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o neoliberalismona educação
educação de jovens e adultos
programas e açõesdo governo federal
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Angela Mara de Barros Lara
Mara Cecília Rafael
POLÍTICASeducacionais
SOCIEDADE,ESTADO E EDUCAÇÃO
UNIDADE I
SISTEMA EDUCACIONAL
BRASILEIRO
UNIDADE II
POLÍTICAS PÚBLICASPARA O ENSINO SUPERIOR
UNIDADE III
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Viver e trabalhar em uma sociedade global é um
grande desafio para todos os cidadãos. A busca por
tecnologia, informação, conhecimento de qualida-
de, novas habilidades para liderança e solução deproblemas com eficiência tornou-se uma questão
de sobrevivência no mundo do trabalho.
Cada um de nós tem uma grande responsa-
bilidade: as escolhas que fizermos por nós e pelos
nossos farão grande diferença no futuro.
Com essa visão, o Centro Universitário
Cesumar – assume o compromisso de democra-
tizar o conhecimento por meio de alta tecnologia
e contribuir para o futuro dos brasileiros.No cumprimento de sua missão – “promo-
ver a educação de qualidade nas diferentes áreas
do conhecimento, formando profissionais cida-
dãos que contribuam para o desenvolvimento
de uma sociedade justa e solidária” –, o Centro
Universitário Cesumar busca a integração do
ensino-pesquisa-extensão com as demandas
Reitor Wilson de Matos Silva
palavra do reitor
DIREÇÃO UNICESUMAR
Reitor Wilson de Matos Silva, Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho, Pró-Reitor de Administração Wilsonde Matos Silva Filho, Pró-Reitor de EAD Willian Victor Kendrick de Matos Silva, Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi.
NEAD NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho, Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha, Direçãode Operações Chrystiano Mincoff, Direção de Mercado Hilton Pereira, Direção de Polos Próprios James Prestes,Direção de Desenvolvimento Dayane Almeida, Direção de Relacionamento Alessandra Baron, Gerênciade Produção de Contéudo Juliano de Souza, Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila deAlmeida Toledo, Diagramação José Jhonny Coelho, Revisão Textual Jaquelina Kutsunugi, Fotos Shutterstock.NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
institucionais e sociais; a realização de uma
prática acadêmica que contribua para o desen-
volvimento da consciência social e política e, por
fim, a democratização do conhecimento aca-dêmico com a articulação e a integração com
a sociedade.
Diante disso, o Centro Universitário Cesumar
almeja ser reconhecido como uma instituição univer-
sitária de referência regional e nacional pela qualidade
e compromisso do corpo docente; aquisição de com-
petências institucionais para o desenvolvimento de
linhas de pesquisa; consolidação da extensão univer-
sitária; qualidade da oferta dos ensinos presencial ea distância; bem-estar e satisfação da comunidade
interna; qualidade da gestão acadêmica e adminis-
trativa; compromisso social de inclusão; processos
de cooperação e parceria com o mundo do trabalho,
como também pelo compromisso e relacionamento
permanente com os egressos, incentivando a edu-
cação continuada.
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância:
C397
Políticas Educacionais / Angela Mara de Barros Lara / Mara CecíliaRafael.
Maringá - PR, 2014. 101 p.
“Pós-graduação - EaD”.
1. Metodologia de ensino. 2. Ensino superior . 3. EaD. I. Título.
ISBN: 978-85-8084-733-8CDD - 22 ed. 378
CIP - NBR 12899 - AACR/2
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Prezado(a) Acadêmico(a), bem-vindo(a) à Comunidade do
Conhecimento.
Essa é a característica principal pela qual a UNICESUMAR tem sido
conhecida pelos nossos alunos, professores e pela nossa sociedade.Porém, é importante destacar aqui que não estamos falando mais
daquele conhecimento estático, repetitivo, local e elitizado, mas de um
conhecimento dinâmico, renovável em minutos, atemporal, global, de-
mocratizado, transformado pelas tecnologias digitais e virtuais.
De fato, as tecnologias de informação e comunicação têm nos
aproximado cada vez mais de pessoas, lugares, informações, da edu-
cação por meio da conectividade via internet, do acesso wireless em
diferentes lugares e da mobilidade dos celulares.
As redes sociais, os sites, blogs e os tablets aceleraram a informa-ção e a produção do conhecimento, que não reconhece mais fuso
horário e atravessa oceanos em segundos.
A apropriação dessa nova forma de conhecer transformou-se hoje
em um dos principais fatores de agregação de valor, de superação das
desigualdades, propagação de trabalho qualificado e de bem-estar.
Logo, como agente social, convido você a saber cada vez mais, a co-
nhecer, entender, selecionar e usar a tecnologia que temos e que está
disponível.
Da mesma forma que a imprensa de Gutenberg modificou toda
uma cultura e forma de conhecer, as tecnologias atuais e suas novas fer-ramentas, equipamentos e aplicações estão mudando a nossa cultura
e transformando a todos nós.
Priorizar o conhecimento hoje, por meio da Educação a Distância
(EAD), significa possibilitar o contato com ambientes cativantes, ricos
em informações e interatividade. É um processo desafiador, que ao
mesmo tempo abrirá as portas para melhores oportunidades. Como
já disse Sócrates, “a vida sem desafios não vale a pena ser vivida”. É isso
que a EAD da Unicesumar se propõe a fazer.
Pró-Reitor de EaD
Willian Victor Kendrickde Matos Silva
boas-vindas
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sobre pós-graduação
a importância da pós-graduaçãoSeja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está iniciando um
processo de transformação, pois quando investimos em nossa
formação, seja ela pessoal ou profissional, nos transformamos e,
consequentemente, transformamos também a sociedade na qual
estamos inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportunida-
des e/ou estabelecendo mudanças capazes de alcançar um nível
de desenvolvimento compatível com os desafios que surgem no
mundo contemporâneo.O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo este pro-
cesso, pois conforme Freire (1996): “Os homens se educam juntos,
na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica e en-
contram-se integrados à proposta pedagógica, contribuindo no
processo educacional, complementando sua formação profis-
sional, desenvolvendo competências e habilidades, e aplicando
conceitos teóricos em situação de realidade, de maneira a inse-
ri-lo no mercado de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como
principal objetivo “provocar uma aproximação entre você e o con-
teúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento da autonomia
em busca dos conhecimentos necessários para a sua formação
pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de crescimento e
construção do conhecimento deve ser apenas geográfica. Utilize os
diversos recursos pedagógicos que o Centro Universitário Cesumar
lhe possibilita. Ou seja, acesse regularmente o AVA – Ambiente
Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns e enquetes, assistaàs aulas ao vivo e participe das discussões. Além disso, lembre-se
que existe uma equipe de professores e tutores que se encontra
disponível para sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu proces-
so de aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranquilidade
e segurança sua trajetória acadêmica.
Professora Kátia Solange CoelhoDireção Operacional de Ensino
NEAD - UNICESUMAR
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apresentação do material
O livro Políticas Educacionais tem como propos-
ta buscar o diálogo entre você e a base legal que
sustenta o Sistema Educacional Brasileiro. Por que
é tão importante estabelecer este colóquio? Bom,
aquele que procura uma formação fundamentada,
aprofundada e com propriedade só a encontra no
processo do conhecimento como “mergulho”. Esta
parece não ser a palavra, mas em tempos do abuso
do “imersão” achamos que esta é mesmo adequada.
Como “mergulho” queremos que você caia de
cabeça nas descobertas sobre a Política Educacional
e nas políticas educacionais, na sua especificida-
de. O que queremos dizer com isso é que, no que
tange à diferença entre ‘política’ e ‘políticas’ de edu-
cação, suscita que é valioso retomar o que dizemos teóricos sobre o tema:
A Política Educacional (assim, em maiúsculas)
é uma, é a Ciência Política em sua aplicação ao
caso concreto da educação, porém as políticas
educacionais (agora no plural e em minúscu-
las) são múltiplas, diversas e alternativas . A Política
Educacional é, portanto, a reflexão teórica sobre
as políticas educacionais […] se há de considerar
Professora Mestre
Mara Cecília Rafael
Professora Doutora
Angela Mara de Barros Lara
a Política Educacional como uma aplicação da
Ciência Política ao estudo do setor educacional
e, por sua parte, as políticas educacionais como
políticas públicas que se dirigem a resolver ques-
tões educacionais (PEDRO; PUIG, 1998) (VIEIRA,
2007, p.55-56).
