79233654 manual de espionagem investigacao criminal e operacoes de inteligencia

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    MANUAL DE ESPIONAGEM,

    INVESTIGAO CRIMINAL E OPERAES DE

    INTELIGNCIA

    REVELANDO OS SEGREDOS DA ESPIONAGEM

    SEUS MTODOS E TCNICAS

    DETETIVE SRGIO JORGE (CONTRA-ESPIO)

    2. Edio (Revista e Atualizada) Produo Independente

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    Este manual foi elaborado para todos aqueles que querem aprender como

    funciona o MUNDO DA ESPIONAGEM, bem como, se defenderem dessas aes

    clandestinas (criminosas) e que se intensificaram nos dias atuais, mormente naatual Era da Informao. Para aprofundarem seus conhecimentos, visitem o site:

    www.detetivesergio.hdfree.com.br, ou, interajam comigo no blog:

    http://detetivesergio.blogspot.com, cliquem em COMENTRIOS e

    deixem l suas mensagens, dvidas, crticas, dentre outras. Vocs podero

    tambm, enviar mensagens para os E-mails relacionados nos finais das postagens.

    A saber: [email protected] e [email protected].

    POR FAVOR, NO BLOG, SE PUDEREM, CLIQUEM, EM UM DOS LINKSSUBLINHADOS E DESTACADOS NO TEXTO EM AMARELO-DOURADO, PARAAJUDAREM A MANTER ESTE BLOG. NO PAGARO NADA! E NOPRECISARO LER OS ANNCIOS!

    "No final da leitura deixem suas dvidas ou comentrios para que eu

    interaja com vocs. s clicarem em COMENTRIOS (destacado em amarelo-

    dourado no rodap do post) e deixarem suas mensagens".

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    REVELANDO OS SEGREDOS DA ESPIONAGEM: SEUS MTODOS E

    TCNICAS

    INTRODUO

    Ol Comunidade de Inteligncia sou o Detetive Srgio (Contra-Espio),

    tambm sou Tcnico em Informtica, Cinotcnico (Adestrador de Ces) eAdministrador de Empresas. Muitos dos meus conhecimentos na rea da

    ATIVIDADE DE INTELIGNCIA (Segmento Inteligncia, Segmento Contra-

    Inteligncia e Segmento Operaes de Inteligncia), vieram do Exrcito

    Brasileiro e, aprendi muito, realizando cursos e pesquisas acadmicas na rea de

    ATIVIDADE DE INVESTIGAO CRIMINAL E NO-CRIMINAL.

    Muitos profissionais ainda fazem grande confuso entre os termos

    ESPIONAGEM, INTELIGNCIA, OPERAES DE INTELIGNCIA,

    OPERAES ESPECIAIS DE INVESTIGAO, CONTRA-INTELIGNCIA,

    INFORMAO, CONTRA-INFORMAO, INVESTIGAO, CONTRA-

    INVESTIGAO e CONTRA-ESPIONAGEM.

    De forma simples, mas, mantendo o rigor cientfico de tais termos,ESPIONAGEM a atividade criminosa ou ilcita de obter dados e informaes

    protegidas, tanto de pessoas, grupos ou organizaes pblicas e privadas. Trata-

    se, de utilizar-se, de meios que so considerados criminosos pela legislao do

    PAS-ALVO, onde ocorrem essas Operaes Clandestinas. A Espionagem foi

    desenvolvida inicialmente, para atuar nos pases estrangeiros e, quando utilizada

    contra os cidados, grupos e organizaes pblicas e privadas da prpria ptria,ou seja, a espionagem de s mesma, ento chamada de ESPIONAGEM

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    DOMSTICA. Quando a ESPIONAGEM realizada sem VIOLAR A LEI,

    conhecida pelo nome de ATIVIDADE DE INTELIGNCIA e INVESTIGAO

    CRIMINAL ou NO-CRIMINAL, ou seja, a busca de DADOS, INFORMES eINFORMAES "PROTEGIDAS" e "SEM QUE O ALVO SAIBA DA

    ATIVIDADE", observando ou respeitando A LEI. O respeito LEI a nica

    diferena entre ESPIONAGEM e as outras atividades (Inteligncia e

    Investigao).

    J a ATIVIDADE DE INTELIGNCIA e ATIVIDADE DE INFORMAO

    so a mesma coisa, ou seja, o termo INFORMAO foi substitudo pelo de

    INTELIGNCIA, devida s atrocidades cometidas pelo antigo SERVIO

    SECRETO DO BRASIL (SNI Servio Nacional de Informaes), na poca da

    instalao da Ditadura Militar e, a substituio dos nomes, uma tentativa de

    desviar a ateno da sociedade, das lembranas ruins associadas ao termo

    INFORMAES.

    J a principal diferena entre INTELIGNCIA (como atividade) e

    INVESTIGAO esto nos produtos e finalidades de tais atividades. Na

    ATIVIDADE DE INTELIGNCIA o produto final o CONHECIMENTO e a

    finalidade SUBSIDIAR o PROCESSO DECISRIO do USURIO. Na

    INVESTIGAO o produto final a PROVA e a finalidade o esclarecimento de

    um CASO abordado no Processo Judicial. Existem muitas outras diferenas, masestas so as principais.

    A expresso OPERAES ESPECIAIS DE INVESTIGAO tm o mesmo

    siginificado de OPERAES DE INTELIGNCIA, aquela, utilizada para subsidiar

    o planejamento ttico-operacional de uma Investigao Criminal e, esta, utilizada

    para subsidiar o planejamento estratgico, ttico e operacional de aes polticas

    do governo e operaes militares.

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    A CONTRA-INTELIGNCIA E CONTRA-INVESTIGAO, visam

    justamente, impedir que a INTELIGNCIA e a INVESTIGAO,

    respectivamente, consigam alcanar seus objetivos. A CONTRA-ESPIONAGEMimpede a ESPIONAGEM de obter xito.

    As OPERAES DE INTELIGNCIA, tambm chamadas de OPERAES

    ESPECIAIS DE INVESTIGAO (na Atividade de Investigao), so um

    conjunto de AES DE BUSCA (Reconhecimento, Vigilncia "Campana",

    Entrevista, Provocao, Penetrao, Entrada, Interceptao de Sinais e Dados,

    dentre outras) e, TCNICAS OPERACIONAIS (OMD "Observao, Memorizao

    e Descrio"; Estria-Cobertura, Disfarce, Leitura Corporal e da Fala,

    Comunicaes Sigilosas, dentre outras), que se servem de material e pessoal

    especializados na CAPTAO de INFORMES NEGADOS (protegidos) por

    FONTES CLASSIFICADAS (pessoas, organizaes, objetos).

    As AES DE BUSCA e TCNICAS OPERACIONAIS das OPERAESDE INTELIGNCIA so usadas como ferramentas nas ATIVIDADES de

    INTELIGNCIA, CONTRA-INTELIGNCIA, ESPIONAGEM, CONTRA-

    ESPIONAGEM, INVESTIGAO E CONTRA-INVESTIGAO.

    Na profisso de DETETIVE CONTRA-ESPIO muitas disciplinas

    acadmicas so de grande auxlio, como PSICOLOGIA, FILOSOFIA, DIREITO,

    ADMINISTRAO, CINCIAS FORENSES (CRIMINALSTICA), CINCIA DA

    COMPUTAO, ELETRNICA, dentre outras.

    Muitos profissionais argumentam da importncia do DIREITO na PRTICA

    DETETIVESCA, sem dvida alguma, o DETETIVE o tempo todo ir trabalhar em

    contato com as NORMAS JURDICAS, mas, tambm, ir estar envolvido com

    CONCEITOS e PRINCPIOS pertencentes a DIVERSAS OUTRAS REAS DOCONHECIMENTO.

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    Um DETETIVE que s estuda DIREITO e no se preocupa com outras

    DISCIPLINAS, s ir estabelecer no seu PLANO TTICO-OPERACIONAL, os

    LIMITES DE SUA AO e, em INVESTIGAO, NO BASTA APENAS SABERAT ONDE SE PODE IR, necessrio tambm, SABER COMO IR, DA MANEIRA

    MAIS EFICINTE E EFICAZ, AT ONDE SE PODE IR e para isso, necessrio

    buscar a MULTIDISCIPLINARIDADE e INTERDISCIPLINARIDADE, lembrem-

    se, que detetives so contratados por advogados, para produzirem provas.

