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A Teoria Volume 0

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This a book that describes the theories of some FAAP's students (Fundação Armando Álvares Penteado, SP, Brazil) about the story of life in a journey of self-knowledge...the premium received by these postgraduate students was the publication of this book for brazilian people (7000 units/copies).Enjoy it!Texts in portuguese.

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Este projeto não chegou até aqui por acaso. O fato de ter se transformado em papel impresso evidencia uma primeira vitória.

Ele seguiu o mesmo caminho de algumas idéias privilegiadas, desde que surgem na mente de um criador até a coroação com uma existência material, que se possa divulgar ao mundo.

E para que isto ocorresse contribuíram diversas pessoas.

Neste momento, fazemos menção especial à presidente do Conselho de Curadores da Fundação Armando Alvares Penteado, Sra. Celita Procopio de Carvalho e aos diretores da entidade mantenedora da FAAP, Dr. Antonio Bias Bueno Guillon, diretor-presidente, Dr. Américo Fialdini Jr., diretor-tesoureiro e prof. Victor Mirshawka, diretor-cultural. Sem a anuência da FAAP, e seu apoio, talvez este livro, e seus desdobramentos, não passassem de uma idéia.

Além disso, merecem agradecimento todos os alunos da área de Pós-Gra-duação da FAAP que se dispuseram a utilizar um pouco de seu tempo livre e sua capacidade de refl exão para responder à pergunta chave do projeto: Qual é a sua Teoria sobre a Vida?

Agradecimentos

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A Teoria

As respostas aqui relacionadas comprovarão o empenho e sinceridade de todos ao abordar um assunto tão complicado, ressalvando que a busca nunca foi pela resposta certa...

Em verdade, os propósitos da Pós-Graduação, de promover reflexão sobre o mundo contemporâneo e disseminar o conhecimento que se articula coletiva-mente foram amplamente alcançados com esta primeira edição, que certamente assumirá novos formatos e terá outros desdobramentos.

Finalmente, vale agradecer a toda a equipe de Pós-Graduação da FAAP, em especial ao designer Thiago Targino e ao coordenador de planejamento Mauricio A. de Paula, que tão diretamente participaram do desenvolvimento e acompa-nhamento de todas as etapas.

Se existe um propósito superior que move a todos os envolvidos neste es-forço, certamente é o desejo de se aproximar da verdade, de forma coletiva e cons-trutiva. Não há como agradecer por este desejo sem acreditar que sua origem esteja numa força maior, quem sabe divina.

Victor Mirshawka Junior, Diretor da Pós-Graduação FAAP

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Talvez nós devêssemos parar.

Corremos tanto e não chegamos.

Talvez nós devêssemos pensar.

Corremos tanto e não vencemos.

Talvez nós devêssemos refletir.

Corremos tanto e cansamos.

Talvez nós devêssemos aprender.

Correndo tanto, não tivemos tempo de abrir as asas para voar.

Preâmbulo

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Existe alguma coisa que seja comum a todo ser humano?

Talvez o fato de passarmos pelo mesmo ciclo – nascer, viver, morrer – apesar disto acontecer em tempos diferentes.

Talvez o fato de termos sangue nas veias e uma mesma estrutura genética elementar.

Talvez o fato de termos alguns desejos essenciais: saúde, longevidade, bele-za, felicidade, eternidade. Não está em discussão o entendimento destes em cada cultura, mas sua recorrência.

Talvez o fato de vivermos no mesmo planeta, e estarmos sujeitos às mesmas e implacáveis leis naturais.

Quem sabe o fato de sermos tão diferentes...

Quem sabe o fato de acreditarmos que somos capazes de realizar qualquer coisa, e tentarmos por todas as formas nos convencer disto repetindo infinita-mente para o espelho que somos deuses.

À luz dos modernos avanços científicos, a distância entre o inalcançável e o possível diminuiu assustadoramente. A tendência parece ser a do desapareci-mento desta distância.

Introdução

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A Teoria

De qualquer forma, mesmo que não haja um elemento que nos una de for-ma inquestionável, a não ser nossa diferença, gostamos de brincar disto. De agru-par as pessoas por preferências, por características, por vocações.

Assim nasceu o projeto A Teoria. Da vontade de refletir sobre perguntas essenciais que sempre aguçaram nossa curiosidade, e de unir as pessoas dispostas a escrever suas respostas.

Qual é a sua Teoria sobre a Vida?

Esta é pergunta principal que foi colocada à frente do projeto, como desa-fio a todos os alunos de Pós-Graduação da FAAP.

A resposta a ela certamente depende de outras perguntas e respostas, tais como:

De onde viemos?

Qual é a importância da família?

Como devemos cuidar do meio ambiente?

Qual o nosso propósito na vida?

O que é consciência?

Para onde vamos?

Existe alma?

O que é o amor?

Quem ousou participar do projeto precisou elaborar uma resposta com tamanho equivalente a não mais de duas páginas de texto padrão. O resultado vem a seguir, classificado em ordem alfabética pelos títulos atribuídos pelos or-ganizadores.

No fim, estão juntas pessoas cujas características comuns incluem a dispo-sição para refletir e pensar sobre alguns mistérios da vida, manifestar conclusões e divulgá-las a outros. Em suma, disseminar conhecimento, nos melhores mol-des das modernas redes colaborativas que permeiam o mundo cibernético e que transformam tão velozmente a cultura e os valores da espécie humana.

É importante salientar que o meio de interação com os participantes foi um portal de internet, que divulgou as normas do projeto, intermediou a submissão dos textos e a troca de idéias e experiências entre todos, antes da confecção final do livro.

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Talvez esta iniciativa, como outras similares que vêm se multiplicando, nos permita definir o que realmente é ser humano, e praticar isto com mais intensi-dade.

Fica ao leitor a oportunidade de conhecer todas as respostas, e eventual-mente se arriscar na construção da sua própria.

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Amor e Propósito 15Amor Virtuoso 17Antítese 19Aprendizado 21Aproveitar a existência 23As formas de Deus 25Beleza é estar vivo 27A busca por Deus 29O caminho 31Caminhos 33Ciência, misticismo e religião 35Coincidência ou providência 37Começo, meio e fim 39Consciência 41Crenças 43Degraus da vida 45Diferenças 47Em busca da felicidade 49Encontro 51Evolução 53Evolução Individual 55Fé 57Felicidade 59

Sumário

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A fórmula da vida 61Generosidade 63A história de cada um 65Hoje! 67Homo Homini Lupus 69O inefável 71Início, meio e fim 73Inspiração e transpiração 75Jardineiro 77Maternidade e grandeza 79Meu caminho 81Mistério da vida 83Oportunidades 85Origem e finalidade 87Otimismo e pessimismo 89Pensamento e evolução 91Pensar e questionar 93Plenitude 95Poesia! 97Progresso 101Projeto “A Vida” 103Propósito 105Razão e emoção, ciência e arte 107Reflexões 109O sentido da vida 111Simplicidade 113Sonhando com o impossível 115Sonhos e decisões 117Teoria da natureza 119A teoria do ciclo 121Trinta segundos 123A vida continua 125A vida é o agora 127A vida é o lugar! 129 A vida vale a pena 131Vida, morte, bem e mal 133Vivacidade 135Vivência 137Viver em sociedade 139

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“O que é que eu estou fazendo aqui?”. Sempre me faço esta pergunta e, cada vez que isso ocorre, compreendo um pouquinho mais so-bre a complexidade da vida.

Viemos para este mundo por decisão divina, e acredito plenamente que só iremos embora pelo mesmo motivo – ter a convicção de que um Ser Superior e Todo Poderoso olha por nós me encoraja, me fortalece e me faz querer ser me-lhor a cada dia, buscando a Sua perfeição.

Entendo a vida como um estágio no qual fazemos escolhas que moldam o nosso caráter e que, por sua vez, imprime em nossas almas quem verdadeiramen-te somos. Devemos encará-la como uma oportunidade de obter sucesso, mas não sucesso relacionado a dinheiro e status, e sim sucesso como ser humano.

As situações que a vida nos apresenta estão sujeitas a dois caminhos, duas opções de escolha: uma boa e outra não tão boa. Não estou falando de bem ou mal, nem de certo ou errado, pois são questões totalmente relativas à criação, crenças e culturas; estou falando de escolhas conscientes e de decisões pensadas e sensatas.

Fazer o que deve ser feito nem sempre é fácil, mas ter coragem para tomar as decisões corretas é necessário.

Maira Reia da Silva

Amor e Propósito

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A Teoria

Devemos evoluir. Buscar o melhor para nós é primordial, mas evitar indife-rença às situações que podem prejudicar outras pessoas ou até mesmo o planeta em que vivemos é essencial para o alcance do tão almejado objetivo da vida, o sucesso como ser humano.

Devemos ajudar uns aos outros. Fazer o bem sem esperar recompensa en-riquece nosso caráter e é uma forma eficaz de ficar “de bem com a vida”, além de beneficiar nossa consciência.

Devemos ser gratos. Os acontecimentos de nossas vidas sempre nos ensi-nam: os bons nos trazem alegria e auto-estima, os maus nos educam e fortale-cem. É preciso agradecer a cada resultado obtido e a cada dia que amanhece re-vigorando nossas chances de fazer diferente, nos dando uma nova oportunidade de sermos pessoas melhores.

A gratidão é um sentimento nobre que engrandece a alma e precisa ser pra-ticada sempre que possível.

Vocês podem pensar que é difícil agir dessa maneira, mas eu digo que não é, pois conheço uma forma de conseguir tal proeza: é uma fórmula mágica, que deve ser espalhada por onde formos, chamada AMOR!

Agindo com amor, respeitamos, entendemos, relevamos, lutamos pelo que é justo. Nos tornamos pessoas melhores, mais felizes e damos qualidade a cada dia que vivemos.

Seria este o segredo do sucesso de uma vida? Amar? Eu acredito que sim. E sendo a vida uma oportunidade de amar e melhorar, de aprender e evoluir, sempre que houver a dúvida: “O que é que eu estou fazendo aqui?”, entenderei cada vez mais que estou vivendo, que estou amando, que estou evoluindo e que, com toda certeza, estou fazendo melhor para SER MELHOR!

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O que é a nossa vida? Para onde vamos? Por que viemos? Existe alma?

Estas são perguntas que vamos nos fazer por toda a nossa existência. Salvo em alguns casos, em que as religiões colocam suas “verdades dog-

máticas” que respondem a estas perguntas a seus fiéis e seguidores.

Mas, acima de qualquer filosofia de vida e religião, segue minha teoria so-bre a vida. Ela não vem com o intuito de responder a estas e outras perguntas, e sim como uma “Teoria Padrão”, perfeitamente aplicável a qualquer indivíduo que possui esta dádiva ou este dom que é a vida. E, se verdadeiramente aplicada, será capaz de mudar a vida daquele que a pratica e dos demais que o rodeiam.

A teoria da vida consiste em apenas um pilar: o amor.

O amor é conhecido pelos gregos em três níveis, cada um com seu signifi-cado particular: Eros, Ágape e Philia. E é neste terceiro que baseio minha teoria. Philia significa, em grego moderno, um amor virtuoso, que é um conceito desen-volvido por Aristóteles. Inclui, resumidamente, presença de valores e virtudes.

Nos textos antigos, Philia denotava o tipo de amor que existia entre os membros da família e entre os amigos, um desejo de fraternidade entre os homens.

Paulo Rodolfo de Oliveira Martins

Amor Virtuoso

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A Teoria

A presença das virtudes, por exemplo, poderia corrigir erros brutais que causam conseqüências dolorosas à nossa sociedade. Alguns deles seriam extin-tos de nosso meio caso houvesse o “amor Philia”. Por exemplo: assassinatos, se-qüestros, roubos, corrupção e afins são pura falta de virtude e afeto com os seres humanos.

O amor seria então uma preocupação com o objeto amado. E este objeto pode ser você mesmo, sua vida, seus filhos sua família, seus colegas de trabalho, sua comunidade, sua sociedade.

Pensando assim, se temos a preocupação com este ou aquele objeto, vamos dispensar a ele todo o nosso cuidado, respeito, carinho e atenção, e jamais fare-mos algo que o corrompa, estrague, machuque, suje etc.

Assim, lanço um desafio: Ame! Ame o que e a quem quiser, mas ame e utilize as ferramentas deste amor de forma responsável, sem fazer nada que possa atingir a um terceiro, pois assim você estaria corrompendo o verdadeiro sentido do amor.

Os males da vida estão correlacionados diretamente com a ausência de amor. Os exemplos são muitos e, infelizmente, presentes em nossas vidas: o mais completo dos exemplos é a violência.

Parece simples, mas a prática do amor requer doação, disciplina e é extre-mamente exigente. Mas nunca impossível, e temos belos exemplos, bem perto de nós, de pessoas que não hesitam em se colocar em segundo plano em favor de outra pessoa.

Assim, concluo minha teoria que, como eu disse, não responde a muitas perguntas, mas nos mostra caminhos seguros de como viver de maneira satisfa-tória esta nossa existência.

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Nascemos. Chegamos ao mundo para fazer parte dele. Antes de nós, se-res humanos, as plantas, animais e demais elementos já estavam aqui. Já havia vida no planeta, vivendo em perfeita harmonia. Viemos para

complementar. Mas, para o homem, não era suficiente. E buscamos nos desen-volver.

Nos tornamos seres pensantes, racionais, inteligentes e... civilizados. E achamos que o mundo já não estava tão bom e poderia ser melhorado. Criamos ruas, destruímos matas, criamos casas, derrubamos árvores, inventamos tecnolo-gia, dinheiro, trabalho, bens materiais e viramos escravos de tudo isso.

Evoluímos. Conseguimos voar. Fomos à Lua. Mas ainda precisávamos de mais. Criamos computadores, internet e telefones celulares. A tecnologia se de-senvolve rapidamente, buscamos o sucesso contínuo. Estudamos mais e, mui-tas vezes, sabemos menos. Perdemos a razão. Pensávamos que éramos donos do mundo e escolhemos quem faria parte dele, afinal, precisamos de espaço, preci-samos de conforto.

Brincamos de Deus. Criamos um mundo competitivo. Matamos. Menti-mos. Roubamos. Nos tornamos solitários, egoístas e depressivos. E encontramos a cura para doenças que criamos. Buscamos soluções para a solidão que causa-mos. Somos prisioneiros dos nossos medos.

Antítese

Luciana Luppe da Silva

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A Teoria

Perdemos o controle. E nessa busca desenfreada de prazer e benefícios, es-tamos conseguindo algo que talvez nunca pensássemos conseguir: acabar com essa casa chamada Terra e com tudo o que nela há!

Estamos cansados. E quanto mais evoluímos, mais nos damos conta do quão pequenos somos. Quanto mais buscamos, mais nos damos conta do que não temos. Sem perceber, percebemos que as coisas simples nos fazem felizes e, para alcançá-las, não é preciso perder a saúde, o tempo ou a vida. E mais uma vez nós, seres inconstantes, buscamos. Buscamos o ar nas árvores que derrubamos, buscamos a água pura no rio que poluímos, buscamos o amor que não planta-mos. “Amai-vos uns aos outros”. Não entendemos o recado.

E acordamos. Nos damos conta do caminho que estamos seguindo. Vi-vemos tanto à procura de nós mesmos, que acabamos nos perdendo, perdendo nossa identidade, transformando nossa realidade. Precisamos viver e não apenas sobreviver. É hora de lutar contra nossa extinção.

E lutamos. Através da ação, vem a reação. A mudança agora é necessária, é sobrevivência. Novamente buscamos, mas dessa vez, aquele mundo que que-ríamos mudar e conseguimos. Mas agora será possível voltar atrás? É necessário reaprender, se readaptar, mudar, reformular. É necessário que o homem não olhe mais apenas para si, mas para aquele que está ao seu lado, para os problemas que estão à sua frente, e entenda que o primeiro passo começa em seu interior. Talvez essa seja a missão mais difícil e necessária.

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A vida é uma grande universidade. A nossa entrada nesta instituição, tal como nas outras, é muito difícil e só se torna possível após passarmos pelo mais disputado vestibular: a fecundação, concorrendo com mi-

lhões de espermatozóides.

A universidade da vida é muito exigente, o êxito do aluno depende da sua capacidade, do seu desprendimento para aprender sempre, melhorar a cada dia e persistir, mesmo nas adversidades.

Na universidade da vida, o aluno recebe, todos os dias, oitenta e seis mil segundos. Ao final do dia, se eles não forem gastos, serão zerados. Por isso, preci-sam ser gastos da melhor maneira possível.

A pressão do dia-a-dia na universidade da vida é muito forte, o aluno tem que controlar suas emoções, fazer do perdão um companheiro diário, pensar po-sitivamente e não se importar de onde veio, mas sim aonde quer chegar.

O principal fator que me levou a acreditar que a vida é uma grande univer-sidade foi o encontro com meu pai, que me ensinou e ensina coisas simples - coi-sas que todo pai provavelmente ensina, mas em sua grande maioria não vai além da teoria. Ele não, sua teoria é complementada com muita prática. Que coisas simples são essas? Que práticas são essas?

Aprendizado

Eduardo Cursino

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A Teoria

Desde muito cedo, meu mestre me ensinou que, para finalizar o curso com sucesso, preciso ter objetivos definidos, agir em particular do mesmo modo como agiria em público. Errar é permitido, mas é preciso ser honesto para admi-tir. Aprendi com o mestre que devo tratar meus filhos como visita, que nada dá mais alegria aos filhos que a harmonia entre os pais. É preciso priorizar a família, pois as amizades podem acabar, mas a família é para sempre. Não existe nenhum mal que Deus não possa vencer; quanto mais trabalhar, mais sorte terá; não im-porta quanto você ganha, e sim quanto você poupa; somente quando tiver um novo trabalho, deixe de amar o atual.

Meu principal professor na universidade da vida sempre foi e ainda é muito rigoroso nas suas avaliações, porém é muito justo. Certa vez, me ensinando sobre amizade, ele me disse que muitos são cremados porque não têm amigos para carregar o caixão. Disse também que é preciso conhecer bem os amigos e ainda mais os inimigos.

Poderia escrever muitas páginas sobre os ensinamentos do meu mestre que fazem a diferença no meu dia-a-dia.

Não tenho dúvidas de que estamos aqui para aprender. Por algum motivo, fomos matriculados nesta grande universidade que é a vida e nela aprendemos todos os dias, desde o primeiro até o último.

Quando estou diante daquele homem simples que já me ensinou tantas coisas, encontro respostas para muitas perguntas essenciais. Tenho plena consci-ência de que nossa convivência aqui na universidade da vida um dia se encerra-rá, mas nossos laços serão eternos. Agradeço ao grande reitor por esse encontro maravilhoso.

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Ao indagar sobre o que é a origem da vida, não faço referência alguma às teorias do surgimento da vida: abiogênese e biogênese. Afinal, a ciência tem sempre uma visão baseada em teorias e bases nem sempre provadas

e, ainda por cima, complexas.

Vida é o tempo de existência de um ser vivo neste plano físico que deno-minamos “nosso mundo”, segundo alguns dicionários. Nos RPG´s e games, vida seria a quantidade de energia ou pontos que, ao se acabarem, tiram o personagem do contexto no qual ele se encontra. Já nos sites de pesquisa da internet, encon-tramos outras definições: uma editora de livros religiosos ou uma modelo dotada de um belo corpo.

Prefiro defini-la como o ato de aproveitar e usufruir de nossa existência, e não simplesmente o fato de existir inconscientemente.

Loucura? Afirmo que não usando um simples argumento: eu sei que corte de cabelo uso, de qual matéria é feita a água, ou o que ingeri em minha última refeição. Tudo isso porque vivi, ou porque outras pessoas viveram e registraram esses momentos, ou ainda devido a provas materiais de qualquer coisa que vemos hoje.

Aproveitar a existência

Alexandre Luis Minami

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A Teoria

Faço essa relação pois ninguém sabe ao certo como a vida, em sua definição científica, surgiu. São TEORIAS de que uma célula se uniu a outra, ou forças se juntaram, ou qualquer outra mais complexa desenvolvida por cientistas.

Definido o conceito de vida, iniciarei a explicação sobre o que eu acredito ser a origem da vida entre oito e dez mil anos atrás, quando o homem acabara de tomar consciência de que era diferente de tudo que existia neste mundo; e com o aprendizado da agricultura e o sentimento de organização, o homem caminhava a passos lentos para o aprendizado do sentido de saber viver.

O despertar de sua consciência como sociedade surgia, afinal, nesse mo-mento, o homem estava descobrindo o mundo, mas ainda com as obrigações evolutivas e em busca de melhorias para o seu bem-estar.

Com o passar dos anos, a sociedade, em seu processo evolutivo, cansada dessa obsessão pelo crescimento, volta sua atenção para o bem-estar do indivíduo antes esquecido pelo sentimento do “todo”.

As pessoas incorporaram a compreensão do viver. Ao fazer isso, o homem deu origem a tudo que existe hoje, aplicando conceitos e teorias de acordo com suas experiências desde a época em que o homo sapiens estava se desenvolvendo. E essas teorias mudam com o passar do tempo, afinal, a experiência de gerações se juntam, sempre em busca de uma nova origem.

Concluindo, a origem da vida seria o momento em que o ser humano des-pertou para a idéia de fazer parte de um contexto infinitamente maior que ele, tomando consciência de si e do universo, definindo primeiro o conceito do que era vida para ele e, a partir disso, foi dando “origem à vida e ao universo”, definin-do tudo ao seu redor.

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“...devemos amar a humanidade como a Suas criaturas, compreendendo que todos crescem na árvore de Sua misericórdia, são servos de Sua onipotente von-tade e manifestações de Seu beneplácito... Em suma, toda a humanidade deve

ser tratada com amor, amabilidade e respeito, pois o que vemos neles não são senão sinais e atributos do próprio Deus.”

(Escrituras Bahá’is)

Este certamente é um dos temas mais intrigantes da história de nossa civili-zação: Será que Deus existe? Quem é Deus?

Na história antiga, encontramos figuras como os Deuses Egípcios (Amon-Rá), os Deuses da Mesopotâmia (Tiamat), dentre outros. Muitos arqueólogos e antropólogos acreditam que a figura dos Deuses seja muito comum a todas as civilizações já existentes. As primeiras imagens de Deuses esculpidas em pedras, por exemplo, há cerca de dez mil anos, nada têm a ver com o senhor barbudo pintado por Michelangelo na Renascença.

Para cada religião, a figura de Deus, sempre onipotente e misericordioso, traz ao homem a certeza de que não estamos sozinhos e que o Eldorado e a busca constante pela Vida Eterna são deveres de todos.

As formas de Deus

Lincoln Taddeo

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A Teoria

Minha teoria traz como fonte de pesquisa uma das religiões mais recentes da humanidade: a Fé Bahá’i. Uma religião mundial, independente, com suas pró-prias leis e escrituras sagradas, surgida na antiga Pérsia, atual Irã, em 1844. A Fé Bahá’i foi fundada por Bahá’u’lláh, título de Mirzá Husayn Ali (1817-1892), e não possui dogmas, rituais, clero ou sacerdócio.

