7º ano portugues
TRANSCRIPT
CADERNODE APOIO
AO PROFESSORProposta de anualizaçãodo 3.o Ciclo
Dicionário Terminológico −principais alterações
Acordo Ortográfico −por Paulo Feytor Pinto
Leitura de imagens
ANA SANTIAGO • SOFIA PAIXÃO
– 7.o ANOPortuguês
APRESENTAÇÃO DO PROJETO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
RECURSOS MULTIMÉDIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
CRITÉRIOS DE ANUALIZAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
PROPOSTA DE ANUALIZAÇÃO DO 3.O CICLO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
DICIONÁRIO TERMINOLÓGICO – PRINCIPAIS ALTERAÇÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
ACORDO ORTOGRÁFICO – POR PAULO FEYTOR PINTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
ATIVIDADES A PARTIR DE IMAGENS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
ÍNDICE
1
O projeto P propõe-se a dar resposta aos desafios impostos pela entrada em vigor do novo Programa dePortuguês do Ensino Básico, a partir de uma análise atenta dos fundamentos que nortearam a distribuição deconteúdos e de descritores de desempenho, ao longo de todo o ensino básico.
Trata-se de um projeto que pretende ser rigoroso, funcional e facilitador das aprendizagens. Para tal, com oobjetivo de promover práticas de ensino de qualidade e aprendizagens significativas, o projeto P propõe: o desen-volvimento equilibrado e integrado das quatro competências específicas (oralidade, leitura, escrita e conheci-mento explícito da língua); abordagens que assegurem o princípio da progressão (no ciclo, interciclos e ao longodo ano letivo); sequências de aprendizagem, caracterizadas pela diversidade textual, que garantam a constru-ção de conhecimento, o treino, a consolidação e avaliação.
Estas propostas concretizam-se nos elementos que integram o projeto:
Manual
Aposta numa organização por Unidades e Percursos, com uma identificação clara dos conhecimentos e dascompetências em desenvolvimento e propostas de resolução das atividades.
Livro de Testes
Seis testes de avaliação, estruturados por competências e a partir dos modelos das provas de aferição e dosexames nacionais, que incluem a avaliação da oralidade.
Recursos multimédia
Áudios, vídeos, imagens e gramática interativa, disponíveis na Aula Digital e no CD áudio (no caso particulardos recursos áudio).
Caderno de Apoio ao Professor
Apresentação dos recursos multimédia, proposta de anualização do programa, comparação entre os termosgramaticais da tradição e o Dicionário Terminológico, acordo ortográfico e propostas de leitura de imagens domanual.
Planos de Aula
Planificação das atividades, ao longo do ano letivo, que concilia as propostas do manual com os descritoresde desempenho e os conteúdos do programa e apresenta sugestões de operacionalização.
Caderno de Atividades
Propostas de treino de conhecimento explícito da língua.
APRESENTAÇÃO DO PROJETO
3
RECURSOS MULTIMÉDIA
A possibilita a fácil exploração do projeto P7, através das novas tecnologias em sala deaula. Utilize uma ferramenta inovadora, que lhe permitirá tirar o melhor partido do seu projeto escolar, simplifi-cando o seu trabalho diário.
Exploração
Projete e explore as páginas do manual na sala de aula e aceda a um vasto conjunto de conteúdos multimé-dia integrados com o manual, para tornar a sua aula mais dinâmica:
• Animações de textos – em cada unidade são apresentados textos com vocalização e ilustrações animadas,integrando também questões de interpretação.
• Gramática interativa – animações que apresentam todos os tópicos gramaticais abordados ao longo domanual, acompanhadas de avaliação da informação apresentada.
• Vídeos e áudios – recursos audiovisuais que complementam e enriquecem as atividades propostas ao longodo manual.
• Apresentações em PowerPoint – apresentação, de forma sintetizada, de pontos importantes das matériasabordadas.
• Jogos – atividades lúdicas que permitem a revisão da matéria, de forma mais apelativa, garantindo a com-ponente didática.
• Testes interativos – extenso banco de testes interativos, personalizáveis e organizados pelos diversostemas do manual.
• Links internet – endereços para páginas na internet de apoio às matérias, para a obtenção de mais informação.
Preparação de aulas
• Aceda aos Planos de Aula disponíveis em papel e em formato Word e planifique as suas aulas de acordo comas características de cada turma.
• Utilize as sequências de recursos digitais feitas de acordo com os Planos de Aula criados para si, que oapoiarão nas suas aulas, com recurso a um projetor ou um quadro interativo.
• Personalize os Planos de Aula, com recursos do projeto ou com os materiais criados por si.
Avaliação
• Utilize os testes pré-definidos ou crie um à medida da sua turma, a partir de uma base de mais de 200 ques-tões.
• Imprima os testes para os distribuir, projete-os em sala de aula ou envie-os com correção automática aosseus alunos).
• Acompanhe o progresso dos seus alunos, através de relatórios de avaliação detalhados.
Comunicação e interação
Tire partido das funcionalidades de comunicação e interação que lhe permitem a troca de mensagens e a par-tilha de recursos com os alunos.
4
CRITÉRIOS DE ANUALIZAÇÃO
A anualização proposta nas páginas seguintes não pretende substituir-se à planificação anual, também dis-ponibilizada pelo P7 e concretizada nos percursos do manual, mas apresentar uma visão global do trabalho adesenvolver, ao longo do 3.O Ciclo, em cada competência. Esta proposta foi elaborada a partir dos quadros de des-critores de desempenho e conteúdos do programa e tendo em conta os critérios definidos pela DGIDC, disponíveisnos dossiês relativos à implementação do novo PPEB em www.dgidc.min-edu.pt. Desse documento1, elaboradopela equipa de autores do programa, salientamos os aspetos seguintes:
– A anualização não pode perder de vista que o trabalho a desenvolver sobre cada competência, num deter-minado ano de escolaridade, parte dos resultados esperados na respetiva competência, no ciclo anterior eno ano de escolaridade anterior, e aponta para os resultados esperados nessa competência, no ciclo em quese está a trabalhar e no ano de escolaridade em que o trabalho se desenvolve.
– Ao longo de cada ciclo, a progressão concretiza-se:
(i) entre descritores de desempenho;
(ii) na partição do descritor de desempenho;
(iii) na distribuição de conteúdo(s) associado(s) ao(s) descritor(es) de desempenho;
(iv) na ativação do descritor de desempenho e conteúdo associado em contextos de complexidade superior.
1 Programa de Português do Ensino Básico, Anualização: critérios e propostas, Equipa de autores, DGIDC, 2009
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cont
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s e
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tem
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C1.2
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C1.2
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C1.
2.);
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2.)
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C1.2
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(DT
C1.1.
1.)
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os, e
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C1.2
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(DT
C1.2
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9
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ores
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7.o
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9.o
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fica
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ân tic
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T B.
5.2.
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TC.
1.2.)
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TC.
1.2.)
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7.o
8.o
9.o
7.o
8.o
9.o
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os li
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ria:
Enun
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unci
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C1.1.
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1.2.)
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C1.2
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Plur
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TC1
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nânc
ia
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T C1
.2.)
Figu
ras
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tóric
a e
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– de
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urez
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ica:
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rofe
;–
de n
atur
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C1.1.
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ade;
– an
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C1.2
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rent
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ores
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9.o
7.o
8.o
9.o
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T C1
.2.)
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text
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1.2.)
Text
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ade
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C1.2
.)M
acro
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C1.2
.)
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dom
ínio
das
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soai
s.
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ínio
dos
med
ia.
– pr
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.T
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C1.2
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tual
(DT
C.1.2
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tos)
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ia d
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cia
desc
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lite
rária
, des
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ição
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ica,
pla
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ção)
; Seq
uênc
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eias
, con
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eo-
rias)
; Seq
uênc
ia d
ialo
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(com
entá
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cont
e-ci
men
tos)
Sequ
ênci
a ar
gum
enta
-ti
va(f
acto
, hi
póte
se,
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plo,
pro
va, r
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• Red
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tipo
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ossi
nais
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iliar
es d
e es
crita
.
– or
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r e h
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info
rmaç
ão,
tend
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vis
ta a
con
tinu
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e de
sent
ido,
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rogr
essã
o te
mát
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coer
ênci
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obal
do
text
o;–
dive
rsifi
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voc
abul
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s es
tru-
tura
s ut
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tos,
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recu
rso
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ortu
guês
pad
rão.
– de
senv
olve
r pon
tos d
e vi
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pess
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obili
zar d
ados
reco
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os e
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fere
ntes
font
es d
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form
ação
.
Repr
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scur
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curs
o (D
T C1
.1.2.
)Co
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onfig
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ão g
rá-
fica
(DT
E.4.
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ntua
ção
e si
nais
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res d
e es
crita
(DT
E.2.
)Lí
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rão
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ços
espe
cífic
os (D
T A.
2.2.
)
Coer
ênci
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xtua
l (DT
C1.2
.);Va
rieda
des s
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s situ
acio
nais
.
Not
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ão d
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r cin
zent
a si
gnifi
ca q
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s sub
jace
ntes
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eter
min
ado
cont
éudo
pod
em se
r tra
balh
ados
sem
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licita
ção
term
inol
ógic
a.
12
Esc
rita
Des
crit
ores
de
dese
mpe
nh
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s
7.o
8.o
9.o
7.o
8.o
9.o
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, com
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gres
siva
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nica
s de
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text
ual.
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o.• U
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çoam
ento
de
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o.
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ar a
legi
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s, em
pap
el o
u su
port
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gita
l.Co
nfig
uraç
ão g
ráfic
a
• Uti
lizar
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ades
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nolo
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ção
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ade
(DT
C1.2
.)
• Exp
lora
r ef
eito
s es
tétic
os d
a lin
guag
em m
obili
zand
o sa
bere
s de
corr
ente
s da
expe
riênc
ia e
nqua
nto
leito
r.
• Rei
nves
tir e
m te
xtos
pes
soai
s a in
for-
maç
ão d
ecor
rent
e de
pes
quis
as e
lei-
tura
s efe
tuad
as.
• Exp
lora
r for
mas
de
inte
ress
ar e
impl
icar
os
leito
res,
cons
ider
ando
o p
apel
da
audi
ênci
a na
con
stru
ção
de se
ntid
o.Re
gist
o fo
rmal
/ in
form
al (D
T C1
.1.)
Recu
rsos
exp
ress
ivos
• Uti
lizar
os
recu
rsos
tec
noló
gico
s pa
ra d
esen
volv
er p
roje
tos
e ci
rcui
tos
deco
mun
icaç
ão e
scrit
a.
• Esc
reve
r po
r in
icia
tiva
e g
osto
pes
-so
al.
• Esc
reve
r por
inic
iativ
a e
gost
o pe
ssoa
l, de
form
a au
tóno
ma
e fl
uent
e.
Not
a: A
util
izaç
ão d
a co
r cin
zent
a si
gnifi
ca q
ue o
s con
ceito
s sub
jace
ntes
a d
eter
min
ado
cont
éudo
pod
em se
r tra
balh
ados
sem
exp
licita
ção
term
inol
ógic
a.
13
14
Con
hec
imen
to e
xplí
cito
da
lín
gua
Des
crit
ores
de
dese
mpe
nh
oC
onte
údo
s
7.o
8.o
9.o
7.o
8.o
9.o
• Rec
onhe
cer a
líng
ua c
omo
sist
ema
dinâ
mic
o, a
bert
o e
em e
labo
raçã
o co
ntín
ua.
Mud
ança
ling
uíst
ica
(DT
A.4.
) Fa
tore
s ext
erno
s e in
tern
os e
tipo
s de
mud
ança
(DT
A.4.
