a razão da nossa fé

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A Razão da Nossa Fé Adão Carlos Nascimento “A história, as doutrinas e o governo da Igreja Presbiteriana do Brasil, ao alcance de todos.” 65 questões que precisamos saber responder. 1. Como surgiu a Igreja Presbiteriana? R. Surgiu da Reforma do Século XVI. Deus levantou um homem chamado João Calvino para conduzir Seu povo de volta à Bíblia. E, desta volta à Bíblia, nasceu a Igreja Presbiteriana. 2. Como se processou a Reforma Religiosa do Século XVI? R. A Reforma tem, como data básica de sua origem, o dia 31 de outubro de 1517, dia em que Lutero afixou as suas 95 teses, contra as indulgências, na porta da capela de Wittenberg. Martinho Lutero era monge agostiniano e pretendia reformar a Igreja à qual pertencia. Porém, como foi excomungado pelo papa Leão X, viu-se obrigado a romper com a sua igreja, dando, assim, origem ao movimento religioso conhecido como Luteranismo. Movimentos religiosos independentes surgiram em outras regiões. Na Suíça, levantou-se Zwinglio, sucedido depois por Calvino. As Igrejas que adotaram as doutrinas e o sistema Calvinista, denominan-se Igrejas Reformadas ou Presbiterianas. Da Suíça, o Presbiterianismo se espalhou para os Países Baixos, França, Escócia e

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A Razo da Nossa F Ado Carlos Nascimento A histria, as doutrinas e o governo da Igreja Presbiteriana do Brasil, ao alcance de todos. 65 questes que precisamos saber responder. 1. Como surgiu a Igreja Presbiteriana? R. Surgiu da Reforma do Sculo XVI. Deus levantou um homem chamado Joo Calvino para conduzir Seu povo de volta Bblia. E, desta volta Bblia, nasceu a Igreja Presbiteriana. 2. Como se processou a Reforma Religiosa do Sculo XVI? R. A Reforma tem, como data bsica de sua origem, o dia 31 de outubro de 1517, dia em que Lutero afixou as suas 95 teses, contra as indulgncias, na porta da capela de Wittenberg. Martinho Lutero era monge agostiniano e pretendia reformar a Igreja qual pertencia. Porm, como foi excomungado pelo papa Leo X, viu-se obrigado a romper com a sua igreja, dando, assim, origem ao movimento religioso conhecido como Luteranismo. Movimentos religiosos independentes surgiram em outras regies. Na Sua, levantou-se Zwinglio, sucedido depois por Calvino. As Igrejas que adotaram as doutrinas e o sistema Calvinista, denominan-se Igrejas Reformadas ou Presbiterianas. Da Sua, o Presbiterianismo se espalhou para os Pases Baixos, Frana, Esccia e Inglaterra. E, a seguir, atingiu todos os Continentes. Hoje, os presbiterianos so o segundo maior grupo evanglico do mundo, perdendo em nmero apenas para os luteranos. 3. Quem foi Joo Calvino? R. Foi um dos Reformadores do Sculo XVI. Nasceu em Noyon, Picardia, na Frana, no dia 27 de maio de 1564. Aos 14 anos de idade, Calvino entrou para a universidade de Paris. Formou-se em direito na Universidade de Orleans, aos vinte anos de idade. Converteu-se a Cristo em 1533. Calvino foi o mais culto e o mais inteligente entre os reformadores. Escreveu comentrios sobre todos os livros da Bblia, com exceo do Apocalipse . Escreveu Sermes e Cartas e tambm tratados. Sua obra mais importante foi A Instituio da Religio Crist, mais conhecida como As Institutas. Nesta obra ele apresenta um sistema de doutrinas absolutamente bblicas. Este sistema de doutrinas conhecido como Calvinismo. 4. verdade que a primeira Igreja que surgiu foi a Igreja Catlica? R. No, no verdade. A Igreja do Novo Testamento chamada de Igreja Primitiva, por ter sido a primeira e no ter nenhum nome especial. Esta Igreja j no pode ser identificada com a Igreja Catlica Romana, por vrias razes, como, por exemplo, as seguintes: 1. Os problemas doutrinrios e ticos surgidos na Igreja Primitiva eram resolvidos pelo presbitrio (At.15.1-29) na Igreja Catlica, so resolvidos pelo papa; 2. Na Igreja Primitiva no havia missa; havia culto com cnticos de hinos, oraes, leitura Monergismo.com Ao Senhor pertence a salvao (Jonas 2:9) e pregao; 3. Todos os membros da Igreja Primitiva participavam do po e do vinho, na Santa Ceia (I Co.11:23-29); na Igreja Catlica s o padre que participa do vinho, na comunho. 