a reunião mediúnica -...

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ÓRGÃO MENSAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA PARA TODO O BRASIL • NOVEMBRO DE 2017 • ANO 5 • Nº 50 • 14.500 EXEMPLARES DISTRIBUIÇÃO GRATUITA www.institutocairbarschutel.org – www.associacaochicoxavier.com.br Fechamento autorizado Pode ser aberto pela ECT Remetente: INSTITUTO CAIRBAR SCHUTEL Cx. Postal 2013 – 15997-970 – Matão-SP. Evento promovido pelo Instituto de Difusão Espírita (IDE) reúne dezenas de editoras em novembro. Página 6 Megafeirão - Araras A reunião mediúnica Foto: http: Cena de “O Filme dos Espíritos Atividade, que deve ser encarada com seriedade, representa apoio fluídico para Espíritos que estão do outro lado da vida. Veja página 9. Encontro Anual Cairbar Schutel (EAC), de Matão, com alcance nacional, busca patrocínios e parcerias. Página 6 EAC em Matão Araraquara, Bauru e São Carlos realizam importantes encontros para o movimento espírita. Páginas 2, 3, 5, 6 e 10 Eventos Entidade apresenta a “Carta de Goiânia”, documento estabelecido durante o 2º Conjebras. Página 11 AJE-BRASIL

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ÓRGÃO MENSAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA PARA TODO O BRASIL • NOVEMBRO DE 2017 • ANO 5 • Nº 50 • 14.500 EXEMPLARES • DISTRIBUIÇÃO GRATUITAwww.institutocairbarschutel.org – www.associacaochicoxavier.com.br

Fechamento autorizadoPode ser aberto pela ECT

Remetente: INSTITUTO CAIRBAR SCHUTELCx. Postal 2013 – 15997-970 – Matão-SP.

Evento promovido pelo Instituto de Difusão Espírita (IDE) reúne dezenas de editoras em novembro.

Página 6

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Atividade, que deve ser encarada com seriedade, representa apoio fluídico para Espíritos que estão do outro lado da vida. Veja página 9.

Encontro Anual Cairbar Schutel (EAC), de Matão, com alcance nacional, busca patrocínios e parcerias.

Página 6

EAC em MatãoAraraquara, Bauru e São Carlos realizam importantes encontros para o movimento espírita.

Páginas 2, 3, 5, 6 e 10

EventosEntidade apresenta a “Carta de Goiânia”, documento estabelecido durante o 2º Conjebras.

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AJE-BRASIL

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Novembro de 2017 PÁGINA 2

Editorial

Vida e Espiritismo

O dinâmico processo da vida humana – aqui consideradas as va-

riadas e inúmeras situações de desa� os, aprendizados (em todas as fases e ângulos que se queira analisar), convivência, lutas, de-cepções e conquistas em todas as áreas – encontra no Espiritismo a vertente lúcida do esclareci-mento para tais enfrentamentos e perfeito entendimento do me-canismo das sábias Leis que nos regem os destinos.

Não há máscaras ou ilusões, mas orientação e didática à dis-posição, apresentando caminhos que podem ser seguidos para uma vida de harmonia e paz, apesar das tempestades à volta.

Por isso é preciso estudar e refletir continuamente. Agora que o ano se finda, frente às mudanças sociais intensas em andamento, o pensamento es-pirita aí está a nos ajudar nesse entendimento.

O Tribuna continua seu trabalho, neste mês em que completa a sua 50ª edição. Si-gamos adiante, determinados e con� antes, pois, a� nal, a vida conspira a nosso favor. Ajude--nos a distribuí-lo e colabore conosco para que ele continue com distribuição gratuita em toda parte. r

Mensagem de Schutel no EAC 2017Psicografia foi recebida em grupo de apoio, durante o evento.

Redaçã[email protected]

Confrades da Boa Nova.Sementes de luz brilham

acima das vibrações a� itivas da humanidade. São como estrelas que resplandecem as mensagens de esperança, revogando os objetivos primordiais de nosso educandário ce-leste. Faz-se necessário que nos lem-bremos que as dádivas são in� nitas e rogam pleito aos iniciantes do bem.

Possamos juntos, como falange de almas que procuram a estrada do Rabi, não nos esqueçamos de que seu amor está dentro de cada um de nós e, portanto, mastro de nossa bandeira deve ser fortalecido na fé.

A humanidade clama por mi-sericórdia.

Sejamos as sementes de luz, almejando os testemunhos da fé dentro de nós mesmos, para que a luz reflita em pacificação dos povos. Somos, mais do que nunca, conhecedores da lei.

Sejamos juízes de nossas cons-ciências, imprimindo as reformas necessárias que Jesus nos pede.

Se o educandário roga a presen-ça de renovadores do in� nito amor do Mestre, concedamos caridade para com os nossos companheiros que se unem na doutrina, muitas vezes em busca do fortalecimento da vida que a dor aprimora.

Abracemos nossos � lhos que são os emissários da vontade do Irmão Maior, para a sustentação das transformações.

Amem, perdoem, trabalhem incessantemente, pois muitos são os benfeitores que estendem os

braços para o amparo de todos os aspirantes do bem.

Protejamos os protagonistas da grande mudança que vem como nossos filhos. O planeta emerge na vinculação dos tre-mores da violência e da guerra, porém, a proteção é erguida sob a égide Daquele que é amor puro em nossos corações. Aquele que, na Terra, sob a humildade da manjedoura erigiu o Evangelho das Bem-aventuranças.