    O DETETIVE dever ter UMA GRANDE BAGAGEM DE CONHECIMENTOS

    e de VRIAS REAS DISTINTAS, quanto mais conhecimentos ele tiver, mais

    fcil ser para ele DECIFRAR ENIGMAS. Por isso A PAIXO PELA LEITURA e

    TEMAS VARIADOS devem ser um dos HOBBYS do DETETIVE.

    COMO REALIZADO O PLANEJAMENTO DAS INVESTIGAES

    CRIMINAIS e NO-CRIMINAIS?

    Resposta:

    A ATIVIDADE DE INVESTIGAO o CONJUNTO de AES DE

    BUSCA e TCNICAS OPERACIONAIS, LEGALMENTE ADMITIDOS e

    UTILIZADOS, de FORMA SISTEMTICA e METDICA, no sentido da

    DESCOBERTA DE FATOS, CRIMINALMENTE ou NO-CRIMINALMENTE

    RELEVANTES e sua RECONSTITUIO HISTRICA.

    O cerne da ATIVIDADE DE INVESTIGAO est em responder 6 (seis)

    perguntas fundamentais:

    QUEM? O QU? ONDE? COMO? QUANDO? e POR QU?.

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    No basta conhecer o fato ocorrido, o autor e circunstncias envolvidas,

    pois necessrio reunir todos os elementos materialmente relevantes (PROVA),

    para que seja possvel o cliente decidir com convico.

    A INVESTIGAO se reveste de um conjunto de caractersticas,

    variveis e peculiaridades prprias, como: multidisciplinaridade, cientificidade e

    tecnicidade, tica e legalidade, natureza auxiliar e instrumental, carter

    abrangente e especialista, dentre outras e, ainda, ajudada por vrias cincias

    auxiliares e afins.

    Para o DETETIVE no basta apenas INVESTIGAR e DESCOBRIR.

    preciso PROVAR atravs da PROCURA e IDENTIFICAO de ELEMENTOS DE

    PROVA, que com o APOIO DE MEIOS TCNICOS, ENQUADRADOS na LEI e

    RELACIONADOS, permitem por CONCLUSO LGICA DEMONSTRAR, quem

    FOI O AUTOR de determinado FATO e CIRCUNSTNCIAS ENVOLVIDAS.

    No PLANEJAMENTO DAS INVESTIGAES o DETETIVE dever

    CONSIDERAR a VARIEDADE de SITUAES a serem INVESTIGADAS em

    cada CASO, cada uma com caractersticas, variveis e peculiaridades prprias,

    que exigem do DETETIVE o DOMNIO de vrias TCNICAS OPERACIONAIS,

    que sero utilizadas para VIABILIZAREM as AES DE BUSCA realizadas para

    a PRODUO DA PROVA e ELUCIDAO de cada CASO.

    AES DE BUSCA como: Reconhecimento, Recrutamento Operacional,

    Vigilncia (Campana Fixa ou Mvel), Infiltrao, Entrada, Provocao, Penetrao,

    Entrevista, Interceptao de Sinais (Eletromagnticos, Acsticos e pticos) e

    Desinformao, bem como, as TCNICAS OPERACIONAIS: O.M.D. (Observao,

    Memorizao e Descrio), Estria-Cobertura, Disfarce, Comunicaes Sigilosas,

    Leitura Corporal e da Fala, Emprego de Meios Eletrnicos, Anlise da Veracidade,Foto-interpretao e Processo de Identificao de Pessoas, podero ser

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    utilizadas de forma combinada, na INVESTIGAO DE VRIOS CASOS

    DISTINTOS, porm o emprego de tais procedimentos SE ADEQUARO a CADA

    CASO ESPECFICO.

    DESCREVENDO UM EXEMPLO DE OPERAO DE INTELIGNCIA

    PARA FACILITAR O ENTENDIMENTO

    GLOSSRIO DE TERMOS TCNICOS UTILIZADOS NESTE EXEMPLO

    DE ESTUDO DE CASO

    1) AO DE BUSCA Atividade que visa a obteno de dados ou informes

    negados (protegidos ou escondidos) de fontes classificadas (pessoas,

    documentos, materiais e organizaes), por meio de Tcnicas Operacionais,

    materiais e pessoal especializado (detetives). Ex.: Reconhecimento, Vigilncia

    (campana), Infiltrao, Provocao, dentre outras.

    2) DISFARCE Suporte material dado Estria-Cobertura para viabiliz-la, ou seja, todo material necessrio para tornar a histria fictcia verossmel.

    Ex.: Usar veculos, documentos (cuidado com a falsificao), crachs, roupas,

    ferramentas, culos, perucas, dentre outras.

    3) ENTRADA Adentrar ao interior de uma instalao, ambiente social,

    residncia ou casa, dentre outras (cuidado com a invaso a domiclio), sem que os

    moradores ou trabalhadores do local tenham conscincia das reais intenes do

    detetive.

    4) ESTRIA-COBERTURA Atividade que visa ocultar a verdadeira

    identidade do agente, equipe e organizao por meio de uma histria falsa. Ex.:

    Se passar por um mecnico, pastor de igreja, morador de rua, instalaes

    disfaradas de restaurante, oficina mecnica, igreja, ou instalaes

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    subterrneas, podendo ou no estarem debaixo de estabelecimentos comerciais

    disfarados, dentre outras.

    5) RECONHECIMENTO OPERACIONAL Atividade que visa levantar

    minuciosamente as particularidades de um ambiente social, bem como o modo de

    se comportar das pessoas, inteirando-se da rotina com o intuito de se misturar

    no ambiente e utilizar ou no uma posterior vigilncia (campana).

    6) TCNICA OPERACIONAL Procedimento que visa potencializar,

    operacionalizar e viabilizar as Aes de Busca. Ex.: OMD (Observao,Memorizao e Descrio), Estria-Cobertura, Disfarce, Comunicaes Sigilosas,

    dentre outras.

    7) VIGILNCIA (CAMPANA) Manter o Objetivo ou Alvo (sindicado,

    ambiente, objeto, veculo) sob constante observao sem que o(s) alvo(s)

    saiba(am). Ela pode ser Esttica (Fixa e Esttua), Mvel e Tcnica. Vigilncia

    Esttica a vigilncia ou campana que se d em torno de um ALVO-FIXO

    (pessoa, grupo, instalao, rea, objeto...) e, quando o OBSERVADOR, observa de

    um Posto-Fixo (residncia, prdio, barraca-fixa, automvel estacionado...) ela

    chamada de Vigilncia Esttica Fixa e, quando o OBSERVADOR, observa

    circulando em torno do Alvo-Fixo (agente disfarado de vendedor ambulante,

    mendigo, transeuntes, atleta fazendo caminhada ou correndo nas imediaes do

    ALVO...) ela chamada de Vigilncia Esttica tipo Esttua. A Vigilncia Mvel

    aquela que segue o ALVO em movimento e, a Vigilncia Tcnica aquela que se

    utiliza de Recursos Tecnolgicos (micro-cmeras, micro-fones, scanners,

    sniffers...). A vigilncia (campana) ainda podem ser Discreta (quando quem

    observa no quer ser descoberto) e Cerrada ou Demonstrativa (como meio de

    provocao na inteno de provocar reaes que sejam para a desvantagem do

    ALVO).

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    Estudo de Caso:

    A ENTRADA.

    O Agente Operacional (Detetive) Sr. Sombra, aps ser contratado para

    localizar uma pessoa desaparecida h muito tempo, precisava adentrar em uma

    residncia domstica, onde suspeitava que o sindicado Sr. Desaparecido

    pudesse estar homiziado (escondido). O Detetive Sombra aps planejar a

    investigao, decidiu se passar por um pastor evanglico (Estria-Cobertura),

    vestindo-se com terno e gravata, usando uma bblia e portando alguns panfletoscontendo mensagens de esperana (Disfarce). Aps ter frequentado alguns

    cultos evanglicos em determinada igreja, para conhecer como se comporta um

    pastor (Reconhecimento e OMD), ensaiou um discurso e algumas oraes. Antes

    de dar incio ao, o detetive Sombra discretamente, observou as

    movimentaes e ligaes de pessoas da residncia-alvo (Vigilncia ou Campana

    tipo Fixa) e, aps determinar o melhor momento, teve acesso ao interior da casa,com o consentimento da moradora, colocando em prtica o que foi planejado

    (Entrada). O detetive Sombra, aps ter observado atentamente os moradores e

    freqentadores do local e, analisando as fotos que lhe foram passadas pela

    contratante, constatou que o Sr. Desaparecido l se encontrava, constituindo

    outra famlia e casado com a Sr. Rouba-Marido.

