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Jornal do ConselhoRegional de Química
IV Região (SP)Ano 21 – Nº 117
Set/Out 2012
ISSN 2176-4409
A Ciência e o fim do mundoSemana da Química do IQ-USP reúne especialistas para
desmistificar previsão do calendário maia
Pág. 8
Informativo CRQ-IV 2 Set-Out/2012
EditorialNotas
ExpedienteConselho Regional de Química - IV Região
Rua Oscar Freire, 2.039 - Pinheiros - CEP 05409-011 - São Paulo - SP - Tel. (11) 3061-6000 - Fax (11) 3061-6001Internet: www.crq4.org.br – twitter.com/crqiv – facebook/crqiv – e-mail: [email protected]
O Informativo CRQ-IV é uma publicação bimestral. Tiragem desta edição: 93 mil exemplares
PRESIDENTE: MANLIO DEÓDOCIO DE AUGUSTINIS
VICE-PRESIDENTE: HANS VIERTLER
1º SECRETÁRIO: LAURO PEREIRA DIAS
2º SECRETÁRIO: DAVID CARLOS MINATELLI
1º TESOUREIRO: ERNESTO HIROMITI OKAMURA
2º TESOUREIRO: SÉRGIO RODRIGUES
CONSELHEIROS TITULARES: DAVID CARLOS MINATELLI, ERNESTO H. OKAMURA, HANS VIERTLER, JOSÉ GLAUCO GRANDI, LAURO PEREIRA DIAS, NELSON CÉSAR FERNANDO BONETTO, REYNALDO ARBUE PINI, RUBENS BRAMBILLA E SÉRGIO RODRIGUES
CONSELHEIROS SUPLENTES: AIRTON MONTEIRO, AELSON GUAITA, ANA MARIA DA COSTA FERREIRA, ANTONIO CARLOS MASSABNI,
CARLOS ALBERTO TREVISAN, CLÁUDIO DI VITTA, GEORGE CURY KACHAN, JOSÉ CARLOS OLIVIERI E MASAZI MAEDA
CONSELHO EDITORIAL: MANLIO DE AUGUSTINIS E JOSÉ GLAUCO GRANDI
JORNALISTA RESPONSÁVEL: CARLOS DE SOUZA (MTB 20.148)
ASSIST. COMUNICAÇÃO: JONAS GONÇALVES (MTB 48.872)
ASSIST. ADMINISTRATIVA: JULIANA DUVIQUE DE CAMPOS
ILUSTRAÇÃO DA CAPA: DEPOSITPHOTOS
PRODUÇÃO: COMPANHIA LITHOGRAPHICA YPIRANGATEL.: (11) 3821-3255
Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores e podem
não refletir a opinião desta entidade.
O Conselho concluiu em agosto o programa de palestras destinadas a divulgar a Química para alunos dos níveis Fundamental e Médio. A iniciativa fez parte das ações definidas pela entidade para o Ano Interna cional da Química, oficialmente comemorado em 2011.
A meta era promover 1.500 palestras em todo o Estado, mas o interesse das escolas foi tão grande que o programa precisou ser estendido para 2012. Assim, foram realizadas 2.710 palestras em 581 escolas, alcançando um público de 192.326 estudantes.
A Química do fim do mundoPrevisões a respeito do fim da hu
manidade existem sabese lá desde quando. Mas nem por isso o assunto deixa de chamar a atenção da maioria das pessoas, inclusive daquelas que preferem usar os olhos da ciência para enxergar o mundo e seus fenômenos. Essas características foram o gancho da Semana da Química que o IQUSP promoveu em setembro e que centrou as discussões em torno da profecia Maia sobre o fim do mundo, que estaria “agendado” para o dia 21/12/2012. A matéria de capa desta edição relata o que disseram alguns participantes daquele evento.
O Informativo também abre espaço para divulgar, entre outros assuntos, duas iniciativas destinadas a aproximar a Química sobretudo das crianças e jovens: o tra balho teatral de alunos e profes sores da Unesp de Araraquara e os mangás produzidos por uma estu dante da Universidade Federal de São Carlos.
Excepcionalmente, a coluna “Leitores” não foi publicada.
Sobre a suspensão da anuidadeQuem estiver desempregado ou cur
sando pósgraduação sem auferir renda e quiser solicitar a suspensão do pagamento da anuidade de 2013 pre cisará fazêlo no período de 1 a 30 de novembro deste ano. Para tanto, acesse www.crq4.org.br/suspensao e siga as instruções. Quem já obteve a suspensão e está na mesma situação que lhe garantiu
o benefício não precisará fazer um novo pedido. Terá, no entanto, de informar ao CRQIV tão logo volte ao mercado.
O benefício da suspensão da anuidade será concedido se estiver previsto em resolução a ser publicada em dezembro pelo Conselho Federal de Química.
Dúvidas: 11 30616060 ou pelo email [email protected].
Unesp de Araraquara promoverá evento sobre alimentos e bebidas
O IXBrazilianMeetingonChemistryofFoodandBeverages ocorrerá de 6 a 9 de novembro no campus de Araraquara da Unesp e contará com convidados vindos da Europa e EUA. O presidente do CRQIV, Manlio de Augustinis, fará uma palestra no encer ramento do encontro sobre as ações da entidade na formação de profissionais da química para trabalhar na área de ali mentos e bebidas.
Uma das atrações do evento será o V Concurso de Avaliação da Qualidade da Cachaça, organizado pelo
professor Douglas Franco, do Instituto de Quí mica da USP de São Carlos. O concurso premiará as melhores cacha ças do ponto de vista químico e senso rial e fornecerá ao fabricante uma visão da posição e aceitação de seu produto. O resultado será divulgado na mídia nacional e internacional.
Acesse www.fcfar.unesp.br/ixbmcfb para obter mais informações sobre o meeting. Detalhes sobre o con curso de cachaça estão em http://www.iqsc.usp.br/eventos/ix_bmcfb/concurso.html.
Palestras do AIQ terminam
Informativo CRQ-IV 2 Set-Out/2012
Informativo CRQ-IV 3 Set-Out/2012
Qualidade
Curso da Oswaldo Cruz conquista SeloO Curso Técnico em Química da Es
cola Técnica Oswaldo Cruz, da Capital, o mais antigo do Brasil ainda em atividade, recebeu o Selo de Qualidade outorgado pelo Conselho Regional de Química IV Região (CRQIV). Tratase da primeira escola particular da cidade de São Paulo a obter a certificação. Com a outorga, a Oswaldo Cruz se junta ao seleto grupo de instituições de ensino que aderiram ao programa criado pelo CRQIV para valorizar o comprometimento das escolas com a qualidade do ensino.
Para o professor Moacyr da Rocha Freitas, diretor da Oswaldo Cruz, “ter o reconhecimento do CRQIV é uma honra e premia a história do curso e o trabalho realizado por diretores, professores, alunos, exalunos e funcionários”. Segundo o professor Laércio Marques Machado, coordenador técnico do curso, os ajustes necessários para se adequar às exigências do Selo de Qualidade promoveram importantes melhorias. “Passamos a ter um olhar mais crítico sobre o curso e, a partir dessa autoavaliação, conseguimos fazer mudanças. Por exemplo, passamos a documentar todos os nossos procedimentos”, aponta. Veja os depoimentos em vídeo na versão on-line desta edição.