Nada temam!Amem-se como irmãos e, diante

dos momentos mais difíceis, esta-remos unidos num só pensamento junto ao Pai. Que a Terra se torne e educandário do Amor.

Que as provas e expiações sejam os momentos breves que nos reú-nem a Jesus.

Do amigo de sempre,Cairbar Schutel,EAC Matão, 03/09/2017. r

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Novembro de 2017PÁGINA 3

A Educação no centro espíritaPergunta gerou ampla reflexão.

Marcus De [email protected]

Para a evangelizaçãoEnvie para o e-mail do autor

[email protected] – mensagem solicitando, gratuita-mente, o material do Projeto Edu-cação do Espírito, uma proposta pedagógica para a evangelização de crianças, jovens e adultos (família).

Para solicitar o material Novo livro

Você pode adquirir o livro Família, Espaço de Convivência, de Marcus de Mario (Solidum Editora), no site www.almadoli-vro.com, com desconto especial, pagamento no cartão e entrega para todo o Brasil.

Par t ic ipando de evento espírita, fomos procurado por um jovem que nos

fez a seguinte pergunta: como promover a educação no centro espírita? Será somente através da evangelização infantojuvenil? Essa pergunta nos fez refletir que, na verdade, a ação educativa está inserida em todas as ativi-dades desenvolvidas pelo centro espírita, isso por uma questão simples e, ao mesmo tempo, pro-funda: o Espiritismo é doutrina de educação do espírito imortal, que todos somos, e, portanto, tudo o que aprendemos e reali-zamos com o Espiritismo possui caráter educacional.

Com o Espiritismo apren-demos que devemos buscar a liberdade de pensamento, a auto-nomia moral para conhecimento de nós mesmos e construção de uma nova sociedade, mais espiritualizada, mais fraterna, mais solidária, então, quando

temos uma palestra em reunião pública, estamos num processo de educação; quando fazemos o atendimento fraterno, estamos igualmente ,inseridos numa ação educacional, e assim por diante, como no amparo e promoção social, onde devemos ensinar a pescar o peixe, como diz antigo provérbio chinês, e isso também é promover a educação.

Não resta dúvida que, mais especi� camente, a evangelização infanto-juvenil é a grande pro-motora da educação no Centro Espírita, tendo caráter de urgên-cia e prioridade, e necessitando de um olhar pedagógico que vai muito além de reunir pessoas de boa vontade para dar aulas de moral cristã para a criançada. Requer planejamento, estudo, capacitação, objetivos, criativida-de. É oportunidade de esclarecer as mentes, consolar os corações e ligar crianças e jovens a Jesus, nosso Mestre, e a Deus, nosso

Pai, tendo maior compreensão sobre si mesmo – alma imortal –, sobre a vida, com a chave da reencarnação, e sobre Deus, justo, bom e misericordioso.

Na evangelização espírita estamos preparando o futuro da própria humanidade, ao tra-balharmos a correção das más tendências, estimular o desen-volvimento das virtudes e levar os evangelizandos à prática das lições do Evangelho. Mas lem-brando que isso também deve acontecer nas palestras públicas, nos grupos de estudo da doutrina espírita, no atendimento fraterno, nas reuniões mediúnicas, nas ati-vidades de promoção social, pois hoje entendemos que o processo educacional espírita não se cir-cunscreve somente à evangeli-zação de crianças e jovens, e sim abrange a família, então devemos falar de evangelização espírita da

família, a célula básica da socie-dade humana.

Lembremos, igualmente, que não estamos lidando apenas sobre a educação dos outros, mas igual-mente da nossa educação, através do autoconhecimento, da autoedu-cação, pois se não somos exemplo do que estudamos e ensinamos, que valor terão nossas ações? Não esqueçamos que o exemplo é uma didática viva, é a força maior da educação.

Então, respondendo a pergunta formulada pelo jovem que nos questionou, a promoção da educa-ção na visão espírita permeia todas as atividades do Centro Espírita, com destaque para o serviço da evangelização, não apenas para crianças e jovens, mas para a famí-lia. Pois pais e responsáveis devem se integrar a essa atividade, com estudos próprios.

E quando educamos com a imortalidade da alma, a vida que continua após a morte, a reencar-nação, a livre escolha das provas por parte do espírito, os ensinos do Evangelho e a ideia de Deus todo amor, temos uma educação plena, moralizante e espiritualizante, ge-rando justiça social, pessoas éticas e um mundo mais feliz. r

6º Encontro Filosó� co, Reli-gioso, Cientí� co

Data: 11/11/2017 – sábado – 13h30.

Palestrantes: Márcio Correa e João Carlos Barreiro, de São Car-los, e Tácito Sgorlon, de Ribeirão Preto, com o tema: A caridade pode mudar a sua vida?

Encontro em Araraquara Local: Salão de Festas do Lar

Escola Rita Maria de Jesus.Av. Cientista Frederico de

Marco, 1.290 – Vila Xavier. Inscrições exclusivamente pelo

site: www.centroespiritaismael.com.

Vagas limitadas!Promoção: Centro Espírita

Ismael.

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Novembro de 2017 PÁGINA 4

Proclamação da RepúblicaO que temos, ao longo desse tempo, feito da nossa República?

Extraído parcialmente, com adaptações, do Momento Espírita – www.momento.com.br

Ao recordarmos o 15 de novembro, (...) e transcor-ridos cento e vinte e oito

anos da Proclamação da República, quando a nação se veste de alegria para a comemoração, o feriado na-cional se apresenta, é de se indagar o que temos, ao longo desse tempo, feito da nossa República.