4. Na Igreja Primitiva no havia padre, nem cardeal, nem papa; havia, sim, presbteros e diconos. Qualquer pessoa que examinar o Novo Testamento, fundamento da Igreja Crist, ver claramente que a Igreja Catlica Romana no tem nenhuma semelhana com a Igreja Primitiva.5. Como surgiu a Igreja Catlico Romana? R. Surgiu da degenerao da Igreja Primitiva. Desde o incio, homens fraudulentos entraram para a Igreja. No princpio, entretanto, as perseguies contra os cristos se encarregaram de purificar a comunidade crist. No ano 323, por um decreto do imperador Constantino, o Cristianismo passou a ser a religio oficial do Imprio Romano. Cessaram as perseguies e muitas pessoas, sem serem verdadeiras convertidas, entraram para a Igreja. A atuao de tais pessoas e a influncia do mundo pago levaram a Igreja a adotar doutrinas e prticas que se chocam brutalmente com os ensinos bblicos. Eis alguns exemplo: No ano 375 foi institudo o culto aos santos; no ano 431, instituiu-se o culto a Maria; a partir do conclio de feso, cidade que pontificava a grande Diana dos Efsios, divindade feminina pag; em 503, surgiu a doutrina do purgatrio; em 783 foi adotada a adorao de imagens e relquias; em 1090, inventou-se o rosrio; em 1229, foi proibida a leitura da Bblia. H muitas outras inovaes que seria longo mencionar aqui. Felizmente, Deus levantou homens para conduzir Seu povo de volta Bblia. Vrios movimentos de reforma religiosa, inclusive os propostos pelos Conclios de Constantino, Pisa e Basilia, fracassaram. Porm, a Reforma Religiosa do Sculo XVI triunfou. 6. Por que Calvino no se uniu a Lutero, ao invs de criar um movimento parte? R. Porque Lutero queria apenas reformar a Igreja, enquanto Calvino entendia que a Igreja estava to degenerada, que no havia como reform-la. Calvino se props organizar uma nova Igreja que, na sua doutrina, na sua liturgia e na sua forma de governo, fosse idntica Igreja Primitiva. 7. Como o presbiterianismo chegou ao Brasil? R.. No Sculo XVI houve uma tentativa de implantao do presbiterianismo no Brasil, atravs dos franceses que aqui chegaram em 1557. A Ceia do Senhor, segundo o rito bblico calvinista, foi celebrada pela primeira vez, na Amrica do Sul, no dia 21 de maro de 1557, no Rio de Janeiro. Os franceses, no entanto, foram expulsos de nosso pas em 1567. Duas outras tentativas foram feitas atravs dos holandeses, em 1624 e em 1630. Em 1654, os holandeses foram expulsos do Brasil, e as comunidades presbiterianas que eles haviam implantado no nordeste, desapareceram. A implantao definitiva do presbiterianismo, no Brasil, se deu atravs do trabalho de missionrios, que vieram especialmente para evangelizar os brasileiros.8. Quem foi o primeiro missionrio presbiteriano a vir para o Brasil? R. Foi o Rev. Ashbel Green Simonton, que chegou ao Brasil, no Rio de Janeiro, no dia 12 de agosto de 1859. Tinha apenas 26 anos de idade. Seu ministrio durou apenas 8 anos, pois Simonton faleceu em So Paulo, no dia 8 de dezembro de 1867. A esta altura, a nossa Igreja j tinha um presbitrio (Presbitrio do Rio de Janeiro), um Seminrio, cinco pastores e trs Igrejas organizadas (A 1 do Rio de Janeiro, a primeira de So Paulo e a de Brotas, no Estado de So Paulo).9. Em que esto baseadas as doutrinas da Igreja Presbiteriana? R. Esto baseadas na Bblia, a palavra de Deus. Nossa Igreja no aceita nenhuma doutrina que no tenha base slida nas escrituras (Gl.1:8, 9). 10. Quando Simonton Chegou ao Brasil, j havia aqui missionrios de outras denominaes? R. Simonton encontrou, no Rio de Janeiro, o Dr. Robert Reid Kalley, mdico escocs, que fazia um trabalho missionrio independente. Do trabalho do Dr. Kalley resultou a Igreja Evanglica Fluminense. Havia tambm pastores que vieram acompanhando imigrantes europeus. Estes pastores, entretanto, se limitavam a dar assistncia espiritual aos imigrantes europeus. Simonton foi, portanto, o primeiro missionrio enviado ao Brasil, com o objetivo de evangelizar os brasileiros. Os missionrios de outras denominaes s chegaram bem mais tarde. 11. Que uma doutrina baseada solidamente nas Escrituras Sagradas? R. uma doutrina baseada na Bblia toda ou, seja, que compreende todos os livros da Bblia, do Gnese ao Apocalipse. A nossa Igreja no aceita doutrinas baseadas em apenas algumas passagens ou textos isolados das Escrituras. 12. Quais so os padres doutrinrios da Igreja Presbiteriana? R. Nossa Igreja adota, como exposio das doutrinas bblicas, a confisso de f e os Catecismos como exposio do sistema de doutrinas ensinadas nas Santas Escrituras. Isto se faz necessrio em virtude de a Bblia no trazer as doutrinas j sistematizadas. 13. Quem elaborou a Confisso de F e os Catecismos? R. A confisso de F e os Catecismos foram elaborados por 151 telogos de vrias Igrejas Evanglicas, reunidos na Abadia de Westminster, em Londres, na Inglaterra, de julho de 1643 a fevereiro de 1649. Estes livros foram preparados em esprito de orao e profunda submisso ao ensino das Escrituras.14. Que Escritura Sagrada? R. a palavra de Deus expressa em forma escrita. o livro que nos d aquele conhecimento de Deus e de Sua vontade, necessrio para a salvao (2 Tm.3:15, 16). A Bblia composta de 66 livros, escritos, por, no mnimo, 36 autores, que viveram em tempos e lugares diferentes, num perodo de 1600 anos. No entanto, o Autor da Bblia o prprio Deus, que inspirou os autores a que nos referimos. 