1.)
• Ide
ntifi
car,
em te
xtos
ora
is e
esc
ritos
, a v
aria
ção
nos v
ário
s pla
nos (
fono
lógi
co, l
exic
al, s
intá
tico,
sem
ântic
o e
prag
mát
ico)
.• R
econ
hece
r esp
ecifi
cida
des f
onol
ógic
as, l
exic
ais e
sint
átic
as n
as v
aria
ntes
do
port
uguê
s eur
opeu
. • D
istin
guir
cont
exto
s ge
ográ
ficos
, soc
iais
, situ
acio
nais
que
est
ão n
a or
igem
de
dife
rent
es v
arie
dade
s do
por
tugu
ês n
ãoeu
rope
u.
Varie
dade
s do
por
tugu
ês;
vari
edad
es a
fric
anas
eva
ried
ade
bras
ileir
a (D
TA.
2.3.
)
•Car
acte
rizar
o p
roce
sso
de e
xpan
são
da lí
ngua
por
tugu
esa
e as
rea
liza-
ções
ass
ocia
das a
o se
u co
ntac
to c
omlín
guas
não
eur
opei
as.
• Dis
ting
uir
cont
exto
s hi
stór
icos
que
estã
o na
orig
em d
e di
fere
ntes
var
ie-
dade
s do
port
uguê
s.• C
arac
teriz
ar o
por
tugu
ês c
omo
uma
língu
a ro
mân
ica.
• Ide
ntifi
car
dado
s qu
e pe
rmite
m c
on-
text
ualiz
ar a
var
iaçã
o hi
stór
ica
dalín
gua
port
ugue
sa.
Crio
ulos
de
base
lexi
cal
port
ugue
sa; b
iling
uism
o;m
ultil
ingu
ism
o (D
T A
.3.)
Subs
trat
o, s
uper
stra
to,
adst
rato
; Fam
ília
de lí
n-gu
as; e
tim
olog
ia; é
tim
o(D
T A.
4.3.
); Var
iaçã
o hi
stó-
rica
(por
tugu
ês a
ntig
o,po
rtug
uês
clás
sico
, con
-te
mpo
râne
o); p
alav
ras
conv
erge
ntes
, pal
avra
sdi
verg
ente
s (DT
A.4
.2.)
• Sis
tem
atiz
ar p
ropr
ieda
des d
a lín
gua
padr
ão.
Nor
mal
izaç
ão li
nguí
stic
a; lí
ngua
pad
rão
(DT
A2.2
.)
• Con
sult
ar re
gula
rmen
te o
bras
lexi
cogr
áfic
as, m
obili
zand
o a
info
rmaç
ão n
a an
ális
e da
rece
ção
e da
pro
duçã
o do
mod
oor
al e
esc
rito.
Glo
ssár
ios (
DT D
.1.)
Thes
auru
s, te
rmin
olog
ias (
DT D
.1.)
• Dis
tingu
ir pa
res d
e pa
lavr
as q
uant
o à
clas
se m
orfo
lógi
ca, p
elo
posi
cion
a-m
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da
síla
ba tó
nica
. • S
iste
mat
izar
pro
prie
dade
s do
dito
n-go
e d
o hi
ato.
• Dis
ting
uir
cont
exto
s de
oco
rrên
cia
de m
odif
icaç
ão d
os f
onem
as n
opl
ano
sinc
róni
co.
• Dis
ting
uir
cont
exto
s de
oco
rrên
cia
de m
odifi
caçã
o do
s fo
nem
as n
os p
la-
nos d
iacr
ónic
o e
sinc
róni
co.
• Car
acte
riza
r pr
oces
sos
fono
lógi
cos
de in
serç
ão, s
upre
ssão
e a
lter
ação
dos s
egm
ento
s.
Prop
ried
ades
ace
ntua
isda
s síla
bas (
DT B
1.2.3
.)Se
miv
ogal
Dit
ongo
: or
al,
nas
al,
cres
cent
e, d
ecre
scen
teH
iato
(DT
B1.1.
2.)
Pro
cess
os f
onol
ógic
os(D
T B1
.1.)
Pro
cess
os f
onol
ógic
osde
inse
rção
, sup
ress
ão e
alte
raçã
o
Pro
cess
os f
onol
ógic
osde
red
uçã
o vo
cáli
ca,
assi
mila
ção
e di
ssim
ila-
ção;
met
átes
e (D
T B.
1.3.)
• Sis
tem
atiz
ar p
ropr
ieda
des d
a sí
laba
gra
mat
ical
e d
a sí
laba
mét
rica:
– se
gmen
tar v
erso
s por
síla
ba m
étric
a; u
tiliz
ar ri
ma
foné
tica
e rim
a gr
áfic
a.Sí
laba
mét
rica
e sí
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gra
mat
ical
Rela
ções
ent
re p
alav
ras e
scrit
as e
ent
re g
rafia
e fo
nia
(DT
E.5.
)
• Sis
tem
atiz
ar a
s cat
egor
ias r
elev
ante
s par
a a
flex
ão d
as c
lass
es d
e pa
lavr
as v
ariá
veis
.Fl
exão
:–
nom
inal
, adj
etiv
al
– de
term
inan
tes
e pr
o-no
mes
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onom
es p
esso
ais
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onom
es p
esso
ais:
cas
o no
min
ativ
o, a
cusa
tivo
,da
tivo
e ob
líquo
Not
a: A
util
izaç
ão d
a co
r cin
zent
a si
gnifi
ca q
ue o
s con
ceito
s sub
jace
ntes
a d
eter
min
ado
cont
éudo
pod
em se
r tra
balh
ados
sem
exp
licita
ção
term
inol
ógic
a.
Plano MorfológicoPlano FonológicoPlano da língua, Variação e Mudança
Con
hec
imen
to e
xplí
cito
da
lín
gua
Des
crit
ores
de
dese
mpe
nh
oC
onte
údo
s
7.o
8.o
9.o
7.o
8.o
9.o
• Sis
tem
atiz
ar p
arad
igm
as f
lexi
onai
sre
gula
res e
irre
gula
res d
os v
erbo
s.• S
iste
mat
izar
par
adig
mas
fle
xion
ais
irre
gula
res
em v
erbo
s de
uso
fre
-qu
ente
.
• Sis
tem
atiz
ar p
arad
igm
as f
lexi
onai
sirr
egul
ares
em
ver
bos
de u
so m
enos
freq
uent
e.
• Sis
tem
atiz
ar e
spec
ifici
dade
s da
fle-
xão
verb
al e
m:
– ve
rbos
de
conj
ugaç
ão in
com
plet
a.
Flex
ão v
erba
l
Verb
o re
gula
r; ve
rbo
irreg
ular
(DT
B2.2
.2.)
Verb
os d
efet
ivos
impe
s-so
ais;
unip
esso
ais;
form
asu
plet
iva
(DT
B2.2
.2.)
• Sis
tem
atiz
ar e
spec
ifici
dade
s da
flexã
o ve
rbal
: con
tras
te d
as fo
rmas
do
infin
itivo
pess
oal c
om a
s do
infin
itivo
impe
ssoa
l e re
spet
ivas
real
izaç
ões l
ingu
ístic
as.
Form
as v
erba
is fi
nita
s e
form
as v
erba
is n
ão fi
nita
s(D
T B2
.2.2
.)
• Sis
tem
atiz
ar p
adrõ
es d
e fo
rmaç
ão d
e pa
lavr
as c
ompl
exas
:–
por c
ompo
siçã
o de
dua
s ou
mai
s for
mas
de
base
• Exp
licita
r o
sign
ifica
do d
e pa
lavr
as c
ompl
exas
a p
artir
do
valo
r de
pre
fixos
esu
fixos
nom
inai
s, ad
jetiv
ais e
ver
bais
do
port
uguê
s.
Com
posi
ção
mor
foló
gi-
ca; c
ompo
siçã
o m
orfo
s-si
ntát
ica
Afix
ação
(DT
B2.3
.1.)
Der
ivaç
ão n
ão a
fixal
• Car
acte
rizar
cla
sses
de
pala
vras
e re
spet
ivas
pro
prie
dade
s.• S
iste
mat
izar
pro
prie
dade
s dis
tintiv
as d
e cl
asse
s e su
bcla
sses
de
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vras
C
lass
e ab
erta
de
pala
-vr
as (D
T B
.3.1
.); C
lass
efe
chad
a de
pal
avra
s (D
TB.
3.2.
)N
ome
con
táve
l –
não
cont
ável
(DT
B.3.
1.)Ve
rbo
prin
cipa
l, au
xilia
rVe
rbo
auxi
liar
tem
pora
l(D
T B.
3.1.)
Qua
ntifi
cado
r uni
vers
al;
e xis
tenc
ial (
DT
B.3
.2.)
Advé
rbio
(DT
B.3.
1.)Lo
cuçã
o ad
v erb
ial
(DT
B.3.
1.); A
dvér
bio
de p
redi
-ca
do (D
T B.
3.1.)
Locu
ção
prep
osic
iona
l(D
T B.
3.2.
)Co
njun
ção
Locu
ção
conj
unci
onal
coor
dena
tiva
: con
clus
i-va
, exp
licat
iva
Adv
érbi
o de
fra
se e
cone
ctiv
o (D
T B.
3.1.)
Con
junç
ão s
ubor
dina
ti-
va:
com
para
tiva
(D
TB.
3.2.
)Ve
rbo
auxi
liar
aspe
tual
(DT
B3.1.
)
Verb
o au
xilia
r mod
al (D
TB3
.1.)
Con
junç
ão s
ubor
dina
ti-
va: c
once
ssiv
a, c
onse
cu-
tiva
(DT
B.3.
2.)
• Apl
icar
as r
egra
s de
utili
zaçã
o do
pro
nom
e pe
ssoa
l áto
no (r
efle
xo e
não
refl
exo)
em
adj
acên
cia
verb
al.
Pron
omes
: pró
clis
e, m
esóc
lise,
ênc
lise
DT(
B.3
.2.)
Not
a: A
util
izaç
ão d
a co
r cin
zent
a si
gnifi
ca q
ue o
s con
ceito
s sub
jace
ntes
a d
eter
min
ado
cont
éudo
pod
em se
r tra
balh
ados
sem
exp
licita
ção
term
inol
ógic
a.
Plano das Classes de Palavras
15
Con
hec
imen
to e
xplí
cito
da
lín
gua
Des
crit
ores
de
dese
mpe
nh
oC
onte
údo
s
7.o
8.o
9.o
7.o
8.o
9.o
• Car
acte
rizar
pro
prie
dade
s de
sele
ção
de v
erbo
s tra
nsiti
vos.
Verb
o pr
inci
pal:
tran
sitiv
o di
reto
, ind
ireto
, dire
to e
indi
reto
(DT
B.3.
1.)
Verb
o pr
inci
pal:
tran
siti-
vos p
redi
cativ
os
• Sis
tem
atiz
ar o
s con
stitu
inte
s prin
cipa
is d
a fr
ase
e re
spet
iva
com
posi
ção.
Gru
po n
omin
al; g
rupo
ver
bal;
grup
o ad
jetiv
al; g
rupo
prep
osic
iona
l; gr
upo
adve
rbia
l (DT
B.4
.1.)
• Sis
tem
atiz
ar p
roce
ssos
sint
átic
os.
Conc
ordâ
ncia
(DT
B.4.
2.)
Elip
se (D
T B.
4.2.
