a contribuiÇÃo das redes sociais virtuais para a aprendizagem

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A CONTRIBUIO DAS REDES SOCIAIS VIRTUAIS PARA A APRENDIZAGEM E CONSTRUO DO CONHECIMENTO: EVIDNCIAS EM ESTUDANTES DE CURSOS DE GRADUAO. GISELY JUSSYLA TONELLO MARTINS GABRIEL AUGUSTO DEL PUERTO MARTINEZ SLVIO SERAFIM DA LUZ FILHO MAURICIO FERNANDES PEREIRA RESUMO O conhecimento construdo a partir das mltiplas interaes e conexes entre os indivduos. Assim, na sociedade do conhecimento a educao passa a ser objeto de anlise a partir da atuao em redes dos indivduos, contextualizada em espaos comunitrios de cooperao e colaborao. Neste sentido, importante compreender como as redes sociais podem contribuir para a aprendizagem e a construo do conhecimento. Sendo assim, este artigo realizou uma investigao com alunos de graduao sobre a existncia ou no de relao entre a participao em comunidades virtuais com a aprendizagem e a construo do conhecimento relativas aos contedos do curso. Os resultados alcanados demonstraram que para a maioria dos pesquisados, a participao em comunidades virtuais no contribui para o aprendizado. Entretanto, uma pequena parcela afirma que contribui, o que traz algumas evidncias sobre a possibilidade de utilizao desta ferramenta virtual de modo pr-ativo pelas instituies de ensino de modo a incrementar os nveis de aprendizado dos alunos. PALAVRAS-CHAVE: Construo do conhecimento; aprendizagem; redes sociais virtuais; comunidades virtuais.

1. INTRODUO O constante desenvolvimento das tecnologias e da internet como ferramenta interativa deram vida ao que se conhece hoje como redes sociais virtuais. Muito se tem escrito sobre o surgimento, crescimento e desenvolvimento das redes sociais virtuais, mas pouco se fala quanto sua utilidade na construo do conhecimento ou aprendizagem dos indivduos no processo educacional. Atualmente, de modo geral, a percepo que se tem sobre as redes sociais um tanto negativa, j que so apontadas, apenas, como meios de distrao, onde os estudantes estariam perdendo horas do seu dia, que poderiam estar sendo aproveitadas para estudar e aprender, navegando em pginas virtuais que no agregam nenhum valor construo do conhecimento. Embora muitas instituies j estejam adotando o meio online como complemento s suas atividades tradicionais do ensino presencial, existe ainda uma grande distncia quanto internet como ferramenta auxiliadora da aprendizagem. O que resulta evidente que a internet trouxe uma quebra de paradigmas, que vo contra o que sempre foi tido como verdade em relao ao processo ensino-aprendizagem, at ento caracterizado como linear, e que adaptaes devem ser feitas a este modelo de ensino para poder contemplar esta nova e poderosa mdia, j adotada por estudantes de todas as classes sociais, desde o incio da educao primria. Neste sentido, este estudo tem o intuito de demonstrar como as redes sociais, e a internet como um todo, podem contribuir de maneira positiva para a construo do conhecimento, tentando evidenciar exemplos concretos que permitam conhecer este lado positivo, pouco discutido, em relao aos aspectos puramente negativos, at ento valorizados. 2. DESENVOLVIMENTO TERICO 2.1. APRENDIZAGEM E CONSTRUO DO CONHECIMENTO Aprendizagem, segundo Aurlio (2009), pode ser definida como um mtodo que consiste em estabelecer conexes entre certos estmulos e determinadas respostas, cujo resultado aumentar a adaptao do ser vivo ao seu ambiente. De acordo com Hayes e Stratton (2003, p.15) aprendizagem uma mudana relativamente duradoura no conhecimento, no comportamento ou na compreenso que resulta da experincia. Para Piaget (2002), as pessoas constituem seres dinmicos, que esto em constante interao com a realidade, operando ativamente com objetos e pessoas. Segundo o autor, esta interao com a realidade faz com que o indivduo construa estruturas mentais e as faa funcionar, construindo a aprendizagem. Segundo Carvalho (1999, p.19),[...] a verdadeira aprendizagem s ocorre quando o aprendiz dominou inteiramente o assunto objeto do aprendizado, domnio esse traduzido na aquisio de novas atitudes e habilidades. Antes de aprender de fato, o indivduo adquire idias, conhecimentos e valores necessrios aprendizagem integral. Portanto, preciso que se faa a necessria distino entre aprendizagem e aquisio de conhecimentos. A primeira diz respeito prpria conduta do indivduo, enquanto a ltima no tem outra finalidade seno a prpria aquisio. A aprendizagem, ento, s se completa na medida em que a posse de conhecimentos pela pessoa permita a mudana de comportamento [...].