15. Como sabemos que a Bblia foi inspirada por Deus? R. O Testemunho de Jesus sobre o Antigo Testamento (Mt.22:29; Mc.12:24; Lc.24:25, 27, 32 e Jo.5:39). O testemunho da Bblia sobre sua natureza (2 Tm.3:16-17; 2 Pe. 1.20:21). A experincia de milhes de pessoas cuja vida foi transformada pela leitura da Bblia e a nossa prpria experincia de sentir Deus falando conosco, quando lemos a Bblia. Tudo isso evidncia da inspirao divina das Escrituras. Porm, como esta aceitao matria de f e no de prova cientfica, s a operao do Esprito Santo em ns que nos d a convico de que a Bblia a palavra de Deus. 16. Por que a Bblia catlica tem 7 livros a mais do que a nossa Bblia? R. Porque o conclio de Trento, no dia 15 de abril de 1546, anexou, por decreto, esses livros Bblia. Ns no aceitamos e a nossa Bblia no os tem porque eles no tem nem as evidncias externas nem as evidncias internas de que so inspirados por Deus. A Igreja Catlica Romana nos acusa de termos retirado 7 livros das Escrituras. No entanto, foi ela que os acrescentou Bblia, no conclio de Trento. 17. O Que as Escrituras nos revelam a respeito de Deus? R. Que Deus Esprito (Jo.4:24) e, portanto, no tem corpo como ns (Lc.24:39); que Deus um Ser pessoal, capaz de compreender os nossos sentimentos e conhecer os nossos pensamentos (Sl.103:14 e 139:1-7); que Deus eterno (Sl.90:2), imutvel (Ml.3:6), infinito (I Rs. 8:27), conhece todas as cousas (Sl.139:4), v tudo o que se passa no cu e na terra (Pv.15:3), est presente, ao mesmo tempo, em todos os lugares (Sl.139-7-10), onipotente (Mt.19:26), nos ama (I Jo.4:8), cheio de misericrdia (Sl.57:10 e 100:5). Revela-nos tambm que Deus justssimo (Sl. 119:137) e terrvel em Seus juzos (Hb.10:31). O Deus de quem a Bblia nos fala um Deus Triuno, isto , subsiste em trs pessoas. 18. Que a Santssima Trindade? R.. a coexistncia das Trs Pessoas na Divindade nica: O Pai, o Filho e o Esprito Santo (Mt.27:19; 2 Co.13:13). So Trs Pessoas distintas, da mesma substncia, iguais em poder e glria, porm um s Deus. um mistrio que no pode ser explicado nem definido, porque est alm do alcance da mente do homem. Em suma: Ou aceitamos a Triunidade do Deus nico, ou temos de admitir trs Deuses na Bblia. A Bblia, no entanto, nos ensina com muita clareza que existe um s Deus verdadeiro (1 Co.8:5-6; 1 Tm 2:5), e que o pai Deus (Gl.1:1; Ef.6:23), que o filho Deus (Jo.1:1 e 2 Pe.1:1) e que o Esprito Santo Deus (At.5:3-4). 19. Como Deus se relaciona com o universo? R. Deus o criou (Gn.1:1 e Ef.3:9), Deus o dirige (Dn.4:35), Deus o governa (J.34:12-15; Sl.22:28; 103:19), Deus o preserva (Ne.9:6). Ele tem um plano eterno de ao (Ef.1:11). Nada acontece sem que Ele tenha ordenado ou permitido (Mt.10:29). Deus no improvisa nem surpreendido pelos acontecimentos. Na Sua infinita sabedoria, Ele dirige tudo segundo Sua prpria vontade sem, contudo, tirar a liberdade do homem nem violentar a vontade do ser humano. 20. Que predestinao? R. a doutrina bblica segundo a qual Deus j determinou o destino eterno de todo o ser humano (Rm.8:29-30; Rm.9:14-21; Ef.1:3-5), tanto dos que se salvam como dos que se perdem. 21. A doutrina da predestinao anula a pregao do evangelho? R. No, porque Deus, que nos predestinou para a salvao em Cristo, o mesmo que amou ao mundo de tal maneira, que deu o Seu Filho unignito, para que todo o que nEle cr no perea, mas tenha a vida eterna (Jo.3:16). Deus no o autor do pecado (Tg.1:12), no viola a liberdade humana e no deseja a perdio do pecador (Ez.33:11). O decreto divino da predestinao se cumpre segundo o propsito de Deus, que opera segundo Sua justia e Sua graa. Os que buscam a Deus com sinceridade de alma, so tangidos por Seu Esprito misericordioso, e os que O rejeitam, fazem-no levados por sua prpria soberba, como rprobos rebelados contra Deus, e nos quais se manifesta a justia divina, que retribui a cada um, segundo as suas obras. 22. A doutrina da predestinao se harmoniza com a lgica humana? R..O pensamento e as aes de Deus no precisam submeter-se ao juzo da lgica humana. O prprio Deus afirma que os Seus pensamentos no so os nossos pensamentos, nem os Seus caminhos, os nossos caminhos (Is.55:8,9). Querer submeter a ao divina lgica humana tentar colocar o homem na posio de soberano e Deus na de sdito. 