Então, a partir destas definições, fica mais explícito
para você o que se constituirá numa oportunida-
de ímpar para aprofundar seus conhecimentos.
Vamos neste texto permitir a interlocução entre a
“Política Educacional”, quando evidenciamos a base
legal e sua sustentação, e as “políticas educacionais”
quando dá-se a oportunidade de tratar das etapas
e modalidades da educação básica.
Veja, é possível construir um aporte teórico-
-metodológico para embasar seus estudos, o que
não significa que este texto tenha a pretensão de
esgotar o assunto. Longe disso, aqui você encontra-
rá um suporte para as suas discussões, mas à medida
que os temas tratados possibilitam a curiosidade
e a necessidade de “saber mais”, faz-se necessário
aprofundar seus estudos, o que levará a caminhos
ainda não conhecidos.
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02 03
34 Educação Básica
64 Considerações Finais
76 A Estrutura e o Funcionamentodo Ensino Superior
96 Considerações Finais
99 Conclusão
100 Referências
SISTEMA EDUCACIONAL
BRASILEIROPOLÍTICAS PÚBLICASPARA O ENSINO SUPERIOR
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1SOCIEDADE, ESTADO E EDUCAÇÃO
Professora Dra. Angela Mara de Barros Lara / Professora Me. Mara Cecília Rafael
Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estu-
dará nesta unidade:
• Sociedade e Educação
• O Neoliberalismo na Educação
• Os Organismos Internacionais e suas propostas
para a Educação BrasileiraObjetivos de Aprendizagem
• Estudar as relações estabelecidas entre a socie-
dade, o Estado e a educação no Brasil.
• Analisar as influências do neoliberalismo na edu-
cação brasileira.
• Interpretar as interferências das organizações
internacionais na educação brasileira.
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Seja bem-vindo(a) à disciplina de Políticas Educacionais. Nesta dis-
ciplina, procuraremos discutir com você a relação entre sociedade,
Estado e educação, as influências do neoliberalismo na educação
brasileira e as interferências das organizações internacionais na
educação brasileira. Estes conteúdos são base para a questão funda-
mental que embasa a disciplina: entender as Políticas Educacionais
no Brasil.Como ponto de partida para as reflexões propostas pela discipli-
na, é necessário que você procure compreender a importância dos
temas que serão tratados para que esta unidade sirva de fundamen-
to para as outras que se seguirão. Cada subunidade proporcionará o
aprofundamento de questões que compõe o corpus da disciplina.
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Políticas Educacionais
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SOCIEDADE
E EDUCAÇÃOSOCIEDADE, ESTADO E EDUCAÇÃO
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Pós-Graduação | Unicesumar
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Para entender a relação entre sociedade,
Estado e educação, vamos tratar de alguns
conceitos e definições:
SOCIEDADE CAPITALISTA
MONOPOLISTA
“[....] o capitalismo monopolista conduz
ao ápice a contradição elementar entre a
socialização da produção e a apropriação
privada: internacionalizada a produção,
grupos de monopólios controlam-napor cima de povos e Estados. [...] O
mais significativo, contudo, é que a
solução monopolista – a maximização
dos lucros pelo controle dos mercados
– é imanentemente problemática:
pelos próprios mecanismos novos
que deflagra, ao cabo de um certo
nível de desenvolvimento, é vítimados constrangimentos inerentes
à acumulação e à valorização
capitalistas. Assim, para efetivar-se
com chance de êxito, ela demanda
mecanismos de intervenção extra
econômicos. Daí a refuncionalização e
o redimensionamento da instância por
excelência do poder extra econômico,o Estado” (NETTO, 2006, p. 24).
ESTADO
“[...] conjunto de instituições permanentes2
[...] que possibilitam a ação do governo”
(HÖLFLING, 2001, p. 31);
2 Órgãos legislativos, tribunais, exército e outras que não
formam um bloco monolítico necessariamente.
GOVERNO
“[...] conjunto de programas e projetos que
partem da sociedade3
[...] propõe para asociedade como um todo, configurando-se
a orientação política de um determinado
governo que assume e desempenha as
funções de Estado por um determinado
período” (HÖLFLING, 2001, p. 31);
POLÍTICAS PÚBLICAS
“[...] ‘Estado em ação’ [...]; é o Estadoimplantando um projeto de governo,
através de programas, de ações voltadas
para setores específicos da sociedade. [...]
compreendidas as de responsabilidade
do Estado – quanto à implementação
e manutenção a partir de um processo
de tomada de decisões que envolvem
órgãos públicos e diferentes organismose agentes da sociedade relacionados à
política implementada. Neste sentido,
políticas públicas não podem ser
reduzidas a políticas estatais” (HÖLFLING,
2001, p. 31);
POLÍTICAS SOCIAIS
“[...] ações que determinam o padrão deproteção social implementado pelo Estado,
voltadas, em princípio para a redistribuição
dos benefícios sociais visando à diminuição
das desigualdades estruturais produzidas
pelo desenvolvimento socioeconômico”
(HÖLFLING, 2001, p. 31).
3 Políticos, técnicos, organismos da sociedade civil e
outros.
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Políticas Educacionais
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Estes conceitos são importantes para que
você entenda as relações que se estabelecem
entre eles e suas implicações sobre o Ensino
Superior. Cabe lembrar que existe uma relação
entre o geral e o particular, ou seja, só seremos
capazes de apreender o Ensino Superior se
conseguirmos entender em que sociedadeeste nível de ensino está inserido? Em que
Estado a política e a legislação foram pensa-
das? E para qual educação? Estas questões,
ao serem respondidas, darão o aprofunda-
mento necessário para a continuidade dos
estudos que aqui estamos propondo.
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Pós-Graduação | Unicesumar
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“Para entender o neoliberalismo é preciso,
inicialmente, registrar quais são as ideias
mestras do liberalismo clássico e contra
quem elas se movem: as instituições regu-
ladoras do feudalismo, das corporações de
ofício e do Estado mercantilista. [...] Depois
simetricamente, poderemos compreender
melhor as ideias centrais do neolibera-lismo. [...] os inimigos contra os quais o
neoliberalismo se volta, as formas de regu-
lação econômica do século XX: o Estado
keynesiano, os sindicatos e as políticas de
bem-estar social nos países desenvolvidos,
o Estado desenvolvimentista e a chamada
democracia populista nos países subde-
senvolvidos” (MORAES, 2001, p.11).
CONCEITO DE NEOLIBERALISMO
“[...] é a ideologia do capitalismo na era
de máxima financeirização da riqueza,
a era da riqueza mais líquida, a era do
capital volátil – e um ataque às formas
de regulação econômica do século XX,como o socialismo, o keynesianismo, o
estado de bem-estar, o terceiro-mundismo
e o desenvolvimento latino-americano”
(MORAES, 2001, p.11).
NEOLIBERALISMO
NA EDUCAÇÃO
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Políticas Educacionais
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QUARENTENA DOS NEOLIBERAIS
Rompe-se em meados anos 70: conquista
dos governos mais importantes – Margareth
Thatcher (1979) Inglaterra; Reagan (1980)
EUA; Helmut Khol (1982) Alemanha;
Pinochet (1973) Chile; General Videla (1976)
Argentina. Nos anos 80, BM e FMI (1985)
Bolívia; Salinas de Gortari (1988) México;
Menen (1989) Argentina; Carlos Andrès
Perez (1989) Venezuela; Fujimori (1990) Peru
e de Collor a Cardoso (1989) Brasil (MORAES,
2001, p. 16).
Outros países da América Latina ficaram
cada vez mais pobres, mais excludentes,
mais desiguais, incrementando a discrimi-
nação social, reproduzindo privilégios das
minorias, aumentando o individualismo
e a competição selvagem, quebrando os
laços de solidariedade coletiva (MEURER,
1996, p.10).
CHILE 1973
Pinochet: Primeiro campo que os neo-
liberais encontraram para desenvolverseus ideais que mais tarde foram aplica-
dos na Europa.
BRASIL 1964
Ditadura militar: Ela não era considera-
da como regime usado pelos liberais,
ditadura foi isolada com seus efeitos
maléficos.
3ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Os organismos multilaterais (FMI, BM) e os
macromercados como Mercosul surgiramcomo aqueles que diminuiriam a ação do
Estado, podendo influir no processo de-
cisório dos países latino-americanos.