Na avaliação de Machado, a certificação consolida o reconhecimento do
curso da Oswaldo Cruz perante o público e as indústrias químicas. “Tendo em vista a credibilidade do CRQIV, a divulgação da conquista do Selo poderá atrair um número ainda maior de interessados na formação oferecida pela escola. Os que por aqui passaram já têm uma boa aceitação no mercado e a tendência é de que o grau de empregabilidade cresça ainda mais”, prevê.
O coordenador acredita que o Selo de Qualidade contribui para fortalecer a imagem das escolas que procuram fazer um trabalho sério. Ele também entende que o programa contribui no sentido de convencer os estudantes de que não vale a pena escolher um curso com base em critérios como a facilidade de obtenção do diploma e, no caso de escolas particulares, o baixo valor das mensalidades. As indústrias já estão preterindo alguns candidatos em relação a outros em função da escola onde estudaram e com essa competição estimulada pelo Selo de Qualidade, em médio prazo, o público perceberá que o importante é ter um ensino de qualidade, reconhecido e com aceitação no mercado, afirma.
Histórico O curso da Escola Técnica Oswaldo Cruz é o mais antigo da América do Sul que ainda está em atividade. Criado na década de 1950 pelo já faleci
do professor Mário Bruno Capuani, ele nasceu com o nome de Curso Técnico em Química Industrial. Seu lançamento se deu pela percepção de Capuani de que o Brasil não dispunha de mão de obra suficientemente qualificada para atender às indústrias químicas que começavam a se instalar por aqui.
O projeto foi então apresentado ao professor Oswaldo Quiri
no, diretor da escola, também falecido, que imediatamente o aprovou. Com aproximadamente 60 alunos, a primeira turma de técnicos se formou em 1959. Nos anos subsequentes, o número crescente de empresas se instalando no Brasil levou ao aumento da procura pelo curso, que chegou a ter 3 mil alunos matriculados.
Em 1967, os professores Quirino e Capuani ampliaram o projeto original e criaram dois cursos de nível superior (Química Industrial e Engenharia Química). Assim foi fundada a Escola Superior de Química, que atualmente também possui outros dois cursos na área: Engenharia de Produção e Engenharia Ambiental. Em 1968, foram lançados os cursos de Bacharelado e Licenciatura, ministrados pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Há muitos anos o complexo Oswaldo Cruz é o maior formador de profissionais da Química do Brasil.
sobre o selo de Qualidade
Lançado em 2007, o Selo de Qualidade CRQIV é um programa criado pela Comissão de Ensino Técnico da entidade que objetiva oferecer um instrumento de identificação e certificação das escolas comprometidas com a qualidade de ensino. Veja mais detalhes na página www.crq4.org.br/selo. Selo estimulou olhar mais crítico sobre o curso, avaliou o professor Laércio
Professor Moacyr enalteceu reconhecimento
Informativo CRQ-IV 3 Set-Out/2012
Fotos: CRQ-IV
Informativo CRQ-IV 4 Set-Out/2012
A paulistana Adriana Yumi Iwata, de 25 anos, conseguiu unir suas duas grandes paixões: os mangás e a Química. Estudante do curso de Bacharelado em Química Tecnológica na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), ela descobriu nas histórias em quadrinhos uma maneira de ensinar e desmistificar a ciência. Chamada Sigma Pi, a série conta a história de adolescentes que desenvolvem atividades num clube de ciências. Além do retorno positivo por parte dos alunos e pesquisadores que se envolveram com o projeto, o trabalho já mereceu destaque em alguns meios de comunicação.
“Os mangás são as histórias em quadrinhos feitas no estilo japonês, do qual sempre gostei muito”, conta ela, que usa o nome artístico “Yumi Moony” para assinar os seus trabalhos. “Utilizo este apelido em fóruns relacionados a desenho e em sites onde coloco meu portfólio. “Yumi” vem do meu segundo nome e “Moony” do personagem Remus Lupin, da série Harry Potter, cujo apelido em inglês é justamente esse”, conta ela.
O enredo do mangá tem como fio condutor a história de Branca, uma garota recémtransferida para um colégio interno tradicional de sua cidade. Na escola, todos os alunos são obrigados a
frequentar um clube como parte de suas atividades extracurriculares e a protagonista acaba indo parar em um clube de Química, denominado “Sigma Pi”.
A partir disso, Branca começa a frequentar um laboratório de Química e a aprender diversos experimentos. Ao mesmo tempo, convive com os demais membros do clube: o líder, Henrique, que parece não simpatizar muito com ela; Benjamin, um garoto gentil que sempre a ajuda e que parece nutrir algo a mais pela personagem; e Colombo, o palhaço do clube, que vive cantando as garotas do colégio.
Atualmente, Adriana já desenvolve a sexta edição do Sigma Pi. As edições anteriores podem ser conferidas no site http://sigmapiproject.blogspot.com.br. Quem preferir as versões impressas poderá encomendálas pelo email [email protected], ao custo de R$ 3,50 a
R$ 4,00 mais o valor do frete.“A maior parte do público dos man
Projeto é adotado em oficinas promovidas pela Universidade Federal de São Carlos
Educação
Mangás ajudam no ensino da Química
Informativo CRQ-IV 5 Set-Out/2012
gás é formada por alunos do Ensino Médio em diante, devido ao conteúdo da história, pois há uma trama e personagens que vão se desenvolvendo ao longo da série”, explica Adriana. O Sigma Pi é um mangá continuado, ou seja, quem quiser entender o número 2 precisa ter li
do a primeira edição e assim por diante.Adriana ressalta que ainda não obte
ve patrocínio para imprimir o material. Mesmo assim, consegue divulgar os desenhos em eventos da cultura japonesa. “O lúdico desperta o interesse das crianças, que aprendem brincando. As historinhas mostram que a Química está no dia a dia das pessoas, afinal está em todos os lugares”, argumenta.
O mangá se aproveita da trama principal para mostrar conceitos de Química aplicados de uma forma divertida e lúdica, além de conciliar a ciência
com o cotidiano. Na terceira edição do Sigma Pi, foram explorados experimentos com líquidos, como é o caso do teste da gasolina. Já na quarta edição, uma ilustração aborda os fogos
de artifício e suas cores. A quinta edição, mostra experimento com suco de repolho roxo para dar um exemplo de indicador ácidobase.
As ilustrações e os roteiros são feitos pela própria autora, que realiza pesquisas em livros de Química Geral para selecionar o conteúdo. As experiências descritas na trama são inspiradas em vídeos postados na internet. “Faço os experimentos em casa para verificar se os procedimentos são adequados. Além disso, alguns deles já foram encenados em peças do Grupo Ouroboros, do qual faço parte”, ressalta Adriana.
oficinas Com o projeto de extensão Sigma Pi Quadrinhos para a Divulgação e o Ensino de Ciência, Adriana participa do Núcleo Ouroboros de Divulgação Científica, ligado ao Departamento de Química da UFSCar. A vinculação ao núcleo ocorreu em 2010 e inclui a montagem de oficinas onde ocorre não só a leitura dos quadrinhos, como também a produção de histórias com a estética mangá pelos alunos participantes.