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Ainda para Carvalho (1999), o processo de aprendizagem tem sentido se servir para o alcance dos objetivos do ser humano. Alm disso, este autor afirma que tudo que uma pessoa sabe foi adquirido por meio dos seus sentidos e pela associao entre eles. Para Domingues (2007), o crebro muda gradativamente a sua estrutura atravs da repetio do estmulo, o que constitui a memria ou o aprendizado. Isso est relacionado a vivncias, experincias e estimulaes ao longo da vida da pessoa, no existindo limite para o crescimento da aprendizagem nos seres humanos. A evoluo mental, segundo Piaget e Inhelder (apud AMARO, 2006), resultado da maturao, experincia, interao social e equilbrio. A maturao do complexo, segundo os autores, formada pelo sistema nervoso, os sistemas endcrinos e o crescimento orgnico, abrindo possibilidades para novas condutas. A experincia, adquirida na ao efetuada sobre os objetos, pode ser fsica (serve para abstrair as propriedades dos objetos) e lgicomatemtica (serve para conhecer o resultado da coordenao das aes). As interaes sociais, por sua vez, constituem o terceiro fator para o desenvolvimento mental. vista como uma estruturao na qual o sujeito tanto contribui quanto recebe, deixando claro que, sem a interao social, no h possibilidade de estabelecimento de operaes e cooperaes entre o sujeito e o meio. J o quarto fator trata da coordenao destes fatores, conhecidos como o processo de equilibrao. As teorias da aprendizagem, para Waal e Telles (2004), descrevem a forma pela qual uma pessoa aprende, podendo ser divididas em Behaviorista, Cognitivismo, e Construtivismo. O Behaviorismo, ligado ao realismo (que entende que os objetos realmente existem independentemente de ns ou dos meios que utilizamos para conhec-los), defende que a aprendizagem a aquisio de novos comportamentos que se manifestam num quadro de respostas especficas a estmulos tambm especficos, onde a posio do indivduo que aprende passiva, quanto s respostas a estmulos (WAAL e TELLES, 2004). O Cognitivismo, ligado ao realismo, entende que a aprendizagem ocorre atravs de um processo no qual as novas informaes recebidas so relacionadas com informaes j existentes na mente de quem aprende, e s depois disso so gravadas na memria. Diferentemente do Behaviorismo, o Cognitivismo v novos comportamentos reorganizados nas estruturas cognitivas, mas apenas como indicadores dos resultados da aprendizagem (WAAL e TELLES, 2004). O Construtivismo, por sua vez, est ligado ao idealismo (que afirma que a realidade existe apenas na mente do indivduo). Defende que a aprendizagem um processo pelo qual o indivduo constri o conhecimento, j que o indivduo considerado como um agente ativo de sua aprendizagem, que resulta em sua prpria transformao. Criam-se interpretaes do mundo baseadas em sua experincia anterior e suas inter-relaes com outras pessoas. Neste sentido, os autores apontam que as condies favorveis, criadas no ambiente de aprendizagem, facilitam o processo de aprendizagem (WAAL e TELLES, 2004). Para Cruz (2007, p.26), conhecimento o entendimento obtido atravs da inferncia realizada no contato com dados e informaes que traduzam a essncia de qualquer elemento. O autor afirma que os dados e informaes, com os quais entra-se em contato por meio dos sentidos, aumentam o nvel de conhecimento na proporo direta do reconhecimento que os tais elementos tenham dentro do indivduo. Absorvidos e entendidos, dados e informaes aumentam continuamente o nvel de conhecimento. Porm, qualquer informao s ser entendida se o nvel de conhecimento do indivduo permitir, sendo por isso que se comea a aprender qualquer assunto pelas noes elementares e evolui-se aos poucos. Portanto, dessa forma que o processo de aprendizagem se d, para que se criem as bases para o conhecimento.