Recordamos o entusiasmo de Pero Vaz de Caminha, que chegou com Pedro Álvares Cabral ao Bra-sil, ao se dirigir ao rei de Portugal:

Uma terra tão pródiga que em nela se plantando, tudo dá.

Será que os ideais de igualdade, de fraternidade e engrandecimento também?

Com o legado de um território tão grande, uma terra tão rica e a luz

do Evangelho do Cristo a brilhar no céu de anil, o que nos falta para sermos a nação mais rica de amor da face da Terra?

Quando passaremos a nos pre-ocupar mais pelo nosso irmão, pela nação e menos pelos nossos próprios interesses?

Bem vale aqui a célebre frase do patriota em dias de batalha: O Brasil espera que cada um cumpra seu dever.

O Brasil cristão aguarda que cumpramos nosso dever de cida-dão nobre. Dever de patriota que não somente respeita os símbolos nacionais da bandeira, do brasão, do Hino Nacional, mas vive com dignidade, todos os dias na Terra do Cruzeiro. r

Da fé simples e quase cega do povoOperar prodígios não é sinal de missão divina.

Rogério [email protected]

Acentuam-se ultimamen-te as movimentações de imensos magotes de cria-

turas que – ávidas, crédulas, ingê-nuas e místicas – buscam “milagres” onde pretensamente dizem inclusi-ve haver aparições da mãe de Jesus.

Não faltam inúmeras orquestra-ções armadas para embair a multi-dão, submetida cega, emocionada e contrita às articulações de vária ordem dos “atravessadores da fé”. O próprio Cristo declarou no sermão profético: “muitos virão em meu nome e enganarão a muitos, porque se levan-tarão falsos profetas e farão sinais e pro-dígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos”. (Mc., 13:6 e 22).

Naturalmente um médium que nem sabe que é médium, em parceria com desencarnados, está apto a fazer “sinais e prodígios” tão ao gosto dos que raciocinam super� cialmente, sensibi-lizando, destarte, aos menos avisados. Mas Jesus previu tudo isso, inclusive, afirmou que levantar-se-ia nação contra nação, que as pessoas de uma mesma casa estariam divididas entre si. É o que estamos testemunhando hoje em dia: os rebanhos se repartindo e os líderes religiosos, aturdidos e im-potentes não logram arrebanhar para as celas dogmáticas as tresmalhadas ovelhas que se perdem pelos caminhos da invigilância e do misticismo.

É muito mais fácil e cômodo correr atrás de um “milagre” que resolva instantaneamente um incô-modo qualquer do que penar anos e anos a � o na ingente e árdua luta do autoaperfeiçoamento.

O Espiritismo é muito com-batido por ser agente difusor de luzes que aniquilam o crédito dos

pseudoprofetas, esclarecendo e emancipando as criaturas...

Operar prodígios não é sinal de missão divina, vez que isso pode ser apenas resultado de faculdades orgânicas especiais.

No capítulo XXI do livro básico “O Evangelho segundo o Espiritismo”, Allan Kardec, juntamente com os Espíritos Superiores esclarecem to-das essas questões, premunindo-nos contra os falsos profetas de ambos os planos da vida. Seria bom conferir essas informações como pro� laxia ideal contra a avassaladora onda de misticismo estéril que grassa infrene.

Aprendamos - antes de tudo - a distinguir os bons dos maus Espíritos, para não nos tornarmos falsos profetas e não engrossarmos as � leiras dos ignorantes ingênuos de fé simples e quase cega. r

“É muito mais fácil e cômodo correr atrás de um “milagre” (...) do que penar anos e anos a fio na ingente e árdua luta do autoaperfeiçoamento.

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Novembro de 2017PÁGINA 5

Evolução e DescansoRepensemos o significado da palavra descanso.

Pelo Espírito Aurélio – do livro “Evangelho e Vida” (Lar de Tereza – Rio de Janeiro)

A vida não cessa. O espírito imortal inicia a sua cami-nhada evolutiva contando,

inc lusive, com a oportunidade de voltar ao seu plano de origem, rea-bastecendo-se de luzes novas para, logo depois, retornar ao cenário do mundo, prosseguindo em busca de conquistas superiores.

Enganam-se, portanto, aqueles que julgam poder descansar in-de� nidamente, seja na Terra, que é o mundo que atualmente nos agasalha, quer no plano espiritual, onde permanecerão pelo tempo necessário à organização de pro-gramas futuros.

Em nível superior, não existe descanso senão o da consciência plena de luz pela atuação perma-nente no bem.

No mundo de hoje, usam-se expressões variadas a respeito do descanso:

- Que bom que o amigo, en� m, pode descansar no seio de Deus!

- Quando conseguir tais recursos, abandonarei tudo e irei descansar bem longe das tribulações.

- Como é feliz o nosso amigo! En� m, realizou tudo o que sonhava e agora vai descansar! Acabaram-se as preocupações. Seus � lhos estão criados, já deu a sua contribuição à sociedade e é justo que agora descanse!

Meus irmãos, repensemos o sig-ni� cado da palavra descanso e vigie-mos para que ela não nos engane.

Quem morre no corpo continua a luta começada, buscando a luz da verdade em planos cada vez mais altos.