“Atualmente, há uma oficina em curso, iniciada em agosto, e os alunos estão na fase de elaboração de roteiro e perso
nagens. No final do ano, teremos o resultado final: uma história em quadrinhos produzida pelos alunos similar ao Sigma Pi, ou seja, um trabalho com a temática de Ciências”, aponta.
O Ouroboros é coordenado pela pesquisadora Karina Omuro Lupetti, que tem formação na área química e já há alguns anos centrou suas atividades na divulgação e ensino não formal de ciências a partir de recursos midiáticos. Ela explica que o aprendizado da ciência pelas crianças e jovens, em particular da Química, vem com a leitura e principalmente a produção dos mangás. “Todos que se envolvem na criação aprendem um pouco mais e assumem o compromisso de ensinar e divulgar os conceitos corretamente”, salienta.
Por não se tratar de uma atividade baseada apenas em ficção, os participantes recebem uma orientação para que aspectos científicos da obra sejam apresentados de modo cuidadoso, a fim de atingir seu públicoalvo em termos de conteúdo e linguagem. Para Karina, utilizar o Sigma Pi como material complementar pode auxiliar na aprendizagem do conteúdo dado na escola. “A obra é ficcional, mas a ciência é a Química. Se o professor aplicar o material com o foco correto, poderá conseguir resultados surpreendentes no que se refere ao ensino”, afirma.
Educação
Adriana (esq.) e a professora Karina Lupetti, do Núcleo Ouroboros
Divulgação
Informativo CRQ-IV 6 Set-Out/2012
O Brasil recebeu a quarta edição da International Conference on Green Che-mistry (ICGC), realizada de 25 a 29 de agosto, em Foz do Iguaçu (PR). O evento, que teve o CRQIV como um dos apoiadores, foi uma realização da Inter-
A conferência teve a participação de representantes dos setores acadêmico, industrial, governamental e não governamental, que discutiram os recentes avanços e perspectivas futuras no campo da Química Verde tanto no Brasil quanto no exterior. Entre eles, Paul Anastas, da Universidade de Yale (EUA), considerado o “pai” da Química Verde; James Clark, da Universidade de York (Reino Unido), que trabalha com o reaproveitamento de biomassa; e Robin Rogers, da Universidade do Alabama (EUA), que estuda o uso de líquidos iônicos para o desenvolvimento de tecnologias inovadoras. A palestra de Anastas e a cerimônia de abertura da conferência podem ser acessadas por meio do site www.ufscar.br/icgc4.
O encontro científico ocorre a ca
Conferência em Foz do Iguaçu reuniu 600 pessoas, quase o dobro da edição anterior
Química Verde
Evento confirma aumentode interesse pela sustentabilidade
Quarta edição da Conferência Internacional sobre Química Verde teve um público de aproximadamente 600 participantes, provenientes de mais de 45 países
national Union of Pure and Applied Che-mistry (Iupac) e da Sociedade Brasileira de Química (SBQ). O encontro teve cerca de 600 participantes, provenientes de mais de 45 países, um expressivo crescimento em relação à edição anterior, promovida em 2010 na cidade de Ottawa (Canadá), que reuniu perto de 350 pessoas.
“Este aumento significativo do número de inscritos pode ser entendido como uma resposta ao crescente interesse neste campo, que significa apreendermos outras formas de produção, que exigem abordagens mais adequadas à realidade atual”, analisa a professora Vânia Gomes Zuin, que respondeu pela secretaria geral da ICGC e é docente e pesquisadora do Departamento de Química da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
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Informativo CRQ-IV 7 Set-Out/2012
Química Verde
Natura, CBMM, Lactec, Abcott e Newreka apresentassem casos de sucesso envolvendo a tecnologia verde.
“Os setores de produção de energia (combustíveis), plásticos e de cosméticos se destacaram pela preocupação em desenvolver produtos e processos verdes. Mas, de forma geral, a percepção das empresas em diversos segmentos é a de que não há mais como desconsiderar um modo de produção socioambientalmente justo e sustentável”, avalia a professora da UFSCar.
Para ela, há uma integração entre todos os aspectos abordados durante o evento. “A principal conclusão da ICGC foi a de que, além do aprofundamento dos tópicos específicos, houve uma convergência no sentido de se pensar os princípios da Quí
mica Verde como bases transversais, ou seja, não há como se desenvolver novos processos e materiais verdes na academia, por exemplo, sem que os referenciais teóricos e metodológicos educativos sejam completamente revistos”.
A quinta edição da conferência de Química Verde da Iupac ocorrerá em 2014, na África do Sul.
definição – A Química Verde pode ser definida como a criação, o desenvolvimento e a aplicação de produtos e processos químicos para reduzir ou eliminar o uso e a geração de substâncias nocivas à saúde humana e ao ambiente. O objetivo é a redução do risco por meio da minimização ou mesmo eliminação da periculosidade associada às substâncias tóxicas.
A Química Verde se pauta em doze princípios básicos: prevenção, economia de átomos, reações com compostos de menor toxicidade, desenvolvimento de compostos seguros, diminuição do uso de solventes e auxiliares, eficiência energética, uso de substâncias
renováveis, evitar a formação de de rivados, catálise, desenvolvimento de compostos degradáveis, análise em tempo real para a prevenção da poluição e uma química segura para a prevenção de acidentes.
Profa. Vânia Zuin foi secretária geral da 4th ICGC
da dois anos e se tornou um dos eventos internacionais mais importantes do mundo com foco em produtos químicos e processos sustentáveis. A escolha do Brasil para sediálo foi considerada como “estratégica, dada à relevância do País com relação às potencialidades sociais, econômicas, ambientais, educacionais e tecnocientíficas. Estamos em um momento fundamental para definir nosso lugar como um País de vanguarda, que se projeta considerando modos de produção mais verdes”, avalia Vânia Zuin.
Educação em Química e Engenharia Verde, métodos analíticos verdes, síntese e processos benignos (catálise), geração de energia baseada em biomassa, fabricação de produtos com matériasprimas renováveis, redução do uso de água e seu reuso e políticas públicas sustentáveis foram alguns dos assuntos debatidos.
A programação também abriu espaço para que empresas como Petrobras, Itaipu, Braskem, Oxiteno, Purac, Tetrapak, Green Center Canada,
Reprodução do banner exposto pelo CRQ-IV no evento
Ilustração destaca o calendário maia, que prevê o fim do mundo para o dia 21 de dezembro
Informativo CRQ-IV 8 Set-Out/2012
Realizada de 17 a 21 de setembro, com o apoio do CRQIV, a tradicional Semana da Química, promovida pelo Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQUSP), teve neste ano um tema controverso, que foi muito além dos círculos acadêmicos: “Química em 2012: Desmistificando o Fim do Mundo”, uma referência à propalada profecia do povo maia que estabelece o próximo dia 21 de dezembro como o ponto final na história da humanidade. O evento não concluiu se estamos mesmo com os dias contados, mas foi, na opinião de alguns participantes, importante pa ra colocar abaixo previsões ou crenças desprovidas de fundamento científico.