Com aproximadamente seis milhões de adeptos, é a segunda religião mais difundida no mundo, superada apenas pelo Cristianismo, conforme afirma a En-ciclopédia Britânica. Os bahá’ís residem em 178 países do mundo, em pratica-mente todos os territórios e ilhas do globo.

Com o propósito de amor à humanidade, a Fé Bahá’i tem como princípio:

A unidade da humanidade; x

A livre e independente busca da verdade; x

A eliminação de todas as formas de preconceito e discriminação; x

A igualdade de direitos e oportunidades para o homem e para a mulher; x

A harmonia essencial entre a religião, a razão e a ciência. x

Mas o que a Fé Bahá’i tem a ver com Deus? Minha teoria propõe que cada indivíduo faça a sua própria pesquisa, busque a Deus em seu mais íntimo pensa-mento e consiga sintetizar aquele que consideramos o princípio de que devemos amar uns aos outros como a si mesmo.

O Deus representado pelas mais diversas religiões, muitas vezes como um homem solteiro, velho e poderoso, pouco a pouco ganha a imagem de compas-sivo e onipotente, auxiliando e guiando a humanidade no caminho do bem, no caminho do bom.

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No começo do ano de 2008, eu recebi um e-mail da Revista Marie Claire para que eu enviasse uma foto minha e um texto sobre o seguinte tema: “Eu sou a pessoa mais bonita do mundo!”.

Tudo isso era para uma matéria sobre beleza. Mesmo a revista sendo des-tinada ao público feminino, resolvi participar, pois percebi a oportunidade de poder compartilhar os pensamentos de um homem sobre beleza e também sobre o meu estado de espírito, no intuito de contribuir com o universo feminino. Além disso, percebi também uma forma maravilhosa de poder dizer que se sentir “bonito” significa estar “vivo”.

O texto que eu escrevi dizia o seguinte:

“Sou a pessoa mais bonita do mundo, porque estou vivo! Hoje, com meus 34 anos de idade, consigo perceber em mim uma beleza que não conseguia en-xergar quando era mais novo.

Hoje me sinto mais leve e percebo refletida em meu sorriso toda a minha imensa satisfação de estar vivo e fazer parte deste mundo.

Hoje não me importo mais com pequenos defeitos estéticos que antes me incomodavam tanto. Pequenas gordurinhas já não me atrapalham mais. Os cabe-

Beleza é estar vivo

Anderson Silva Cabral

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A Teoria

los brancos que teimam em aparecer pouco me importam, pois percebo a beleza da maturidade em minha vida.

Hoje não busco mais a academia de ginástica para conquistar o corpo per-feito, mas sim para me manter o mais saudável possível. Associados a isso, é claro que não poderiam faltar certos cuidados com a alimentação. Nada de radicalis-mo, pois acredito que para me sentir bonito preciso de certos prazeres, como encontrar com amigos em um bar, tomar uma cerveja e bater um bom papo.

A minha receita para nos sentirmos bonitos é muito simples. Basta apre-ciarmos as coisas boas que a vida nos oferece de graça: um pôr-do-sol, um dia de chuva, o contato com as pessoas que amamos. E, acima de tudo, amar!”

Bom, para a minha enorme satisfação, tanto o texto quanto a foto foram es-colhidos para serem publicados na revista. Isso, de certa forma, me deu a certeza de que tudo aquilo que eu queria ter expressado valeu a pena.

A intenção era demonstrar o quanto eu realmente me sinto vivo e bonito. A foto havia sido tirada recentemente, em um momento pra lá de oportuno, afinal, era festa de réveillon, e não tem como ficarmos indiferentes a essa ocasião única de retomarmos nossa vida do zero, mesmo que simbolicamente.

E nos sentirmos bonitos é maravilhoso, ainda mais quando nos propomos a iniciar um novo ciclo de vida. Talvez por isso eu tenha sido escolhido para a matéria. Acontece que estamos reduzindo, a cada ano, as nossas chances de ini-ciar este ciclo. Por mais importantes que sejam as teorias, atualmente elas devem ser transformadas em práticas. Ainda dá tempo. A vida não pode esperar, você não acha?

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Minha Teoria sobre a Vida consiste em afirmar que todo ser humano tem um vazio do tamanho de Deus, e a única forma de sermos verda-deiramente felizes é buscando a Deus.

Se olharmos para a História desde o início da humanidade até os dias de hoje, podemos ver que a humanidade não mudou em questões como: orgulho, egoísmo, ciúme, ira, obsessão, imoralidade, corrupção, roubo, assassinato, etc...

Todos nós desejamos ter uma família, um ótimo emprego ou um negócio próprio, uma namorada(o), marido (esposa), casar ou ser solteiro, farrear e curtir muito a vida, estar com os amigos, beber, ter um belo carro, ser rico, enfim... Mas será que a vida consiste apenas nisso?

Todos nós sentimos um vazio em algum momento de nossas vidas, em que todas as coisas que fazemos perdem o sentido, pois nada que fazemos nos torna felizes de verdade. Sentimos solidão, tristeza e angustia justamente pela falta de propósito que há em nossas vidas. Muitas vezes, esse sentimento não vai embora porque sentimos a falta de Deus em nossa vida. Nada em nossa vida preenche mais do que um relacionamento com Deus, para o qual podemos entregar nossas frustrações, dificuldades, desânimo e tantas situações desafiadoras que passamos na vida, e com as quais Ele pode nos ajudar.

A busca por Deus

Denis Mitsuo Ishihara

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O mundo também anda um caos, os valores se perdem, as pessoas se destro-em tentando preencher esse vazio com a bebida, a comida, estupros, escravidão, incesto, inimizades, pai matando filho, filha matando os pais, pedofilia, drogas, mortes no trânsito, mortes na África e Guerra Santa, coisas que já se tornaram até normais para nós como a bizarrice e a barbárie. Onde chegaremos com toda essa onda de violência, no fim dos tempos?

Nessas épocas difíceis pelas quais passamos, a única esperança é recorrer a Deus e experimentarmos mais sua compaixão. Os problemas não vão desapare-cer, mas muitas vezes Deus usa a dificuldade para falar conosco, e às vezes só por meio delas é que aprenderemos.

Deus pode ser nosso melhor amigo(a), irmão(ã), namorado(a), nosso re-fúgio, pai, mãe, alívio e tudo mais o que precisarmos, pois Ele diz a Moisés: “Eu sou quem sou”. Ou seja, Eu sou aquilo de que você precisa, pois as coisas que buscamos aqui são alegrias momentâneas que passam, assim como a vida. Mas a satisfação e a alegria que Deus nos dá dura para sempre, independente de es-tarmos fracos, pobres e passando por dificuldades. É a confiança em Deus que faz com que não desistamos de um relacionamento com Ele e o maior exemplo de todos foi Jesus Cristo que mesmo sofrendo e passando por provas, dificulda-des, perseguições, foi julgado injustamente e morreu pelos nossos pecados. Por amor a cada um de nós, para que pudéssemos ter um relacionamento com Deus e preencher de uma vez por todas esse vazio, através do amor ao próximo e da mudança de vida. Nada nessa vida acontece por acaso, tudo tem um porque e todos nós somos predestinados a viver e passar por situações boas e ruins , mas certamente Deus tinha um propósito com isso e nos deu uma missão na vida, que é dar o nosso melhor em tudo que fizermos e buscar conhecê-lo com todo nosso coração, alma e mente.

O que eu e você temos feito para deixar nossa marca na história?Ou sere-mos indiferentes, pensando no próprio “umbigo”, como a maioria das pessoas? Para mudarmos todo esse cenário e ao qual nos habituamos.

Que valores deixaremos para as próximas gerações?

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A vida... A Teoria... sobre a vida. Podemos começar assim: Tudo é à toa, desperdício, em vão, é tudo sem importância, se não encontramos “A Verdade”, ”O Caminho”.

Muitas pessoas passam à vida toda sem descobrir o seu caminho, a própria verdade. Atrevo-me a dizer que todos têm caminhos diferentes, mas a verdade de todos é uma só: A verdade é o amor e o caminho para isso são as diferentes maneiras de amar as pessoas em nossa volta; o caminho é qualquer forma de viver esse amor.

Quando não fazemos algo além de nós e vivemos para si, estamos fora do caminho, do real propósito da vida. Acredito que ninguém nasce para ser fe-liz, mas para fazer alguém mais feliz, assim encontramos a verdadeira felicidade. Podemos ver isso quando observamos pessoas ricas, mas sozinhas; pessoas com sucesso profissional, mas infelizes; com ótimo casamento, mas infiéis. Quando dedicamos a nossa vida à nossa própria felicidade, não há outra conseqüência senão a frustração.

O caminho e a verdade são o equilíbrio, a paz, a ausência de ansiedade, a segurança, o reconhecimento do nosso próprio valor e o do próximo. Isso é a vida real, é a vida com valor; sem isso, é tudo em vão. A verdade é tudo que é real,

O caminho

Wagner Mitsumaru Menescal Hirata

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o que realmente vale à pena; é o valor verdadeiro do ser humano, de nós mesmos e dos outros tanto quanto nós; é o pensar além de nós. Porque o mal do mundo tem origem em basicamente duas coisas: baixa auto-estima e egoísmo.

Quando descobrirmos o nosso verdadeiro valor, o valor do nosso seme-lhante seja ele diferente quanto à educação, social ou cultural; quando se vê a vida além da vaidade de deixar nosso nome em um livro ou em algo que nos exalte e observarmos que o que vale na verdade é deixarmos nossa marca nas pes-soas em nossa volta, dando nosso tempo, nossa paciência, nossas palavras, nosso conhecimento, teremos dado nossa vida e tudo o que temos. E quando tivermos consciência que isso deixará conseqüências nessas vidas, marcas que ninguém poderá apagar, teremos encontrado o caminho e a verdade da vida.

O caminho é amar, que deve ser algo contínuo por toda a vida, pois quando morrermos, saberemos que a caminhada não foi em vão, que a vida não terminou com nossa morte, mas ficou no amor que plantamos nas pessoas que conhece-mos.

O caminho nos leva à verdade, que está aí para quem quiser ver. Basta sim-plesmente ver além, viver além, basta amar o AMOR.

Como pode existir bondade, paixão, tolerância sem que seja fruto do amor. Caridade sem amor é esmola, precisamos mais que isso.

Quando se pensa em fazer algo que seja bom para alguém, como se fizésse-mos algo para nós mesmos, nos baseamos em um princípio egoísta.

Devo amar mesmo que eu não receba algo de volta, mesmo que não me amem, mesmo assim eu farei; farei porque eu amo a vida, eu sou grato à vida, grato por sua vida, simplesmente sou feliz em poder amar.

Melhor amar do que ser amado.

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No momento em que nascemos, começamos a percorrer uma estrada chamada “VIDA”. Esta estrada contém desvios, retornos, atalhos, obs-táculos e não possui uma direção correta ou apenas uma linha de che-

gada. Cada um dos caminhos nos levará para um lugar diferente e único.

Todos chegamos à vida sem um objetivo pré-definido, e cada um de nós é responsável pelo caminho que irá seguir. A complexidade das condições em que nascemos e crescemos, das situações que vivemos e de um futuro sempre desconhecido direciona nossas ações, atitudes e moldam ou transformam nossos comportamentos e nossas personalidades.

O comportamento e a personalidade são os responsáveis pelos caminhos que escolheremos em nossas vidas. Alguns desses caminhos possuem imprevistos que encerram nossa caminhada antes do que imaginávamos, outros são atalhos que nos ajudam a vencer grandes desafios. A dificuldade de descobrir por qual caminho devemos seguir é que faz a “VIDA” ser tão intrigante, desafiadora e enigmática.

No início de tudo, somos direcionados por pessoas mais experientes que já conhecem alguns segredos dessa estrada, mas em certo momento de nossa jorna-da adquirimos livre arbítrio para escolher qual o rumo que iremos seguir. Exis-

Caminhos

Anderson Luiz Hass

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tem pessoas que preferem caminhos solitários e que não chamam muita atenção, outros preferem seguir a maioria, num caminho mais seguro e confiável, e alguns mais aventureiros preferem seguir por caminhos até então pouco explorados. Quem está certo? Impossível descobrir...

Estamos todos espalhados por essa estrada, personagens únicos que pen-sam e agem diferente e que, dentro dessa busca pelo sucesso, precisam se conhe-cer, se aceitar e interagir rumo aos seus próprios objetivos. Saber se relacionar é tão importante quanto descobrir os melhores caminhos, pois independente do rumo a ser seguido, sempre teremos pessoas ao nosso lado que permanecerão em nossos caminhos por toda a nossa jornada.

O sonho de conseguir encontrar o melhor caminho nessa estrada é o que traz esperança a todos os andarilhos que peregrinam pelos diversos cantos da “VIDA”, seja atrás de segurança, aventura ou novidades.

Por mais precavido que alguém seja, é certo que enfrentará muitos desafios em sua caminhada. Talvez o segredo seja encarar de frente os obstáculos, até ul-trapassá-los; continuar andando em busca do sucesso, aceitando naturalmente os imprevistos; pegar o retorno sempre que necessário, utilizando o conhecimento adquirido para recomeçar determinados trechos da caminhada; ter a percepção ou a intuição de quais desvios serão úteis em sua jornada; aproveitar e achar os possíveis atalhos sem medo de ser feliz; e nunca deixar de aproveitar tudo o que vê, escuta, descobre e aprende durante nossa jornada na maravilhosa estrada da “VIDA”.

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Nossas indagações a respeito da vida possuem respostas passíveis de duas teorias: uma de cunho científico, que funciona como ciência exata; e outra de cunho místico-religioso.

O conhecimento que advém da leitura sobre o assunto, somada à reflexão apurada da realidade, à observação de fatos e às experiências vivenciadas, é sufi-ciente para que certas questões sobre a vida percam seu significado idealista. O rumo que a evolução de meu pensamento tomou, provavelmente, foi o mesmo de muitos. Na infância, por exemplo, a criança não possui ainda uma boa capa-cidade de avaliar informações. Ela pode atribuir como verdadeiras informações falsas ou equivocadas, transmitidas por um adulto ou alguém de sua confiança. Contudo, conforme acumulamos conhecimento empírico, vamos formando um estado mental de percepção de fatos e objetos que estão ao nosso redor, nossa consciência.

É no decorrer desse desenvolvimento que somos capazes de questionar no-vamente respostas que outrora nos foram dadas. Foi nesse processo que pude, um dia, chegar mais próximo de minha teoria sobre a vida. Descobri que a vida e a morte não pressupõem duas esferas contrapostas de corpo e alma. O ser hu-

Ciência, misticismo e religião

Cristiane Fernanda Aguemi

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mano é fruto da evolução das espécies, assim como qualquer outro ser vivo. E, como tal, volta à matéria.

É justamente nesse ponto de origem de uma nova vida que encontramos o nosso propósito: reproduzir a espécie. Em torno desse objetivo maior, buscamos o parceiro ideal e, mascarando essa mecânica da natureza, está o sentimento que une as pessoas e contribui para que as relações humanas sejam mais harmônicas: o amor.

Muitos acreditam que a alma está aprisionada ao corpo do homem ou que ela é o reflexo de nossos sentimentos. Quando amamos, temos a sensação de flu-tuar. A alma se eleva. Contudo, se não existir este lado espiritual, tão mágico como quando nos acontece um déjà-vu, como explicar nossos sentimentos, nos-sos pressentimentos, premonições e visões?

Na verdade, todo esse conjunto de sintomas está contido no cérebro, este complexo órgão vital dentro do qual ocorrem inúmeras reações químicas res-ponsáveis pelas sensações e ações. A isto eu denomino alma, no sentido de ser aquilo que nos põe em movimento. É esta complexidade de corpo e alma que nos diferencia de todos os outros animais.

A importância da família entra como parte fundamental na constituição de um ser humano. É ela que nos passa grande parte de nossos valores morais, nos ajuda a construir um caráter e nos auxilia em nosso desenvolvimento. Dessa forma, temos a oportunidade de viver melhor, já que há um enriquecimento em nossa formação como ser humano.

Esta teoria se encerra com a questão do meio ambiente, já que sua destrui-ção progressiva pode, no futuro, acabar com nossas fontes de energia vital e com o ciclo de vida e morte.

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Coincidências não existem. Eu acredito em providência Divina ou “Deus-cidência”. Existe sempre uma sintonia, quando tudo gira em perfeita harmonia. Como o cosmo é lindo! Principalmente sem lixo cósmico,

que começa a cair sobre a Terra.

Olha-se a vida e verifica-se o quanto o homem já aprendeu, riu, chorou, amou, odiou e o quanto ainda está por vir. Quantos Sóis ainda raiarão para aque-cer a Terra? Quantas Luas ainda surgirão no céu para clarear as noites?

Será que ainda tem gente que repara na beleza da Lua? Ou a “falta de tem-po” também impede que se aproveite a beleza da natureza? A pressa e o consu-mismo consomem o homem, seu tempo, sua disposição e sua vivacidade.

Quantos vivem a própria vida como meros espectadores, sendo que a vida é para ser vivida ativamente no presente, porque é um presente de Deus. Este tem que ter o maior peso na balança, pois, se a pessoa vive apenas lembrando o passado, ou carregando suas culpas e desculpas, o presente se torna um fardo. Ou se ela fica sonhando com um futuro, o presente acaba, e o futuro chega sem ter sido plantado. O que não é plantado não tem colheita e não pode dar frutos, e os sonhos não se realizam.

Coincidência ou providência

Marília Lacerda Muniz de Melo Sousa

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De volta à realidade! Hoje já é provado que, em uma família estruturada, os filhos crescem com menos problemas psicológicos e têm mais chances de serem bem-sucedidos que os de famílias desestruturadas. Enfim, isto só prova que o amor é a chave para tudo; amor pela vida, por si próprio, pelo próximo, pelo ser amado, pela natureza.

Vejam só: Jesus veio para ensinar a amar, pois Ele mostrou que o reino dos céus é para o agora e sempre. Tudo isto começa em nós. Deveríamos ser a civili-zação do amor; no entanto, o homem tornou-se desamor, medo, medo da ajuda mútua, da responsabilidade social, sabendo que o que se faz aqui vai refletir do outro lado. Toda ação exerce uma reação no sentido contrário e de igual valor - lei antiga que só no final do último milênio foi completamente compreendida (desmatamento, aquecimento global, desigualdade social).

Será que nossos netos ainda irão conhecer as focas, os ursos polares, as tar-tarugas marinhas e o boto cor-de-rosa? Maravilhas dadas por Deus com as quais o suposto desenvolvimento humano está prestes a acabar.

Os corações desaprenderam o real significado do amor. Como disse John Lennon, “all we need is Love”. Vamos aprender com os erros e desafiar a inteli-gência humana a mudar e se acostumar com novos hábitos, como gastar pouca água e luz, escolher o orgânico, a preservação. Precisamos nos focar nas fontes renováveis de energia e exigir que os produtos se tornem menos poluentes e com custo acessível para todos.

Ainda há tempo para mudanças, e há como mudar.

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A vida é um começo, meio e fim. Sobre o começo, já sabemos como acon-tece. O meio é o que nos motiva. E o fim? Não planejamos o fim. Esta-mos sempre preocupados com o meio e, mesmo assim, a preocupação

não é com a vida em si, mas com os meios para que ela siga para algum lugar. Alguns imaginam que têm o controle da própria vida. Outros querem mais é que sua vida seja levada sem a menor preocupação, porque sempre haverá um fim. O mais interessante é que, independente da história de cada um, ninguém escapa do começo, do meio e do fim. Nenhuma crença, por mais diferente que seja, conseguiu escapar desta equação. Vários pensadores desenvolveram excelentes teorias para explicar o óbvio e para acalentar a mente das pessoas. Será mesmo que existe algo além do começo, do meio e do fim?

O começo, quem dera, fosse igual para todo mundo! O meio, se fosse to-talmente dependente dos sonhos, seria fantástico, na maioria das vezes. E o fim, quem pensa no fim? O máximo que se deseja é que seja um fim tranqüilo, sem sofrimento.

Perfeito, não é mesmo? O que lembrarão de você depois do fim? Esta é a grande onda do momento... deixar um legado para a posteridade. Mas e o fim propriamente dito? Melhor não pensarmos, não fomos feitos para isso. A nossa

Começo, meio e fim

Sergio Valentim de Azevedo

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natureza defende a vida com unhas e dentes. Ela está em primeiro lugar. Não há racionalidade para simplesmente terminar, colocar um ponto final. O fim está fora do controle, ele simplesmente acontece de acordo com o que foi o meio. A qualidade do meio é que leva a vida. O meio é o senhor do nosso destino. Ninguém decide o meio, ele simplesmente acontece, assim como o início e o fim. Mas o que torna o meio especial? Depende dos valores individuais. Duas vi-das iguais podem produzir uma pessoa com plenitude e outra desgostosa. Então, qual o segredo? Uma boa vida depende principalmente da maneira como o seu condutor explora as oportunidades que lhe são dadas. Há sempre duas escolhas.

É importante não acertar sempre. A vida precisa de Felicidade, mas o so-frimento é imprescindível para o crescimento e o desenvolvimento. O equilíbrio é algo que está presente, como uma mágica, em tudo que fazemos e em como a vida se move. Então a chave é o equilíbrio? Evidentemente, o equilíbrio será o regulador imprescindível para quem deseja viver sua vida intensamente. Os fa-tores cotidianos nos provam que o caminho do equilíbrio sempre será a decisão sensata.

Entender como aplicar o equilíbrio que move a vida não é uma tarefa fácil, principalmente para quem já tem alguns anos de vida. É importante que o equi-líbrio aconteça no começo e no meio, porque o fim será simplesmente uma con-seqüência. Nesse dia, você descobrirá a contribuição para o equilíbrio do meio daqueles em que você fez a diferença no começo!

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VIVER: nascer, crescer, transformar. Fazer nascer, fazer crescer, deixar transformar. Ver nascer, ver crescer, ver transformar. Tornar-se parte es-pontaneamente. Esta é a história de uma família, de um casal, de uma

pessoa, da humanidade.

Como entender a vida, se sou parte de algo maior, tão incongruente e di-verso? A certeza, quanto mais busco alcançá-la, mais distante se torna.

Sou o que chega aos meus cinco sentidos. Sou o que vivo, o que percebo, o que sinto. Faço relações com meu repertório acumulado e devolvo em forma de nova informação, que detona novos processos e que, entropicamente, perpetuam a complexidade. Absorvo, mas também partilho. Busco a sabedoria através da observação e ofereço o exemplo, bom ou ruim.

Impossível conceber a vida sem admitir inter-relações. E relacionar-se exige respeito, que pressupõe amor, tão nobre sentimento que, vulgarizado, assume figura piegas, lugar-comum, clichê.