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2.2. A CONTRIBUIO DA SOCIALIZAO PARA A APRENDIZAGEM E CONSTRUO DO CONHECIMENTO A partir do momento que se entende o processo de aprendizagem, importante que se destaquem questes que influenciam o aprendizado, sendo uma delas a socializao. Para Piaget (2002), a viso do aluno como um receptor passivo supe um isolamento intelectual dos aprendizes, defendendo que a aprendizagem no uma atividade simplesmente individual, e que precisa da colaborao e o intercmbio entre indivduos. Diante disto, o autor defende a cooperao em grupo nas prticas educacionais como um processo ativo e fonte de iniciativa, onde o ponto de vista de cada um vai sendo enriquecido na diferena. Destaca, ainda, que a vida coletiva indispensvel para o desenvolvimento humano, defendendo o que chama de comunidade de trabalho. Segundo Quinn, Anderson e Finkelstein (2000 apud HARVARD BUSINESS REVIEW, 2000),O compartilhamento da informao crtico, pois os ativos intelectuais, ao contrrio dos ativos fsicos, aumentam de valor com o uso. Sob estmulos adequados, o conhecimento e o intelecto crescem exponencialmente quando compartilhados. Todas as curvas de aprendizado e experincia apresentam essa caracterstica.

Para Tanamachi e Meira (2003 apud MEIRA E ANTUNES, 2003, p.50) a aprendizagem depende da socializao. O conhecimento construdo, transmitido e apropriado necessariamente na relao com os outros. De acordo com Fuks (2006 apud SILVA e SANTOS, 2006, p.369),Na aprendizagem colaborativa, o aprendiz responsvel pela sua prpria aprendizagem e pela aprendizagem dos outros membros do grupo. Os aprendizes constroem conhecimento atravs da reflexo a partir da discusso em grupo. A troca ativa de informaes instiga o interesse e o pensamento crtico, possibilitando aos aprendizes alcanarem melhores resultados do que quando estudam individualmente.

O autor cita ainda algumas caractersticas da aprendizagem colaborativa, como: o estudo ocorre em grupo, o professor tem o papel de orientar, o aprendiz um agente que transforma informao em conhecimento atravs da interao social, a aprendizagem ativa e investigativa, ocorre discusso e construo do conhecimento e a nfase no processo. Como visto at aqui, os autores coincidem em que a socializao um fator decisivo para a aprendizagem dos indivduos. Os pesquisadores deste artigo levantam a dvida quanto socializao virtual, em um tempo onde a Internet j forma parte da vida das pessoas ao redor do mundo. Ser que a construo do conhecimento pode existir atravs das redes sociais virtuais, ou simplesmente um meio de comunicao a mais? 2.3. AS REDES SOCIAIS E AS COMUNIDADES VIRTUAIS As redes sociais so uma forma complexa de relacionamento entre indivduos, grupos ou organizaes agrupados em torno de valores, crenas ou interesses comuns. O desenvolvimento das redes sociais ocorre a partir da interao e comunicao entre os participantes da rede, o que a configura como uma construo social (TOMAL, 2007). Para Marteleto (2001, p.72), redes sociais so um conjunto de participantes autnomos, unindo idias e recursos em torno de valores e interesses compartilhados.