BRASIL 1990
O aumento da vulnerabilidade externa e
o desmantelamento dos setores produ-
tivos (MEURER, 1996, p.10).
as repercussões neoliberais na sociedade
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Pós-Graduação | Unicesumar
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BRESSER PEREIRAde forma incompleta;
FERNANDO COLLOR DE
MELLO escolhido para implementar oprojeto;
ITAMAR FRANCOmistura neoliberalismo comtradicionalismo - não sendoclassificado como neoliberal;
FERNANDO H. CARDOSOencontrou credibilidadepara desenvolver o projeto
proposto pelo capitaltransnacional(MEURER, 1996, p.11)
Questões a serem desenvolvidas – livre-
mercado e propriedade – energia pessoal,
empenho, persistência [...]. Os indivíduos são
libertados economicamente, mas permane-
cem controlados social e culturalmente.
Mudança cultural antecede a econômica – a
questão da privatização no Brasil surge para
que o povo mude de concepção e entenda
que o privado é mais eficiente que o público.
crise ética do
setor públicoMudança nas formas de pensar a educação,
saúde, etc. É um projeto supremo no qual se
introduz um novo pensamento moral e ético:
cria-se, dessa forma, um novo senso comum e
uma forma diferente de entender a sociedade.O eixo do sucesso do neoliberalismo
está na questão cultural. Também na escola,
pois esta é permeada pelo mercantilismo,
pelo comércio da democracia (MEURER,
1996, p.12-13).
o neoliberalismo
e a educaçãoEducação é entendida como propriedade
individual, onde os que têm acesso a ela
podem excluir os que não têm. Direito de
compra e venda para usufruir sobre sua renda
e o seu lucro.
Para neoliberais, os sistemas educativos
enfrentam uma crise de eficiência e qualidade.
neoliberalismo chega ao brasil
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Políticas Educacionais
18
Para Nozich (apud MEURER, 1996, p.13), o
Estado mínimo é o único possível. Neste con-
texto acreditam que a crise se dá porque os
sistemas institucionais, tais como a saúde,
a educação, políticas de emprego, etc. não
atuam dentro da lógica do mercado.
Os neoliberais acreditam que qualquer
iniciativa do Estado irá gerar mais pobreza edefinem uma nova forma de fazer e pensar
a educação, e neste sentido todos reconhe-
cem que ela está em crise e esperam receitas
para sair da situação.
Existe uma crise de eficiência e eficá-
cia na escola, neste sentido os indivíduos
deixam de ser cidadãos passando a condi-
ção de consumidores.
Proposta da educação neoliberal pressu-
põe a reforma institucional da própria escola,
considerando-a como uma lanchonete
(Macdonaldização). Busca dessa forma ter-
ceirizar o ensino, que estará desvinculado de
uma proposta de escola, havendo assim uma
despreocupação com a construção de uma
escola pública que forme o verdadeiro cidadão(GENTILI, 1995 apud MEURER, 1996, p.15).
A educação não pode superar a miséria
e a exclusão social, mas tem como função
fundamental transformar e fazer com que a
pobreza seja algo que se torne eticamente
suportável. Essa deve ser uma das ferramen-
tas para a emancipação dos sujeitos (MEURER,
1996, p.13-17).
Os neoliberais acreditam quequalquer iniciativa do Estado irá
gerar mais pobreza...
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OS ORGANISMOS
INTERNACIONAISE SUAS PROPOSTAS PARA AEDUCAÇÃO BRASILEIRA
Vamos conhecer algumas das instituições vin-culadas à Organização das Nações Unidas(ONU). Estas fazem parte de duas frentes deatuação: aquelas consideradas agências multi-laterais de financiamento, o Fundo MonetárioInternacional (FMI), o Banco Mundial (BM) e aComissão Econômica Regional para a AméricaLatina e Caribe (CEPAL), e aquelas consideradasde caráter humanitário, a UNICEF e a Organizaçãodas Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura (UNESCO).
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Políticas Educacionais
20
Q U A D R O 1
F O N T E : H T T P : / / O N U . O
R G . B
R / I M G / O R G A N O G R A M A . P
D F
-
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Pós-Graduação | Unicesumar
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) foi
criado em 1945 e tem como objetivo básicozelar pela estabilidade do sistema mone-
tário internacional, notadamente através
da promoção da cooperação e da consulta
em assuntos monetários entre os seus 184
países membros. Com exceção de Coreia
do Norte, Cuba, Liechtenstein, Andorra,
Mônaco, Tuvalu e Nauru, todos os membros
da ONU fazem parte do FMI. Juntamentecom o BIRD, o FMI emergiu das Conferências
de Bretton Woods como um dos pilares
da ordem econômica internacional do
pós-guerra. O FMI objetiva evitar que de-
sequilíbrios nos balanços de pagamentos e
nos sistemas cambiais dos países membros
possam prejudicar a expansão do comér-
cio e dos fluxos de capitais internacionais.O Fundo favorece a progressiva eliminação
das restrições cambiais nos países membros
e concede recursos temporariamente para
evitar ou remediar desequilíbrios no balanço
de pagamentos. Além disso, o FMI planeja e
monitora programas de ajustes estruturais
FMIfundo monetário internacional
e oferece assistência técnica e treinamen-
to para os países membros.
Objetivos
• Promover a cooperação monetária
internacional, fornecendo um
mecanismo de consulta e colaboração
dos problemas financeiros;
• Favorecer a expansão equilibradado comércio, proporcionando níveis
elevados de emprego, trazendo
desenvolvimento dos recursos
produtivos;
• Oferecer ajuda financeira aos países
membros em dificuldades econômicas,
emprestando recursos com prazos
limitados;• Contribuir para a instituição de um
sistema multilateral de pagamentos e
promover a estabilidade dos câmbios.
FMI. Disponível em: . Acesso
em: 05 de março de 2014.
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Políticas Educacionais
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O Banco Mundial é uma das principais fontes
de assistência para o desenvolvimento no
mundo. Sua meta principal é ajudar aspessoas e países mais pobres. Concebido
em 1944, em Bretton Woods, Estado de Novo
Hampshire (EUA), o Banco Mundial inicial-
mente ajudou a reconstruir a Europa após a
Segunda Guerra Mundial. O trabalho de re-
construção permanece como um enfoque
importante do Banco Mundial devido aos
desastres naturais, emergências humanitárias
e necessidades de reabilitação pós-conflitos,mas atualmente a principal meta do trabalho
do Banco Mundial é a redução da pobreza
no mundo em desenvolvimento.
O Grupo do Banco Mundial é constituído
por cinco instituições estreitamente relacio-
nadas e sob uma única presidência:
BM banco mundial
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médias com bons antecedentes de crédito. O
poder de voto de cada país-membro está vin-
culado às suas subscrições de capital, que porsua vez estão baseadas no poder econômico
relativo de cada país. O BIRD levanta grande
parte dos seus fundos através da venda de
títulos nos mercados internacionais de capital.
centrointernacional para arbitragemde disputas sobreinvestimentos (CIADI)
O CIADI proporciona instalações para a reso-
lução – mediante conciliação ou arbitragem
– de disputas referentes a investimentos
entre investidores estrangeiros e os seuspaíses anfitriões.
corporação fnanceirainternacional (IFC)
A IFC promove o crescimento no mundo
em desenvolvimento mediante o financia-
mento de investimentos do setor privado ea prestação de assistência técnica e de as-
sessoramento aos governos e empresas. Em
parceria com investidores privados, a IFC
proporciona tanto empréstimos quanto par-
ticipação acionária em negócios nos países
em desenvolvimento
associação internacional de
desenvolvimento (AID)Desempenha um papel importante na missão
do Banco que é a redução da pobreza. A as-
sistência da AID concentra-se nos países mais
pobres, aos quais proporciona empréstimos
sem juros e outros serviços. A AID depende
das contribuições dos seus países membros
mais ricos - inclusive alguns países em de-senvolvimento - para levantar a maior parte
dos seus recursos financeiros
agência multilateral de garantiade investimentos (AMGI)
A AMGI ajuda a estimular investimentos es-trangeiros nos países em desenvolvimento
por meio de garantias a investidores estran-
geiros contra prejuízos causados por riscos
não comerciais. A AMGI também proporcio-
na assistência técnica para ajudar os países a
divulgarem informações sobre oportunida-
des de investimento.
banco internacionalpara a reconstrução e odesenvolvimento (BIRD)O BIRD proporciona empréstimos e assistência
para o desenvolvimento de países de rendas
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Políticas Educacionais
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A Comissão Econômica para a América Latina
e o Caribe (CEPAL) foi criada em 25 de feverei-
ro de 1948, pelo Conselho Econômico e Social
das Nações Unidas (ECOSOC), e tem sua sede
em Santiago, Chile. É uma das cinco comis-sões econômicas regionais das Nações Unidas
(ONU). Foi criada para coordenar as políticas
direcionadas à promoção do desenvolvimen-
to econômico da região latino-americana,
coordenar as ações encaminhadas para sua
promoção e reforçar as relações econômicas
dos países da área, tanto entre si como com
as demais nações do mundo. Posteriormente,
seu trabalho ampliou-se para os países do
Caribe e se incorporou o objetivo de promo-
ver o desenvolvimento social e sustentável.