Muitos já se debruçaram sobre a definição de amor, matéria-prima dos po-etas, argumento dos romancistas, inquietação dos filósofos, base das religiões - até mesmo a ciência procura sua fórmula. Porém, para quem o toca, impossível defini-lo. E para que mesmo? Numa sociedade em que tudo se mercantiliza e

Consciência

Ana Carolina Galvão

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assume seu valor de mercado, aquilo que não se pode controlar é mesmo o que se revela mais precioso.

A era Cristã trouxe os conceitos que melhor sintetizam a necessidade de inter-relações, a vitória pela cooperação, pela interação. Talvez, se seguíssemos as Escrituras: “Amarás a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo”, não precisássemos dos demais mandamentos, tampouco das leis humanas, pois seríamos uma sociedade de respeito mútuo.

Nossa família representa, dessa forma, um ótimo celeiro de aprendizado, uma pequena amostra da sociedade, espaço perfeito para treinarmos o amor in-condicional e daí reconhecermos sua importância, pois é justamente nesse clã que acontece a nossa primeira experiência de amor que, uma vez aprendida em pequena amostra, mais fácil se torna a sua reprodução em maior escala.

O poder, o conforto e a admiração são estágios a serem percorridos no caminho do auto-conhecimento e da auto-afirmação para nos reconhecermos merecedores da troca de amor universal. Amar e ser amado. “Nirvana” para os budistas, “Estado de Luz” para os espíritas, “Reino dos Céus” para os católicos, ou tantas outras definições para tantas outras ideologias. Não importa, o objeti-vo é sempre o mesmo.

A trilha, porém, não é uma linha reta, tampouco uma estrada demarcada. A cada instante uma escolha, a cada escolha um desafio. A vida não nos fornece seu manual prático, mas somos dotados do dispositivo que nos torna capazes de transmutar realidades: a consciência. Saber usá-la é o nosso grande trunfo.

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Segundo o dicionário Michaelis, teoria são princípios básicos e elementares de uma arte ou ciência. Sistema ou doutrina que trata desses princípios. Conhecimento especulativo. Conjetura, hipótese. Utopia. Noções gerais,

generalidades. Opiniões sistematizadas.

Para explicar a teoria da vida e responder questões pertinentes e misterio-sas como: nossa origem; nosso destino pós-vida; a existência, ou não, da alma; enfim, tudo aquilo que o mundo tenta responder, às vezes de forma satisfatória, em outras nem tanto, é necessário assumir isenção total de pré-conceitos, isto é, a cegueira religiosa precisa ficar de lado. Por uma simples razão: não há unani-midade de conceitos. Não me refiro a termos mundiais, não! Duas pessoas não têm a mesma opinião a respeito da teoria da vida. Afinal, nem mesmo nós temos certeza absoluta de nenhuma destas questões elementares.

Defendemos até as últimas conseqüências uma opinião, uma teoria que foi criada sabe-se lá por quem e com que interesse.

Matamos uns aos outros e criamos guerras por conta dessa cegueira religio-sa disseminada há milênios. Sem perceber, passamos uma vida inteira enclausu-rados em nosso sofrimento por simples medo. Receio de ser castigado. Pavor de algo que criamos em nossa imaginação. Um círculo vicioso que só é alimentado por temor.

Crenças

Luiz Fernando Szücs

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Talvez a resposta para sabermos nossa origem esteja no fato de entender-mos para onde vamos depois da morte. Seria esta a questão mais difícil?

Na realidade, criamos um cenário para desmistificar o fim da vida que é completamente egoísta e cheio de pré-julgamentos, inerentes à nossa ignorância do assunto. Minha teoria é muito simples: penso que acontecerá após a morte exatamente o que hoje cremos que irá ocorrer. Temos livre arbítrio inclusive de-pois do nosso óbito.

Se um homem-bomba se sacrifica, levando consigo outros tantos inocen-tes, com a promessa de chegar ao paraíso e encontrar inúmeras virgens esperando por ele, é isso o que irá acontecer. Se o religioso crê que passará pelo purgatório e lá será julgado por tudo que fez em vida, é por lá que ele irá passar. Se o assassino está certo que irá para o inferno, seja pelos crimes cometidos, ou pela consciência do mal que fez, lá será seu destino. Se a criança entende que se transformará num anjo, é isso que ocorrerá. Se o adolescente cria um cenário que o inferno é um lugar perfeito, assim será.

Mas e aquele sujeito que não tem nenhuma noção, nem ao menos uma opinião ou uma crença sobre o depois da morte? Neste caso, absolutamente nada acontecerá com ele.

Essa teoria pode parecer estranha, mas convenhamos que é uma forma mais democrática de explicar este mistério. Afinal, quem está certo? Quem estará erra-do? O que realmente irá acontecer?

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Qual a sua teoria sobre a Vida?“Viver e não ter a vergonha de ser feliz, cantar e cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz” (Gonzaguinha).

Será que existe uma teoria para a vida? Muitos diriam que sim, especial-mente cientistas, filósofos ou mesmo pessoas comuns, afinal, como seria possível explicar o nosso surgimento e o de outros seres?

As respostas podem ser as mais variadas, porém o sentido que damos a essa palavra é algo mais intrínseco, mais valioso.

E nós, damos valor à vida? E o que se entende dela?

Viver é ter sabedoria, sentimentos, atitudes, reações, conclusões. Compre-ender que tudo é mutável. Por isso, a cada instante, as pessoas e as coisas se trans-formam.

A Vida é assim, somos nós que não a enxergamos direito. E desse jeito ela segue, como o curso de um rio, com seus obstáculos, seus atalhos, ora enfrentan-do tormentas, ora encontrando águas mais calmas.

O caminho da Vida é guiado pelas pessoas, e quem garante a sua existên-cia? Experiências, pesquisas, dogmas, religiões, fé. Nada disso faz sentido se a nossa teoria de Vida não for capaz de provar o óbvio: quem nela está é para nela

Degraus da vida

Priscila de Campos Centrone

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viver. Intensamente, se possível, valorizando o que ela já lhe proporcionou e o que reserva para o futuro.

Como dizia o budista Daisaku Ikeda, “a pessoa que não pode viver sig-nificativamente hoje, não pode esperar levar uma vida brilhante amanhã. Não importando que grandes planos possa fazer, se não valorizar cada momento, será exatamente como muitos castelos no ar”.

Quantas vezes em nossas Vidas não vimos “castelos desmoronarem” e en-tão perguntamos: Qual é o sentido de tudo isso? E eu digo novamente: viver, pura e simplesmente viver!

Mas nem tudo são flores. Nos tempos atuais, a banalização da vida ofusca esse sentimento de liberdade, de vontade de viver. As sociedades estão passando por transformações nos seus costumes, o que acaba influenciando suas atitudes e, dessa maneira, criando uma expectativa sobre o futuro, em muitos casos, assus-tadora. Isso é influenciar o fluxo da vida.

As guerras, a violência, a fome, a miséria, a falta de ética, a corrupção... palavras que nos remetem a situações negativas, num mundo no qual todos nós estamos inseridos.

Minha teoria de Vida poderia ser resumida nas palavras de Dalai Lama: “Por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fos-sem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido”. Não existe vida eterna, pois cada momento é uma transição, e nada é para sempre. Quando nascemos, uma etapa se inicia e um caminho é aberto. É por onde iremos percorrer. A mor-te não é algo finito. É só mais um degrau da Vida!

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Existe teoria para a vida? A teoria da vida que eu conheço é nascer, crescer, aprender, sobreviver, colaborar, se defender, ensinar, doar, dar exemplos e, se não me esqueci

de nada, morrer.

E a vida é bela? Sim, é muitíssimo bela, se a fizermos bela.

Problemas, complicações, aborrecimentos, desilusões, decepções, traições, ofensas, mágoas, tudo isso faz parte da vida, assim como uma infinidade de coisas boas que também existem.

O que seria de nós, se somente acontecessem coisas boas e satisfatórias? Tédio, rotina, marasmo...Tudo faz parte, e a maioria delas depende única e exclu-sivamente de nós mesmos. Somos o que escolhemos ser.

Hoje em dia, não podemos dizer que a vida humana tem teoria. Quem en-sinou o homem a matar seu próprio filho? Ou o filho a matar sua própria mãe? Isso seria um instinto animal e não um aprendizado. Quem ensinou o homem a viciar seus semelhantes, a participar ou ser cúmplice de atos aterrorizantes?

Vivemos no mesmo mundo, no mesmo planeta, e eu pergunto: por que existem tantas diferenças entre nós?

Diferenças

Marcelo Oliveira de Carlis

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A Teoria

Fazemos as nossas próprias teorias de vida, as que melhor se adaptam a nós, e cabe a cada um de nós escolher o melhor caminho e tomar a decisão certa quando solicitada, preferencialmente sem prejudicar o próximo.

A fé, a esperança, o respeito, a humildade, a solidariedade, a confiança, tudo isso deveria fazer parte da nossa teoria de vida. Mas como na prática tudo é bem diferente, aprendemos desde cedo a nos defender, a agredir, mesmo que com palavras, a ofender, e assim nos tornamos egoístas.

Vida humana, vida animal, vida vegetal, uma depende da outra para viver e sobreviver, assim como as plantas, as flores, as frutas, os vegetais, os animais, todos dependem do homem e o homem necessita de todas elas para seu bem-estar.

Jesus nos ensinou suas teorias, e daí? Por que não aprendemos a colocá-las em prática? Por que as pessoas não se tratam mais educadamente, harmoniosa-mente e, principalmente, com tolerância?

A vida humana se tornou semelhante à vida animal, e a lei da sobrevivência resultou no “vale-tudo”. As pessoas se tornaram amargas, agressivas e se esquece-ram do grandioso sentimento que todos deveriam ter: o amor. Amor pela vida, sem desperdiçá-la; amor pelo próximo, sem interesse; e amor por tudo o que foi conseguido com esforço, dedicação e sacrifício.

O que devemos fazer para termos uma vida tranqüila, saber contornar os problemas que surgirem e poder resolvê-los da maneira mais inteligente, de acor-do com a capacidade de cada um?

Será que existe teoria para isso?

Será a teoria a melhor forma de se viver?

A vida tem inúmeras teorias diferentes, apresentadas de diversas maneiras por pessoas comuns e incomuns que, na realidade, são todas iguais, ou seja, elas nascem, crescem e morrem.

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Reflitam sobre a passagem a seguir, de minha autoria. Ela vai ao encontro com a minha teoria sobre a vida, que nada mais é do que ir em busca da felicidade.

“Caro Everest, qual é o motivo da sua altura extrema? Por que tantos ten-tam alcançá-lo? Você mais parece um cemitério do que uma montanha! Falta até ar! Mas eu entendo o motivo da sua existência. As fotos que vi dos afortunados que conseguiram chegar ao seu ápice são extraordinárias. Só de pensar que não há nada mais de matéria que possa ser tocada acima de você, sinto uma enorme liberdade. Pensando bem, há nuvens, estrelas, planetas, mas estes eu deixo para o futuro, para uma outra vida. Certa vez, você me perguntou por que eu não tentei desafiá-lo e o ignorei. Agora já sei o porquê. Foi o medo da morte. Sabe, ainda sou jovem demais, tenho muita energia para gastar. Não quero morrer tão cedo, desejo desfrutar e me dedicar à vida, pois esta é curta e tem fim, além de ser algo precioso. Mas somente para quem a vive com sabedoria. Talvez um dia você me convença a conhecê-lo mais de perto. Em minha sã consciência, tenho certeza que esse dia chegará quando nada fizer mais sentido para mim. Aí, valerá tudo, o medo da morte desaparecerá, e a idéia de morrer congelado não me desagrada, pois estarei na companhia de um gigante como você, sabendo que o meu corpo permanecerá na terra por toda a eternidade.”

Em busca da felicidade

Gustavo Andersen

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A Teoria

Para a felicidade se tornar concreta de fato, ela depende do estilo de vida e da visão de mundo de cada pessoa que a busca. Os padrões sociais, a moral, o certo e o errado são construídos socialmente, de acordo com a cultura vigente de determinado povo e região.

Para mim, o sentido da vida acontece quando a pessoa encontra uma felici-dade própria. O que é felicidade para um, para o outro pode não ser. Precisamos desempenhar as nossas tarefas da melhor forma possível e viver o momento in-tensamente, pois sobre o amanhã nada sabemos. Deus existe? Existe vida após a morte? Não sei, por isso aprecio a grandiosa frase de Gandhi: “Viva como se fosse morrer amanhã, aprenda como se fosse viver para sempre”.

Enquanto algo fizer sentido, o coração não pode parar de bater. Destino é a gente que faz, e cabe a nós nos desprendermos das imposições do mundo que muitas vezes nos cercam. O importante é fazermos a diferença no que acredita-mos. Os pequenos gestos são fatores cruciais para se alcançar uma felicidade pró-pria. Pensem: o universo é imenso, podemos tê-lo em nossas mãos? Não. Portan-to, precisamos saber nos contentar com pouco e estarmos sempre abertos a novas experiências, para aprendermos e termos vida com qualidade. O segredo do su-cesso está no amor, no respeito e na humildade. Não se pode começar a construir uma casa pelo telhado. A diversidade é uma mina de ouro. “Carpe Diem”.

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ENCONTRAR e o ENCONTRO. Verbo e substantivo que aparecerão inúmeras vezes neste texto, sempre em destaque. Por quê? Minha teoria sobre a vida é a de que ela é feita de ENCONTROS, e já explicarei me-

lhor a conjectura.

Tomemos-nos nós, homens, como exemplo. Nossa vida começa a partir do instante em que um espermatozóide ENCONTRA um óvulo materno. Em se-guida, o feto ENCONTRA, na barriga da mãe, o calor e o refúgio necessários para os cerca de nove meses que se seguirão. Porém, antes, houve o ENCON-TRO de dois seres humanos, no amor, para que o milagre da vida pudesse ger-minar.

Ao nascer, o pequeno bebê ENCONTRA o mundo. Ainda indefeso, sem falar, tampouco andar, é muito possível que ENCONTRE cuidado, carinho, amor e atenção dos pais, ingredientes indispensáveis para ENCONTRAR feli-cidade no futuro. Os dias ENCONTRAM as noites, e o presente, aos poucos, vai ao ENCONTRO do Futuro, o fenômeno é quase imperceptível, mas cons-tante. No início desta vida, os dias parecem que demoram um pouco a passar; do meio para o fim, voam.

Encontro

Douglas Salgado Jacomette

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A Teoria

Paremo-nos, por enquanto, no meio. Parece que é o momento em que ENCONTRAMOS a sabedoria, a maturidade e a independência. Mas como, será que ela existe? Digo que não, com um exemplo que pode parecer banal: para o homem sobreviver, ele precisa se alimentar. Os alimentos, normalmen-te, são vendidos em feiras e supermercados. Para comprá-los, o homem preci-sa, no mínimo, ENCONTRAR com um outro homo sapiens. Conclusão: os homens se ENCONTRAM a todo o momento, e isso é uma necessidade. Os ENCONTROS ocorrem na família, no trabalho, na casa dos amigos, nos desa-fios, nas aventuras, nas vitórias, nas derrotas, nos momentos de alegria e de tris-teza, na fé (quando nos encontramos com uma força superior), nos amores, etc. Não é possível calcular os tantos momentos em que nos ENCONTRAMOS, do início ao fim.

O fim. Será que o ENCONTRAMOS depois da tão comentada terceira idade, depois dos sessenta anos? Bem, o tempo voa. Parece que tudo passa como um sopro, até que um dia nos ENCONTRAREMOS com o fim desta vida. Pode ser mais cedo, ou mais tarde, mas ele chega. Tomara que, até esse dia, dê tempo de ENCONTRAR bastante sabedoria, principalmente para entender-mos que o sentido da vida e a felicidade estão nos ENCONTROS que fazemos durante os percursos da vida. Por isso, não se deve desprezar a carga de amor semeada nesses ENCONTROS, pelo contrário, ela deve ser intensa. Não tenho dúvidas de que amor é o que perpetua o ENCONTRO definitivo entre o fim desta vida e a plenitude espiritual, que é a vida eterna em Deus – ENCONTRO entre fim e reinício.

Desejo a você, leitor, que ENCONTRE o amor em todos os seus EN-CONTROS e ensine os seus semelhantes a ENCONTRÁ-LO também. Afinal, “Deus é amor” (Bento XVI).

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Do Renascimento de da Vinci à Era Científica de Newton, o cérebro humano se mostrou capaz de comprovar que a Terra não era o centro do sistema solar, nem tampouco do universo. A partir daí, a humani-

dade deixou de ser ignorante sobre sua natureza e sobre o lugar que ocupa no universo. Quando Galileu desprezou a honra de ser mártir para se manter vivo, ele pôs acima de tudo a importância do conhecimento e registrou, pela primeira vez na história da humanidade, uma direção na qual os princípios que regem o universo devem ser compreensíveis e compartilhados por todos, indicando esta ser a essência da vida. Uma coisa é certa e ela existe por um único propósito: EVOLUÇÃO. Uma evolução orgânica, que se cria e se consome em permanente transformação, conduzida pela mente humana. Engels manifestava que a inter-venção humana na natureza corresponde a uma reação, ou seja: a evolução bio-lógica e cultural andam juntas. Talvez você ainda não tenha se dado conta, mas existe uma conspiração em curso, da qual participamos. Basta pensar que somos concebidos em uma única célula que, por sua vez, é descendente de entidades individuais que, por algum motivo, há 600milhões de anos, interagiram e inicia-ram um processo evolucionário, por meio da cooperação de uma com as outras.

Evolução

Eduardo Nicolas Pocovi

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Existe nos seres vivos uma ordem que permite que células vivas indiquem o lugar e a função deixados pelas que morreram. Hoje, no seu corpo, você não tem as mesmas células que tinha quando nasceu, com exceção dos neurônios; mesmo assim, você continuou acumulando experiências e conhecimento. Essa é a ferramenta que a evolução usa para: armazenar, organizar, transformar e com-partilhar o conhecimento através de gerações. Isso explica a intimidade no uso da tecnologia digital pelas crianças de hoje, que nascem com um conhecimento inato para interagir com a sociedade moderna.

Os indícios de inteligência sempre estiveram relacionados a organizações sociais onde as espécies que melhor se adaptaram ao processo evolutivo são as que mais interagiram e transformaram o meio, conseguindo transferir conhecimento através de grupos e costumes. O homem entende que, vivendo em sociedade, tem condições de produzir cada vez mais manifestações e se transformar em pro-duto de sua cultura, criando uma dependência cada vez maior de relacionamento que o conduz a viver nas megalópoles de hoje e interferir em todo o ecossistema. Imagine se hoje a raça humana, em sua totalidade, fosse dizimada por uma catás-trofe nuclear, por uma pandemia ou pelo aquecimento global. Nós simplesmen-te deixaríamos de existir, porem as marcas no planeta e nas organizações sociais que sobreviverem terão na memória a passagem do homem na Terra.

Devemos compreender que não somos o centro do universo, mas que temos a capacidade de desenvolver e transportar o conhecimento para ger-minar a vida.

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Uma vida é para ser vivida. A intensidade cabe à decisão de cada um. Cada pessoa, na sua individualidade, escolhe o caminho a percorrer, lança sementes e colhe os frutos. A sabedoria oferece dicas para o viver,

afinal, o importante é ser feliz, basta saber como. O caminho escolhido deve ser aberto, desbravado, e a conduta pode torná-lo mais fácil, ou menos difícil.

Teorizar a vida não é nada fácil, pois descobrimos um pouco a cada dia e, ao final, quando já temos experiência o bastante, já não resta muito tempo para vivê-la como deveria, além de alguns arrependimentos.

A vida do ser humano pode ser dividida em três partes: nascimento, apogeu e morte. A partir do nosso nascimento, aqueles que nos educam nos lideram e transmitem valores, seus valores; crenças, suas crenças; cultura, sua cultura. Estes são os moldes do nosso caráter.

Nosso apogeu é incerto, pois não sabemos até onde podemos chegar, mas com certeza chegaremos ao fim. Da base da nossa formação, partimos para as descobertas, em busca das verdades. Depois de algum tempo, descobrimos que não há verdade absoluta.

Da relatividade individual, vemos os caminhos sendo definidos para cada um. Jamais um indivíduo será igual ao outro, ou poderá viver a vida do outro.

Evolução Individual

Alessandro de Barros e Silva

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Alguns chamam isso de missão. Se temos algo a cumprir, não sabemos ao certo, não há verdade absoluta. Será que cada um faz seu destino?

Sim. Podemos traçar nossas metas e buscar situações e oportunidades que favoreçam os acontecimentos. Podemos desenvolver competências e exercitar habilidades. Precisamos assumir o controle de nossas vidas.

Todos precisamos ser líderes. Não líderes como normalmente conhecemos, alguns que até admiramos, mas líderes de nossas vidas. A liderança também tem sua importância quando nos tornamos educadores e líderes das nossas crianças, até que eles possam caminhar pelas próprias pernas e se tornar líderes de suas vidas.

A visualização dos sonhos faz parte das definições de nossas metas. Onde estaremos, como estaremos e até onde queremos chegar. A conduta do dia-a-dia abre ou fecha portas no caminho. A maneira como vivemos e nos relacio-namos nos alimenta de sentimentos e sensações e garante as satisfações e, às vezes, infelizmente, insatisfações. Esta conduta precisa ser melhorada a cada dia. É a evolução.

Se na infância tivermos bons líderes, com certeza receberemos palavras de elogio e incentivo, o que garante um diferencial nesta caminhada. Aqui vale a reflexão: será que reconhecemos e incentivamos nossos liderados?

O que lançamos ao mundo recebemos de volta, portanto, vamos semear educação, compreensão, paciência, tolerância, fraternidade. Tudo aquilo que queremos viver realmente.

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Fé. Fé na vida. Fé no mundo. Fé divina.O que muitos de nós ouvimos quando vivemos uma dor é alguém dizendo “isso vai passar, tenha fé”. Fico imaginando se a pessoa que diz “tenha fé”

sabe o que é ter fé e de que fé ela está falando.

Quando penso em fé, penso em pessoas importantes dentro da igreja. Exemplos: Martinho Lutero, que infringiu todas as leis da igreja onde crescera para formar um novo pensamento, uma nova religião. Madre Teresa de Calcutá, que renunciou muitas coisas em troca de ajudar o outro na pobreza, no sofri-mento, na dor. Joana D’Arc, que enfrentou batalhas movida por vozes, com o apoio de muitos cavalheiros que a seguiram dando a própria vida. O que estas pessoas tinham que as moveram nesse caminho de conflito, da pobreza e da mor-te? Foi fé? A fé como crença religiosa se baseia na confiança em um divino, em algo muito poderoso que vai nos acalentar nos momentos de dor e que vai tirar os pecados que tanto nos fazem sofrer.

Quando penso em fé, penso no treinador de vôlei Bernardinho; além de toda técnica, este treinador tem fé na equipe, no jogador, na capacidade e no potencial de cada um, fé na pessoa. Ele aposta que vai dar certo, convence o outro que vai dar certo e dá certo mesmo. A fé do treinador Bernardinho se baseia na confiança conquistada em cada um dos seus jogadores.

