a ciÊncia da beleza do sorriso
TRANSCRIPT
A CIÊNCIA DA BELEZA DO SORRISO
RESUMO
Os princípios estéticos participam deforma muito importante na Odontologia
restauradora, protética e cirurgica. A busca pelos padrões de beleza e
perfeição das formas e dimensões dentárias, tem proporcionado uma
supervalorização da aparência de cada indivíduo, isso porque a mídia tem
supervalorizado a busca não só por um corpo perfeito, mas também um sorriso
harmonioso. A face é como se fosseum quadro, e o sorriso a moldura desse
quadro. Nosso objetivo mostrar a importância das normas, princípios ou
parâmetros existentes do processo na Cirurgia Plástica na Odontologia para
assim, poder melhor diagnóstico e plano de tratamento para os pacientes que
estão em busca de um dentista para obter um sorriso estetico e funcional.
Neste trabalho esta estruturado por Capitulos, com o Capitulo I, que explica a
abordagem do problema, Capitulo II Marco Teorico, apoiado de bases teóricas,
revisão bibliográfica e aportes científicos, Capitulo III Marco Metodologico,
Capitulo IV Conclusion y Recomendacoes
Palavras Claves: estética, sorriso, cirugia plástica.
INTRODUCAO
Uma boa aparencia física e sinónimo de bem-estar emocional e social. E vem
se tornando parte inseparavel do cotidiano, exercendo influencia nas relacoes
pessoais, sucesso profissional e felicidade dos individuos. Na odontología, a
estética vem cada vez mais despertando interesse e ocupando um importante
papel na rotina clínica dos cirurgioes-dentistas e na vida dos pacientes,
principalmente nos días atuais em que os meios de comunicacao divulgam a
beleza em rostos maravilhosos e sorrisos perfeitos e relacionam estes, com a
saude e bem estar físico e mental. Que devido as mudancas no conceito da
saude, atualmente a Organizacao Mundial da Saude considera “a saude
psicológica como parte integrante da saude geral de ser humano, e pessoas
portadoras de trauma psicológicos complexos e baixa auto-estima em razao de
problemas na sua aparencia nao gozam de saude plena”
Entre as situações que podem ocorrer na clínica odontologica, são as doenças
periodontais , formando um papel muito importante em terminos de estética
refere-se, apresentando um grande desafio o cirurgião oral, destacando-se o
sorrisa gengival, ocorre em pacientes, lábio superior curto, erupcao passiva
alterada ou aumento de volume gengival , por outro lado, temos a recessão
gengival caracteriza-se como a exposição da raiz bucal devido a uma retração
do margem gengival , causando a hipersensibilidade dentária , finalmente ,
também exiten pigmentaçãoes melânicas , que é comum em todos os grupos
raciais , provocando manchas escuras na gengiva do paciente.
Atualmente, existem inúmeràveis métodos e técnicas cirúrgicas para dar ao
paciente várias opções para melhorar a sua aparência , este é o objetivo deste
trabalho fazer uma revisão da literatura que nos permita saber mas al em
relação a esses procedimentos que são muito eficazes e satisfacem o
paciente.
Cirugia Peridontal
O sorriso, além de mostrar alegria, é o "cartão de visita" das pessoas. A
aparência do rosto também é um fator que tem papel significativo e influencia
na aceitação da própria imagem e na autoestima. Porém, nem todo mundo
está satisfeito com seu sorriso, muitas vezes, por conta de problemas
dentários. Dessa forma, muitos têm procurado os consultórios odontológicos,
não apenas para tratar a saúde, como, também, para cuidar da estética bucal.
Uma opção atual é a cirurgia plástica periodontal, procedimento que visa
corrigir defeitos gengivais, que acarretam em algum tipo de comprometimento
estético. A cirurgia plástica é uma opção para aqueles que não estão
satisfeitos com o sorriso e, também, com o formato e o tamanho de suas
gengivas, que influenciam na harmonia da boca. Sem dúvida, a saúde bucal é
muito importante. É o primeiro passo. Depois de tratadas as possíveis doenças
periodontais que o paciente possa apresentar, a estética e a satisfação ao
sorrir também devem ser levadas em consideração
Alteraciones Periodontales
Sorriso GENGIVAL
INTRODUÇÃO
Uma das queixas mais comuns dos pacientes refere-se à exposição
excessiva de gengiva ao sorrir. Esta condição é conhecida
como sorriso gengival e caracteriza-se pela exposição da
gengiva acima de 3 mm. O sorriso gengival pode ter diferentes
etiologias, que devem ser devidamente identificadas antes do
tratamento: erupção passiva alterada; aumento de volume gengival;
deformidades esqueléticas caracterizadas por crescimento maxilar
excessivo; lábio superior hiperativo e/ou assimétrico.