    Aqui meus caros amigos e colegas de profisso, narro uma simples histria

    onde exemplifico algumas das Aes de Busca e Tcnicas Operacionais, que

    podem ser empregadas em vrias Operaes Especiais de Investigao. Note que

    em nenhum momento foi utilizado algum equipamento de investigao, provando

    mais uma vez que, a capacidade mental, aliada ao excelente preparo profissional,

    bem como a observncia dos princpios ticos que diferenciam o verdadeiro

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    Detetive dos amadores, que infelizmente, insistem em macular a imagem da nossa

    emocionante PROFISSO DE INVESTIGADOR.

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    REVELANDO OS SEGREDOS DA ESPIONAGEM SEUS MTODOS E

    TCNICAS

    PARTE 1

    CONTRA-INVESTIGAO E CONTRA-CAMPANA (CONTRA-

    VIGILNCIA) AS MAIORES AMEAAS AO TRABALHO DOS DETETIVESPROFISSIONAIS

    Todo DETETIVE PROFISSIONAL ou EQUIPE DE AGENTES esto

    sujeitos a se tornarem um ALVO (Objetivo) de Investigao ou Campana

    (Vigilncia). Tal situao pode ocorrer por diversos motivos, como: Contra-

    Investigao realizada por Detetive(s) contratado(s) pelo Sindicado para

    proteg-lo de uma Investigao, para apurar irregularidades, denunciadas,

    inclusive, pelo prprio Sindicado (Alvo-de-Busca) que suspeita da perseguio;

    Contra-Espionagem realizada por Agentes Operacionais contratados por

    empresrios que podem ser Sindicados; Campana realizada por criminosos por

    motivos diversos; dentre outras.

    extremamente importante o Detetive questionar-se sobre o resultadode seu trabalho de Investigao. Talvez a investigao infrutfera de no

    conseguir produzir as provas que materializam a conduta irregular do Sindicado,

    no devida a inocncia dele, e sim, devido ao trabalho de Contra-Investigao

    que ele (o sindicado) empreendeu contra voc, seja por ele mesmo, ou atravs de

    um Detetive (Contra-Espio), ou agentes de investigao contratados, impedindo

    voc de obter tais provas. Neste caso voc pode ter sido QUEIMADO(descoberto) e induzido ao fracasso (Porta-Fria). Basta o Sindicado perceber ou

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    desconfiar de seu trabalho de investigao, para todo o seu trabalho ir por gua

    abaixo e no importa o quo bom e profissional voc seja. Seu trabalho de

    investigao j era. Por isso o verdadeiro Detetive Profissional deve exercitarconstantemente a HUMILDADE e reconhecer que NO PERFEITO.

    Para enfrentar a CONTRA-INVESTIGAO e a CONTRA-CAMPANA

    (CONTRA-VIGILNCIA) necessrio primeiramente conhecer como elas

    procedem, ou seja, necessrio conhecer as Aes Operacionais e Tcnicas que

    as viabilizam. Tema este que irei discutir nos prximos comentrios.

    No mais para adiantar tais futuras discusses, quero enfatizar a

    importncia do estudo da Ao Operacional conhecida por Reconhecimento

    Operacional, pois justamente e, principalmente, por meio das INFORMAES

    captadas por ela, que as Aes de Contra-Vigilncia so planejadas.

    No pretendo INSTRUIR e nem ADESTRAR criminosos em Contra-

    Investigao. Pretendo somente contribuir com meus conhecimentos nesta rea,

    para ajudar aos bons Detetives e Contra-Espies a enfrentarem esta grande

    ameaa que destri todo trabalho srio de Investigao, seja ela Criminal e No-

    Criminal, bem como a realizao eficaz de Operaes de Inteligncia,

    combatendo a Espionagem que uma atividade ilcita e covarde.

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    REVELANDO OS SEGREDOS DA ESPIONAGEM SEUS MTODOS E

    TCNICAS

    PARTE 2

    COMO REALIZAR UMA CONTRA-VIGILNCIA (Counter-Surveillance)

    Parte 1

    Algumas Tcnicas de Defesa contra a Vigilncia Esttica (Fixa e Esttua),

    Mvel e Tcnica, sem o uso de Tecnologias de Varreduras ou outros Artefatos

    sofisticados, usando apenas a PERSPICCIA e CRIATIVIDADE que todos os

    Detetives Profissionais devem ter.

    As tcnicas de CONTRA-INVESTIGAO (CONTRA-INFORMAO) que

    sero descritas aqui, servem para protegerem os Detetives Profissionais ou

    clientes destes, contra aes de ESPIONAGEM, que por algum motivo possam,

    porventura, tornar-se uma REALIDADE na vida deles.

    O conjunto de tcnicas apresentadas aqui uma pequena parte dasinmeras que existem no mundo da Contra-Espionagem. Caber a cada Detetive

    elencar aquelas que mais se ajustam s necessidades de cada caso especfico.

    A Contra-Informao um conjunto coordenado de MEDIDAS PASSIVAS

    (Proteo) e MEDIDAS ATIVAS (Deteco e Decepo Arte de Enganar),

    aquelas atuando sobre as FONTES do inimigo, obstruindo-as e, estas, atuando

    sobre os MEIOS ou AES do inimigo, detectando-as e/ou manipulando-as, para

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    impedir que o inimigo obtenha qualquer tipo de dados, informaes e

    conhecimentos sensveis, da pessoa ou organizao que realiza o trabalho de

    Contra-Informao.

    Como exemplo de MEDIDAS PASSIVAS, temos: Disciplina do Segredo e

    do Silncio; Disciplina de Luzes; Compartimentao de reas; Canais Sigilosos de

    Comunicao (Cdigos, Cifras, Sinais, Antigrampo, Receptculos fixos ou mveis,

    agentes-correios; etc); Recrutamento e Seleo rigorosos de funcionrios;

    Alarmes, Fechaduras, Cmeras de Vigilncia e outros dispositivos de bloqueio e

    deteco de pessoas; Segurana de Materiais de Informaes; Contra-

    Reconhecimento; Descaracterizao, Disfarce, Camuflagem e Cobertura de

    pessoas ou instalaes; Estria-Cobertura; dentre outras.

    Exemplo de MEDIDAS ATIVAS DE DETECO: Contra-Campana (Contra-

    Vigilncia); Investigao; Provocao; Infiltrao; Interrogatrio ou Entrevista;

    Senha, Contra-Senha e Sinal de Reconhecimento; Uso de Equipamentos deInvestigao (Fotografia, Filmagem, Escutas); Recrutamento Operacional

    (Informantes); Reconhecimento Operacional (de reas, pessoas, veculos,

    objetos, etc); apreenso de material informativo; dentre outras.

    MEDIDAS ATIVAS DE DECEPO: Desinformao; Falsa Propaganda;

    Boatos; Manipulao de Comportamento de Pessoas; Dissimulao e Simulao;

    dentre outras.

    Como foi dito no ttulo deste comentrio, as tcnicas que sero discutidas

    aqui, situam-se entre as Medidas Ativas de Deteco, mais precisamente, na

    Ao Operacional conhecida por Contra-Campana (Contra-Vigilncia) e, que sero

    discutidas na prxima instruo (Parte 2) deste manual.

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    REVELANDO OS SEGREDOS DA ESPIONAGEM SEUS MTODOS E

    TCNICAS

    PARTE 3

    COMO REALIZAR UMA CONTRA-CAMPANA ou CONTRA-

    VIGILNCIA (Counter-Surveillance) Parte 2

    Retomando o raciocnio da instruo anterior, discutirei agora a

    preparao da CONTRA-CAMPANA (CONTRA-VIGILNCIA) sem o uso de

    tecnologias sofisticadas.

    O Planejamento-Ttico Operacional da Contra-Campana envolve a

    combinao de diferentes Aes de Busca e Tcnicas Operacionais, como:

    Ao de Reconhecimento, Ao de Vigilncia (Campana), Ao de

    Provocao, Ao de Decepo (Desinformao, Propaganda, Dissimulao e

    Simulao), bem como as Tcnicas de Observao, Memorizao e Descrio

    (OMD), Tcnica de Disfarce, Tcnica de Comunicao Sigilosa, Tcnica deLeitura da Linguagem Corporal, Tcnica de Uso de Equipamentos, dentre outros.