Renata Eli da Luz

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Quando penso em fé, penso nos moradores de favelas, moradores das ruas. Todos os dias são uma luta pela sobrevivência contra a fome, o frio, a solidão. Vivem com uma única expectativa: manter a vida de um dia para o outro, buscar maneiras para garantir o alimento do dia e, no outro dia, torcer para ter a mesma sorte. A fé dessas pessoas se baseia na confiança de que é no amanhã que vão conseguir sair desta vida.

Quando penso em fé, penso em muitos líderes e em suas causas libertado-ras, como Gandhi, Martin Luther King, Che Guevara. Homens imortais de nos-sa história que abriram mão do bem para sua vida pelo bem de um povo inteiro. A fé desses homens... sinceramente, não sei como defini-la, e não sei se consigo imaginar.

Seja como for o pensar sobre a fé, o confiar no divino, nas pessoas, na vida, seja o nome que você dê para aquilo que estou chamando de fé, o mais importan-te é saber que algo nos move. E, para mim, é a fé.

Fé que nos faz ter planos, que nos faz ter direção, mesmo que mudemos de caminho algumas vezes. Fé que nos faz continuar a caminhar e a seguir. Podemos perder dinheiro, carreira, pessoas e sempre continuaremos com o dia seguinte. Há um motor que se movimenta dentro de nós e que segue sua engrenagem.

Quando vivenciar uma dor, pense na frase “isso vai passar, tenha fé”, e se não souber o que isso quer dizer, confie no que mais fizer sentido, naquilo em que confia.

E se não souber o que isso quer dizer, confie no que mais fizer sentido, mas confie. Existe uma engrenagem dentro de nós.

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A vida... é uma mistura de sentimentos que nos guiam para caminhos que, ao mesmo tempo, são iguais, porém cada um sente o seu momento, do seu jeito, do ponto de vista que interesse mais, que dê maior satisfação...

Cada indivíduo sente sua situação como sendo diferente do outro, e é isso que faz os seres humanos serem únicos, apesar de viverem dentro do mesmo universo.

De todos os sentimentos, aquele que une todos em um só é a FELICIDA-DE, pois esta felicidade é, para cada um de nós, única. O que o faz feliz? É ter paz? Ter saúde? Ser amado? Ser reconhecido por algo que fez ou que disse? Ter bens? Ter tudo isso junto? Ou outras coisas que não foram citadas aqui? Pode ser tudo isso, como podem ser outras vontades, pois a vida tem tantos segredos que o conceito daquilo que buscamos para ser feliz é diferente para cada ser humano, o que pode fazer com que este significado mude por qualquer fator inesperado.

Todos sabemos que a vida consiste em nascer, viver e morrer. O nascimento é algo que apenas acontece, sem que tenhamos a consciência da aventura que teremos a oportunidade de conhecer, a aventura chamada “vida”. Já a morte é temida, pelo fato de termos consciência de que esta aventura de viver não mais existirá, e o que vem depois é algo desconhecido, e tudo que é desconhecido traz o medo, pois não conseguimos nem ao menos fazer uma “idéia” do que pode nos

Felicidade

Alessandra Pereira Carvalho

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acontecer. Alguns acham que é o fim...outros acham que é somente o começo de algo novo...algumas pessoas conduzem suas vidas achando que suas atitudes serão avaliadas de forma a definir o que este “algo novo” após a morte vai lhes trazer, e certamente tudo que elas almejam neste desconhecido é a felicidade. Já outras vivem o “hoje” sem pensar que o que faz aqui venha a definir o que vai acontecer depois. Já viver... é a busca incessante daquilo que, muitas vezes, nem mesmo sabemos o que vai nos proporcionar, pois depende de cada um de nós transformar este “viver” em algo bom ou ruim. Trilhamos a nossa jornada julgan-do ser a mais certa, ou ainda, fazemos da forma que entendemos ser o que vai nos fazer alcançar aquilo que queremos. O destino... o que é destino? É aquilo que fazemos acontecer? Ou é o caminho de cada vida que está traçado desde quando passa a existir?

Cabe a cada um de nós acreditar no que quer para si mesmo e lutar para alcançar seus objetivos, pois se existe ou não o destino, o importante é olhar para trás e ver que fez o que podia para alcançar a única coisa que temos certeza: de que, no final, queremos sempre ela, a felicidade.

A vida consiste em procurar o que nos traz a sensação de felicidade, sendo ela diferente para cada indivíduo, o que faz com que esta teoria seja somente a minha.

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Desde pequeno, sempre tive muito interesse por assuntos que atiçavam a minha curiosidade. “Por que quando a Terra gira eu nunca sinto que estou de cabeça pra baixo?”, “Por que os planetas são tão parecidos com

os átomos?”, “Onde eu estava antes de nascer?”

Com o decorrer do tempo, por mais que a ciência avançasse na exploração do macro e do microuniverso, eu me sentia insatisfeito com as teorias que sur-giam para explicar o fenômeno da vida. Daí, resolvi eu mesmo criar uma teoria com a mesma intensidade que eu criava meus questionamentos de infância. Per-doem-me os matemáticos, físicos, cientistas e pesquisadores em geral a pretensão deste artista que vos escreve, mas sintetizei essa teoria numa fórmula:

V =

Em outras palavras: a vida é uma fração da eternidade. Um segundo, uma hora, um dia, um mês, um ano, um século de vida. Esse valor será sempre divisível pela eternidade. E entenda-se por eternidade esse tempo indefinido que vai do “gênesis” ao “apocalipse”. Pode parecer óbvio, mas não é. Uma pedra, um mero

A fórmula da vida

Virgilio Neves

x e

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parafuso e até um planeta desabitado estão vivos, pelo simples fato de marcarem sua presença física numa certa fração do tempo.

Polêmico? Talvez. Porque estamos condicionados a ver a vida onde existe ar entrando e saindo. Mas o conceito de vida pode ser bem mais amplo. Basta existir para estar vivo. Não importa de que material você é feito. As convenções nos distanciam da realidade. Por exemplo, o tempo. Aprendemos a contá-lo com nosso relógio. Enquanto aqui é meio-dia, no Japão é meia-noite. Mas todos es-quecemos que existe um tempo real que ninguém conta, que é aquele vivido na meia-noite de lá e ao meio-dia daqui, simultaneamente. Esse tempo é único, onipresente e real. Mas pouco se fala dele.

Uma vez vi uma frase ser grafitada em um muro que dizia o seguinte: “A vida passa, está passando, passou, e você não viu”. Achei brilhante porque é isso, a vida estava ali, na frase em si. Na pessoa que a escrevia. E no muro, enquanto ele existisse.

A fórmula anteriormente apresentada pode parecer apenas uma constata-ção matemática da existência. Mas ela é o ponto de partida para avançarmos um pouco mais na teoria da vida. Temos que ter um olhar cauteloso com aquilo que está ao nosso redor. Somos responsáveis por tudo e por todos com quem dividi-mos essa nossa fração da eternidade. Assim como somos responsáveis por tudo o que ainda não existe e que pode ocupar uma fração do tempo no futuro.

Quanto mais significado damos à nossa existência, colorindo nossa fração com as cores da nossa história, mais significativa e visível ela vai ser para as gera-ções futuras. E, claro, quanto maior o significado, maior será a herança. E o que é a herança, senão a constatação da própria vida?

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O conhecimento da sincronia pela qual a Natureza distribui energia e equilibra suas ações desde sempre e para sempre no Universo é anta-gônico à dificuldade de mentes sempre referenciadas num início, meio

e fim compreenderem a eternidade. O texto da existência não segue um padrão finito, como este aqui; ele sempre foi escrito no tempo e seguirá adiante, mesmo que não tenha mais ninguém para acompanhá-lo, mesmo que nosso planeta dei-xe de existir, engolido pelos homens esfomeados, inteligentes como gafanhotos que devoram em segundos o que a Natureza demorou milhares de anos para produzir.

Sem tempo para admirar o pôr-do-sol e as estrelas, o homo-non-sapiens segue soberano, com domínio da sua própria genética e com a conquista de ou-tros planetas. Segue clamando pela Paz entre as nações e incapaz de viver em harmonia com os membros de sua própria família. Somente os seres humanos capazes de viver em paz sob o mesmo teto podem organizar a Paz mundial. A Paz nunca pode ser imposta, ela surge naturalmente depois do diálogo inteli-gente, assim como a chuva depois dos dias quentes, como o sono após um dia de trabalho e como o sorriso depois de um reencontro saudoso. Paciência é a ordem que recebemos da Natureza para aguardar pelo momento em que a maioria terá o mínimo de conhecimento necessário; assim, cada um no seu ritmo atingirá a

Generosidade

Fernando Rosolia Dabdab

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verdadeira maturidade. Bons sentimentos são as ferramentas que devemos usar, e muito trabalho é o que devemos fazer para que, a cada dia, possamos construir um mundo melhor.

Podemos e é muito bom acreditar no amor, acreditar em Deus, acreditar na eternidade, mas o importante são nossos pensamentos, nossas palavras e nossas ações. Esses são os verdadeiros pilares da vida. Faça com que suas ações falem por você. Faça com que suas palavras vibrem nos bons ventos e aliviem as tensões captadas no ar. Faça com que seus pensamentos gerem energia suficiente para se-guir motivado, independente das dificuldades. Generosidade com você mesmo é um bom caminho, e a verdadeira generosidade é universal; se não temos gene-rosidade com o meio ambiente e com as pessoas ao redor, estamos agredindo a nós mesmos, porque somos parte do todo. Podemos comparar o Planeta Terra a um enorme organismo vivo, e cada ser vivo que o habita é uma célula. Você já parou para pensar no seu Mundo dos Sonhos? Pense sempre no Mundo ideal, utopia para muitos, perda de tempo para outros; faça de alguma forma com que a maioria ao seu redor compartilhe dos seus ideais. Dessa forma, o nosso Mundo, em menos tempo do que se imagina, será muito melhor do que somos capazes de sonhar. Agindo assim, iremos para onde quisermos, e da maneira como dese-jarmos; e se no futuro a humanidade ainda desejar seguir habitando este maravi-lhoso planeta, terá esta opção.

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Todos possuímos uma teoria própria sobre a vida... isso é fácil... cada um inventa a sua, oferece um monte de respostas para as mesmas perguntas e as explica da maneira mais excitante possível para conquistar adeptos,

torcendo para que um dia suas frases bem elaboradas sejam repetidas por séculos e imortalizadas nos livros de história...

Mas o que eu realmente gostaria de conseguir aqui é expressar a ânsia mun-dial, o sentimento, a agonia do querer saber e não saber querer nem ao menos por onde começar a procurar... é elocubrar para chegar a algum lugar onde é possível enxergar a luz no fim do túnel... e eu sinto que a resposta está aqui dentro, e den-tro de cada ser, mas não sei bem onde...

Nascemos e morremos de olhos fechados...vivemos presos num corpo fí-sico e buscamos a liberdade na espiritualidade... crescemos querendo aprender e supomos que talvez a ignorância seja o melhor caminho para a liberdade tão desejada...

Corremos atrás do amor e o sufocamos no peito quando descobrimos que ele também nos faz sofrer... fugimos do choro, mas sonhamos em chorar de tanto rir... desejamos requinte e encontramos a felicidade no simples...

A história de cada um

Priscila Nascimento dos Anjos

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Conhecemos pessoas que nem sonhávamos conhecer e, muitas vezes, pas-samos pela vida de muita gente com a sensação de missão cumprida.... mas, que missão é essa?

Uns dizem que é a missão de fazer o bem sem olhar a quem, outros, que é amar sem nada cobrar... cuidar dos entes queridos, ajudar um mendigo ou um cego a atravessar a rua... PERDOAR...

Perdoar é divino... mas O QUE É divino? É ter um coração aberto, ino-cente e crente de que o mundo tem salvação? E quem disse que o mundo está perdido? Será que está? Ou será que estamos passando por uma nova seleção, em que só os melhores sobreviverão? Estamos nos preparando para alcançar mais um degrau na evolução humana? Este novo degrau É HUMANO?

Que TIPO DE HISTÓRIA você quer escrever para a sua vida? Procura-mos respostas filosóficas, grandiosas e, no entanto, a resposta para o significado da vida pode estar em coisas tão SIMPLES como no milagre de abrirmos os olhos todas as manhãs.

Pode estar na dor do aprendizado, na magia do amor, no latido de um cão, no vento soprando nas árvores...

Que tipo de história você quer escrever para a SUA VIDA? Quer ser um grande mártir, um herói ou um vilão?

Porque não existe bem ou mal, certo ou errado... precisamos dessas nuances para dar sabor, emoção, para SER história...

Porque nem só de pão vive o homem, mas dessa montanha-russa de senti-mentos que nos fazem sentir VIVOS!

É o querer, é o rejeitar, é o cantar, é o dançar, é o apreciar a beleza da NA-TUREZA e também das que criamos... sim, das que criamos, POIS O HOMEM TEM O PODER DE CRIAR TAMBÉM... e que belo poder!!!

Talvez um dia entenderemos o verdadeiro significado de tudo isso...

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Percebo que o mundo é um sistema de forças e sentimentos cruzados e rela-cionados entre si. E nossa existência é um processo contínuo de emoções, consciência e desenvolvimento.

Minha consciência é o que me dá a capacidade de sentir emoções que, por sua vez, me animam, me trazem movimentos, mudanças e acontecimentos. Mi-nhas emoções me levam ao encontro do amor para com meus semelhantes, seja no relacionamento familiar, amoroso ou com amigos e colegas. Amor pelos ani-mais, pela natureza e o cuidado com os mesmos.

Com amor, mantenho minha alma próspera, em harmonia, e vivo em ple-no bem-estar. Aprecio a arte, assim como aprecio a música, a fotografia e a lem-brança. Aprecio o belo e os simples detalhes do dia-a-dia da vida.

Valorizo minhas conquistas nesse mundo cheio de surpresas, mas procuro ter atenção com o aprendizado recebido em cada passo percorrido, para enten-der e evoluir cada sentimento. Paro, penso, afasto o sentimento e coloco a razão nas minhas atitudes, nos próximos e nos momentos em que vivi, para absorver todas as lições que recebo a todo momento. Através delas, amadureço a idéia de percorrer por caminhos através dos quais chegarei cada vez mais próximo ao que realmente desejo encontrar.

Hoje!

Mariane Chiarella

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A Teoria

Vivo intensamente cada momento, colocando sempre sentimento em cada palavra e atitude, fazendo assim com que tudo o que eu vivo tenha algum signi-ficado.

A ausência de elementos como amor, alma e sentimento impede que o mo-mento tenha algum significado, por menor que seja a atitude, a situação ou a vivência.

Preocupo-me com o que vivo “hoje”. Traço meus valores, meus ideais e meus objetivos e defino quem eu sou. O que serei amanhã depende do que sou hoje.

No presente, sou tudo o que aprendi, sou a experiência que vivi, sou o amor que senti, mas quem serei no futuro? Para onde irei e que vida levarei?

Em uma conversa entre amigos, alguém me perguntou: “Hoje, com trin-ta anos, você leva a vida exatamente como imaginava na época dos seus quinze anos?”

Aí eu pensei: com aquela idade, eu não sabia o que queria ser da vida, qual profissão seguiria, se me casaria, quais amizades eu conservaria. Faltava-me sa-bedoria e experiência de vida, natural para uma menina de apenas 15 anos que possuía valores diversos e distintos dos quais tenho hoje. Mas tudo faz parte do processo natural de evolução de um ser humano.

Hoje sei, com sinceridade e tranqüilidade, que pouco me importa saber como serei amanhã e para qual lugar irei quando não existir mais nesta vida, afinal, meus valores e minha experiência vão direcionar meu futuro.

A verdadeira teoria da minha vida é aproveitar o melhor de cada dia ainda “hoje” e ser sempre feliz. A felicidade me sustenta e me dá força para recomeçar um novo dia. Sei que se eu não estou feliz, não estou vivendo de acordo com a minha verdade.

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Ah... o humano... aquele pedacinho irrisório de carne, ossos, covardia, te-cidos, sistemas e egoísmo, expondo-se e engolindo o mundo. Já tentei por tantas vezes dar o devido apreço ao ser humano que acabei por me

tornar um deles.

Descobri recentemente. E aqui estou, convivendo mascaradamente bem com todas as formas de feitio moral, numa patética tentativa de me proteger contra o desgosto e o desespero. Em vão. A devassidão me sorriu. Uivo por cada sombra seca da mão que maltrata o fraco. Já despendi tantas vírgulas à procura de algum sinal do elevado... humano... que acabei por descobrir que a vida é uma peleja faminta entre lobos semelhantes. Cansei. Não me surpreendo mais.

E, como diria Plauto, ainda há de se considerar o medo: aquela parcela úni-ca de verdadeira humanidade varrida para debaixo do tapete das máscaras mun-danas. Medrosos contumazes, forjadores é que somos. Passamos a vida fugindo covardemente do ataque e atacando covardemente para fugir da vida. O medo, percebi recentemente, pode explicar todos os infortúnios humanos, fictícios, qui-méricos, utópicos: da guerra à solidão, do sarcasmo ao narcisismo, aconchega-se absolutamente tudo entre os braços dos temores, reais e imaginários, o que vem a inflamar o universo daquelas deliciosas peculiaridades humanas e patéticas.

Homo Homini Lupus

Christina de Toledo Zaccarelli

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A Teoria

Mas não reclamemos. O medo é o que nos salva do fastio da vida o tempo todo: temor travestido de lógica, de praticidade, de falta de tempo, de “apenas sexo”, ou força bruta, dinheiro, determinação e medo - medo mascarado de medo. Esse é o meu favorito: nos fechamos na muralhinha de papel dos terrores cotidia-nos, vivendo de ilusões doloridas, passados nebulosos e receios que esfumaçam o verdadeiro medo dos “valentes” lobos: a morte. É a essência de lobo essa emula-ção humana? Deve ter havido um tempo em que minhas dores somente urravam por um surto de ousadia, por não conter a existência, que se separavam embe-vecidas pelo calhorda e ensurdecedor acaso, e não pela crueldade da deglutição dos demais. Sim... já ouvi histórias de pés que oravam a si mesmos e de olhos que traçavam uma linha reta. Já fui, por vezes, tomada por um doce respiro de quem sabe que a sombra é passageira e que no futuro a mãe nos acolherá. Mas agora é tarde. Sou humana demais para isso. Ultimamente, tenho sentido todos aque-les medinhos medianos execráveis que nos transformam em uma raça comum. Eu, que chutei cega o morno por uma vivência mais respirável, senti o cheiro do temor em meu próprio sangue. Medo da dor. Da dor que não se vê. Preferi o morno a arriscar-me um pouco. Já sangrei demais sozinha. Solidão e sangue. E amaldiçoei minha própria covardia.

Ah...o humano....aquele pedacinho irrisório de carne, ossos, covardia, teci-dos, sistemas, egoísmo ... e medo.

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1. Precisa-se de consciência do limite. 2800 toques.

2. Abrir uma brecha no tempo e contemplar; o instante é tudo.

Silêncio, concentração, ação. Às vezes só ser espontâneo, intuir a impro-visação. Disposto a tudo: uma crise nervosa, um olhar caótico, existencialismo, um momento sagrado. O instante único, fugas. O homem, uma pequena peça dentro de tudo, não pode chegar a uma tendência absoluta, só refletir! Ignoro a verdade, embora seja necessária a palavra objetiva para se abrigar dentro do fenômeno social. Depois desta condição antropofágica, estrutura-se toda uma identidade desde um começo não-começo. Gera-se uma individualidade baseada nos limites daquele instinto insaciável, que não é voraz, mas ainda atenta contra outras existências.

Onde morreu o homem moderno? Onde nasceu o contemporâneo?

Silêncio! A pós-modernidade é silêncio.

Neste ponto, só posso regozijar-me diante da possibilidade poética da lin-guagem, a experiência inefável é minha teoria, as palavras são metáforas, menti-ras de instantes incomunicáveis; Nietzsche. Simples índex de presenças dentro desta realidade, conglomerado das infinitas probabilidades. Rejeito a ciência, é

O inefável

Miguel Antonio Escobar Silva

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A Teoria

útil, mas não deixa de ser excludente. Olhe para mim, que sou artista e cada dia luto para abolir a sombra dos grandes discursos sobre as mentes fracas do dia-a-dia, da história cronológica; discurso, poder, poder, discurso; Foucault. Mas acredito em quê? Cine é cinema em castelhano: ressalto minha procedência para explicar este estilo peculiar de mexer o português. Colombiano, nasci em Dui-tama, cidade pequena, mas me desenvolvei em Bogotá. O que você “piensa” da Colômbia?

Teoria da vida? É mais complexo do que um simples texto, do que um ten-to. Homem é, na minha humilde opinião, a possibilidade de criar sentidos além das palavras, além da comunicação, no limite com a loucura. Não há hierarquias nem relevâncias, tente jogar fora a ilusão da importância, quebrar com a função social “estouentrandonumcaos, nãoconcebosenãoumaanarquia”. Redirecionan-do-me: vontade e desejo, iguais e opostos; Ditirambos de Dionysos.

Vontade de fazer é ação estética. Desejo de viver é onde o instante se funde comigo, gerando esta utopia da existência, que me permite até mirar-me den-tro dos infinitos olhos alheios e redescobrir minha eterna insignificância, que é o que é realmente importante, um suspiro de insignificância no esplendor de um tudo indizível! Como vivo com consciência daquela existência provisória? Mesmo desfrutando com prazer cada dia, acordo como que perdido, e algumas chaves me orientam para começar a fazer o que o dia tem me designado. É um jogo e, como tal, é tão difícil como fácil. Depende do instante e como se relacio-na comigo.

Caos, princípio da ordem!

Inefabilidade, sensação da experiência estética.

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O surgimento da vida tem inúmeras explicações, da biologia à filosofia. A primeira baseia-se em experimentos científicos, amostragens e análises. A segunda é um tanto complexa e requer entendimento sem precon-

ceitos para com os pontos de vista filosofais. Contudo, ainda falta mencionar a visão da espiritualidade que, possivelmente, contempla uma explicação mais abrangente acerca desse tema.

A vida tem início muito antes de chegarmos ao plano terrestre. Sob a re-gência de uma força, conhecida por muitas religiões como Deus, é ela a respon-sável por criar a alma, nossa essência. Quando estamos prontos para reencar-nar, recebemos um “plano de vida” com os principais momentos que viveremos, como o nascimento dos filhos. A Kabbalah, por exemplo, acredita que existe um caminho pré-definido a ser percorrido, e aqueles que deixam a vida os levar seguem automaticamente esse caminho. Entretanto, os que tomam as rédeas da vida para si com atitudes proativas e não reativas podem modificar o que foi escrito previamente.

