a capa de bartimeu em 17.02.2015 - pr. claudio santos

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Pão Quente Diário Devocional Pr. Claudio Santos A Capa de Bartimeu (em 17/02/2015) Quando era criança, aos dez anos de idade em 1980, na passagem de anos, estávamos em casa festejando, faltando 5 minutos para a meia noite, minha mãe (falecida) havia bebido, o que era normal nas festividades, entretanto, ao tentar fazer-nos uma surpresa soltando um fogo de artifício, ela, infelizmente foi surpreendida por errar ao posicionar esse artificio de pequeno potencial, ao contrário, o único que viu este ocorrer de uma certa distância fui eu, gritei (“Solta mãe! Solta!), sem sucesso, congelei, perplexo diante da cena catastrófica, não pude lhe socorrer, evitar a catástrofe, ela não ouviu meus gritos, abafados pelo alto som, ou então entendeu que estava apoiando o que ela fazia ao gritar solta (soltar o rojão para ouvir os estampidos), sua mão explodiu, perdendo ela parte dos movimentos e de alguns dedos. Isto ocorreu a 34 anos, mas a imagem dessa catástrofe me assombrou por vários anos, pois na manhã seguinte (ela já havia sido levada para o Hospital em Marechal Hermes), um primo ainda sob o efeito da bebida começou a me acusar, outros parentes disseram que mesmo que tivesse chegado próximo a ela não daria tempo, pela distância para impedir o fatídico acontecimento. A lembrança me perseguiu por muitos anos daquela acusação, mas seu poder de culpabilidade não foi capaz de me destruir, pois no ano seguinte, em Fevereiro de 1981, dia 17, aceite a Jesus Cristo como o Senhor e Salvador de minha alma. O Pregador era o Pr. Sebastião José Gomes, na PIB em Engº Pedreira. A mensagem mencionava um mendigo, uma pessoa com deficiência, que largou uma capa e aceitou a Jesus, confesso que não entendi toda a mensagem, porém no momento do apelo (como o apelo é importante), algo/alguém (eu ouvia uma voz) dizia dentro de mim: “Solta, vai, solta a capa e aceita a Jesus!” Porém uma outra voz (um pensamento talvez) também dizia: “Você é muito novo, deixa isto para mais tarde, quando estiver mais velho!”. Estava com uma capa/japona de chuva, além da voz do Pastor fazendo o apelo para que aceitasse a Jesus e largássemos o que nos impedia, como o mendigo havia feito com sua capa, a voz firme, insistente, dentro de mim, continuava: “Solta, vai, solta sua capa e aceita a Jesus!”. Meu primo também aceitou a Jesus primeiro e já estava lá na frente, o Pastor estava encerrando o

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Page 1: A capa de bartimeu   em 17.02.2015 - Pr. Claudio Santos

Pão Quente Diário Devocional

Pr. Claudio Santos

A Capa de Bartimeu (em 17/02/2015)

Quando era criança, aos dez anos de idade em 1980, na passagem de anos, estávamos em casa festejando, faltando 5 minutos para a meia noite, minha mãe (falecida) havia bebido, o que era normal nas festividades, entretanto, ao tentar fazer-nos uma surpresa soltando um fogo de artifício, ela, infelizmente foi surpreendida por errar ao posicionar esse artificio de pequeno potencial, ao contrário, o único que viu este ocorrer de uma certa distância fui eu, gritei (“Solta mãe! Solta!), sem sucesso, congelei, perplexo diante da cena catastrófica, não pude lhe socorrer, evitar a catástrofe, ela não ouviu meus gritos, abafados pelo alto som, ou então entendeu que estava apoiando o que ela fazia ao gritar solta (soltar o rojão para ouvir os estampidos), sua mão explodiu, perdendo ela parte dos movimentos e de alguns dedos. Isto ocorreu a 34 anos, mas a imagem dessa catástrofe me assombrou por vários anos, pois na manhã seguinte (ela já havia sido levada para o Hospital em Marechal Hermes), um primo ainda sob o efeito da bebida começou a me acusar, outros parentes disseram que mesmo que tivesse chegado próximo a ela não daria tempo, pela distância para impedir o fatídico acontecimento. A lembrança me perseguiu por muitos anos daquela acusação, mas seu poder de culpabilidade não foi capaz de me destruir, pois no ano seguinte, em Fevereiro de 1981, dia 17, aceite a Jesus Cristo como o Senhor e Salvador de minha alma. O Pregador era o Pr. Sebastião José Gomes, na PIB em Engº Pedreira.

A mensagem mencionava um mendigo, uma pessoa com deficiência, que largou uma capa e aceitou a Jesus, confesso que não entendi toda a mensagem, porém no momento do apelo (como o apelo é importante), algo/alguém (eu ouvia uma voz) dizia dentro de mim: “Solta, vai, solta a capa e aceita a Jesus!” Porém uma outra voz (um pensamento talvez) também dizia: “Você é muito novo, deixa isto para mais tarde, quando estiver mais velho!”. Estava com uma capa/japona de chuva, além da voz do Pastor fazendo o apelo para que aceitasse a Jesus e largássemos o que nos impedia, como o mendigo havia feito com sua capa, a voz firme, insistente, dentro de mim, continuava: “Solta, vai, solta sua capa e aceita a Jesus!”. Meu primo também aceitou a Jesus primeiro e já estava lá na frente, o Pastor estava encerrando o apelo e ia orar por ele, então, subitamente levantei do banco, joguei a capa sobre o colo de minha prima e lhe disse: “segura aí pra mim e corri lá pra frente para aceitar a Jesus”. Agora 34 anos após, essa lembrança vem à minha mente, me fazendo entender que soltar a japona/capa era também soltar o peso da culpa que a mim foi imposta de não conseguir impedir o acidente de minha mãe. Hoje o Espírito Santo me deu a seguinte mensagem: Não podemos trocar de capa e continuar com as mesmas atitudes. O mendigo jogou sua capa para ganhar a cura de sua visão, porém como consequência sua vida mudou, deixou de ser um pedinte para ser um cidadão contribuinte.

Qual capa é hoje o seu porto seguro e ao mesmo tempo sua muleta? O que faz você se sentir inseguro e afastado de Deus? O que tem identificado você como uma pessoa que necessita receber tratamento espiritual ao invés de Viver em Novidade de Vida e Crescer em Graça e Conhecimento da Palavra de Deus? Se mudasse a palavra capa, para máscara, será que seria melhor entendido? Qual a máscara que usamos para sair à rua, trabalhar, nos relacionar com os vizinhos, parentes, amigos, inimigos, reagir às adversidades diárias?

Deus quer cobrir você com sua unção de paz, amor, esperança e fé, aceite a Jesus como gestor de sua vida plena, e deixe o mestre governar sua forma de agir e reagir.