A Semana da Química é uma iniciativa dos alunos da graduação e do Centro de Estudos Químicos Heinrich Rheinboldt. Membro da comissão organizadora do evento, o aluno do terceiro ano da graduação Rafael Trivella disse que “a possibilidade de um público amplo se identificar com o assunto, confrontandoo em contato com argumentos científicos que confirmam ou contrariam essas previsões, foi um dos motivos que nos levaram a optar por essa questão”. O tema permite discutir a própria natureza da Ciência e da Química, como seu potencial de melhorar ou prolongar o futuro e as questões éticas envolvidas no seu progresso. O evento foi aberto ao público externo.
Para debater a ideia do fim do mundo, as palestras programadas visaram contrapor o conhecimento científico ao pseudocientífico. Além de profissionais da química, abordaram diferentes temas representantes de outras ciências, como física, matemática, biologia, astronomia e psicologia.
Um dos destaques do evento foi o minicurso “Tabus do Fim do Mundo”, que contemplou a ideia de quatro diferentes áreas da Ciência (astrofísica, biologia, geofísica e química) sobre as possibilidades de que esse fim ocorra e como as previsões divulgadas são vistas pelos especialistas. Orientador do trabalho que venceu a edição 2011 do Prêmio CRQ
IV, modalidade Química de Nível Superior, o professor Renato Sanches Freire foi o responsável por discutir o assunto pelo ponto de vista da química.
Para Freire, há uma tendência de simplificação de conceitos para que fenômenos complexos sejam explicados. Dessa forma, muitos dados importantes podem
não chegar ao conhecimento do público. “Algumas “meias verdades” se propagam, como o fato de haver materiais que são biodegradáveis e isso, em tese, ser algo sempre positivo. Um exemplo é a matéria lançada na rede de esgoto, que é totalmente biodegradável por sua composição, tendo proteínas, gorduras e carboidratos. Porém, uma vez presente na água, esse material irá consumir o oxigênio existente por meio de metabolização, o que prejudica o ecossistema aquático”, apontou.
“Ao longo de toda a história, o papel da Química sempre foi o de contribuir para um mundo melhor, por meio da transformação de materiais em produtos. No entanto, não havia a preocupação com os impactos, especialmente ambientais, que são decorrentes
dos processos produtivos. Atualmente, essa percepção existe, o que é bastante positivo. A Química pode melhorar a qualidade de vida das pessoas e, ao mesmo tempo, minimizar os impactos sobre os recursos naturais”, explicou.
Freire disse que eventos como a Semana de Química são importantes para aproximar o conhecimento científico
Ciência
IQ-USP debateu o fim do mundo
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Palestra do professor Renato Sanches Freire abordou o ponto de vista da Química sobre a situação do planeta
Informativo CRQ-IV 9 Set-Out/2012
do público. “A reflexão é estimulada pela presença de especialistas de diferentes áreas, o que enriquece as discussões. Além disso, estimula a consciência cidadã das pessoas ao atentar para impactos ao planeta causados pela própria ação humana, e não apenas para aqueles provocados por veículos e indústrias”, compara.
Para Airton Cerqueira Leite, professor aposentado de Geografia do Ensino Médio, a Semana da Química se configurou em uma oportunidade para obter informações visando uma pesquisa. “O evento é uma referência no meio acadêmico. Atualmente, faço uma pesquisa no campo da metafísica a respeito do fim do mundo. Pelo conhecimento que adquiri com as palestras, posso
agora fazer um contraponto aos princípios metafísicos, que não possuem o rigor científico”, ressaltou.
Débora Cardona é estudante do segundo ano de Bacharelado em Química na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Em sua avaliação, “o evento foi bastante interessante. Participei de várias palestras e pude constatar como a área química é abrangente, o que até ajuda a pensar em um segmento específico para seguir carreira”.
trilogia Nas duas edições anteriores da Semana da Química, os temas centrais foram “Origens (do universo, da vida e do IQ)” e “Conquistas da Química”, respectivamente. Discutir o “fim do mundo” foi, na avaliação dos organizadores, o complemento de uma “trilogia” que forma a ideia de olhar o futuro sob a visão da Química.
Desde a sua primeira edição, em 1981, a Sema
Ciência
na da Química do IQ tem fins tanto acadêmicos quanto culturais. O evento visa complementar a formação dos alunos de graduação, ampliando sua visão da ciência e da sua profissão. São organizadas palestras, oficinas e mesasredondas ministradas por pesquisadores e professores de várias universidades do País.
Homenagem Durante o evento, o professor Ivano Gutz, organizador da Olimpíada Paulista de Química, competição também apoiada pelo CRQIV, foi reconhecido pela sua trajetória como profissional da Química e também por seus notáveis esforços em prol da educação química e da divulgação da ciência. O professor foi agraciado com uma placa alusiva à homenagem e ministrou uma palestra intitulada “Química: do Ensino Médio à formação de cientistas”.
Airton Cerqueira Leite (dir.) obteve contrapontos para a sua pesquisa
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Fotos: CRQ-IV
Informativo CRQ-IV 10 Set-Out/2012
Empossada no dia 18 de junho de 2012, para o triênio 2012/2015, a di-retoria executiva do Sinquisp adotou como plano de metas para o manda-to a manutenção do programa im-plantado na gestão anterior.
Em termos gerais, o trabalho se-rá o de fortalecer a política de ofe-recer serviços diferenciados ao as-sociado, adotada desde a mudança do sindicato para a região central da cidade. Dotada de infraestrutu-ra mais adequada, a nova sede per-mite que profissionais e empresas realizem diversos eventos de inte-resse da categoria. Outro benefí-cio proporcionado pela mudança foi a disponibilização de espaços, es-pécies de “escritórios virtuais”, para que os associados autônomos pos-sam atender seus clientes.
Outros benefícios gerados pela política atual e que serão mantidos foram as parcerias com instituições de ensino para obtenção de descon-tos em mensalidades para o asso-ciado e seus dependentes e a ofer-ta de cursos de aprimoramento em
parceria com o CRQ-IV Região e ou-tras entidades de classe. Vale tam-bém destacar a conquista de des-contos na contratação de planos de saúde e o convênio que tem permi-tido aos profissionais recuperarem ativos financeiros decorrentes de saldos residuais do FGTS, diferen-ças na aplicação de índices de cor-reção inferiores aos reais em apli-cações etc.
Enfim, além de cumprir seu papel de defender os interesses da cate-goria no que diz respeito às questões trabalhistas, a diretoria do Sinquisp tem como missão promover o apri-moramento e a integração dos pro-fissionais da química.
Assembleia aprova orçamento para 2013
A aprovação do orçamento para o ano que vem foi um dos itens discu-tidos na assembleia ocorrida dia 13 de setembro, na sede do Sinquisp. Outros pontos importantes decidi-dos pela categoria foram as contri-
buições associativa, sindical e assis-tencial para 2013. Reajustadas em 7%, equivalente à inflação do perí-odo, elas ficaram com os seguintes valores:
- Contribuição Associativa:R$ 110,00. Haverá um desconto de 27,3%, o que reduzirá o taxa para R$ 80,00, se o pagamento ocorrer até o dia 30/11/2012.