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Downes (2005, p.411) aponta que uma rede social um conjunto de indivduos ligados entre si por um conjunto de relaes. Segundo Recuero (2005), uma rede social composta por dois elementos: os atores (membros) e as relaes que eles desenvolvem entre si. A anlise de redes objetiva investigar a formao das redes de conhecimento que surgem no interior da estrutura e que constantemente esto influenciando o comportamento dos atores da rede. Neste sentido, um componente importante da rede social so as comunidades, ou seja, os grupos de atores dentro das redes que compartilham informaes e constrem o conhecimento (TOMAL, 2007). As tecnologias da informao e comunicao tm proporcionado novas formas de redes sociais e novos instrumentos. Segundo Ugarte (2009) a internet potencializa o funcionamento da rede, funcionando como plataforma de auxlio. Sendo assim, as redes sociais virtuais podem utilizar recursos diversos, tais como, emails, fruns, chats, listas de discusso, newsletters e softwares sociais (orkut, twitter, myspace) (MACHADO e TIJIBOY, 2005). A combinao de todos estes elementos no ciberespao formam ento redes de relaes sociais, compostas pelas chamadas comunidades virtuais, que so definidas por Rheingold (1993) como agregados sociais que emergem da Net, quando um nmero suficiente de pessoas realizam discusses pblicas por um tempo suficiente, com suficientes sentimentos humanos, para formar redes de relacionamentos pessoais no ciberespao. No entendimento de Castells (1999, p.385) a comunidade virtual uma rede eletrnica de comunicao interativa autodefinida, organizada em torno de um interesse ou finalidade compartilhados, embora algumas vezes a prpria comunicao se transforme no objetivo. De todo modo as comunidades virtuais so ambientes baseados na internet de encontro entre indivduos que interagem atravs da comunicao, gerando discusses pblicas ao longo de um perodo de tempo, normalmente balizadas por contedo emocional. Conforme aponta Recuero (2005, p.12), a comunidade virtual , assim, um grupo de pessoas que estabelecem entre si relaes sociais, que permaneam um tempo suficiente para que elas possam constituir um corpo organizado, atravs da comunicao mediada por computador. Deste conceito emerge a idia de inteligncia coletiva, visto que as comunidades virtuais so formadas por indivduos de perfis variados que lidam diretamente com o conhecimento e sendo assim, se voc precisa de uma informao especfica ou uma opinio de um expert ou a localizao de um recurso, uma comunidade virtual como uma enciclopdia viva (RHEINGOLD, 1993). Alm disso, as comunidades virtuais funcionam tambm como filtros eficazes capazes de peneirar os dados que so teis para cada membro da comunidade auxiliando com a sobrecarga de informao (RHEINGOLD, 1993). Um ponto importante para a sobrevivncia da comunidade virtual a motivao de seus membros para se envolver e manter as discusses, caracterizadas pela assiduidade dos contatos e das interaes (MACHADO e TIJIBOY, 2005). Machado e Tijiboy (2005) apontam que na educao, o uso das comunidades virtuais um campo ainda pouco explorado, porm promissor. Neste sentido, a prxima seo apresentar uma investigao sobre o tema, de modo a buscar maior compreenso sobre a relao entre as comunidades virtuais e a construo do conhecimento.

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2.4. O PAPEL DAS COMUNIDADES VIRTUAIS NA CONSTRUO DO CONHECIMENTO DE ALUNOS DE GRADUAO A transio da sociedade industrial para a sociedade do conhecimento traz consigo novos valores, sendo o maior deles a definio do conhecimento como o principal fator de gerao de valor e fonte de riqueza (DAVENPORT e PRUSAK, 2003). Na sociedade atual, o modelo inspirador da educao e da aprendizagem passa a ser a metfora da rede e no mais a metfora da mquina da viso mecanicista. Esta metfora da rede foca-se em um ambiente de comunidade e na interao que ocorre entre seus membros, ao contrrio do ambiente mecanicista onde o isolamento o padro sendo a solido o contexto de aprendizagem (FIGUEIREDO, 2002). Segundo Alves e Leite (2000), o conhecimento no se constri de forma linear, mas a partir das mltiplas conexes e interaes que os indivduos realizam. Desta forma, a construo do conhecimento na sociedade atual pode se dar em espaos comunitrios (FIGUEIREDO, 2002), que priorizam a cooperao e a colaborao (MACHADO e TIJIBOY, 2005). Segundo Machado e Tijiboy (2005), nestes ambientes a interao pr-requisito para a construo do saber, que eclode a partir do social e no do individual, o que traz implicaes para o processo educacional.Nos ambientes em rede, os alunos-ns-de-rede, membros de comunidades, sentem que a construo do seu conhecimento uma aventura colectiva uma aventura onde constrem os seus saberes, mas onde contribuem, tambm, para a construo dos saberes dos outros. E medida que a aventura se renova, vo aprendendo que cada um vale, no apenas por si, mas pela forma como se relaciona com os outros como com eles constri o que nunca, ningum, conseguiria construir sozinho. Vo aprendendo tambm que fazem parte, em simultneo, de muitas comunidades, e que o que partilham com umas , afinal, importante para o que partilham com as outras. Vo aprendendo que o seu prprio valor para uma comunidade depende, no apenas de si prprios, como seres isolados, mas tambm da forma como podem contribuir para ela pelo facto de pertencerem a outras. (FIGUEIREDO, 2002, p.2)

