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1CS11 - Encontro “Inovação e Qualidade no Ensino Superior” , Coimbra, 22 de Outubro de 2008
A Gestão da Qualidade nocontexto universitário:
a experiência da U.Porto
José António Sarsfield Cabral
22.10.2008
2CS11 - Encontro “Inovação e Qualidade no Ensino Superior” , Coimbra, 22 de Outubro de 2008
Estrutura da apresentação
• O contexto
• Dificuldades na Gestão da Qualidade no ES
• Alguns conceitos
• O Serviço de Melhoria Contínua da U.Porto
• Quadro de indicadores
• Avaliação Institucional
• Monitorização e Avaliação dos cursos (1º e 2º Ciclos)
• Conclusão
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Uma universidade complexa:14 Faculdades, 1 Business School, 3 pólos69 Unidades de Investigação1 900 Docentes/Investigadores ETI1 700 Funcionários não-docentes29 000 Estudantes
Contexto
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Contexto
Uma universidade complexa:Culturas diversificadas (e fortes) nas 14 Faculdades
Reflexos na coesão institucional
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• Multidimensionalidade e complexidade do conceito de Qualidade nas instituições de E.S.
• Variedade dos actores e interesses envolvidos:- poder político, agências e departamentos estatais- professores, staff, alunos, empregadores, associações
profissionais, etc.
• Diversidade nos objectivos:- accountability interna e externa- melhoria de qualidade
• Diversidade potencial das implicações:- no financiamento- na capacidade de atracção de bons professores e alunos
DificuldadesGestão da Qualidade no E.S.
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MELHORIA CONTÍNUA(liberdade, criatividade, mudança responsabilidade, autocontrolo, autonomia)
A conciliação destes dois aspectos quase antagónicos requer liderança! A Qualidade (Garantia + Melhoria) não acontece espontaneamente!
Gestão da Qualidade
+
Conceitos
GARANTIA DA QUALIDADE(rigor, disciplina, procedimentos, estabilidade)
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• Missão:Estabelecer um sistema de suporte à melhoria contínua na U.Porto
Serviço de Melhoria Contínua da U.Porto
• Objectivo fundamental:Promover e consolidar uma cultura de Qualidade
Na Universidade do Porto
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• Tarefas prioritárias:– Consolidar procedimentos de aquisição dados e desenvolver um quadro de indicadores
– Estabelecer mecanismos de avaliação e de benchmarking
– Organizar e apoiar os processos de auto-avaliação e de avaliação institucional (interno e externo)
– Estabelecer um sistema de monitorização e avaliação sistemática dos cursos de 1º e 2º ciclos
Serviço de Melhoria Contínua da U.Porto
Na Universidade do Porto
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Estabelecer e consolidar um quadro de indicadores:
Serviço de Melhoria Contínua da U.Porto
UP - Universidade do Porto REIT - Melhoria Contínua
Quadro de indicadores
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• Acesso ao Ensino Superior 2008 1ª fase - Análise descritiva
• Acesso ao Ensino Superior 2007. Análise Descritiva
• Concurso maiores de 23 anos em 2007
• Acesso ao Ensino Superior 2006. Análise Descritiva
• Acesso ao Ensino Superior 2005. Análise Descritiva
• Acesso ao Ensino Superior 2004. Análise Descritiva
• Acesso ao Ensino Superior 2003. Análise Descritiva
• Acesso ao Ensino Superior 2002. Análise Descritiva
Quadro de indicadores
Acesso dos Estudantes:
Gestão da Qualidade na U.Porto
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• Estudantes inscritos na U.Porto no ano lectivo 2007/2008
• Evolução 2002-2006 de estudantes inscritos da U.Porto
Estudantes inscritos:
• Diplomados pela U.Porto no ano lectivo 2006/2007
• Evolução 2002-2006 de diplomados pela U.Porto
Diplomados:
Quadro de indicadores Gestão da Qualidade na
U.Porto
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• Recursos humanos da U.Porto em 2007
• Recursos humanos da U.Porto em 2006
• Evolução 2002-2006 de docentes e investigadores em equivalente a tempo integral
• Evolução 2002-2006 de pessoal não docente
Recursos Humanos:
Quadro de indicadores Gestão da Qualidade na
U.Porto
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• Unidades I&D com financiamento plurianual da FCT ou integradas em Laboratórios Associados (pesquisa Fev. 2008)
• Projectos com participação da U.Porto financiados pela FCT nos concursos de 2002 a 2004
• Publicações da Universidade do Porto indexadas na Web of Science 2003-2007
Investigação:
Quadro de indicadores Gestão da Qualidade na
U.Porto
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1) Auto-avaliação das Faculdades e avaliação externa (inter-Faculdades)
2) Avaliação institucional interna
3) Avaliação institucional externa
Como materializar o conceito de
avaliação institucional reflectindo
fielmente o contexto?