Quem se determinou voltar à Terra, não o fez para descansar, tendo em vista que a programação reencarnatória inclui o trabalho árduo para o Espírito fadado ao progresso.

Quando, pois, vos sentirdes cansados, examinai qual a ori-gem de vossa fadiga e cuidai de saneá-la!

Por vezes, o cansaço revelado no corpo é apenas efeito de tribulações criadas pela invigilância do Espíri-to. De outras vezes, é fruto de in-satisfações espirituais pressionando o campo das emoções. Em outras ocasiões, a falta de fé, a ausência da coragem para o enfrentamento digno das lutas normais da vida, en-contram no cansaço uma preciosa justi� cativa.

Em alguns momentos, igual-mente, corpo e espírito se exaurem, porque, se o Espírito comanda, para que algumas metas sejam alcança-das, o corpo se amolenta e resiste, por se encontrar combalido.

Identi� cai, portanto, a origem de vossa lassidão, o porquê de vossos impulsos de fuga ao cumprimento dos menores deveres sob alegação de cansaço.

Cuidai do corpo, fortalecendo-o, se necessário. Cuidai do Espírito, ligando-o ás fontes permanentes de recursos espirituais através da prece, e... continuai trabalhando!

A evolução é semelhante a uma seara exigindo esforço constante.

Na Terra, o trabalho será rea-lizado de acordo com as forças de

cada um, enquanto o descanso está limitado entre o surgir das estrelas ao � m do dia e o despontar do Sol a cada manhã.

Entretanto, os frutos de qual-quer trabalho são recolhidos nos Celeiros Divinos, e somente o la-vrador que se afadigou terá direito a recebê-los! r

“Enganam-se, portan-to, aqueles que julgam poder descansar indefini-damente, seja na Terra, que é o mundo que atual-mente nos agasalha, quer no plano espiritual, onde permanecerão pelo tempo necessário à organização de programas futuros.

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Novembro de 2017 PÁGINA 6

Aos compositores espíritasMúsica de qualidade é o que se procura.

Cláudio Bueno da [email protected]

A música é talvez a mais bela expressão da arte humana, e creio também a que melhor

e mais rapidamente se comunica com os homens. Em qualquer estilo ou ritmo ela se insinua no espírito promovendo reações imediatas e curiosas. Uma criança que sofre num quarto de hospital abrirá um

sorriso se ouvir uma canção alegre. Um velhinho desmemoriado balan-çará o corpo se de alguma maneira reconhecer a música que embalou a sua juventude. O triste, o esquecido, o indiferente, o sensível, todos a seu modo, serão levados a algum lugar, a alguma situação vivida no tempo, pela melodia que marcou suas vidas. A música, como nenhuma outra manifestação dos sentimentos hu-manos, tem o poder de transportar a alma e mudar seu estado de ânimo. É reconhecida a sua in� uência no

abrandamento dos costumes e sua e� cácia em terapias emocionais.

A maior parte da música pro-duzida na Terra tem o selo das paixões humanas, atendendo a compreensíveis interesses populares. No entanto, nos últimos séculos, muitos espíritos reencarnaram aqui, deixando obras-primas que resistem ao tempo e revelando um pouco do que seja a música superior. Tanto os gênios da música aprimorada quanto os trabalhadores da canção popular séria assumiram antes de reencarnar, o compromisso de auxiliar o desen-volvimento da sensibilidade e cultu-ra humanas, ainda tão heterogêneas entre nós. Exceto com as canções e modismos de gosto duvidoso que o mínimo senso crítico sabe reconhe-cer e banir, a música tem importante papel na vida humana pela ação que exerce sobre a alma, sobre o seu progresso moral.

Nesse sentido, o Espiritismo pode contribuir muito com a arte musical na medida em que os compositores espíritas, sob sua forte in� uência, se proponham a produzir cada vez mais música de qualidade, que toque o coração, avive o sentimento e esclareça o espírito imortal. r

“A música, como ne-nhuma outra manifesta-ção dos sentimentos hu-manos, tem o poder de transportar a alma e mu-dar seu estado de ânimo.

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Novembro de 2017PÁGINA 7

“(...) O dom da mediunidade depende de causas ainda não perfeitamente conhecidas e nas quais parece que o fí-sico tem uma grande parte. À primeira vista pareceria que um dom tão precioso não devesse ser partilhado apenas por almas de escol. Ora, a experiência prova o contrário, pois encontramos mediunidade potente em criaturas cuja moral deixa muito a desejar, enquanto que outras, estimá-veis sob todos os pontos, não a possuem. Aquele que fra-cassa, a despeito dos seus desejos, esforços e perseverança, não deve tirar conclusões desfavoráveis à sua pessoa nem julgar-se indigno da benevolência dos Espíritos. Se tal favor não lhe é concedido, outros há, sem dúvida, que lhe podem oferecer ampla compensação. Pela mesma razão aquele que a desfruta não poderia dela prevalecer-se, pois a mediunidade não lhe é nenhum signo de mérito pessoal. O mérito, pois, não está na posse da faculdade mediatriz, que a todos pode ser dada, mas no uso que dela fazemos. Eis uma distinção capital, que jamais deve-se perder de vista: a

bondade do médium não está na facilidade das comunicações, mas exclusivamente na sua aptidão para só receber as boas. Ora, é aqui que as condições morais em que ele se acha são potentes; aqui também ele en-contra os maiores es-colhos. (...)” – do livro A Obsessão – Origens, sintomas e curas, de Allan Kardec, Casa Editora O Clarim, item Dif iculdades c o m q u e d e pa ra m os médiuns.