23. Qual deve ser a atitude do crente diante da doutrina da predestinao? R. Aceit-la com profunda reverncia e humildade, por estar fundamentada na Bblia. Estar convicto de que a sua situao de crente em Jesus Cristo lhe d a certeza de ser um predestinado para a salvao (Jo.4:44). Louvar a Deus, ser diligente e abundante na obra do Senhor (I Co.15:58) e procurar crescer em santidade (I Pe.1:14-16; I Jo.3:3). A conscincia de ser um predestinado deve ser uma aliada do crente na luta contra o pecado. 24. Que pecado? R. a falta de conformidade com a Lei de Deus ou qualquer transgresso dessa Lei. Isto inclui o nosso estado de decados (Rm.3:9-18, 23), a nossa disposio corrompida (Rm.7:21-23), as nossas omisses egostas (Tg.4:17) e nossos atos, pensamentos e palavras que no se harmonizam com a santa e perfeita vontade de Deus. 25. Quais so as conseqncias do pecado? R. A morte espiritual, ou seja, o rompimento da comunho com Deus (Gn.2:15-17; 3:1-10), os castigos naturais e os sofrimentos resultantes dos erros cometidos (2 Sm.12:7-14; Gl.6:7), a escravido sob o pecado (Rm.7:18-24; Jo.8:34), a morte fsica (Rm.5:12) e a perdio eterna (Ap..20:11-15). 26. Que fez o Filho de Deus para livrar o homem das conseqncias do pecado? R. Diante da incapacidade do homem de libertar-se do pecado, Deus estabeleceu um pacto com o Seu Filho, na eternidade, para salvar o pecador e restaur-lo comunho com o Criador (Ef.1:3-14; Tt.1:4). Esta aliana de Deus com Seu Filho chamada, pelos telogos, de Pacto da Redeno. 27. Que fez o Filho de Deus para salvar o pecador? R. Jesus Cristo, o Filho de Deus, escolhido e ordenado pelo Pai para ser o Mediador entre Deus e o homem, no cumprimento de Sua misso redentora, assumiu a forma humana (Jo.1:1, 14), nasceu da virgem Maria (Lc.1:26-38; 2:1-7), viveu vida santa e perfeita e tomou sobre Si mesmo o fardo de nossos pecados (Is. 53.4-5); padeceu em Sua alma os mais cruis tormentos (Mt.26:38; Mc.14:34; Lc.22:44) e, em Seu corpo, os maiores sofrimentos (Jo.18:12-13; Mc.14:65; Jo.18:22; Mt.27:27-31, 46); foi preso e condenado inocentemente (Lc.23:4, 22, 47; Mt.27:24), foi crucificado, morto e sepultado, mas ressurgiu ao terceiro dia (Mt.28:1-10; I Co.15:3-8), subiu ao cu (At.1:9-11), onde est direita de Deus Pai (Hb.10:12; I Pe.3:22), e de onde intercede pelos Seus servos (Rm.8:34; Hb.7:25). Ao assumir a forma humana, Jesus tornou-se verdadeiramente homem, sem deixar de ser verdadeiramente Deus, possuindo ambas as naturezas, a divina e a humana, inteiramente perfeitas e distintas, inseparavelmente unidas em Sua Pessoa. Como verdadeiro Deus e verdadeiro homem, Jesus realizou uma obra redentora completa (Hb.9:12). 28. Como a obra redentora de Cristo aplicada ao pecador? R. Deus, atravs do Esprito Santo, aplica ao pecador a obra redentora de Cristo, operando em ns a vocao eficaz, a regenerao, o arrependimento para a vida, a f salvadora, a justificao, a adoo de filhos, a santificao e a glorificao. 29. Que vocao eficaz? R. uma atrao irresistvel que Deus (Rm.8:30), por meio da Palavra e do Esprito Santo (Rm.10:14-17; Jo.16:13-14; At.16:14; Ef.4:1), exerce sobre o pecador, levando-o a aceitar a Cristo como seu nico Salvador. Se Deus no agisse no corao do pecador, todos, sem exceo, rejeitariam a salvao em Cristo (I Co.2:14). 30. Que regenerao? R. a ao do Esprito Santo, atravs da qual ele implanta no corao do pecador, a quem Deus chamou eficazmente, uma disposio santa de servir a Deus em esprito e em verdade (Ef.2:1-9). o nosso nascimento (Jo.3:3, 5-8). 31. Que arrependimento para a vida? R. a tristeza que o pecador sente pelo seu estado de misria espiritual, acompanhada da resoluo de abandonar o pecado e voltar-se para Deus. H dois tipos de arrependimento: 1. O que leva o pecador a Ter tristeza pelo que fez, mas no o induz a abandonar o pecado e a voltar-se para Deus. Exemplo deste tipo de arrependimento Judas Iscariotes (Mt.27:3-5). 2. O arrependimento para a vida, como o que foi experimentado por Pedro, depois de negar a Cristo (Mt.26:69-75; At.11:18). 32. Que f salvadora? R. uma confiante entrega a Cristo, para a salvao. A f salvadora implica numa completa renncia de toda a tentativa para se alcanar a salvao atravs de obras, e numa entrega total a Cristo, na firme crena de que o Seu sacrifcio na cruz suficiente para nos salvar. Deus quem d ao homem este tipo de f (Ef.2:8) e o pecador a exercita para a salvao (Rm.10:9). 33. Que justificao? R. o ato de Deus pelo qual Ele nos declara justificados. Em outras palavras: Deus anula as nossas culpas mediante os mritos de Cristo, que morreu em nosso lugar (Rm.3:21-28; 5:8). 