a 01 o mundo em que nasceu saulo

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Aula inicial: visão geral do mundo em que Saulo de Tarso nasceu.

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  • 1. Antecedentes histricos e ambiente geogrficoSaulo, o futuro Apstolo dos Gentios, nasceu nacidade de Tarso, na Cilcia, segundo a histriaoficial, por volta do ano 10 da nossa era. Emmanuelinforma, em Paulo e Estvo, que, no ano 35, j eminforma, em Paulo e Estvo, que, no ano 35, j emJerusalm, Paulo beirava os 30 anos.Nascera no ano 5 (H. Miranda) ou 7 (Daniel-Rops)

2. A Cilcia era um distrito da sia Menor, entre aPanflia e a Sria. (...) Importante estrada cortava opas de este a oeste, passando pela cidade deTarso. (...)Antecedentes histricos e ambiente geogrficoTarso. (...) 3. Nos tempos romanos, a Cilcia exportava grandequantidade de l caprina, chamada cilicium, daqual se faziam tendas. Esse foi, alis, o ofcio deSaulo, de vez que era praxe entre os de sua raa,Antecedentes histricos e ambiente geogrficoSaulo, de vez que era praxe entre os de sua raa,inclusive os mais riscos e ilustrados, aprendersempre um ofcio manual. 4. Tarso cidade bem antiga. Segundo o ObeliscoNegro, na mais recuada referncia conhecida,Tarso foi tomada pelos assrios cerca de 850 anosantes de Cristo. (...) Sua importncia na histriaantiga foi considervel , no apenas pela excelenteAntecedentes histricos e ambiente geogrficoantiga foi considervel , no apenas pela excelentelocalizao geogrfica como pela suas realizaes.Possua um bom porto e territrio frtil. Seuspontos de sustentao econmica foram as suasduas importantes obras de engenharia: o porto ea passagem para o Norte, aberta no monte Tauro. 5. Segundo H. Miranda, Ernani Cabral, no livroApreciando a Paulo, lembra que Tarso contava comuma das trs universidades que ento existiam nomundo; as outras eram a de Atenas e a deAntecedentes histricos e ambiente geogrficomundo; as outras eram a de Atenas e a deAlexandria. (...)A influncia grega sobre Tarso foi considervel (...) 6. A populao era, pois, heterognia.Will Durant acrescenta que a Cilcia era altamentecivilizada ao longo da costa, mas ainda brbaraAntecedentes histricos e ambiente geogrficocivilizada ao longo da costa, mas ainda brbaranos altiplanos do monte Tauro.Tarso, a capital, era famosa por seus filsofos epor suas escolas. 7. Os judeus da dispora estabeleceram ali (Tarso)importante colnia, como tambm em Antioquia,Mileto, feso, Esmirna. Grupamentos menores,Antecedentes histricos e ambiente geogrficoMileto, feso, Esmirna. Grupamentos menores,mas ainda numerosos, habitavam Delos, Corinto,Atenas, Filipos, Petra, Tessalnica. Muitas dessascomunidades entrariam mais tarde no roteiroluminoso de Paulo. 8. (...) Sob o domnio dos romanos, (Tarso) a partirdo ano 104 a.C., tornou-se uma das mais ricas emaiores cidades do Oriente.Antecedentes histricos e ambiente geogrficomaiores cidades do Oriente.(As marcas do Cristo, Herminio C. Miranda, vol. I cap. 1) 9. Paulo nasceu em pleno apogeu do imenso ImprioRomano, e o que era bom para Roma era bom para oresto do mundo. (...)Estrutura polticaO assassinato de Jlio Cesar, em maro de 44 a.C(...)uma das tragdias mximas da Histria, no apenasporque interrompeu suas tarefas de grande estadista(...) como pelas lutas que, por quinze anos, sacudiram omundo, na disputa de poder supremo. 10. Csar dizia que com dinheiro obtinha soldadose com soldados conseguia mais dinheiro.Exrcitoe com soldados conseguia mais dinheiro.