)
• Sis
tem
atiz
ar re
laçõ
es e
ntre
os p
rinci
pais
con
stitu
inte
s da
fras
e e
as fu
nçõe
s sin
tátic
as p
or e
le d
esem
penh
adas
.• S
iste
mat
izar
funç
ões s
intá
ticas
: ao
níve
l da
fras
e.• D
etet
ar d
ifere
ntes
con
figur
açõe
s da
funç
ão si
ntát
ica
de su
jeito
.
Funç
ões
sint
átic
as a
oní
vel d
a fr
ase
(DT
B.4.
2.)
Suje
ito; p
redi
cado
; voc
a-tiv
oS
ujei
to c
ompo
sto
(DT
B.4.
2.)
Mod
ifica
dor d
e fr
ase
Suje
ito fr
ásic
o
• Sis
tem
atiz
ar fu
nçõe
s sin
tátic
as:
– in
tern
as a
o gr
upo
verb
al.
Funç
ões
sint
átic
as (D
TB.
4.2.
)C
ompl
emen
to (d
iret
o,in
dire
to, o
blíq
uo, a
gent
eda
pas
siva
); pr
edic
ativ
odo
suj
eito
; mod
ific
ador
do g
rupo
ver
bal
Pred
icat
ivo
do c
ompl
e-m
ento
dire
to
• Sis
tem
atiz
ar fu
nçõe
s sin
tátic
as:
– in
tern
as a
o gr
upo
nom
inal
.• S
iste
mat
izar
funç
ões s
intá
ticas
:–
inte
rnas
ao
grup
o no
min
al;
– in
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as a
o gr
upo
adje
tival
;–
inte
rnas
ao
grup
o ad
verb
ial.
Mod
ifica
dor d
o no
me
Com
plem
ento
do
nom
e;co
mpl
emen
to d
o ad
jeti-
vo;
com
plem
ento
do
advé
rbio
(DT
B.4.
2.)
• Tra
nsfo
rmar
fras
es a
tivas
em
fras
espa
ssiv
as e
vic
e-ve
rsa.
Fras
e pa
ssiv
a (D
T B.
4.3.
)
• Sis
tem
atiz
ar p
roce
ssos
de
artic
ulaç
ão d
e gr
upos
e fr
ases
.• D
istin
guir
proc
esso
s sin
tátic
os d
e ar
ticul
ação
ent
re fr
ases
com
plex
as.
Coo
rden
ação
: ora
ção
coor
dena
da c
oncl
usiv
a e
expl
icat
iva
Sub
ordi
naçã
o: o
raçã
osu
bord
inad
a su
bsta
ntiv
a(c
ompl
etiv
a);
oraç
ãosu
bord
inad
a ad
jeti
vare
lativ
a
Coo
rden
ação
ass
indé
ti-
ca (D
T B.
4.4.
)O
raçã
o su
bord
inad
aco
m pa
rativ
a
Sub
ordi
naçã
o: o
raçã
osu
bord
inad
a ad
verb
ial:
conc
essi
va e
con
secu
ti-
va (D
T B.
4.4.
)O
raçã
o su
bord
inad
a ad
-je
tiva
(rel
ativ
a re
strit
iva
e re
lati
va e
xpli
cati
va)
(DT
B.4.
4.)
Not
a: A
util
izaç
ão d
a co
r cin
zent
a si
gnifi
ca q
ue o
s con
ceito
s sub
jace
ntes
a d
eter
min
ado
cont
éudo
pod
em se
r tra
balh
ados
sem
exp
licita
ção
term
inol
ógic
a.
Plano Sintático
16
Con
hec
imen
to e
xplí
cito
da
lín
gua
Des
crit
ores
de
dese
mpe
nh
oC
onte
údo
s
7.o
8.o
9.o
7.o
8.o
9.o
• Sis
tem
atiz
ar p
roce
ssos
de
enriq
ueci
men
to le
xica
l do
port
uguê
s.• C
arac
teriz
ar o
s pro
cess
os ir
regu
lare
s de
form
ação
de
pala
vras
e d
e in
ovaç
ão le
xica
l.Vo
cabu
lário
Acró
nim
o, si
gla,
em
prés
-tim
o
Neo
logi
smo
amál
gam
a,tr
unca
ção
(DT
B.5.
3.)
Arca
ísm
o (D
T B.
5.1.)
ex
tens
ão se
mân
tica
• Det
erm
inar
os s
igni
ficad
os q
ue d
ada
pala
vra
pode
ter e
m fu
nção
do
seu
cont
exto
de
ocor
rênc
ia.
• Dis
tingu
ir pr
oprie
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Plano Discursivo e TextualPlano Lexical e Semântico
17
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Plano da Representação Gráfica e Ortográfica
18
DICIONÁRIO TERMINOLÓGICO – PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
Da nomenclatura gramatical portuguesa ao Dicionário Terminológico
A Nomenclatura Gramatical Portuguesa (NGP) foi publicada em 1967 e revogada em 2004 com a publicaçãoda Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário (TLEBS).
Ambas surgem como uma lista de termos a utilizar em contextos de ensino, de acordo com as orientaçõescurriculares. Antes, como agora, uma lista de termos não é, por si só, ensinável, cabendo aos programas a defini-ção clara dos conteúdos a trabalhar e/ou das competências a desenvolver.
As conclusões da experiência pedagógica da TLEBS e os pareceres de especialistas motivaram a sua suspen-são e consequente revisão, que se veio a concretizar no Dicionário Terminológico (DT), disponível emhttp://dt.dgidc.min-edu.pt/, instrumento a usar por professores dos ensinos básico e secundário, «com uma fun-ção reguladora de termos e conceitos sobre funcionamento da língua de forma a acabar com a deriva terminoló-gica»1.
O Dicionário Terminológico, resultante da revisão da TLEBS, por um lado, eliminou termos redundantes, ina-dequados ou pouco relevantes; por outro lado, acrescentou termos nos domínios da análise do discurso e da retó-rica.
O novo Programa de Português do Ensino Básico (PPEB) recorre aos termos do DT nas listas de conteúdos detodas as competências. Nas tabelas de descritores de desempenho e de conteúdos do Conhecimento Explícito daLíngua, a lógica de organização baseia-se no DT, mas não se limita a uma colagem, uma vez que alguns domíniosse entrecruzam (é, por exemplo, o caso do domínio da Lexicologia, que surge integrado no Plano da Língua,Variação e Mudança).
Assim, entender o DT e a tipologia das alterações não é, por si só, suficiente para uma real implementação donovo PPEB, mas ajudará a lidar com as novas abordagens e desafios.
Os domínios do Dicionário Terminológico
A. Língua, comunidade linguística, variação e mudançaA.1. Língua e comunidade linguísticaA.2. Variação e normalização linguísticaA.3. Contacto de línguasA.4.Mudança linguística
1RELATÓRIO – Terminologia linguística: revisão e consulta pública, in http://www.dgidc.min-edu.pt/linguaportuguesa/Paginas/RELATORIOTLEBS.aspx
19
B. Linguística descritivaB.1. Fonética e FonologiaB.2. MorfologiaB.3. Classes de palavrasB.4. SintaxeB.5. LexicologiaB.6. Semântica
C. Análise do discurso, retórica, pragmática e linguística textualC.1. Análise do discurso e áreas disciplinares correlatas
D. LexicografiaD.1. Obras lexicográficasD.2. Informação lexicográfica
E. Representação gráficaE.1. GrafiaE.2. Pontuação e sinais auxiliares de escritaE.3. Configuração gráficaE.4. Convenções e regras para a representação gráficaE.5. Relações entre palavras escritas e entre grafia e fonia
Tipologia das alterações
Mais do que comparar a NGP com o DT, importa referir o tipo de alterações terminológicas em contexto deensino do português. No fundo, trata-se de conhecer as diferenças entre a terminologia usada até agora, a quechamaremos tradição gramatical, por nem sempre corresponder a termos da NGP, e a que passará a figurar emtodos os programas de Português, a partir de 2011/2012.
Assim, podemos verificar quatro tipologias de alterações:
– Os termos mudam e/ou estabilizam-se, mas os conceitos mantêm-se: por exemplo, nome e substantivo sãosinónimos, mas o DT fixa o termo nome;
– os termos mantêm-se, mas o conceito muda: por exemplo, o predicativo do sujeito continua a chamar-sepredicativo do sujeito, mas a sua definição inclui constituintes que a tradição gramatical consideravacomplementos circunstanciais, como na frase: A Maria está em Lisboa;
– o Dicionário Terminológico apresenta novos termos que não faziam parte dos programas, nem da tradiçãogramatical, sobretudo nas áreas da semântica, da semântica lexical e da análise do discurso, retórica, prag-mática e linguística lexical;
– mudam os termos e os conceitos: por exemplo, o numeral ordinal dá lugar ao adjetivo numeral, por se consi-derar que possui características dessa classe de palavras.
20
Procederemos, em seguida, à apresentação e exemplificação das principais diferenças entre a tradição gra-matical e o Dicionário Terminológico. Serão abordadas algumas áreas que sofreram alterações e apresentadosnovos termos e conceitos linguísticos que não faziam parte da tradição gramatical.
Os domínios e os termos comparados foram selecionados pela sua importância ao longo dos três ciclos doensino básico, mas nem sempre reproduzem aqueles que figuram no novo PPEB nem estão distribuídos por anosde escolaridade.
Para além disso, muitos dos termos apresentados não serão explicitados ao aluno, em contexto de sala deaula. Considerámos, no entanto, importante a sua integração, mas lembramos que os conteúdos doConhecimento da Língua são os definidos pelo texto programático.
Níveis de língua e variedades do português
Os termos relativos à Língua, Variação e Mudança não sofreram grandes alterações, destacam-se, no entanto,alguns termos que se encontram fortemente enraizados na metalinguagem da disciplina de Língua Portuguesa /Português e que sofreram alterações ou passaram a ser abordados de outra forma.
Tradição gramatical Dicionário Terminológico
Distinguia-se:
• geografia da língua portuguesa / domínio atual dalíngua portuguesa;
• níveis/ registos de língua:– língua cuidada– língua familiar– língua popular– calão– gíria– regionalismos– língua literária
• história da língua portuguesa/ diacronia/ sincronia
O termo variação inclui:
• variedades geográficas: correspondem às variaçõesque a língua apresenta ao longo do seu território. As variedades do português são: a variedade europeia,a variedade brasileira e as variedades africanas.
• variedades situacionais: resultantes da capacidade deos falantes adaptarem o estilo de linguagem à situaçãode comunicação.
• variedades sociais: também chamadas «socioletos» ou«dialetos sociais», usadas por falantes que pertencem àmesma classe social e ambiente socioeconómico oueducacional.
• variedades históricas: resultantes da mudança linguís-tica. Consistem no contraste entre a gramática antiga ea gramática posterior da língua.
21
Formação de palavras
O que mudou…
Processos morfológicos de formação de palavras
Nos processos de formação regular de palavras, as alterações mais importantes relacionam-se com a com-posição.
Tradição gramatical Dicionário Terminológico
Derivação (processo de formação de novas palavras a par-tir de uma palavra primitiva):
• prefixação (associação de um prefixo a uma forma debase) – impossível;
• sufixação (associação de um sufixo a uma forma debase) – possibilidade;
• prefixação e sufixação (associação de um prefixo e deum sufixo) – impossibilidade;
• parassíntese (associação simultânea de um prefixo ede um sufixo a uma forma de base) – amanhecer;
• derivação imprópria (integração da palavra numa novaclasse de palavras, sem que se verifique qualquer alte-ração na forma);
• derivação regressiva (criação de nomes a partir de ver-bos).
Composição (processo de formação de novas palavras apartir de mais do que um radical ou palavra):
• justaposição (formação de uma palavra a partir deduas ou mais palavras, que mantêm a acentuação) –obra-prima, vice-diretor.