Assim, estabelecem-se as redes de aprendizagem que, de acordo com Brookfield (apud HARASIM, 2005), so grupos de pessoas unidas por um objetivo comum que trocam informaes, idias e conhecimento e desempenham atividades relacionadas resoluo de problemas e criao de novas prticas ou novas formas de conhecimento. Para Maciel (2002, p.5), [...] (re)significar o processo educativo precisa ter como eixo a concepo de um sujeito que, em redes as mais diversas, estabelea novas formas de contato e expresso no mundo e do mundo, no mais como consumidor das produes, mas como autor/produtor. O foco, nesta abordagem realizar a gesto otimizada da tenso que emana das interaes compreendendo as complementaridades como a verdadeira riqueza e contribuio para o conhecimento (FIGUEIREDO, 2002). Desta forma,[...] o grande desafio da escola do futuro o de criar comunidades ricas de contexto onde a aprendizagem individual e coletiva se constri e onde os aprendentes assumem a responsabilidade, no s da construo do seu prprio saber, mas tambm da construo de espaos de pertena onde a aprendizagem coletiva tem lugar. (FIGUEIREDO, 2002, p.2)

Nesta nova perspectiva de atuao em redes, a aprendizagem se desenvolve por meio dos novos recursos e tecnologias: os contedos e materiais. Entretanto, na viso de Figueiredo (2002, p.2) mais que os contedos, os contextos que iro determinar o maior enriquecimento 6

da aprendizagem no futuro. Em outras palavras, a construo de saberes pelos prprios aprendentes, em ambientes ativos e culturalmente ricos ambientes que raramente existem no contexto escolar [...]. Desta forma, os espaos virtuais de aprendizagem precisam conciliar os contedos com contextos de participao que possibilitem a busca do sentido e do significado, de modo a valorizar as interaes e participaes na comunidade, as tarefas e repertrios partilhados e a criatividade (FIGUEIREDO, 2002). Neste sentido, convm observar que alm das comunidades virtuais que podem ser oferecidas formalmente pelas instituies de ensino, os prprios alunos participam de comunidades virtuais por escolha pessoal - pertencentes s suas redes sociais pessoais - e neste ponto que este trabalho se detm procurando investigar a existncia de alguma relao da participao nestas redes sociais virtuais pessoais com o aprendizado e a construo do conhecimento. 3. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS A metodologia o estudo sistemtico e lgico dos princpios que permeiam as pesquisas cientficas, tanto nas suposies bsicas, como nas prprias tcnicas de indagao (VERGARA, 2007). Este trabalho se caracteriza como uma pesquisa descritiva quantitativa, onde atravs de questionrios, tenta-se obter o ponto de vista da populao pesquisada. Vergara (2007, p. 47) aponta que a pesquisa descritiva expe caractersticas de determinada populao ou de determinado fenmeno. Pode tambm estabelecer correlaes entre variveis e definir sua natureza. O principal objetivo da pesquisa foi investigar a relao entre as redes sociais virtuais e a transmisso de informao e construo do conhecimento em grupos de alunos de cursos de graduao da modalidade presencial. O mtodo de abordagem utilizado foi o indutivo, que, de acordo com Trivios (1987) o mais utilizado pela pesquisa qualitativa, uma vez que parte do entendimento do fenmeno no todo a fim de buscar concordncia com a teoria, buscando compreender o significado desse fenmeno para os envolvidos. O principal objetivo da pesquisa foi investigar a relao entre as redes sociais virtuais e a transmisso de informao e construo do conhecimento em grupos de alunos de cursos de graduao da modalidade presencial. Aps a pesquisa bibliogrfica, caracterizada por Vergara (2007) como o estudo sistematizado e disponvel ao pblico em geral, foi realizada a coleta de dados (dados primrios), por meio de questionrios. Conforme Mattar (2001), os dados primrios so aqueles que ainda no foram coletados, e so procurados visando atender s necessidades especficas da pesquisa em andamento. A escolha do questionrio como instrumento de pesquisa deu-se em razo de proporcionar maior liberdade nas respostas, em funo do anonimato, e ainda por poder ser aplicado em um ambiente da realidade virtual. O questionrio era composto de perguntas abertas e fechadas e o pr-teste foi realizado com indivduos com perfis similares aos sujeitos da pesquisa. Os sujeitos de pesquisa foram alunos de cursos de graduao de uma instituio de ensino pblico, sendo que foi utilizada a tcnica de amostragem do tipo no-probabilstica e por julgamento, que garantiu a acessibilidade ao universo de pesquisa. Ao total, foram respondidos 50 questionrios.