Da mediunidade

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Novembro de 2017 PÁGINA 8

De Sorocaba (SP)Uma instituição de destaque na cidade.

Orson Peter [email protected]

Extraído parcialmente da revista eletrônica O Consolador

Entrevistamos Osmar Mar-thi Filho, que vincula-se à Sociedade Espírita e Filan-

trópica Irmã Francisca, na mesma cidade onde reside e nasceu. Ex-positor espírita, responde pela di-vulgação e comunicação interna na instituição, coordenando palestras públicas e expositores.

(...)

2 – Quando e como surgiu a Irmã Francisca? Quem são seus fundado-res? É pioneira na cidade? Indique endereços e contatos, inclusive site.

A Sociedade Espírita e Filan-trópica Irmã Francisca – SEFIF surgiu a partir do trabalho de sua fundadora, a querida D. Avelina Garcia Guerreiro, espanhola de nascimento, que com cinco anos de idade mudou-se com a família para Sorocaba e a partir de seus trinta e poucos anos passou a ver mediunicamente sua sogra, recém desencarnada, carinhosamente chamada de Irmã Francisca, que lhe avisou para preparar-se que ambas iriam trabalhar muito jun-tas, bene� ciando muitas pessoas. D Avelina, que já conhecia a Dou-trina Espírita passou a estudá-la ainda mais, bem como a exercitar sua mediunidade no Centro Es-pírita Fé em Deus, um dois mais antigos da cidade, até que seu fun-dador, o Sr Luis Brenga sugeriu a ela que passasse a desenvolver a tarefa da mediunidade em sua casa, atendendo diversas pessoas que a procuravam, até que em 05 de Maio de 1955 o� cializou-se a Fundação da instituição, a prin-cipio funcionando na casa de D Avelina, até 1970 quando a sede

própria foi inaugurada, com pa-lestra do querido Divaldo Pereira Franco, onde até hoje funciona, na Rua Tamandaré, 116t. Em 1995 a sede foi reformada e ampliada, com três pavimentos, tendo dois amplos salões para palestras, di-versas salas para estudos doutriná-rios e atividades da Evangelização de Espíritos (crianças e jovens), um lindo Jardim, que chamamos de Jardim do Amor e outro prédio onde funcionam nossas atividades de amparo a nossos irmãos neces-sitados materialmente. Nosso site é www.se� f.org.br

(...)7 – De suas lembranças com a

vida da instituição nessas décadas todas, qual a mais marcante ?

De todos esses anos em que es-tou na instituição e me lembro, pois frequentei nela desde a infância, Evangelização Infantil, Mocidade, estudos doutrinários, e aí se vão 45 anos, destaco, além do trabalho do estudo doutrinário, Evangelização de crianças e jovens, a harmonia, or-ganização e disciplina fraterna que encontramos na SEFIF, sobretudo a mim são muito fortes os diversos depoimentos de companheiros

relatando como a Casa os auxiliou, seja através do Atendimento Fra-terno, do conhecimento doutriná-rio, das oportunidades de trabalho voluntário que ela oferece, bem como formação de trabalhadores, isso para mim é marcante na Casa.

8 – De suas experiências doutri-nárias, o que gostaria de destacar ao leitor?

Tenho visitado inúmeras Casas espíritas em 30 anos de atividades doutrinárias, em Sorocaba, cidades próximas, mais distantes e também através dos programas que apre-sento na Rede Boa Nova de Rádio, o Revelação, estudo do livro A Gênese, às quintas feiras, 22 horas e Espelho da Vida, comentando músicas e textos à luz da Doutri-na, aos sábados, 18 horas, e dessas experiências destaco como preci-samos da Doutrina, hoje mais do que nunca, para nos conhecermos, nos melhorarmos e melhorarmos o mundo em que vivemos, Doutrina que nos mostra quem somos, o que estamos aqui fazendo, mas sobretu-do nos convida a amar, amar como Jesus nos amou, me toca muito ver como o conhecimento da Doutrina muda as pessoas, quando entendem profundamente a Doutrina, isso para mim é marcante.

(...)

11 – Suas palavras � nais.Caros leitores, amigos, ouvintes,

participantes das Casas Espíritas, simpatizantes da Doutrina, a hora que atravessamos no Brasil e no mundo é grave, de grandes mu-danças ético morais, e nós, espíritas, precisamos perseverar em nossa Fé, dar testemunho da vivência espírita, sendo extremamente éticos, hones-tos, tolerantes, fraternos, compre-ensivos mas � rmes em nosso pro-pósito de construir o Homem novo em nossa intimidade. Importante que continuemos ! continuemos � rmes em nossa proposta de cons-truir o Reino de Deus em nós !! r

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Novembro de 2017PÁGINA 9

A reunião mediúnica e sua importânciaValiosos ensinos estão em sua estrutura e funcionamento.

Vladimir Polí[email protected]

De fato, os chamados traba-lhos, reuniões ou sessões mediúnicas, quando mé-

diuns, trabalhadores de sustentação e o dirigente responsável pela disci-plina, recepção e diálogo, se voltam para auxiliar os que estão do outro lado da vida, se revestem de uma importância muitíssimo especial.

Especial por que grande parte dos que deixam o ambiente terreno através da morte, sentem muita ne-cessidade do envolvimento � uídico a que estavam habituados. Aliás, não só dessa questão do � uido se ressentem nossos irmãos, mas tam-bém, e principalmente, as relacionadas ao campo das sensações, haja vista a presença do frio e da fome, quando estes se apresentam às reuniões.