- Contribuição Sindical:R$ 75,00, para profissionais de ní-vel médio; R$ 150,00, para os de ní-vel superior.
- Contribuição Assistencial:5% do salário do mês de maio de 2013, limitado ao teto de R$ 95,00.
Diretoria manterá plano de metas
Espaço Sinquisp
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Informativo CRQ-IV 11 Set-Out/2012
Prazo de validade: fantasma que aterroriza empresas e profissionais
Artigo
por José Antonio Galves
A questão do produto químico vencido, entendendose desde a substância, mistura e o produto acabado, é um fantasma que há anos aterroriza as empresas, seus dirigentes e colaboradores, que se veem envolvidos em inquéritos e discussões judiciais sem que haja uma solução para a questão. As leis brasileiras de defesa do consumidor, as ambientais e outras correlatas só contemplam disposições punitivas, não havendo disposições que permitam algum tipo de reaproveitamento do produto vencido, como a reciclagem, recuperação ou a revalidação. Pela legislação atual, o produto vencido está condenado ao descarte final.
Com a Rio+20, foi renovado o princípio da sustentabilidade para a manutenção da saúde humana, animal e ambiental. O Governo Federal deu mostras iniciais da aplicação desse princípio por meio da RDC 45, de 09/08/2012, que estabeleceu os requisitos mínimos para a realização de estudos de estabilidade de insumos farmacêuticos ativos, envolvendo retestes ou prazo de validade.
Agora, é chegado o momento de definir regras para os demais produtos químicos e evitar que se continue gastando elevadas somas para jogar no lixo itens que poderiam ser reaproveitados depois de submetidos a procedimentos técnicos de eficiência comprovada. A existência de uma legislação adequada evitaria que o País desperdiçasse algo em torno de 10% dos cerca de US$ 41 bilhões que gasta anualmente com importações de produtos químicos apenas para repor itens que são descartados por não poderem ser reaproveitados.
Além da questão financeira, uma adequação das leis geraria benefícios para o meio ambiente, conferindo mais
sustentabilidade à atividade química. E, por consequência, a reforma legal pretendida naturalmente levaria à diminuição de inquéritos e processos judiciais motivados por essa questão.
Advogado, José Antonio Gal-ves integra o subcomitê de es-pecialistas das Nações Unidas para o GHS (sistema de classi-ficação de substâncias e mis-turas e divulgação de perigos
através de rotulagem e ficha de segurança de produto químico). Faz parte do rol de especialistas da agência Unitar, da ONU, pa-ra treinamentos ,na América La-tina, sobre o GHS. Também é
membro de comissões da ABNT que elaboram normas técnicas de classificação, rotulagem e Fispq. Contatos podem ser
feitos pelo e-mail [email protected].
Para que isso ocorra é imprescindível a participação das empresas, das várias associações, entidades de classe e sindicatos. O caminho é a apresentação ao Governo Federal de um projeto com disposições consistentes contemplando as condições, os meios e as soluções para regulamentação dos produtos químicos vencidos, envolvendo a reciclagem, a revalidação, os retestes e medidas inerentes à sustentabilidade, deixando para o destino final somente o que tecnicamente for inaproveitável ou inservível.
CRQ-IV
Informativo CRQ-IV 12 Set-Out/2012
Foram necessários dois anos de pesquisas e muitas experimentações para que o Técnico em Química Pedro Barbieri, de 81 anos, conseguisse realizar a transformação em pó da cera de abelha sólida convencional. “Meu produto pode ser aplicado em qualquer processo que usa a cera sólida, como pomadas dermatológicas e, na área cosmética, na fabricação de batons e cremes”, garante. A inovação já está com patente requerida no Instituto Nacional de Propriedade Industrial e disponível para empresas que queiram investir na produção em escala.
Responsável Técnico pela empresa Cerapura Indústria e Comércio Ltda., localizada na Zona Sul de São Paulo, Barbieri concilia os trabalhos do cotidiano com a busca contínua por novos produtos. Persistente, ele destaca as vantagens da cera em pó. “Ela proporciona um manuseio mais limpo. Além disso, facilita a realização de análises por amostragem, viabilizando uma separação exata de qualquer quantidade. Ao mesmo tempo, facilita o transporte e o armazenamento com custos mais baixos, exigindo locais menores para estocagem”, enumera.
O Técnico em Química sempre gostou de buscar alternativas para melhorar a fabricação de produtos, notadamente os destinados aos segmentos farmacêuticos e de cosméticos. Um de seus primeiros empregos, aos 23 anos, foi no laboratório da Companhia Farmacêutica Brasileira.
Na Cerapura, a rotina de Barbieri começa antes de o sol raiar. “Entro às cinco da manhã todos os dias. Gosto muito do que faço e, graças a Deus, tenho saúde para continuar com os meus projetos”, conta. Para a realização de suas pesquisas montou dentro da empresa um modesto laboratório, mas que tocado com muita dedicação e persistência atende às suas necessidades.
Por enquanto, a cera em pó é produzida em pequena escala. São somente 20 kg por mês, pois esta é a quantidade que o pequeno laboratório de Barbieri comporta. “Ofereci a produção ao dono da empresa, mas, por enquanto, ele não tem projetos para substituir as máquinas atuais”, explica.
Passo a Passo O processo de elaboração da cera em pó começa com a obtenção da cera sólida natural, ainda em estado bruto, obtida diretamente dos favos de mel. Em um recipiente inoxidável, o material é levado a uma temperatura de 120ºC. Paralelamente, dissolvese bicarbonato de potássio em água potável a 90ºC em um decantador de alumínio ou de aço inoxidável.
Com um agitador mecânico e um registro de saída de líquidos em sua porção inferior, a cera fundida é adicionada so
Inovação
bre a solução de bicarbonato de potássio, a fim de criar uma emulsão. Para a decantação é adicionada água potável a temperatura de 25ºC. Em seguida, o material descansa por um dia para que ocorra a separação da água e da cera em pó, que fica sobre a água, sendo posteriormente retirada com um tecido permeável.
O pó, que tem uma textura parecida com farinha de trigo, é lavado de três a quatro vezes para a total retirada do bicarbonato de potássio. A substância fica em secagem por mais um dia e, em seguida, é levada a uma estufa de madeira para secagem por ventilação. Esta última etapa do processo demora aproximadamente três dias.
Apesar da idade, Barbieri nem pensa em se aposentar e avisa: as empresas que desejarem obter mais informações sobre a cera podem entrar em contato pelo telefone (11) 55151825.
Para a realização de suas pesquisas, Barbieri montou um laboratório dentro da empresa Cerapura
Produto substitui a cera tradicional em diferentes aplicações
Veterano cria cera de abelha em póCRQ-IV
iStock
Informativo CRQ-IV 13 Set-Out/2012
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Informativo CRQ-IV 14 Set-Out/2012
Um projeto de extensão universitária do Instituto de Química (IQ) da Unesp de Araraquara, desenvolvido em 1988, deu origem a uma forma lúdica e inteligente de disseminar conhecimentos e aproximar a Química da sociedade, especialmente os jovens. Tratase do Grupo Alquimia, que une teatro e ciência em um mesmo palco.