Após esses processos, chegamos ao que nos encontramos hoje e, para que haja uma convivência harmoniosa entre os homens e o universo, é importante conduzir com sabedoria nossos sentimentos, os bons e os ruins. Certamente o amor é o mais sublime, pois quando estamos harmonizados a ele, os dias são vivi-dos de maneira intensa, observamos e aprendemos com cada instante que passa.

Início, meio e fim

Kelly Denise de Queiroz

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O amor fraternal deve ser praticado diariamente, com o próximo e com tudo que compreende a natureza, ou seja, com todas as obras do mesmo criador. Como bem elucidou o filósofo alemão Nietzsche (1844-1900), “a energia e a matéria do universo são finitas, e ele está sempre em fluxo, de modo que, no futu-ro, as coisas voltam. (...) O universo é animado por um movimento circular sem fim. (...) Chega ao ápice e renasce como Phoenix de si mesmo”.

Embora as frases tenham sido escritas no século XIX, elas se enquadram perfeitamente nos dias atuais, seja no âmbito dos relacionamentos interpessoais, seja na relação do homem com a natureza. Natureza esta que passa por grandes transformações, fazendo com que o homem finalmente perceba e sinta (literal-mente), na própria pele, as mudanças climáticas, as alterações no ar, na água e nas florestas, que estão sendo desmatadas desenfreadamente.

É imprescindível uma mudança de atitude para que tenhamos o que ofere-cer às futuras gerações. Ainda que eu tenha procurado, não encontrei nenhuma informação para fundamentar uma resposta para a pergunta: “Para onde vamos?”. Trata-se de um mistério, e acredito que este seja um assunto que motiva filósofos, pensadores e religiosos. Enquanto isso, devemos fazer a nossa parte enquanto partes deste plano, visando sempre o melhor para a convivência em harmonia com o universo.

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A sociedade na qual vivemos é muito complexa. Cada pessoa tem uma formação, uma cultura, um valor, uma crença, um desejo. Além disso, cada um tem uma experiência de vida diferente do outro. Por exemplo,

uns foram criados sob os conceitos ortodoxos da religião católica, no qual o ca-samento é sagrado e primordial para a felicidade, enquanto outros foram criados sob os conceitos de que Deus nem sequer existe. Na situação extrema, quando esses conceitos entram em conflito, fatalmente acontece a guerra. Vide o inter-minável combate entre Israel e Palestina. Saber respeitar a diversidade cultural, harmonicamente, é um desafio árduo e diário.

Contudo, é comum em todos os seres humanos a vontade de evoluir. E isso é a chave para que a humanidade progrida.

Por natureza, o homem é um ser preguiçoso. Ele está sempre em busca de idéias geniais que facilitem o cotidiano da vida. O ideal seria que, só com a força do pensamento, ele pudesse realizar seus sonhos e desejos. Mas como isso não é possível, a humanidade foi criando mecanismos, verdadeiras engenhocas, para ter menos trabalho. O primeiro bom exemplo disso é a tão falada e antiga roda. Depois, o ser humano foi ficando mais “metido”. É difícil chegar do outro lado do mundo? Cria-se um meio de transporte para isso. A comunicação precisa ser móvel? Vamos então criar uma forma com a qual possamos nos comunicar em qualquer espaço, com qualquer pessoa.

Inspiração e transpiração

Carolina de Araujo Cipolla

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E por que existem pessoas que conseguem fazer acontecer e outras não? Por que há aqueles com brilho nos olhos e outros que apenas estão “cumprindo o expediente”? Como algumas pessoas conseguem realizar tantas coisas que trans-formam o mundo e outras passam despercebidas? De onde vem a inspiração?

A verdade é que cada pessoa tem a resposta dentro de si. Muitas pessoas passam anos da sua vida ouvindo a resposta de outras pessoas, acreditando que é a sua resposta. Demoram a perceber e ficam frustradas com o fracasso. Não entendem por que não são felizes e não conseguem atingir “seus” objetivos. Al-gumas pessoas que nunca vão achar a solução.

Contudo, há pessoas que conseguem ultrapassar essa barreira e ouvir a sua resposta interior. Quando isso acontece, elas são dotadas de uma força descomu-nal, de poderes e idéias inimagináveis que causam a transformação do mundo. Aí então elas conseguem fazer acontecer. Os sonhos se tornam realizáveis, seus desejos são legítimos, e a felicidade é cotidiana. Surge uma paz interior que nun-ca existiu anteriormente. Essas pessoas se tornam dispostas a lutar pelo famoso “mundo melhor”.

É evidente que não basta inspiração. A regra é clara: 10% inspiração e 90% transpiração. Todo sonho que você quer que se concretize precisa de muita “mão na massa”. A questão é: como você quer contribuir para o mundo?

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Já deixei muita gente feliz, outras decepcionadas (aquela menina apaixona-da), e ainda não aprendi o que a vida tem. Cheguei ao ponto de me perder, me drogar, sair de mim mesmo para encontrar simples respostas. Será que

quando extravasamos, quando perdemos a linha, isso se torna uma reta que lá na frente vai nos levar para a direção certa?

Sinceramente, só sei que nada sei, já os porquês, talvez. Para uns, a teoria é aproveitar até o último segundo, não se arrepender jamais, cheirar todas as flores, amá-las, sejam elas belas ou não. Em um jardim cheio de expectativas e inquietu-des, a semente se deleita ao toque de cada gota carregada de esperança.

Para mim, a teoria é viver, é ser, existir, criar, saber chorar quando preciso, fazer o que tiver que ser feito. Tenho pensado muito na vida, mas só pensar não vai fazer com que minha semente cresça nesse jardim que mais parece uma selva.

Atitudes têm de ser tomadas quando necessárias, dúvidas têm de ser escla-recidas. Toda ação provoca reação: reaja, lute, enfrente, seja você mesmo, regue sua semente com verdade, mas não esqueça que nem sempre ela se torna aliada; muitas vezes, analisando friamente, percebemos que, se tivéssemos mentido, te-ria sido melhor.

Jardineiro

Marcos P. Starzynski

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Engana-se quem pensa que o trabalho de jardineiro é fácil. E quando existe o amor, a paixão? Paixão é fogo, tesão, irresistível sempre, faz bem, nos deixa leves, radiantes, é vontade a toda hora. Creio que temos paixões mal resolvidas, paixões esquecidas, perdidas, só esperando a brasa tocar.

O amor, esse sim, é perigoso; dizem que pode até ferir a alma. Amor é jogo, jogado num complexo tabuleiro que culmina no encaixe de duas metades, se-jam elas perfeitas ou não. Confuso demais para mim, um jovem aprendiz na arte de amar. Percebo que, com o passar do tempo, já fiz muito por alguém, mas ao mesmo tempo, não fiz quase nada que fizesse sentido para que ela se importasse. Muito difícil entender o coração alheio.

Como se fosse fácil entender o meu. Quando penso que encontrei a pessoa certa, vejo que não passou de mera ilusão, “puts!”, nada se conclui fácil na vida!

Suponho que todo bom jardineiro saiba cortar o mal pela raiz. Fazer a poda é necessário para crescermos cada vez mais fortes, nos leva ao caminho do bem.

Cada dia traz uma surpresa, o inesperado fascina, faz a gente sonhar. Essa é a grande teoria, saber tirar proveito de tudo, sempre enxergar o lado positivo, mesmo nas derrotas. Perder para vencer no futuro, ganhar e doar experiências, passar conhecimento, aprender como as árvores mais antigas são as mais fortes. Teoria de buscar nos antigos, sem medo do novo.

Apoiar-se nas raízes é algo divino, é poder confiar na franqueza daqueles que regaram a semente e cultivaram os sonhos, e do jardineiro que galgou seu caminho a nosso favor.

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O mistério que envolve o amor materno vai além das explicações biológi-cas, em que o fator hormonal ou instintivo é destacado. Como explicar que todo o infortúnio que se passa para gerar uma vida pode ser re-

compensado simplesmente por um sorriso banguela?

A mulher tem sua vida transformada desde o momento em que sabe da ma-ternidade, tudo ao seu redor passa a ser em torno dessa criatura que nem mesmo nasceu. Modelos de mães são analisados, na esperança de se criar uma identidade ou mesmo de despertar esta mãe dentro da sua alma.

Para um fi lho, sua mãe tem uma aura sagrada, um quê de divindade que de maneira alguma pode ser maculado.

Mesmo como forma de xingamento, o amor de mãe vem em primeiro lu-gar - todos nós, um dia, fomos chamados de “fi lhos da mãe”, mas difi cilmente de “fi lhos do pai”.

De tão forte, porém, este amor torna-se egoísta, partindo-se do ponto de que, para que a mãe esteja em estado de plena felicidade, seu rebento também deverá estar feliz; logo, a mãe pode ser levada a um longo sofrimento para que seu fi lho esteja feliz e, por conseqüência, ela também. A máxima que já virou clichê, de Coelho Neto, “ser mãe é padecer no paraíso”, não poderia ser mais

Maternidade e grandeza

Luciana Marili Silva da Exaltação

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conveniente. Não desmerecendo o amor paterno, um filho é muito além de um saquinho de carga genética de seus pais, pois ele saiu das entranhas da mãe que o carregou dentro de si. E isso um homem não pode sentir, pois é possível ser pai sem ao mesmo ter conhecimento, mas para ser mãe é preciso, antes, sofrer. Não desmerecendo o amor paterno, mas o amor de mãe é mesmo um mistério.

Segundo minha simplista teoria sobre a origem da vida, o corpo físico é um vaso, e sua essência é a alma. Quando morremos, essa essência fica suspensa para, em um momento oportuno, ocupar outro vaso. Acredito que outros planos existam ao mesmo tempo deste que habitamos e que, assim como as ondas de rádio não podem ser vistas, muitas outras coisas que não somos capazes de ver são reais.

Tanto quanto acredito em vida após a morte, creio em morte em vida. Quantos de nós se deixaram escolher por uma profissão e, mesmo, insatisfeitos, não têm coragem ou disposição para recomeçar? Quantos estão anos casados e não se lembram mais o porquê? Todos nós temos as mais interessantes desculpas para justificar nossas escolhas, ou as faltas de escolhas.

Mesmo para os incrédulos quanto à existência de vida após a morte, uma coisa é fato: pessoas que seguiram seus ideais ou se doaram a algo, e que morre-ram há anos ou décadas, como Michelangelo, Mozart, Einstein, entre outros, estão mais presentes entre nós do que milhares de anônimos, pessoas que ainda vivem e que não fazem nada, não significam nada, já estão mortas. Acredito que a vida, antes de mais nada, se origina da coragem e da determinação de viver algo grande e inusitado.

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Alma, a energia que nos foi concedida, essência única com a mis-são de evoluir. Vida, a busca por evolução espiritual e pessoal. Um caminho que envolve dedicação, com momentos felizes e tristes, pes-

soas que aparecem e desaparecem de repente; simplesmente para dizer ou mostrar algo de que se precisava saber; e outras que permanecem um longo período e que nos ajudam nesse caminho.

A família nos ensina os valores e princípios da sociedade, nos prepara para caminhar por conta própria e fazer as escolhas que decidirão as próximas etapas. É a primeira experiência de compreensão e convivência com outras pessoas.

Os amigos são a extensão da família, porém sob nossa escolha. A segunda experiência e é com quem aprendemos a lidar com as diferenças.

Sociedade, com seus conceitos, teorias, regras, valores...

Inevitável viver dentro das regras da sociedade, mas afastar-se, através da me-ditação, de viagens a lugares bem diferentes de onde se vive, do contato com a natu-reza e, às vezes, de conversas sem censura com pessoas especiais, aquelas com quem se discute um mundo diferente; tudo isso é necessário. Desprender-se e tentar ver o mundo de fora, como se não pertencesse a ele, mantém o equilíbrio e redireciona o foco para o que realmente desejamos ser, precisamos ter e fazer para não seguir somente o que a sociedade espera de nós.

Meu caminho

Luciana Valle Rovay

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A consciência nos mostra o que desejamos ser de verdade e a mente é a ferra-menta principal para conseguirmos chegar ao que queremos ser.

O conceito de felicidade varia de um indivíduo para outro. Já que essa Teoria é minha, acredito que a felicidade é uma escolha, um estado de espírito. Que pode ser momentâneo ou não. Que pode acontecer nos momentos mais insignificantes ou absurdos. Momento de exaltação, excitação, alegria, satisfação.

Uma vez ouvi que a felicidade não é completa se não for compartilhada.

O exercício da convivência, da cooperação e da partilha é um meio de busca evolutiva, de autoconhecimento e, por que não, um meio de alcançar momentos de felicidade, sendo útil ao mundo à nossa volta. Mas tão importante é também saber viver bem sozinho, não depender de companhia para apreciar uma peça, ex-posição, música, aquele filme, embarcar naquela viagem, experimentar uma nova receita ou assistir ao pôr-do-sol. As pessoas se vão. É o curso natural da vida. E estar sozinho em alguns momentos da caminhada é natural e saudável.

O corpo e a mente são a casa dessa energia e devem ser cuidados, exercitados e agraciados com as coisas belas como a arte e a natureza. E se abrir para receber as pessoas que amamos, que nos acompanham nesse caminho de aprendizado.

A vida me ensinou algumas coisas muito cedo (talvez até demais), mas fico feliz por isso e quero mais. Ainda tenho muito o que aprender. Deixando para trás os medos, inseguranças, rancores, meu coração está se abrindo para o mundo lá fora. Estou colocando a casa em ordem. E eu vou em frente, correndo...

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Assim como diversas religiões atribuem a autoria da criação aos seus res-pectivos deuses, outras justificativas chegaram próximas a uma respos-ta aceitável para a teoria da vida. Para mim, a verdade simplesmente é.

Tudo que puder ser dito sobre ela irá torná-la falsa. A verdade não pode se tornar um objeto. Sentir é o único conhecimento possível. Nem tudo o que existe pode ser percebido no mundo material, ainda que os céticos duvidem da existência da alma. Por vezes, nos sentimos confortáveis e enriquecidos, sem algum motivo aparente e, então, passamos a questionar nossa origem. É só pararmos um instan-te e percebermos o que nossa alma nos comunica através das emoções refletidas no corpo. O amor é o mais nobre valor expressado e o mais difícil de se definir. A paixão, ao governar sozinha, é como uma chama que queima até se destruir, enquanto a razão, se for somente ela a soberana, é uma força que confina. O fato é que o amor é suficiente ao amor, nem mais, nem menos.

Desde os primórdios, quando o amor se tornou perceptível aos homens, outros povos tentaram decifrar nossa origem através de diversas práticas e regis-tros. No Oriente, os antigos, em sua relação com a natureza, criaram a palavra dharma para simbolizar o propósito de vida. Encontrar o dharma é, sobretudo, uma busca individual. Quando se gosta do que faz, o trabalho perde considera-velmente seu peso de sacrifício e esforço. Quando agimos conscientemente, a

Mistério da vida

Cesar Corregiari

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mesma essência criativa que originou o universo coopera conosco. Consciência é o despertar diante daquilo que nos tem maior valor: a própria vida! É curioso ver como os animais, em seu ambiente, vivem plenamente cada dia, sem pressa, enquanto milhões de pessoas vivem como sonâmbulos todos os dias, projetando um futuro ideal. Estar alerta ao presente é estar consciente. Cabeça nas estrelas, mas os pés no chão. Tivemos um nascimento, mas é necessário renascer. Nosso primeiro nascimento não foi de muita ajuda, porque nos trouxe a uma certa di-mensão, mas isso não foi o suficiente. Precisamos de um nascimento espiritual.

Minha teoria, afinal, consiste na criação perpetuando-se com toda a sincro-nicidade, num tempo desconhecido, quando um lampejo no universo originou tudo aquilo que passou a florescer de forma coordenada. Se pudesse expressar em uma palavra o que é a vida, diria incognoscível, aquilo que nunca foi conhecido, nem nunca será. Por algum motivo além do alcance de nossa compreensão, a vida permanece um mistério. Talvez chegue o dia em que estaremos evoluídos o bastante, e aí tudo poderá fazer sentido. Mundos inteiros surgem e desaparecem de nossas mentes e podemos, afinal, imaginar explicações para as mais variadas perguntas, mas até que se crie a teoria definitiva, façamos da vida uma aventura digna de um ser eterno.

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De repente, deparamo-nos com questões essenciais.Vividas, mas será que realmente vivenciadas?Pense e reflita: por quantas vezes em sua vida agiu mecanicamente, sem per-

ceber, sentir e pressentir o teor do seu dia? Sem notar sua luminosidade, aquele aperto de mão, carinho, palavra, amigo... O momento em que sentiu os olhos borbulharem de emoções, rompendo-se rapidamente em gotas de lágrima?

Afinal, qual a teoria sobre a vida?

Uma hábil e eloqüente questão que, mais que palavras, demanda energia.

A vida se faz em oportunidades!

A oportunidade de transformar partículas em matéria, em acreditar na co-esão de átomos que, tal como o qual integra e representa, deseja nada mais, nada menos, que aprender a VIVER... Coesamente ou não!

E quantas inflexões observamos neste choque de idéias e ideais? Seriam elas frutos de uma sociedade plenamente desperta, ou que luta diariamente para sobreviver? O que “atomicamente” falando deveria ser tão natural!

Sobreviver... Diariamente lemos, em jornais, notícias de pessoas que apren-deram a sobreviver, apesar das dificuldades.

Oportunidades

Renata Isabel Zimmermann

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A Teoria

NATURAL, palavra tão simples, sincera em seu significado bruto, traz a expres-são da vontade humana: Que no decorrer de sua vida, o transcorrer de seus caminhos seja o mais natural possível, de forma que todos os seus laços e lastros indiquem: “Você manteve sua ESSÊNCIA, foi natural e não deixou que os julgamentos sociais (cá entre nós, nada sociáveis) engessassem-lhe A ALMA”.

Certas pessoas tão naturais, por vezes, são tidas como “inocentes”, “sem etiqueta”, mas comer manga com as mãos é a manifestação plena da essência da vida! Felicidade, nua, crua, sem julgamentos... Assim, natural como a vida e como deveria ser o VIVER.

Se vivêssemos cada dia tal como ele é, com respeito ao próximo e a si mes-mo, aprenderíamos que a teoria da vida concebe em si o desafio de questionar o ser humano em seus atos, para que, num momento evolucional físico, psíquico ou espiritual, recaia em si a responsabilidade por viver CADA MOMENTO.

E cada momento representa em si a oportunidade única de aprender que cada um é um! Ser unicamente indivisível, coeso, enfrentando-se em conceitos e teorias sociais que visam ENSINAR a todos o poder do amor.

E amar ao próximo como a ti mesmo é uma linguagem de difícil acesso, muitas vezes, via de mão única.

Quantas vezes, perdido num amor absurdamente único e exclusivo, quem foi excluído foi o SEU QUERER.

Amor é respeitar... a ti em primeiro lugar, e AO PRÓXIMO como A TI MESMO.

Afinal... “vida é o período de existência compreendido entre o nascimento e a morte”, e essa existência, se preenchida com entusiasmo, aprendizado e ale-gria, trará em si a certeza plena de querer VIVER.

Seremos vivos no dia em que aprendermos a viver A VIDA plenamente, além da teoria!

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Desde a Antiguidade, procuramos compreender o significado da vida e para onde iremos após a morte.Para responder a essas perguntas, foram criados os mitos. Porém come-

çamos a sistematizar o pensamento, para responder às perguntas sobre o signifi-cado da vida e da morte. Assim foi criada a filosofia.

Os filósofos perceberam que tudo que existe deve ser feito da mesma subs-tância. Para alguns, a água, o ar, o fogo, a terra, porém, para Demócrito, existia o átomo como partícula que se unia a outras e formaria todas as coisas. Após 2.200 anos, foi provada a existência dos átomos, e descobrimos que tudo é composto por eles.

Foi o filósofo Aristóteles quem definiu a idéia de teleologia, que significa “Que tudo que existe tem uma finalidade”.

Portanto a Teoria do Átomo Teleológico é:

“Teoria que considera tudo que existe como vindo da mesma fonte e de mesma substância, guiada por uma força maior que governa tudo de forma per-feita e lhe confere finalidade”.

Origem e finalidade

Bruno Leonardo dos Santos Peres

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Somente é possível falar em teleologia se levarmos em conta a existência de algo que defina as finalidades e que as crie de forma conjunta, de maneira que to-das atinjam suas finalidades e o universo todo evolua, de forma coerente, porém que ultrapassa nossa compreensão.

Ou seja, esta teoria só tem sentido quando se admite a existência de Deus.

Atualmente, a teoria do Big Bang é a mais aceita para se explicar a origem do universo. De acordo com ela, tudo que existe, portanto, todos os átomos, estava unido, e ocorreu, há bilhões de anos, uma grande explosão, os átomos se espalharam e começaram a se juntar novamente e formar as coisas.

A partir dessa explosão, foi possível o surgimento da vida. Isso tudo não pode ser obra do acaso, não é possível admitir outra explicação, a não ser que exis-ta um Deus que planejou tudo desta forma, criando leis naturais que tornaram possível que os átomos teleológicos se unissem e cumprissem suas finalidades.

Este constante movimento de criação tornou possível o surgimento do ho-mem e seu desenvolvimento. Em dado momento, este homem adquiriu a capa-cidade de reconhecer que existe um Deus maior no universo que criou tudo e todos.

A finalidade de tudo no universo converge para a existência e para o aper-feiçoamento do homem, e a vida do homem serve para que o criador possa divi-dir as maravilhas que guarda dentro de si com outros seres e que sejamos um todo onde reina o amor e a união.

Após a grande explosão, fomos criados; e após nossa morte material, nosso corpo se decomporá, e nossos átomos serão a base para o surgimento de novos seres, porém a essência (alma) voltará em um tipo de Big Bang ao contrário para o seu lugar de origem, o coração do Deus criador, onde novamente estaremos unidos a tudo e a todos que existem.

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À procura de um sentido para a existência, perguntei para três pessoas: qual o sentido da vida? A primeira, um otimista, respondeu-me: “Nada melhor do que nascer numa família bem-estruturada, crescer sob o cari-

nho dos familiares, ter acesso a boas escolas, viver um grande e duradouro amor. Atingir o sucesso profissional, acompanhado de sua recompensa financeira, e poder constituir minha própria família, transmitindo-lhe valores éticos e mo-rais, praticando, sempre, os ensinamentos cristãos para poder aspirar por uma moradia digna na outra vida”.

Em seguida, o pessimista disse-me: “Conheço a história de meus fa-miliares e, comigo, não poderia ser diferente. Nascido pobre, em um lar de-sestruturado, sem apoio do Estado, da Igreja e de quase todos, não tive voz nem vez. Quase sem estudo, quase sempre sem emprego, a saída foi a sobrevi-vência na quase marginalidade. Até tentei acreditar no amor, mas não consegui. Também quis fazer com que meus filhos tivessem uma história diferente, não tive sucesso. Às vezes penso que esta sina pode ser culpa do destino ou que as mi-nhas descrenças me levaram aonde não cheguei. Mas, com uma vida assim, devo ainda acreditar em Deus, se parece que Ele que não acreditou em mim?”