Naturalmente que falamos daqueles que se acham ainda presos, vin-culados mesmo a tudo ou a quase tudo o que existe por aqui. Numa interrupção abrupta, como acontece em mui-tos casos, onde a vida orgânica cessa inesperadamente, embora devidamente amparados, somos levados a reconhecer que o espírito, ao ser surpreendido pela morte do corpo, gastará algum tempo em qualquer ambiente no espaço para compreender o que lhe aconteceu.

Numa condição como essa, o espírito, se estava envolvido e a todo vapor em determinado projeto ou atividade, vendo-se de repente tolhido de tudo o que tinha à sua

disposição, entra em processo de desespero, o que também é natural. É nesse momento que os respon-sáveis por seu acompanhamento ministram-lhe passes magnéticos para que relaxe e entre em estado de dormência, se necessário, acor-dando minutos ou dias depois, tempo esse que propiciará maior fortalecimento ao recém chegado nesse outro lado da vida. Quando recobrar suas condições normais de equilíbrio, cujo tempo para isso depende de cada um, receberá as

orientações sobre tudo o que se passou. É por essa razão que exis-tem esses lugares intermediários em incontáveis pontos do espaço, para abrigo em regime temporário de refazimento e retomada das forças físicas e psíquicas para prosseguir em sua nova jornada, uma vez que a morte é apenas um hiato, um pe-queno intervalo físico na trajetória do espírito.

A� nal de contas, ¾ das pessoas que deixam a Terra permanecem

em torno dela própria, justamente por sentirem a necessidade do pesa-do � uido que a envolve e que, pela sua ausência em outros ambientes, são eles trazidos para cá com a � na-lidade de se sentirem mais calmos, na medida que se aproximam do meio em que viveram.

É por essa e outras razões que os próprios espíritos, quando são atendidos nas reuniões mediúnicas contam que muitas outras pessoas, homens e mulheres, sofredores com todo tipo de problemas, perambu-

lam por ali, de um lado a outro. São espíritos aguardando pelo atendimento, seja pela medicação de que ainda julgam necessitar e a recebem, seja pela palavra recon-fortante que ouvem por ocasião desse abençoado contato fraternal. Alguns, embora ouvindo as mensa-gens, mas ainda ressabiados nesse ambiente que fala sobre o Evan-gelho e o amor, se mantém um pouco afastados, com a distância que julgam prudente.

Alguns aguardam, pacientes, enquanto que outros vociferam, gri-tam ou choram enquanto esperam.

Lembramos uma outra situação que é referenciada pela espiritua-lidade. Os Benfeitores dizem que muitos irmãos que se acham nesses outros planos, vez por outra vêm se fortalecer em nossas terras, ou melhor, em nossas matas e orlas, onde se reabastecem, por assim dizer, com os � uidos revitalizantes de um e de outro lugar. Disso nós também não temos dúvida, pois sempre se soube que tanto as matas quanto as cachoeiras ou o mar são locais carregadíssimos de energia � uídica, portanto revigorantes ao espírito e à matéria.

Eis um caso relatado por André Luiz:

“O oceano é miraculoso reser-vatório de forças; até aqui, muitos

companheiros de nosso plano trazem os irmãos doentes, ainda ligados ao corpo na Terra, de modo a receberem reconforto e repouso. Enfermeiros e amigos desencarna-dos desvelam-se na re-constituição das energias de seus tutelados. Qual acontece na montanha arborizada, a atmosfera marinha permanece im-pregnada por infinitos recursos de vitalidade da Natureza. O oxigênio sem mácula, casado às emanações do planeta,

converte-se em precioso alimento de nossa organização espiritual, princi-palmente quando ainda nos achamos direta ou indiretamente associados aos � uidos da matéria mais densa”

Como acabamos de ver, esse processo é uma realidade em nosso meio, não é � cção. São irmãos que se recolhem ao mundo espiritual pela a morte, mas que precisam vol-tar ainda enquanto houver resíduos de nossa matéria grosseira em sua nova organização física. r

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Novembro de 2017 PÁGINA 10

Amai os vossos inimigosExemplos ficam para sempre.

Hilário Nunes da [email protected]

Como a maioria dos seres humanos sempre amei e admirei a minha mãe uma

mulher simples com somente o terceiro ano primário, (como se dizia antigamente) quase sem cul-tura nenhuma, que para sobreviver vendia achas de lenha, de sol a sol. Além de lavar e passar roupa para sustentar os sete � lhos e ajudar meu pai funcionário público na labuta da vida. No entanto era de uma inteligência, de uma sabedoria, de um conhecimento da vida que infelizmente, bem depois da sua mudança para o plano espiritual pude saborear na sua plenitude.

Nos idos de 1975 eu estava cur-sando a quinta série do ensino fun-damental, com meus doze anos, e na minha classe tinha um menino bem maior que eu, e todo dia ele me dava uma reguada com o lado mais dolorido dela. Em um desses doloridos dias eu não aguentei e

peguei a régua dele, quebrei-a em sua cabeça e o esmurrei várias ve-zes. Resultado: todo mundo para a diretoria e sabe o que aconteceu? Eu fui suspenso por uma semana e ele por dois dias!! Perguntei ao diretor o porquê, e ele respondeu que “onde já se viu arrancar sangue de um menino por causa de uma simples reguada”. Tentei argu-mentar dizendo que aquele fato se repetia praticamente todos os dias e naquele, em especial, tinha sido a gota d’agua. Mas foi em vão, e ainda fui para casa mais cedo, contei para o meu pai e apanhei de novo!!