• aglutinação (formação de uma palavra a partir daunião de palavras primitivas ou de radicais, em que ape-nas um mantém a acentuação) – girassol, multinacio-nal.
Derivação (processo morfológico de formação de pala-vras que consiste, tipicamente, na associação de um afixoderivacional a uma forma de base):
• prefixação (sem alteração) – refazer, invisível, infeliz,descrente;
• sufixação (sem alteração) – simplesmente, ventoso;
• prefixação e sufixação (sem alteração) – imparcial-mente;
• parassíntese (sem alteração) – renovar, aprofundar,enlouquecer;
• conversão (corresponde à derivação imprópria da tradi-ção gramatical) – (o) olhar, (o) saber, (o) comer;
• derivação não afixal (corresponde à derivação regres-siva da tradição gramatical) – apelo (do verbo apelar);desabafo (do verbo desabafar).
Composição (processo de formação de novas palavras apartir da união de duas formas de base):
• morfológica ( formação de uma palavra a partir de umradical e uma palavra ou de dois radicais) – agricultura,psicologia;
• morfossintática (formação de uma palavra a partir deduas ou mais palavras) – couve-flor, guarda-chuva.
22
O que há de novo…
Processos irregulares de formação de palavras
Estes processos são relativamente recentes no âmbito do ensino do português. Apenas o termo estrangeiris-mo, agora empréstimo, surge na NGP, ainda que outros, como sigla e acrónimo, façam parte da tradição gramati-cal. No DT surgem no domínio da Lexicologia.
Mais exemplos:
Exemplos Tradição gramatical Dicionário Terminológico
Facilitar Derivação por sufixação Derivação por sufixação
Amanhecer Derivação por parassíntese Derivação por parassíntese
Infelizmente Derivação por prefixação e sufixação Derivação por prefixação e sufixação
(o) comer Derivação imprópria Derivação por conversão
Guarda-roupa Composição por justaposição Composição morfossintática
Biblioteca Composição erudita (aglutinação) Composição morfológica
Arranha-céus Composição por justaposição Composição morfossintática
Ortografia Composição erudita (aglutinação) Composição morfológica
(a) pesca Derivação regressiva Derivação não afixal
Água-de-colónia Composição por justaposição Composição morfossintática
Democracia Composição erudita (aglutinação) Composição morfológica
Terminologia Explicação Exemplos
Empréstimo (antes estrangeirismo)
Transferência de uma palavra de uma língua paraoutra.
Futebol, scanner, surf
Extensão semântica Alargamento do significado de uma palavra. Navegar na Internet, portal
Amálgama Criação de uma palavra a partir da junção de partesde duas ou mais palavras.
Informática (informação automática)
Truncação Criação de uma palavra a partir do apagamento deuma parte da palavra de que deriva.
Moto(cicleta) Foto(grafia)
Sigla Termo formado pelas iniciais das palavras que lhederam origem que se pronuncia letra a letra
IRS (Imposto sobre oRendimento Singular)
Acrónimo Termo formado pela junção de sílabas ou letras ini-ciais. Lê-se como se fosse uma palavra.
Iva (Imposto sobre o ValorAcrescentado)
23
Classes e subclasses de palavras
O que mudou…
As classes e subclasses de palavras são um subdomínio da Morfologia. Podem ser abertas, quando possuemum número ilimitado de palavras (nome, adjetivo, verbo, advérbio, interjeição), ou fechadas, quando possuem umnúmero limitado de palavras (determinante, pronome, quantificadores, preposição e conjunção).
Nome
Os nomes deixaram de ser classificados como concretos e abstratos e incluem uma nova subclasse, a dosnomes contáveis, que podem ser enumerados (um ovo, dois ovos) e não contáveis, que não podem ser enumera-dos (*uma saudade / *duas saudades; *um açúcar / *dois açúcares).
Tradição gramatical Dicionário Terminológico
Substantivo ou nome • próprio• comum • concreto e abstrato • coletivo
Nome • próprio• comum:
– coletivo– contável/não contável1
Dicionário Terminológico
Adjetivo
• qualificativo: exprime uma qualidade, ou seja, atribui uma qualidade ao nome, pode variar em grau e pode surgirantes ou depois do nome, ainda que com alteração de sentido: amigo rico/rico amigo.
• numeral: tradicionalmente chamado numeral ordinal, este adjetivo estabelece uma ordem (primeiro mês, segundomês, terceiro mês) e surge antes do nome, habitualmente, acompanhado por um determinante (o primeiro mês).
• relacional: adjetivo que deriva de um nome, não ocorre em posição pré-nominal nem varia em grau: os jornais diários;as aves aquáticas; a crosta terrestre.
1 Os nomes coletivos podem ser contáveis (uma turma, duas turmas), ou não contáveis (*uma flora, *duas floras).
Adjetivo
Ao contrário do que acontecia tradicionalmente, os adjetivos distribuem-se agora por três subclasses eincluem a antiga classe dos numerais ordinais.
24
Dicionário Terminológico
Verbo principal
Verbo que, numa frase, determina a existência de sujeito e/ou de complemento(s): Os rapazesdescobriram uma passagem secreta.
Os verbos principais dividem-se em classes, em função da ausência ou presença de alguns com-plementos:
• Intransitivo: verbo sem complementos (A criança adormeceu.).
• Transitivo direto: verbo com complemento direto (A criança comeu a sopa.).
• Transitivo indireto: verbo com complemento indireto (O filho telefonou ao pai.), ou comple-mento oblíquo (O Pedro foi para Lisboa.).
• Transitivo direto e indireto: verbo com complemento direto e indireto (A professora leu umahistória aos alunos), ou complemento direto e complemento oblíquo (O Rui pôs o saco no chão.).
• Transitivo-predicativo: verbo com complemento direto e predicativo do complemento direto (O professor considera o João muito responsável.).
Verbo copulativo
Verbo que precisa de um predicativo do sujeito para que a frase tenha sentido completo.Consideram-se, habitualmente, como copulativos os verbos: ser, estar, permanecer; ficar; pare-cer; continuar (A Rita continua triste.).
Verbo auxiliar
Verbo que surge antes de um verbo principal ou copulativo, formando um complexo verbal (A Marta nunca tinha visto o mar.). Na mesma frase, pode haver mais do que um verbo auxiliar (A história poderia ter sido contadade outra forma).
Verbo
Enquanto classe de palavras, o verbo surge no DT com classificações muito próximas da tradição gramatical.Destaca-se, porém, o facto de serem consideradas as classes do verbo determinadas em função dos seus comple-mentos. As questões relacionadas com a flexão do verbo encontram-se no domínio da Morfologia e não sofreramalterações significativas.
25
Advérbio
A classificação das subclasses do advérbio deixou de estar dependente de critérios meramente semânticos.Na maioria dos casos, o advérbio passou a ser classificado tendo em conta a relação que estabelece com osoutros elementos da frase.
Uma análise da tabela permite concluir que os tradicionais advérbios de tempo, lugar, modo, dúvida e desig-nação estão distribuídos pelos advérbios de predicado, de frase e conectivo.
Note-se que os advérbios continuam a possuir diferentes valores semânticos (tempo, modo, etc.), mas estesdeixaram de ser contemplados na sua classificação, ainda que essa distinção seja importante em contextos didá-ticos.
Determinante
O determinante surge sempre antes do nome com o qual concorda em género e número. O DicionárioTerminológico mantém as subclasses já existentes (artigo definido e indefinido, possessivo, demonstrativo, indefi-nido interrogativo) e acrescenta a dos determinantes relativos:
Tradição gramatical Dicionário Terminológico
Advérbio
• tempo
• lugar
• modo
• dúvida
• designação
• negação
• afirmação
• intensidade ou quantidade
• exclusão
• inclusão
• interrogativo
Advérbio
• advérbio de predicado: pertence ao grupo verbal e pode ter vários valoressemânticos (lugar, tempo, modo, etc.) – A Rita está aqui.
• advérbio de frase: modifica toda a frase, ao contrário do advérbio de pre-dicado – Infelizmente, estou constipado.
• conectivo: estabelece relações entre frases ou constituintes da frase – Tupensas que tens razão, contudo, estás enganado.
• negação (sem alterações) – Eles não conseguiram chegar a tempo.
• afirmação (sem alterações) – Não gosto deste livro, mas sim daquele.
• quantidade e grau: – Pode intensificar o sentido de outros advérbios(Sinto-me muito mal.), de adjetivos (Estou muito satisfeito.), ou de gruposverbais (Ela trabalhou muito.).
• exclusão (sem alterações) – Só eu sabia a resposta.
• Inclusão (sem alterações) – Até eu sabia a resposta.
• interrogativo (sem alterações) – Quando partes?
• relativo: introduz uma oração relativa – Esta é a escola onde estudo.
Dicionário Terminológico
Determinante
• relativo: acompanha um nome no início de uma oração relativa (Aquela é a Mariana cuja prima se chama Diana.).
26
Quantificador
Esta classe é nova na terminologia linguística do português. O quantificador serve para indicar o número, aquantidade; surge, habitualmente, antes de um grupo nominal e distribui-se por várias subclasses.
Conjunção
Esta classe não sofreu alterações significativas. Referimos, apenas, que as conjunções (subordinativas) inte-grantes são agora designadas por conjunções (subordinativas) completivas (O Pedro disse-me que hoje não vinha)e que as tradicionais conjunções coordenativas adversativas porém, todavia e contudo são, como já vimos,advérbios conectivos.
Pronomes
Os pronomes permitem evitar repetições e têm um papel importante na coesão textual. Mantém-se as subclasses tradicionais (pessoal, possessivo, demonstrativo, indefinido, relativo, interrogativo).
Destacamos, apenas, algumas particularidades dos pronomes indefinidos e relativos.
Dicionário Terminológico
Quantificador
• numeral: refere-se a um número preciso (numeral cardinal: dois carros, três carros).
• universal: refere-se a todos os elementos de um conjunto (todo, todos, toda, todas, ambos, cada, qualquer, nenhum,nenhuns, nenhuma, nenhumas) – todos os dias.
• existencial: não se refere à totalidade dos elementos de um conjunto (algum, alguns, alguma, algumas, bastante,bastantes, muito, muitos, muita, muitas, pouco, poucos, pouca, poucos, tanto, tanta, tantos, tantas, vários, várias) –poucas vezes; algumas vezes.
Dicionário Terminológico
• Indefinido: corresponde ao uso pronominal dos quantificadores e dos determinantes indefinidos (Gostei de tudo;Estás à espera de alguém?).
• Relativo: os pronomes relativos, além de evitarem a repetição de um nome, também servem para juntar orações (Dá-me o livro. / O livro está em cima da mesa. = Dá-me o livro que está em cima da mesa). Note-se que cujo, cuja,cujos, cujas são determinantes relativos; quanto, quanta, quantos, quantas são quantificadores relativos; onde é umadvérbio relativo.