(H. M.) 11. Caivs Jvlivs Caesar Octavianvs nasceu no ano 63 a.C emorreu no ano 14 da nossa era (...) em 27 a.C. deram-lhe os sditos, agradecidos, o cognome de Avgvstvs,(...)Estrutura poltica(...)Depois de tantos anos tumultuados, de lutassangrentas e confuso poltica, todo o ImprioRomano ansiava por uma reorganizao e por umbom disciplinador. Augusto era indubitavelmente ohomem indicado para a tarefa (...) 12. Quando Jesus nasceu, na longnqua provncia daPalestina, Augusto estava no exerccio de seudcimo terceiro mandato de cnsul, e os poderesde imperium lhe vinham sendo sucessivamenteEstrutura polticade imperium lhe vinham sendo sucessivamenteprorrogados desde 27 a.C.(As marcas do Cristo, Herminio C. Miranda, vol. I cap. 1) 13. Qualquer que fosse o imperador romano, asprovncias somente conheciam seus delegados,geralmente procuradores, que oprimiam eAs Provnciasgeralmente procuradores, que oprimiam eextorquiam em nome do Csar divinizado,ou para a sua prpria bolsa, sempre vida einsatisfeita. 14. O Oriente Mdio foi particularmente infelizdurante o longo perodo de dominao romana. Asubida de Octaviano at que representou algumaAs Provnciassubida de Octaviano at que representou algumatrgua na sucesso de aventureiros polticos emilitares de todos os matizes, que exploravam asprovncias no interesse de suas terrveisambies. 15. O campo de batalha desses homens eram asprovncias, e l mesmo que tinham de obterdinheiro e soldados. (...) como lembra WillAs Provnciasdinheiro e soldados. (...) como lembra WillDurant: o Oriente Mdio alimentou centenas deexrcitos e subornou um milhar de generais. 16. (...) os povos oprimidos suportavam o arbtrio dehomens de uma formao poltica, social e,especialmente, religiosa diferente da sua. Osromanos no respeitavam os deuses locais nem ascrenas ou costumes.(...) Em comunidades predominantemente judias,As Provncias(...) Em comunidades predominantemente judias,o choque era gritante e contnuo entre um povoque sempre se considerou o predileto do Deusnico e os conquistadores pagos que lhetumultuavam a existncia e o humilhavam detodas das maneiras.(As marcas do Cristo, Herminio C. Miranda, vol. I cap. 1) 17. Espalhados pelo imenso Imprio, que abrangiaquase todo o mundo conhecido de ento, viviamcerca de quatro milhes de judeus. Outro milhoA dispora (disperso)cerca de quatro milhes de judeus. Outro milhodistribua-se em territrios no controlados pelosromanos. Havia, assim, menos judeus na Palestinado que no resto do mundo. Eram chamadosjudeus da Dispora, os que viviam longe daptria. (mundo: 300 milhes estm.) 18. A palavra significa disperso e teve sua origem naSeptuaginta, a primeira traduo da Bblia para o grego,feita em Alexandria por solicitao de Ptolomeu II(288-247 a.C.)A dispora(...) quando a nao judaica foi esmagada no ano 70 danossa era, com a tomada de Jerusalm por Tito, a Palestinadeixou de desempenhar seu papel central no Judasmo.Antes disso e, portanto, no tempo de Jesus e de Paulo,Jerusalm era o ponto de convergncia e ao mesmo tempode irradiao entre os judeus da Palestina e os seus irmosespalhados por toda parte. (...) 19. A disporaA Dispora , pois, um fenmeno histrico damais alta importncia, tanto pelo que preservouda remota tradio judaica como pelo papel,da remota tradio judaica como pelo papel,muitas vezes involuntrio, na divulgao dasprimeiras informaes sobre o Cristianismo, napoca oportuna.