34. Que queremos dizer, quando afirmamos que Deus nos adota como filhos?R. o ato pelo qual Deus, por Sua graa, nos torna participantes da herana eterna, habilitando-nos a viver em ntima comunho com Ele (Jo.1:12; Ef. 1:5; Gl.4:4-7; Rm.8:14-17). 35. Que Santificao? R. o processo que se inicia no momento em que o pecador nasce de novo, buscando aperfeioar-se at atingir a plenitude da vida em comunho com Deus. A santificao do crente tem trs aspectos: 1. Quando o Esprito Santo regenera uma pessoa, ela cr em Cristo e todos os seus pecados so perdoados. No considerada culpada de pecado algum. Isto a santificao definitiva (2 Co.5:17; Rm.8:1; Ef.1:4; Hb.10:10). 2. A partir da regenerao, o crente comea a crescer espiritualmente, este crescimento continua a vida toda: a santificao progressiva (Ef. 2:10; Fl.3:12-14). 3. Na hora da morte, o crente aperfeioado em santidade, a fim de comparecer diante de Deus (Hb.12:14; Ec.12:7; Lc.16:22; Ap.7:9-17). a santificao final. 36. Que glorificao? R. o aperfeioamento da nossa alma, a transformao do nosso corpo e a completa vitria sobre o pecado, que nos far semelhantes a Cristo (Fl.1:6; 3:20-21; 1 Jo.3:2). A glorificao comea nesta vida, mas s alcanar sua plenitude na ressurreio do corpo. 37. O crente pode ter certeza de sua salvao? R. A palavra de Deus nos garante que todo aquele que cr em Cristo, como Senhor e Salvador, tem a vida eterna (Jo.3:16, 36). Logo, o crente pode e deve ter a certeza de que est salvo e de que viver com Deus na eternidade(I Jo.5:13). 38. O verdadeiro crente pode cair do estado de graa e perder a salvao? R.. No, o verdadeiro crente no perde a salvao, porque ela depende da fidelidade de Deus, que o escolheu. O poder de Deus a garantia de que Ele cumprir o Seu propsito (Ef.1:11; 1 Jo.4:4; Jo.10:29). A morte expiatria, a ressurreio e a intercesso de Cristo garantem a salvao do crente (Rm.8:34). E o Esprito Santo o selo e o penhor da nossa salvao (Ef.1:13-14), ou seja, o Esprito Santo tambm garante a eterna salvao do crente. 39. Qual o lugar das boas obras na vida do crente? R. Todo crente deve praticar boas obras como testemunho de sua f, para a glria de Deus (Tg.2:18-22; Mt.5:16). Todo crente deve praticar as boas obras que Deus de antemo preparou para que andssemos nelas (Ef.2:10). No entanto, devemos estar plenamente conscientes de que somos salvos pela graa, mediante a f, e no pelas obras, para que ningum se glorie (Ef.2:8-9). As boas obras so a conseqncia e no a causa da nossa salvao. 40. O crente deve guardar a Lei? R. Na Bblia, encontramos trs tipos de lei: 1. Lei Cerimonial ordenanas que tinham como finalidade orientar, disciplinar e dirigir a vida religiosa do povo de Israel, servindo-lhe de instrumento de comunho com Deus e de preparao para vinda do Salvador; 2. Lei Civil que disciplinava a vida do cidado perante o Estado; 3. Lei Moral que revela a natureza e a vontade de Deus, bem como o dever de cada ser humano para com o Senhor. A Lei Cerimonial e a Lei Civil, do Antigo Testamento, Monergismo.com Ao Senhor pertence a salvao (Jonas 2:9) www.monergismo.com8foram todas abrogadas pelo Novo Testamento. Mas a Lei Moral, que se encontra resumida nos dois mandamentos citados por Cristo (Mt.19:16-22; 22:34-40), deve ser ainda obedecida por todos os homens, especialmente por todos os crentes. 41. Em que sentido o crente liberto do mal? R. No sentido de no ser justificado nem condenado pela Lei (Rm.3:28; 7:4-6; Gl.2:16). Mas o crente tem o dever de pautar a sua vida segundo a retido estabelecida pela Lei Moral, que o Novo Testamento mantm como norma de conduta . 42. Se o quarto mandamento ordena a guarda do Sbado porque no o guardamos? R. O vocbulo Sbado, na Bblia, vem da palavra shabbath e significa repouso, descanso, etc. Na nossa lngua, o stimo dia da semana chama-se Sbado, mas isto no ocorre em todas as lnguas. Em alemo, por exemplo, o stimo dia da semana chama-se sonnabend (vspera do sol) ou samstag (dia de Saturno). Em francs, samedi (dia de Saturno). Em ingls, saturday (dia de Saturno). Logo, o stimo dia e Sbado no so a mesma coisa. O que a Lei ordena a guarda de um dia de descanso por semana. E isto ns guardamos. Quando guardamos o Domingo, estamos cumprindo o 4 Mandamento. O calendrio dos judeus lhes foi dado na sada do Egito (Ex.12:2). Os crentes em Cristo no esto obrigados a guardar o mesmo dia da semana, que os judeus guardavam e muitos ainda guardam. Guardando o Domingo, no estamos quebrando o 4Mandamento. 43. Por que guardamos o Domingo? R. Por vrias razes. Dentre elas, destacamos as seguintes: 1. Jesus ressuscitou no Domingo (Mt.28:1-10; Mc.16:1-8; Lc.24:1-12; Jo.20:1-10). 