O correto diagnóstico de sorriso gengival envolve uma análise
extra e intrabucal2. Dentre os aspectos extrabucais estão: análise
facial; comprimento do lábio superior em repouso; exposição
dos incisivos centrais superiores em repouso; quantidade de
exposição gengival durante repouso, fala, sorriso e riso; linha do
sorriso e contorno da margem gengival. Os lábios representam a
transição da análise extraoral para análise intrabucal (dentogengival).
Em indivíduos adultos, a distância entre a base do nariz e
a borda inferior do lábio superior é em média de 20-22 mm para
as mulheres e 22-24 mm para os homens3.
Em relação aos aspectos intrabucais, deve-se avaliar a condição
periodontal; o biótipo periodontal; o contorno e zênite
gengival; a papila interdental; recessão e coloração gengival.
Deve-se também fazer uma avaliação dental, verificando-se as
proporções dentárias; simetria; linha média facial x linha interincisiva;
eixos dentários; ângulos incisais; e borda incisal x lábio
inferior.
Aumento de Coroa Estético Associado ao Reposicionamento Labial
com Cimento Ortopédico
Aesthetic Crown Lengthening Combined with Lip Repositioned Using Bone
Cement
Luiz F.NALDI1, Germana J. BORGES2, Ludmilla F. E. SANTOS3, Renato S.
ANDRADE4, Dario G. BATISTA5, João B. SOUZA6
Alguns pontos a serem observados para podermos classificar o tipo
de sorriso do paciente. A linha que os lábios formam quando uma pessoa sorri
pode ser classificada como
baixa, onde se expõe cerca de 75% ou menos da
altura da coroa clínica dos dentes ântero-superiores;
média, na qual pode ser observado o dente no seu todo ou,
ao menos, 75% de sua coroa clínica, juntamente com as
papilas interdentais; e alta quando a altura cérvico-incisal
dos dentes é vista por completo, e a quantidade de tecido
gengival mostrada alcança valores maiores que 3 milímetros,
classificando, assim, o sorriso como sorriso gengival (Garber,
2000 & Oliveira).
O crescimento gengival, alteração que envolve apenas
Tecidos moles, dá-se em direção coronal e em áreas papilares,
Onde acaba por cobrir boa parte da coroa dental, resultando
em sua menor exposição. Apresentando saúde gengival e
gengiva inserida em torno de 1 a 2 mm, o procedimento
terapêutico de eleição considerado é remoção de excessos e
remodelação dos tecidos gengivais através das técnicas de
cirurgias plásticas periodontais, gengivoplastia e/ou
gengivectomia (Saba-Chujfi et al, 2007, Miskinyar, 1983 &
Gusmão et al, 2006).
É válido, do mesmo modo, considerar a relação comprimento/largura dental.
Para um sorriso agradável, os dentes devem obedecer a uma diminuição de
tamanho em proporção geométrica, à medida que avançam para distal, o que
ficou conhecido como Proporção Áurea. Em termos, cada
dente deveria mostrar aproximadamente 60% do tamanho
do elemento imediatamente anterior a ele(Fowler, 1999).
Aumento de Volume Gengival Induzido por Fármacos
Gonçalo Seguro Dias*; Vanessa Vaz Osório**; Arlindo Almeida***
* Médico Dentista, Assistente Convidado da disciplina de Medicina e Patologia
Oral da FMDUL, ** Médica Dentista, Aluna do Aperfeiçoamento em
Metodologias
de Ensino em Cirurgia Oral da FMDUL, ***Professor da disciplina de Medicina
Oral e Patologia Oral da FMDUL
(Dias GS, Osório VV, Almeida A. Aumento de Volume Gengival Induzido por
Fármacos. Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac 2010;51:177-184)
Segun Dos Santos et al, 2001, a fenitoina e um medicamento de primeira
escolha para o tratamentode vários tipo de epilepsia e desordens convulsivas.