A iniciativa foi de alunos do curso do IQUnesp, com o apoio dos professores Marian Davolos e Miguel Jafelici. Ao longo do tempo, o grupo cresceu, se consolidou e o trabalho que desenvolve em escolas, teatros e espaços culturais tem auxiliado estudantes que estão para prestar vestibular, bem como ajudado a desvendar os mistérios da ciência para adultos e crianças.
“Em suas apresentações, o Alquimia procura destacar o papel central da Química no desenvolvimento do mundo moderno, mostrando que as transformações da matéria realizadas pelo Homem somente foram possíveis graças aos conhecimentos dessa ciência. Durante as encenações, são realizadas experiências
Grupo teatral desperta interesse dos jovens pelo estudo da Química
simples, de demonstração rápida, mas que oferecem um interessante efeito visual para a plateia”, relata a professora Marisa Veiga Capela, atual coordenadora do grupo, para o qual colaboram os professores Jorge Manuel Capela e Leinig Antonio Perazolli, além do servidor técnicoadministrativo Reinaldo Deodato.
A docente assumiu a coordenação em julho de 2011. “Sou da área de Matemática e Estatística e não tinha experiência em teatro, mas resolvi aceitar o desafio, o que tem se mostrado muito gratificante. O trabalho é todo feito pelos integrantes do grupo, desde a adaptação dos temas para a linguagem teatral até a produção do figurino, o que torna o Alquimia uma experiência muito rica”, enfatiza.
Para facilitar a compreensão e chamar a atenção do público, todos os temas abordados nas peças são tratados com humor, mas com a preocupação de que os aspectos científicos sejam preservados, explica a coordenadora. Pequenas e inofensivas explosões que liberam luz, fumaça e cores, a observação de diferentes cores em uma mesma solução quando transferida
de um copo para outro ou ainda um texto que aparece escrito “milagrosamente” após um pedaço de tecido branco ser borrifado com uma solução transparente, são alguns exemplos dos experimentos feitos durante as apresentações.
No total, o grupo já montou 11 peças e realizou cerca de 200 apresentações para aproximadamente 60 mil espectadores, em cidades dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Em geral, os espetáculos ocorrem em semanas temáticas de cursos e também durante feiras de ciências ou de profissões.
exPeriência Irã Borges Coutinho Gallo já é estudante de mestrado, mas participa do Alquimia desde 2007, quando ainda estava no terceiro ano de graduação. Para ele, “conciliar os estudos com os ensaios e apresentações requer bastante esforço, tanto que na época das provas temos que reservar tempo para os estudos, o que diminui as atividades do grupo. Mesmo assim, conseguimos nos reunir em alguns intervalos e produzir as peças”, conta.
por Jonas Gonçalves
Imagens: Divulgação
Informativo CRQ-IV 15 Set-Out/2012
Integrante do grupo desde que ingressou na faculdade, Thais Silva do Amaral está no terceiro ano do curso de Bacharelado em Química. Com experiência anterior em teatro, naturalmente sentiuse atraída pelo projeto de extensão. “É muito gratificante fazer parte desse trabalho, principalmente quando há o contato com o público. Durante as peças, respondemos a várias perguntas e tiramos dúvidas. A relação com as crianças é especial, pois elas são bastante curiosas”, diz.
De acordo com Gláucio de Oliveira Testoni, que foi integrante do elenco por seis anos e, atualmente, colabora no desenvolvimento das histórias, o foco atual é adaptar temas da Química para a linguagem teatral. “No início, havia a preocupação de se fazer um teatro mais profissional. Porém, com pouco tempo para ensaios, foi melhor nos assumirmos como amadores e desenvolver uma forma própria de criação. Desenhamos figurinos, ensaiamos coreografias e escrevemos os roteiros. Geralmente, duas pessoas são encarregadas de liderar esse trabalho”, explica Testoni.
Segundo ele, a estrutura permite o improviso dos atores envolvidos nos espetáculos, que nem sempre interpretam os mesmos papéis. “Em cada peça é feita uma rotatividade e um mesmo ator pode interpretar um personagem diferente, a não ser em alguns casos especiais, quando quem interpreta se encaixa de uma forma perfeita”, afirma.
Uma das vantagens de fazer parte do Alquimia é a desenvoltura na comunicação, adquirida com o passar do tempo. Para Juliana Ramos de Lima, estudante de Bacharelado, esse fator foi fundamental. No grupo desde que ingressou na universidade, a futura profissional acredita que o projeto é uma forma de aproximar a Química dos jovens, especialmente daqueles que não têm acesso a laboratórios
em suas escolas. “Estudei em escola pública e sei como é, gostando de Química, não ter a oportunidade de conhecer mais sobre o assunto. Quando nos apresentamos em escolas me sinto gratificada em ver tantos alunos nos tratando com muito carinho e ficando motivados em aprender com o nosso trabalho. Sentirei muitas saudades”, conclui Juliana.
O elenco atual do Grupo Alquimia é formado pelos seguintes integrantes, a maioria estudantes do Bacharelado em Química. São eles: Beatriz Otaviano, Bianca Marques dos Santos, Bruno de Santis Andrioli, Caroline Oliveira Rocha, Daniel Arisa, Diego Carneiro Camara, Flávio Pereira Cardoso, Gabrielle Severino Sarkis, Guilherme Gonçalves Costa, Irã Borges Coutinho Gallo, José Augusto Moreira de Oliveira, Juliana Ramos de Lima, Leonardo Bergamasco
Ribeiro, Mariane Spadoto, Rafael Abdala Politano, Raul Cruz Paleuco, Thais Brasil Lenhard, Thais Silva do Amaral e Vinícius Galatti Silva.
contato – O grupo está atualmente em cartaz com o espetáculo Pandemonium, que estreou em 2011 e faz um alerta sobre problemas ambientais que colocam o planeta em risco. As instituições que se interessarem pelo trabalho podem entrar em contato pelo email teatroal[email protected] ou diretamente com os professores: Marisa Veiga Capela (16 33019647 ou [email protected]), Jorge Manuel Vieira Capela (16 33019646 ou [email protected]) e Leinig Perazolli (16 33019711 ou [email protected]). As apresentações são gratuitas, sendo o deslocamento dos atores custeado pela própria Unesp.
Grupo já montou 11 peças e realizou cerca de 200 apresentações para aproximadamente 60 mil espectadores
Informativo CRQ-IV 16 Set-Out/2012
Conciliação
Semana fecha mais 109 acordosNegociações passarão a incluir dívidas que ainda não foram executadas
De 25 a 28 de setembro, a Central de Conciliação da Justiça Federal em São Paulo promoveu a segunda semana de audiências envolvendo processos de execução fiscal movidos pelo CRQIV. Dos 422 profis sionais e repre sentantes de empresas intimados para participar, 132 compa receram e 109 (78%) fecharam acordos.
Considerando as duas semanas de conciliações das quais o CRQIV participou, a média de acordos obtidos foi de 82%. Na primeira, realizada de 25 a 28 de junho, 354 pessoas físicas e jurídicas foram intimadas, 153 compa receram e 132 (86%) fizeram acordo. Os processos decorreram do não paga mento de anuidades e multas.