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Por fim, vale ressaltar que esta pesquisa apresenta limitaes que no permitem as generalizaes dos resultados obtidos. 4. APRESENTAO E ANLISE DOS DADOS A pesquisa contou com 50 participantes, todos alunos de cursos de graduao da modalidade presencial, dentre os quais 28 (56%) eram homens e 22 (44%) eram mulheres. A diferenciao quanto ao sexo serviu para constatar alguma possvel diferena entre o comportamento masculino e o feminino quanto s redes sociais e a sua utilizao, mas nenhum cruzamento de dados apresentou discrepncias em relao ao comportamento e o sexo dos respondentes. Quanto aos dados coletados sobre freqncia de acesso internet, foi diagnosticado que todos os respondentes acessam a internet diariamente, sendo que 20% acessa ao menos uma vez ao dia, 38% conecta-se vrias vezes ao dia e 42% passa a maior parte do dia conectado. Esta unanimidade, quanto ao acesso dirio, nos mostra que estes graduandos vivem conectados rede, e que a mesma j forma parte do seu dia-a-dia. Conforme se pensou no incio, esta varivel poderia ser um fator determinante quanto utilizao das redes sociais, mas constatou-se que, mais ou menos acessos dirios Internet, no mostraram nenhuma tendncia quanto utilizao das redes sociais, nesta pesquisa. Acreditou-se, tambm, que o local de acesso dos respondentes poderia ser um fator importante para a utilizao das redes sociais. Dentre estes, a predominncia de locais de acessos a prpria casa (64%), seguido do trabalho (30%) e, por fim, da faculdade (4%). Apenas 2% costumam acessar de maneira remota, atravs de redes wireless. Constatou-se, na pesquisa, que independente do local de acesso, os universitrios participam das redes sociais, desconsiderando a idia de que exista alguma relao entre local de acesso rede e a utilizao das redes. Os respondentes, seguidamente, foram questionados sobre as principais atividades realizadas durante o seu acesso internet. A tabela a seguir resume as principais atividades apontadas pelos pesquisados: Tabela 1 Atividades realizadas onlineRespostas Conversa com conhecidos L notcias Realiza pesquisas relacionadas s aulas da faculdade Realiza pesquisas no relacionadas s aulas da faculdade L livros e/ou artigos cientficos Faz download de livros e/ou artigos cientficos Outros* Participa de games virtuais Faz novos amigos Freqncia 44 44 41 35 22 20 11 6 3 % 88% 88% 82% 70% 44% 40% 22% 12% 6%

Fonte: Dados da pesquisa (2009)* Dentre as atividades apontadas como outros foram citadas: leitura de emails, atividades relacionadas ao trabalho e ainda atividades relacionadas a entretenimento, tais como, escutar msica e realizar downloads.

As primeiras seis freqncias da tabela evidenciam interao social e busca de conhecimento, ligado ou no, ao contedo acadmico. Este resultado evidencia o aporte da internet para a construo do conhecimento dos universitrios pesquisados.

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Tentando aprofundar a anlise sobre as atividades realizadas no meio online e a relao com os estudos acadmicos, os pesquisados foram questionados sobre as suas interaes neste sentido. Observou-se que 84% dos respondentes costumam contatar os colegas da faculdade atravs da internet quando surgem dvidas relacionadas s aulas, sendo que as situaes em que isto mais ocorre so apresentadas no quadro 1:Compartilhamento de arquivos, trabalhos colaborativos. Envio de e-mails, links, resumos e textos sobre temas relativos s aulas. Reunies de grupo via MSN. Tirar dvidas sobre datas, trabalhos, provas, contedos, entre outros assuntos das aulas. Utilizao do grupo de email da turma para tirar dvidas.