A droga tem sido associada com uma série de efeitos adversos e o
crescimento do tecido gengival e o que apresenta maior interesse para o
Cirugao Dentista. A prevalência de crecimento gengival causado pela fenitoina
e de aproximadamente 50%, sendo maior em adolescente e pacientes
epilecticos que utilizam regularmente medicamentos. Clinicamente o
crescimento gengival inicia-se com um aumento na região das papilas
interdentais que pode coalescer. O tecido gngival pode apresentar um aspecto
nodular e sua colaracao depende de grau de inflamação de tecido. Teorias
sugerem que a fenitoína apresenta um efeito direto sobre as diferentes
subpopulações de fibroblastos gengivais.
Pigmentacoes Melanicas
A melanina pode apresentar-se em formas
diversas, tais como em núcleos irregulares,
estriadas, em faixas ou espalhadas, algumas vezes
por toda a gengiva inserida. A pigmentação é
encontrada na forma de manchas castanhas ou
pretas, contrastando com o rosa gengival,
A pigmentação pode se dividir em dois grandes
grupos: endógeno e exógeno. A variedade
endógena pode ser causada por diversas razões,
sejam elas relacionadas a distúrbios sistêmicos ou
não. Em casos de deposições fisiológicas, pode-se
citar o exemplo de melanose racial, que acomete
mais comumente pessoas de origem africana. A
pigmentação melânica racial não está associada a
aspectos patológicos e, por este motivo, não
necessitaria de intervenção clínica, alem da deposição melânica fisiológica
A variedade exógena da melanose gengival está
associada ao uso do tabaco e medicamentos como
a fenolftaleína. Em algumas culturas tem-se o
costume de fazer o uso de ervas para substituir a
escovação. Essas plantas são usadas para
mastigação e/ou colocadas no fundo do vestíbulo
durante horas, promovendo uma pigmentação
bem localizada, o que serve como um possível
diagnóstico diferencial para outros tipos de
pigmentação12,13,14. Na maior parte dos casos, o
grau de pigmentação melânica gengival está
relacionado com a pigmentação melânica cutânea,
bem como tabagismo. Cabe ressaltar, no entanto,
que pessoas de pele clara e não fumantes também
podem apresentar tais pigmentações15
Existem outras que podem estar associadas à
presença de pigmentação gengival, como as lesões
vasculares, mácula melanocítica, melanoacantoma,
nevus pigmentados, Síndrome de Peutz-Jeghers,
doença de Addison, ente outras. É de suma
importância um correto diagnóstico de melanose
racial para a indicação da despigmentação
melânica gengival
LIMA;PINHEIRO
Revista Odontológica do Planalto Central, v.2, n.1, p.2-8, jan./jun., 2011.
Segun Franco et al 2011, A pigmentação melânica gengival fisiológica ocorre
pela deposição de melanina um pigmento endógeno produzido por
melanócitos presentes na camada basal e espinhosa do epitélio bucal e é
considerada uma variação da normalidade. A mudança da coloração gengival
pode variar de intensidade, indo do marrom claro ao preto azulado e sua
distribuição na mucosa apresenta-se em forma de manchas isoladas a uma
faixa contínua. A sua remoção é indicada quando há uma queixa estética
relatada pelo paciente - ocorrendo com mais frequência naqueles que
apresentam sorriso gengival. Devido à possível utilização de raios laser para
eliminação da pigmentação, estes surgem como uma alternativa altamente
viável para este fim, se mostrando eficientes e com resultados clínicos
favoráveis.
Frenillo Labial
Segundo Pizan, et al 2004, o diastema interincisivo é uma característica
natural na dentição decídua e mista, que, tende a desaparecer com a erupção
dos caninos e segundos molares permanentes. A maioria dos pesquisadores
concorda que o frênulo labial superior anormal pode ser um fator etiológico
importante em casos de diastema patológico, há também outros fatores, como
hábitos perniciosos prolongadas, desequilíbrio muscular da cavidade oral,
deficiência, anomalias dentárias, mal oclusão, etc.
