a história do volcanismo dos açores

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A condensed history of Azorean volcanism, in portuguese, for language class.

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A Histria do Vulcanismo dos Aores A vulcanologia deve ser motivo de paixo e no motivo de medo. Esta frase foi declarada por Victor Hugo Forjaz um especialista de vulcanologia para celebrar a importncia e significado dos vulces que formam o arquiplago dos Aores. Muitos conhecem o vulcanismo como um fenmeno negativo e esquecem que constitui uma das maiores foras formativas do mundo. Os Aores so um dos exemplos principais de vulcanismo em aco.

Figura 1. Placas Tectonicas no Arquiplago dos Aores

Placas Tectonicas: No Meio do Atlntico A geografia dos Aores determinado pela juno tripla entra as placas litosfricas Americana, Eurasitica e Africana. Esta juno tem uma forma de T constitudo pela Dorsal Mdia do Atlntico e a fractura tectnica conhecido oficialmente pelo Rifte da Terceira. Como iluda, esta fractura passa pelas ilhas Terceira, Graciosa e o parte

ocidental de So Miguel, e constitui uma faixa de expanso ocenica responsvel pelo vulcanismo e actividade ssmica nos Aores. O problema desta definio que a zona de actividade realmente mais complexa. Alguns autores refiram por zona dos Aores como uma falha transformante leaky porque a actividade no suficientemente esclarecida. As foras tectnicas da Falha Glria1, que corre perpendicular ao longe o Dorsal Mdia do Atlntico entre a placa Eurasitica e Africana, so concorrentes. Por um lado a expanso do Dorsal Mdia do Atlntico fora as placas Este do meio do Atlntico. Pelo outro lado, o movimento da placa Africana ao norte encontra uma faixa de compresso na rea do Estreito de Gibraltar que fora movimento Oeste. Ao meio, a Rifte da Terceira e a rea pelo canal de So Jorge, uma falha em desligamento direito entre a placa Eurasitica e Africana encontra uma Zona de Fractura Este dos Aores. Consequentemente, alguns autores2 identificam uma microplaca de forma triangular que existe aonde as ilhas do grupo central e oriental esto situadas. Este espao, entre a Rifte da Terceira e Zona de Fractura Este, uma bacia com uma seria de falhas lanadas por vulces submarinos, fissuras tectnicas e fontes hidrotermais. O vulcanismo das ilhas dos Aores no relacionado simplesmente com a expanso Este-Oeste do Dorsal Mdia do Atlntico mas com expanso oblqua nesta Plataforma dos Aores. A regio est em tenso lateral pela expanso pelo norte e presso nas placas que d origem ao vulcanismo. Tambm, o discurso sobre a actividade vulcnica e ssmica das ilhas dos Aores encontra argumentos sobre a existncia de pontos quentes (hotspots) relacionados com a formao de estruturas vulcnicas.3 Mas as evidncias indicam que, devido composio dos basaltos e s temperaturas inferiores no manto superior, os pontos quentes no esto directamente envolvidos na formao das ilhas. Pelo contrrio, com concentraes anormalmente elevadas de gua e compostos de terras raras e volteis o vulcanismo dos Aores nico.1

Tambm, por outres autories/cientistas, a Falha Gloria igualmente referido pela Falha AoreanoGibraltarano. (2004) Oliveira, Carlos S., Ragnar Sigbjrnsson e Simon Olafsson. A Comparative Study on the Strong Ground Motion in Two Volcanic Environments: Azores and Iceland, 13th Conference on Earthquake Engineering, Paper 2369. 2 (2005) Antnio de Brum Ferreira. Geodinmica e Perigosidade Natural nas Ilhas dos Aores, Finisterra: Revista Portuguesa de Geografia, XL, 79, pp.103-120 3 A teoria dos pontes quentes foi avanada por J. Tuzo Wilson (em 1963) para explicar a existncia de vulces formando em linhas coincidentes com a direco geral de movimento das placas (como o arquiplago do Havai). Nestas reas os vulces parecem indiciar a passagem da crosta terrestre sobre uma pluma de material magmtico, essencialmente fixa no manto terrestre, que ao ascender superfcie origina sucessivos edifcios vulcnicos.

