“a casa e a causa espírita”, com allan kardec. · necessidade de estudo e prática conjunta da...
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“A Casa e a Causa Espírita”, com Allan Kardec.
Agradecimentos:
Aos meus pais, Maria da Conceição e Heitor, que me deram mais uma oportunidade de evolução nesta vida, às minhas três irmãs - tão
diferentes física, mental, intelectual e espiritualmente -, e a minha esposa Cleyde que me proporcionou grandes aprendizados de
paciência, dedicação e tolerância.
E a todos os “mestres encarnados e desencarnados (em parte,
mencionados no texto e aos quais agradeço)”, com os quais tenho buscado aprender e especialmente praticar (por ações, palavras e
pensamentos), os exemplos deixados pelo nosso maior Mestre e Exemplo, Jesus.
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Índice:
- Prefácio: Alkindar de Oliveira.
- Introdução.
- Conclusões Pessoais.
- Capítulo 1: Informações Disponíveis: De qual Planeta Terra e de qual Brasil? Ou, Como Tratar os Diferentes de Forma Diferente?
- Capítulo 2: “Espíritas”: Como Tratar os Diferentes de Forma Diferente?
- Capítulo 3: A Revelação Espírita e seus Conceitos de Ciência, Filosofia, Pedagogia, Moral e Religião;
- Capítulo 4: Espiritismo no Brasil: Questões históricas, para ser praticado como Religião Espírita.
- Capítulo 5: A Missão da Casa Espírita e dos Espíritas.
- Capítulo 6: Casas Espíritas: O que ocorre devido aos Diferentes
Tamanhos/ Locais, Atividades, Recursos (Dinheiro, Imóvel, Instalações, Acessibilidade, Sustentabilidade, Funcionários, etc.) e
o Fator Humano dos Dirigentes e dos Voluntários.
- Capítulo 7: Assistência Social das Casas Espíritas: “Pedintes ou
Ofertantes de Serviços”. Toda Assistência Social é um
Assistencialismo? As possibilidades de Sinergias, com outras Casas Espíritas e/ ou Comunidades.
- Capítulo 8: Educação Espírita: Informar aos Alunos postulantes a condição de “Espíritas” ou dar Oportunidades de Educação e
Evolução Contínua aos Espíritos?
- Capítulo 9: Pedagogia Espírita: Comenius, Pestalozzi, Kardec,
Herculano Pires: o elo perdido.
- Capítulo 10: Mediunidades e Médiuns.
- Capítulo 11: Propostas para a Viabilidade de Reposicionar as Casa Espíritas, as “Famílias” de Espíritas e os Espíritas.
- Capítulo 12: Caso de Sucesso: “CAEAL – Centro de Assistência Espiritual André Luis”.
- Capítulo 13: “Estou Espírita”.
- Anexos:
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a) O primeiro contato na Casa Espírita: Centro Espírita Evangélico Antonio Monteiro, Ferraz de Vasconcelos;
b) Anexo: Casa Espírita: Sala Repleta...Casa Deserta, por Joanna
Abranches;
c) Anexo: Movimento Espírita no “Mundo do Faz de Conta”, de
Jorge Hessen;
d) Anexo: Puritanismo na Casa Espírita: Pedro Valiat;
e) Anexo: Dimensões Espirituais do Centro (Casa) Espírita, Suely Caldas Schubert;
f) Trabalhando os Trabalhadores: Joana Abranches;
g) Anexo: Chegou a hora de Começar a abrir a boca: Evasão no
Centro Espírita: Não estão desistindo da Doutrina, só do Centro; Alamar Régis Carvalho;
h) Anexo: “Tabela com os Meios e a Qualificação conhecidos para facilitar a Educação para a Evolução Espiritual”;
i) Anexo: Objetivos do Espiritismo e da Causa Espírita: Rubens Policastro Meira;
- Bibliografia: Livros, Artigos, DVD’s, etc. (Ciências/ Filosofias/ Pedagogias/ Religiões).
- Currículos: Serviços Profissionais e de Serviços Comunitários.
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- Prefácio: Alkindar de Oliveira.
Que livro!!!
Em dado capítulo do livro o autor diz: “Há que se ter humildade
para repensar nossas práticas, reconhecer equívocos, resgatar a doutrina simples e libertadora de Jesus”. E, com humildade, ele
expõe profunda e meticulosa análise do movimento espírita brasileiro. Análise cristalina, sem equívocos.
Com sapiência aprofundou-se em pesquisas e complementando-as com muito bem-vindas ideias próprias, para
mostrar – com humildade e didática – um caminho para que o
Espiritismo faça jus ao seu espírito revelador.
O objetivo de reposicionar a casa e a causa espírita ficou
patente. Logo no início o autor expõe caminhos inteligentes, práticos e didáticos para que o Espiritismo chegue – com sua límpida essência
– a numero maior de pessoas. Vai nesta direção quando, por exemplo, sugere mudança de discurso: “Sempre que possível
deveríamos utilizar Revelação Espírita e não Doutrina Espírita, pois não buscamos ‘doutrinar’, mas revelarmos as oportunidades de cada
espírito evoluir pelo seu livre arbítrio”.
Com tranquilidade e convicção afirmo que o movimento espírita
está – com este livro – tendo a oportunidade de repensar: A que veio o Espiritismo? Qual a sua finalidade? Como atingirmos seus efetivos e
verdadeiros propósitos?
O autor com ciência e proficiência analisa criticamente o
movimento espírita, mas de forma racional e pedagógica. A leitura
atenta deste livro e a aplicação dos seus conceitos e sugestões, certamente serão um marco importante para Nova Era que está
chegando.