No entanto, existem alguns fatores que podem predispor à presença de
maturação DMI após oclusão. Os componentes congênitos e hereditários são
mencionados como aspectos importantes na persistência de tais espaços
(1,2,24,41). Graber (42) (1991) relaciona o diastema causado por chaves com
fortes tendências familiares. Fator racial ou étnica também é mencionado
como outro importante na presença de diastema maxilar linha média (2,41)
aspectos, como algumas raças são propensas a desenvolver mais amplas
arcadas dentárias em relação ao tamanho dos dentes (16), os negros (27) e os
grupos do Mediterrâneo (16) mostram uma maior prevalência de a presença
deste espaço. Gardiner (1967) (2) afirma que esta é uma característica muito
comum em populações da África Oriental.
Também é importante notar que um espaço persistente marcado entre os
incisivos centrais na dentição permanente pode trazer problemas estéticos e
de oclusão ou alterar a pronúncia de certas sílabas (22) , embora a
importância estética pode variar de acordo com o grupo étnico ou cultural
(29 ) .
Os fatores etiológicos de diastemas patológicos são complexas e diversas e,
muitas vezes inter-relacionadas (7,11).
Huang e Creath (16), em 1995, fez uma análise interessante da literatura ,
apontando principais fatores etiológicos da DMI a seguir:
Hábitos perniciosos prolongado (sugadores lábio inferior, chupar o dedo), o
que pode alterar o equilíbrio de forças peribucales causando anomalias
dentofaciais .
Desequilíbrio muscular na cavidade oral causada por macroglossia,
linfangioma, músculos flácidos e língua impulso.
Disfunção Física, dentes supranumerários (mesiodents), anormal freio labial
superior, quistes, fibromas, corpos estranhos e inflamação periodontal
associada.
Anormalidades na estrutura da mandíbula, crescimento excessivo ou por
fatores endócrinos (imparidade da glândula pituitária), hereditárias ou
congênitas generalizada que pode causar espaços entre os dentes, aberto
sutura em forma de V ou pá média sutura palatal idiopática resultante do
tratamento ortopédico ou ortodôntico, ou perda de suporte ósseo devido a
problemas sistêmicos ou periodontais.
Anomalias e mál oclusão dentária, incluindo mudanças no tamanho, forma e
posição dos dentes adjacentes, dentes perdidos e padrões anormais de
oclusão, incisivos como rotacionados, má oclusão classe II divisão I.
klkjkl
ESTETICA DO SORRISO
Para Madeira (2001), o sorriso e um ato complexo, resultante de uma intricada
coordenacao muscular, atraves do qual os labios separam-se e os cantos da
boca se estendem ou se afastam lateralmente, provocando a exposicao dos
dentes e de areas circinvizinhas do interior da boca. Caracterizar-se por uma
contracao moderada do complexo muscular buccinador, zigomático maior e
risorio, dando a boca uma configuracao curva e cóncava para cima.
E de acordó com a pesquisa de Rubin e colaboradores (1989), ao dissecarem
quatro cadáveres com o objetivo de analizar os principais mecanismos dos
musculos responsaveis pelo sorriso, viram que e a direcao das fibras e a
variacao da forca de contracao muscular sao as razoes baiscas para as
diferencas entre os sorrisos.
Rogets (2006), descreve, como uma expressao frequentemente usada para
indicar prazer e diversao, o sorriso pode tambem influenciar a percepcao da
atratividade a interacao social. Como sugerem Lafrance e colaboradores
(2003), ao realizarem uma meta-analise dos diferentes motivos pelos quais
homens e mulheres sorriem, com base em 162 trabalhos publicados na
literatura, e observam que confiamos mais em pessoas que sorriem do que
nas que nao sorriem. Assim como, destacam uma tendencia, estéticamente
significativa, do que nas que nao sorriem. Assim como, destacam uma
tendencia, estadísticamente significativa, de que as mulheres sorriem mais de
que os homens, podendo estes resultados variar com a cultura e a idade.