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Exemplos de classificação das palavras destacadas nas frases:
Exemplo Tradição gramatical Dicionário Terminológico
A Mariana já bebeu o leite.Nome/substantivo comum,concreto
Nome comum, não contável
A Rita tem quatro anos. Numeral cardinal Quantificador numeral
O Pedro está a estudar num horário noturno. Adjetivo Adjetivo relacional
Todos os alunos realizaram a tarefa. Determinante indefinido Quantificador (universal)
O homem estava sentado no degrau da entrada.Nome/substantivo comum,concreto
Nome comum, contável
Já é a terceira vez que vou a Paris. Numeral ordinal Adjetivo numeral
Esta é a escola cujo diretor apresentou a demissão. Pronome relativo Determinante relativo
Enviei a carta ontem. Advérbio de tempo Advérbio de predicado
Poucas pessoas assistiram ao espetáculo. Determinante indefinido Quantificador (existencial)
Esta é a casa onde eu moro. Pronome relativo Advérbio relativo
A Marta respondeu sinceramente. Advérbio de modo Advérbio de predicado
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Funções sintáticas
O que mudou…
Funções sintáticas ao nível da frase1
Mantêm-se as funções nucleares da frase, registando-se alterações apenas nos tipos de sujeito e nos comple-mentos circunstanciais que passaram a chamar-se modificadores (de frase):
Tradição gramatical Dicionário Terminológico
Sujeito:
– simples
– composto
– subentendido
– indeterminado
– inexistente
• Predicado
• Complemento circunstancial
• Vocativo
Sujeito:
• Simples (sem alterações).
• Composto (sem alterações).
• Nulo (não surge na frase):
– subentendido: apesar de não aparecer na frase, a fle-xão verbal permite-nos identificar o seu referente:Estou cansado = [Eu] estou cansado;
– indeterminado: não aparece na frase, porque não sabe-mos quem é, ou o que é, mas pode ser identificado atra-vés do teste de substituição por pronomes como alguém,quem: Dizem que a vida está difícil: – Alguém diz;
– expletivo: tradicionalmente chamado sujeito inexis-tente; surge, habitualmente, com verbos meteorológi-cos (Nevou, choveu, trovejou) e em algumas frasescom o verbo haver (Há muito tempo que não te via.).
• Predicado: é constituído pelo verbo ou complexo verbal,ou por um verbo e pelos seus complementos e/ou modi-ficadores (A Marta fez hoje um teste de Biologia).
• Modificador (de frase): elemento acessório, que modifi-ca o sentido da frase (Infelizmente , está a chovermuito.).
• Vocativo (sem alterações).
1 A distribuição das funções sintáticas apresentada – ao nível da frase e dos grupos verbal, nominal, adjetival e adverbial – é utilizada no DicionárioTerminológico. Por uma questão de organização, optámos por fazer a sua adaptação aos termos da tradição gramatical.
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Funções sintáticas internas ao predicado / grupo verbal
Funções sintáticas internas ao grupo nominal
Tradição gramatical Dicionário Terminológico
• Complemento direto
• Complemento indireto
• Complemento agente da passiva
• Predicativo do sujeito
• Predicativo do complementodireto
• Complemento circunstancial
• Complemento direto (sem alterações).
• Complemento indireto (sem alterações).
• Complemento oblíquo: tal como os complementos direto e indireto, o com-plemento oblíquo é selecionado pelo verbo e, habitualmente, sem ele a frasenão faz sentido (A Maria gosta de sopa.). Não pode ser substituído pelos pro-nomes pessoais o, a, os, as, como o direto, nem pelos pronomes lhe, lhes,como o indireto. O complemento oblíquo pode ter várias formas:
– grupo preposicional: A Marta mora em Almada.
– grupo adverbial: A Marta mora ali.
• Complemento agente da passiva (sem alterações).
• Predicativo do sujeito: elemento da frase selecionado, apenas, por verboscopulativos como ser, estar, continuar, parecer, permanecer, ficar. O pre-dicativo do sujeito pode ter várias formas:
– grupo nominal: O António é meu filho.
– grupo adjetival: O António parece feliz.
– grupo preposicional: O António está em Sintra.
– grupo adverbial: O António está cá.
• Predicativo do complemento direto (sem alterações).
• Modificador do grupo verbal / predicado: elemento acessório, que modificao sentido do predicado. Pode ter várias formas e surgir em várias posições:
– grupo preposicional: A Marta viajou de madrugada.
– grupo adverbial: A Marta viaja amanhã.
Tradição gramatical Dicionário Terminológico
• Complemento determinativo
• Atributo
• Aposto
• Complemento do nome: surge à direita do nome e é selecionado por ele. Pedem complemento:
– os nomes deverbais (relacionados com verbos) como destruição [da floresta]:substituição [do professor]; invasão [do território];
– os nomes relacionais como pai [da Maria], mãe [do João], irmã [da Ana], filho[do José];
– nomes epistémicos como certeza [de que consigo], hipótese [de começar denovo], ideia [de terminar os estudos], necessidade [de fazer este trabalho];
– nomes icónicos como fotografia [de turma], retrato [de família].
• Modificador do nome restritivo: elemento acessório, que modifica e restringe o nomea que se refere (O livro azul é meu. / O homem do chapéu não me deixa ver nada.).
• Modificador do nome apositivo: elemento acessório, que modifica, mas não res-tringe, o nome a que se refere (D. Manuel, o Venturoso, mandou construir o mos-teiro dos Jerónimos.).
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Em resumo, aqui ficam algumas respostas rápidas a perguntas frequentes sobre o que se alterou nas funçõessintáticas:
1. O que aconteceu ao sujeito?
• O sujeito deixou de ser identificado como «aquele que pratica a ação», uma vez que em frases como «O Joãolevou uma bofetada.» tal não se verificava.
• O sujeito não realizado chama-se sujeito nulo: subentendido (Estou atrasado.), indeterminado (Assaltaram aourivesaria.) ou expletivo (em vez de inexistente – Choveu muito.).
2. O que aconteceu aos complementos circunstanciais?
O tradicional complemento circunstancial pode ser classificado como:
• Predicativo do sujeito – O Luís está em Lisboa. / O Luís está aqui.
• Complemento oblíquo – O Luís mora em Lisboa. / O Luís mora aqui.
• Modificador – O Luís estuda em Lisboa. / O Luís estuda aqui.
3. O que aconteceu aos complementos determinativos?
De um modo geral, os complementos determinativos são modificadores (restritivos) do grupo nominal – O rapaz de calções está à minha frente. Podem igualmente, nos casos já referidos anteriormente, ser comple-mentos do nome – O pai da Marta.
4. O que aconteceu ao atributo?
O tradicional atributo é um modificador (restritivo) do grupo nominal – A saia azul é bonita.
5. O que aconteceu ao aposto?
O aposto é um modificador (apositivo) do grupo nominal – O Pedro, meu primo, chegou ontem.
Exemplos de identificação das funções sintáticas
1. A Maria foi para a escola de autocarro.
Tradiçao gramatical
Sujeito: A Maria
Predicado: foi para a escola de autocarro
Complemento circunstancial de lugar: para a escola
Complemento circunstancial de meio: de autocarro
Dicionário Terminológico
Sujeito: A Maria
Predicado: foi para a escola de autocarro
Complemento oblíquo: para a escola
Modificador (do grupo verbal): de autocarro
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Tradição gramatical
Sujeito: O Pedro
Predicado: está em Lisboa
Complemento circunstancial de lugar: em Lisboa
Dicionário Terminológico
Sujeito: O Pedro
Predicado: está em Lisboa
Predicativo do sujeito: em Lisboa.
2. O Pedro está em Lisboa.
Tradição gramatical
Sujeito: A Sofia
Predicado: adoeceu durante a noite
Complemento circunstancial de tempo: durante a noite
Dicionário Terminológico
Sujeito: A Sofia
Predicado: adoeceu durante a noite
Modificador (do grupo verbal): durante a noite
3. A Sofia adoeceu durante a noite.
Tradição gramatical
Sujeito: A Maria
Predicado: colocou o lenço azul na mala
Complemento direto: o lenço azul
Atributo: azul
Complemento circunstancial de lugar: na mala
Dicionário Terminológico
Sujeito: A Maria
Predicado: colocou o lenço azul na mala
Complemento direto: o lenço azul
Modificador (restritivo do nome): azul
Complemento oblíquo: na mala
4. A Maria colocou o lenço azul na mala.
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Relações entre palavras
O que mudou…
Família de palavras, campo lexical e campo semântico
Tradição gramatical Dicionário Terminológico
• O conceito família de palavras surge associado à parteda gramática que se ocupa da «classe, estrutura e for-mação de palavras»1.
• São usados os termos campo lexical e campo semânti-co, mas existe alguma instabilidade na sua definição emgramáticas escolares.
• O conceito família de palavras surge no domínio daLexicologia, no subdomínio Léxico e vocabulário. O conceito não apresenta alterações.Entende-se por família de palavras o conjunto das pala-vras formadas por derivação ou composição a partir deum radical comum.
Exemplos: mar, maremoto, amarar, marinheiro, mari-nha, marinho, maré...
• Surge o novo domínio Semântica lexical: significação erelações semânticas entre as palavras.
• Estes termos são definidos no subdomínio Relaçõessemânticas entre palavras, em Estrutura lexical:
– campo lexical: conjunto de palavras que, pelo seu sig-nificado, fazem parte de um determinada realidade eque podem pertencer a diferentes classes.
Exemplos: âncora, vela, atracar, ré... fazem parte docampo lexical de navio.
– campo semântico: conjunto dos significados que umapalavra pode ter nos diferentes contextos em que seencontra.
Exemplos: campo semântico de peça – peça de auto-móvel, peça de teatro, peça de bronze, peça de carne,és uma boa peça, etc.
1 Vd. Celso Cunha e Lindley Cintra, Breve Gramática do Português Contemporâneo.
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Relações entre as palavras – Relações de hierarquia e relaçoes de parte-todo
O que há de novo…
No novo domínio Semântica lexical: significação e relações semânticas entre as palavras, o subdomínioRelações de semelhança/ oposição refere-se à sinonímia e antonímia, não havendo alterações no entendimentodestes conceitos.
Ainda neste domínio, mas em Relações de hierarquia, surgem como novos conceitos os termos hiperonímiae hiponímia.
O termo jogo, por exemplo, é uma designação genérica de certas atividades cuja natureza ou finalidade érecreativa – de diversão, entretenimento, brincadeira. Assim, a palavra «jogo» é hiperónimo de «xadrez», «gamão»,«damas»...
Um hiperónimo é, portanto, um termo mais genérico que abrange vários termos específicos que dependemdele semanticamente.
Exemplos: Talher é um hiperónimo de faca, garfo e colher.Escritor é hiperónimo de António Torrado, Cecília Meireles, José Saramago...
Um hipónimo, ao invés, é uma palavra de sentido mais restrito em relação a outra de sentido mais geral.
Exemplos: Morangos e bananas são hipónimos de fruta.Livro, revista, jornal são hipónimos de publicações.
Ainda no subdomínio Relações semânticas entre as palavras, em Relações parte-todo, surgem outros doisnovos conceitos: os de holonímia e de meronímia, referentes às relações semânticas entre palavras que repre-sentam o todo pela parte ou a parte relativamente ao todo.
Assim, um holónimo é uma palavra que se refere a um todo, refletindo uma relação de hierarquia semânticaem relação a outra, já que o seu significado refere o todo do qual a outra palavra (designada merónimo) é a parte.
Exemplos: Casa é holónimo de quarto, sala, cozinha.Avião é holónimo de cockpit.
Um merónimo é uma palavra que se refere uma parte, refletindo uma relação de hierarquia semântica emrelação a outra, já que o seu significado remete para a parte constituinte (designada holónimo).
Exemplos: Volante é merónimo de carro.Pétala é merónimo de flor.
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Sintaxe e Semântica
O que mudou e o que há de novo...
Tradição gramatical Dicionário Terminológico
• Tipos e formas de frase
– frase declarativa;
– frase exclamativa;
– frase imperativa;
– frase interrogativa.
• Forma afirmativa e negativa
• O dicionário terminológico refere a existência dos mes-mos tipos de frase. Os tipos de frase são estudados noâmbito da Sintaxe.
