7ª sÉrie

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SÉRIE

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7ª SÉRIE. CAPÍTULO 01 Antes de 1500, já existiam povos vivendo onde hoje é o Brasil. Os habitantes das terras que viriam a ser o Brasil. Os espaços indígenas. Principais povos indígenas: Tupi-Guarani : Ocupavam o Litoral e algumas áreas do interior. - PowerPoint PPT Presentation

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7ª SÉRIE

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CAPÍTULO 01

Antes de 1500, já existiam povos

vivendo onde hoje é o Brasil

Os habitantes das terras que viriam a ser o Brasil.

Os espaços indígenas.

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Principais povos indígenas: • Tupi-Guarani : Ocupavam o Litoral e algumas áreas do interior.• Jê ou Tapuia: ocupavam o Planalto Central.• Nu-Aruaque: ocupavam parte da Bacia Amazônica.• Caraíba: ocupavam o norte da Bacia Amazônica.

•Os tupis-guaranis eram povos guerreiros que conquistaram vários espaços territoriais.•Desalojaram povos que ali viviam, impondo seu domínio físico e cultural, como hábeis navegadores de rios, instalaram-se no sul, ao longo dos rios.

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Descobrindo os índios

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Preliminares...

• Significado da palavra índio;

• População estimada, segundo o IBGE, no censo de 2000 em torno de 730 mil descendentes;

• Os indígenas foram vítimas de um

verdadeiro genocídio

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Etnia Guarani

• Especulações sobre o surgimento da etnia;

• Um povo dividido pela colonização;

• Ser Guarani...• Distribuição dos

povos.

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Jê ou Tapuia

• O significado do nome;

• Localização;• Os Ritos Funerários.

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Caraíbas

• Significado do nome;• Localização;• Antropofagia;• Primeiros nativos a

terem contato com os espanhóis;

• Dizimação da etnia.

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Nu-Aruaque

• Significado do nome• Localização• Rivalidade entre

povos (Caraíbas)• A Cultura da

Mandioca.

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A primeira impressão é a que fica!

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Humildade

• “Posto que o Capitão-mor desta frota e os outros capitães escrevam a vossa Alteza dando notícia do

achamento desta vossa nova terra, que nesta navegação agora se

achou, não deixarei também de dar conta disso a Vossa Alteza da melhor maneira que puder, ainda que para o bem contar e falar, o saiba fazer pior

que todos. Tome Vossa Alteza, porém, minha ignorância por boa vontade, e tenha certeza que não

porei aqui, seja para embelezar ou enfear, mais do que aquilo que vi e

me pareceu."

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Sobre os índios

• "A feição deles é parda, um tanto avermelhada, com bons rostos e bons narizes, bem-feitos. Andam

nus, sem nenhuma cobertura. Não fazem o menor caso de encobrir ou de mostrar suas vergonhas, e nisso

têm tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam o

lábio de baixo furado e metido nele seus ossos (...) agudos na ponta

como furador. (...) Os seus cabelos são lisos. E andavam tosquiados (...) e rapados até por cima das

orelhas (...) "

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Quem eram os indígenas para os europeus e os europeus para os indígenas?

Os europeus passaram a chamar de índio todo habitante da América.Os europeus consideravam os índios selvagens, primitivos,...Visão etnocêntrica, onde valorizam sua cultura e inferiorizando a cultura do índio.O mito é a crença de um povo que explica a chegada do europeu à terra indígena. Ex.: o mito timbira ( do Aukê).

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Gente Inocente• "Parecem-me gente de tal inocência que, se nós

os entendêssemos, e eles a nós, seriam logo cristãos, porque parecem não ter nenhuma

crença. E portanto, se os degradados que aqui hão de ficar aprenderem bem sua fala e os

entenderem, não duvido que eles (...) hão de se tornar cristãos em nossa santa fé. Portanto,

Vossa Alteza, que tanto deseja fazer crescer a santa fé católica, deve cuidar da salvação deles . (...) Eles não lavram, nem criam. Nem há aqui boi,

vaca, cabra, ovelha, galinha, ou qualquer outro animal que esteja acostumado a conviver com o homem. (...) Nesse dia, enquanto ali andavam,

dançaram e bailaram sempre com os nossos, de maneira que são muito mais nossos amigos do

que nós seus (...)"

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Sonho das Origens...

• Os brancos desenham suas palavras porque seu pensamento é cheio de esquecimento. Nós guardamos as palavras dos nosso antepassados dentro de nós há

muito tempo e continuamos passando-as para os nossos filhos. As crianças, que não sabem nada dos

espíritos, escutam os cantos do xamãs e depois querem ver os espíritos por sua vez. É assim que, apesar de

muito antigas, as palavras dos xapiripë sempre voltam a ser novas. São elas que aumentam nossos

pensamentos. São elas que nos fazem ver e conhecer as coisas de longe, as coisas dos antigos. É o nosso

estudo, o que nos ensina a sonhar. Deste modo, quem não bebe o sopro dos espíritos tem o pensamento curto

e enfumaçado; quem não é olhado pelos xapiripë não sonha, só dorme como um machado no chão.