Todos os países da América Latina e do
Caribe são membros da CEPAL, junto comalgumas nações desenvolvidas, tanto da
América do Norte como da Europa, que
mantêm fortes vínculos históricos, econô-
micos e culturais com a região. No total, os
Estados-membros da Comissão são 43 e
8 membros associados, condição jurídica
acordada para alguns territórios não inde-
pendentes do Caribe.
Principal organismo multi
lateral internacional de finan-ciamento do desenvolvimen-to social e econômico, forma-do por 184 países-membros,entre os quais o Brasil.Dedicado à redução da po-breza em todo o mundo.Formado por cinco organi-zações: o Banco Internacionalde Reconstrução e Desenvolvi-mento (BIRD), a AssociaçãoInternacional de Desenvolvi-
mento (AID), a Corporação Fi-nanceira Internacional (IFC), aAgência Multilateral de Garan-tia de Investimentos (AMGI)
e o Centro Internacional para
Acerto de Disputas de Inves-timento (CIADI).Além de financiar projetos,o Banco Mundial tambémoferece sua grande experiên-cia internacional em diversasáreas de desenvolvimento.Um dos pilares do desenvolvi-mento social e econômicomundial desde a SegundaGuerra.A única agência supranacio-
nal de financiamentos compresença e impacto globais.Angaria fundos nos merca-dos financeiros internaciona-
is para combater a pobreza
através do financiamentode projetos nos países emdesenvolvimento.Ajuda a atrair investimentosprivados através de coinves-timentos, garantias e segurosde risco político.Oferece aconselhamentoeconômico e técnico aospaíses membros.
Disponível em: . Acesso em:
05 do mar. de 2014.
CEPAL
comissão econômica para a américalatina e o caribe
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Pós-Graduação | Unicesumar
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Nos anos recentes, a CEPAL tem-se dedi-
cado particularmente ao estudo dos desafios
que propõe a necessidade de retomar o
caminho do crescimento sustentado, assimcomo a consolidação de sociedades plurais e
democráticas. No marco da proposta geral, co-
nhecida como transformação produtiva com
equidade, foram consideradas questões tais
como o papel da política social; o tratamen-
to dos aspectos ambientais e demográficos
e a estratégia educativa; a necessidade do
progresso técnico para inserir-se de maneira
competitiva no âmbito global, consolidar a
estabilidade das economias da região e dina-mizar seu processo de expansão.
Disponível em: .
Acesso em: 05 mar. 2014.
UNICEF fundo das nações unidas paraa infância
O Fundo das Nações Unidas para a Infância
(UNICEF) é um órgão internacional, com
sede em Nova York, que foi criado no dia 11de dezembro de 1946, por decisão unânime,
durante a primeira sessão da Assembleia Geral
das Nações Unidas. Os primeiros programas do
UNICEF forneceram assistência emergencial a
milhões de crianças no período pós-guerra na
Europa, no Oriente Médio e na China.
Consolidou-se em 1953 como parte perma-
nente do sistema das Nações Unidas, com umpapel ampliado: “atender às necessidades de
longo prazo das crianças que vivem na pobreza
nos países em desenvolvimento” (UNICEF, 2007).
Nessa perspectiva, o UNICEF tem como princí-
pio básico promover o bem-estar da criança e
do adolescente, com base em sua necessidade,
sem discriminação de raça, credo, nacionalida-
de, condição social ou opinião política.
Em 1979, a análise da situação da infância
brasileira levou ao reconhecimento de que as
políticas em favor da infância e da juventudedeviam integrar o planejamento econômico
e social do país, com ênfase nos programas
preventivos. Reconheceu-se, também, a ne-
cessidade de haver um orçamento substancial
para a cobertura nacional dos serviços básicos,
com atenção especial para o saneamento.
Dessa forma, o UNICEF, no Brasil, aliou-se
aos esforços que já vinham sendo desen-volvidos e, por intermédio de uma grande
campanha de mobilização nacional que vem
se repetindo por vários anos, o Governo,
grupos religiosos, empresas privadas e pú-
blicas conseguiram reduzir drasticamente
os índices de mortalidade infantil.
Disponível em: . Acesso em: 18 fev. 2014.
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Políticas Educacionais
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A Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) foi
criada em 16 de novembro de 1945, logo após
a Segunda Guerra Mundial, com o objetivo
de garantir a paz por meio da cooperação
intelectual entre as nações, acompanhandoo desenvolvimento mundial e auxiliando os
Estados-Membros – hoje são 193 países – na
busca de soluções para os problemas que
desaam nossas sociedades. É a agência das
Nações Unidas que atua nas seguintes áreas de
mandato: Educação, Ciências Naturais, Ciências
Humanas e Sociais, Cultura e Comunicação e
Informação.A Representação da UNESCO no Brasil
foi estabelecida em 1964 e seu Escritório,
em Brasília, iniciou as atividades em 1972,
tendo como prioridades a defesa de uma
educação de qualidade para todos e a pro-
moção do desenvolvimento humano e social.
Desenvolve projetos de cooperação técnica
em parceria com o governo – União, estados
e municípios –, a sociedade civil e a inicia-
tiva privada, além de auxiliar na formulação
de políticas públicas que estejam em sinto-
nia com as metas acordadas entre os Estados
Membros da Organização.
No setor de Educação, a principal diretrizda UNESCO é auxiliar os países membros a
atingir as metas de Educação para Todos, pro-
movendo o acesso e a qualidade da educação
em todos os níveis e modalidades, incluindo
a educação de jovens e adultos. Para isso, a
Organização desenvolve ações direcionadas
ao fortalecimento das capacidades nacionais,
além de prover acompanhamento técnicoe apoio à implementação de políticas na-
cionais de educação, tendo sempre como
foco a relevância da educação como valor
estratégico para o desenvolvimento social
e econômico dos países.
Disponível em: . Acesso em: 05 mar. de 2014
UNESCO a organização das nações unidas para
a educação, a ciência e a cultura
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Jacques Delors foi o responsável pela elabora-
ção do Relatório para a UNESCO da Comissão
Internacional sobre Educação para o século
XXI “Educação: um tesouro a descobrir” , neste ele
indicou os objetivos principais para a educação
que estava por vir. Seguem os quatro pilares daproposta, bem como o significado da educação
ao longo da vida, estes fundamentos necessá-
rios para se fazer a educação do novo século:
aprender a conhecerCombinando uma cultura geral, suficientemen-
te vasta, com a possibilidade de trabalhar em
profundidade um pequeno número de matérias.O que também significa: aprender a aprender,
para beneficiar-se das oportunidades oferecidas
pela educação ao longo de toda a vida.
aprender a fazerA fim de adquirir, não somente uma qualifi-
cação profissional mas, de uma maneira mais
ampla, competências que tornem a pessoaapta a enfrentar numerosas situações e a tra-
balhar em equipe. Mas também aprender a
fazer, no âmbito das diversas experiências
sociais ou de trabalho que se oferecem aos
jovens e adolescentes, quer espontaneamen-
te, fruto do contexto local ou nacional, quer
formalmente, graças ao desenvolvimento do
ensino alternado com o trabalho.
as propostas para a
EDUCAÇÃO BRASILEIRA
aprender a viver juntosDesenvolvendo a compreensão do outro e
a percepção das interdependências — reali-
zar projetos comuns e preparar-se para gerir
conflitos — no respeito pelos valores do plu-
ralismo, da compreensão mútua e da paz.
aprender a serPara melhor desenvolver a sua personalidade
e estar à altura de agir com cada vez maior
capacidade de autonomia, de discernimen-
to e de responsabilidade pessoal. Para isso,
não negligenciar na educação nenhuma das
potencialidades de cada indivíduo: memória,raciocínio, sentido estético, capacidades
físicas, aptidão para comunicar-se (DELORS,
2006, p.101-102).
o conceito de educação ao longo de toda a vidaÉ a chave que abre as portas do século
XXI. Ultrapassa a distinção tradicional entreeducação inicial e educação permanente.
Aproxima-se de outro conceito proposto
com freqüência: o da sociedade educativa,
onde tudo pode ser ocasião para aprender e
desenvolver os próprios talentos. Em suma,
a “educação ao longo de toda a vida”, deve
aproveitar todas as oportunidades ofereci-
das pela sociedade (DELORS, 2006).