(As marcas do Cristo, Herminio C. Miranda, vol. I cap. 1) 20. O trabalho da espiritualidadeReportando-nos ainda s conquistas romanas,antes da chegada do Senhor para as primeirasfloraes do Cristianismo, devemos lembrar ofloraes do Cristianismo, devemos lembrar oesforo despendido pelas entidades espirituais,junto das autoridades organizadoras econservadoras da Repblica, no sentido deorientar-se a atividade geral para um grandemovimento de fraternidade e de unio de todos ospovos do planeta. 21. O trabalho da espiritualidadeA realidade, contudo, que, se os mensageiros do Cristoconseguiram a realizao de muitos planos generosos, noseio da comunidade de ento, no podiam interferir naliberdade isolada da grande maioria dos seus membros.liberdade isolada da grande maioria dos seus membros.(...) os abusos da autoridade e do poder embriagavam acidade valorosa. Toda a sede do governo parecia invadidapor uma avalancha de foras perversas, das mais baixasesferas dos planos invisveis. 22. O trabalho da espiritualidadeA famlia romana, cujo esplendor espiritual conseguiuatravessar todas as eras, iluminando os agrupamentos daatualidade, parecia atormentada pelos mais tenazesinimigos ocultos, que, aos poucos lhe minaram as basesinimigos ocultos, que, aos poucos lhe minaram as basesmais slidas, mergulhando-a na corrupo e noextermnio de si mesma.(...) Denso nevoeiro obscurecia todas as conscincias, e asociedade alegre e honesta, rica de sentimentosenobrecedores, foi pasto de crimes humilhantes, detragdias lgubres e miserandos assassnios. 23. O trabalho da espiritualidadeNossa inteno mostrar que o determinismo do mundoespiritual era o do amor, da solidariedade e do bem, masos prprios homens, na esfera relativa de suas liberdades,modificaram esse determinismo superior, no cursoincessante da civilizao.incessante da civilizao.Depois da Augusto, aparece barra da Histria apersonalidade disfarada e cruel de Tibrio, seu filhoadotivo, que v terminar a era de paz, de trabalho econcrdia, com o regresso do Cordeiro s regiessublimadas da Luz. 24. O trabalho da espiritualidade nesse reinado que a Judia leva a efeitoa tragdia do Glgota, realizando sinistramenteas mais remotas profecias.(...) o Divino Mestre submetido aos martrios da cruz, porimposio do judasmo, que lhe no compreendeu o amor ea humildade.Roma colabora no doloroso acontecimento com aindiferena fria de Pncio Pilatos, (...) 25. O trabalho da espiritualidadeOs seguidores humildes do Nazareno iniciam, nas regiesda Palestina, as suas predies e ensinamentos. Rarosapstolos sabiam da misso sublimada daquela doutrinasacrossanta (...) De perto, seguem-lhe a atividade ossacrossanta (...) De perto, seguem-lhe a atividade osemissrios solcitos do Senhor, preparando os caminhosda revoluo ideolgica do Evangelho. (...)(...) Chovem inspiraes do Alto preludiando as dores deJerusalm e as amarguras da cidade imperial. (...) 26. O trabalho da espiritualidade(...) quando Tito destruiu a cidade, arrasando-lhe oTemplo famoso e dispersando para sempre osisraelitas, viu o orgulhoso vencedor mudar-se o cursodas dores para a sociedade do Imprio, atormentadadas dores para a sociedade do Imprio, atormentadapelas tempestades de fogo e cinza que arrasaramEstbias, Herculnum e Pompia, destruindo milharesde vidas florescentes e desequilibrando a existnciaromana para sempre.(A Caminho da Luz, pelo E. Emmanuel, psicografia de Francisco C. Xavier, cap.XIII) 27. Bibliografia: As marcas do Cristo, Hermnio C. Miranda, vol. I cap. 1 A Caminho da Luz, pelo E. Emmanuel, psicografia deFrancisco C. Xavier, cap. XIII