a África negra antes dos europues - … · vários povos negro-africanos, ... alguns desses povos...
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África Setentrional (ou África do Norte ou África Mediterrânea) – região localizada ao norte do continente, dominada quase completamente pelo Deserto do Saara.
É onde se localizavam as civilizações egípcia e cartaginesa.
Entre os séculos VIII e o XVII, a África ao sul do Deserto do Saara era habitada por vários povos negro-africanos, cada um com seu jeito próprio de ser.
Alguns desses povos construíram Impérios e reinos prósperos e organizados.
Os griots
São os indivíduos que tinham o compromisso de preservar e
transmitir histórias, fatos históricos e os conhecimentos e as canções de seu
povo, por meio da tradição oral.
Existem os griots músicos e os griots contadores de histórias.
QUEM PARTICIPAVA – mercadores árabes, bérberes, povo nômade do deserto.
O QUE LEVAVAM – tecidos, temperos e armas.
COMO SE DESLOCAVAM – com dromedários.
O QUE OBTINHAM – sal, ouro, escravizados.
História política
O Reino de Gana começou a se formar a partir do século IV em decorrência da união de vilas e povos da região do Sahel (faixa de terra entre o Deserto do Saara e as terras mais férteis do sul).
LOCALIZAÇÃO GOVERNO
Região que corresponde,
parcialmente, aos territórios de dois países africanos da atualidade: Mali e
Mauritânia
MONARQUIA: Os reis (líderes políticos e
militares) eram chamados de ganas.
Os principais produtos comercializados eram marfim, escravizados e ouro, que eram trocados por cobre, búzios, tecidos, figos e sal.
No século X, Gana era considerado o império mais poderoso da região centro-oeste da África.
Atividades econômicas e poder
Religião
Islamismo, cristianismo e crenças animistas (crença em um único criador do universo que colocou um espírito em todas as coisas, sejam elas animadas ou não).
Há poucos documentos escritos sobre o
Mali e os vestígios arqueológicos também
são reduzidos.
As principais fontes para o conhecimento do
Mali têm sido as histórias preservadas pelos
Griots.
PORQUE existem poucos edifícios históricos e monumentos na África subsaariana?
O motivo é simples. Os europeus
destruíram a maior parte.
Só nos restam os desenhos e descrições de viajantes que visitaram os lugares antes
das destruições.
LOCALIZAÇÃO GOVERNO
O Reino de Mali estava localizado onde se encontram os países Mali e Mauritânia na atualidade.
MONARQUIA: o rei Kango Mussa foi o mais conhecido.
História política
Sundiata Keita foi importante para o povo
mandinga (antigos malineses) porque liderou e
venceu uma rebelião que livrou o reino do
Mali do opressor povo sosso e, depois de
conquistar outros territórios como Gana,
fundou o Império Mali.
Atividades econômicas
Agricultura, pastoreio e artesanato.
O Mali era o maior produtor de ouro da África.
Plantava-se arroz, milhete, inhame e feijão.
Comercializavam ouro, sal, cobre e noz-de-cola.
A política de consulta aos povos do Império do Mali, um exército bem treinado, o respeito às tradições e aos costumes dos povos conquistados, contribuíram para evitar revoltas e consequentemente a duração do Império.
RELIGIÃO
O rei mali, chamado de mansa, converteu-se ao islamismo no século XI, contudo, a população manteve suas crenças animistas.
Porém, no final do século XV, uma ameaça despontou no território dos malineses: os
portugueses e suas armas de
fogo.
Assim, começa a interferência portuguesa que fomentava guerras entre os habitantes malineses, na tentativa de conseguir escravos.
No final do século XVI, enfraquecido, o Mali foi perdendo territórios e se esfacelando.
O Reino de Songai, antigo aliado do Mali, foi um dos reinos rebelados que obteve autonomia.
No fim de 1460, conquistou muitos dos Estados vizinhos de Songai, incluindo o que restava do Reino de Mali, e dominou as minas de ouro e de sal (produtos que eram comercializados na região norte) e, ainda, o comércio de marfim e de escravizados.
O REINO DE SONGAI FOI DERROTADO
PELOS MARROQUINOS,
QUE UTILIZARAM O ARCABUZ
(ESPINGARDA) NOS CONFLITOS.
História política
TUDO COMEÇOU com o casamento entre o chefe Kicongo Nimi Lukini e uma mulher do povo ambundu.
Dessa união nasceu, no final do século XIV, o reino do Congo.
Pouco a pouco, seus sucessores foram ampliando o território do reino por meio de conquistas militares e casamentos.
O senhor do Congo recebia o título de Mani Congo, e era auxiliado por doze conselheiros.
Atividades econômicas
A base da economia do Congo eram a agricultura e o pastoreio.
Cultivavam legumes, verduras, frutas e criavam porcos, bovinos e cabras.
Teciam pano com fibras das folhas de ráfia, um tipo de palmeira.
Forjavam ferro para fazer armas – espadas, facas, lanças – e cobre para joias.
A sociedade era liderada por uma nobreza formada pelos chefes das principais províncias, além de mercadores, artesãos, soldados e agricultores, que compunham a maioria da população.
Havia também cativos, ainda que em número reduzido.
Havia, porém ela era bem diferente do que iria acontecer na América.
Em primeiro lugar, os escravos eram temporários. Eles perdiam a liberdade como punição por crimes ou por não pagarem dívidas, e permaneciam escravos por um tempo determinado (de 2 a 4 anos em média).
Se eles se casassem, eram incorporados à família dos seus senhores. Em muitos casos, eles acabavam desempenhando atividades que exigiam confiança e responsabilidade.
No de 1483, os habitantes do congo tiveram seu primeiro contato com os portugueses, que logo passaram a interferir no reino.
E o que aconteceu com o Mali, acabou acontecendo também com o Congo: seus habitantes foram sumariamente caçados e escravizados.
Em 1665, os congos tentaram uma revolta antilusitana (contra Portugal), mas foram vencidos por tropas lideradas pelos portugueses, que passaram, então, a dominar o Congo.
A escravidão é uma prática comum
desde a Antiguidade.
Os árabes foram grandes
compradores de escravizados
africanos.
Provocada pela guerra, em que os inimigos capturados eram escravizados;
Uma forma de fugir da fome, pois as pessoas, para sobreviver, vendiam os
filhos ou elas próprias;
Um modo de punição judicial, imposta por algum crime ou dívida não paga.
Com Grandes Navegações, a escravidão que existia na África foi alterada. Os africanos se tornaram cativos, retirados da sua comunidade e transferidos para
outras sociedades, perderam sua identidade cultural.
Os escravizados passaram a ser uma das “mercadorias” de maior interesse para
os comerciantes portugueses e, posteriormente para os traficantes de
outros reinos europeus.
Os africanos eram trocados por produtos das colônias (tabaco, aguardente e açúcar), da Europa (armas de fogo) e da Ásia (tecidos).
Os europeus fomentavam as guerras entre as tribos na intenção de conseguir
mais escravos.
O tráfico negreiro moderno ocasionou transformações na sociedade
africana, pois destruiu tribos inteiras.
Portugueses, franceses, holandeses e ingleses construíram feitorias e acabaram dominando o comércio na região.
A presença portuguesa, no entanto, destacou-se na região do Império Monomotapa, (havia minas de minério de ferro e de ouro).
Portugal também dominou Moçambique, Madagascar, Zimbábue, Quênia e Somália.