    O primeiro passo para realizar a CONTRA-CAMPANA a elaborao de

    um eficiente e eficaz PLANO DE CONTRA-CAMPANA. Para isso necessrio

    alimentar o PROCESSO DECISRIO com INFORMAES CONFIVEIS

    durante a FASE DO PLANEJAMENTO. Tais informaes sero obtidas por meio

    de uma Ao de Busca chamada de RECONHECIMENTO OPERACIONAL.

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    O RECONHECIMENTO OPERACIONAL uma Ao de Busca voltada para

    o levantamento pormenorizado do OBJETIVO (Terreno, Pessoas, Sindicado,

    Veculos, Comportamentos, Objetos, dentre outras), que se encontra na reaPrincipal (onde se dar a Contra-Campana) da rea de Operaes (que envolve a

    rea Principal e a rea Secundria, esta, sendo formada, pela rea destinada ao

    descanso, troca de agentes, anlise das informaes, enfim, onde sero feitas

    todas as atividades no envolvidas na rea Principal) e, tem por funo, neste

    caso, fornecer todas as informaes necessrias realizao da Contra-

    Campana, para que esta possa DETECTAR qualquer ALTERAO ANMALA ouFORA DO PADRO. Esta Ao de Busca muito semelhante Ao de Vigilncia

    (Campana), mas se difere desta porque no se preocupa com um nico ou alguns

    Alvos ou Locais, e sim, com toda uma rea, incluindo todos os fatos e

    circunstncias que ocorrem nessa rea. O objetivo aqui CONHECER O SEU

    AMBIENTE.

    Para aumentar o potencial do Reconhecimento Operacional, pode-se

    combin-lo com outra Ao de Busca denominada de AO DE PROVOCAO,

    esta consistindo na APLICAO DE VARIVEIS (estmulos) na rea Principal,

    para OBSERVAR a REAO DAS PESSOAS aos estmulos aplicados e, no caso de

    ESPIES, faz-los reagir de forma que os DENUNCIAM.

    Para realizar o Reconhecimento Operacional voc DEVER ESTARATENTO A TUDO QUE O CERCA, usando e abusando de ESPELHOS como

    RETROVISORES (que sero exaustivamente usados na Contra-Campana.

    Espelhos aqui incluem tudo aquilo que reflete o ambiente, tais como: superfcies

    polidas, vidraas, copos de vidro ou alumnio, etc). Voc dever coloc-los em

    PONTOS ESTRATGICOS que o permitem observar os acontecimentos de forma

    discreta, como: colocar um espelho dentro de um LIVRO, REVISTA ou JORNALe observar atentamente o que ocorre sua retaguarda, neste caso para ficar

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    mais discreto, voc pode colocar o espelho atrs da pgina que voc est fingindo

    ler e fazer um pequeno furo no formato de uma janela e, a partir da, observar os

    acontecimentos. Use e abuse dos espelhos, espalhando-os em locais estratgicose discretos na sua casa e/ou local de trabalho.

    Procure ordenar os objetos de sua casa e/ou local de trabalho seguindo

    uma lgica determinada, em alguns casos, at estabelecendo distncias entre os

    objetos e a direo para onde apontaro caractersticas particulares deles.

    Assim se algum mexer em alguns deles voc saber.

    Coloque tambm objetos que representem preferncias ou desejos

    simulados em reas de movimentao de pessoas ou visitas em sua casa e/ou

    trabalho, como colocar determinados tipos de revistas ou objetos cujos assuntos

    no te atraem, s para enganar e fazer as pessoas acreditarem que voc gosta

    daqueles assuntos.

    Voc tambm dever conhecer o comportamento das pessoas ao seu redor,

    como elas reagem a voc em relao a determinados assuntos e atitudes. Dever

    conhecer o comportamento dos seus vizinhos, amigos, colegas de trabalho,

    parentes. Quais os tipos de veculos que trafegam nas ruas que voc transita, nas

    imediaes do seu trabalho, residncia domstica, enfim tudo aquilo que permite

    voc IDENTIFICAR O PADRO do SEU AMBIENTE.

    Voc dever realizar essas aes durante alguns dias ou at semanas, em

    horrios diferentes e locais diferentes, trabalhando com um nmero razovel de

    AMOSTRAS, para traar o PADRO AMBIENTAL que voc est inserido.

    Aqui se encontra um dos GRANDES PROBLEMAS DO DETETIVE

    PROFISSIONAL, que muitas vezes PRESSIONADO PELO CLIENTE no tem o

    tempo suficiente de realizar o Reconhecimento Operacional, visando conhecer o

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    AMBIENTE DO SINDICADO, para poder misturar-se nele e realizar a

    Investigao. Se o SINDICADO estiver FAMILIARIZADO com o PADRO

    AMBIENTAL, uma simples QUEBRA de alguma caracterstica desse PADROpoder ser suficiente para acabar com a sua investigao, ainda mais se ele

    contratar um Detetive para proteg-lo.

    Na prxima instruo entrarei na discusso das tcnicas de CONTRA-

    CAMPANA que com a ajuda do RECONHECIMENTO OPERACIONAL e

    PROVOCAO, transformar-se- em uma FORTE BARREIRA ao trabalho de

    ESPIONAGEM.

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    REVELANDO OS SEGREDOS DA ESPIONAGEM SEUS MTODOS E

    TCNICAS

    PARTE 4

    DISCUSSO SOBRE O COMENTRIO COMO REALIZAR UMA

    CONTRA-CAMPANA Parte 2

    Prezada Comunidade de Inteligncia,

    Fico feliz em perceber que alguns de meus ensinamentos fomentam

    debates e discusses que agregam valor formao da personalidade, burilando a

    capacidade operacional dos Agentes Operacionais. Isto prova o sincero interesse

    desta respeitosa comunidade de Profissionais de Inteligncia, em zelar pela

    qualidade e desenvolvimento deste tema empolgante que a Atividade de

    Inteligncia e Investigao Criminal e No-Criminal.

    Vejo tambm uma grande oportunidade de reaprender e ser avaliado por

    meio da anlise crtica da TAD (Tcnica de Anlise de Dados), onde posso, pormeio do feedback obtido, corrigir, modificar ou reforar cognies e atitudes.

    Por isso, com grande humildade e respeito para com toda a Comunidade de

    Inteligncia, por meio da liberdade de expresso, comeo esta modesta

    discusso, no necessariamente um debate, para esclarecer alguns pontos

    obscuros na minha dissertao, que acredito, possam ter acarretado em algumas

    possveis objees.

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    SUPOSTAS OBJEES S MINHAS TESES

    TESE 1:

    Reconhecimento Operacional e Vigilncia (Campana), embora semelhantes,

    SO AES DISTINTAS.

    SUPOSTA OBJEO:

    Para alguns manuais de Investigao Criminal, a definio conceitual de

    CAMPANA (VIGILNCIA) se estende aos conceitos RECONHECIMENTOOPERACIONAL e VIGILNCIA, onde a Ao de Busca tipo Reconhecimento

    Operacional pode ser includa dentro do conceito Campana, fazendo com que o

    Reconhecimento Operacional seja uma ESPCIE do GNERO Campana.

    ARGUMENTO DE DEFESA:

    Meus colegas de profisso, ao fazer a distino conceitual entreReconhecimento Operacional e Campana, demonstrei, apenas, que outros autores

    fazem esta distino em manuais, trabalhos acadmicos e outros documentos que

    compe o corpo doutrinrio da Atividade de Inteligncia e Investigao Criminal

    e No-Criminal.

    Ao faz-la, achei interessante, que os leigos, amadores e profissionais

    participantes do blog saibam pesquisar outras fontes, criando um Referencial

    Terico amplo e profundo, para aumentarem o poder de argumentao e respaldo

    no planejamento das investigaes, bem como serem capazes de perceberem a

    excelncia da qualidade que possuem os materiais didticos de certos cursos,

    daqueles que s enganam e confundem leitores e pesquisadores das reas de

    Operaes de Inteligncia e Investigao Criminal.

    TESE 2:

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    O Reconhecimento Operacional dever preceder a Contra-Vigilncia

    (Contra-Campana) e a Provocao aumenta as possibilidades do Reconhecimento

    Operacional.

    SUPOSTA OBJEO:

    Desconhecida (?).