Lerman8 em 1942, já dizia que “A beleza ideal não é aquela que se deve sempreprocurar, porque, desde que haja uma beleza ideal, há também beleza real”; assimcomo, existe um bom gosto que as discerne e um mau gosto que as ignore”.Por isso, oscirurgiões dentistas devem fazer um planejamento e mostrar para o paciente como seráfeito o tratamento, porque o que pode ser bonito para o profissional , às vezes para opaciente não é; então deve-se também respeitar a opinião do paciente.
Segundo Mondelli13 (2003), harmonia é a relação de várias partes diferentes
entre si que forma um todo. É certo que não há face perfeitamente simétrica; contudo, aausência de assimetrias notórias, principalmente em áreas importantes, como o terçoinferior, é necessária para uma boa estética facial. A simetria pode levar à monotonia,falta de expressão e não ser agradável como uma face com pequenas assimetrias. Essaharmonia deve estar presente não só na face, mas também no sorriso, pois hoje a belezade um sorriso perfeito é muito exigida pela sociedade.
Como foi explicado anteriormente a beleza e a simetria na odontologia, vao de
mao, convertendo se em parte fundamental a considerar, em el momento de
rehabilitar a um paciente com carencias estéticas e funcionais.
A continuação neste trabalho, dao a conhecer as diferentes alterações
periodontais que mas comprometen a estética do paciente, suas
características, causas e possíveis tratamentos cirúrgicos mas indicados para
cada tipo delas.
Precisa-se ter conhecimientos adequados sobre a relação entre os tecidos
periodontais e cirurgia plástica, para obter bons resultados, a forma, função e
estética. Com respeito a conceito de estética se define, como a rama que tem
como objetivo estudar a essência e a percepção da beleza. Na antiguidade –
especialmente com Platão, Aristóteles e Plotino – a estética era estudada
fundida com a lógica e a ética. O belo, o bom e o verdadeiro formavam uma
unidade com a obra.
Introdução e Revisão da Literatura
GENGIVECTOMIA E GENGIVOPLASTIA NOS DIAS ATUAIS:
INDICAÇÕES, CONTRAINDICAÇÕES E DIFERENCIAÇÕES TÉCNICAS.
Rogério Alves da Silva
Eleonora de Oliveira Bandolin Martins
Fábio Martins
Rosemília Milet Passos
2 REVISÃO DE LITERATURA E DISCUSSÃO
O aumento do tamanho da gengiva é uma característica comum das doenças
gengivais. A terminologia atualmente aceita para essa situação clínica é
aumento gengival
ou crescimento gengival (CARRANZA et al., 2007).
Várias são as formas utilizadas para tratamento cirúrgico de aumentos
gengivais
e dentre elas podemos citar as técnicas de gengivectomia e gengivoplastia. A
primeira
descrição técnica de gengivectomia foi feita por Robiscsek, em 1884, porém
com uma
forma técnica diferente dos moldes atuais. Goldman, na década de 1950, foi o
primeiro
pesquisador que se preocupou em melhorar o contorno gengival e
descrevendo a técnica
cirúrgica de gengivectomia e gengivoplastia da forma como é utilizada até os
dias atuais
(apud LASCALA, 1995; apud DUARTE, 2004).
Em virtude do desenvolvimento e aprimoramento de técnicas cirúrgicas
conservadoras, buscando a preservação de estética, de gengiva inserida, bem
como com
o surgimento de alternativas cirúrgicas e da evolução no campo da
regeneração tecidual
guiada, a gengivectomia é hoje tida como uma técnica restrita, embora de
grande valor
quando bem indicada (DUARTE, 2004)
Segundo Lascala, em 1995, recursos e artifícios da gengivoplastia poderão
complementar a técnica da gengivectomia com a finalidade de restituir à
gengiva uma
forma anatômica e funcional que venha facilitar a fase posterior de controle de
placa e
manutenção. Os autores definiram que a gengivoplastia visa, única e
exclusivamente, à
obtenção de uma arquitetura gengival anatômica e fi siológica normal. O
estabelecimento de
contornos gengivais fisiológicos propicia ao paciente melhores possibilidades e
facilidades
de manutenção da saúde dos tecidos periodontais, através dos recursos de
higiene bucal.
A realização dessa técnica cirúrgica se dá na ausência de bolsas periodontais
ou gengivais.