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Políticas Educacionais
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considerações fnais
Ao encerrar esta unidade, você deve con-siderar as questões que foram tratadas, tais
como: a relação entre sociedade, Estado e
educação; o neoliberalismo na educação; e os
organismos internacionais e suas propostas
para a educação brasileira. Esta é uma refle-
xão essencial para aqueles que se propõem a
conhecer as políticas e a legislação do Ensino
Superior no Brasil.
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atividade de autoestudo
ESTUDO DE TEXTO
Leia o texto a seguir e responda o que forsolicitado
UNESCO: OS QUATRO PILARES DA “EDU
CAÇÃO PÓSMODERNA”
Lenildes Ribeiro Silva
O relatório para a Unesco, da Comissão Internacional
sobre Educação para o século XXI, Educação: um
tesouro a descobrir
, traz uma análise considerável arespeito do desenvolvimento da sociedade atual,
suas tensões marcadas pelo processo de globali-
zação e modernização, como a convivência com
a diferença, a necessidade da convivência pacífica
e, relacionada a todas essas questões, a educa-
ção. São explicitadas reflexões sobre os rumos
da educação na sociedade do século XXI, pistas,
recomendações, objetivos e metas. Dentre essas
reflexões, ressalta-se a discussão sobre os quatro
pilares da educação (aprender a conhecer, apren-
der a fazer, aprender a ser e aprender a viver juntos),
o conceito de educação ao longo de toda a vida e
as articulações que se desenvolvem entre esses e
as exigências da sociedade capitalista, em globali-
zação. São pilares que se relacionam ao raciocínio
pós-moderno de Lyotard para quem o saber “não
se entende apenas, é claro, um conjunto de enun-ciados donativos; a ele misturam-se as idéias de
saber-fazer, de saber-viver, de saber-escutar, etc”
(Lyotard, 1986, p. 36).
A educação ao longo de toda a vida se refere à
mudança da noção de qualificação, pautada em
uma formação única para a noção de competên-
cia, que se relaciona a uma formação dinâmica,
flexível, condizente com a ênfase atual no trabalho
em equipe, na capacidade de iniciativa, na va-
lorização de talentos e aptidões. Essa mudança
advém da “desmaterialização” do trabalho que
exige, além da técnica, a “aptidão para as relações
interpessoais” (Delors, 2003, p. 95).
Essa mudança no tempo destinado à educação
é discutida por Schaff quando apresenta a edu-
cação permanente como uma realidade possível
de ser alcançada e destaca, cobrando da Unesco,
sua obrigatoriedade, assim como o é a educação
escolar. A preocupação com uma formação cons-tante do indivíduo é justificada pela necessidade
de que ele acompanhe o acelerado ritmo em que
as transformações da sociedade ocorrem. [...]
No “Relatório” (Delors, 1993), entretanto, a
concepção de educação permanente é retoma-
da da sua versão original, segundo as discussões
mundializadas, e ampliada no sentido de ir além
das reciclagens profissionais, o que compreen-
de a educação ao longo de toda a vida, trazendo
oportunidade de conhecimento àqueles que já
se encontravam fora da idade escolar tradicional.
Embora não tratando especificamente do concei-
to de educação permanente, ou, nos termos do
Relatório, educação ao longo de toda a vida, Lyotard
compactua dessa idéia ao ressaltar a necessidade
do ensino romper o tempo de aprendizagem insti-
tucional tradicional, atendendo a jovens e adultos
durante toda a sua vida produtiva.[...]
1. Por que é necessário conhecer o Relatório pro-
duzido pela Unesco? Qual a função dele para a
educação brasileira?
2. O que significa a expressão “educação ao longo
da vida” para o documento estudado?
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Políticas Educacionais
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FilmeCapitalismo: uma historia de amorMichael MooreDuração: 120 minAno: 2009País: Estados UnidosGênero: DocumentárioSinopse: O documentário explora as raízes da crise financeiraglobal, no período de transição entre a saída de George Bush ea posse de Barack Obama no governo dos EUA, as falcatruas po-líticas e econômicas que culminaram no que o diretor descrevecomo “o maior roubo da história dos EUA”: a transferência de di-nheiro dos contribuintes para instituições financeiras privadas.
ALTMANN, H. Influências do Banco Mundial no projeto educa-
cional brasileiro. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.28, n.1, p.77-89, jan./jun. 2002.
LARA, A. M. B. As Políticas Públicas para a Infância na Argentina– O Caso da Cidade de Buenos Aires a partir dos anos 1990.In: AZEVEDO, M. L. N.; LARA, A. M. B. (Orgs.) Políticas para aEducação: análises e apontamentos. Maringá: EDUEM, 2011.p.159-180.
LIVROTítulo: Neoliberalismo - de Onde Vem Para Onde Vai?Autor: Reginaldo Moraes
Editora: SENAC São PauloSinopse: Tema desse livro, o neoliberalismo suscita várias ques-tões: O que significa? De onde surge? O que pretende? Quemo defende? Quem o critica? Tais perguntas contêm um ex-traordinário potencial de controvérsia, na medida em que oneoliberalismo provoca muitas discussões, a seu favor ou contra.
“Quanto ao aporte de recursos, o Banco
destinou até 1994, um crédito de 19,2bilhões de dólares ao setor educacio-nal (BIRD, 1995). A parcela concedidaao Brasil mostra-se pouco significativa:no curso de vinte anos de cooperação,o crédito apenas ultrapassou os 100milhões de dólares. Esta quantia, se nãocontribuiu para mudanças no quadrodos problemas estruturais da educa-ção, permitiu que o BIRD participasseda definição da agenda educacional doPaís. Isto porque os empréstimos impli-
cam a imposição de condicionalidadespolíticas ao setor sob financiamento, asquais são negociadas durante o períodode identificação e preparação dos pro-
jetos. Se se considera que para recebereste crédito, o Brasil concorreu com pelomenos o dobro desses recursos a títulode contrapartida aos empréstimos, ficaevidente que o BIRD fez prevalecer o seupróprio projeto político às custas do di-nheiro nacional”
(FONSECA 1998, p.41). FONSECA, Marília.OBanco Mundial como referência para a justiça social no terceiro mundo: evidências
do caso brasileiro. Rev. Fac. Educ. [online].1998, vol.24, n.1, pp. 37-69. ISSN 0102-2555.
Disponível em: .
organismos internacionaisacesse os links:
neoliberalismo na América Latina acesse:
filme
Web
relatode caso
Os modelos do capitalismo e a destruição das nações Zillah Branco
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O aumento da interdependência econômica, osintercâmbios em todos os planos, as influênciasculturais e sociais que se têm processado de formaacelerada, sempre mais rápida, passaram a fazerparte do quotidiano, exigindo que o domínio deinformações, o mais variado possível, adquirisserelevada importância crucial. Nesse novo cenário,o que se constata é que não existe, ainda, nopaís quantidade de profissionais suficientementehabilitados para atender um mercado com taisnecessidades. Daí o surgimento dos cursos nãosó de graduação em Relações Internacionais, mastambém de dezenas de pós-graduação lato estricto sensu, em todo país.