    ARGUMENTO DE DEFESA:

    De acordo com os manuais:

    1) Manual de Estudio: Contra-Inteligencia (Escuela de las Americas

    elaborado pela Central Intelligency Agency CIA traduzido para o espanhol e

    classificado como Secret Secreto, usado durante a Guerra Fria);

    2) Manual de Estudio: Analisis I (Escuela de las Americas elaborado pela

    Central Intelligency Agency CIA traduzido para o espanhol e classificadocomo Secret Secreto, usado durante a Guerra Fria);

    3) Inteligencia de Combate (Ejrcito de Venezuela);

    4) Contra-Inteligncia (Servio Nacional de Informaes SNI);

    5) IP 30 3 Instrues Provisrias Ramo Contra-Inteligncia (Estado-

    Maior do Exrcito);

    6) IP 30 4 Instrues Provisrias Operaes de Inteligncia (Estado-

    Maior do Exrcito) e;

    Dentre outros.

    O primeiro passo para realizar uma Contra-Vigilncia possuir umconhecimento pormenorizado e amplo da ROTINA do ambiente de operaes, ou

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    seja, onde se dar a Contra-Campana. Isto significa que tal ambiente de

    operaes so todos os Pontos-de-Base e Itinerrios das Rotas da rea onde se

    localiza o OBJETIVO (alvo), que realizar a Ao de Contra-Vigilncia. Por isso extremamente importante para o Detetive Profissional que for realizar uma Ao

    de Busca tipo Contra-Campana, conhecer bem a ROTINA-PADRO do

    AMBIENTE dele, para que ele possa DETECTAR anomalias, que de acordo com

    tais manuais, se tal anomalia ocorrer de 3 a quatro vezes, pode-se concluir que o

    ALVO que realiza a Contra-Campana est sendo ACAMPANADO (vigiado).

    Por exemplo: ver a mesma pessoa ou veculo em quatro lugares (pontos)

    diferentes, sendo que tais pontos no esto no mesmo itinerrio e nem em

    itinerrios adjacentes, ou seja, tais pontos esto longe um do outro e em reas

    diferentes. Outro exemplo seria: um comportamento estranho ser realizado pela

    mesma pessoa quatro vezes seguidas, por exemplo: uma pessoa (um vizinho, um

    estranho...) retira a carteira do bolso e finge estar conferindo alguma coisa e,

    depois, coloca a carteira de volta no bolso, toda vez que VOC - o ALVO que

    realiza a Contra-Campana - sai de sua casa, ou ainda, quatro mulheres diferentes,

    no mesmo itinerrio, uma aps a outra (consecutivamente), ordenadas de forma

    especfica (na ordem mpar por exemplo: a primeira, a terceira, a quinta e a

    stima), coam a orelha esquerda toda vez que voc olha rapidamente para uma

    delas ou, elas coam o brao esquerdo todas vez que voc olha demoradamente

    para uma delas, sendo que, as mulheres de ordem par (segunda, quarta, sexta,

    oitava) nada fazem quando voc no olha nem rapidamente, nem demoradamente

    para uma delas.

    Nos exemplos acima de Contra-Vigilncia (Contra-Campana) foram

    essenciais as informaes do Reconhecimento Operacional (antes quando eu

    olhava para todas as mulheres, independente da ordem em que elas seencontravam, no existia o NOVO PADRO, ou seja, quebra do PADRO

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    ANTERIOR). Foi igualmente essencial a AO DE PROVOCAO (olhar

    estmulo de provocao e no olhar estmulo de provocao para as mulheres).

    Neste caso tanto o RECONHECIMENTO quanto a PROVOCAO, aumentaram acapacidade operacional da CONTRA-CAMPANA.

    TESE 3:

    A falta de tempo imposta ao Detetive Profissional pelo cliente (que est

    gastando o dinheiro e quer retorno rpido da investigao), dificultando o

    trabalho de Reconhecimento Operacional do Detetive, para que ele tenha asinformaes necessrias para dissimular no ambiente um grande problema para

    o Trabalho de Investigao, principalmente se o SINDICADO estiver

    familiarizado com a ROTINA-PADRO e, ainda, contratar um Detetive para

    proteg-lo.

    SUPOSTA OBJEO:

    Este tipo de informao pode desencorajar os futuros detetives e agentes

    operacionais no trabalho de campo.

    ARGUMENTO DE DEFESA:

    Acredito que uma slida formao acadmica do Profissional de

    Inteligncia, dar ao futuro Agente Operacional, capacidade ttico-operacionalpara enfrentar esta questo, seja para perceber a realidade da situao-

    problema, seja para solucion-lo por meio da criatividade.

    TESE 4:

    O uso de ESPELHOS (qualquer objeto capaz de refletir o ambiente:

    superfcies polidas; copos; talheres; grampeadores; lquidos; vidraas de lojas,cinemas, outros objetos) na Aes de Reconhecimento e Contra-Vigilncia para

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    manter a discrio e evitar olhar para o OBJETIVO (ALVO) diretamente, para

    colher informaes e evitar suspeitas.

    O uso de objetos para SIMULAR DESEJOS ou PREFERNCIAS,

    protegendo a verdadeira personalidade do Detetive.

    SUPOSTA OBJEO:

    Desconhecida (?).

    ARGUMENTO DE DEFESA:

    Alm dos manuais de Contra-Inteligncia recomendarem esta prtica, j

    fiz uso delas e obtive grande xito.

    CONCLUSO:

    Quero agradecer a oportunidade de poder aprender e reaprender com a

    Comunidade de Inteligncia, desejando a todos os profissionais o sucesso

    merecido.

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    REVELANDO OS SEGREDOS DA ESPIONAGEM SEUS MTODOS E

    TCNICAS

    PARTE 5

    COMO REALIZAR UMA CONTRA-CAMPANA (Parte 3a)

    Este tema to amplo e profundo que praticamente impossvel abord-lo

    em toda sua extenso em um Mini-Manual, pois demandariam muitas pginas que

    seriam melhores disponibilizadas em manuais ou livros didticos mais extensos.

    Sero tratados aqui a DEFESA CONTRA A CAMPANA FIXA, SEMI-FIXA

    (ou SEMI-MVEL), MVEL, TCNICA e ainda, abordarei o conjunto de mtodos

    destinados a ENGANAR ESPIES (Decepo de Combate), por isso dividirei esta

    parte do comentrio em vrias sub-partes e que no sero disponibilzadas em um

    nico post (comentrio), e sim, em vrios posts (comentrios) que sero enviados

    paulatinamente, para que seja dado o tempo necessrio para digerir cada

    contedo.

    As tcnicas que sero descritas nesses comentrios so oriundas de uma

    exaustiva pesquisa sobre o tema, seguindo rigorosamente os princpios da

    Metodologia Cientfica. O Referencial Terico utilizado para fundamentar os

    contedos que sero expostos, foi elaborado utilizando autores renomados e

    experientes em Operaes de Inteligncia e Investigao Criminal e No-

    Criminal.

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    No deterei tempo na interpretao lgica e epistemolgica da natureza

    conceitual das Tcnicas Operacionais que sero demonstradas (deixarei isto para

    os manuais), e sim, na descrio e justificao das mesmas para que eu possaganhar tempo neste pequeno espao de discusso que o blog.

    OS REVELADORES DE VIGILNCIA Primeira parte.

    DEFESA CONTRA A CAMPANA MVEL P

    O DETETIVE que for realizar um trabalho de CONTRA-INVESTIGAO,

    CONTRA-INTELIGNCIA, CONTRA-ESPIONAGEM ou CONTRA-CAMPANA,

    dever PERMANECER em um ESTADO PSICOLGICO entre a PARANIA e aCONFIANA ABSOLUTA (sem ficar neurtico ou psictico). Para mim (opinio

    pessoal), todo Detetive deveria sempre permanecer nesse estado, independente

    de estar ou no realizando um trabalho de CONTRA-INFORMAO.

    Se por algum motivo for despertado em voc a suspeita de que est sendo

    ACAMPANADO ou ESPIONADO e, que tais suspeitas no so oriundas de

    TENSO NERVOSA, ADIE sua MISSO imediatamente e, comece a

    ACAMPANAR a CAMPANA voltada contra voc (mantenha sempre a

    NATURALIDADE e a DISCRIO). Para isso utilize as Tcnicas Operacionais de

    Contra-Campana descritas a seguir, com CONSTANTE ALERTA e

    CONHECIMENTO DETALHADO DO LOCAL.