• Polaridade afirmativa e polaridade negativaA polaridade é estudada no âmbito da Semântica e doConteúdo proposicional.O termo polaridade refere-se ao valor afirmativo ounegativo de um enunciado.A negação e a afirmação não são propriedades ineren-tes à frase; são valores que podem afetar o predicado ouapenas um sintagma. A polaridade negativa pode ser expressa através doadvérbio de negação ou de outras palavras ou expres-sões com valor negativo, como não, nenhum, ninguém,nem, sem, nada.
Exemplo: A Tânia gosta de gelados.
A afirmação não exige a presença de nenhum operadorespecífico. Diz-se então que a frase tem polaridade afir-mativa.
Exemplo: Ela nunca comeu gelados.
Princípios reguladores da interação discursiva
O que há de novo...
Na sequência das abordagens propostas pela Análise de Discurso, da Pragmática e da Linguística Textual, osprincípios da cooperação, da cortesia e da pertinência surgem, juntamente com as máximas conversacionaise as formas de tratamento, como regras fundamentais que devem caracterizar a interação convencional.
O princípio da cooperação baseia-se em máximas que os interlocutores deverão respeitar. Alguns compor-tamentos práticos a ter em conta na interação verbal e de acordo com as máximas expostas são os seguintes1:
1 Inês Duarte, Língua Portuguesa – Instrumentos de Análise, Universidade Aberta, Lisboa, 2000, p. 357.
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a) o discurso produzido deve conter a informação necessária (Máxima de quantidade ):
• Tornar a contribuição tão informativa quanto requerido (para o propósito em causa);
• Não tornar contribuição mais informativa do que requerido (os enunciados repetitivos não respeitam estamáxima).
b) o discurso não deve afirmar o que o locutor crê ser falso, nem o que carece de provas (Máxima de qualidade):
• Tentar que a contribuição seja verdadeira;
• Não dizer o que crê ser falso;
• Não dizer aquilo de que não se tem provas.
c) o discurso deve ser pertinente ou relevante (Máxima de relação):
• Ser relevante.
d) o discurso deve ser claro, breve e ordenado (Máxima de modo ou de modalidade):
• Ser claro(a);
• Evitar a obscuridade da expressão;
• Evita ambiguidades;
• Ser breve (evitar falar/ escrever mais do que o necessário);
• Ser metódico(a).
O princípio da cortesia relaciona-se com o facto de usarmos diferentes estratégias para levar o nosso inter-locutor a comportar-se de certa maneira, respeitando normas de comportamento social e linguístico no desenro-lar da interação comunicativa. Algumas máximas a respeitar;
– evitar o silêncio ostensivo;
– não interromper o interlocutor;
– não manifestar falta de atenção;
– não proferir insultos, injúrias, acusações gratuitas, etc.
O princípio da pertinência (ou da relevância) explica como os interlocutores interpretam os enunciadosnum ato de comunicação: através do reconhecimento do universo de referência, pela partilha dos saberes impli-cados no ato de linguagem – saberes sobre o mundo, sobre valores psicológicos e sociais, sobre comportamentosetc., que conferem aos parceiros credibilidade. De acordo com este princípio, os atos de linguagem devem serapropriados ao seu contexto e à sua finalidade, contribuindo para o aspeto contratual da interação.
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Texto
O que há de novo e o que mudou...
Tipologias textuais
No plano literário, mantém-se a tripartição de géneros, com as alterações e as inovações resultantes da evo-lução histórica da própria literatura: o género lírico, o género épico ou narrativo e o género dramático. Cadaum compreende diversos subgéneros.
Mas a maioria dos textos é constituída por numerosas sequências, que podem incluir diferentes tipologiastextuais – num mesmo texto há sequências de diferentes tipos (por exemplo, num texto narrativo, é habitualhaver sequências de tipo descritivo e de tipo conversacional). Cada tipologia textual possui determinadas carac-terísticas.
Vejamos algumas das mais comuns:
Textos conversacionais
Caracterizam-se por ter funções lúdicas, de intercâmbio de ideias, de comentário de acon-tecimentos, de agradecimento.Exemplo: conversa, entrevista...
Textos narrativos
Relatam eventos ou cadeias de eventos; apresentam verbos que indicam ações e temposverbais como o pretérito perfeito e o pretérito imperfeito. Têm abundância de advérbioscom valor temporal ou locativo.Exemplo: conto, romance, novela…
Textos argumentativos
Têm como funções persuadir, refutar, comprovar, debater uma causa, etc., estabelecendorelações entre factos, hipóteses, provas e refutações. Têm abundância de conectores dis-cursivos, que articulam com rigor as partes do texto. O tempo dominante é o presente.Exemplo: publicidade, debates…
Textos descritivos
Caracterizam espaços, objetos, pessoas. Predominam o verbo ser e outros verbos caracte-rizadores de propriedades e qualidades de seres e coisas. Os tempos verbais dominantessão o presente e o pretérito imperfeito. Têm abundância de adjetivos qualificativos e deadvérbios com valor locativo.Exemplo: descrição de paisagens, pessoas…
Textos expositivos
Apresentam a análise ou síntese de ideias, conceitos e teorias, com uma estrutura verbalem que predomina o verbo ser com um predicativo do sujeito nominal ou o verbo ter comcomplemento direto. Usam como tempo peculiar o presente.Exemplo: manuais escolares, relatos…
Textos instrucionais
Têm como função ensinar ou indicar como fazer algo, enumerando e caracterizando assucessivas operações. A estrutura verbal dominante é o imperativo.Exemplo: regras, instruções, avisos, comunicados…
O termo paratexto é introduzido pelo dicionário terminológico e relaciona-se com o facto de os textos (obrasliterárias, obras científicas, etc.) surgirem sempre acompanhados de outros elementos textuais, de extensãovariável, que enquadram o texto principal e que têm como função apresentá-lo, garantindo uma receção adequa-da. Esses elementos textuais ou textos secundários chamam-se paratextos.
Exemplos: nome do autor, do editor, da coleção, título e subtítulo, desenho da capa, dedicatória(s), prefácio eposfácios, epígrafes, notas marginais, de rodapé e finais, bibliografia, índices, informações fornecidas nas badanase na contracapa do livro, ilustrações, etc.
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Obras lexicográficas
O que há de novo...
Um novo domínio do dicionário terminológico é o da lexicografia, apresentada como a disciplina que seocupa da realização de dicionários, léxicos e terminologias, bem como da análise da sua estrutura e dos métodospara a sua elaboração. É no seu âmbito que são elencadas as obras lexicográficas.
Para além do termo dicionário, i.e., a obra que apresenta o conjunto de palavras de uma língua, geralmenteorganizadas por ordem alfabética e acompanhadas de informações, são especificados:
• Os tipos de dicionários (alguns exemplos):
Os dicionários podem ser:
– monolingues (listagem e significados das palavras de uma língua);
– bilingues (listagem e tradução das palavras de uma língua numa outra língua);
– de aprendizagem (para o ensino do vocabulário da língua geral ou das línguas especializadas, com umaforte componente didática baseada em descrições, exemplos, exercícios de língua e imagens);
– de sinónimos/antónimos.
• Outras obras lexicográficas:
– enciclopédia: lista estruturada de palavras ou expressões, nem sempre organizada por ordem alfabética,contendo informação geral sobre cada entrada, como por exemplo o estado da arte do conhecimento de umtema ou conceito.
– glossário: dicionário com palavras ou expressões pouco conhecidas ou raras e respetivos significados, outraduções;
– terminologia: lista organizada de termos de um determinado domínio (por exemplo, termos de informática,de medicina);
– thesaurus :1. dicionário alfabético que procura apresentar com exaustividade as palavras de uma língua; 2. conjunto de termos normalizados, organizados em função de uma classificação documental da informa-
ção.
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ACORDO ORTOGRÁFICO POR PAULO FEYTOR PINTO
O novo acordo ortográfico no sistema educativo português
A ortografia da língua portuguesa, tal como a própria língua, tem sofrido alterações ao longo do tempo. Em2011, com a entrada em vigor da nova ortografia que aqui se apresenta, chega ao fim um período de 100 anosdurante o qual a língua portuguesa teve duas ortografias oficiais distintas. Este facto foi provocado pelos portu-gueses que, em 1911, adotaram uma nova ortografia, tornaram-na oficial e não consultaram os brasileiros.
Apesar de a nova ortografia comum ter provocado alterações tanto na ortografia portuguesa como na brasi-leira, aqui apresentam-se apenas as regras que alteram a ortografia a utilizar no sistema educativo português.Todas as regras ortográficas que não são referidas mantêm-se, portanto, inalteradas. Também a terminologiautilizada nesta brochura é a adotada no ensino básico e secundário e não a do texto legal.
As alterações introduzidas na ortografia são as seguintes:
1. Introdução das letras k, w e y no alfabeto (Base I).
2. Obrigatoriedade de inicial minúscula em alguns nomes próprios e formas de cortesia (Base XIX).
3. Supressão das letras c e p em sequências de consoantes (Base IV).
4. Supressão de acento em palavras graves (Base IX).
5. Supressão e/ou substituição do hífen em palavras compostas e derivadas, formas verbais e locuções (BasesXV-XVII).
A consulta deste texto pode ser complementada com a leitura do diploma legal que aprova a nova ortografia,em especial das bases ou regras acima identificadas e das respetivas notas explicativas. A Resolução daAssembleia da República, de agosto de 1991, está permanentemente disponível em:
http://dre.pt/pdf1sdip/1991/08/193A00/43704388.pdf
A Resolução do Conselho de Ministros que determina a entrada em vigor da nova ortografia, de janeiro de2011, adotou também o Vocabulário Ortográfico do Português e o conversor Lince desenvolvidos pelo Instituto deLinguística Teórica e Computacional, com financiamento público do Fundo da Língua Portuguesa. Uma vez que otexto legal que descreve a nova ortografia prevê exceções e não é exaustivo na exemplificação, estas duas ferra-mentas são muito úteis para esclarecer as inevitáveis dúvidas e estão disponíveis gratuitamente no sítio:
www.portaldalinguaportuguesa.org
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1. Introdução das letras k, w e y no alfabeto (Base I)
As letras k, w e y fazem parte do alfabeto da língua portuguesa. Apesar desta novidade, as regras de utiliza-ção mantêm-se as mesmas. Estas três letras podem, por exemplo, ser utilizadas em palavras originárias deoutras línguas e seus derivados ou em siglas, símbolos e unidades internacionais de medida, como darwinismo,Kuwait, km ou watt.
A posição destas três letras no alfabeto é a seguinte: …j, k, l… …v, w, x, y, z.
2. Obrigatoriedade de inicial minúscula em alguns nomes próprios e formas de cortesia (Base XIX)
A letra minúscula inicial é obrigatória nos:
– nomes dos dias: sábado, domingo, segunda-feira, terça-feira, quarta-feira…
– nomes dos meses: agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro, janeiro…
– nomes das estações do ano: verão, outono, inverno, primavera…
– nomes dos pontos cardeais ou equivalentes, mas não quando eles referem regiões: sul, leste, oriente e oci-dente europeu, mas o Ocidente.
A letra minúscula inicial é obrigatória também nas formas de tratamento ou cortesia: senhor Silva, car-deal Santos…
A letra inicial tanto pode ser maiúscula como minúscula em:
– títulos de livros, excepto na primeira palavra: Amor de perdição ou Amor de Perdição.
– nomes que designam cursos e disciplinas: matemática ou Matemática.
– designações de arruamentos: rua da Liberdade ou Rua da Liberdade.
– designações de edifícios: igreja do Bonfim ou Igreja do Bonfim.