Tipicamente a formao das ilhas Aorianas no seguem sistematicamente com a teoria de pontos quentes avana. Diversas idades radiomtricas desprovem uma tpica hiptese de pontes quentes nos Aores. A sequncia de formao: Santa Maria (4.8 M), So Miguel (3.1 M), Terceira (0.9 M), Graciosa (0.62 M), So Jorge (0.45 M), Faial (0.4 M), e Pico (0.25 M). Ironicamente a ilha do Pico que vai contra o modelo dos pontos quentes: a ilha formou-se por ltimo duma superfcie de depsitos lvicas. Igualmente, a actividade vulcnica e ssmica recente na costa Sudeste da Terceira, no Sul de So Miguel e Este do Faial mostra diferenas distintas de que a metodologia de pontos quentes. As ilhas situadas no Oeste do Dorsal Mdia, como so destacadas na placa Americana e deslocalizadas das actividades vulcnicas e ssmiscas do Rifte da Terceira e Zona de Fractura Este, tm histrias diferentes. A ilha das Flores (2.1M) semelhante idade da ilha de So Miguel, e mais antiga do que o Corvo (0.3 M). Ironicamente as idades das ilhas reflectam uma formao sucessivo pelas falhas da Plataforma dos Aores do Norte ao Sul. A mais antiga ilha, Santa Maria, emergiu no perodo Miocnico duma natureza vulcnica, contra as opinies populares.4 Como o reste das ilhas, as marcas geolgicas indicam fases de vulcanismo submarino e subareo. Derivadas os aces do mar, do vento ou as foras tectnicas, muitas das estruturas vulcnicas originais esto muito degradadas e so difceis de reconhecer. Santa Maria, pela ocorrncia de afloramentos de piroclsticos e de lavas almofadas, particularmente ao longe do litoral, amostra uma histria mais prolongada de que as outras ilhas. Adicionalmente, a profundamente de sedimentares marinhos, aFigura 2. Sta. Maria (1845)

abundncia de fossilferos e basaltos submarinos exposto em nenhuma outra ilha aoriana

demonstra a geomorfologia nica da ilha.

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A opinio popular, avanados pelos cidados da ilha, que a ilha de Santa Maria no de forma vulcnica pelos sedimentes em abundncia no litoral. Embora, muitos Aorianos tm a opinio que as ilhas do arquiplago foram os vestgios de Atlntida.

Em comparao, o resto das ilhas aorianas apresentam caractersticas similares ilha-por-ilha. No tempo geolgico, encontra em cada ilha perodos de actividade dum carcter explosivo. Isto tem uma forma Surtseiniana: um processo submarino inicialmente perseguido por perodos efusivos, tambm conhecido por erupes freatomagmticos (uma erupo vulcnica que resulta da interaco superficial de gua e magma). Durante esta fase os magmas so viscosos dando origem s erupes violente com expulses com cinzas, piroclsticos e lavas curtas ou almofadas. A erupo do Vulco dos Capelinhos em 1957 e 1958 um moderno exemplo destas caractersticas explosivas.

Figura 3. Erupo do Vulco dos Capelinhos (1957/58)

No Tempo Geolgico As erupes vulcnicas, no tempo geolgico, mais estudado e mais bem conhecido dos Aores so das ilhas de S. Miguel e Terceira. No S. Miguel, tudo comeou h 4 milhes de anos, com a emergncia de grandes erupes que formaram uma pequena ilha onde agora situa o Nordeste.5 Um ano mais tarde, com expanso tectnica, uma nova erupo deu origem ao vulco de Povoao. A unio destes dois vulces extintos5

(2007) Victor Forjaz. A vulcanologia deve ser motivo de paixo e no de medo, Dirio dos Aores Regional, Vera Borges, Lisboa.

formaram o complexo vulcnico da Furnas. Dataes de radiocarbono indicam que a caldeira do vulco das Furnas deve ter-se formado cerca 750 mil anos por actividade vulcnica de magnitude Pliniana6 (um carcter explosivo). H cerca de 500 mil anos uma nova ilha primitiva formou-se por oeste do complexo das Furnas: a ilha das Sete Cidades. Mais tarde (250 mil anos depois) um vulco emergiu no litoral oeste do complexo das Furnas, eventualmente formando o quarto complexo vulcnica: o vulco de Agua de Pau. At 50 mil anos um canal separava as duas ilhas. Neste perodo uma actividade fissural entre a regio das Sete Cidades e Lagoa uniram as duas ilhas. Na ltima fase de formao, no complexo de Sete Cidades, as erupes na caldeira tiveram um carcter hidromagmtico e nas vertentes exteriores elas foram do tipo Havaiano ou Estromboliano.7Imagem 2. Lagoa do Fogo (S. Miguel) Imagem 1. Zona Fissural (S. Miguel)