Perguntei, então, a mim mesma. Tive um lar cercado de amor. Uma edu-cação que me ensinou que a vida é mais do que ter, é ser. E, para isso, devemos

Otimismo e pessimismo

Simone Moreira

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buscar o saber. Tive ciência, contudo, das dificuldades enfrentadas por meus pais e avós na luta diária pela subsistência. Pude estudar em boas escolas, escolher minha profissão e exercê-la plenamente, fato que, por óbvio, não me eximiu de enfrentar dificuldades e desafios no mercado de trabalho. No amor, muito cedo, uma escolha infeliz. Mais tarde, a chance da remissão. A felicidade de ter en-contrado um companheiro de vida, solidário e altruísta como poucos em nossos tempos o são.

Por meio dos rendimentos no trabalho, pude alimentar minha paixão pe-los livros e pelas viagens. Ao ler, percebemos o quanto ainda precisamos apren-der. Ao conhecer o mundo, nos damos conta do quanto ainda somos carentes de conhecimento para entender as culturas diversas à nossa. Não obstante, é certo que nem precisamos ir tão longe: nosso país possui realidades tão distintas que parece abrigar muitas nações dentro de uma só.

Penso que todas as pessoas têm, umas mais, outras menos, razões de sobra para serem pessimistas em sua visão sobre a vida. Eu, no entanto, continuo ten-tando ser otimista, procurando uma razão maior para a existência. Reconheço que Deus já me deu muito do que eu esperava da vida. Mas, como a vida é uma eterna caminhada, continuo, sigo em frente.

E espero que, mais tarde, Ele esteja me esperando, com sua sabedoria infi-nita e luz eterna.

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Considero, pelas constantes buscas pela melhoria das condições de vida, pelas condições ambientais, tão relevantes em nosso tempo, pela ori-gem e evolução da vida, que o mais importante e menos valorizado fa-

tor é a ação do “pensar”.

Digo pensar pois só os seres humanos, ditos inteligentes, animais racionais, têm essa capacidade explícita, e denomino a ação do pensar como fator deter-minante para a sobrevida de qualquer espécie dentro da Teoria da Evolução de Darwin. A partir do momento em que pensamos, estamos aptos a dirigir a ação e a ordem dos acontecimentos, interferindo positiva ou negativamente na exis-tência de uma espécie.

Muitas vezes, tentamos obstinadamente salvar uma espécie da extinção, como se pensássemos e soubéssemos que somos superiores à ação da Evolu-ção, não aceitamos morrer e muito menos que a nossa interferência pode nos matar...

Quando pensamos na melhor forma de nos locomovermos, nos relacionar-mos, ou até mesmo nos comunicarmos, estamos agindo diretamente e interferin-do principalmente no meio ambiente, sem darmos tempo para que a Natureza se recomponha, o que sempre traz conseqüências para todos.

Pensamento e evolução

Andre Bueno Fischer

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Toda e qualquer ação tomada pela nossa “irracionalidade” pode e vai nos afetar de alguma forma no decorrer da nossa existência. Nos dias atuais, estamos preocupados com as nossas ações, pois os resultados delas são sofridos por nós mesmos, e não por outras gerações futuras, como acontecia no passado.

Por citar o passado, dentro da mesma teoria, os povos antigos, além de me-nos populosos, condição primordial para a subsistência, eram muitas vezes nô-mades, dentro do próprio espaço físico da aldeia, do feudo ou da cidade. Todos costumavam plantar em locais diferentes a cada safra e se utilizavam dos recursos naturais de uma forma mais coerente, mesmo sem a intenção de preservação, mas sim de uso da melhor matéria-prima existente.

E, para considerar o futuro, a superpopulação da raça humana será o prin-cipal problema que enfrentaremos. Sob júdice pessoal entrarão vários conflitos sobre os valores pré-estabelecidos para a vida em sociedade. Estaremos de novo sujeitos à lei do mais forte, e o mais forte pode ser você, defendendo-se em busca de alimentos e proteção para com os seus.

Hoje é fato que dependemos um do outro para sobreviver, aprendemos tão bem a viver em sociedade que é insano pensar em viver como ermitão, loucura ter a sua própria vida desvinculada de certos valores éticos e morais que preconizam nossa sociedade. Pois então, dentro do nosso livre-arbítrio, finalizo deixando uma questão que me ocorre: “Posso, sabendo conscientemente, agir e, conse-qüentemente, interferir na minha vida ou na de outros?”.

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Minha teoria é de que precisamos muito pouco, quase nada, para ser feliz. Aliás, felicidade para mim é algo muito mais relativo, muito mais cheio de nuances do que as propagandas de margarina e lojas de

departamento nos induzem a acreditar.

Somos escravos, por educação, das verdades que nos dizem tantas vezes pela televisão. A extrema realização do ter - que nos vendem todos os dias e que chegará quando a milésima e última parcela for quitada - é vazia e só pode nos levar ao desespero.

Penso. Penso muito, e isso é algo tão rotineiro para mim como o ato de res-pirar. Por conta disso, é sempre com surpresa que chego à freqüente constatação de que grande parte das pessoas à minha volta deixa de pensar (e por opção).

E quando digo pensar, não me refiro a comentar casos chocantes como o da garota Isabella - supostamente atirada pela janela pelo próprio pai para acobertar o assassinato cometido pela madrasta -, que são apenas válvulas de escape para o coração imenso e inutilizado de toda uma nação. Tampouco quero dizer que a vida é, em seu único fim, uma contemplação aristotélica, com a obrigação de todas as idas e vindas de um Sócrates.

Pensar e questionar

Danielle Castro

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Vejo o verbo pensar como um sinônimo melhorado de outra conjugação regular, a de questionar. Nos enchemos de pílulas e injeções para atingir ou compensar um mundo de produtos e imagens que não temos e, de fato, não precisamos.

É mais fácil dizer “estou triste porque não consigo trocar de carro” ou “es-tou triste porque não tenho todas as roupas que saem a cada coleção”, do que refletir e concluir que o que nos falta é só carinho e um pouco de atenção.

Não temos tempo para os outros porque avaliamos mal nossas necessida-des. Vemos que ninguém comenta sobre nós (no trabalho ou nas capas de revis-tas) se não estivermos com algum acessório ou escândalo passageiro pendurado e logo concluímos que é preciso estar atento a essas coisas. Deixamos então de dar atenção a amigos, familiares, vizinhos e pessoas necessitadas para irmos atrás desses itens.

E é assim que, involuntariamente, jogamos os que nos são próximos nessa roda, na qual o consumo é a base para se ter atenção e (quem sabe?) um pouco de amor e dedicação.

Por isso, minha teoria é que não custa mais que boa vontade para ser feliz. Afinal, gastar um par de horas conversando com quem precisa ser escutado, ou estar de verdade com uma criança por todo o tempo em que estivermos com ela são coisas bem simples.

Ensinar o que aprendemos e dar uma chance para que as pessoas mostrem o lado legal delas, antes de criticá-las, também são formas de ficar bem com a gente mesmo. Esse tipo de ação faz entender que a felicidade, dessas completinhas, é feita de alegrias e de tristezas.

Pensar nisso nos leva a compreender que tudo que sai de nós, com certeza, regressa um dia com a mesma intensidade.

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V ida é o nome dado ao intervalo de tempo entre o nascimento e a morte de um ser vivo, que é todo elemento que respira e obedece a um ciclo, ou seja, nasce, cresce, envelhece e morre. O tempo de vida é relativo à sua

espécie e a acontecimentos imprevisíveis. Os seres vivos são divididos em animais e vegetais. Os animais se dividem em racionais e irracionais.

Os animais racionais são conhecidos como seres humanos. Jorge Furtado, no filme Ilha das Flores, de 1989, diferenciou o ser humano dos outros animais pelo seu telencéfalo altamente desenvolvido, por um polegar opositor e por ser livre.

Outro fator que diferencia o ser humano dos demais animais são suas ne-cessidades. Maslow defende que as necessidades humanas se distribuem em uma hierarquia de cinco necessidades: fisiológica, segurança, sociais, estima e auto-realização. Os seres humanos nascem em condições semelhantes, sem desejos materiais, e buscam apenas satisfazer as necessidades fisiológicas e de segurança, até adquirir a consciência de onde vivem, com quem vivem, o que possuem e o que podem possuir, adquirindo novas necessidades.

Plenitude

Sandra Matos

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A inteligência humana se tornou um importante diferencial, permitindo que o homem dominasse o mundo criando regras para definir uma conduta cor-reta e alguns elementos que simbolizam o poder. Um dos principais símbolos de poder do mundo atual é o dinheiro, que permite ao homem atingir determina-dos objetivos, se destacar em seu ambiente social e buscar mais poder. Esta busca gera a chamada desigualdade social, permitindo que crianças morram desnutri-das, mulheres morram por falta de cuidados adequados ou idosos morram em condições desumanas.

Enquanto muitos buscam respostas sobre o que acontece antes do nasci-mento ou após a morte, esquecem do que está acontecendo no mundo durante sua vida, ou seja, perdem algo, que só o ser humano possui: a consciência, que pode ser classificada como a capacidade de perceber a relação entre si e o ambien-te. Desta forma, as pessoas deixam de agir, pensando na melhoria do presente.

A vida se inicia no momento em que um ser vivo é fecundado e termina quando seu cérebro e órgãos vitais deixam de funcionar. Se este período não for utilizado de forma produtiva, para melhorar o mundo, a própria vida e a dos que nascerão, o que acontecerá após a morte ou o que aconteceu antes do nascimento é insignificante. Se as teorias existentes sobre a continuação da vida após a morte estiverem corretas, uma vida completa, íntegra e com ações significativas contri-buirá para uma nova etapa feliz. Se não existir nada após a morte, não existirá outra chance ou outro mundo. A vida, para ser plena, deve ter algum significado e, ao terminar, deve deixar alguma contribuição para os próximos, mesmo que ninguém saiba no futuro.

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Vida é para viver Grande segredo não há Quanto mais simples for

Melhor você viverá.

Amar tudo e todos Fazer o melhor que puder Tentar ser sempre alegre Um bom homem ou mulher.

Proteger a natureza A terra, a água e o ar Defender a flora e a fauna O céu e também o mar.

Respeitar cada ser vivo Tentar sempre ajudar Não permitir injustiças Nem ofensas tolerar.

Poesia!

Gil Razook Miceli

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Valorizar os idosos Pois têm muito a ensinar Aceitar suas palavras E seus conselhos acatar.

Ajudar os pequeninos A crescer com dignidade Ensinar-lhes o amor A alegria e a bondade.

Não desprezar seus irmãos Nunca humilhar ninguém Pois todos merecem atenção E o nosso amor também.

Ver a beleza da vida No nosso dia-a-dia Pois é nas pequenas coisas Que mora a alegria.

Agradecer sempre a deus Por tudo aquilo que temos Por tudo aquilo que somos E tudo o que recebemos.

Achar graça nas coisas Ter senso de humor Não levar tão a sério Uma pequena dor.

Ter religiosidade Seja ela qual for Acreditar com firmeza Numa força superior.

Cuidar sempre da saúde Pois é nosso maior bem Nosso corpo é nosso templo E nossa morada também. Trabalhar com afinco E com muita disposição Pois é feliz quem possui Um trabalho e uma profissão.

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Amar a nossa família De todo o coração Pois é nosso porto seguro Nosso refúgio e emoção.

Desenvolver a tolerância Paciência e humildade Ter compaixão pelo próximo Tratar todos com bondade.

Sentir o calor gostoso Do sol sobre a nossa pele Não deixar que o vento frio Da noite a alma congele.

Saber que a vida não é Sonho nem fantasia Mas sonhar também é bom Pois nos enche de alegria.

Saber apreciarAs cores da naturezaE ver em cada detalhe Uma infinita beleza.

Um bom amigo é na vida Valioso companheiro É algo que não se compra Com coisas nem com dinheiro.

A tristeza às vezes faz parte Desta nossa trajetória Aceitemos com paciência Por saber que é transitória. Nem todos os dias são bons Nem todos também são tristes E é nesse vai-e-vem Que o segredo da vida existe. Outra coisa importante É o poder da oração Pois com ela alcançamos Uma maior reflexão.

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A Teoria

Não deixar que a decepção Nos torne pessoa amarga Pois nos serve de lição Para nossa caminhada.

Ter na vida um amor É uma bênção divina Que nos enche de calor E a alegria nos ensina.

O passado já passou O futuro não chegou O que importa é o presente E fazer dele um “show”.

Bom senso é fundamental Em nada exagerar Repudiar sempre o mal E o equilíbrio buscar.

A palavra proferida É como a flecha lançada Pode abrir uma ferida E nunca ser recuperada.

O tempo que temos no mundo Não nos cabe determinar Portanto que seja o melhor Enquanto a vida durar.

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A vida é feita de escolhas. Ninguém está errado. Cada um tem um refe-rencial, uma opinião para as decisões. As nossas ações geram reações e podem perdurar por gerações. A teoria gera a prática, e a prática gera a

teoria. O momento proporciona a experiência, e o conhecimento pode trazer a felicidade ou a infelicidade.

Só se atinge a felicidade progredindo, evoluindo, criando momentos de aprendizagem e trabalhando para construir o futuro. O progresso é a lei da natu-reza. Segundo Ferreira (1988), é marchar para frente. É o conjunto das mudan-ças ocorridas no curso do tempo.

A teoria sobre a vida é a de que o homem está vivo para progredir, para evoluir, porque nada é por acaso, logo, as escolhas gerarão causas e efeitos.

A Terra vem evoluindo desde a sua criação até os dias atuais, porque nada é estacionário na natureza. A vida que cada um tem é o que cada um criou, por isso, a missão que cada um tem no planeta Terra é descobrir o motivo pelo qual está aqui. Não basta nascer, crescer, reproduzir e morrer. É preciso muito mais.

O homem é uma caixa composta de várias peças: valores, princípios, moral, conhecimento etc. Na teoria de que a vida é um progresso, é preciso influenciar o seu meio ambiente com ações que estimulem as pessoas a mudarem suas vidas.

Progresso

Lilian Cristina V. Barbosa

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Por isso, na teoria do progresso, entender o outro pode ser a grande sacada da vida, visto que, conhecendo o outro, poderá ajudá-lo a estar no lugar certo, no momento correto e fazendo bem as coisas.

O progresso é a lei do sonho e da imaginação. É quando o homem põe para fora o seu talento para ajudar a humanidade a evoluir. Este é um grande desafio da vida.

A destruição é um meio de atingir, pela transformação, o progresso, um estado mais perfeito, porque tudo morre para renascer. Na teoria do progres-so, é preciso amor, caridade, justiça, crença em um ideal, atrair o que se quer, trabalhar, estudar, organizar e planejar. O progresso é o fruto do que se pensa e faz, no que, um dia, acreditou-se e apostou-se. As diferenças são um importante tempero para contribuir para a evolução. O progresso pode ser moral, científico, tecnológico, artístico e intelectual.

A procura pelo bem-estar força o homem a se desenvolver. O progresso é fruto do trabalho, que é originado da inteligência. O progresso geral é a resultan-te de todos os progressos individuais. O progresso moral é o que traz a felicidade. Acreditar no futuro é acreditar no progresso. O homem quer ser feliz e por isso procura o progresso para aumentar a sua felicidade.

O progresso permite construir uma história, e se ele é o ingrediente para a felicidade, é preciso tentar criá-lo todos os dias, já que a felicidade dura pouco, porque o moderno de hoje é o arcaico de amanhã.

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A vida é um grande projeto atemporal que possui início e fim. Ao longo dos anos, temos as “entregas” não só para nós, mas também para nossos clientes (família, amigos, desconhecidos etc). Sendo assim, nossas vi-

das se encaixam perfeitamente nas nove áreas de conhecimento apresentadas no PMBOK (Project Management Body of Knowledge):

1. Escopo - Ao nascermos, acredito que temos uma definição do que pode-remos ser. Porém, ao longo dos anos, podemos ter “mudanças no escopo” (geral-mente não previstas) que farão com que nosso projeto tenha mais essência.

2. Tempo - Até podemos planejar o tempo deste projeto (cuidando da nos-sa saúde, não fumando nem bebendo, gerenciando nossas limitações etc), po-rém, como em todo projeto, podemos ter imprevistos, alguns possíveis de ser resolvidos, outros, infelizmente, não têm uma solução muito rápida/fácil.

3. Recursos Humanos - Em qualquer projeto, os Recursos Humanos são itens importantes, pois, caso faltem, pode atrasá-lo ou fazer com que seja um fra-casso. Os recursos administrados para esse projeto são diversos: amigos, família, casa, carro, viagens...

4. Qualidade - Este item é visto ao longo de todo o projeto:

Projeto “A Vida”

Suzi Mendes de Oliveira

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A Teoria

Cuidados no nascimento; x

Educação ao longo da adolescência; x

Responsabilidade na vida adulta; x

Experiências e momentos marcantes no fim da vida. x

5. Comunicação (ah, a comunicação... que problema esse item!) - Quando pequenos, que dificuldade para falar... Na adolescência, ninguém consegue nos entender! Vamos ficando adultos e, às vezes, o que queremos falar/expressar tem vários significados. Com o avanço da tecnologia, então, muitas vezes não nos fazemos entender. E quando estamos na terceira idade, ninguém tem paciência de ouvir nossas experiências, histórias, lições de vida.

6. Riscos - Como lema, tenho uma boa definição para este projeto: “Não tenha medo de arriscar e arrisque”. Claro que, na nossa vida, seria interessante termos para sempre uma ação neutralizante para os possíveis riscos, mas este pro-jeto não nos permite listar “todos” os riscos.

7. Custos - O valor que o projeto terá depende só de você!

8. Integração - Como no PMBOK, nosso projeto sem integração dos nove itens não funcionará e será um fracasso.

9. Aquisição - Depois de todos os itens citados, o que você, “meu cliente”, acha de tudo isso?

Que tal deixarmos de lado a preocupação de que este projeto será uma so-lução perfeita?

A princípio, este projeto será uma “Versão Beta”, e provavelmente estare-mos em “Versão Beta” até morrer. Mas não seria interessante ao menos nos pro-pormos a fazer este projeto ser diferente? Que tal dividirmos a responsabilidade deste sucesso?

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Quando penso na vida, logo a associo ao amor, à minha fé, à famí-lia e ao bem. As intenções com o amor são sempre boas, justificadas na sua ingenuidade e pureza que sequer passam por qualquer pré-

julgamento antes de ser manifestado.

Quando penso nesse amor, automaticamente lembro-me dos meus pais, depois das minhas irmãs, do meu marido, dos sobrinhos e daqueles amigos que moram de graça no coração.

Minha família é a base da minha existência, de como me comporto, de como trato as pessoas e de como eu posso perceber a vida e enxergar o mundo. É o meu porto seguro. Todos reconhecem sua importância para o decorrer de toda a vida. Consciente ou inconscientemente, este reconhecimento existe.

Mas viver não é fácil, quero dizer, sobreviver não é fácil.

A busca pela sobrevivência, simples existência, nos induz a uma vida que às vezes parece fugir do nosso controle.

Vemo-nos fazendo muitas coisas com o sentimento de obrigação e insatis-fação, porque não tivemos tempo de absorver a necessidade desta ação através de um olhar positivo.

Propósito

Elaine Alves Queiroz

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A Teoria

Ações impensadas são reflexos da cultura competitiva e ambiciosa que nos cerca. E tudo isso transforma-se numa epidemia má e destruidora. É um arrastão pelo condicionamento ao que a maioria vive.

Eu escolhi minha fé em Deus como meu refúgio e minha força para dar um sentido a minha existência, sentir paz e também me sentir protegida do mal.

Acredito que existo para ser provada e aprovada para a vida eterna. Meu propósito na vida é ser fiel a Deus, seguir Seus mandamentos, dar o exemplo e influenciar as pessoas para todo este bem.

É um desafio diário e que exige um grande policiamento para que eu re-almente pratique esse bom exemplo em que acredito, e que tudo isso se torne natural em mim.

As pessoas acreditam em coisas boas, são honestas e leais, mas não têm for-ça para viver isso quando estão também entre a outra parte da moeda (ambição, fome insaciável de sempre querer mais, orgulho, medo, ansiedade e todos os ou-tros sentimentos que um ser humano possa ter).

A falta de prática da nossa crença é o que faz a diferença.

Mais um exemplo é que todos nós acreditamos no amor. Mas sentir o amor é muito fácil, difícil é praticar o amor.

Sentir amor não requer nenhum esforço, mas praticá-lo, sim. É muitas ve-zes dispor de tempo para com alguém que não conhecemos e que não nos mani-festa nenhum sentimento sequer de simpatia ou afeição.

Acredito que a solução para tentarmos garantir um mundo melhor, com pessoas melhores, começa dentro de cada um de nós. Começa em querermos ser melhores e praticarmos.

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Como viver mais feliz? Por que este é um tema tão presente? Encontramos o tempo todo, pela mídia, conceitos e mandamentos, regras

que vão do cuidado com a natureza à alimentação e ética. Tantos, que podemos criar um manual completo para nos (re)educar.

Também muito se questiona a substituição dos valores humanos pelos valores materiais e financeiros e a nossa responsabilidade com o amanhã. Percebemos, assim, o homem sempre em busca da transcendência. E vemos sua necessidade em aperfeiçoar-se cada vez mais.

Só posso concluir que esta busca vem da necessidade do principal objetivo da natureza, que é a preservação da espécie. Afinal, o que seria uma vida completa? Penso que é unir, da forma mais harmônica possível, as vidas mental, emocional, física e espi-ritual. Deixo toda esta complexidade e me concentro ao que faz parte de meu universo de trabalho com arte e criatividade e que tanto me atrai: razão e emoção. Ciência e arte. Aprendemos desde criança que precisamos distinguir o certo do errado, o bem do mal, e fica difícil, como adultos, perceber que nada é certo ou errado, tudo depende do contexto.

Razão e emoção, ciência e arte

Leila Ubbi Baldochi

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Também crianças, somos podados em nossa criatividade quando chega a cobrança de que devemos crescer. E paramos de pintar árvores azuis e deixamos de ter aquelas explicações fantásticas para tudo. Minimizamos nosso lado “dife-rente” de ser.

E, assim, nos tornamos adultos desprovidos da capacidade de imaginar, de sonhar, de inventar e de criar.

Penso que quando tudo é racionalizado, a razão cresce, mas o afeto enco-lhe. Porque sentir é um verbo que se conjuga para dentro, ao contrário do fazer, que é julgado para fora.

Por que precisamos da arte?

Vejo a arte como um elemento de identificação cultural e como possibilida-de. Maneira de romper determinados caminhos e capacitar para outras maneiras de olhar.

Todos nós temos imaginação e sensibilidade e queremos, de alguma manei-ra, expressar o mundo em que vivemos. Fazer arte é um comprometimento com nossa vivencia pessoal. É meter o dedo na alma.

A ciência faz parte do nosso cotidiano, o desenvolvimento científico con-tribui para o bem-estar pessoal e social, a longevidade aumenta. O fator sobrevi-vência já é secundário, a ciência tem um papel central na sociedade e é presente no dia-a-dia.

