a europa cristã nos séculos vi a ix
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TEMA C1: A Europa Cristã nos
séculos VI a IX.
• O Fim do Império Romano do Ocidente;
•As Invasões Bárbaras;
•A afirmação do Cristianismo no Mundo bárbaro;
•A segunda vaga de invasões (séc. VIII a X).
O NOVO MAPA POLÍTICO DA EUROPA: A FIXAÇÃO DOS POVOS GERMÂNICOS
• perda de prestígio e autoridade
dos imperadores;
• falta de mão-de-obra escrava e
abandono dos campos;
• dificuldades na administração de
um tão vasto império;
• existência de um número
significativo de mercenários nas
fileiras do exército romano.
A partir do séc. II, o Império Romano começou a revelar sinais de
fragilidade que conduziram à sua divisão e desintegração:
Doc. 1 – A divisão do Império Romano.
Para além destes problemas internos, vários povos, aos quais os
Romanos chamavam “bárbaros” (porque não falavam latim e tinham hábitos
de vida e tradições diferentes), atraídos pelas riquezas do Império, fixaram-se
junto das suas fronteiras. Os que, a princípio, ofereciam mais perigo eram os
Germanos,.
CARACTERÍSTICAS DOS POVOS BÁRBAROS OU GERMANOS
Desenvolvimento
cultural e
material inferior
ao dos romanos.
Fraco nível de
unidade e de
organização
política.
Alguns eram
seminómadas e
guerreiros
violentos.
A sua subsistência
dependia da
agricultura, da
pastorícia e da
recolha de alimentos
da natureza.
Enquanto, o Império foi forte, os Romanos conseguiram manter
alguma disciplina entre estes povos, permitindo, por exemplo, que alguns deles
se instalassem nas fronteiras como colonos e mesmo como membros do
exército romano. Porém, nos finais do séc. IV, a pressão exercida pelos Hunos
sobre os povos germânicos forçou-os a entrar violentamente na parte ocidental
do Império Romano.
Doc. 2 – Saque de Roma por Alarico em 410.
Após a vaga de invasões, os bárbaros organizaram-se em reinos, que
alteraram por completo o mapa político da Europa .
A queda do império Romano do Ocidente e o aparecimento dos reinos
bárbaros marcaram o fim da Antiguidade Clássica e o início da Idade Média.
Doc. 3 – Os reinos bárbaros no século VI.
Reino Franco (atual França)
Reino Visigodo e Suevo
(Península Ibérica)
Reino Ostrogodo (Península
Itálica)
Reino Anglo-Saxão
(atual Grã-Bretanha)
A IGREJA CATÓLICA NO OCIDENTE EUROPEU
A partir do século VI,
a Igreja de Roma procurou
converter os povos
germânicos ao Cristianismo,
tarefa que só foi possível
graças á eficácia de uma
hierarquia chefiada pelo papa
e organizada em clero secular
e clero regular.
Os povos bárbaros que se estabeleceram no território do antigo
Império romano eram, em grande parte, pagãos. Outros tinham aderido ao
arianismo.
Doc. 4 – Conversão de rei bárbaro.
PAPA (Chefe espiritual da Igreja católica)
A HIERARQUIA DA IGREJA CATÓLICA
ARCEBISPOS (Representantes do Papa nas várias províncias)
CLERO REGULAR Vivia nos mosteiros, prestava
auxílio aos mais necessitados e dedicava-se ao ensino.
ABADES
MONGES
CLERO SECULAR Vivia junto das populações,
socorrendo-as e apoiando a sua defesa.
BISPOS
PÁROCOS
ALTO CLERO
BAIXO CLERO
Em consequência da instabilidade provocada pelas invasões fundaram-
se mosteiros um pouco por toda a Europa. Estas instituições religiosas surgiram
sobretudo nas zonas rurais, onde proporcionavam refúgio às populações e
funcionavam como centros agrícolas e culturais.
Doc. 5 – Reconstituição de um mosteiro.
1. Horta de produtos para alimentação e de
plantas medicinais;
2. Dormitório dos monges;
3. Claustro, local sereno reservado à
meditação;
4. Igreja, centro da vida religiosa do
mosteiro;
5. Hospedaria para os viajantes que
pernoitavam nos mosteiros;
6. Enfermaria ou hospital;
7. Pomar;
8. Refeitório;
9. Scriptorium, local onde se copiavam os
manuscritos.
A vida monástica, no entanto, só foi verdadeiramente organizada no
início do século VI, quando o monge italiano S. Bento de Núrsia estabeleceu as
normas (a regra) a que devia obedecer o dia-a-dia dos monges. Fundou, assim,
a primeira grande ordem religiosa do Ocidente Europeu, a Ordem Beneditina.
Segundo a regra
beneditina, os monges deveriam
dedicar o seu tempo à oração, ao
trabalho nos campos e nas
oficinas, ao ensino nas escolas, à
cópia de manuscritos, ajudar os
pobres, a tratar de doentes e
acolher peregrinos.
Doc. 6 – Regra de S. Bento.
A SEGUNDA VAGA DE INVASÕES (SÉCS. VIII A X)
Entre os séculos VIII e X, a Europa Ocidental sofreu uma segunda vaga
de invasões. A falta de recursos para a defesa de Estados fracos e mal
organizados foi uma das causas que tornaram possível a entrada destes novos
invasores – Muçulmanos, Vikings e Húngaros – que procuravam terras, riquezas
e o prestígio dos seus chefes.
Doc. 7 – Invasões da Europa entre os séculos VIII e X.
INVASÕES
Destruição de Culturas Medo / Insegurança Aumento da Mortalidade
Queda de produção
Ruralização da economia Dependência dos camponeses face aos
grandes senhores
Economia de subsistência