O número de acordos fechados até agora demonstra a eficiência das conciliações. Priscila Evelyn dos Anjos, representante de uma empresa com débitos junto ao CRQIV, disse que “antes era difícil obter um acordo, de vido à cobrança de diversos encar gos. Com a semana de conciliação, a regula rização se tornou acessível a empresas de peque
no porte”. Para Rosana Pessoa, que também fez acordo, a iniciativa “é interessante por viabilizar a regulariza ção das situações, especialmente com relação à anuidade”.
A advogada Catia Sashida, gerente do Departamento Jurídico do CRQIV, diz que “o caminho para a pacificação de conflitos é a conciliação. Além de negociar seus débitos em condições es peciais, o devedor também aproveita para resol ver pendências administrativas junto ao Conselho”, ressalta.
A Central de Conciliação da Justiça Federal é coordenada pela juíza Fernanda Souza Hutzler, que avalia as conciliações como as únicas soluções realmente eficazes em casos envol vendo conselhos profissionais. “As cen trais de conciliação são recentes, mas demonstram uma eficiência expressi va como alternativas para con flitos jurídicos”, afirma. Além disso, completa, os devedores se sen tem am parados, pois as nego cia ções são super visionadas por juízes e ainda são disponibilizados de fensores públicos para quem não tem advogado.
interior O CRQIV participará da Semana Nacional de Conciliação, programada para novembro pelo Conselho Nacional de Justiça. Desta vez, serão chamados profissionais e re presentantes de empresas cujas dívi das estão sendo executadas nas cidades de Franca e Santos. As audiên cias em Franca ocorrerão no dia 7; em San tos, dia 12. Os executados serão avisa dos por meio de intimações.
Pré Para evitar que cen tenas de casos cheguem à justiça, elevando ainda mais as dívidas, o CRQIV resolveu aderir à proposta do Judiciário e partici par das audiências préprocessuais. No período de 26 a 30/11, a entidade rece berá cerca de 480 profissionais e repre sentantes de empresas na Central de Conciliação da Justiça Federal, em São Paulo. As datas e horários das audiên cias serão informados nas intimações que serão enviadas.
Ou tras infor mações podem ser obtidas pelo telefone 11 30616021 ou pelo email [email protected].
A participação do CRQIV nas semanas de conciliação promovidas pelo Judiciário Federal foi formalizada durante evento ocorrido dia 27 de setembro no Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF). Na ocasião, o pro fessor Hans Viertler, vicepresi dente do Conselho, assinou um termo de cooperação, comprome tendose a apoiar as iniciativas que agilizem a tramitação de processos. O ato teve a participação de represen tantes de outros conselhos profissio nais e foi coman dado pelo Desembargador Newton De Lucca, presi
Ato no TRF formaliza adesãodente do TRF.
Viertler parabenizou o Tribunal por estender os mutirões de conciliações pa ra as causas dos conselhos e res saltou os resultados obtidos até então. “Nas duas semanas de conciliação que promovemos, tivemos resultados exce lentes, com acordos firmados em quase 90% dos casos”, afirmou.
Também participaram da solenidade
a desembargadora federal e coordenadora do Gabinete de Conciliação, Daldi ce Maria Santana de Almeida, e a advogada Catia Sashida, gerente do Departamento Jurídico do CRQIV.
Newton De Lucca, Catia Sashida e Hans Viertler durante encontro no TRF
CRQ-IV
Informativo CRQ-IV 17 Set-Out/2012
Literatura
Concorra ao sorteio de três livros
Garantia da Qualidade na Indústria Cosmética
De Marcelo de Souza Pinto, Ana Regina Alpiovezza e Carlos Righetti, apresenta sugestões para melhorias na gestão da cadeia produtiva, cuidados com o meio ambiente das fábricas, condutas de segurança em laboratório, técnicas de tratamento de água e estudos dos pontos críticos das formas cosméticas. Recomendado pela Associação Brasileira de Cosmetologia e editado pela Cengage, o livro custa R$ 41,90. Profissionais que fizerem a compra pelo site da editora terão desconto de 30%. Acesse a versão on-line desta edição para saber como aproveitar a promoção.
O Informativo sorteará dois exemplares de cada livro divulgado nesta página. Para participar, escreva para [email protected] e informe seu nome completo, CPF, cidade onde reside e telefone para contato em horário comercial. Mande e-mails separados se tiver interesse nas três obras. O sorteio ocor-rerá no dia oito de novembro e os nomes dos contemplados serão divulgados no site (www.crq4.org.br). Poderão participar desta promoção profissionais e estudantes em situação regular na entidade. As obras
já estão disponíveis para consultas na Biblioteca do CRQ-IV.
Manual de Controle da Qualidade e Operação do Sistema
de Abastecimento de Água
O livro descreve todas as etapas dos processos envolvidos na atividade, explica o que um Plano de Segurança da Água e detalha sua estrutura, descreve a operação das redes de distribuição e, entre outros tópicos, apresenta estudos sobre a corrosão interna das tubulações. Escrito por Nizar Qbar, José Moreno, Regina Mei Onofre e Roseane Lopes de Souza, todos da Sabesp, o livro custa R$ 80,00 e pode ser adquirido pelo e-mail [email protected].
Contém Química: pensar, fazer e aprender com
experimentos
Voltado principalmente para profissionais que atuam como professores, a obra reúne 93 atividades experimentais que se utilizam de materiais de baixo custo e que podem ser feitas até mesmo em salas de aula. Dá informações sobre os fenômenos envolvidos nos experimentos e suas aplicações na indústria. Elaborada por Luiz Henrique Ferreira, Dácio Hartwig, Gustavo Gibin e Ricardo Castro de Oliveira, todos da Universidade Federal de São Carlos, a obra custa R$ 59,00 e pode ser comprada pelo site www.kitciencia.com.
Informativo CRQ-IV 18 Set-Out/2012
Minicursos
Mais de 350 profissionais forambeneficiados pelo programa
Até o dia 29 de setembro, 375 profissionais de várias cidades paulistas haviam participado da edição 2012 dos Minicursos CRQIV. Parcialmente patrocinado pela Caixa Econômica Fe deral, o programa mantido pelo Con selho desde 2006 teve este ano 11 apre sentações sobre temas envolvendo análise instrumental, ISO 9001, gestão de produtos químicos, química foren se, entre outros.
Quase todos os treinamentos incluíram a realização de atividades práticas, como exercícios, discussões em grupo ou demonstrações. No minicurso reali zado dia 29/09, em São Paulo, os parti cipantes tiveram a oportunidade de trabalhar com um software voltado à automação laboratorial. Para isso, a sala normalmente usada para cursos foi remodelada com a colocação de mesas e 18 notebooks, permitindo que os participantes trabalhassem em duplas.
Em Piracicaba, no mesmo dia, uma das tarefas dadas aos participantes foi a montagem de um carrinho usando blocos plásticos (Lego), como se estivessem numa linha de produção. O objeti
vo da dinâmica foi mostrar a importância do planeja mento, da padronização e do trabalho em equipe para que as metas sejam alcançadas.