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    TCNICAS OPERACIONAIS:

    1. EXPLORAO DAS CRENAS (CONVICES) DO INIMIGO:

    Explore a crena do ESPIO (ou equipe de espies), fazendo-o acreditar

    que est no controle da situao, que est no caminho certo, fazendo tudo

    direitinho sem levantar suspeitas. Ento, use essa convico contra ele, agindo

    com naturalidade e discrio, fazendo-se de anjinho, fazendo contatos com

    pessoas desconhecidas, como se elas fossem suas amigas ou conhecidas, ou seja,

    criando falsas ligaes para fazer o ESPIO perder tempo com tais ligaes.

    2. ESCOLTA:

    Utilize uma terceira pessoa (ou equipe de amigos), que o ESPIO (ou

    equipe de espies) no conhece, para acompanh-lo a uma distncia segura e do

    outro lado da rua. A escolta (terceira pessoa ou equipe de amigos) ento ira

    observar atentamente tudo o que ocorre ao seu redor, quando voc entra e sai de

    um lugar, quando voc fica parado em algum ponto, quem est seguindo voc,

    como eles se comunicam, enfim, a escolta poder inclusive filmar ou fotografar

    os espies. Se voc utilizar uma equipe como escolta, voc poder espalh-los nos

    dois lados da rua a distncias seguras. Combine sinais visuais com sua equipe ou

    escolta, pois vocs devero fingir que no se conhecem e devero se comunicar

    por canais sigilosos. No utilize sinais que aludem a comportamento instintivo,

    como coar orelhas, bocejar, espreguiar, piscar olhos, dentre outros, pois sua

    equipe poder fazer tais sinais de forma instintiva e comprometer a operao.

    Prefira sinais mais discretos como, camiseta para dentro ou para fora da cala,

    jaqueta aberta ou fechada, caminhar rpido ou devagar, celular no bolso ou na

    mo ou na mesa, caminhar prximo ao meio-fio (paraleleppedo) ou prximo as

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    paredes das edificaes, ficar em p ou sentado, parar em determinados tipos de

    estabelecimentos, manusear determinados tipos de objetos nos estabelecimentos

    (revista ou jornal ou brinquedo ou roupa ou calado, dentre outros cdigos) etc

    3. ESPELHOS:

    Utilize tudo que reflete o ambiente, como vidros de lojas; vidros de

    cartazes de cinemas; vidros de molduras de fotografias; vidros de janelas de

    veculos; reflexo da lataria de veculos; reflexo dos culos da namorada ou

    namorado; espelhos escondidos dentro de livros ou revistas ou jornais, atrs dapgina que voc finge ler e com um pequeno furo no formato de uma janela, para

    observar tudo que acontece sua retaguarda; superfcies polidas como copos,

    grampeadores, caixas de guardanapo, saleiros; lquidos; dentre outros. Utilize

    tais espelhos quando voc est em movimento ou parado, evitando olhar o

    ESPIO (ou equipe de espies) diretamente.

    4. ISOLAMENTO:

    Atraia o ESPIO para locais onde ele fica isolado e exposto, como esquina

    de ruas, ruas com pouca movimentao, reas de pouca movimentao, escadas

    rolantes, elevadores, filas de agncias bancrias, determinados tipos de

    estacionamentos, dentre outras.

    Nesta primeira instruo deixarei apenas estas quatro TCNICAS para

    reflexo, das DEZENAS que existem, para que vocs possam digeri-las. Depois

    irei apresentando as outras aos poucos.

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    REVELANDO OS SEGREDOS DA ESPIONAGEM SEUS MTODOS E

    TCNICAS

    PARTE 6

    COMO REALIZAR UMA CONTRA-CAMPANA (Parte 3a)

    OS REVELADORES DE VIGILNCIA Segunda parte.

    DEFESA CONTRA A CAMPANA MVEL P

    TCNICAS OPERACIONAIS (continuao da discusso anterior):

    5. TROCAR DE DIREO VRIAS VEZES:

    Ao traar a Rota de Verificao (rea constituda de vrios Pontos de

    Verificao onde voc ficar parado ou em permanncia e, Itinerrios de

    Verificao que ligar os Pontos de Verificao e se constituiro nos caminhos

    que voc ir percorrer ou estar em movimento) voc dever criar um esquema

    de movimentao, onde voc tomar direes variadas e, a partir da, observar

    discretamente e naturalmente quem o est seguindo. Como contra-medida o

    ESPIO (ou equipe de espies) dever utilizar pessoal reserva, para compensar o

    agente espio que foi irradiado (desligado) da equipe, devido sua manobra em

    mudar a direo do seu movimento. Alm de utilizar reservas, o espio

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    constantemente, dever trocar ou substituir os agentes para evitar a QUEIMA

    (descoberta), por isso REDOBRE sua ATENO A DETALHES.

    6. LANAMENTO DE PAPEL AO CHO:

    Esta tcnica operacional bastante interessante. Ao lanar algum papel no

    cho, onde voc fez pequenas anotaes ou sinais grficos insignificantes, um

    ESPIO AMADOR tender a apanh-lo na tentativa de obter algum INFORME

    seu respeito e se for um ESPIO PROFISSIONAL, ele usar um pessoal reserva

    para apanhar o papel em outro horrio.

    7. EMBARCAR E IMEDIATAMENTE DESEMBARCAR DE

    TRANSPORTES PBLICOS:

    Trata-se de uma tcnica de irradiao de agentes, desmembrando-o da

    equipe de espies e isolando-o em um veculo em movimento, que o afastar de

    voc. Consiste em voc simular que vai embarcar em um transporte pblico(nibus ou trem), esperar que o ESPIO embarque junto com voc e, ento,

    imediatamente, quando o veculo estiver na iminncia de arrancar, voc

    desembarca deixando o espio preso no veculo. Como contra-medida o ESPIO

    dever utilizar pessoal reserva para ocupar o lugar do agente espio que foi

    irradiado.

    8. TROCAR O PASSO DE CAMINHAR:

    Altere o passo do seu caminhar, caminhando lentamente, depois

    rapidamente, depois mais ou menos rpido ou lento, e da por diante. Ao alterar o

    passo de caminhar voc obrigar o ESPIO a alterar o passo dele tambm, ou

    para no QUEIMAR-SE (ser descoberto), voc obrigar o espio utilizar outro

    agente para segui-lo.

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    9. CONTRA-ESPELHO:

    O ESPIO tambm poder utilizar a Tcnica do Espelho para observ-lo,

    caso isso ocorra, voc poder lanar mo da Tcnica do Contra-Espelho, ou seja,

    mantenha uma distncia suficientemente segura e realize aes inocentes, como

    passando pelo sujeito e entrando em uma loja.

    10. NEUTRALIZAO DA CONTRA-ESCOLTA:

    O ESPIO poder utilizar uma contra-escolta, ou seja, utilizar uma equipe

    de espies atrs da escolta utilizada por voc, para observar os movimentos e

    ligaes da sua escolta. Para neutralizar a contra-escolta, voc alm de utilizar

    canais sigilosos para comunicar-se, dever tambm, utilizar pessoal reserva para

    fazer a troca da sua escolta e evitar a QUEIMA (descoberta).

    11. EMBARCAO SUCESSIVA EM TRANSPORTES PBLICOS:

    Para irradiar (separar) agentes espies da equipe de espies, voc poder

    embarcar sucessivamente em transportes pblicos, ou seja, embarca em um

    nibus, depois em outro, depois em outro e assim sucessivamente. Agindo assim,

    voc ir desembaraar-se da vigilncia espi, irradiando um a um os agentes

    adversos. Como contra-medida o ESPIO dever utilizar veculos de apoio para

    continuar seguindo voc.

    12. MISTURAR-SE EM MEIO MULTIDO E UTILIZAR ROTAS DE

    FUGA:

    Voc dever procurar locais bastante movimentados para desaparecer em

    meio multido e, depois escolher rotas de fuga como entrar em um cinema,

    isolando o ESPIO na fila de espera, enquanto voc aproveita para sair do

    cinema pela porta de sada, ou entrar em um Center Shopping e aps misturar-se

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    multido, utilizar as vrias sadas possveis e, ainda, poder combinar com um

    amigo, para aguard-lo estacionado com o carro ligado, em um lugar previamente

    combinado e, depois que voc entrar no carro, ele dever cravar o p noacelerador e evadir-se rapidamente do local.

    13. ABORDAGEM DIRETA AO ESPIO:

    Consiste em voc abordar diretamente o ESPIO, como se voc quisesse

    pedir alguma informao ou iniciar uma conversa ocasional, caso o ESPIO no

    tenha antecipado uma eventual abordagem surpresa e preparado uma convincentesada, ele ir fazer de tudo para evitar contato com voc. Ao agir assim ele se

    auto-denunciar.