Fiquei com muito ódio daquele menino durante muitos anos, até que um dia contei para minha mãe a história, ainda carregado de rancor, fúria, irritação, etc. Ela me olhou com aquele olhar tranquilo e calmo, característica de todas as mães. Pensou um pouco e me

disse o seguinte: Meu � lho ame esse rapaz da melhor maneira que você puder, reze para ele conseguir sucesso na vida, ser uma pessoa boa, honrada e feliz, que ele consiga ter tudo o que ele quiser material e espiritualmente. Fiquei muito surpreso com a resposta dela, ima-gina que eu depois de ter levado várias reguadas na cabeça, depois de ter sido suspenso uma semana, apanhado do meu pai, ia querer o bem daquela pessoa?

Perguntei então para minha mãe o porquê eu deveria perdoar, querer o seu bem desejar-lhe o sucesso?

Porque, ela me disse, quando você perdoa uma pessoa e veja, perdoar não é esquecer, você se liberta de todos esses sentimentos ruins, você � ca mais leve e não terá um inimigo nesta ou em outras encarnações, disse ainda que não devemos brigar nunca porque quando a gente discute, quando

a gente briga, nós nos rebaixamos para aquela pessoa, � camos iguais a ela, e ficando   menores auto-maticamente nos inferiorizamos moralmente  e isso é muito ruim não se recupera facilmente passam os anos décadas e a gente continua com aquele sentimento horroroso do ódio.

Em determinada data estava eu a reler O Evangelho segundo o Espi-ritismo, quando no capítulo XII li o título que dá nome a este artigo...de imediato lembrei da minha mãe, que já naquela época sabia de tudo isso, e eu tive que aprender, evoluir com muito custo e estudo, entendi � nalmente que perdoar não signi-� ca esquecer.

Sabemos que é muito difícil, a luta, as tentações são grandes nesse mundo de provas e expiações, mas estamos fadados a evoluir!!

Obrigado Dona Célia, graças a senhora hoje tento ser melhor. r

O problema que te preocupa talvez te pareça excessivamente amargo ao coração.

E tão amargo que talvez não possas comentá-lo, de pronto.

Às vezes, a sombra interior é tamanha que tens a ideia de haver perdido o próprio rumo.

Entretanto, não esmoreças.Abraça o dever que a vida te

assinala.Serve e ora.A prece te renovará energias.

O auxílio virá - Emmanuel e Chico Xavier

O trabalho te auxiliará.Deus não nos abandona.Faze silêncio e não te queixes.Alegra-te e espera porque o

Céu te socorrerá.Por meios que desconheces,

Deus permanece agindo.

CONESC 2017 – em São Carlos (SP)18 de novembro/17 – sábado, das 13 às 21hTema: Espiritualidade no Mundo Contemporâneo

Local: Instituto Cultural Ítalo BrasileiroPalestrantes:Sandra Borba (RN), Jorge Elarrat (RO) e Gerardo Campanha (AL). Inscrições pelo site: www.sympla.com.br/conesc

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Novembro de 2017PÁGINA 11

A AJE-BRASIL (Asso-ciação Jurídico-Espírita do Brasil), ao final dos

trabalhos do 2º Congresso Jurí-dico-Espírita Brasileiro (2º Con-jebras), ocorrido de 07 a 09 de setembro de 2017, na Federação Espírita do Estado de Goiás, em Goiânia, que se desenvolveu sob o tema “Dignidade humana: valor

universal, desa� o para o século 21”, apresentou as seguintes conclusões:

1. A dignidade humana, sob a perspectiva espírita, tem seus fundamentos na igualdade, na diversidade, na espiritualidade e na relação de meios e � ns, visando à solidariedade.

2. A igualdade funda-se na identidade quanto à origem e à natureza do ser humano. A diversidade deve-se ao desenvol-vimento de cada qual, a partir de suas aptidões e de seus esforços. A espiritualidade consiste na nature-za imortal, para além da existência terrena. Nas relações humanas os meios devem ser conforme seus respectivos � ns.

3. A política, como a arte de governar, não se restringe a questões partidárias e institu-cionais, mas está presente no dia a dia de todos e permeia as relações sociais, devendo estar comprometida com a promoção da dignidade humana.

4. Cada indivíduo pode e deve assumir seu papel político no am-

biente em que vive, com amplo diálogo sobre a realidade do país e da humanidade, com observância aos valores ético-morais.

5. A política criminal atual deve ser aplicada com respeito à dignidade humana, sem qual-quer seletividade, especialmente, pelos que trabalham no sistema de justiça.

6. O preso é um espírito imortal, fadado à evolução, e que tran-sitoriamente estagia no sistema carcerário. Daí que tem o Estado e a sociedade o dever de lhe dar condições para o cultivo de valores ético-morais, para o desenvolvi-mento de novos hábitos, visando ressigni� car o passado, valorizar

o tempo presente e construir um futuro melhor.

7. A família é a célula essencial da sociedade e não se restringe aos vínculos consanguíneos. Também é família a constituída pelos laços de afeto, realidade essa cada vez mais abrangida pelo Direito.