Mas a ciência é provisória. Aquilo que conhecemos como ciência muda à medida que ampliamos nossa percepção, afinal, os conhecimentos evoluem.

A arte, a todo momento, propõe novas leituras com tudo o que o homem se relaciona. O universo é visual. Concluo que razão pura não existe.

Nós pensamos com nosso corpo e com nossas emoções. O que pode ser perigoso se ficarmos encarcerados em padrões e modelos, porque assim ficamos limitados na arte e na vida.

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Sempre iremos parar e pensar no que é a vida, como ela foi criada ou o que estamos fazendo aqui nesta realidade. Qualquer tentativa de explicação para essas perguntas será fraca e frágil, por melhor que seja.

De acordo com os maiores sábios, quando paramos e fazemos essas per-guntas, estamos no caminho certo. É a partir dessas perguntas que chegaremos ao autoconhecimento.

E começa aqui uma dessas tentativas, uma viagem dentro de várias filosofias e - por que não? - dentro da alma humana, na busca do autoconhecimento.

Para entender um pouco a vida, a primeira pergunta que surge é: “De onde viemos?”

Do princípio de que há somente uma raiz, uma só origem de onde viemos, há uma Força Superior por trás de tudo, que é a existência plena.

Foi criado o corpo material, e para ele foram criadas as almas, que são partes dessa Força com existências individuais, ou seja, pequenas partículas espirituais presas no corpo material. Essas partículas espirituais é o que dá vida.

Ao contrário do corpo material, para a alma não há morte; uma vez criada, ela não deixa de existir, sendo eterna para completar seus ciclos de aprendizado e amadurecimento.

Reflexões

Alex Bacadini França

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O universo material também é uma “energia”. Ele que se transforma, como um eterno pulsar, mutável ao passar do tempo, criado para satisfazer nossos de-sejos e vontades.

A vida é como espaços de tempo, em que, a cada dia, se dá continuidade a vontades que se quer suprir.

Todos estão em busca de algo novo, ainda não conquistado, que pode ser bom ou ruim. Esta visão é distinta em cada um, nenhum objetivo é o mesmo.

A motivação faz a sua existência singular nessa realidade e nas que surgirão quando este ciclo terminar.

Cada vida lhe dá uma nova oportunidade de recomeçar, para conduzir e desenvolver a consciência e o pensamento sem medo, sem bloqueios ou censuras.

A retomada dessa motivação e a mudança de paradigma chegam ao indiví-duo por diversos meios, é acesa através da crença, dos caminhos, dos aprendizados e do amadurecimento que teve a cada vida que lhe foi oferecida.

Portanto, enquanto persistir a consciência material condicionada na falta de amor, na autoridade, no preconceito, na falta de fé, seja qual for, a pessoa fica presa ao contínuo ciclo de nascimentos e mortes neste mundo, que chamamos de realidade e, aqui, experimenta de todas as suas vontades de acordo com seu livre-arbítrio.

Reflita hoje sobre esse espaço de tempo que está vivendo, olhe para dentro de si, as vontades que deseja suprir, os caminhos que deseja seguir e os sentimen-tos que alimenta sua alma para, quando uma nova realidade surgir, possa en-contrar a verdadeira teoria da vida que o levará da inexistência para a verdadeira existência.

Como disse o grande filósofo e músico Raul Seixas, “na curva do futuro, muito carro capotou”.

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Porque não somos apenas seres pensantes e possuímos capacidade de sentir, podemos dizer qual o sentido da vida... Quando começou a vida? Numa evolução bacteriana? No Big Bang? Ou antes disso? Mas o que é vida? Há

algo que não seja vida? Tudo é vida. A morte é vida, só que diferente. O conjunto de células vivas de um coração pode dar vida a outro corpo que esteja morrendo... A vida é conceito absoluto, morte é relativo.

Vamos pensar naquilo de que somos constituídos: pele, ossos, nervos, mús-culos etc. Estes elementos são constituídos de células, que são constituídas de átomos, que são constituídos de prótons e elétrons, e por aí vai, em partes cada vez menores e distantes...

Fiquemos nos átomos. Imagine a conhecida fórmula H2O em um copo com gelo e limão. Imagine ainda que essa água tivesse seu início na chuva, que formou o rio, que foi para a represa, que chegou à torneira para, finalmente, se depositar dentro desse copo. Esses dois conjuntos de átomos atravessaram o uni-verso em diferentes formas e elementos para chegar até aqui e tiveram inúmeras possibilidades para seguir outros caminhos e formar outros elementos, mas quis o destino que chegassem até esse copo na forma de água. Se alguém bebe essa água, os átomos que a constituem passam a se integrar e interagir, vibrando na freqüência dos átomos de quem a bebeu. E, depois de cumprida a missão, passa-

O sentido da vida

Ana Rita Carlos Lima

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rão por nós e continuarão sua jornada em outras formas, em diferentes matérias, pois nada desaparece, apenas se transforma! A água, uma pedra, uma planta, nós somos da mesma coisa, vibrando em freqüências diferentes.

Portanto, morte como fim não existe. O que existe é a constante transfor-mação de elementos que constituem tudo o que há no Universo. Lembre-se: os átomos que hoje vibram em você já brilharam numa estrela. E esses eternos ciclos de transformação têm apenas um objetivo: a evolução!

O Universo evolui e nós também. Não há outra razão de toda essa existên-cia que não seja a evolução. A vida, tal qual nós a conhecemos e concebemos, serve apenas para passarmos pelas experiências necessárias para a evolução de cada um. Temos como propósito na vida evoluir, ou seja, ser feliz. E cada um sabe qual é o seu ponto de felicidade – mas quase nunca se lembra. E é por esse esque-cimento que muitas vezes precisamos de ciclos e mais ciclos de transformações para chegarmos a reconhecer esse ponto de felicidade.

Portanto, tudo é vida. Nada desaparece e tudo se transforma. Einstein já nos mostrou que a diferença entre matéria e energia é uma sacudidela constan-te - à velocidade da luz - em seus elementos. Movimento, vibração, freqüência, expansão, evolução - é disso que se constitui a vida.

A vida tem como objetivo a evolução. Não existe coincidência e não somos obra do acaso. Afinal, somos uma idéia de Deus.

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Tudo seria mais simples. Está tudo complicado. Não que minha vida não seja complicada, ela é, mas eu tento, eu me esforço para simplificá-la. Meu pai sempre me diz: faça o bem, que ele

volta. Simples assim. Faça o melhor, que ele volta. É como estudar, trabalhar, se aposentar: planta e colhe.

Não estou falando para você trabalhar sem parar, estou falando para você fazer o melhor em tudo. Quanto melhor, melhor. Entendeu? Quando você tra-balha, vem o seu salário; quando faz o bem, ele volta. Aplico isso na minha vida e, de alguma maneira, tento fazê-lo assim, desde as coisas mais simples às mais complexas.

O que me dói quando entro no assunto complexidade. Começamos pela maneira de gerenciar uma nação. Não seria mais fácil se tratássemos o Brasil como uma grande empresa? Uma S.A.? Um condomínio gigante? Vejamos. Nós somos os associados desse grande clube. Pagamos a mensalidade em forma de impostos. Já calcularam quanto você paga de impostos por mês? Por ano? Com certeza, é uma quantia enorme, visto que o Brasil tem uma carga tributária nada ínfima. Este é o valor da mensalidade.

Simplicidade

James Cesari

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Nesse clube, em cada produto que compramos, ao lado do preço, teria o valor total de todos os impostos que estamos pagando e, com isso, poderíamos somar quanto estamos pagando de mensalidade. E isso valeria para todo o tipo de transação em que pagamos impostos.

Desse montante, pagaríamos os benefícios desse clube tais como educação, saúde, segurança etc... e quem administraria isso tudo? Oras... profissionais de verdade, gestores, como numa empresa. Teríamos apenas uma grande diretoria, transparente, vigiada por nós através de auditorias e publicações sobre tudo o que é feito, editais, sites, etc. etc. etc.... Tudo ali, para quem quisesse ver. E para evitar a corrupção, daríamos prêmios para quem descobrisse algo de errado nes-sas administrações, já que informações estariam ali para quem quisesse consultar. É a extinção dos políticos (que para mim nem é profissão). E pior: muitos que estão tomando conta desse país nem ler direito sabem. É esse o profissional que você contraria para trabalhar na sua empresa?

Acabei de privatizar o Brasil. Se o Sarkozy ler isto, vai privatizar o povo francês e não a França. Políticos.

Nossa vida é mesmo muito complicada. E fomos nós que a enrolamos. Se continuarmos assim, sem fazer a lição de casa.... segundona! E por falar nisso, quando os clubes de futebol vão virar uma S/A? As ações do Corinthians iriam valorizar muito nesse passar de 2008. Investimento certo. E quem aqui vos escre-ve é são-paulino.

Fazemos parte de um sistema em que nem nosso lugar tomamos! É tão sim-ples. Estamos aqui para manter este equilíbrio, onde passamos a viver e a tomar conta desse mundo, cuidar do que temos! Mas nem isso fazemos.

A vida é simples, nós é que estamos míopes.

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Muitos cientistas têm várias explicações sobre a vida, das mais inusita-das às inventivas ou especulativas. Mas a vida é simples, é o acordar, o respirar, o olhar para o horizonte e sentir a vida penetrando em sua

alma.

Pessoas vivem vidas que não são delas próprias. Outros acreditam que o dinheiro trará toda a felicidade que almejam. Que o trabalho é tudo para o sus-tento e para a sua realização e de sua família.

Para mim, basta sentir o calor do pôr-do-sol batendo em meu rosto, um beijo da pessoa amada e o abraço dos amigos.

A vida não tem uma teoria própria, são várias, de vários seres humanos, que precisam apenas viver cada momento com intensidade, amor e vibração.

É claro que nada é perfeito, todos temos problemas, dificuldades, mas é por isso que a vida se torna especial. Os obstáculos que enfrentamos no dia-a-dia fazem com que construamos a nossa vida. Perfeição é só uma simples palavra que nos motiva a lutar por nossos sonhos.

O meu ideal é poder dar o que aprendi com meus antepassados - amor, coragem, carinho, segurança, esperança, sonhos.

Sonhando com o impossível

Claudia Pereira de Lima

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Quero alcançar o porto-seguro para uma vida cheia de realizações. Não sou uma pessoa de muita fé, mas sigo o meu coração, pois ele é o caminho da vida.

A cada batida, é o momento do renascer. É o compasso musical que me guia por caminhos nunca percorridos.

Lembro-me de um garoto de cinco anos. Seu maior sonho era ser jogador de futebol. O impedimento para a realização de seu sonho estava no pai e na sua raça. Seu pai, imigrante ilegal, trouxe a família para um país que acreditava ser melhor que Cuba, mas exigia de seu filho o mesmo sonho, que aceitasse sua condição de jardineiro. Jogador de futebol, nem pensar, “isso não põe comida no prato, sonhos são para ricos e não para gente como nós, pobres”. A sorte lhe bate à porta, um jogador que veio para ajudar é nada menos que um dos melhores no time em que estava fazendo testes. Em agradecimento, reintegra-o ao time.

O que posso dizer é que, no final, este sonhador, com a ajuda de pessoas, da sua perseverança, da sorte e principalmente de sua fé, fez florescer um campeão.

Portanto, a teoria da vida está no acreditar que o impossível é possível. Ou-vir o seu coração e lutar. Sonhos podem sim ser realizados, mesmo que tudo e to-dos estejam contra. Os desafios nos tornam o que somos, seres humanos capazes de superar qualquer obstáculo.

A Teoria da Vida está no amor, no caminhar por caminhos, mesmo que estes possam ser difíceis. É no sonho que acredito, e nas pessoas que fazem deste uma realidade.

Dedico isto ao meu grande e verdadeiro amor. Sem a sua existência, a minha vida não seria nada. Só posso dizer que a felicidade e tudo que realizei e irei realizar estão intrinsecamente voltados a ele, pelo seu exemplo de pessoa e de vida.

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Aquilo que se deseja… Nossos sonhos, desejos e aspirações muitas vezes ficam guardados em um lugar distante, e simplesmente querer retomá-los pode não ser uma tarefa elementar.

O que queremos fazer, quais decisões tomar, o caminho que vamos traçar, tudo isso está totalmente em nossas mãos. Mas tomar decisões, mesmo que sim-ples ou aquelas que sabemos que vão afetar nossas vidas para sempre, pode gerar desconforto e angústia. É interessante observar as diferentes reações do ser hu-mano em variadas situações. Por que reagimos de formas tão distintas? Por que um problema que para mim parece simples, para o outro pode causar tanta dor? Muitas vezes me pergunto como a vida consegue abrigar tantas personalidades e moldes de caráter. Por que somos bons e maus?

O mundo em que vivemos, a cada dia que passa, se torna mais caótico. E a tensão é sentida no ar. Problemas de ordem econômica, social, política, entre outros, afetam diretamente nossas vidas. É incrível perceber que, diante de tanta confusão, algumas pessoas simplesmente não se importam. Como é fácil passar pela vida sem simplesmente vivê-la. Sempre penso na falta de sensibilidade em tempos tão modernos. Vivemos num acúmulo progressivo de poluição, estresse, trabalho, trânsito e nos esquecemos do relacionamento humano, da interação com o próximo, da observação dos pequenos detalhes, das alegrias, das sutilezas

Sonhos e decisões

Ana Carolina Santana Bonamin

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da vida. O corriqueiro são os desastres e as constantes tragédias que assistimos nos telejornais. Quando e como vamos arranjar tempo e conquistar espaço para as mais simples expressões de alegria, de companheirismo e de amor? Amor no mais simples dos seus significados, no respeito ao próximo, na disseminação da felicidade.

Somos dotados de uma sensibilidade tão grande, e algumas pessoas sim-plesmente conseguem e querem sentir, se envolver e entender um pouco mais sobre nossa passagem pela vida. Como muitos já disseram, nada é por acaso, e o lugar em que nos encontramos hoje é fruto exclusivo de nossas escolhas. A nossa coragem de enfrentar nossos mais íntimos medos não é missão fácil, não é algo que muitas vezes conseguimos perceber e dar o devido valor.

Devemos perceber e aceitar que, apesar dos obstáculos, das situações mais adversas, fazemos parte de um mundo fantástico e de uma oportunidade de vi-vência única! Se passamos por aqui de forma apaixonada ou indiferente, a res-ponsabilidade é toda nossa. E, se somos indiferentes, deixamos guardados nossos sonhos, desejos e aspirações e nos tornamos coadjuvantes em nossa própria vida. Apesar das nossas experiências, umas mais sofridas e difíceis que outras, é impor-tante conservar a alegria e a felicidade em partilhar esta passagem, a oportunida-de maravilhosa de estar neste mundo com você.

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Você já parou para pensar que, independente da teoria da origem da vida em nosso planeta, independente da crença, a vida não existiria se não houvesse uma natureza tão diversificada e tão repleta de recursos

naturais?

As discussões sobre a origem da vida, para onde vamos, de onde viemos, giram em torno de elementos da natureza, se analisarmos que, para criar o ser humano, foi necessário existir um habitat natural para sua sobrevivência. Se nos considerarmos uma criação divina, como versa a religião, somos parte da natu-reza por Ele criada. Se surgimos da evolução biológica, da evolução de primatas, também somos parte de uma natureza pré-existente.

A necessidade de cuidados com o meio ambiente fica explícita, pois, se não cuidarmos do nosso habitat natural, seremos exterminados pela falta dele. O que será de nós se nosso oxigênio, nossas águas, nossos alimentos se tornarem impróprios para consumo? Viveremos com alimentação sintética, em bolhas de oxigênio, tomando água dessalinizada dos oceanos? Pre-cisamos notar que a vida gira em torno da natureza e que pouco nos preocupa-mos com ela.

Teoria da natureza

Marcelo Ricardo Carraro

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Viver é saber usufruir de maneira sustentável dos recursos que a “Mãe Natureza” nos proporciona! Viver é cultivar árvores que nos devolverão o oxi-gênio! Viver é não poluir nossos rios que matam nossa sede! Viver é produ-zir energia limpa para o desenvolvimento humano, sem causar riscos à nossa “Casa Natural”!

O “homem natural” teve a capacidade de criar tecnologia de ponta e também tem capacidade de cuidar da natureza. Por que isso não acontece? A vida não tem tanto valor, ou o valor material é mais importan-te? Queremos que nossos filhos, netos, bisnetos sofram as conseqüências de nossos atos impensados?

O homem ainda não percebeu que cuidar da natureza gera muitas riquezas e proporciona desenvolvimento intelectual e sustentabilidade de nossa espécie. A reciclagem é o início do pensamento humano, voltado para a sustentabilidade. Por que não investir mais nessa idéia? Por que não desenvolvemos novos mé-todos eficazes de reaproveitamento de recursos naturais, utilizando a nossa tão aguçada inteligência?

O que desejo expressar nada mais é do que uma realidade que pode ser vista a “olho nu”. Seja por qualquer das teorias de origem da vida, somos frutos da natureza com a qual não nos preocupamos. É como se não sentíssemos amor por nossas próprias mães.

A teoria da vida é a teoria da natureza. Ninguém, nenhum ser vivo pode se manter sem a natureza, sem os meios naturais de subsistência, sem ter a consci-ência de que nossas fontes de energia devem ser cuidadosamente tratadas. Deve-mos nos comportar como filhos amorosos, que tratam da vida natural com olhar na natureza da vida, pois todos somos um só.

Somos a natureza.

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Minha teoria baseia-se no movimento cíclico. Entendo que cada uma de nossas ações dará ensejo a um ciclo de reações.

Assim como os planetas se ligam ao redor do sol e formam um sis-tema, ligado a outros sistemas, e assim sucessivamente, tudo no universo está ligado. Como se fossem vários e diferentes círculos, todos interligados, todos capazes de se comunicar.

Cada uma de nossas ações será capaz de produzir uma energia que nos li-gará a alguns desses “círculos” que, atrelados a outros, fazem com que tudo se comunique.

É por serem círculos que estão sempre em rotação, fazendo com que tudo seja cíclico. Basta notarmos os planetas: se o sol se apagasse, os planetas seriam atingidos, dando outro destino a nossa galáxia, que assim também influenciaria nas demais, tudo ciclicamente.

E, assim, um ato pode vir a ter grandes conseqüências. Portanto, temos que cuidar bem do meio ambiente, que sustenta a saúde de todo o nosso planeta e, ciclicamente, de todo o universo.

A teoria do ciclo

Cássia Novella Derneika

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A Teoria

Sabemos que a vida é um ciclo, pois nascemos, crescemos, vivemos e morre-mos. Desconfiamos que, ao morrermos, vamos para outros lugares formar outros ciclos, sempre evoluindo.

Então, respondendo a algumas perguntas, dizemos que existe alma, que é ela que nos guia, direciona, nos faz sentir, intuir, nos dá consciência de fazer o bem, de cuidar do que temos, para, assim, caminharmos sempre em busca do melhor.

Os ciclos também são os causadores das coincidências, afinal, energias pa-recidas se conectam a círculos bem próximos (semelhantes). Veja como se tem demonstrado cada vez mais a força do pensamento positivo e cada vez mais pes-soas acreditam nele, pois são capazes de sentir que tudo vai bem quando se está bem, que a energia que vai é a mesma que volta. É pura física! Se você emite ener-gias positivas na produção, as terá no resultado. Isso é explicado pelos ciclos, pois movimentos circulares tendem a trazer de volta a energia à pessoa que a emitiu, o que seria diferente com uma linha reta, que poderia caminhar infinitamente em um rumo e jamais retornar.

Estamos neste mundo por algum motivo, para aprendermos a fazer o me-lhor possível, o que não aprendemos de uma hora para outra, só com o tempo, com a experiência e, principalmente, com a convivência social.

E, finalmente, quanto à família, sei que é muito importante, pois é com ela que aprendemos a importância do amor, a energia maior, mais forte e positiva para movimentar todos esses círculos e ciclos. O amor forma a energia que traz como resultado conseqüências positivas, um ciclo positivo, que se conectará a ciclos positivos. Se cada um de nós criar um ciclo positivo, os concentraremos e formaremos uma força maior, totalmente positiva, afastando as negativas.

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A vida, não mais que um comercial de 30 segundos. As pessoas simplesmente querem AMAR, aquele amor de 30 segundos do comercial da margarina, como se o amor só contemplasse isso. Con-

tudo, as relações também estão cotadas somente aos “30 segundos” de FELICI-DADE.

Felizes aqueles que conseguem enxergar o amor além desses moldes impos-tos e impregnados em nossas almas, que imperam hoje mais do que nunca. Cada vez mais percebo que o MAIOR dos sentimentos é jogado facilmente na vala comum do imediatismo, da intolerância e do egoísmo. Isso é muito mais comum do que pensamos, fazendo com que cresça diariamente dentro de nós o pior cân-cer que um homem pode ter: valores doentes que permeiam nossa sociedade, entrando em nossos corações, nos nossos lares e em nossa família.

Felizes aqueles que conseguem enxergar no outro o amor além dos “30 se-gundos”. Enxergá-lo no fracasso, na discórdia, na partilha, na doação, na conces-são, na tolerância, no desprendimento e no perdão. Amá-lo nas suas limitações, nos seus erros, nos seus defeitos, enfim, amá-lo, sobretudo, na sua condição de ser humano: um ser maravilhoso, ÚNICO e infinito. Você já pensou como so-mos “infinitos”? Somos dotados de uma imensa capacidade de amar, um amor verdadeiro.

Trinta segundos

Valdir Panace Junior

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A Teoria

Cada vez mais percebo como somos feitos de carne, ossos e coisas. Acredito que talvez tenhamos alma, ou pelo menos um dia a tivemos. Acho que hoje, mais do que nunca, alma é coisa realmente do outro mundo! Talvez de um mundo paralelo.

O mundo agora é mais divertido: um mundo irreal. Eu mesmo posso fazê-lo do meu jeito.

Optamos definitivamente pelo irreal, pelo virtual. Um mundo onde nós somos os Criadores. Tudo é feito para nós, personalizado, exclusivo, “feito para você”!

Obtemos a técnica de gerar vida, na hora e como quisermos. Tiramos vida e questionamos até sua concepção. Quem dita a regra somos nós. Nesse mundo, ou melhor, nesse mundo de “30 segundos”, nós somos o criador, a natureza, o amor e, sobretudo, o sentimento mais importante de todos esses: A FELICI-DADE.

Às vezes, tento encontrar o mundo paralelo, aquele velho mundo. Prova-velmente atrás do cenário do comercial. Esse mundo é triste, ele dói e nos faz sofrer. Tem doenças que levam à morte, e simplesmente temos que aceitá-lo. Não podemos fazer nada. Um mundo de pessoas feias e mal vestidas, que não têm nada e insistem em compartilhar: compartilhar o quê? Pessoas submissas, hu-mildes e nascidas para servir: pedem perdão. Um mundo que incrivelmente não nos incentiva a liderar, a tomar frente das coisas. Um mundo onde apenas temos que respeitar.