    15. COMBINAO DE TCNICAS:

    Combinar vrias Tcnicas Operacionais de Contra-Campana (Contra-

    Vigilncia), para QUEIMAR e IRRADIAR agentes espies e DESEMBARAAR-SEda Campana (vigilncia) inimiga.

    Meditem demoradamente em mais este conjunto de tcnicas para que

    possam absorver a essncia delas e utiliz-las com inteligncia no combate

    ESPIONAGEM.

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    REVELANDO OS SEGREDOS DA ESPIONAGEM SEUS MTODOS E

    TCNICAS

    PARTE 7

    COMO REALIZAR UMA CONTRA-CAMPANA (Parte 3a)

    OS REVELADORES DE VIGILNCIA Terceira parte.

    DEFESA CONTRA A CAMPANA P

    TCNICAS OPERACIONAIS (continuao).

    16. EXPLORAO DE INDICADORES DE ATITUDES SUSPEITAS:

    A deteco de INDICADORES essencial para o Detetive reconhecer um

    ESPIO (ou equipe de ESPIES), tais indicadores se relacionam a PADRES DE

    CONDUTAS, adotadas pelo ESPIO PROFISSIONAL, para espionar o

    OBJETIVO (ALVO). Esses padres podero ser reconhecidos em vrios locais

    especficos, como por exemplo.

    16a NOS ELEVADORES:

    Quando voc entrar num elevador, o ESPIO PROFISSIONAL ir evitar

    entrar no mesmo elevador que voc, caso ele no tiver outra opo, ele ir se

    posicionar atrs de voc e evitar a todo custo olh-lo diretamente.

    16b NOS CAFS, BARES, LANCHONETES E RESTAURANTES:

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    Quando voc entrar num Caf, ou Bar, ou Restaurante, o ESPIO ir

    posicionar-se num ponto, onde poder observ-lo sem que voc possa v-lo, ir

    aguardar voc pedir alguma coisa primeiro, para depois pedir algo que possa serconsumido rapidamente. Ele j estar com o dinheiro pronto para pagar a conta e

    sair rapidamente e, ainda, far de tudo para sair antes de voc.

    16c TRANSPORTES PBLICOS:

    Quando voc entrar num transporte pblico, o ESPIO procurar ficar o

    mais prximo da porta, tentar ouvir voc revelar seu destino, ou tentar segu-lo buscando a melhor posio. Ele tambm poder sentar-se discretamente

    prximo voc, para ouvir suas conversas e tentar conhecer o seu destino e,

    aps sab-lo, poder continuar segu-lo, ou ento, descer numa parada prxima

    sua e mandar outro agente segu-lo, a partir do seu destino.

    16d TXIS:

    Se voc pegar um txi, o ESPIO tambm poder tomar um txi e pedir

    para o motorista no perd-lo de vista. Para isso ir utilizar-se de algum ardil,

    convencendo o motorista de segu-lo, podendo o ESPIO disfarar-se de marido

    trado, ou esposa trada.

    16e CABINE TELEFNICA:

    Se voc utilizar uma cabine telefnica, o ESPIO ir utilizar uma cabine

    prxima sua, simular estar falando com algum e tentar ouvir sua conversa.

    16f CORRIDA:

    Caso o ESPIO perd-lo de vista, ele ir correr para recuperar a distncia

    perdida, utilizando-se de pretextos para justificar o aceleramento do passo dele,como fingir olhar para o relgio vrias vezes, simulando estar atrasado.

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    16g MUDANA DE APARNCIA:

    O ESPIO poder realizar, oportunamente, pequenas modificaes na

    aparncia, como usar ou deixar de usar coberturas (chapu, bons), virar a

    blusa do avesso (blusas de cores duplas), trocar de camiseta ou camisa, retirar

    ou colocar uma barba ou bigode postio, levantar ou abaixar as abas do casaco,

    trocar de casaco, dentre outras.

    16h REAO PLANEJADA CONTRA MUDANAS DE DIREO:

    Se voc pra e muda repentinamente de direo, o ESPIO poder entrar

    em uma loja, casa lotrica, supermercado, oficina, escritrio e simular estar

    procurando por algum, ou procurando alguma mercadoria, poder inventar uma

    histria, fazer contatos inocentes, para provocar uma conversa ocasional com um

    desconhecido, dentre outras.

    16i AGLOMERAO DE PESSOAS EM PONTOS DISCRETOS:

    Fique atento certas aglomeraes de pessoas, normalmente de 4 (quatro)

    a 5 (cinco) em volta de Telefones Pblicos, Exposio de Quadros de Pintura ou

    outros objetos. Tais pontos so utilizados por ESPIES, para a transmisso

    discreta de mensagens escritas ou faladas, onde so criados os chamados

    PONTOS DE CONTROLE (reunio de agentes). Por exemplo, o espio pode estar

    fingindo falar ao telefone pblico e, na verdade, aproveitar-se do disfarce, para

    transmitir mensagens faladas s pessoas prximas do Orelho (telefone pblico)

    e que so espies.

    16j EVITAO DE OLHAR:

    Os ESPIES PROFISSIONAIS iro evitar a todo custo, olhar para o

    OBJETIVO (alvo, caa, sindicado, vigiado). Fique atento s pessoas que voc

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    encontra em mais de 2 (dois) locais diferentes e, que evitam olhar diretamente

    para voc, principalmente se ela estiver prxima um espelho (qualquer coisa que

    reflete o ambiente). Caso tal pessoa precisar cruzar frente a frente com voc, eainda, no tiver como evitar olh-lo, ela olhar para seus ps, evitando fit-lo nos

    olhos.

    16k EMBARCAO NO FEITA:

    Os Espies quando estiverem em trabalho de VIGILNCIA (CAMPANA)

    em Terminais Rodovirios, Terminais Ferrovirios, Aeroportos, dentre outros,vigiando o local e toda movimentao, com objetivos diversos, como: localizar

    pessoas, fazer reconhecimento de rea, produzir provas, prevenir delitos, dentre

    outros, ficaro posicionados nos Pontos de Espera, nas filas e jamais embarcaro.

    Por isso fique atento s pessoas nos Pontos de Espera e no nas pessoas que

    embarcam, exceto se tratar-se de seguimento de pessoas, ou seja, VIGILNCIA

    MVEL.

    Lembre-se que o GRANDE SEGREDO da VERDADEIRA VIGILNCIA

    (CAMPANA) a CONSERVAO DO VONTADE, MANTENDO A

    NATURALIDADE, NO DANDO NAS VISTAS, AGINDO COM DISCRIO, ou

    seja, FAZENDO S COISAS COMO COMUM FAZ-LAS.

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    TCNICA DAS COMUNICAES SIGILOSAS

    PARTE 1 (REVISADA E ATUALIZADA)

    A ARMA DE FOGO MAIS PODEROSA, NO PODER ENFRENTAR A TCNICA

    QUE SER DESCRITA LOGO ABAIXO, POIS ARMA DE FOGO NO FAZ

    PLANEJAMENTO E NEM COMUNICA PLANOS DE GUERRA DE FORMA

    SECRETA. NO POSSVEL DIZER QUE SE TEM VANTAGEM COMPETITIVA

    OU VANTAGEM TTICA SOBRE O INIMIGO, SE QUEM DIZ NO POSSUI A

    VANTAGEM TTICA DA SURPRESA. A INTELIGNCIA SEMPRE SUPEROU A

    FORA.

    FORTE AQUELE QUE VENCE SEM LUTAR, MESMO POSSUINDO O PODER

    DE VENCER, POIS O MAIOR DOS GUERREIROS AQUELE QUE VENCE A S

    PRPRIO.

    Um assunto que gosto muito de comentar na Atividade de Inteligncia so

    as diversas Tcnicas de Comunicaes Sigilosas.

    So vrias as Tcnicas de Comunicaes Sigilosas e, tais tcnicas so

    utilizadas desde os primrdios da humanidade na transmisso de mensagens

    decorrentes do trabalho de ESPIONAGEM, que de alguma maneira precisam ser

    divulgadas ao restante da Equipe de Busca (agentes envolvidos na investigao),

    pois de nada adianta ACAMPANAR (Vigiar) o SINDICADO (Objeto-de-Busca)

    para CAPTAR INFORMES, se no for possvel DIVULGAR tais informes equipe

    de maneira segura.