Quadro 1 Principais motivos dos contatos com os colegas da faculdade via internet Fonte: Dados da pesquisa (2009) Os dados apresentados no quadro 1 demonstram como a internet tambm colabora com a construo do conhecimento acadmico, j que a maioria dos respondentes (84%) manifestou utilizar o meio online para lidar com assuntos referentes s suas aulas. Dentre os colegas contatados, dando a opo de mais de uma resposta, 80% dos pesquisados costuma contatar com maior freqncia seu grupo de amigos, 36% optam por contatar qualquer aluno da classe, 4% contatam tambm os professores e 2%, apenas, contatam o lder de classe. Estes dados podem significar que o vnculo afetivo existente no meio tradicional levado tambm ao plano virtual, j que a maioria dos respondentes apontou que o grupo principal de referncia so as pessoas consideradas como do prprio grupo de amigos, deixando os colegas de turma, ou lder da sala, em segundo e terceiro planos. Quanto utilizao de ferramentas de contato direto (sncrono), para a realizao de trabalhos acadmicos, a grande maioria, ou seja, 45 pesquisados (90%) utiliza ferramentas de dilogo atravs da internet, como por exemplo, MSN e Skype. Sendo que, destes, 21 (42%) utilizam estas ferramentas freqentemente, 21 (42%) utilizam ocasionalmente e 3 (6%) utilizam raramente. Baseando-se neste ltimo dado, pode-se afirmar que estas ferramentas de contato sncrono (ou de tempo real) so utilizadas como facilitadores da comunicao para fins acadmicos, na maioria dos casos entrevistados, o que aproxima ainda mais a idia de que as redes sociais virtuais contribuem para a construo do conhecimento. Considerou-se relevante questionar aos entrevistados sobre a sua participao em fruns, listas de discusso, comunidades virtuais; para discutir e trocar idias sobre assuntos diversos. Observou-se que a maioria, 52%, ou 26 pesquisados, costuma participar. Sendo que, os principais motivos para acesso so a busca de: informao (74%), lazer (66%), novas amizades (12%) e atividades de trabalho (2%). Uma vez mais a procura por informao se mostra como o fator principal para os respondentes. Pode-se afirmar que a procura pelo conhecimento o que leva, principalmente, a participar de fruns, listas de discusso, e comunidades virtuais. Levando estes dados ao plano acadmico, isto , questionando os universitrios sobre a participao em fruns, listas de discusso ou comunidades virtuais, com o fim de discutir e trocar idias sobre questes relacionadas s aulas da faculdade, percebe-se que o percentual de participao cai para 38%, relativo a 19 respondentes. Embora esta queda no percentual, quanto ao aspecto puramente acadmico, possa ser considerada negativa, 38% dos pesquisados ainda afirmam participar destas redes com este fim, o que mostra a viabilidade da utilizao destes meios para fins educativos/acadmicos. Quanto ao processo de aprendizagem em nvel geral, isto , temas no diretamente ligados aos seus cursos, 26 (52%) respondentes, ou seja, a maioria, responderam que as 9

comunidades virtuais das quais participam no contribuem para o aprendizado, enquanto que 24 (48%) afirmaram que contribui. Dentre os que responderam sim, foi indagado sobre de que forma ocorre o aprendizado. Os principais depoimentos so apresentados no quadro a seguir:Atravs das discusses, s vezes sai uma nova legislao ou algo novo que ainda no tenho conhecimento, uma forma de estar antenado com o que est acontecendo no meio acadmico e, principalmente, no meio cientifico. Atravs de filtros posso ler sobre aquilo que me interessa e aprender. Existe muito contedo interessante nas comunidades virtuais. Atravs do compartilhamento de informaes. Contribuem com cases, resolues, e trabalhos similares, alm de muita informao sobre assuntos diversos. Mas principalmente, com casos semelhantes de problemas. um acesso fcil informao, e que sempre me faz aprender sobre algum tema desconhecido. Estou sempre buscando novas informaes em algumas comunidades, isto faz eu crescer em conhecimento. Fruns, como para trainees; - Conhecimento acerca de eventos/ viagens - Diferenas culturais Mais informaes. Amplia conhecimentos. Insights. Outros pontos de vista Nelas existem vrios textos de interesse, notcias. Geralmente permitem filtro, o que faz que eu consiga encontrar aquilo que estou procurando dentro da prpria comunidade virtual. Fao download de livros, revistas, entre outras coisas. Novas informaes, novos conhecimentos. Obter informaes em uma linguagem simplificada de diversos assuntos. Participo de grupos de e-mail relacionados a algumas atividades fora faculdade, o que me ajuda a lembrar de eventos e saber o que os outros pensam sobre determinado assunto. Pesquisas em geral. Problemas similares que j ocorreram em alguma parte, e com a soluo adotada naquele caso. - Experincia de outros da comunidade. Quando tenho alguma dvida sobre algum assunto s vezes as comunidades so mais eficientes do que o Google. Troca de experincias e contedo, bibliografias e contatos.