Às vezes, fico pensando: graças a nós, vivemos hoje num mundo melhor, ele está cada vez melhor, você não acha? Só acho que ele poderia durar bem mais que 30 segundos.

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A Teoria da Vida... Cada um tem uma teoria sobre a vida... Falar sobre a vida não é algo tão simples, porque envolve muitos aspec-

tos e formas diferentes de pensar. Política, educação, cultura, religião e gastronomia são exemplos de costu-

mes diferentes de cada povo, as formas de vida são distintas, em que podemos ver a riqueza da diversificação de uma população.

Uma forma cruel de evolução são as guerras, fazem com que muitas pessoas sofram para poder expressar seus pensamentos, ambições e seus fanatismos religiosos.

A reflexão sobre a vida consiste em definir uma meta de vida honesta e ética, em que a consciência é a chave da tranqüilidade.

Quando agimos com boas intenções, os erros se transformam em apren-dizagem, e assim se dá o crescimento do ser humano, desde o comportamento pessoal até o profissional.

Durante a nossa existência, nos deparamos com infinitos caminhos, e cabe a nós decidir qual direção devemos seguir e batalhar para nos manter nela.

A vida continua

Camila Junges Barreto

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A Teoria

A educação nos ajuda a escolher um caminho de uma vida repleta de con-quistas, cujo sucesso depende da superação de obstáculos. Com a educação, portas se abrem para melhores oportunidades de crescimento profissional e pessoal.

Com inteligência emocional, podemos administrar conflitos e solucionar desentendimentos que a rotina nos apresenta.

Batalhamos para desfrutar de uma vida prazerosa com nossos entes, através de um trabalho honesto e compensador; assim, nos esforçamos para go-zar de uma vida feliz.

Uma vida profissional bem-sucedida, ao longo do tempo, nos proporciona bens materiais, gerando conforto para construir uma família com boa estrutura e educação.

A base familiar é muito importante para o crescimento do ser humano, pois é através dela que nos confidenciamos e buscamos apoio, é o nosso porto seguro. Isso nos deixa mais confortáveis para enfrentar todas as barreiras que encontramos no nosso dia-a-dia.

Jamais devemos desistir de nossos sonhos; devemos lutar com muito em-penho para realizar nossos ideais, respeitando o espaço do próximo. Nesse con-texto, o ser humano de bem, que cumpre os seus deveres de cidadão, tem como princípios a honestidade, a ética e a perseverança para viver com dignidade e tem a certeza de dever cumprido.

Cada um deve se apoiar naquilo que acredita, não se deixando influenciar pelas decisões da maioria, pois, dessa forma, certo estará que, ainda que não obte-nha o resultado esperado, não ignorou a tentativa de realizar o seu desejo.

A vida tem que ser vivida de forma intensa, positiva e saudável, pois, com o passar dos anos, envelhecemos, e o que ficará são apenas lembranças de momen-tos que vivemos durante a nossa passagem por este curto espaço de tempo que o destino nos reservou.

E assim... A vida continua...

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A princípio, parece difícil teorizar sobre a vida quando se é muito jovem. Mas mesmo com pouca idade, muitas pessoas já devem ter se questio-nado sobre o sentido da vida, da família, dos amigos, do dinheiro e do

amor.

Provavelmente você já ficou sem respostas e, por isso, se sentiu perdido, o que pode ter lhe tornado suscetível a um pessimismo absoluto. Esses sentimentos podem ter lhe deixado inerte, ou ter-lhe feito ir atrás de respostas.

As coisas podem começar a fazer algum sentido quando nos entregamos aos nossos sentidos, quando vivemos alguma forte emoção, muitas vezes inexpli-cável, vinda, por exemplo, de um abraço aconchegante, de uma prova de amizade ou mesmo de uma prova de amor. Coisas que lhe façam perceber o quanto você pode ser especial para alguém.

Mas a vida não é feita só de emoções positivas, às vezes certos aconteci-mentos nos remetem a tristes realidades, como o fato de vivermos num mundo de contrastes, separados por classes sociais. Deveríamos refletir e nos questionar sobre o porquê disso, pois só quando temos consciência de que algo não vai bem é que tentamos mudar.

A vida é o agora

Rosangela Morgado Mattar

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Ao contrário do que se crê, numa sociedade dividida em classes é possível ser feliz e ter uma vida prazerosa, sem que para isso o outro precise estar infeliz. Aliás, muito pelo contrário, se este outro puder usufruir desta mesma felicidade, vai ser muito mais gratificante.

Mesmo acreditando em vida após a morte, é preciso valorizar principal-mente esta vida, afinal ela é o agora. Portanto, devemos estudar, aprender, ensi-nar, o máximo possível, amar incondicionalmente, sem julgamentos, pois passar por esta vida e não amar pode ser muito triste. Esse amor não é só amor entre homem e mulher, mas também entre a família, os amigos, amor ao ofício e ao que mais for possível amar.

Tente extrair prazer das coisas mais simples da vida, como: sons, aromas, sa-bores e texturas, pois talvez essa simplicidade traga para a sua vida algum sentido. Descubra que você não precisa complicar as coisas. Se você amar a si mesmo, e ao meio ambiente, receberá amor em retribuição. Sonhe, faça planos e execute-os, pois se você buscar o que realmente deseja, o mundo irá conspirar a seu favor. Busque sempre o conhecimento, pois ele alimenta a alma e com certeza será útil algum dia. Permita-se experimentar coisas novas a cada dia. Colocar uma mo-chila nas costas e viajar pode ser uma forma de sair um pouco do seu mundinho, conhecer pessoas, lugares e culturas diferentes da sua.

Sabemos que a vida de cada um neste mundo é passageira. Sabemos tam-bém que, para cada um de nós, ela é única e intensa. Façamos dela uma história rica de emoções e conquistas e levemos conosco o prazer do conhecimento e de lembranças surpreendentes.

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A vida é o lugar para onde somos trazidos quando nascemos. Nes-se lugar, vamos passar muito ou pouco tempo, ninguém sabe ao cer-to. Gosto de entender que vamos passar o tempo suficiente para,

entre outros feitos, experimentar, aprender, descobrir, crescer, reproduzir, realizar e criar.

A Vida é o lugar onde teremos todas as experiências necessárias. Experimentaremos o carinho da mamãe e do papai, o convívio com irmãos e outros familiares, o relacionamento com as pessoas que conheceremos nas escolas, nas baladas, nos empregos. Descobriremos nesse lugar o que significa amar, odiar, temer, em todos os graus de intensidade possíveis e imagináveis, em incontáveis situações corriqueiras que quase sempre passarão despercebidas. Visões das mais belas até as mais bizarras, chei-ros dos mais agradáveis aos mais fétidos, gostos dos mais doces aos mais amargos, sons dos mais melódicos aos mais estrondosos, e sensações, das mais agradáveis até as mais inimagináveis.

A Vida é o lugar onde cresceremos física, emocional e espiritualmente. Crescimento esse que se dará à custa de muito aprendizado, de muito traba-lho, de muito suor, de muitas alegrias com os sucessos e de muitas tristezas e reflexões com os fracassos. Uma hora deveremos aprender a lidar com um corpo

A vida é o lugar!

Mauricio Andrade de Paula

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cada vez maior, mais desengonçado, porém mais forte e ágil. Depois, teremos de conviver com um envelhecimento sem fim, ações da gravidade, problemas das mais diversas formas e fontes, oriundos de toda aquela velocidade alcançada no instante anterior. Precisaremos trabalhar para garantir nosso lugar ao sol, com todo conforto e segurança que imaginamos e desejamos para nós mesmos e para aqueles que estão junto conosco, bem próximos. Ora apanharemos, ora seremos acariciados por esse complexo ecossistema que compõe esse lugar, com a simples finalidade de desenvolvermos forças espirituais, as quais nos julgamos incapazes de perceber, entender ou manipular.

A Vida é o lugar onde nos reproduziremos. Não pense você apenas nesse tipo de reprodução sexual ou física. Também não leve para o lado da cópia ou da pirataria. Refiro-me à reprodução de crenças, idéias e ideais que evoluem e que são capazes de causar a evolução daqueles que, direta ou indiretamente, têm contato com eles. Vamos todos buscar a imortalidade através da transmissão de nossos pensamentos, ensinando sobre os mais variados temas aos outros, conven-cendo muitos sobre esse ou aquele ponto de vista, atraindo a atenção de alguns para pequenas e grandes revoluções. Testaremos novos conceitos e discutiremos enorme gama de conteúdos de nossa fértil mente criativa.

A Vida é o lugar onde realizamos coisas, apenas de passagem, e deixaremos saudade. Morrer? Não. É apenas o começo de outra viagem, para outro lugar...

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Minha teoria da vida tem como base ações que, em uma retrospectiva nos momentos finais de minha existência, me permitam afirmar: va-leu cada segundo, amei, fiz o meu melhor e fui feliz. Sou uma pessoa

realizada!

No aspecto profissional, o objetivo é crescer, construir, deixar um legado. Evoluir como profissional, trabalhar no desenvolvimento pessoal e intelectual com paixão, tendo a busca da excelência como uma meta.

E tão importante quanto adquirir conhecimento é repassá-lo. A preocupação com o próximo é constante. Aqueles que me cercam crescerão comigo.

Guiado pelos valores de respeito, humildade, honestidade e comprometi-mento, creio no vencer quando possível, mas acima de tudo fazer o meu melhor, me superar. A atleta Gabriele Andersen-Scheiss é um exemplo de superação. Na prova de maratona da Olimpíada de Los Angeles/84, ao cruzar a linha de che-gada em 37º lugar, estava desorientada, cambaleando, seus músculos não mais atendiam a seus comandos, mas ela terminou a prova. Uma vencedora!

No aspecto pessoal, curtir cada segundo com aqueles que amo e cooperar para um mundo melhor. Ao assumir um relacionamento, sua manutenção é res-ponsabilidade de ambos. Amar-se, respeitar-se, namorar todos os dias. A recon-

A vida vale a pena

Jose Augusto Machado de Vilhena Moraes

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quista é fundamental; envelhecer junto, um aprendizado; o companheirismo, uma dádiva.

Ao gerar um filho, educá-lo, estar presente, ser parte integrante na sua formação é um quesito básico. É inaceitável, para mim, o exemplo de um ex-sócio: certa vez em sua casa, as babás trouxeram seus filhos de dois e cinco anos para cumprimentá-lo, e sua atitude foi um beijo morno no primeiro e um oi para o segundo, orientando as funcionárias para levá-los embo-ra. A reunião seguiu como se as crianças não existissem. Por que, então, colocar um filho no mundo? Necessidade social? Hoje entendo como falta de valores e falta de sabedoria.

Tive a felicidade de acompanhar minha esposa, companheira e namorada, ao primeiro ultra-som de nossa filha. Juntos curtimos a primeira vez que ouvimos seu coração bater. E juntos em cada momento importante: no primeiro banho em casa, no primeiro passo, nas primeiras palavras. E ao vê-la crescer, experimen-to um sentimento de realização e tomo consciência de nossa responsabilidade.

Uma vez li que sabedoria é trabalhar quando se está trabalhando, dormir quando se está dormindo, comer quando se está comendo e assim por dian-te. E acrescento: tudo isso balanceado. Equilíbrio é a chave. Sabemos o que deve ser feito, mas às vezes não colocamos em prática, por pura falta de sa-bedoria. Cada atividade, no seu tempo, com muito amor, muita alegria, e a vida será maravilhosa.

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P ela janela do quarto, vejo os prédios se erguerem, um após o outro, como se fossem as espigas de milho da fazenda do meu avô em São José do Rio Preto, cidade que eu freqüentava quando era garoto. Mas cresci, sou um

homem, e estou longe de minhas raízes, longe do Brasil, estou em Londres.

Sou de uma família cristã, na qual você nasce com quatro conceitos bási-cos: Vida, Morte, Bem e Mal e, com o passar dos anos, a ferro e fogo você começa a entender o real significado de cada uma destas palavras.

Vou começar de trás pra frente, com a morte. Lembro-me de quando tinha cinco anos, minha mãe me levou ao caixão do meu avô e disse para eu segurar na sua mão pela última vez - o velho Braulino era o velhinho mais legal que exis-tiu. Aproximei-me, toquei sua pele desfalecida e olhei seus cabelos grisalhos, um bom avô, que nasceu, viveu e morreu no campo, o choque do gelo de seu corpo fez com que eu desse um pulo para trás, então pensei naquele momento: “Tocar na mão é dizer adeus a quem se gosta”.

Fiquei um bom tempo sem conseguir tocar em alguém novamente, tinha medo de que, se tocasse essa pessoa, ela se fosse, ficasse gélida, sem vida, como meu avô ficou.

Vida, morte, bem e mal

Alex Castro Coqueiro

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Havia acabado de adquirir um toque de Midas ao contrário, pelo menos era isso o que governava a mente deste “eu” menino de onze anos. Neste mesmo ano, meu pai foi transferido para Berlim, onde, devido ao frio eu era obriga-do a usar luvas de lã tricotadas pela minha mãe Anne; ela disse que eram luvas mágicas, que não deixariam que nenhum mal acontecesse, elas me permitiram interagir com os outros meninos. Já podia tocar a bola, o goleiro e acariciar o cachorro sem medo de feri-los, conheci o bem pelas agulhas de tricô de minha doce mãe. Três anos depois, incentivado pelo meu pai, eu fazia parte da equipe juvenil de natação, estávamos em casa assistindo às Olimpíadas de Munique pela TV, afinal, era 1972, ano em que a Europa recebia os melhores atletas do mundo, mas também recebia o terror - foi o ano em que eu conheci o mal. Pela televisão, assistimos ao ódio tomar conta da vila Olímpica, com o ataque do grupo terro-rista Setembro Negro.

As sete medalhas de ouro do nadador Mark Spitz, meu ídolo, foram man-chadas pela morte de 11 atletas israelenses. As imagens de homens encapuzados estampavam os jornais e as lembranças de todos nós. Eu me perguntava por que eles teriam feito aquilo. Ao conhecer Yasser Arafat eu entendi, mas não aceitei.

A origem da vida se dá quando meninos deixam de ser meninos e passam a ser homens, e meninas passam a ser mães.

Aprendi isso quando a minha primogênita Lívia segurou meu dedo na ma-ternidade e pude ver seus olhos brilharem; naquele momento compreendi que existem a morte e o mal, mas a vida é maravilhosa e é para ser bem vivida. Esta é minha teoria, a Teoria Lívia.

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Já parou para pensar que, quando você era pequeno, achava graça de seus avós tentarem fazer aquilo que você sabia que eles não conseguiriam: correr, pular corda, dançar coordenadamente? Sabe por que eles faziam isso? Porque re-

almente se achavam capazes para tal, pois, em suas mentes, não existe a limitação física.

Cheguei a esta conclusão por estar quase alcançando a terceira década de vida e, às vezes, me pego a pensar em tudo que já aconteceu em minha vida: meu primeiro dia de aula, o descobrimento de uma vida longe dos pais, o ginásio, o colegial, o primeiro beijo e logo após o primeiro namorado, a faculdade, o pri-meiro emprego e agora a pós-graduação, sem contar quando descobrimos o ver-dadeiro amor de nossas vidas. E tudo parece igual, meus pensamentos hoje são mais responsáveis, pois a vida nos cobra isso, porém me sinto jovem e estranho quando me chamam de ‘tia’.

Tudo começou a ficar estranho quando comecei a ver meus irmãos casan-do. Eles se foram e iniciaram uma nova vida, e minha casa foi ficando vazia. De-pois disso, comecei a perceber que os cabelos dos meus pais começaram a ficar brancos. O que está acontecendo? O tempo está passando, mais continuo igual, para mim nada mudou!

Vivacidade

Patricia Lopes de Almeida

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Todos aprendemos, desde pequenos, que existe um ciclo de vida: começo, meio e fim, ou nascer, crescer e morrer. Mas quando somos crianças e adolescen-tes, achamos que esta teoria está distante e inatingível.

Como é difícil quando, de repente, você escuta que não é mais criança! Ou quando percebe que a juventude de hoje você viu nascer e pegou no colo. Lem-bra daquele amigo do seu pai que passava a mão na sua cabeça e bagunçava o seu cabelo quando você era criança? Acredito que pensava: “Que chato!”. Cuidado, talvez hoje esteja fazendo o mesmo e nem perceba, e isso é o mais engraçado.

Como será que nos sentiremos quando estivermos velhinhos como nossos avós? Será que nossos netos também rirão de nós? Acredito que é muito difícil aprender a aceitar as limitações físicas, se o envelhecimento intelectual não exis-te. Partindo deste ponto de vista, nos sentiremos jovens presos em corpos que não responderão mais as nossas expectativas.

Então, já que o segredo da vida é viver da melhor maneira possível, o que estamos esperando? Afinal, felicidade atrai felicidade, e se enfrentarmos todas as dificuldades como obstáculos a serem transpostos, teremos a plenitude dos sentimentos em todas as fases de nossas vidas.

Tudo que espero é ter a calma necessária para enfrentar essa etapa da vida quando ela chegar e poder transmitir, para aqueles que próximos a mim estiverem, que realmente tudo o que se leva da vida é a vida que se vive, pois em seus pensamentos sempre permanecerão os melhores momentos desta vida que é sua.

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Minha teoria sobre a vida pode ser relativa, pois não sou onisciente. O único detentor da verdadeira onisciência é Deus.O Universo é formado por átomos, e mesmo que não possamos en-

xergar Deus concretamente, a olho nu, ELE está em tudo o que presenciamos.

Discordo dos céticos que não acreditam que somos fontes de energia. To-dos os seres são dotados de energia. Essa energia é necessária para que possamos interagir com outros seres ao nosso redor, deixando ensinamentos e acumulando experiências.

Energia é como impressão digital: intransferível, mas comunicável. É como a alma.

Há controvérsias a respeito de como os seres humanos passaram a habitar o Planeta Terra, mas é indiscutível que há comprovações científicas que informam para onde iremos, digo, se há vida além da vida física, corpórea, carnal. E é a es-peculação mais polêmica: a suposição da existência do post mortem.

O mais importante é falar sobre alicerces. E denomino alicerces certos princípios fundamentais que sustentam o caráter de um ser humano, tais como família, educação e amor. A família é a base de todo e qualquer relacionamento. Através do núcleo familiar, você aprende conceitos como respeito, dignidade,

Vivência

Érika Aparecida Galiano

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solidariedade, perseverança, comportamento e amor ao próximo. Não basta vir ao mundo e agir. O importante é evoluir! Evolução nem sempre combina com competitividade, então bom seria se todos evoluíssem ajudando uns aos outros, sem ganância.

E ganância é um termo muito utilizado atualmente, em todos os aspectos da vida, de cunho pessoal ou profissional. O ganancioso preocupa-se mais com o bem-estar próprio do que com o bem-estar da coletividade. Daí tantas injustiças, tantas desigualdades sociais, tanta violência, tanto desperdício e descaso com o Planeta no qual vivemos e no qual nossos filhos e netos também viverão.

Parece que a noção do certo e do errado se confunde e já não se sabe mais qual dos dois aplicar no dia-a-dia, posto que os paradigmas de uma sociedade digna de se viver foram ignorados ou até mesmo, em certos casos, abolidos.

Nada irá mudar enquanto cada um não parar para pensar em como reage diante das situações que o cotidiano oferece a cada um de nós.

A teoria só funciona quando exercida na prática.

E o principal elo entre teoria e prática é o amor. O amor não dói ao ser dado nem recebido, não custa nos bolsos dos avarentos, nem pode ser mensura-do quando dado de bom grado, sem objetivar este ou aquele ser determinado.

São, portanto, simples os ingredientes da teoria da vida. Basta misturarmos os conceitos de família e educação, formando uma base sólida. Somam-se à base a solidariedade e o respeito, formando os pilares. E, por fim, une-se à tal estrutura o ingrediente AMOR, criando um caráter capaz de transformar, na prática, a teoria da VIDA!

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Qual é a sua teoria de vida?Existem teorias sobre tudo na vida, teoria científica, teoria psicanalíti-ca, teoria da evolução, enfim... Qual é a sua teoria de vida?

O sentido da vida é sempre em prol do próximo. Ainda que não tenhamos consciência disso, nossa vida é vivida sempre em favorecimento do outro. Isso é tão verdade que o próprio Deus enviou seu único filho pensando nos outros.

Se escolhermos cursar uma graduação com o pensamento em ganhar di-nheiro, no fundo estaremos ajudando o próximo, o pensamento está sempre em nós mesmos, mas as conseqüências ou atitudes estão sempre dependendo ou fa-vorecendo o outro, que pode estar do nosso lado ou do outro lado do mundo.

Quando escolhemos uma roupa para sair, no nosso subconsciente quere-mos que os outros admirem e, se possível, ainda nos elogiem. Não nos vestimos para nós mesmos.

Quando estamos nos dedicando a fazer algo que fique perfeito, queremos conseguir para nos sentirmos capazes, mas muito mais queremos que os outros saibam que somos capazes, isso está no subconsciente, não pensamos, mas sen-timos.

Viver em sociedade

Tarcilla Barroso Almeida Fernandes

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Então, a teoria de vida que mais devemos ter em mente é que precisamos viver mais em equipe e, ao mesmo tempo, para nós mesmos. É tão difícil pensar o que é uma teoria de vida. Esta é uma pergunta que não paramos para analisar em nosso cotidiano e, agora, pensar nisso é quase uma tese de mestrado.

Isso quer dizer que viver a vida de tal forma que possa ter uma teoria de vida, com certeza não é para todos, mas sim para quem quer ser alguém na vida, para quem se preocupa com o próximo, com o presente e com o futuro, mas que consegue viver intensamente, aproveitando cada instante de sua vida e fazendo com que as pessoas ao redor possam refletir e viver cada minuto com muita in-tensidade, como se fosse o último.

Por que nascemos? Por que vivemos? Por que devemos estudar? Por que temos que nos adaptar à sociedade? Por que não criamos nossa própria socieda-de? Por que os pais criam os filhos para o mundo? Por que precisamos tanto dos outros e somos tão individualistas? Por quê? Por quê?

São tantos porquês sem análises que, se formos respondê-las, não consegui-mos tão rápido. Temos que nos adaptar à sociedade em que vivemos e, ao mesmo tempo, somos tão individualistas. Temos que nos dar as mãos, mas ao mesmo tempo, cada um vive sua vida sem se preocupar com o próximo. Vivemos num mundo assim e… por quê?

Por que valorizamos mais as pessoas que morrem do que as que estão vivas? O que temos que fazer tem que ser em vida e não depois que ela já se foi. Às vezes, uma pessoa espera a vida inteira por um carinho e só o recebe depois de morta, mas ela não irá sentir nada, já morreu.

Enfim, a melhor teoria de vida é viver a vida de forma que não olhemos para trás e nos perguntemos: Por que eu não vivi mais a vida?

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