(MIYAMOTO, 2002, p. 4)
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃONACIONAL
A lei é um espaço de luta pela conquista ereconhecimento de direitos de cidadania. A Leide Diretrizes e Bases da Educação regulamentadireitos instituídos na Constituição Federal de1988, vinculando a educação escolar ao mundodo trabalho e à prática social. A formulação dalei seguiu longa trajetória de participação econflitos por uma educação pública, democráticae de qualidade. O primeiro projeto, tendo comorelator Jorge Hage, instituiu formas significativas
de participação da cidadania (BRITO, 1997),acolhendo propostas avançadas, fundamentadasem debates dos educadores em ConferênciasBrasileiras de Educação e em propostas do Fórumem Defesa da Escola Pública. Após passar pornegociações e conflitos, o projeto inicial foiaprovado na Câmara, em 1993. Foi substituído,no Senado, por projeto do Senador Darcy Ribeiro,desconsiderando a trajetória anterior. Diante da
resistência que se seguiu a essa mudança derumo, Darcy Ribeiro foi incorporando emendasque atenuassem de algum modo as resistênciase o mal-estar
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2SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO
Professora Dra. Angela Mara de Barros Lara / Professora Me. Mara Cecília Rafael
Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará
nesta unidade:
• Educação Infantil
• Ensino Fundamental
• Ensino Médio
• Educação de Jovens e Adultos
• Educação a Distância
• Educação Profissional
• Educação Especial
• Educação de Negros e Quilombolas
• Educação do e no Campo
• Educação Indígena
Objetivos de Aprendizagem
• Estudar as etapas da educação básica: Educação
Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.
• Compreender e analisar as modalidades da educa-
ção básica: Educação de Jovens e Adultos, Educação
a Distância, Educação Profissional, Educação Especial,
Educação de Negros e Quilombolas, Educação do e
no Campo e Educação Indígena.
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O objetivo desta unidade é tratar da organização do Sistema
Educacional Brasileiro – SEB – em sua base legal. Para tanto, você
estudará a Constituição Federal de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional (Lei nº 9394/96) e do Plano Nacional de
Educação (Lei nº 10.172/20011
e PL nº 8.035).Ao discutirmos o SEB, vamos aprofundar nossos estudos no co-
nhecimento dos níveis e modalidades da Educação Básica – o que
significa apreender sobre a Educação Infantil, o Ensino Fundamental
e o Ensino Médio – bem como das modalidades que a compõem,
tais como Educação de Jovens e Adultos, Educação a Distância,
Educação Profissional, Educação Especial, Educação de Negros e
Quilombolas, Educação do e no Campo e a Educação Indígena.
Você compreenderá como são conceituados os níveis e asmodalidades da educação e ensino tanto pela legislação como
pelos teóricos que os analisam. É importante que você entenda a
importância dessa discussão para sua formação, tendo em vista a
necessidade de compreender as políticas educacionais e os aspec-
tos da base legal da educação no país.
Cabe aqui esclarecer que, nesta unidade do livro, somente
abordaremos o primeiro nível do SEB, a Educação Básica – EB, e o
segundo nível, a Educação Superior – ES, discutido na Unidade III.Acreditamos que será mais palatável a você, caro(a) acadêmico(a),
trabalhar os níveis separadamente.
Vamos aos estudos!!!!!!
1 Não trataremos do Plano Nacional de Educação de 2011 por encontrar-se ainda em pro-cesso de tramitação.
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Conto com a sua participação na discus-
são que faremos a seguir. Sei que estudar
as Políticas Educacionais num primeiro
momento, diria assim de chofre, parece umfardo, mas creia é uma das áreas mais interes-
santes da Educação. E não me refiro apenas
ao nosso país, mas a nossa região, a América
Latina, e a outras como a Europa e os Estados
Unidos, por exemplo.
O que estou querendo salientar é que, a partir
dos anos de 1980, nós, pesquisadores brasilei-
ros da área, já não estudávamos a legislação
pela legislação como na disciplina de Estruturae Funcionamento do Ensino2. Refiro-me a
outra forma mais interessante de tratar da base
legal, ou seja, contextualizando-a. Superamos
aquela forma por uma outra, e aquela disci-
plina por uma nova, mais arrojada, que nos
educação
BÁSICA
2 A origem da disciplina Estrutura e Funcionamento do Ensino está no Parecer CFE nº 252/69. Para ler mais: SAVIANI, D. Competênciapolítica e competência técnica. Educação e Sociedade, São Paulo, nº15, p. 111-169, 1983; ____. Análise crítica da organização escolarbrasileira através das leis 5.540/68 e 5.692/71. In: GARCIA, W. E. (Org.) Educação Brasileira Contemporânea: organização e funcionamen-
to. São Paulo: McGraw-Hill, 1978. ___. Escola e Democracia. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1987.
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proporcionou a compreensão do movimen-
to da história, seus interlocutores, a disciplina
de Políticas Educacionais.
Cabe adiantar a você que não foi uma ca-minhada simples e nem fácil. Ainda hoje, no
século XXI, continuamos buscando a episte-
mologia para analisar as Políticas Educacionais.
Não me deixam mentir autores como Eneida
Oto Shiroma, Olinda Evangelista, Roselane
Fátima Campos, Rosalba Maria Cardoso
Garcia, Jefferson Mainardes, estes teóricos
do nosso sul brasileiro, mas podemos contar
também com autores estrangeiros Stephen
Bawn, Susan Robertson, entre outros. Esses
autores citados são fundamentais para você
aprofundar suas leituras no que diz respeitoàs análises das políticas.
O mais importante é não fugirmos do
nosso foco. Ao tratarmos em um primeiro
momento da EB, buscamos identificá-la na
legislação escolhida para aprofundarmos
nossas discussões. Vamos iniciar pela CF
(1988), esta estabeleceu o regime de cola-
boração no seu art. 211, como segue:
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Artigo 211
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organiza-
rão em regime de colaboração seus sistemas de ensino.
§1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos
Territórios, financiará as instituições de ensino públicas fede-
rais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva
e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunida-
des educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensinomediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios.
§2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino funda-
mental e na educação infantil.
§§ 1º e 2º alterados pela Emenda Constitucional nº 14, de 12 desetembro de 1996
§3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no
ensino fundamental e médio.
§4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios definirão formas
de colaboração, de modo a assegurar a universalização do
ensino obrigatório. * Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 11 de
novembro de 2009
§5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao
ensino regular. Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006*
Gostaria de ressaltar uma questão fundamental, já abordada
por Volsi e Lara (2012), que apontam que nesta Lei não aparece
a expressão Sistema Educacional e, sim, sistemas de ensino.
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E, ainda, fundamentam:
Embora a Constituição de 1988 estabeleça o regime de colabo-
ração entre os sistemas de ensino, essa questão se apresenta um
tanto confusa na legislação. Não há uma definição clara, uma
regra precisa, de como ocorrerá essa colaboração entre as esferas
administrativas (Federal, Estadual e Municipal). Essa situação tem
deixado lacunas que acabam por contribuir para não efetivação
da garantia do direito a educação ao cidadão brasileiro (VOLSI;
LARA, 2012, p. 18-19).
Essa discussão é basilar para caracterizar o papel que estados e
municípios têm no que tange à EB. É claro que não daremos conta
de todas as especificidades do financiamento da educação, no
entanto, é preciso enfatizar sua importância. Por isso, o regime
de colaboração é um ponto estratégico para conhecer melhor o
alcance de cada ente federado nesta questão.
É importante salientar as questões referentes à Educação Básicana LDB (1996) e no PNE (2001). Na LDB (1996), o Título V - Dos Níveis
e das Modalidades de Educação e Ensino, em seu Capítulo I - Da
Composição Dos Níveis Escolares, no seu art. 21, define:
Artigo 21
A educação escolar compõe-se de:
I. educação básica, formada pela educação infantil, ensinofundamental e ensino médio;
II. educação superior (BRASIL, 1996).
No Capítulo II - DA EDUCAÇÃO BÁSICA, na Seção I - Das Disposições
Gerais que compreende os art. 22 até o art. 28, vamos apenas
abordar o que é mais relevante a nossa discussão, que é apresen-
tar em linhas gerais a EB:
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Artigo 22
A educação básica tem por nalidades desenvolver o
educando, assegurar-lhe a formação comum indispen-
sável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meiospara progredir no trabalho e em estudos posteriores
(BRASIL, 1996).
No Capítulo I, no subtítulo ETAPAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA, no
Plano Nacional de Educação (2010), em seu artigo 21 afirma:
Artigo 21
São etapas correspondentes a diferentes momentos constitutivosdo desenvolvimento educacional:
I. a Educação Infantil, que compreende: a Creche, englo-
bando as diferentes etapas do desenvolvimento da criança
até 3 (três) anos e 11 (onze) meses; e a Pré-Escola, com
duração de 2 (dois) anos;
II. o Ensino Fundamental, obrigatório e gratuito, com duração
de 9 (nove) anos, é organizado e tratado em duas fases: a
dos 5 (cinco) anos iniciais e a dos 4 (quatro) anos finais;III. o Ensino Médio, com duração mínima de 3 (três) anos.