Quadro 2 Principais formas de aprendizado sobre temas gerais atravs de comunidades virtuais Fonte: Dados da pesquisa (2009) Estas citaes demonstram aprendizagem atravs de exemplos de terceiros (estudos de caso), filtros do que seria realmente relevante, discusso e partilha sobre determinadas problemticas e notcias, novidade e atualizao de informaes, entre outros. Este grupo parece realmente validar o que foi apresentado neste artigo quanto socializao e o seu papel no processo de aprendizagem. Embora a maioria tenha se manifestado de maneira negativa quanto aprendizagem via estas ferramentas online, o percentual apenas corresponde a 2% dos respondestes, o que torna o assunto ainda questionvel. Levando esta questo ao plano puramente acadmico, ou seja, perguntando aos respondentes se as comunidades virtuais das quais participam contribuem de alguma forma para o aprendizado sobre o contedo relacionado s aulas da faculdade, 33 (66%), ou seja, a grande maioria, responderam que no, enquanto que apenas 17 (34%) responderam que sim. Aos que responderam sim, foi solicitado que apontassem como ocorre o aprendizado, sendo que os principais depoimentos esto descritos no quadro abaixo:

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Acesso up-to-date a informaes sobre o tema, amplo campo de possibilidades de leituras complementares. Acredito que o desenvolvimento de habilidades interpessoais, constantemente citado em sala de aula, pode ser cultivado em comunidades virtuais. Alm, comunidades online e fruns tambm complementam fontes tradicionais de busca por informaes. Compartilhamento de informaes e temas de interesse geral Em caso de dificuldade de encontrar determinado contedo sobre algum tema, sempre h um colega que pode ajudar. Envolve os paradigmas da educao num contexto mais amplo, onde a educao tem que ser vista como ferramenta de incluso social e digital, diante dos fatores epistemolgicos que envolvem o processo de aprendizado e , especificamente a educao/ ensino, enquanto cincia promotora do saber e do desenvolvimento. A psicologia educacional ou psicologia do aprendizado do um respaldo significativo para a explicao dessas discusses. Facilita o envio de material dos professores com os alunos. Informaes Debates conhecimento. Consideraes e ponderaes que fazem pensar. Muito do contedo que utilizo para fazer trabalhos acadmicos so tirados da Internet. Muito deste contedo encontrado nas prprias comunidades virtuais Participo do grupo de e-mail da minha turma, o que ajuda a tirar dvidas e lembrar atividades[...].

Quadro 3 Principais formas de aprendizado sobre contedo relacionado s aulas da faculdade atravs de comunidades virtuais Fonte: Dados da pesquisa (2009) Embora seja a minoria que apontou existir aprendizagem em nvel acadmico via as comunidades virtuais, os motivos citados pelos respondentes parecem cabveis a um processo de ensino-aprendizagem em simultneo, onde o meio virtual auxilia o meio tradicional, como no envio de materiais, lembrete das atividades a serem realizadas, ajuda de colegas na resoluo de problemas, possibilidade de leituras complementares, entre outros. 5. CONSIDERAES FINAIS O presente estudo procurou buscar evidncias sobre a relao entre a interao ocorrida entre os indivduos nas redes sociais e o aprendizado e a construo do conhecimento. De modo geral, o que se observou foi que a internet est presente no dia a dia dos estudantes de modo muito constante e que seu uso serve como apoio s tarefas do ensino presencial, facilitando o processo e, em especial, a interao com os colegas de classe. Um dado que chama ateno a importncia apontada pelos pesquisados sobre os efeitos do compartilhamento de informaes dentre a comunidade de alunos, o que demonstra o uso da comunidade virtual como um espao de pertena, onde o estudante sente-se acolhido e vontade para tirar dvidas e trocar idias. Embora os resultados da pesquisa no possam ser generalizados, as evidncias constatadas demonstram que possvel considerar-se o uso de redes sociais virtuais, atravs das chamadas comunidades virtuais, como forma de incentivar e contribuir para o aprendizado de alunos da educao superior. Acredita-se, conforme estes resultados, que o ensino atual deve deixar de ser puramente linear, e passar a considerar o meio online como forma complementar de ensinoaprendizagem, visto que, ao que parece, os estudantes j o adotaram como um meio de busca de informaes por excelncia. Para isto, torna-se interessante que as instituies de ensino abracem esta modalidade ainda mais, incentivando o seu uso como meio de construo do conhecimento. Sendo assim, para pesquisas futuras sugere-se que novas investigaes sejam realizadas no sentido de buscar maior compreenso sobre o tema, em especial, inferindo-se 11

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