pink, Uma Erroll Hulse

    Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

    Doutrina da Eleio

    Cessacionismo, Provando que os Dons Carismticos

    Cessaram Peter Masters

    Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepo da

    Eleio A. W. Pink

    Como Ser uma Mulher de Deus? Paul Washer

    Como Toda a Doutrina da Predestinao corrompida

    pelos Arminianos J. Owen

    Confisso de F Batista de 1689

    Converso John Gill

    Cristo Tudo Em Todos Jeremiah Burroughs

    Cristo, Totalmente Desejvel John Flavel

    Defesa do Calvinismo, Uma C. H. Spurgeon

    Deus Salva Quem Ele Quer! J. Edwards

    Discipulado no T empo dos Puritanos, O W. Bevins

    Doutrina da Eleio, A A. W. Pink

    Eleio & Vocao R. M. MCheyne

    Eleio Particular C. H. Spurgeon

    Especial Origem da Instituio da Igreja Evanglica, A

    J. Owen

    Evangelismo Moderno A. W. Pink

    Excelncia de Cristo, A J. Edwards

    Gloriosa Predestinao, A C. H. Spurgeon

    Guia Para a Orao Fervorosa, Um A. W. Pink

    Igrejas do Novo Testamento A. W. Pink

    In Memoriam, a Cano dos Suspiros Susannah

    Spurgeon

    Incomparvel Excelncia e Santidade de Deus, A

    Jeremiah Burroughs

    Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvao

    dos Pecadores, A A. W. Pink

    Jesus! C. H. Spurgeon

    Justificao, Propiciao e Declarao C. H. Spurgeon

    Livre Graa, A C. H. Spurgeon

    Marcas de Uma Verdadeira Converso G. Whitefield

    Mito do Livre-Arbtrio, O Walter J. Chantry

    Natureza da Igreja Evanglica, A John Gill

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    2 Corntios 4

    1 Por isso, tendo este ministrio, segundo a misericrdia que nos foi feita, no desfalecemos;

    2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, no andando com astcia nem

    falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos conscincia de todo o homem,

    na presena de Deus, pela manifestao da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho est

    encoberto, para os que se perdem est encoberto. 4 Nos quais o deus deste sculo cegou os

    entendimentos dos incrdulos, para que lhes no resplandea a luz do evangelho da glria

    de Cristo, que a imagem de Deus. 5 Porque no nos pregamos a ns mesmos, mas a Cristo

    Jesus, o Senhor; e ns mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

    que disse que das trevas resplandecesse a luz, quem resplandeceu em nossos coraes,

    para iluminao do conhecimento da glria de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porm,

    este tesouro em vasos de barro, para que a excelncia do poder seja de Deus, e no de ns. 8 Em tudo somos atribulados, mas no angustiados; perplexos, mas no desanimados.

    9 Perseguidos, mas no desamparados; abatidos, mas no destrudos;

    10 Trazendo sempre

    por toda a parte a mortificao do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

    se manifeste tambm nos nossos corpos; 11

    E assim ns, que vivemos, estamos sempre

    entregues morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste tambm na

    nossa carne mortal. 12

    De maneira que em ns opera a morte, mas em vs a vida. 13

    E temos

    portanto o mesmo esprito de f, como est escrito: Cri, por isso falei; ns cremos tambm,

    por isso tambm falamos. 14

    Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitar

    tambm por Jesus, e nos apresentar convosco. 15

    Porque tudo isto por amor de vs, para

    que a graa, multiplicada por meio de muitos, faa abundar a ao de graas para glria de

    Deus. 16

    Por isso no desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

    interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

    Porque a nossa leve e momentnea tribulao

    produz para ns um peso eterno de glria mui excelente; 18

    No atentando ns nas coisas

    que se veem, mas nas que se no veem; porque as que se veem so temporais, e as que se

    no veem so eternas.

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