Avaliação InstitucionalGestão da Qualidade na
U.Porto
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• Princípio geral – Baseia-se na auditoria académica (que, ao contrário do assessment, não procura avaliar directamente a qualidade)• Foca-se nos processos que se julga produzirem qualidade e nas metodologias para a controlar/melhorar
• Na auditoria académica assume-se que as instituições avaliam a qualidade dos seus programas de ensino e a sua investigação (internal quality assessment). Um dos objectivos principais da auditoria é, justamente, verificar a eficácia dos procedimentos de avaliação em prática nas instituições
Auto-avaliação das Faculdades
Avaliação Institucional
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• É apenas uma das componentes do seu sistema da qualidade- que inclui o processo de avaliação pedagógica e científica, e os outros processos que internamente garantem e melhoram a qualidade
• Na auto-avaliação, cada Faculdade analisa o conjunto de práticas e procedimentos que lhe permitem assegurar que os requisitos/padrões estão a ser seguidos.
Auto-avaliação das Faculdades
Essencialmente, trata-se de um exercício de avaliação do desempenho do sistema de gestão (face aos objectivos)
Avaliação Institucional
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– No âmbito da sua autonomia, as Faculdades podem certificar-se ou adoptar qualquer referencial:•Normas ISO 9000:2000•Modelo EFQM (European Foundation for Quality
Management) •Modelo ABET (Leadership and Quality Assurance
in Applied Science, Computing, Engineering, and Technology)
•Modelo EQUIS (European Quality Improvement System) para as escolas de Gestão e Negócios
•…
Auto-avaliação das Faculdades
Avaliação Institucional
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O processoAvaliação Institucional
O processo completo de Avaliação Institucional está a ser conduzido em três etapas:
1) Auto-avaliação de cada uma das 14 Faculdades– Cada Faculdade produziu um relatório que incluiu um
plano de melhoria– A avaliação externa de cada Faculdade foi efectuada por
uma Comissão de Avaliação de outra Faculdade
2) Relatório de auto-avaliação da Universidade– Traduzirá o resultado global da auto-avaliação das 14
Faculdades
3) Avaliação externa efectuada por uma agência internacional credível (por exemplo, a EUA)
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O Guião de auto-avaliaçãodas Faculdades
Foca-se: – Na estrutura institucional (modelo de governo, etc.)– Nos processos de decisão– Na relevância dos processos e mecanismos internos de monitorização e de melhoria da qualidade (incluindo as suas fraquezas)
Utiliza: – A análise SWOT como ferramenta de suporte, conduzida à luz da missão e dos objectivos da U.Porto e de cada Faculdade
Exige: – A especificação de um plano de melhoria em cada Faculdade
Avaliação Institucional
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Desdobramentodos objectivos da U.Porto
Objectivos Estratégicos (U.Porto)
Objectivo 1 Objectivo 2 Objectivo 3 Objectivo 4
ObjectivoEA1Ensino/aprendizagem
ObjectivoEA2
ObjectivoRH1Gestão de Recursos Humanos
ObjectivoRH2
Obj
ectiv
osda
Fac
ulda
de
… … … … …
- Contribui fortemente ; - Contribui moderadamente ; - Contribui pouco
Avaliação Institucional
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A análise SWOTem cada Faculdade
Incide nas seguintes áreas:• Transversais:
� Governação� Gestão de Recursos Humanos� Gestão das TIC
• Nucleares:� Ensino/aprendizagem� Investigação e Desenvolvimento� Relações com o exterior e Internacionalização
Avaliação Institucional
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O plano de melhoria
Deve permitir aos avaliadores externos (de outra Faculdade) responder às seguintes questões:
• Como é que a Faculdade reage às oportunidade e ameaças?
• Quais são as mudanças planeadas para a Faculdade atingir os seus objectivos?
• As propostas de melhoria respondem às fraquezas?
• Serão tais propostas suportadas nas forças?
Avaliação Institucional
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A avaliação externa
Comissões de Avaliação externa–Os auditores não avaliam o desempenho académico:• O foco está na eficácia do sistema que a Faculdade utiliza (formal ou informalmente) para garantir e melhorar a qualidade
• A auditoria centra-se na comparação/confronto entre práticas e objectivos
Exemplo:Novo curso – a auditoria deverá avaliar, aos vários níveis, a forma como o currículo foi planeado, desenhado e aprovado (os procedimentos utilizados e a sua estabilidade)
Avaliação Institucional
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Objectivos
•Objectivos do processo de monitorização e avaliação de cursos (1ºe 2º ciclos): • permitir formular juízos fundamentados acerca da qualidade dos cursos
• promover o seu aperfeiçoamento• desenvolver uma cultura institucional de melhoria contínua
O sistema será generalizado a toda a Universidade no próximo ano lectivo (2008/09)
Monitorização e Avaliação de Cursos
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- Avaliação interna do grau de cumprimento dos objectivos (Quality Assurance).
- Avaliação externa da Qualidade (Quality Assessment).
- Coordenação entre os docentes.
- Calendários, horários, regras.
- Treino dos docentes em ensino/aprendizagem.
- Coordenação entre os docentes e os serviços.