Na tentativa de diferenciar as técnicas de gengivectomia e gengivoplastia,
Carranza
et al., em 2007, relataram que a técnica de gengivoplastia é similar a
gengivectomia, mas
sua finalidade é diferente, a gengivoplastia é executada para recontornar a
gengiva na
ausência de qualquer tipo de bolsas. Além do objetivo estético, a
gengivoplastia visa
diminuir a margem gengival, criando contorno gengival recortado afinando a
gengiva
inserida, criando sulcos interdentais verticais e remodelando a papila
interdentária para
criar espaço para a passagem de alimentos. Apesar destes relatos de
diferenciação os
autores não são claros em descrever a diferença técnica na execução cirúrgica
e descrevem
as diferenças somente em relação aos objetivos.
Pode-se observar que a evolução na técnica cirúrgica de gengivectomia e
gengivoplastia não sofreu grandes evoluções desde a década de 50 até os
dias atuais.
A tentativa de diferenciação entre as técnicas não fica clara na literatura,
sendo que, os
autores diferenciam a técnica de gengivoplastia da gengivectomia apenas no
objetivo a
ser alcançado e não na execução da técnica cirúrgica. As maiores evoluções
neste tipo de
cirurgia residem no desenvolvimento de instrumentos como aparelho de
eletrocirurgia e
uso de laser de alta potência para realizar as incisões (LASCALA, 1995;
GENCO, COHEN,
GOLDMAN, 1999; PEREIRA et al., 2003; DUARTE, 2004; LINDHE, KARRING,
LANG, 2005;
WOLF, EDITH, RATEITSCHAK, 2006; CARRANZA et al., 2007).
A execução da técnica da gengivoplastia será feita acentuando o bisel externo
executado
pela incisão inicial da gengivectomia, utilizando a parte mais larga da lâmina
de bisturi
de Kirkland colocada perpendicularmente à superfície exposta pela incisão e
paralela ao
bisel desta, executando-se através de movimentos de raspagem no sentido
mesiodistal, o
esfolamento da superfície gengival cruenta. Processa-se assim, através desse
esfolamento
final da superfície gengival, um afinamento do tecido, devolvendo-lhe a
configuração
anatômica próxima do normal, a qual se torna fisiológica após sua maturação.
Essa mesma
arquitetura gengival, afinada e esfolada com a lâmina do gengivótomo de
kirkland, pode e
deve ser refinada com os alicates ou cortadores de cutícula acentuando-se as
concavidades
entre os dentes no contorno do processo alveolar em espessura, tanto do lado
vestibular
como o do lingual. Este autor faz a diferenciação das técnicas de forma que
uma delas
excisiona a gengiva em altura e espessura (gengivectomia) e a outra excisiona
a gengiva
somente em espessura (gengivoplastia).
As contraindicações da gengivectomia, de acordo com Duarte, em 2004, são
primeiramente relacionadas à qualquer cirurgia, como pacientes debilitados,
cardiopatas,
psicóticos e algumas contraindicações contornáveis como diabetes, pacientes
sob
medicação corticosterápica ou anticoagulante, e ainda, vigências de infecções
agudas,
bolsa intra-óssea, pequena quantidade de gengiva inserida, profundidades
diferentes de
bolsas, gengiva flácida, fatores relacionados à estética, necessidade de
acesso ao tecido
ósseo, considerações anatômicas e estéticas comprometedoras e falta de
controle da
placa bacteriana.
Wolf, Edith e Rateitschak, em 2006, afirmaram que as contraindicações e
desvantagens
do procedimento de gengivectomia são: faixa de gengiva inserida muito
estreita ou ausente,
bolsas infra-ósseas, espessamento ósseo marginal, feridas cirúrgicas
extensas, dor pósoperatória, cicatrização por segunda intenção, risco de
exposição de osso, perda de gengiva
inserida, exposição de colos dentais e problemas estéticos na região anterior.
Carranza et al. (2007) citaram que as contraindicações da técnica de
gengivectomia
são a necessidade de cirurgia óssea ou o exame do formato e morfologias
ósseas irregular,
casos em que a base da bolsa se localize apical à junção muco gengival e
considerações
estéticas, especificamente na região da maxila anterior.
