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A difícil procura por imóveis com um dormitório

BRUNO CHAGASDa Redação

Apartamentos de dois e três dormitórios sempre foram os mais requisitados no mercado imobiliário. A maior parte do públicoque adquire imóveis é formada por casais que buscam aliar o espaço para a família a um preço que se encaixa no bolso.Para um nicho diferenciado de comprador, porém, os espaços com um dormitório são mais atrativos e representam a opçãode moradia ideal de liberdade e praticidade.

O perfil predominante de quem compra apartamentos de um dormitório é de profissionais formados e bem sucedidos,solteiros na média de 25 a 35 anos, e que desejam morar sozinhos. Segundo o presidente do Secovi-SP, João Crestana,eles prezam pelos serviços que o edifício tem a oferecer, como áreas de lazer e fitness, além de serviços de manutenção eaté mesmo de arrumação das unidades. “Ele quer dentro do seu espaço uma autonomia para poder mudar o layout interno.O imóvel para este perfil possui uma demanda constante”, diz.

Crestana observa nos últimos seis anos houve um aumento de compradores que seguem este padrão diferenciado,mantendo uma parcela pequena, mas constante. Sendo um tipo de morador bem sucedido, o fato de haver apenas umquarto não significa necessariamente carência de espaço: “Geralmente este tipo de ‘um dormitório’ tem uma área maior,com cerca de 50m², com uma sala espaçosa ou mesmo sem divisão entre sala e quarto, sendo o banheiro o único ambientefechado”, aponta Crestana.

Devido aos diferenciais destes apartamentos e o comprador ao quais eles se destinam, a localização dos empreendimentosacontece nos bairros nobres e também nos arredores destes. Nas regiões mais periféricas das grandes cidades, edifícioscom unidades de um quarto são menos comuns, especialmente porque as de dois quartos acabam sendo mais requisitadas.“O outro tipo - de um dormitório - abrange mais compradores em início de família, casais em começo de vida. Mas nestecaso, a demanda tem sido menor, pois o apartamento de dois dormitórios pequeno acaba tomando o lugar do de um”,observa o presidente do Secovi. “Se há a possibilidade de ir para uma unidade de dois dormitórios de 45m², eles (osclientes) preferem esta a de um com 38m², que tem o preço semelhante”, completa.

Crestana afirma que por haver uma procura evidentemente maior, as grandes construtoras se concentram emempreendimentos de dois e três quartos, voltados para famílias. No entanto, um grande número de empresas menores serdedicam a explorar nichos mais específicos do mercado imobiliário, com procura mais delimitada.

Aluguel

Para investimentos, os apartamentos de uma unidade são uma opção lucrativa e fácil de alugar. Esta facilidade faz comoinclusive faltem imóveis neste perfil disponíveis para locação. No começo do ano, a procura cresce, sobretudo perto doscentros urbanos e universidades devido ao público que costuma alugar nesta época: Estudantes em começo de ano letivo,que saem da casa dos pais. Neste caso, tamanho, praticidade e fácil acesso são fatores decisivos.

A procura com pouca oferta faz com que o mercado de locação não sinta influências da crise. Segundo dados divulgadospelo Secovi-SP, os aluguéis de casas e apartamentos na cidade de São Paulo tiveram, em média, um acréscimo do 0,6% emnovembro de 2008 em comparação a 2007. O número chega a 12,7% se levados em consideração os 12 meses anteriores.

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