8. O direito ao pertencimento familiar deve ser reconhecido na sociedade contemporânea para o desenvolvimento digno do ser hu-mano. Daí que a maternidade e a pa-ternidade socioafetiva são situações conforme a lei natural e a lei humana.

9. A postura que viabiliza o tratamento digno ao outro é a de inclusão e de acolhimento amo-roso, não de discriminação. Esse

princípio deve reger as relações humanas, sobretudo as de natu-reza familiar.

10. O exercício funcional digno compreende a busca do autoconhe-cimento como método fundamen-tal para a superação da vaidade, do orgulho e do egoísmo, à vista da transitoriedade terrena e da imor-talidade do espírito humano.

11. O direito à vida intrauterina merece proteção integral.  A op-ção pela interrupção do processo gestacional implica a interrup-ção do projeto reencarnatório, cuja proposta pedagógica visa ao progresso individual do espírito reencarnante e do agrupamento familiar que o acolhe.

12. Cabe ao Estado garantir os direitos sociais básicos, especial-mente, no tocante à saúde da ges-tante e do feto, e ao planejamento familiar, privilegiando políticas públicas de caráter preventivo. O valor da vida pode ser compreendi-do e potencializado pela educação ético-moral.

13. A prevenção ao suicídio tem bases na informação, que é um direito à dignidade humana, no diálogo e nas re� exões sobre o tema, tornando visível uma reali-dade oculta. A fragilidade psíquica e emocional dos que sofrem lhes engendra o desa� o de lutar pela própria vida. O Espiritismo for-nece recursos para a modi� cação

da forma de pensar e de sentir, e contribui para a construção de uma atmosfera psíquica saudável.

Goiânia, 09 de setembro de 2017. r

Nota: A AJE-Brasil realizou o 2º Conjebras (Congresso Jurídico-Espírita Brasileiro) no feriado da Pátria, na FEEGO (Federa-ção Espírita do Estado de Goiás), em Goi-ânia. Com representantes de 13 estados, o tema central do evento foi dignidade humana, valor universal, desa� o para o século 21. Política, população carcerá-ria, afeto e família, exercício funcional e transitoriedade terrena, direitos do nascituro e prevenção ao suicídio foram alguns dos temas em debate, com diver-sos expositores. A AJE-Brasil já prepara o 3º Conjebras para 2019.

Carta de GoiâniaConclusões extraídas do 2º Conjebras.

AJE-BRASIL

André Trigueiro, um dos palestrantes do evento

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Na escada da vidaProgresso ocorre a cada instante

Roque Roberto Pires de [email protected]

REMETENTE:Instituto Cairbar Schutel.

Caixa postal 2013 15997-970 - Matão-SPNovembro de 2017

Fechamento autorizadoPode ser aberto pela ECT

Olhando as escadas dos grandes prédios, escada-rias da catedral, degraus

nas ruas íngremes, um novo cam-po para reflexões se abre como as escadas da evolução humana. Ao iniciar a viagem pela vida terá como meta cinquenta degraus para subir e mais cinquenta de-graus para descer e, convenhamos, haverá mais ligeireza em alguns casos como por exemplo, não prestar muita atenção à saúde. Na primeira etapa um grande esforço para atingir o cume, as primeiras letras, ganhar músculos de caráter e retidão, aprender um ofício e de-senvolver uma pro� ssão, organizar a família e praticar a sublime tarefa da educação, na compreensão dos direitos e na correção do cumpri-mento dos deveres; desenvolver a sensibilidade religiosa para agradecer a Deus reconhecendo que o ensino tradicional, pelas instituições humanas quase nada ensinam do que mais precisamos, conhecer para encaminhamento da existência terrestre e preparação para o além da vida . Doutos em Filoso� a e em Pedagogia afastam

sistematicamente de suas lições tudo o que se refere ao problema da � nitude. Fé cega e dogmas imutáveis impedem a racional compreensão da vida e interrogações se fazem presente ... o que fazer se hoje fosse o último dia para apoiar o pé no degrau? – ... o tal além da vida? – ... Ora, se ninguém voltou de lá para dizer, como será então? Para quem já ex-perimentou mais de sessenta degraus da escada, assumindo a condição descenso, estan-do prestes à conclusão do hipotético ciclo a resposta é encontrada na obra de Léon Denis, Espírito Iluminado e divulgador da Doutrina Espírita: “O problema do Ser, do Destino e da Dor” – “A diferença profunda que existe entre a vida terrestre e a vida do Espaço está no sentido da libertação, de alí-vio, de liberdade absoluta que desfrutam os Espíritos bons e puri� cados. Desde que se rompem os laços materiais, a alma pura desfere o voo para

as altas regiões. Lá, vê uma vida livre, pací� ca, intensa, ao pé da qual o passado terrestre lhe parece um sonho doloro-so”. Ed.FEB, 32ª ed. 2013, pg.148. No momento em que este texto é digitado, olhando para a janela é visto ao � nal da tarde um sol crepuscular, brilhante em sua cor rubra que vai deixando o mundo por conta da noite, Comple-tando também o seu ciclo de luminosidade nesta parte do hemisfério sul; inundou a terra de luz e sombras nas escadas das ruas de todas as vidas, indo esconder-se nas linhas do horizonte. Somos tomados de uma certeza mi-lenar – amanhã será um novo dia! –seria apenas para o sol e a natureza? Claro que não! – a natureza humana como a fauna e a flora, também terão momentos de finitos dias – observem... Na escada da evolução humana cada ex-periência obtida na subida ou na descida é mais um degrau para o progresso da alma. r