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As Línguas Indígenas

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Línguas

Atualmente, mais de 180 línguas e dialetos são falados pelos povos indígenas no Brasil. Elas integram o acervo de quase seis mil línguas faladas no mundo contemporâneo. Antes da chegada dos portugueses, contudo, só no Brasil esse número devia ser próximo de mil.As línguas guardam entre si origens comuns, integrando famílias lingüísticas, que, por sua vez, podem fazer parte de divisões mais englobantes, os troncos lingüísticos (Troncos e famílias).

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Troncos e famíliasDentre as cerca de 180 línguas indígenas que existem hoje no Brasil, umas são mais semelhantes entre si do que outras, revelando origens comuns e processos de diversificação ocorridos ao longo do tempo.

Os especialistas no conhecimento das línguas (lingüistas) expressam as semelhanças e diferenças entre elas através da idéia de troncos e famílias lingüísticas. Quando se fala em tronco, têm-se em mente línguas cuja origem comum está situada há milhares de anos, as semelhanças entre elas sendo muito sutis. As divisões são: 

• Tronco Tupi• Tronco Macro-Jê• Outras Famílias

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Tronco Macro-Jê

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Tronco Tupi

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OUTRAS FAMÍLIAS

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Comparação de palavras de diferentes línguas

Línguas do tronco Tupi

Fonte: Ayron Dall’Igna Rodrigues – Línguas brasileiras – Para o conhecimento das línguas indígenas, São Paulo, Edições Loyola, 1986, página 44.

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Línguas da Família Tupi-Guarani (Tronco Tupi)

Fonte: Ayron Dall’Igna Rodrigues – Línguas brasileiras – para o conhecimento das línguas indígenas, São Paulo, Edições Loyola, 1986, página 32.

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Línguas da Família Jê (Tronco Macro-Jê)

Fonte: Ayron Dall’Igna Rodrigues – Línguas brasileiras – para o conhecimento das línguas indígenas, São Paulo, Edições Loyola, 1986, página 58.

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Línguas da Família Karib

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Línguas da Família Aruak

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OS ESPAÇOS INDÍGENAS

Fatores explicam porque o índio não degrada a natureza:

*Entre a natureza e os indígenas não existe uma separação ou distinção.

•A natureza é vista e entendida pelos indígenas como fonte de vida.

•* O conhecimento indígena quantoà importância da diversidade biológica ou biodiversidade e da diversidade ecológica ajuda a conservar a natureza.

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Capítulo 2:

A apropriação dos espaços indígenas

pelo colonizador.

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Existia um pequeno sistema de feitorias comerciais, nas quais os europeus negociavam, por exemplo, foices, machados, espelhos e facas, em troca de pau-brasil, inhame, pimenta e animais como macacos, papagaios e beija-flores. Os indígenas desconheciam o valor do dinheiro, e achavam que os produtos que os europeus queriam não tinham valor. Destacaram as relações cordiais entre os europeus e os índios de 1500 a 1530.

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Após 1532, iniciou-se a efetiva colonização do Brasil. Os índios passaram a ser vistos não

mais como parceiros comerciais, mas como mão-de-obra para a colonização.

Quando o rei de Portugal decidiu colonizar o Brasil, foi organizado uma expedição

colonizadora sob o comando de Martim Afonso de Sousa. Ele fundou o primeiro núcleo de

povoamento português permanente: a Vila de São Vicente.

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Os índios contribuíram com suas técnicas agrícolas adaptadas aos trópicos.

Plantio da mandioca.

Adoção do processo agrícola indígena chamado coivara, baseado na queimada, no plantio em montículos e no longo descanso da terra de cultura.

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Características que fizeram com que uma grande quantidade de índios fosse eliminada:

Para os índios, o contato com os portugueses foi devastador, a começar pelos aspectos populacionais.

Guerras motivadas pela busca de escravos.

Grandes fomes que surgiam após as guerras.

Fuga dos índios para regiões de recursos desconhecidos.

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Algo que também contribuiu com este fato foram as doenças trazidas pelos portugueses, tais como:

Varíola

Catapora

Gripe

Coqueluche

Sarampo

Malária

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A língua Brasílica

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O idioma inicialmente adotado por toda a população envolvida no processo colonial foi a

língua dos índios Tupinambás (tronco Tupi), chamada de Brasílica.

Os filhos que nasciam da união entre portugueses e esposas índias recebiam o Tupi como língua

materna e, posteriormente, os que fossem meninos aprenderiam o português

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A Companhia de Jesus

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Chegaram ao Brasil em 1549.

Implantaram as primeiras instituições de ensino do país.

Na visão deles, os índios eram pagãos a serem convertidos.