Parágrafo único. Essas etapas e fases têm previsão de idades
próprias, as quais, no entanto, são diversas quando se atenta
para sujeitos com características que fogem à norma, como
é o caso, entre outros:
I. de atraso na matrícula e/ou no percurso escolar;
II. de retenção, repetência e retorno de quem havia abando-
nado os estudos;III. de portadores de deficiência limitadora;
IV. de jovens e adultos sem escolarização ou com esta
incompleta;
V. de habitantes de zonas rurais;
VI. de indígenas e quilombolas;
VII. de adolescentes em regime de acolhimento ou internação,
jovens e adultos em situação de privação de liberdade nos
estabelecimentos penais (BRASIL, 2010).
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Para viabilizarmos a discussão sobre as etapas da EB, vamos tratar
de forma separada cada uma delas. Iniciamos nossas análises e in-
terpretações da base legal pela Educação Infantil. Na LDB (1996),
iniciamos pela Seção II - Da Educação Infantil que vai especificarem seus artigos de 29 a 31:
Artigo 29
A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem
como nalidade o desenvolvimento integral da criança até
seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, in-
telectual e social, complementando a ação da família e dacomunidade.
Artigo 30
A educação infantil será oferecida em:
I. creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até
três anos de idade;
II. pré-escolas, para as crianças de quatro a seis anos de idade.
Artigo 31
Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante acom-
panhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o
objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino
fundamental (BRASIL, 1996).
No PNE (2001), na Seção I - Educação Infantil, trata em seu art. 22:
Artigo 22
A Educação Infantil tem por objetivo o desenvolvimento
integral da criança, em seus aspectos físico, afetivo, psicoló-
gico, intelectual, social, complementando a ação da família
e da comunidade.
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§ 1º As crianças provêm de diferentes e singulares contextos so-
cioculturais, socioeconômicos e étnicos, por isso devem ter
a oportunidade de ser acolhidas e respeitadas pela escola
e pelos profissionais da educação, com base nos princí-pios da individualidade, igualdade, liberdade, diversidade e
pluralidade.
§ 2º Para as crianças, independentemente das diferentes condições
físicas, sensoriais, intelectuais, linguísticas, étnico-raciais, socio-
econômicas, de origem, de religião, entre outras, as relações
sociais e intersubjetivas no espaço escolar requerem a atenção
intensiva dos profissionais da educação, durante o tempo de
desenvolvimento das atividades que lhes são peculiares, poiseste é o momento em que a curiosidade deve ser estimulada, a
partir da brincadeira orientada pelos profissionais da educação.
§ 3º Os vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e
do respeito mútuo em que se assenta a vida social devem ini-
ciar-se na Educação Infantil e sua intensificação deve ocorrer
ao longo da Educação Básica.
§ 4º Os sistemas educativos devem envidar esforços promoven-
do ações a partir das quais as unidades de Educação Infantilsejam dotadas de condições para acolher as crianças, em
estreita relação com a família, com agentes sociais e com a
sociedade, prevendo programas e projetos em parceria, for-
malmente estabelecidos.
§ 5º A gestão da convivência e as situações em que se torna ne-
cessária a solução de problemas individuais e coletivos pelas
crianças devem ser previamente programadas, com foco
nas motivações estimuladas e orientadas pelos professorese demais profissionais da educação e outros de áreas perti-
nentes, respeitados os limites e as potencialidades de cada
criança e os vínculos desta com a família ou com o seu res-
ponsável direto (BRASIL, 2010).
A segunda etapa da EB é o ENSINO FUNDAMENTAL. E vamos tra-
balhar na legislação usando a LDB e o PNE. A LDB (1996), na Seção
III - Do Ensino Fundamental nos seus art. 32 a 34, trata:
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Artigo 323
O ensino fundamental obrigatório, com duração de nove anos,
gratuito na escola pública, iniciando-se aos seis anos de idade,
terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:
I. o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como
meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II. a compreensão do ambiente natural e social, do sistema
político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se
fundamenta a sociedade;
III. o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo
em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e aformação de atitudes e valores; IV – o fortalecimento dos
vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e
de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
§ 1º É facultado aos sistemas de ensino desdobrar o ensino fun-
damental em ciclos.
§ 2º os estabelecimentos que utilizam progressão regular por
série podem adotar no ensino fundamental o regime de
progressão continuada, sem prejuízo da avaliação do pro-cesso de ensino-aprendizagem, observadas as normas do
respectivo sistema de ensino.
§ 3º o ensino fundamental regular será ministrado em língua
portuguesa, assegurada às comunidades indígenas a uti-
lização de suas línguas maternas e processos próprios de
aprendizagem.
§ 4º o ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a dis-
tância utiliza- do como complementação da aprendizagemou em situações emergenciais.
§ 5º4 o currículo do ensino fundamental incluirá, obrigatoriamente,
conteúdo que trate dos direitos das crianças e dos adolescen-
tes, tendo como diretriz a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990,
que institui o Estatuto da Criança e do Adolescente, observa-
da a produção e distribuição de material didático adequado.
§ 6º5 o estudo sobre os símbolos nacionais será incluído como
tema transversal nos currículos do ensino fundamental.
3 Caput com redação dadapela Lei nº 11.274, de07-02-2006.
4 Parágrafo acrescido pela Leinº 11.525, de 25-09-2007.
5 Parágrafo acrescido pelaLei nº 12.472, de 1º-9-2011,em vigor 90 dias após suapublicação, que ocorreuno Diário Oficial da União
de 02-09-2011.
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Políticas Educacionais
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Artigo 336
O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da
formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários
normais das escolas públicas de ensino fundamental, asseguradoo respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quais-
quer formas de proselitismo.
§ 1º os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos
para a denição dos conteúdos do ensino religioso e es-
tabelecerão as normas para a habilitação e admissão dos
professores.
§ 2º os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída
pelas diferentes denominações religiosas, para a deniçãodos conteúdos do ensino religioso.
Artigo 34
A jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos
quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo progres-
sivamente ampliado o período de permanência na escola.
§ 1º São ressalvados os casos do ensino noturno e das formasalternativas de organização autorizadas nesta lei.
§ 2º o ensino fundamental será ministrado progressivamente
em tempo integral, a critério dos sistemas de ensino
(BRASIL, 1996).
O PNE (2001), na Seção II - Ensino Fundamental, dos art. 23 a 25,
trata:
Artigo 23
O Ensino Fundamental com 9 (nove) anos de duração, de matrí-
cula obrigatória para as crianças a partir dos 6 (seis) anos de idade,
tem duas fases sequentes com características próprias, chama-
das de anos iniciais, com 5 (cinco) anos de duração, em regra para
estudantes de 6 (seis) a 10 (dez) anos de idade; e anos finais, com
4 (quatro) anos de duração, para os de 11 (onze) a 14 (quatorze) anos.Parágrafo único. No Ensino Fundamental, acolher significa
6 Artigo com redação dada pela
Lei nº 9.475, de 27-07-1997.
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também cuidar e educar, como forma de garantir a aprendiza-
gem dos conteúdos curriculares, para que o estudante desenvolva
interesses e sensibilidades que lhe permitam usufruir dos bens cul-
turais disponíveis na comunidade, na sua cidade ou na sociedadeem geral, e que lhe possibilitem ainda sentir-se como produtor
valorizado desses bens.
Artigo 24
Os objetivos da formação básica das crianças, definidos para a
Educação Infantil, prolongam-se durante os anos iniciais do Ensino
Fundamental, especialmente no primeiro, e completam-se nosanos finais, ampliando e intensificando, gradativamente, o pro-
cesso educativo, mediante:
I. da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o
pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II. foco central na alfabetização, ao longo dos 3 (três) primei-
ros anos;
III. compreensão do ambiente natural e social, do sistema po-
lítico, da economia, da tecnologia, das artes, da cultura edos valores em que se fundamenta a sociedade;
IV. o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo
em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a
formação de atitudes e valores;
V. fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solida-
riedade humana e de respeito recíproco em que se assenta
a vida social.