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    Atualmente essas tcnicas so estudadas por uma cincia denominada de

    CRIPTOLOGIA que dividida em quatro ramos: CRIPTOGRAFIA,

    CRIPTOANLISE, ESTEGANOGRAFIA e ESTEGANLISE.

    A seguir lhes mostrarei uma combinao de tcnicas de Criptografia,

    aplicada na redao de Correspondncias Sigilosas, que so a Cifra de Polibius

    combinada com a Cifra Niilista, Cifra ADFGVX e Cdigo de Mascaramento

    (existem muitas outras tcnicas para esse fim). Parece complicado mas muitosimples e eficaz. Para aprofundar no assunto vocs devero estudar livros de

    Criptologia.

    Vamos transformar a seguinte mensagem abaixo num CRIPTOGRAMA

    (mensagem codificada), para isso sero usadas duas CHAVES:

    DETETIVE PARTICULAR

    Ao utilizarmos a combinao de tcnicas descritas acima, chegaremos seguinte tabela CHAVE 1 (A PRIMEIRA LINHA NUMRICA e a PRIMEIRA

    COLUNA NUMRICA formaro os PARES ORDENADOS NUMRICOS):

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    Voc dever embaralhar as LINHAS e COLUNAS de NMEROS e

    LETRAS da forma que melhor agradar-lhe (quanto mais confuso ou bagunado

    melhor). Tal tabela chamada de CHAVE 1 e o destinatrio dever possu-la, pois

    esta chave usada tanto para cifrar como para decifrar a mensagem.

    Cifrando a mensagem DETETIVE PARTICULAR (cruzando cada letra ou

    nmero do interior da tabela correspondente a cada letra ou nmero da

    mensagem a ser cifrada, com o nmero da PRIMEIRA LINHA NUMRICA mais a

    PRIMEIRA COLUNA NUMRICA para formar cada PAR ORDENADO

    NUMRICO), chegamos ao seguinte criptograma:

    DETETIVE PARTICULAR = 53 44 43 44 43 45 34 44 15 25 54 43 43 13 55 3225 54

    Na criao da CHAVE 2 (O destinatrio tambm dever possu-la),

    escolhe-se qualquer PALAVRA ou FRASE que no repita nenhuma letra, por

    exemplo: CABINE, depois, distribui-se os nmeros do Criptograma por coluna de

    seis em seis (o nmero de COLUNAS deve ser IGUAL ao nmero de LETRAS da

    CHAVE 2. A ltima coluna ser for incompleta, dever ser preenchida com algum

    3 5 1 4 6 2

    5 D U F R K O

    4 T I Y E Z 4

    2 W A H S 1 M

    1 C P 2 9 G 6

    6 7 J B Q 5 8

    3 N X 3 V 0 L

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    nmero ou sequncia numrica e, depois, no deciframento devem ser exludos no

    momento certo), assim:

    Juntando os nmeros em grupos de seis e distribuindo-os a cada letra:

    534443 444345 344415 255443 431355 322554

    CABINEC = 534443A = 444345B = 344415I = 255443N = 431355E = 322554

    DISTRIBUINDO POR COLUNAS

    COLOCANDO AS COLUNAS EM ORDEM ALFABTICA

    C A B I N E5 4 3 2 4 3

    3 4 4 5 3 2

    4 4 4 5 1 2

    4 3 4 4 3 5

    4 4 1 4 5 5

    3 5 5 3 5 4

    A B C E I N

    4 3 5 3 2 4

    4 4 3 2 5 3

    4 4 4 2 5 1

    3 4 4 5 4 3

    4 1 4 5 4 5

    5 5 3 4 3 5

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    Juntando COLUNA POR COLUNA (CRIPTOGRAMA FINAL):

    444345 344415 534443 322554 255443 431355

    Agora s mascarar os nmeros no formato de DATAS, PREOS DE

    PRODUTOS, MEDIDAS, VERSCULOS BBLICOS, RECEITAS CASEIRAS,

    LISTA DE TELEFONE, ou uma COMBINAO DE VRIOS FORMATOS,

    dentre outras, seguindo a ordem dos nmeros. Por exemplo (ao redigir a carta ou

    falar verbalmente):

    1) Fui a uma loja pesquisar os preos de roupas e achei uma cala de R$

    44,43, uma blusa de R$ 45,34(etc)

    2) Tive que comprar 444 g de acar, 3 litros de leo refinado, 4,5 kg

    de arroz

    3) Estudei os versculos Ge 4: 44, Lu 3:4-5

    4) LISTA DE TELEFONE.

    Neste caso somente o SUFIXO usado para MASCARAMENTO. OS

    PREFIXOS so os das diversas Operadoras de Telefone. O uso do

    MASCARAMENTO do CRIPTOGRAMA NUMRICO no formato de Nmeros

    Telefnicos capaz de DESVIAR TODA UMA INVESTIGAO, levando os

    investigadores perseguirem ALVOS FALSOS por um longo tempo .

    Ex. (somente os sufixos):

    9973 4443, 9976 4534, 9125 4415, Etc

    Caso a correspondncia utilizar vrios FORMATOS DE MASCARAMENTO,

    deve-se seguir sempre a ordem dos nmeros do criptograma, comeando o

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    mascaramento com o primeiro e terminando com o ltimo, no importa o formato

    utilizado.

    Para DECIFRAR os DIVERSOS CRIPTOGRAMAS criados pelos mtodos

    acima, basta extrair somente os nmeros na ordem em que aparecem e usando as

    CHAVES 1 e 2, realizar o processo inverso. Antes de codificar a mensagem

    necessrio, escrever todo o texto e, somente depois fazer a cifragem.

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    TEMA:

    A SUPREMACIA DA MENTE SOBRE OS EQUIPAMENTOS DE

    INVESTIGAO

    Nas Operaes de Inteligncia (empregada pela Atividade de Inteligncia

    e/ou Contra-Inteligncia) e Operaes Especiais de Investigao (empregada

    pela Atividade de Investigao e/ou Contra-Investigao) a UTILIZAO ou

    NO-UTILIZAO de equipamentos, depende dos resultados ou objetivos a

    serem alcanados e que foram estabelecidos no Planejamento Ttico-Operacionalda Misso. At mesmo se o resultado ou objetivo for a PRODUO DE PROVA,

    em determinadas situaes, h a possibilidade de faz-la sem a utilizao de

    qualquer equipamento, como, por exemplo, no caso de um flagrante preparado de

    infidelidade conjugal (Ao de Busca tipo Provocao), onde a pessoa trada, AO

    VIVO, flagra a outra parte cometendo traio. Neste caso o flagrante

    suficiente como elemento de convico.

    A tcnica operacional que emprega EQUIPAMENTOS DE

    INVESTIGAO tem a finalidade de aumentar a capacidade operacional de

    outra tcnica conhecida por O.M.D. (Observao, Memorizao e Descrio), ou

    seja, ampliar a capacidade da Observao (utilizao mxima dos sentidos),

    Memorizao (registro mental e/ou documental dos dados e informes captados) e

    Descrio (narrao fiel dos fatos). Podendo ser combinada com outras tcnicas,

    como: ESTRIA-COBERTURA (ocultao da verdadeira identidade do agente,

    equipe ou organizao por meio de uma histria fictcia); DISFARCE (suporte

    material dado Estria-Cobertura, ou seja, tudo aquilo que necessrio para

    apoiar a histria fictcia, como: veculos, roupas, ferramentas, crachs,

    documentos, perucas, culos, dentre outros); COMUNICAES SIGILOSAS

    (por exemplo: entre a CAMPANA MVEL e a CAMPANA FIXA por meio de

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    SINAIS VISUAIS), dentre outras. Todas essas tcnicas iro viabilizar Aes de

    Busca do tipo RECONHECIMENTO (levantamento pormenorizado da rea

    Operacional e pessoas onde sero feitas operaes, identificando rotinasambientais com o intuito de misturar-se e utilizar uma Vigilncia); CAMPANA e

    CONTRA-CAMPANA, dentre outras.

    O verdadeiro DETETIVE deve ser capaz, se necessrio, realizar um

    trabalho de investigao sem depender de EQUIPAMENTOS SOFISTICADOS

    e, em alguns casos, ser capaz de NO UTILIZAR NENHUM DELES, pois na

    ordem de hierarquia A TCNICA VALE MAIS QUE O EQUIPAMENTO e a

    CAPACIDADE MENTAL VALE MAIS QUE A TCNICA.

    Sucesso a todos.

    Detetive Srgio Jorge (Contra-Espio)