As cartas geolgicas da ilha Terceira mostram variedade por alguns autores, mas geralmente a formao da ilha conformou por cinco fases: a formao do complexo dos Cinco Pontos, a formao do complexo de Guilherme Moniz, a criao do Vulco de Santa Brbara, o desenvolvamente do complexo do Pico Alto e uma Zona Basltica Fissural. Os cientistas concordam que a formao da Terceira foi de carcter extremamente explosivo com deposio e consolidao de fluxos de cinzas e nuvens6

As erupes Plinianas tm caractersticas similares s da erupo do Vesvio. O nome derivado das contas de Plnio o Novo (Caius Plinius Cecilius Secundus) que cronicou a erupo e a destruo de Pompia em 79 AD. 7 As erupes Havaianas, dando seu nome por as vulces da ilhas de Havai, so relativamente sauve com fluxos de lavas baslticos de viscosidade baixo com pequenas quantidades de cinzas e escrias. Vulces Estrombolianos so mais violentas e produzem quantidades de cinzas, escoria e gases magmticos resultando em piroclasticos e chuva de fragmentos de lava. Erupes Havaianas ou Estrombolianas da origem aos spatter cones, vulces baixos com ritimas efusivos.

ardentes8 (os ignimbritos que cobriram a maior parte da ilha revelam este facto). O ncleo da ilha o complexo do Vulco dos Cinco Pontos, uma caldeira de grandes dimenses (uma dimetro da ordem de 7 km) formada de escoadas lvicas e depsitos piroclsticos com vestgios nas Serras do Cume e da Ribeirinha (a maior plancie da ilha). Ao longo de trs alinhamentos de orientao cones de escrias so encontrados ( sendo o Pico do Malho o de maior altitude). O complexo de Guilherme Moniz ocupa o centro da ilha e emergiu cerca de 23 mil anos, resultando em numerosos domos traquticos9, dois cones Surtsianos (o Monte Brasil e o Ilhu das Cabras) e vrias nuvens ardentes. As estruturas vulcnicas so degradadas com muito eroso e reas compostos de lavas e piroclsticos. A 18 mil anos, as formas do estratovulco Santa Brbara emergiu no Oeste da ilha. Sucessivamente, depsitos pomticos, lavas e domos traquticos formaram um vulco escudo com flancos de pequena inclinao (com uma altitude de 1021 metres e um dimetro de 13 km). Em falhas radias do vulco encontram-se cones de escrias e domos com escoadas lvicas (como o Pico das Faias, o Pico do Teles, o Pico Negro, o Pico da Serrata e outres). Ocupando uma vasta zona, o Vulco do Pico Alto corresponde por uma fase de crescimento significante na ilha. Da zona de Lajes (no Sul da ilha) at o comunidade dos Biscoitos (no Norte da ilha) deposites ignimbritos e a presena de vrias domas, derrames lvicas e produtos piroclsticos atestam a actividade explosiva deste vulco. Finalmente, a maior parte da zona Central e Sudeste da ilha Terceira durante episodies recentes (um perodo de 2 mil anos) foi coberto por fissuras baslticas.Imagem 3. Serra da Santa Bbara (Terceira)

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Um termo francs aplicado por uma massa de cinzas carregada de gases e altamente aquecida que expelida com fora explosiva e move-se com elevadas velocidades sobre os flancos de um vulco. 9 A mais famosa estrutura, o vulco Algar do Carvo, situada nesta regio, que representa uma gruta profunda formada em slicas dos restes de uma notvel chamin vulcnica que termina numa lagoa de guas lmpidas.

As ilhas do Grupo Central, principalmente a ilha do Faial, Pico e So Jorge, esto destacas em duas falhas tectnicas que estendam EsteOeste: a falha So Jorge e a falha Faial-Pico. Dois vulces centrais e duas fissuras tectnicas formaram a ilha do Faial. O antigo vulco de Ribeirinha no conhecido masImagem 4. Cabeo Gordo (Faial)