2. O Esprito Santo desceu sobre os crentes no Pentecoste, ou seja, no Domingo (At.2:1-4). 3. Os apstolos e os discpulos, aps a ressurreio de Cristo, passaram a guardar o Domingo (At.20:6-7; I Co.16.1-4). 5. O Novo Testamento chama ao Domingo de Dia do Senhor (Ap.1:10). 6. A tentativa de levar os crentes a guardarem o Sbado, e no o Domingo, primeiro dia da semana, inovao adventista, sem nenhuma base na Palavra de Deus. 44. Quem ordenou o matrimnio e quais os seus objetivos? R. O matrimnio foi ordenado pelo Criador Gn.2:18-24), e tem como objetivos: 1. O mtuo auxlio de marido e mulher (I Co.7:3-5). 2. A propagao da raa humana por sucesso legtima (Gn.1:27-28) e 3. Impedir a impureza (1 Co.7:2, 9; Hb.13:4). 45. Quais so as regras bsicas que a palavra de Deus estabelece para o casamento do crente? R. So as seguintes: 1. S pode casar-se quem pode dar consentimento ajuizado. 2. O Crente deve casar-se somente no Senhor (1 Co.7:39; 2 Co.6:14). 3. No devem casar-se as pessoas entre quais existem graus de consanginidade ou afinidades proibidos pela moral e que podem acarretar leses biolgicas. 46. Em que circunstncias a Palavra de Deus permite o divrcio? R. Apenas em caso de adultrio (Mt.19:9) ou nos casos de desero irreparvel (1 Co.7:15). O casamento indissolvel por ser uma instituio divina, figura da unio entre Cristo e a Igreja ( Mc.10:9; Ef.5:22-23). Monergismo.com Ao Senhor pertence a salvao (Jonas 2:9) www.monergismo.com947. Que a Igreja? R.. A Igreja o corpo de Cristo formado por todos os Seus verdadeiros servos (Mt.16:18; Ef.1:22-23; 4:5; 5:23). Segundo a teologia reformada, h dois tipos de Igreja: a) A igreja invisvel constituda por todos os que j foram salvos, dos que esto sendo salvos e dos que sero salvos (Hb.12:23). Igreja visvel ou militante, constituda por todos os que professam a f em Jesus Cristo. Da Igreja visvel, no entanto, fazem parte tanto os verdadeiros crentes, misturados com o trigo e o joio. Nesta Igreja visvel e militante, com todas as mazelas que a caracterizam, a igreja de Corinto. Toda Igreja local (exemplos: de Antioquia, de Jerusalm, etc) o exemplo de Igreja visvel. A Igreja Universal constituda de todas as Igrejas locais, em todo o mundo. 48. Como uma pessoa pode tornar-se membro de uma Igreja Presbiteriana? R. A admisso de membros, na Igreja Presbiteriana, obedece aos seguintes critrios: 1. As pessoas batizadas na infncia, numa Igreja Evanglica, so admitidas como membros da Igreja mediante a pblica Profisso de F; 2. As pessoas que no foram batizadas numa Igreja Evanglica, devem receber o batismo e fazer a pblica Profisso de F; 3. As pessoas que vm de outra Igreja Evanglica, que no trazem carta de transferncia, so admitidas pelo Conselho da Igreja, mediante solicitao por escrito. Na solicitao deve constar a razo ou razes que as levaram a tomar tal deciso. Quando um membro da Igreja Presbiteriana muda-se de um lugar para outro, deve providenciar sua carta de transferncia. Caso no o faa, poder ser arrolado por jurisdio ex-ofcio, depois de estar freqentando, pelo menos por um ano, a nova Igreja Presbiteriana. 49. Quais os deveres do membro da Igreja Presbiteriana? R. Viver de acordo com a doutrina da Escritura Sagrada, honrar e propagar o Evangelho pela vida e pela palavra; sustentar, moral e financeiramente, a Igreja e suas instituies; obedecer s autoridades da Igreja, enquanto estas permanecerem fiis aos Ensinos das Sagradas Escrituras; participar dos trabalhos e reunies de sua Igreja, inclusive das assemblias administrativas. 50. Como o governo da Igreja Presbiteriana? R. O governo da Igreja local exercido pelo Conselho, formado pelo Pastor, e pelos Presbteros eleitos pela assemblia da Igreja. Sob a superviso do Conselho, funciona a Junta Diaconal, constituda de todos os Diconos da Igreja, tambm eleitos pela assemblia da Igreja local. Os Diconos cuidam da assistncia social promovida pela Igreja e da ordem no Templo e suas dependncias. Acima do Conselho esto os demais Conclios da Igreja: Presbitrio, Snodo e Supremo Conclio. 