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A Civilização do Amor

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Page 1: A Civilização do Amor

A Civilização do Amor

Page 2: A Civilização do Amor

Significados de uma expressão

Queridos jovens, gostaria de vos convidar a ousar o amor, isto é, a

não desejar nada para a vossa vida que seja inferior a um amor

forte e belo, capaz de tornar toda a existência uma alegre

realização da doação de vós próprios a Deus e aos outros (…). O

Amor é a única força capaz de mudar o coração do homem e a

humanidade inteira, tornando enriquecedoras as relações entre

homens e mulheres, entre ricos e pobres, entre culturas e

civilizações.

Bento XVI, Mensagem à Juventude,2007

Page 3: A Civilização do Amor

Significados de uma expressão

A palavra “civilização”, etimologicamente, provém do latim, civilitas, e refere-se à qualidade específica do cidadão, ao ser humano, enquanto membro da cidade ou da sociedade.

Pode significar a posse de um património de bens espirituais, e o exercício de actividades culturais que determinam a experiência do colectivo.

Page 4: A Civilização do Amor

O conceito de Civilização significa o conjunto de manifestações da vida material e espiritual de um povo ou de uma época, qualquer que seja o seu grau ou a sua riqueza.

Page 5: A Civilização do Amor

AMORApalavra AMOR é amplamente utilizada na

linguagem quotidiana, bem como nas grandes produções culturais, mas nem sempre no seu sentido original de Caritas , enquanto sentimento , desejo e vontade, no coração de cada um de nós, para a fazer sair de si e ir ao encontro do outro, até ao extremo do dom de si, dando a vida por ele.

Page 6: A Civilização do Amor

A expressão “Civilização do Amor”

Aponta para um ideal de um mundo novo, em que o amor, determina não apenas a relação entre as pessoas, como configura de maneira nova a relação de diálogo e de comunhão entre povos e culturas.

Page 7: A Civilização do Amor

Da civilização em crise à civilização do amor

A sociedade confronta-se, nos dias de hoje, com novas e persistentes questões sociais e humanas. Na família, na empresa, na escola, na comunidade em geral, novos desafios se enfrentam, as relações entre as pessoas assumem novos contornos e dimensões, as tecnologias e as comunicações revolucionam os padrões de vida.

Page 8: A Civilização do Amor

Ao mesmo tempo, assistimos a um acrescido risco de relativismo quanto aos valores, em que sobretudo as gerações mais novas manifestam dificuldade em aceitarem princípios estáveis e referenciais de natureza moral.

Page 9: A Civilização do Amor

Vive-se, no presente, um tempo de predomínio dos factos e do imediatismo sobre a perenidade dos valores, um tempo de insaciável satisfação de interesses, nem sempre legítimos, que atrofiam e anestesiam o espírito de solidariedade, de partilha, de gratuidade e até de sã convivialidade entre as pessoas.

Page 10: A Civilização do Amor

Ao observarmos a sociedade actual, deparamo-nos com aspectos preocupantes:1. O utilitarismo , por vezes cego, conduziu

a uma preocupante inversão, traduzida no predomínio de um novo reino de interesses, face ao património de valores;

2. O relativismo ético, em que tudo vale o mesmo, e o indiferentismo moral , em que nada parece importar e diminuem a coesão social;

Page 11: A Civilização do Amor

3. A igualdade de hábitos, o uniformismo das diferentes pedagogias e aprendizagens, a banalização das atitudes e dos comportamentos têm vindo a conduzir a uma relação social minada pelo hedonismo, pelo excesso de individualismo e por um acelerado mimetismo social.

Page 12: A Civilização do Amor

4. A experiência da pobreza assumia um carácter mais estático, transmitida de geração em geração, para uma sociedade de acrescidas fragilidades, vulnerabilidades e exclusões, com crescentes franjas da população a sofrerem o estigma de estar fora do sistema social, com todas as consequências humanas , sociais, espirituais e éticas que daí advêm.