constitua a zona oriental da ilha, composto de lavas subareas do estilo

Havaiano. O vulco do Cabeo Gordo no centro da ilha representa o maior relevo da ilha e composto de duas fases de basaltos e lavas de traquticos e benmoreites. A falha do Almoxarife, situada no sudeste da ilha, coberta em piroclsticos com cones de escrias, lavas basaltos e um cone Surtsiano (a Monta Guia). As formaes mais novas estendam na falha do Capelo do centro da ilha ao Oeste, e incluem vrios cones de basaltos Havaiano-Estromboliano. O recente erupo do Vulco dos Capelinhos representa o trmino deste sistema. A ilha do Pico na mesma falha Faial-Pico a mais conhecida imagem vulcnica dos Aores. Mas, menos conhecido, o vulco do Topo (situado no este da ilha) a mais antiga estrutura vulcnica na ilha com o mnimo de 250 mil anos. Este vulco escudo parcialmente destrudo por desmoronamentos, deslocado por aces tectnicas e coberto por novo vulcanismo. Designado o complexo de Lajes (pela proximidade da cidade principal na ilha) o antigo vulco composto de ankaramitico e lavas basaltos. O complexo da Calheta do Nesquim, uma zona fissural e Estromboliano liga o vulco do Topo com o complexo da Madalena. Nesta rea encontram-se numerosos depsitos de lavas baslticas e cones de escrias. A morfologia mais recente no complexo da MadalenaImagem 5. O Estratovulco (Pico)

indica um perodo de formao de 6 mil anos e incluem o vulco do Pico e a zona fissural nas vertentes ocidentais estendendo pelos cones do Capito e Topo. A morfologia da ilha de So Jorge mostra um aspecto fissural mas as marcas geolgicas indicam uma histria mais complicada. Trs zonas estratigrficos aludem para uma histria de vulcanismo fissuaral seguidos por vulces HavaianoEstromboliano com muitos cones de escrias desenvolvidos nas falhas Oeste-Nordoeste para Este-Sudeste. No exemplo da ilha de So Jorge, actividade fissural e mais pronunciado ao largo da falha de So Jorge. Eroso marina e actividade ao largo das falhas laterais durante o tempo geolgica degradaram os cones e criando rochas de 400 para 800 metros de altura no Norte da ilha. Ao Sul da ilha o declive e muito menos acentuado. Os complexos de Topo, Rosais e Manadas (de Este ao Oeste por idade) tem exemplos de escarpas formado por fluxos de lavas chamado fajs, mas actividade recente (5 mil anos) concentrado no complexo desde a Ponta de Rosais e o Ilhu do Topo. Sobre a Graciosa, h poucas dataes radiomtricas, mas alguns cientistas aludem que a ltima formao do estratovulco dessa ilha foi formada cerca de 12.2 mil anos anteriores. Graciosa emergiu 62 mil anos por uma sucesso de escoadas lvicas subareas de natureza basltica relacionados com um vulco escudo, uma estrutura alongada seguindo a direco Nordeste-Sudeste (o complexo vulcnica da Serra das Fontas). O prximo complexo vulcnico que corresponde a Serra Dormida e Serra Branca evolveu das numeras escoadas lvicas e depsitos piroclsticos de natureza traqutica. O vulco mais recente da ilha comporta duas unidades associados aos diferentes centros eruptivos da regio Sudeste onde pontuam cones de escrias, cones de tufos e um vulco central.Imagem 6. Ilha de S. Jorge

A placa Americana constitua duas ilhas do arquiplago dos Aores representando a nico sistema vulcnico no oeste da Dorsal Mdio do Atlntico. No tempo geolgico a ilha das Flores emergiu no perodo que a ilha de Nordeste (So Miguel) e a antiga ilha de Santa Maria foram formadas. Mas actividade nesta ilha foi limitado e, como Santa Maria, ela constitua uma sucesso de produtosImagem 7. Caldeiro (Corvo)

vulcnicos e depsitos sedimentares. Um importante evento freatomagmtica, h cerca de 3 mil anos, ter dado origem a crateras de exploso de tipo maar10 e recentes escoadas lvicas. A ilha do Corvo distinguida por fases de vulcanismo submarino como arribas e uma fase Pliniana que deu a origem uma cratera de grandes dimenses e escoadas lvicas de depsitos piroclsticos baslticos.

No Tempo Histrico e o Futuro A seguir ocupao humana nos Aores as actividades vulcnicas tornaram-se um fenmeno negativo. Numa lista construda por vrios cientistas em volta de 30 erupes histricas so elaboradas e incluem significantes catstrofes e desastres naturais na geomorfologia e povoao das ilhas. Alguns so importantes de pormenorizar. Comparvel erupo de Sete Cidades em 143911, as erupes do vulco da Serra da Agua de Pau em 1563 e o vulco de Furnas em 1630 tiveram um imenso impacto geografia da ilha de So Miguel. As erupes foram de caractersticas Pliniana; as erupes foram explosivas e freatomagmticas, emitindo gigantescos volumes de pedrapomes, matrias pomticos pulverizados e cinzas para a atmosfera. Os escombros impediram a navegao nas proximadades as ilhas e a populao suferam peste, fome e10

