a escravidão na África: uma história de suas transformações

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A Escravidão na A Escravidão na África: uma história África: uma história de suas transformações de suas transformações Prof. Patrícia Grigório

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Page 1: A escravidão  na África: uma história de suas transformações

A Escravidão na África: A Escravidão na África: uma história de suas uma história de suas

transformaçõestransformações

Prof. Patrícia Grigório

Page 2: A escravidão  na África: uma história de suas transformações

7 º Ano 7 º Ano Descritores e habilidadesDescritores e habilidades

Operar com o conceito deescravidão, distinguindo seus diferentestipos.

Reconhecer as diferentes formas de trabalho escravo, identificando as especificidades da experiência africana anterior à expansão europeia.

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IntroduçãoIntrodução

A escravidão é definida como uma forma de exploração, cuja característica específica se encontra numa relação entre dois seres humanos, um considerado sujeito e proprietário e outro considerado objeto e propriedade. O escravo era descrito como um objeto de propriedade, alienável e submetido ao seu senhor, uma pessoa interiormente sem direitos, que podia ser destinada a qualquer tipo de trabalho, punida, dependendo da vontade do seu senhor, morta como vítima de sacrifícios, comprada ou vendida como mercadoria, dentro ou fora da comunidade de origem.

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Desde a antiguidade clássica, escravos negros eram vendidos para os mercados da Europa e da Ásia através do Deserto do Saara, do Mar Vermelho e do Oceano Índico. Eles eram vendidos entre os egípcios, os romanos e os muçulmanos, mas há notícias de escravos negros vendidos em mercados ainda mais distantes, como a Pérsia e a China, onde eram recebidos como mercadorias exóticas.

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Portanto, tanto a escravidão como o comércio africano de escravos precederam à chegada dos europeus e à abertura do comércio marítimo com a América.

A escravidão era para muitas sociedade africanas, uma forma de trabalho entre tantas outras, mas era considerada uma atividade marginal.

A escravidão é um fato marcante na história da África. O escravismo era uma atividade muito comum e remonta aos tempos das civilizações mais antigas do continente.

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O objetivo desta aula é identificar as diversas formas de utilização do trabalho escravo nas sociedades africanas e perceber os marcos históricos que promoveram modificações neste forma de trabalho ao longo do tempo.

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1 – A escravidão por 1 – A escravidão por dívidasdívidas

As dívidas tornavam escravos aqueles indivíduos sem condições de honrar seus compromissos, até o pagamento total de seu débito A escravidão também servia como pagamento de indenizações pela perda do gado, de produtos agrícolas ou da terra.

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Paralelamente à escravidão por dívidas, existia a penhora. Essa era a forma de se assegurar que empréstimos de um bem ou auxílio seria plenamente restituído. Filhos, pessoas adultas ou mulheres poderiam ser penhorados de acordo com os acertos feitos entre as partes envolvidas.

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2 - Prisioneiros de guerra2 - Prisioneiros de guerra

Muitas pessoas se tornavam escravas na África em razão das guerras: membros de tribos rivais tornavam-se cativos. As guerras se davam entre os diversos reinos africanos e, também, por meio dos conflitos que ocorriam entre as diferentes etnias africanas

Esses escravos trabalhavam nos campos (atividades agrícolas) ou nas atividades domésticas.

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A expansão islâmicaA expansão islâmica

Os séculos VII a X foram um marco na história da escravidão na África. A expansão islâmica e a resistência a ela gerou um número grande de escravos, já que os muçulmanos escravizavam as pessoas ou povos que eles consideravam “descrentes” e infiéis (aqueles que não acreditavam ou não aceitavam Alá).

Com a expansão islâmica, foram introduzidas na África novas formas de escravidão e outras foram redimensionadas: a dos mamelucos, dos eunucos e das concubinas.

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3 - Mamelucos: os 3 - Mamelucos: os escravos soldadosescravos soldados

Os mamelucos – escravos soldados – eram capturados ainda crianças (cerca de 7 anos) e levados para o norte da África, Oriente, Europa Ocidental e Ásia, onde eram educados na religião islâmica e preparados para serem grandes soldados.

Os que se destacavam podiam ir adquirindo seus próprios meninos soldados, e mesmo na condição de escravos, podiam exercer funções administrativas nos estados islamizados, ganhando grande prestígio social.

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4 - Eunucos 4 - Eunucos

Capturados ainda crianças, os meninos eram castrados e enviados para os haréns, onde eram educados para cuidar e administrar aqueles espaços, cuidar das concubinas e dos filhos de seus senhores.

No espaço dos haréns, eles deveriam ser respeitados tanto pelos donos como pelas concubinas e seus filhos.

Os eunucos eram considerados escravos de grande valor monetário, pois eram responsáveis pela descendência do seus donos.

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5 - Concubinas5 - Concubinas

As escravas mais sedutoras, tornavam-se concubinas, escravas sexuais. Seu papel era o de ter filhos para que seus donos.

Os filhos das concubinas com seus donos eram livres, e elas deveriam ser libertadas na ocasião da morte dos seus senhores, porque as crianças não poderiam ter, em função da shariah (lei islâmica), sua tutora principal na condição de cativeiro.