Com relação à gengivoplastia, vários autores afirmaram que esse
procedimento
está contraindicado de forma semelhante à gengivectomia, isto é, quando a
deformidade
gengival estiver relacionada a defeitos do contorno ósseo adjacente, em
algumas
retrações gengivais e na presença de processos locais agudos. Outra
contraindicação da
técnica cirúrgica da gengivoplastia é nos casos em que a sua execução
provocaria grande
exposição de tecido conjuntivo (MACPHEE e COWLEY, 1975; KINOSHITA e
WEN, 1985;
DUARTE, 2004; WOLF, EDITH, RATEITSCHAK, 2006; ODESSEY ET al.,
2006).
3 CONCLUSÕES
Pode-se observar que a evolução na técnica cirúrgica de gengivectomia e
gengivoplastia não sofreu grandes evoluções desde a década de 50 até os
dias atuais.
A tentativa de diferenciação entre as técnicas não fica clara na literatura,
sendo que, os
autores diferenciam a técnica de gengivoplastia da gengivectomia apenas no
objetivo
a ser alcançado e não na execução da técnica cirúrgica. Sendo assim,
consideramos
desnecessária a diferenciação entre as técnicas considerando-as como uma
única entidade
cirúrgica.
PROCEDIMENTOS PLÁSTICOS PERIODONTAIS EM
PACIENTE COM SORRISO GENGIVAL – RELATO DE CASO
Periodontal plastic procedures in patients with gummy smile - Case Report
Caio Vieira Pires¹, Carla Gonçalves Lemos Gomes de Souza², Sílvio Augusto
Fernandes Menezes³
Segundo Coslet(1977), a erupção passiva pode ser classificada em Tipo I:
quando a junção
mucogengival está localizada apicalmente à crista óssea; e
Tipo II: a junção mucogengival está no nível ou coronalmente à crista
óssea. Esses dois tipos podem ser subdivididos em Subtipo A: quando existe
pelo menos 2 mm de distância entre a junção cemento-esmalte e a crista
óssea; e em Subtipo B: quando existe menos de 2 mm entre a junção
cemento-esmalte e a crista óssea. Essa classificação proporciona maior
previsibilidade ao tratamento periodontal do sorriso gengival, quando
indicado.
Técnicas como a gengivectomia com incisão tipo bisel externo ou interno,
retalho mucoperiostal deslocado ou não apicalmente e com ou sem
osteotomia podem ser utilizados para corrigir o sorriso gengival de acordo com
a classificação relatada
Outro tipo de classificação qualifica o sorriso em: sorriso alto, 32% dos casos,
quando ocorre exposição de tecido gengival acima de 4 mm; sorriso médio,
exposição gengival entre 3 e 4 mm, ocorrendo em 42% dos casos; e
sorriso baixo, exposição abaixo de 3 mm, ocorrendo em 26% dos casos.
Essa classificação leva em consideração a linha do lábio superior em máxima
abertura durante o sorriso
A estética ideal para um sorriso agradável deve apresentar exposição
mínima de gengiva, exibição simétrica e harmônica entre a maxila e a linha
do lábio superior, saúde dos tecidos gengivais preenchendo a totalidade
dos espaços interproximais, harmonia entre o segmento anterior e
posterior (princípio da graduação), a própria cor e formato dos dentes, lábios
inferiores paralelos à incisal dos dentes superiores e à linha imaginária que
passa pelos pontos de contato desses dentes
A escolha da técnica cirúrgica é direcionada por 3 parâmetros: posição da
margem gengival em
relação à junção amelo-cementária (JAC), distância da crista óssea à JAC e
quantidade de gengiva
queratinizada. Assim, quando há quantidade apropriada de gengiva
queratinizada e a distância da
crista óssea à JAC for de 3 mm ou mais, realizase retalho total com remoção
do excesso gengival através de bisel interno, mantendo 3 a 4 mm de
gengiva queratinizada. Por outro lado, quando a quantidade de gengiva
queratinizada é insuficiente, indica-se a realização de retalho posicionado
apicalmente. Se a distância da crista óssea à JAC
for menor que 3 mm, estão indicadas a osteotomia e a osteoplastia, até
estabelecer estes 3 mm
RETRACCION GENGIVAL
Conforme Tzur et al. (1992), a recessão gengival em um único dente na
arcada superior é um grande
problema estético, especialmente quando o paciente
tem uma linha alta do lábio em repouso ou sorrindo.