Uma cratera vulcnica que produzida por uma exploso em uma rea de baixo relevo que contm gua superficial e/ou gua subterrnea, sendo mais ou menos circular. 11 A primeira historia do vulcanismo histrico elaborado por Capito Vidal do navio HMS Styx: em 1445, os primeiro decobridores da ilha de S. Miguel encontaram uma ilha de relevo baixo ao meio com dois picos no este e oeste. Quando voltaram um ano depois, uma erupe tinha destruido o pico oeste resultando em uma plancie couberta por dois lagos e encostas de pmice e cones de escria (o vale de Sete Cidades).

perderam as suas habitaes. A exploso da Serra da Agua de Pau, com a erupo do Pico Sapateiro, resultou na Lagoa do Fogo e as primeiras manifestaes das fumeralas e guas termais na zona das Furnas. Tambm distinta, a erupo das Furnas trs dcadas depois, foi conhecidos o Ano Cinzeiro pelo enorme devastao e deposio de materias pomticos. A erupo Pliniana foi viram nas Flores e cinzas choveram ao lado da ilha da Terceira por trs dias.

Figura 4. Posio dos Complexos Vulcnicos (S. Miguel)

A erupo do vulco dos Picos Gordos na ilha Terceira em 1761 foi na realidade duas erupes distintas que foram as erupes nicas que ocorreram na ilha desde o povoamento da ilha. Precedidas pelo enfraquecimento das fumarolas das Furnas do Enxofre e a formao dum domo traqutico (o Pico Queimado), a erupo ocorreu numa fase fissural e depois por trs escoadas lvicas. As emisses de lavas baslticas foram muito fluidas e foram responsveis pela destruio de numeras casas, terminando nas imediaes da igreja de So Pedro em Biscoitos sem mortes. Infelizmente, em Urzelina na ilha de S. Jorge em 1808 durante um perodo vulcnico, trinta foram queimados por nuvem ardento quando tentavam salvar algumas coisas da igreja da So Mateus.

Erupes Vulcnicas no Tempo Histrico1439 1443 1562/64 S. Miguel S. Miguel Pico o o o o 1563/64 S. Miguel o Pico da Ferraria Sete Cidades Pico do Gaspar Furnas Erupo vulcnica no Pico do Cavaleiro (Cabeos do Fogo) Erupo vulcnica na Lagoa do Fogo Erupo vulcnica do Pico do Sapateiro (Queimado) Erupo vulcnica do Pico de Da Guiomar (Monte Escuro) Erupo vulcnica da Queimada (Ribeira do Nabo) Erupo vulcnica da Ribeira do Almeida Erupo vulcnica do Cinzeiro (Lagoa Seca) Eurpco submarino e Surtsiano, localizado no sudoeste de S. Miguel, 2 km da Ponta da Candelria Erupo vulcnica do Pico do Fogo Erupo vulcnica do Cabeo do Rilha Boi (Cabeo do Fogo) e secondario Erupo entre Praia do Norte e Cedros Erupo submarina, localizado entre S. Miguel e Banco D. Joo de Castro, 4 lguas da Ponta da Ferraria Erupo vulcnica do Pico das Camarinhas (Ginetes, Mosteiros e Candelria) Erupo vulcnica na Lomba de Fogo (Santa Luiza) Erupo vulcnica no Cabeo de Cima, Cabeo de Baixo (So Mateus e So Joo) Erupo vulcancia no Cabeo do Soldo (Cabeos do Fogo) Erupo submarina no Banco D. Joo de Castro; formao de ilhu efmera redonda e constituada de cinzas, sendo disfeito pelo mar Erupo vulcnica no Picos das Calderinhas (Picos Gordos) Erupo submarina, localizado no sudeste de S. Jorge, longa o Ponta do Topo Erupo vulcnica no Pico do Pedra, entre Ribeiras e Areias de Santo Amaro (Urzelina) Erupo submarina, localizado nordoeste de S. Miguel ao lado da Ponta da Ferraria; formao de ilhu efmera Sabrina;despareceu nos anos seguintes 1867 1902 1907 1911 1957/58 1963 1964 1981 1998/00 ao mar ao mar ao mar ao mar ao mar ao mar ao mar ao mar ao mar Erupo submarina, localizado no oeste-nordoeste da Terceira, 9 milhas do Ponte da Serrata Erupo submarina, localizado no oeste de S. Jorge, ao largo do Ponta do Topo Erupo submarina, localizado na Fractura Mnaco (sul de S. Miguel) Erupo submarina, localizado na Fractura Mnaco (sul de S. Miguel) Erupo submarina, localizado 1km de distancia do Ponte dos Capelinhos (Faial); formao da Ilhu Nova que, com o aparecimento de um istmo, se ligou a terra. Erupo submarina, localizado nordoeste do Pico no Cachorro Erupo submarina, localizado oeste de S. Jorge, ao largo da Ponta dos Rosais (Velas) Erupo submarina, localizado na Fractura Mnaco (sul de S. Miguel) Erupo submarina, localizado no oeste-nordoeste da Terceira, 9 milhas do Ponte da Serrata