51. Que Conclio? R. uma Assemblia constituda de Pastores e Presbteros. Os conclios da Igreja Presbiteriana, em ordem ascendente, so os seguintes: a) Conselho, que exerce jurisdio sobre a Igreja local; b) Presbitrio, que exerce jurisdio sobre Pastores e Conselhos; c) Snodo, que exerce jurisdio sobre vrios Presbitrios de determinada regio; d) Supremo Conclio, que exerce jurisdio sobre todos os Conclios. De todos os atos e reunies dos Conclios lavra-se Ata, que submetida ao exame e apreciao do Conclio imediatamente superior ou, seja, o Presbitrio examina as Atas dos Conselhos que lhe esto jurisdicionados, o Snodo as Atas dos Presbitrios que lhe esto jurisdicionados e o Supremo Conclio examina as Atas dos Snodos. Monergismo.com Ao Senhor pertence a salvao (Jonas 2:9) www.monergismo.com1052. Como se constituem os Conclios ? R. No Conselho, o Pastor designado pelo Presbitrio e os Presbteros so eleitos pela Igreja local, para um mandato de cinco anos, podendo ser reeleitos. O conselho nomeia, cada ano, o seu representante junto ao Presbitrio, que constitudo dos pastores e do representante de cada Igreja que o Presbitrio jurisdicionado pelo Snodo de determinada reunio, e eleito por seu respectivo Presbitrio, na seguinte proporo: Trs pastores e trs Presbteros por Presbitrio cujas igrejas tenham, em conjunto, at dois mil membros. O Supremo Conclio constitudo de representantes, Pastores e Presbteros, eleitos pelos Presbitrios, na seguinte proporo: Dois pastores e dois Presbteros por Presbitrio cujas Igrejas tenham, em conjunto, at dois mil membros, e mais um Pastor e um Presbtero para cada grupo de dois mil membros. Os Presbitrios se renem, pelo menos, uma vez por ano; os Snodos, de dois em dois anos, sempre nos anos mpares; o Supremo Conclio, de quatro em quatro anos, sempre nos anos pares. 53. Quais os requisitos para um membro da Igreja ser eleito Presbtero ou Dicono? R. Ser so na f, prudente no agir, discreto no falar e ser exemplo de santidade na vida (I Tm.3:1-13; Tt.1:5-9). Deve ser membro da Igreja em plena comunho com ela, ser maior de 18 anos, civilmente capaz, assduo e pontual no cumprimento de seus deveres e estar convicto de que Deus o chama para o exerccio de qualquer destes ofcios. 54. Como se faz a disciplina de membros na Igreja Presbiteriana? R. O membro da Igreja s pode ser disciplinado depois de processo eclesistico regular. Este processo ser instaurado mediante queixa ou denncia, por escrito, apresentada por um membro ou oficial da Igreja. Ao citar o faltoso para comparecer reunio do conselho previamente marcada, deve o conselho mandar-lhe uma cpia da queixa ou denncia, facultando-lhe, assim, ampla possibilidade de defesa. As penas que podem ser aplicadas so as seguintes, de acordo com a gravidade da falta cometida: 1. Admoestao; 2. Afastamento da comunho por tempo determinado ou indeterminado; 3. Excluso da Igreja, pena que s ser aplicada quando o faltoso se mostrar incorrigvel e contumaz. Toda disciplina visa ao prprio bem dos culpados, a corrigir escndalos, erros ou faltas, e a promover a honra de Deus e a glria de Jesus Cristo. Toda pessoa disciplinada ter o direito restaurao de sua comunho com a Igreja, mediante prova de arrependimento. O membro da Igreja que estiver sob disciplina, no pode participar dos sacramentos.55. Que sacramento ? R. uma ordenana sagrada instituda por Cristo, para simbolizar, selar e aplicar ao crente os benefcios da salvao. Cristo instituiu dois sacramentos: O batismo e a Santa Ceia ou Eucaristia, que quer dizer Aes de Graas (Mt.28:20; 1 Co.11:23-25) 56. Que Batismo ? R. um Sacramento que consiste no derramamento de gua sobre a cabea do batizando, em nome do Pai, do Filho e do Esprito Santo, indicando a recepo solene do batizando na Igreja e selando a sua unio com Cristo. Monergismo.com Ao Senhor pertence a salvao (Jonas 2:9) www.monergismo.com1157. Por que a Igreja Presbiteriana no batiza por imerso? R. Porque h relatos e circunstncias, na Bblia, que nos levam a concluir que o Batismo bblico no era aplicado por imerso. Vejamos: 1. Joo Batista, por acaso, conseguia imergir no Jordo as multides que iam ter com ele? (Mt.3:5-6). 2. Onde, em Jerusalm, os Apstolos conseguiram gua para imergir trs mil pessoas, no dia de Pentecoste? (At. 2:41). 3. Paulo foi batizado dentro da casa de Judas (At. 9:10-19). Haveria ali algum tanque, onde ele pudesse ser imerso? 4. O carcereiro de Filipos foi batizado por volta da meia noite, depois de um terremoto que fendera as paredes da priso (At.16:23-33). possvel pensar em imerso num caso como este? 58. Quais so as bases bblicas do Batismo por asperso? R. So muitas. Mencionaremos aqui apenas algumas: 1. As profecias sobre a nova era, a dispensao da graa, fala da purificao dos povos pelo derramamento de gua sobre eles, numa aluso que inclui o Batismo cristo (Ez.36:25; Is.44:3). 2. A palavra grega baptisms (=batismo, em portugus) usada pelo Autor da Epstola aos Hebreus (9:10), quando fala das ablues que se faziam no Velho Testamento. E tais ablues eram feitas por asperso (Hb.9:19-21; Nm.8:7). Se, no Antigo Testamento, as ablues eram por asperso, por que teriam de ser diferentes no Novo Testamento? 