Assim, as opções de tratamento incluem uma coroa
ou ponte fi xa, enxerto gengival pediculado e erupção
ortodôntica forçada do dente, sendo que esta última é
a mais comumente usada, pois permite a restauração
da coroa severamente danifi cada, evitando procedimentos cirúrgicos e
reabilitando adequadamente
pigmentacao melanica
CIRURGIA PERIODONTAL
Cirugía plástica periodontal como solución a una recesión gingival localizada
Sebastián Barranco-Piedra; Ramón Rodríguez-Martos; Maribel González-Martín; Manuel García-Calderón – Profesor del Master de Cirugía Bucal de la Universidad de Sevilla / Daniel Torres-Lagares – Coordinador del Master de Cirugía Bucal de la Universidad de Sevilla / José-Luis Gutiérrez-Pérez – Director del Master de Cirugía Bucal de la Universidad de Sevilla
introdução
Recessões gengivais vestibulares são um achado comum tanto na prática
diária em pacientes com incipiente a doença periodontal avançada , e em
pacientes com doença periodontal e uma boa higiene oral (1). Hoje, o motivo
da consulta estética tem aumentado significativamente de modo que este tipo
de terapia tem sido imposta em nossos planos de tratamento.
A recessão gengival é definida como " o movimento do tecido mole margem
apical à junção cemento , deixando a superfície radicular exposta ", assim
carrega com perda de inserção periodontal (2).
Assim, o dentista é gengival recessão por vários fatores, tais como a estética,
a sensibilidade , ou abrasão decadência cervical. Mas basta considerar que
este é um problema quando há inflamação mucogengival e recessão gengival
em áreas com pouca ou nenhuma gengiva inserida (3).
etiologia
No que diz respeito à etiologia da recessão gengival podemos distinguir dois
tipos de fatores que são fatores predisponentes e triggers . Entre os destaques
predisponentes mesa deiscência vestibular. A deiscência é essencial para a
formação de um requisito recessão das gengivas. Assim fica mesa deiscência
óssea recessão gengival , enquanto uma deiscência não precisa ser
acompanhada de recessão gengival. Um biótipo gengival fino, uma menor
quantidade de gengiva ceratinizada altura e altas inserções chaves, também
são fatores predisponentes para o futuro recessão gengival , mas não são
causas diretas de que (4).
O acúmulo de placa bacteriana , bem como trauma mecânico, outros gatilhos
são considerados recessão gengival. Portanto , eles podem dar origem ao
aparecimento de uma recessão gengival ( 5 ) .
Não há provas científicas que sugerem que a causa mais comum de
ocorrência de recessão gengival é escovar jovem , enquanto o adulto é a
principal causa da doença periodontal (6).
classificação
Em nosso artigo classificamos recessões gengivais após a classificação de
Miller, descrito em 1985. Uma vez que também serve para estabelecer um
prognóstico para o nosso tratamento de enxerto (7).
- Classe I:
O equivalente a recessão do tecido marginal se estende a linha de
mucogengival, e em que não há osso ou interdental perda de tecido mole. Tem
uma cobertura de raiz de cem por cento.
- Classe II:
Correspondem às recessões de tecido marginal sim estendem ou ultrapassam
a linha mucogengival, e em que há perda de osso ou tecido mole interdental.
Tem uma cobertura de raiz de cem por cento.
- Classe III:
Recessão de tecido marginal que atinge ou ultrapassa a linha mucogengival,
envolvimento ósseo existente ou papila interproximal. Esperar uma cobertura
parcial da lesão.
- Classe IV:
Recessão de tecido marginal que atinge ou ultrapassa a linha mucogengival, o
envolvimento existente do osso interproximal e papila. Não é aconselhável
para tentar cobertura da raiz.
As principais indicações são restaurações subgengivais , movimentação
ortodôntica ou higiene oral inadequada nesse nível por desconforto relatado
pelo paciente devido à ausência de tecido queratinizado .