Agradecido pela oportunidade de prefaciar este livro didático,
incomum e extremamente útil, encerro da forma que o iniciei:
Que livro!!!
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Introdução: A partir dos 14 anos, embora com pais católicos, comecei a
questionar com padres, freiras e amigos as diferenças que começava a reconhecer no nosso querido Planeta Terra. Leituras de Freud, Kant,
Jung, Karen Horney, etc. apenas me levaram a mais dúvidas e questionamentos.
Em longa trajetória, de acertos e erros, nos últimos 50 anos tenho participado ativamente de tudo que se relaciona com a Revelação
Espírita, codificada por Allan Kardec, também questionando racionalmente quaisquer situações.
Tenho vivido tantas comprovações de que o Espiritismo é a melhor
explicação para as minhas dúvidas existenciais, que não tenho mais o direito de duvidar da Ciência, da Filosofia, da Pedagogia, da Moral e
da Religião, conforme a Revelação Espírita. Meu objetivo para documentar essas experiências vividas tem como
base a necessidade de “Reposicionar a Casa e a Causa Espírita”, especialmente para a nova situação de comunicação global e para
abrir as portas da Revelação Espírita, para os jovens globalizados e os iniciantes, para as bases estabelecidas por Allan Kardec e não
como “apenas mais uma religião”. O objetivo maior da Revelação Espírita deverá ser a de dar
oportunidade para a “Evolução Espiritual pela Educação Moral, Espiritual, Intelectual e Material”, e não necessariamente de espíritas.
Todas as informações coletadas nesses anos, ou tem o texto incluído no respectivo capítulo e/ ou tem a menção na bibliografia indicada no
final.
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Conclusões Pessoais: Com base nas experiências vividas em mais do que 40 anos no
Movimento Espírita e especialmente, nas informações coletadas de inúmeras fontes, que são indicadas no texto, essas conclusões
pessoais podem ser resumidas em:
A Casa e a Causa Espírita não poderiam ser concebidas, tanto no
Plano Físico como no Plano Espiritual, para apenas fornecer aos Seres Humanos mais uma opção de Religião.
Por várias razões históricas, no Brasil, a Revelação Espírita é tão somente reconhecida, pela maioria, como mais uma opção
religiosa.
Mas, desde a biografia de Allan Kardec, reafirmada com a sua metodologia científica de pesquisa e de codificação do Espiritismo,
com seus cinco livros básicos e também nas detalhadas descrições de casos na Revista Espírita, nos dão as claras direções da
abrangência do Espiritismo como Ciência, Filosofia, Pedagogia, Moral e Religião.
Os cursos, seminários, palestras, passes, em muitas Casas Espíritas, passaram a serem “rituais religiosos”, buscando a
quantidade de participantes (trabalhadores e assistidos) e não a qualidade, para a educação/ discussão aberta/questionamentos e
pesquisas/ sem quaisquer “doutrinações”/ etc. O nosso objetivo maior na Escola Terra de dar oportunidades para
a evolução de Espíritos, sem que necessariamente precisemos formar “espíritas”, foi relegado e especialmente a Pedagogia de
Comenius, de Pestalozzi e de Kardec não foi adotada para o
contato pessoa a pessoa. Parece-nos ser o elo perdido da Revelação Espírita.
Precisamos resgatar Rousseau, Pestalozzi, Comenius, Kardec e os aspectos Científicos, Filosóficos, Pedagógicos e Moral/ Religiosos
da Revelação Espírita. A Revelação Espírita nos dá a possibilidade e oportunidade de
Educar “Espíritos e não necessariamente Espíritas”. Muitas Casas Espíritas, Espíritas e Gente querendo fazer
Espiritismo sem Espíritos, pensando que discutir abertamente o Mundo Espiritual poderia afastar os participantes: apenas afasta os
que veem o Espiritismo como mais uma Religião; Muitas Casas Espíritas e Espíritas têm posições “rançosas” nos
grupos de desobsessão: não debater o assunto e não converter, mas ajudar a esses espíritos. São apenas espíritos em evolução:
atuar sem medo, sem demonização, sem angelização.
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Estes espíritos poderão não melhorar, mas nós deveremos melhorar.
Necessidade de estudo e prática conjunta da mediunidade; da
mesma forma que “informática”, que além do curso necessitamos praticar.
Os descontentes nas Casas Espíritas podem e devem buscar outras opções, como por exemplo, grupos pequenos nos lares, tal qual foi
e é praticado por inúmeros grupos. A Educação de Espíritos somente é viável com o contato pessoa a
pessoa, com amplo conhecimento mútuo, com alto grau de afetividade entre os participantes e com a discussão aberta e sem
preconceitos da codificação de Allan Kardec. Cuidados para não descaracterizar o grupo: afeto, nível de conhecimento, sintonias
nos planos material e espiritual. Esta Educação Espírita tem disponível a Pedagogia de Comenius,
Pestalozzi e Kardec, para amorosamente propiciar a evolução Moral, Espiritual, Intelectual e Material dos espíritos.
A Revelação Espírita engloba Ciência, Filosofia, Pedagogia, Moral e
Religião. Sempre que possível deveríamos utilizar Revelação Espírita e não
Doutrina Espírita, pois não buscamos “doutrinar”, mas revelarmos as oportunidades de cada espírito evoluir pelo seu livre arbítrio.
Nos capítulos a seguir estão as pesquisas, referências e
especialmente experiências vividas que nos levaram a organizar e publicar essas conclusões, abertas a todos e quaisquer
questionamentos.