3. Supressão das letras c e p em sequências de consoantes (Base IV)
As letras c e p são suprimidas sempre que não são pronunciadas pelos falantes mais instruídos, como acon-tece em algumas sequências de consoantes: ação, ótimo, ata, ator, adjetivo, antártico, atração, coletânea,conceção, letivo, noturno, perentório, sintático…
As letras c e p mantêm-se apenas nos casos em que são pronunciadas: facto, apto, adepto, compacto,contacto, corrupção, estupefacto, eucalipto, faccioso, fricção, núpcias, pacto, sumptuoso…
Assim, tal como na oralidade, na escrita temos Egito e egípcio.
Aceita-se a dupla grafia quando se verifica oscilação na pronúncia culta, como em sector e setor. Já exis-tiam em português outras palavras com mais de uma grafia, como febra, fevra e fêvera.
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As letras b, g e m mantêm-se na escrita em português europeu padrão de sequências idênticas de consoan-tes: subtil, súbdito, amígdala, amnistia, omnipresente…
A letra h mantém-se tanto no início e no fim de palavra como nos dígrafos ch, lh e nh: homem, oh, chega,mulher, vinho.
4. Supressão do acento em palavras graves (Base IX)
O acento agudo é suprimido das palavras graves cuja sílaba tónica contém o ditongo oi. Generaliza-se por-tanto a regra já aplicada em dezoito e comboio. Assim, passamos a ter: joia, heroico, boia, lambisgoia, alcaloide,paranoico…
O acento circunflexo é suprimido das formas verbais graves, da terceira pessoa do plural, terminadas emeem. Assim, passamos a ter: leem, veem, creem, deem, preveem…
O acento gráfico, agudo ou circunflexo, é suprimido das palavras graves que não têm homógrafas damesma classe de palavras. Assim, para pode ser uma preposição ou uma forma do verbo parar, tal como acordojá podia ser um nome ou uma forma do verbo acordar. Outros exemplos são: acerto (verbo ou nome), coro (verboou nome), fora (verbo ou advérbio)…
O acento agudo mantém-se na escrita em português europeu padrão das formas verbais da primeira pessoado plural, do pretérito perfeito do indicativo, dos verbos da primeira conjugação: gostámos, levámos, entregá-mos, andámos, comprámos…
5. Supressão e/ou substituição do hífen em palavras compostas e derivadas, formas verbais e locuções(Bases XV-XVII)
O hífen é suprimido das palavras derivadas em que a última letra do primeiro elemento – o elemento nãoautónomo – é diferente da primeira letra do segundo elemento: autoavaliação, autoestrada, agroindústria,antiamericano, bioalimentar, extraescolar, neoidealismo…
O hífen mantém-se nas derivadas começadas por ex, vice, pré, pós, pró, circum seguido de vogal ou n, panseguido de vogal ou m, ou ab, ad, ob, sob ou sub seguido de consoante igual, b ou r. Assim, continuamos a ter: pós-graduação, pan-americano, sub-região…
O hífen mantém-se nas derivadas em que o segundo elemento começa por h, r ou s. No primeiro caso, man-tém-se a regra anteriormente em vigor: anti-herói, pan-helénico…
O hífen é suprimido de palavras cuja noção de composição se perdeu, tal como já tinha acontecido com pon-tapé. Assim, passamos a ter: paraquedas, mandachuva…
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O hífen é substituído por r ou s , duplicando-o, nas palavras derivadas e compostas acima referidas em quea última letra do primeiro elemento é uma vogal e a primeira letra do segundo elemento é um r ou um s: semirrí-gido, suprassumo, antirroubo, antissemita, girassol, madressilva, ultrassecreto…
O hífen é substituído por um espaço em branco nas locuções substantivas, adjetivas, pronominais, adver-biais, prepositivas ou conjuncionais: fim de semana, cão de guarda, cor de vinho…
O hífen é substituído por um espaço em branco nas quatro formas monossilábicas do verbo haver seguidasda preposição de : hei de, hás de, há de e hão de.
Mantém-se a ortografia em exceções pontuais tais como desumano, cor-de-rosa, coocorrência.
O hífen mantém-se em todos os restantes casos:
– generalidade das compostas: cobra-capelo, ervilha-de-cheiro, mal-estar, tenente-coronel…
– derivadas em que a última letra do primeiro elemento é igual à primeira letra do segundo elemento: anti-ibérico, hiper-realista…
– formas verbais seguidas de pronome pessoal dependente: disse-lhe, disse-o, dir-te-ei…
– encadeamentos vocabulares: estrada Lisboa-Porto, ponte Rio-Niteroi…
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ATIVIDADES A PARTIR DE IMAGENS
Atividade «Ponto de partida» – Pré-leitura e escrita1
Ilustração de António Jorge Gonçalves para a capa do manual
1Atividade com base nos GIP – Leitura e Escrita (DGIDC).
Pistas de Leitura
Antes da escrita
1. A partir da imagem da capa do manual vais construir um conto.
2. Antes de iniciares a atividade de escrita, observa com o teu colega do lado a imagem.
3. Deves seguir as perguntas, de forma a estruturares a observação:
• A imagem está dividida?
• Quais as cores que se destacam? São semelhantes ou contrastam entre si? O que significarão?
• Que personagens se encontram na imagem? Quem serão?
• Que espaços se encontram representados?
• Que outros elementos sobressaem no cenário?
Pistas de Escrita
4. Agora, em trabalho de pares, preencham o quadro que se segue:
No conto que vais escrever…
PersonagensQuem são as personagens?
Quais as suas características?
AmbienteEm que espaço/ambiente se desenvolve a história?
Como se caracteriza esse espaço?
Ação
O que acontece às personagens? Com que conflitos se deparam?
Quais os objetivos dos protagonistas?
Que obstáculos têm de superar?
Final Qual o desenlace da história?
Moral da história Que lição nos transmite?
5. Com base nas informações que registaram, escrevam agora o vosso conto.
Após a escrita
6. Agrupem-se com outro par, de modo a reverem o texto.Releiam o texto e discutam se:
• a história foi escrita de forma a chamar a atenção do leitor? O início é cativante? O final fica na memória?
• a narrativa está completa, tem princípio, meio e fim?
• foram incluídos elementos que permitam a caracterização do espaço e do ambiente?
• as personagens foram caracterizadas de forma a despertar simpatia ou antipatia no leitor?
• foram introduzidos diálogos entre as personagens?
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• a história está organizada em parágrafos, que estruturam os vários momentos da ação?
• foram incluídos adjetivos, comparações e metáforas adequados?
• foram respeitadas as regras de escrita?
• tem título?
7. Registem as vossas conclusões.
Tabela de registo – Expressão escrita
Aspetos positivos Aspetos a melhorarSugestões para resolver
os problemas identificados
8. Rescrevam o texto a partir dos elementos assinalados.
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Atividade 1 – Oficina de escrita
Ilustração de António Jorge Gonçalves – páginas 24 e 25 do manual
Antes da escrita
Observa atentamente a paisagem noturna, iluminada pela Lua. Também tu te encontras escondido atrás deuma árvore a observar o movimento de todos os seres que circulam à tua volta. Ouvem-se sons indecifráveis eassustadores. Discretamente, deslocam-se personagens bem conhecidas, que povoam o teu imaginário.
Também tu és um dos habitantes desse mundo encantado: uma bruxa, uma fada, um duende, um gnomo, umlobisomem, uma menina com poderes especiais…
Já viveste muitos anos e resolves escrever a história da tua vida. Quando terminares o teu relato, regres-sarás à floresta e continuarás a maravilhar-nos com as tuas aventuras.
Segue as pistas de escrita.
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Pistas de Escrita
1. Escreve a história na 1.a pessoa.
2. Inicia a ação no espaço presente na imagem.
3. Planifica a história: título, introdução, desenvolvimento, conclusão.
4. Introduz uma descrição da personagem que escolheste ou/e do espaço onde habita.
5. Relê a história e verifica se:
• tem título;
• é uma história completa, com princípio, meio e fim;
• usaste alguns adjetivos, comparações e metáforas adequados;
• respeitaste as regras de escrita.
Descrição da atividade
• Esta atividade pode ser desenvolvida em trabalho cooperativo (grupos de quatro):
Material
• Cartões de cores diferentes, com símbolos distintos.
• Aula Digital: projeção da Atividade a partir de imagens, n.o 1.
Desenvolvimento da atividade
• Projeção da atividade através da Aula Digital.
• Divisão da turma em grupos de quatro, de acordo com as diversas cores dos cartões.
• Desenvolvimento da atividade projetada por cada um dos grupos de trabalho.
• Cada um dos elementos do grupo deve registar o trabalho numa folha à parte.
• Após a conclusão do trabalho de escrita, deverão formar-se novos grupos, agora, através dos símbolos pre-sentes nos cartões.
• Cada elemento do novo grupo lerá o texto realizado pelo seu primeiro grupo, garantindo-se assim a partilhadas histórias.
• Criação de um espaço de partilha através de uma cartolina colada na parede. Os alunos registam num post-it a opinião anónima sobre a atividade (gostei porque…), que será colado nesse espaço.
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Atividade 2 – Antecipação da leitura
Ilustração de Daniel Lima«Conto do rato e da doninha», páginas 66-67 do manual
Imagem A
Imagem B
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Pistas de Leitura
1. Lê o título do texto das páginas 66 e 67 do manual.
2. Observa a imagem A:
• Que personagens estão representadas na imagem?
• O que fazem as personagens?
• As personagens estão paradas ou em movimento? Por que razões?
3. Observa a imagem B:
• Quem será a personagem que ocupa toda a imagem?
• De quem é o rosto que está representado no garfo?
• O que simbolizará a expressão do rosto espelhado?
4. Imagina que terias de divulgar este conto.Em trabalho de grupo, a partir das imagens imaginem o conto.
5. Preparem um parágrafo de apresentação onde resumam o conto, de forma a aliciar um grupo de leitores.
6. O porta-voz do grupo deve ler o parágrafo que construíram em voz alta.
Descrição da atividade
Antes da leitura – Antecipar o assunto de um texto
• Apresentação do título do texto das páginas 66 e 67, «Conto do rato e da doninha», chamando a atençãopara as personagens referidas.
• Análise das duas imagens que ilustram o conto, partindo das questões presentes nas pistas.
• Discussão oral a partir das diversas opiniões.
• Depois da leitura das imagens, os alunos poderão antecipar o que vai acontecer no conto.
• Em seguida, os alunos listam cinco acontecimentos que poderiam fazer parte da ação do conto ilustrado.
• Os alunos, divididos em grupos, preparam um parágrafo de apresentação do que poderia ser uma pequenasinopse do conto.
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Atividade 3 – Leitura e oralidade
Ilustração de Bernando Carvalho«Nós chorámos pelo Cão Tinhoso», Ondjaki, páginas 90-93 do manual
Imagem A
Pistas de Leitura
1. Lê o conto de Ondjaki «Nós chorámos pelo Cão Tinhoso», páginas 90-93.
2. Observa atentamente a ilustração do conto para preparares a descrição oral.
3. Regista as informações sobre:
• o ambiente envolvente e os elementos que o compõem;
• as diversas personagens no centro da imagem, destacando a posição em que se encontram, as suas rou-pas, os gestos, as expressões…;
• as cores da imagem;
• a relação entre a imagem e o conto que leste.