- Recrutamento de docentes.
- Disponibilidade de pessoal de apoio.
- Edifícios. - Equipamentos e
serviços.
3-Recursos
eProcedi-mentos
- Competências adquiridas pelos estudantes com o curso.
- Métodos de ensino.- Estratégias de ensino.- Avaliação e verificação
das estratégias.
- Perfil dos estudantes.- Pré-requisitos de admissão.- Qualificações dos docentes.
2-Processo
deformação
- Indicadores de desempenho.- Resultados da avaliação pelos
docentes.- Resultados da avaliação pelos
estudantes.- Resultados da avaliação pelos
antigos estudantes.- Resultados da avaliação por
empregadores, organizações profissionais, etc..
- Conteúdo curricular.- Competências esperadas
dos estudantes no final do curso.
- Planeamento curricular dos módulos/ unidades curriculares.
- Análise das necessidades de formação.
- Objectivos da formação.
- Expectativas externas.- Acreditação (quando
aplicável).
1-Documentos
edados
Elementosdo
processode
ensino/ aprendizagem
C - ResultadosB - ImplementaçãoA – Objectivos
Monitorização e Avaliação de Cursos
Âmbito da avaliação
Adaptada de Muzio Gola, “Quality Recognition in EE: state-of-the-art-report; Chap. 2: Quality Assessment and Quality Assurance”, H3E – March 1999
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• A monitorização e a avaliação dos cursos são tarefas da responsabilidade:� dos respectivos Directores, ouvidas as Comissões
de Acompanhamento e as Comissões Científicas
→ fazem o Relatório de Curso e propostas de melhoria
� dos Conselhos Pedagógicos e Científicos:
→ apreciam os Relatórios de Curso e propõem medidas
� dos Directores das Faculdades:
→ definem acções correctivas e especificam quem e quando as realiza
Princípios geraisMonitorização e Avaliação de Cursos
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Os relatórios (RC e RS) são produzidos de uma forma semi-automática no SIGARRA
O processo
• Os Directores das Faculdades executam um Relatório de Síntese(RS) que resulta da agregação dos relatórios dos cursos (todos com a mesma estrutura)
• Este processo é monitorizado a nível central (Reitoria)
Informação pedagógica de base (fichas de unidade de curricular, classificações, relatórios de unidade de curricular, etc.) introduzida correctamente e atempadamente no sistema
Monitorização e Avaliação de Cursos
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I. Elaboração do RC pelo Director de Curso, incluindo as propostas de alteração ou de melhoria (até 31 de Janeiro);
II. Apreciação pelos Directores das Faculdades, os Conselhos Pedagógicos e Científicos dos RC e das propostas de alteração ou de melhoria (até 28 de Fevereiro);
III. Elaboração pelos Directores das Faculdades, em articulação com os Conselhos Pedagógicos, dos RS do 1º ciclo, 2º ciclo e mestrado integrado, e das propostas de alteração ou de melhoria (até 31 de Março);
IV. Emissão de parecer pelos Conselhos Científicos sobre os RS (até 30 de Abril);
V. Especificação pelos Directores das Faculdades das acções a empreender e dos respectivos responsáveis (até 31 de Maio);
VI. Envio dos RS e do plano global de melhoria pelas Faculdades, ao Serviço de Melhoria Contínua da Reitoria da Universidade do Porto (até 31 de Maio).
Procedimento de monitorização e avaliação dos Cursos
(Aprovado pelo Senado da U.Porto em Junho de 2008)
Monitorização e Avaliação de Cursos
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• O reforço e a maior disponibilidade de dados relevantes sobre o desempenho da Universidade – tem-se revelado um mecanismo de melhoria muito
relevante
• O processo de auto-avaliação e de avaliação externaestá em fase de finalização– verificou-se uma boa adesão por parte de todas as
Faculdades
• Na ausência de outros mecanismos (CNAVES, Agência de Avaliação)– o procedimento de monitorização e de avaliação dos
cursos foi considerado muito importante pelos Directores das Faculdades e pelo Senado
Conclusão
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• Guião de Auto-avaliação das Faculdades
• Guião de Avaliação “externa”
• Procedimento de Monitorização e Avaliação dos Cursos de 1ºe 2º Ciclo e de Mestrado Integrado (Aprovado pelo Senado em Junho de 2008)
Procedimentos e Guiões
Anexos
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Acesso dos EstudantesAnexos
32CS11 - Encontro “Inovação e Qualidade no Ensino Superior” , Coimbra, 22 de Outubro de 2008
Acesso dos EstudantesAnexos
33CS11 - Encontro “Inovação e Qualidade no Ensino Superior” , Coimbra, 22 de Outubro de 2008
Estudantes inscritosAnexos
34CS11 - Encontro “Inovação e Qualidade no Ensino Superior” , Coimbra, 22 de Outubro de 2008
DiplomadosAnexos
35CS11 - Encontro “Inovação e Qualidade no Ensino Superior” , Coimbra, 22 de Outubro de 2008
Recursos humanosAnexos