O programa Minicursos CRQIV é totalmente gratuito. Além das aulas e material didático, ele também inclui o for necimento de refei ções aos partici pantes. Esses fatores possibilitam que até mesmo profissio nais desempre gados pos sam participar, adqui rir ou atualizar conhecimentos e ampliar sua rede de relacionamento, o que
pode contribuir para que aumentem suas chances de retorno ao mercado. Para os que estão emprega dos (e para seus empregadores), o programa representa uma oportunidade para se mante rem tecnicamente atua lizados sem que para isso tenham de fazer grandes investi mentos. No mer cado, treinamentos com duração de um dia podem custar de R$ 400,00 a R$ 1 mil. Para parti cipar dos minicursos o interessado arca apenas com os custos de sua própria locomoção.
Foram ocupadas 375 das 385 vagas abertas. Todos os minicursos tive ram as 35 vagas preenchi das, exceto o programado para o dia 4 de agosto, em Campinas, que tratou da atuação do Profissional da Química na área comer cial. Trinta e uma pessoas se ins creveram para aquele treinamento e 29 compareceram. Também foram regis tradas faltas em outros quatro eventos. Conforme previsto nas regras do pro grama, aqueles que não jus
Programa teve atividades práticas. Acima, profissionais participam de dinâmica do curso sobre Brinq-Quality
Sala montada em São Paulo para uso de software de automação laboratorial
Fotos: CRQ-IV
Informativo CRQ-IV 19 Set-Out/2012
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Minicursostificaram as ausências tiveram de recolher a taxa de R$ 250,00, destinada a ressarcir as despesas que o CRQIV teve para lhes garantir a participação.
Além de São Paulo, onde ocorreram quatro minicursos, também foram in cluídas na programação as cidades de Araraquara, Campinas, Ribeirão Preto, Santos, São José dos Campos, Sorocaba e Piracicaba, nas quais foi realizado um encontro. A Capital recebeu um número maior de eventos por concentrar mais de 50% dos profissio nais registrados no CRQIV.
esforço Um dos fatos que sempre chamou a atenção no programa desde o seu lan çamento foi o interesse e o esforço de profissionais que viajam centenas de quilômetros para participar, situação que se repetiu este ano.
Alvaro José Hermínio e Fabio Ro berto Zani, funcionários da Innove Química, empresa que está em fase de estruturação, moram em Sertãozinho e partici param dos minicur sos re alizados em Sorocaba (328 km) e Piracicaba (229 km). Também em Soroca ba esta vam os técnicos de laboratório An tonio Carlos Feitoza, David Santos Souza e Glauco Lini Per pétuo, funcionários do campus de Bau ru da Univer sidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), distante 251 km. Os três também trabalham como professores e disseram que as informações obtidas naquele minicurso seriam incluídas nos conteúdos dados aos seus alunos.
Silvia Rousane da Silva, bolsista do Instituto Adolfo Lutz, pegou um ônibus no início da madrugada de 15/09 na rodoviária do Tietê, Capital, e chegou em Araraquara por volta das 5h da manhã para participar do minicurso sobre HPLC. Retornou para São Paulo no mesmo dia, completan
Bauru encerrará o programa
do mais de 500 km em menos de 24 horas. Já as cole gas Andrea Gatti, Michelle Oliveira e Gisele Felipe foram de carro. Porém, seu caminho foi mais longo, pois todas moram e traba lham em San tos, a mais de 350 km de Araraquara e também voltaram no mesmo dia.
A edição 2012 do programa Minicursos CRQIV será encerrada em 1º de dezembro, em Bauru, com uma apresentação sobre Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC). É um treinamento voltado principalmente para químicos que atuam na indústria de alimentos.
As inscrições estarão abertas de 19 a 23/11 e deverão ser feitas no es critório do CRQIV da cidade, exclusi vamente pelo telefone (14) 32323207. Antes de ligar, acesse a página dos minicursos no site do Conselho (www.crq4.org.br) para se inteirar das re gras do programa.
Moradoras na cidade de Santos, Andrea
Gatti, Michelle Oliveira e Gisele
Felipe percorreram mais de 350 km
para participar do minicurso sobre
HPLC realizado em Araraquara
Informativo CRQ-IV 20 Set-Out/2012
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Estarão abertas de 1º de novembro a 28 de fevereiro as inscrições para a edição 2013 do Prêmio CRQIV. Tradicional concurso público promovido pelo Conselho, tem por objetivo estimular a pesquisa entre alunos de cursos profissionalizantes de química para que aprimorem e demonstrem, por meio de apresentação de trabalhos, os conhecimentos adquiridos em sala de aula. O prêmio também busca estimular a participação de professores e profissionais da área que, atuando como orientadores dos trabalhos, fortalecerão a formação daqueles estudantes.
O prêmio prevê a distribuição total de R$ 58,4 mil e está dividido em quatro modalidades: Química de Nível Médio, Química de Nível Superior, Química de Nível Superior com Tenologia e Engenharia da Área Química. O estudante vencedor em cada modalidade receberá R$ 10 mil; seu orientador, R$ 4,6 mil. Dos valores serão descontados os impostos pertinentes.
Os trabalhos poderão ser feitos em grupo, mas neste caso a premiação em dinheiro deverá ser dividida entre os participantes. A entrega do prêmio será feita em junho do ano que vem, durante a cerimônia que comemorará o Dia do Profissional da Química.
Poderão participar alunos matriculados este ano em qualquer série/período de cursos técnicos e de nível superior da área química, ministrados por instituições paulistas previamente cadastradas no Conselho.
O orientador poderá ser um professor ou um profissional que atue na área focada pelo trabalho. Obrigatoriamente, ele deverá estar registrado e em situação regular no Conselho, inclusive com a anuidade de 2013 quitada. Um mesmo profissional poderá orientar até dois trabalhos.
O regulamento e a ficha de inscrição já estão disponíveis para download no site do Conselho (www.crq4.org.br).
Concurso público promovido pelo Conselho distribuirá R$ 58,4 mil a estudantes e orientadores
Estudantes Reconhecimento
Inscrições serão abertas em novembro
O CRQIV instituiu o Prêmio Walter Borzani, que passará a ser concedido a partir de 2013. Destinado a reconhecer profissionais que se destacam em sua área de atuação e que tenham contribuído para o desenvolvimento da Química, ele substitui o Prêmio Fritz Feigl, concedido pela última vez em 2008.
O ganhador do concurso receberá um certificado, uma medalha e terá seu nome inscrito na Galeria de Vencedores do Prêmio Walter Borzani, a ser criada no site do CRQIV. O prêmio será outorgado em junho, na cerimônia que anulamente comemora o Dia Nacional do Profissional da Química.
Poderão participar profissionais de nível médio e superior e que sejam indicados por uma entidade. As inscrições serão abertas dia 5 de novembro. Acesse a versão on-line desta edição para obter cópia do regulamento.
Formado em 1947 pela Escola Politécnica da USP, Walter Borzani foi membro da primeira turma de conselheiros do Conselho Federal de Química (CFQ) e responsável pela instalação do CRQIV, em 1º de agosto de 1957. Eleito conselheiro do CRQIV em 1966, prestou serviços à entidade até 1969. Faleceu em fevereiro de 2008, aos 83 anos.
Prêmio homenageará profissionais