Artigo 25
Os sistemas estaduais e municipais devem estabelecer especial
forma de colaboração visando à oferta do Ensino Fundamental
e à articulação sequente entre a primeira fase, no geral assumida
pelo Município, e a segunda, pelo Estado, para evitar obstácu-
los ao acesso de estudantes que se transfiram de uma rede para
outra para completar esta escolaridade obrigatória, garantindo
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Políticas Educacionais
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a organicidade e a totalidade do processo formativo do escolar
(BRASIL, 2010).
A terceira etapa da EB é o ENSINO MÉDIO. A LDB (1996), na SeçãoIV - Do Ensino Médio, nos art. 35 e 36, apresenta:
Artigo 35
O ensino médio, etapa nal da educação básica, com duração
mínima de três anos, terá como nalidades:
I. a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos
adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o pros-seguimento de estudos;
II. a preparação básica para o trabalho e a cidadania do edu-
cando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz
de se adaptar com exibilidade a novas condições de ocu-
pação ou aperfeiçoamento posteriores;
III. o aprimoramento do educando como pessoa humana,
incluindo a formação ética e o desenvolvimento da auto-
nomia intelectual e do pensamento crítico;IV. a compreensão dos fundamentos cientíco-tecnológi-
cos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a
prática, no ensino de cada disciplina.
Artigo 36
O currículo do ensino médio observará o disposto na seção I deste
capítulo e as seguintes diretrizes:I. destacará a educação tecnológica básica, a compreensão
do signicado da ciência, das letras e das artes; o proces-
so histórico de transformação da sociedade e da cultura;
a língua portuguesa como instrumento de comunicação,
acesso ao conhecimento e exercício da cidadania;
II. adotará metodologias de ensino e de avaliação que esti-
mulem a iniciativa dos estudantes;
III. será incluída uma língua estrangeira moderna, como
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disciplina obriga- tória, escolhida pela comunidade escolar,
e uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibi-
lidades da instituição;
IV. serão incluídas a filosofia e a sociologia como disciplinas
obrigatórias em todas as séries do ensino médio.7
§ 1º os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação
serão organizados de tal forma que ao nal do ensino médio
o educando demonstre:
I. domínio dos princípios cientíco e tecnológicos que pre-
sidem a produção moderna;
II. conhecimento das formas contemporâneas de linguagem;
III. (revogado).8
§ 2º (revogado).9
§ 3º os cursos do ensino médio terão equivalência legal e habi-
litarão ao prosseguimento de estudos.
§ 4º (revogado).10 (BRASIL, 1996).
O PNE (2012), na Seção III - Ensino Médio, no art. 26, salienta:
Artigo 26
O Ensino Médio, etapa final do processo formativo da Educação
Básica, é orientado por princípios e finalidades que preveem:
I. a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos
adquiridos no Ensino Fundamental, possibilitando o pros-
seguimento de estudos;
II. a preparação básica para a cidadania e o trabalho, tomado
este como princípio educativo, para continuar aprenden-
do, de modo a ser capaz de enfrentar novas condições deocupação e aperfeiçoamento posteriores;
III. o desenvolvimento do educando como pessoa humana,
incluindo a formação ética e estética, o desenvolvimento
da autonomia intelectual e do pensamento crítico;
IV. a compreensão dos fundamentos científicos e tecnológi-
cos presentes na sociedade contemporânea, relacionando
a teoria com a prática.
7 Inciso acrescido pela Leinº 11.684, de 2-6-2008.
8 Inciso revogado pela Leinº 11.684, de 2-6-2008.
9 Parágrafo revogadopela Lei nº 11.741, de16-7-2008.
10 Idem.
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§ 1º O Ensino Médio deve ter uma base unitária sobre a qual
podem se assentar possibilidades diversas como preparação
geral para o trabalho ou, facultativamente, para profissões
técnicas; na ciência e na tecnologia, como iniciação cientí-fica e tecnológica; na cultura, como ampliação da formação
cultural.
§ 2º A definição e a gestão do currículo inscrevem-se em uma
lógica que se dirige aos jovens, considerando suas singu-
laridades, que se situam em um tempo determinado.
§ 3º Os sistemas educativos devem prever currículos flexíveis,
com diferentes alternativas, para que os jovens tenham a
oportunidade de escolher o percurso formativo que atendaseus interesses, necessidades e aspirações, para que se as-
segure a permanência dos jovens na escola, com proveito,
até a conclusão da Educação Básica (BRASIL, 2010).
A partir deste momento do texto, vamos tratar das modalidades
que estão vinculadas à EB. Vamos apresentar na base legal como são
tratadas estas modalidades que se dividem em: Educação Especial
– EE, Educação de Jovens e Adultos – EJA, Educação Profissional
e Tecnológica – EPT, Educação do e no Campo – EC, EducaçãoEscolar Indígena – EEI, Educação de Negros e Quilombolas - ENQ
e Educação a Distância – EAD.
O PNE (2001), no CAPÍTULO II - MODALIDADES DA EDUCAÇÃO
BÁSICA, no art. 27, destaca:
Artigo 27
A cada etapa da Educação Básica pode corresponder uma ou mais
das modalidades de ensino: Educação de Jovens e Adultos, Educação
Especial, Educação Profissional e Tecnológica, Educação do Campo,
Educação Escolar Indígena e Educação a Distância (BRASIL, 2010).
Vamos seguir a ordem de apresentação das modalidades na
LDB (1996). Iniciamos pela EDUCAÇÃO PROFISSIONAL. Na Seção IV 11
- Do Ensino Médio – Seção IV - A Da Educação Profissional Técnica
de Nível Médio, trata dos art. 36-A até 36-D):
11 Seção acrescida pela Lei
nº 11.741, de 16-7-2008.
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Artigo 36-A
Sem prejuízo do disposto na seção IV deste capítulo, o ensino
médio, atendida a formação geral do educando, poderá prepará-lo
para o exercício de profissões técnicas.Parágrafo único. A preparação geral para o trabalho e, facul-
tativamente, a habilitação profissional poderão ser desenvolvidas
nos próprios estabelecimentos de ensino médio ou em coope-
ração com instituições especializadas em educação profissional.
Artigo 36-B
A educação profissional técnica de nível médio será desenvolvi-da nas seguintes formas:
I. articulada com o ensino médio;
II. subsequente, em cursos destinados a quem já tenha con-
cluído o ensino médio.
Parágrafo único. A educação profissional técnica de nível médio
deverá observar:
I. os objetivos e definições contidos nas diretrizes curricu-
lares nacionais estabelecidas pelo Conselho Nacional deEducação;
II. as normas complementares dos respectivos sistemas de
ensino;
III. as exigências de cada instituição de ensino, nos termos de
seu projeto pedagógico.
Artigo 36-C
A educação profissional técnica de nível médio articulada, pre-
vista no inciso I do caput do art. 36-B desta lei, será desenvolvida
de forma:
I. integrada, oferecida somente a quem já tenha concluído o
ensino fundamental, sendo o curso planejado de modo a
conduzir o aluno à habilitação profissional técnica de nível
médio, na mesma instituição de ensino, efetuando-se ma-
trícula única para cada aluno;
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II. concomitante, oferecida a quem ingresse no ensino médio
ou já o esteja cursando, efetuando-se matrículas distintas
para cada curso, e podendo ocorrer:
a) na mesma instituição de ensino, aproveitando-se asoportunidades educacionais disponíveis;
b) em instituições de ensino distintas, aproveitando-se as
oportunidades educacionais disponíveis;
c) em instituições de ensino distintas, mediante con-
vênios de intercomplementaridade, visando ao
planejamento e ao desenvolvimento de projeto pe-
dagógico unificado.
Artigo 36-D
Os diplomas de cursos de educação profissional técnica de nível
médio, quando registrados, terão validade nacional e habilitarão
ao prosseguimento de estudos na educação superior.
Parágrafo único. Os cursos de educação profissional técnica
de nível médio, nas formas articulada concomitante e subse-
quente, quando estruturados e organizados em etapas comterminalidade, possibilitarão a obtenção de certificados de qua-
lificação para o trabalho após a conclusão, com aproveitamento,
de cada etapa que caracterize uma qualificação para o trabalho
(BRASIL, 2011).
O PNE (2001), na Seção III - Educação Profissional e Tecnológica,
nos art. 30 a 34, apresenta:
Artigo