Acreditavam que não existia salvação fora da igreja.

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Pateo do Collegio (Colégio Jesuíta) Imagem de 1840

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Padre José de Anchieta

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Oração do “Pai Nosso”

Ore angaîpaba r-eséOrébeOre r-er-ekó-memûã-sara supéOre nhyrõ îabéOre mo-'ar-ukar umẽ îepéTENTAÇÃO pupéOre pysyrõ-te îepéMba'e-aíba suíAMEN Îesu.

Retirado de Catecismo na língua Brasílica, de Padre Antonio de Araújo

Oré r-ubYbak-y-pe t-ekó-arI mo-eté-pyr-amoNde r-era t'-o-îkóT'-o-ur nde REINOT'-o-nhe-monhangNde r-emi-motara yby-peYbak-y-pe i nhe-monhanga îabéOré r-emi-'u'Ara îabi'õ-ndûaraE-î-me'eng kori orébeNde nhyrõ

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O Índio na Literatura Brasileira

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Indianismo na Literatura

O índio era retratado como valente e nobre, livre das corrupções sociais e dos vícios da civilização branca.Ele surge como digno representante da nação brasileira, símbolo da nossa liberdade.

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José Martiniano de Alencar nasceu em Mecejana, estado do Ceará em 1º de maio de 1829.  É considerado o precursor do romantismo no Brasil dentro de quatro características: indianista, psicológico, regional e histórico. José de Alencar utilizou como tema o índio e o sertão do Brasil. Em suas obras, valorizou a língua falada no Brasil, a despeito de escritores da época que usavam a língua de Portugal. Algumas de suas obras destacadas são:

Indianistas: Ubirajara, Iracema, O Guarani.Psicológicos: Diva, Lucíola, Senhora, A Viuvinha.Regionalistas: O Sertanejo, O Tronco do Ipê, O Gaúcho, Til.Históricos: As Minas de Prata, A guerra dos Mascates.

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IRACEMA

A obra conta a história de amor vivida por Martin, um português, e Iracema uma índia tabajara. Eles apaixonaram-se quase que à primeira vista. Devido a diferença étnica, por Iracema ser filha do pajé da tribo e por Irapuã gostar dela, a única solução para ficarem juntos, é a fuga. Ajudados por Poti, Iracema e Martim, fogem do campo dos tabajaras, e passam a morar na tribo de Poti (Pitiguara). Isso faz com que Iracema sofra, mas seu amor por Martim é tão mais forte, que logo ela se acostuma, ou pelo menos, não deixa transparecer. A fuga de Iracema faz com que uma nova batalha seja travada entre os tabajaras e os pituguaras.

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Toponímias e Outros Termos Originados do Tupi-Guarani

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TOPONÍMIA 

• Atibaia: água limpa• Capivari: rio das capivaras• Tietê: Para alguns estudioso, "rio fundo" e para outros, "rio verdadeiro".• Bauru : cesto de frutas.• Jaú: comedor, comilão, peixe fluvial.• Itabira: pedra empinada, pedra que se ergue.• Itu: salto, corredeira, cascata.• Itapemirim: laje pequena.• Ipanema: Rio imprestável, impraticável.• Irajá: Ninho das abelhas, colméia.

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ANTROPONÍMIA

 

• Araci: Mãe do dia, o nome da estrela d'alva• Cauã: Gavião• Ceci: Mãe superior• Guarabira: Nome de peixe• Iaciara: Espelho da lua• Irani: Abelhinha• Jaci: Lua• Janaina: Rainha dos lares• Juçara: Nome de uma palmeira de onde se extrai o palmito• Jurema: Espécie de planta

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SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS 

• Abacaxi: fruta cheirosa• Caboclo: procedente do mato• Canga: o osso, caroço, núcleo, seco, enxuto• Catapora: o fogo interno, febre eruptiva, erupção• Pipoca: da pele estalando• Caiçara: cerca feita pelos indígenas em torno da taba• Itaú: rio das pedras• Biboca: de lugar, casa acanhada, casa de barro, moradia humilde• Caipira: de vergonhoso, roceiro, aldeão• Paçoca: de bolo esmigalhado à mão

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Organização das Etnias

Não há divisão social

Não há acumulação de riqueza

Regime Pré-Sedentário

Educação dos jovens por meio da imitação, tradições e lendas

Divisão sexual do trabalho

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Demarcação e regularização de terras:

O processo de demarcação consiste em 4 fases, que são:

- Identificação e delimitação- Demarcação física- Homologação- Registro

As linhas-mestre do processo administrativo de demarcação das terras indígenas estão definidas na Lei nº 6.001, de 19-12-1973, que é conhecida como Estatuto do Índio, e no Decreto nº 1.775, de 08-01-1996.

Esta legislação atribui à FUNAI o papel de orientar e executar a demarcação das terras, atividade executada pela Diretoria de Assuntos Fundiários (DAF).