4. Ao elaborares a descrição, deves recorrer a expressões como: no plano geral observamos…; ao centrodestaca-se…; no plano inferior…
5. Prepara a descrição oral, registando-a no teu caderno.
6. Apresenta a descrição à turma.
7. Elege, com os teus colegas, as descrições mais organizadas.
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Pistas de Leitura e Oralidade
1. Lê o conto de Ondjaki «Nós chorámos pelo Cão Tinhoso».
2. Observa atentamente a imagem B do conto, para preparares a descrição oral.
3. Regista as informações sobre:
• o local onde decorre a ação e os elementos que o compõem;
• a personagem em primeiro plano na imagem, destacando a posição em que se encontra, as suas roupas, aexpressão, a sua função no contexto…;
• as personagens que estão colocadas no plano de fundo e respetiva descrição;
• as cores da imagem;
• a relação entre a imagem e o conto que leste.
4. Ao elaborares a descrição, podes recorrer a expressões como: em primeiro plano observamos…; no planode fundo destacam-se…
5. Prepara a descrição oral, registando-a no teu caderno.
Imagem B
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6. Apresenta a descrição à turma.
7. Elege, com os teus colegas, as descrições mais organizadas.
Descrição da atividade
• O professor poderá dividir a turma em grupos. Metade dos grupos desenvolve a atividade a partir da imagemA e a outra metade, partindo da imagem B.
• No final, todos os grupos apresentam oralmente as descrições.
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Atividade 4 – Pré-leitura e escrita
Ilustração de Daniel Lima«O tombo da Lua», Mário de Carvalho, páginas 134-137 do manual
Pistas de Leitura
Antes da leitura – Antecipar o assunto de um texto
1. Observa atentamente a imagem, e detém-te nos diversos pormenores.
2. Diz qual será a relação da imagem com o texto de Mário de Carvalho, tendo em conta que este se intitula«O tombo da Lua».
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Pistas de Escrita
Após a leitura
Agora que já conheces o conto «O tombo da lua», vais desenvolver a seguinte atividade de escrita.
1. Imagina que és uma das personagens que habita no Beco das Sardinheiras (Zé Metade; mulher do Andrade;mãe do Zé Metade; presidente da Junta; filha do Andrade) e presenciaste a discussão desenvolvida a partirde tão estranho acontecimento: o Andrade engolira a Lua.
2. Face ao insólito acontecimento, decides escrever uma carta familiar dirigida a um amigo que trabalha nojornal da associação do bairro, onde contas o sucedido. O teu principal objetivo é convencer o teu amigo acolocar a notícia na primeira página da próxima edição do jornal.
3. Recorda o modelo da carta familiar e observa os exemplos:
• Local/Data (Marte, 20 de outubro de 2005 )
• Fórmula de saudação (Estimados terráqueos / Querido pai / Caro amigo)
• Corpo da carta:
– introdução (objetivo da carta)
– desenvolvimento (narração dos diversos assuntos)
– conclusão (encerramento da carta)
• Fórmula de despedida (O teu sincero amigo / Com um abraço / Com cumprimentos à família)
• Assinatura
4. Escreve uma carta dirigida ao teu amigo jornalista, onde:
• contes o episódio insólito que levou o Andrade a engolir a Lua;
• refiras as diversas peripécias derivadas deste acontecimento;
• solicites que a notícia seja primeira página da próxima edição do jornal.
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Atividade 5 – Leitura e Escrita
Ilustração de António Jorge Gonçalves, páginas 158 e 159 do manual
Pistas de Escrita
1. Regista, sem preocupação, tudo o que vês, «ouves» e «cheiras» na paisagem luminosa que observas.
2. Nesta primeira fase, não te preocupes se as palavras estiverem desorganizadas.
3. Lê o excerto do poema «Saudades da terra» de António Gedeão, na página seguinte.Repara que este poema se constrói a partir da enumeração de frases que descrevem tudo o que o poetaobserva e lhe deixa saudades.
4. Volta ao teu caderno e faz, agora, a enumeração dos elementos que registaste, enriquecendo-os com adje-tivos, verbos, dando-lhes cor, brilho, som, cheiro...Dessa enumeração resultará o teu poema descritivo ou o teu texto em prosa poética.
5. Revê o teu texto.
6. Treina a leitura em voz alta e apresenta o teu poema à turma e ao professor.
És um poeta-pintor e estás sentado em frente à janela do teu quarto, aberta de par em par. Tens um caderno em branco nocolo e, à tua frente, a paisagem que observas na imagem. Sem te preocupares com a organização dos elementos, escreve fra-ses soltas no caderno, como se estivesses a pintar um quadro, descrevendo tudo o que vês.
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Saudades da terra
(…)Gostei muito da luz. Gostei de vê-la de todas as maneiras, da luz do pirilampo à fria luz da estrela, do fogo dos incêndios à chama das fogueiras. Gostei muito de a ver quando cintila na face de um cristal, quando trespassa, em lâmina tranquila, a poeirenta névoa de um pinhal, quando salta, nas águas, em contorções de cobra, desfeita em pedrarias de lapidado cetro, quando incide num prisma e se desdobra nas sete cores do espetro.
Também gostei do mar. Gostei de vê-lo em fúria quando galga lambendo o dorso dos navios, quando afaga em blandícias de cândida luxúria a pele morna da areia toda eriçada de calafrios.
E também gostei muito do Jardim da Estrela com os velhos sentados nos bancos ao sol e a mãe da pequenita a aconchegá-la no carrinho e a adormecê-la e as meninas a correrem atrás das pombas e os meninos a jogarem ao futebol.
A porta do Jardim, no inverno, ao entardecer,à hora em que as árvores começam a tomar formas estranhas, gostei muito de ver erguer-se a névoa azul do fumo das castanhas.
Também gostei de ver, na rua, os pares de namorados que se julgam sozinhos no meio de toda a gente, e se amam com os dedos aflitos, entre cruzados, de olhos postos nos olhos, angustiadamente.
E gostei de ver as laranjas em montes, nos mercados, e as mulheres a depenarem galinhas e a proferirem palavras grosseiras, e os homens a aguentarem e a travarem os grandes camiões pesados, e os gatos a miarem e a roçarem-se nas pernas das peixeiras.
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Mas ... saudade, saudade propriamente, essa tenaz que aperta o coração e deixa na garganta um travo adstringente, essa, não.
Saudade, se a tivesse, só de Aquela que nas flores se anunciou, se uma saudade alguém pudesse tê-la do que não se passou. De Aquela que morreu antes de eu ter nascido,ou estará por nascer – quem sabe? – ou talvez andenalgum atalho deste mundo grandepara lá dos confins do horizonte perdido.Triste de quem não tem, na hora que se esfuma, saudades de ninguémnem de coisa nenhuma.
António Gedeão, Obra Completa, Relógio d’Água
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Atividade 6 – 1. Leitura e escrita
Ilustração de António Jorge Gonçalves«História trágico-marítima», Jorge Sousa Braga, página 176 do manual
História trágico-marítima
Era a segunda vez que se fazia ao mar. Era a segunda vez que uma traineira o recolhia a dois quilómetros dacosta. O cisne é um palmípede que vive na água doce. Vem nos livros. Porque havia um cisne de se fazer ao mar? O seu lugar era a água doce. Um lago qualquer, com meninos de calção e mamãs a dizerem: – Olha um cisne! Eraa segunda vez que se fazia ao mar… O guarda do parque foi ameaçado de despedimento. Caso a sua fuga se con-cretizasse, constituiria um lamentável precedente… Era a segunda vez que se fazia ao mar. Era a segunda vez queuma traineira o recolhia a dois quilómetros da costa.
Jorge Sousa Braga, O poeta nu, Assírio & Alvim
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Pistas de Escrita
1. Observa atentamente a ilustração, reparando:
• nas cores;
• no movimento e forma das linhas;
• nos elementos representados.
2. Lê o texto em prosa poética novamente.
Era a segunda vez que se fazia ao mar e era recolhido por uma traineira, a quilómetros da costa. Não será, cer-tamente, a última vez que o cisne, um palmípede que vive na água doce, se aventurará nas ondas salgadas.
Dá continuidade ao texto em prosa poética, começando-o por «Era a segunda vez…» e narra as novasaventuras deste cisne que queria viver muito para além das margens do lago.
3. Revê o texto e prepara numa leitura expressiva para apresentares à turma.
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Atividade 6 – 2. Escrita
Ilustração de António Jorge Gonçalves«Formigas», Jorge Sousa Braga, página 176 do manual
Pistas de escrita
1. Observa atentamente a ilustração.
2. Repara no símbolo formado pelo movimento das formigas, semelhante a um número teu conhecido. A par-tir desta pista, procura saber qual o significado desse símbolo
3. Em seguida, imagina que és um poeta e vais escrever um «haiku» a partir da imagem e da realidade que elatransmite.
4. Observa atentamente a informação sobre esta forma de poesia e escreve o teu próprio poema.
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O haiku é uma forma de poesia tradicional japonesa:
• É escrito no presente do indicativo, como se o poeta presenciasse naquele momento a cena que descreve.
• A temática mais recorrente destes poemas é a natureza (as plantas, os animais, a chuva, o sol, a lua, os jardins…).
• Tem apenas uma estrofe, composta por três versos.
• Os versos devem ter no seu conjunto 17 sílabas, distribuídas do seguinte modo:– cinco sílabas no primeiro verso;– sete sílabas no segundo verso;– cinco sílabas no terceiro verso.
• Matsuo Bashô é um dos mais conhecidos poetas do haiku japonês. Para te inspirares, observa alguns dos seus poe-mas traduzidos pelo poeta português Herberto Helder.
Primeira neve:Bastante para vergar as folhasDos junquilhos.
Festa das flores.Acompanhando a mãe,Uma criança cega.
Monte de Higashi.Como o corpoSob um lençol.
Ah, o passado.O tempo onde se acumularamOs dias lentos.
5. Apresenta o teu haiku à turma.
Atividade 7 – Escrita e Oralidade
Ilustração de António Jorge Gonçalves, páginas 200 e 201 do manual
Pistas de Leitura
1. Observa atentamente a ilustração onde «habitam» inúmeras caricaturas de personagens que fazem parteda realidade que nos envolve.
2. Em grupo, escolham quatro personagens presentes na imagem.
3. Em conjunto, imaginem a caracterização de cada uma das personagens que escolheram (quem são, traçosfísicos e psicológicos, profissão…).
4. A partir das personagens construídas, escrevam duas cenas de um texto dramático. No vosso texto devemincluir:
• as personagens que escolheram e caracterizaram;
• uma indicação cénica inicial que introduza o espaço e as personagens;
• pelo menos três indicações cénicas no corpo do texto.
5. Após a escrita, cada um dos elementos do grupo deve encenar um dos papéis e apresentar as cenas imagi-nadas à turma.
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Pistas de leitura
1. Observa atentamente a ilustração.
2. Tu és o Rei de pé ao centro da mesa e encontras-te perante umaassembleia constituída pelos teus súbditos, conselheiros e amigos.Todos aguardam ansiosamente que tomes a palavra.
3. Imagina que vais fazer o discurso mais importante do teu reinado, doqual depende a estabilidade do reino e dos seus habitantes.
4. Escreve esse discurso de uma forma organizada, a partir dos passosseguintes:
• lança no papel as principais ideias que queres transmitir ao auditório;
• organiza as ideias, numerando-as segundo a ordem de importância;
• escreve um parágrafo inicial de forma a prenderes a atenção doauditório;
• escreve o corpo do teu discurso, apresentando três argumentos paraconvenceres os ouvintes;
• conclui o texto, iniciando o parágrafo com uma expressão conclusiva(Em suma; Em conclusão; Por fim…).
5. Prepara a leitura encenada do teu discurso.
6. Apresenta o discurso à turma.
7. Procedam à eleição do melhor discurso.
Atividade 8 – Oralidade
Ilustração de António Jorge Gonçalves, páginas 214-218 do manual«Leandro, Rei de Helíria», Alice Vieira
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