o1580 1630 1638 1652 1672/73 1682 1713 1718 1720 1720 1761 1800 1808 1811 S. Jorge S. Miguel ao mar S. Miguel Faial ao mar S. Miguel Pico Pico ao mar Terceira ao mar S. Jorge ao mar o o o o o o

oo o o o

oo

oo

o o o o o o o o o o

Geralmente, a lista mostra um aumento das erupes submarinas nos ltimos cem anos, mas no indica uma diminuio do vulcanismo e actividade ssmica nos Aores. Alguma delas so contemporneas de formas distintas e localizadas, embora algumas so freatomagmticos da forma Pliniana e destrutiva. Na ilha de Santa Maria o vulcanismo parece extinto h cerca de trs milhes de anos. Semelhante, nas ilhas das

Flores, do Corvo e da Graciosa no estiveram registado erupes vulcnicas no tempo histrico (tambm atribudo pela povoao tarde das ilhas). Mas as actividades no podem ser muito anteriores povoao, porque regista ainda actividade fumarlica e termal.

Figura 5. Plataforma dos Aores (Estruturas Novas)

Mas agora, ateno dos cientistas j mudaram para as guas e fracturas da bacia da Plataforma dos Aores. Ao longo do Grupo Central dos Aores existe reas de actividades hidrotermicas e montes submarinos de forma vulcnica de uma complexa cadeia de montes submarinos situada na Crista Mdio do Atlntico. Os Aores so os pontos mais visveis. Mais e mais, as erupes so submarinas e concentradas nas zonas do Sul da Fractura dos Aores perseguindo as novas falhas em tenso. Em particular, o interesse dos vulcanlogos est concentrado nos vulces submarinos, fissuras tectnicas e fontes hidrotermais nas zonas entre Terceira e So Miguel e ao longo do Sudoeste do Faial e Pico. Tambm, o Vulco da Serreta bem conhecido no Oeste da costa da ilha Terceira. Em 1867, e mais recente em 1998 e 2000, esta rea ao longo de linhas da Rifte

da Terceira tiveram sucessivamente eventos ssmicos e erupes de grandes colunas de vapor e de ejectas saindo do mar. Na ltima erupo, que foi bem documentada, decorreu intermitente com emisses de gases e lavas baslticas na forma de grandes bales de lava que rebentaram naImagem 8. Ponte do Serreta

superfcie do mar. Igualmente, o em So Miguel pela mesma razo. Recentemente foram descobertas fontes hidrotermais (e potencias vulces submarinos) pelo Sudoeste do Faial e Pico. Designados Lucky Strike, Monte Gwen, Rainbow e Saldanha, estas reas hidrotermais com chamins activas atingem temperaturas da ordem de 280C para 330C. No tempo histrico, erupes

Banco D. Joo de Castro e Banco Mnaco continua de ocupar a ateno de vulcanlogos

Figura 6. Erupes Submarinas

submarinas contnuam nestas zonas, e com as erupes submarinas da Serreta e do ilhu da Sabrina12 a potencial existe pela aumentao do territrio Portugus. Potencialmente, um ilhu ou ilha pode estar apenas a 10 ou 8 metros da superfcie do mar.13

12

Em 1811, uma poderosa erupo submarina ao largo da Ferraria (So Miguel), cria a ilhu matando muito peixo. A ilhota circular foi reclamada para a coroa britnica pelo comandante de um navio de guerra ingls, a fragata HMS Sabrina. Depois de arruninar casas na rea da Ferraria o ilhota desapareceu nos anos seguintes por aces do mar e vento. 13 Durante os anos de 1999 e 2000 o vulco de Serrata oscilava entre 300 m e os 800 m da superficie do mar.

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