3. O Batismo com o Esprito Santo, nas Escrituras, descrito como um derramamento (Is.44:3; Jl.2:28-29; At. 2:18-33; 10:45; 11:15-16). E Jesus disse aos Seus discpulos Joo, na verdade, batizou com gua, mas vs sereis batizados com o Esprito Santo. - (AT 1:5). Se o Batismo com o Esprito Santo significa que o Esprito derramado sobre as pessoas, podemos inferir que o batismo com gua tambm deve ser feito mediante derramamento de gua sobre os batizados. 4. No Batismo a gua apenas smbolo,como o so o po e o vinho, na ceia do Senhor. Logo, no importa a quantidade de gua usada no Batismo 59. As crianas tambm devem ser batizadas? R. Sim. Na antiga dispensao, elas faziam parte da Igreja, sendo recebidas pelo rito da circunciso. E a Igreja de Deus uma s. No captulo 11 da carta aos Romanos, Paulo emprega a figura da oliveira para representar o antigo povo de Deus. Diz ele que os judeus incrdulos foram cortados da oliveira e que os gentios crentes so enxertados nela. Deste modo, o antigo povo de Deus, que foram judeus, e o novo povo de Deus, constitudo tambm de gentios, formam uma s rvore. Assim como as crianas faziam parte da Igreja, na dispensao judaica, devem elas fazer parte da Igreja na dispensao crist. No Antigo Testamento, as crianas eram recebidas na Igreja pelo rito da circunciso (Gn. 17:9-14, 23, 27; Lv.12:3). No Novo Testamento, so recebidas na Igreja pelo Batismo, que substituiu a circunciso (Gl.2:11-12). Na dispensao da Lei, a criana que no fosse circuncidada, era eliminada do povo de Deus (Gn.17:14). O crente, na dispensao do Novo Testamento, que no apresenta seus filhos para o Batismo, est quebrando a aliana com Deus e cometendo grande pecado. 60. Mas, as crianas crem? R. Os textos bblicos que falam da f como pr-requisito para receber o Batismo, no se referem s crianas. A prova que Marcos (16:16), depois de citar as palavras de Cristo quem crer e for batizado ser salvo registra tambm quem, porm, no cr, ser condenado. Ora, se as crianas no so capazes de crer e, por isso, no podem ser Monergismo.com Ao Senhor pertence a salvao (Jonas 2:9) www.monergismo.com12batizadas, elas esto condenadas. No entanto, Jesus afirmou: ...das tais o reino de Deus, e sem qualquer referncia f. 61. H, no Novo Testamento, registro de Batismo de criana? R. O Novo Testamento registra o Batismo de cinco famlias inteiras (At.10:23, 24 e 48; 16:15,33; 18:8 e 1 Co.1:16). Ser que nessas famlias no havia crianas? Orgenes, um telogo da Igreja Primitiva, ensinou que os Apstolos batizavam crianas. 62. O que significa a Ceia do Senhor? R. A Ceia do Senhor o sacramento que comemora e proclama o sacrifcio nico, perfeito e completo que Cristo fez, para a nossa redeno. Ela se caracteriza por apresentar uma ou mais verdades espirituais mediante sinais visveis e externos. A Ceia do Senhor uma representao simblica da morte de Cristo (1 Co.11:24-26), um smbolo de nossa participao no sacrifcio e na vitria de Cristo (Jo.6:53) e, tambm, um smbolo da unio espiritual de todos os crentes (1 Co.10:17; 12:13). A Ceia do Senhor um meio de graa, isto , um meio que Deus usa para nos alimentar espiritualmente, promovendo assim o nosso crescimento espiritual. 63. Que significa a morte para o crente? R. A morte fsica o meio que Deus usa para revestir o crente da incorruptibilidade e da imortalidade (1 Co.15:53). Isto , a morte fsica o instrumento que Deus utiliza para preparar a nossa alma e o nosso corpo para a vida alm. Na hora da morte, nossa alma aperfeioada em santidade e entra imediatamente no gozo da vida eterna, na presena de Deus. Ao morrer, o crente dorme aqui e acorda, no mesmo instante, na presena de Deus. O corpo entra em decomposio e volta ao p (Ec.12:7), mas ressuscitar no ltimo dia (1 Co.15:35-44). 64. Como o crente deve encarar a morte? R. O crente no deve ter medo da morte. Para o servo de Deus, morrer partir e estar com Cristo, o que incomparavelmente melhor (Fl.1:23). O morrer lucro (Fl.1:21; Ap.14:13). Mas o crente no tem o direito de apressar a sua morte, seja por meio do suicdio ou expondo-se ao perigo de vida irresponsavelmente. 65. O que ocorrer na segunda vinda de Cristo? R. Na Segunda vinda de Cristo, os mortos ressuscitaro (Jo.6:40-44; 1 Ts.4:16), os vivos sero transformados (1 Co.15:51-53), os anjos apstatas e todas as pessoas que viveram sobre a terra sero julgados (2 Pe.2:4; Jd.6; Mt.25:31-34; Jo.5:28-29; Rm.14:10-12; 2 Co.5:10; Ap.20:11-13), e haver uma separao eterna entre os salvos e os perdidos. Os mpios iro para o castigo eterno (Mt.25:46) e os salvos reinaro eternamente com Cristo (1 Ts.4:17; Ap.21:1-6)