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Gesto de PessoasSilvana Souza da Cruz Clasen (Org.)
Ademar Dutra
Dnia Falco de Bittencourt
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Crditos
Universidade do Sul de Santa Catarina Campus UnisulVirtual Educao Superior a Distncia
Reitor UnisulAilton Nazareno Soares
Vice-Reitor
Sebastio Salsio Heerdt
Chefe de Gabinete daReitoriaWillian Mximo
Pr-Reitora AcadmicaMiriam de Ftima Bora Rosa
Pr-Reitor de AdministraoFabian Martins de Castro
Pr-Reitor de EnsinoMauri Luiz Heerdt
Campus Universitrio deTubaroDiretora
Milene Pacheco Kindermann
Campus Universitrio daGrande FlorianpolisDiretor
Hrcules Nunes de Arajo
Campus UniversitrioUnisulVirtualDiretora
Jucimara Roesler
Equipe UnisulVirtual
Diretora AdjuntaPatrcia Alberton
Secretaria Executiva e CerimonialJackson Schuelter Wiggers (Coord.)Marcelo Fraiberg MachadoTenille Catarina
Assessoria de AssuntosInternacionaisMurilo Matos Mendona
Assessoria de Relao com PoderPblico e Foras ArmadasAdenir Siqueira VianaWalter Flix Cardoso Junior
Assessoria DAD - Disciplinas aDistnciaPatrcia da Silva Meneghel (Coord.)Carlos Alberto AreiasCludia Berh V. da SilvaConceio Aparecida Kindermann
Luiz Fernando MeneghelRenata Souza de A. Subtil
Assessoria de Inovao eQualidade de EADDenia Falco de Bittencourt (Coord)Andrea Ouriques BalbinotCarmen Maria Cipriani PandiniIris de Sousa Barros
Assessoria de TecnologiaOsmar de Oliveira Braz Jnior (Coord.)Felipe Jacson de FreitasJeerson Amorin OliveiraPhelipe Luiz Winter da SilvaPriscila da SilvaRodrigo Battistotti PimpoTamara Bruna Ferreira da Silva
Coordenao CursosCoordenadores de UNADiva Marlia FlemmingMarciel Evangelista CatneoRoberto Iunskovski
Assistente e Auxiliar deCoordenaoMaria de Ftima Martins (Assistente)Fabiana Lange Patricio
Tnia Regina Goularte WaltemannAna Denise Goularte de Souza
Coordenadores GraduaoAdriano Srgio da CunhaAlosio Jos RodriguesAna Lusa MlbertAna Paula R. PachecoArthur Beck NetoBernardino Jos da SilvaCatia Melissa S. RodriguesCharles CesconettoDiva Marlia FlemmingFabiano CerettaJos Carlos da Silva JuniorHorcio Dutra MelloItamar Pedro BevilaquaJairo Aonso HenkesJanana Baeta Neves
Jardel Mendes VieiraJoel Irineu LohnJorge Alexandre N. CardosoJos Carlos N. OliveiraJos Gabriel da SilvaJos Humberto D. ToledoJoseane Borges de MirandaLuciana ManroiLuiz G. Buchmann FigueiredoMarciel Evangelista CatneoMaria Cristina S. VeitMaria da Graa PoyerMauro Faccioni FilhoMoacir FogaaNlio HerzmannOnei Tadeu DutraPatrcia FontanellaRogrio Santos da CostaRosa Beatriz M. Pinheiro
Tatiana Lee MarquesValnei Carlos DenardinRoberto IunskovskiRose Clr BecheRodrigo Nunes LunardelliSergio Sell
Coordenadores Ps-GraduaoAloisio RodriguesBernardino Jos da SilvaCarmen Maria Cipriani PandiniDaniela Ernani Monteiro WillGiovani de PaulaKarla Leonora NunesLeticia Cristina BarbosaLuiz Otvio Botelho LentoRogrio Santos da CostaRoberto IunskovskiThiago Coelho Soares
Vera Regina N. SchuhmacherGerncia Administrao
AcadmicaAngelita Maral Flores (Gerente)Fernanda Farias
Secretaria de Ensino a DistnciaSamara Josten Flores (Secretria de Ensino)Giane dos Passos (Secretria Acadmica)Adenir Soares JniorAlessandro Alves da SilvaAndra Luci MandiraCristina Mara SchauertDjeime Sammer BortolottiDouglas SilveiraEvilym Melo LivramentoFabiano Silva MichelsFabricio Botelho Espndola
Felipe Wronski HenriqueGisele Terezinha Cardoso FerreiraIndyanara RamosJanaina ConceioJorge Luiz Vilhar MalaquiasJuliana Broering Martins
Luana Borges da SilvaLuana Tarsila HellmannLuza Koing ZumblickMaria Jos Rossetti
Marilene de Ftima CapeletoPatricia A. Pereira de CarvalhoPaulo Lisboa CordeiroPaulo Mauricio Silveira BubaloRosngela Mara SiegelSimone Torres de OliveiraVanessa Pereira Santos MetzkerVanilda Liordina Heerdt
Gesto DocumentalLamuni Souza (Coord.)Clair Maria CardosoDaniel Lucas de MedeirosEduardo RodriguesGuilherme Henrique KoerichJosiane LealMarlia Locks Fernandes
Gerncia Administrativa e
FinanceiraRenato Andr Luz (Gerente)Ana Luise WehrleAnderson Zandr PrudncioDaniel Contessa LisboaNaiara Jeremias da RochaRaael Bourdot BackThais Helena BonettiValmir Vencio Incio
Gerncia de Ensino, Pesquisae ExtensoMoacir Heerdt (Gerente)Aracelli Araldi
Elaborao de Projeto eReconhecimento de CursoDiane Dal MagoVanderlei Brasil
Francielle Arruda RampelotteExtensoMaria Cristina Veit (Coord.)
PesquisaDaniela E. M. Will (Coord. PUIP, PUIC, PIBIC )Mauro Faccioni Filho(Coord. Nuvem)
Ps-GraduaoAnelise Leal Vieira Cubas (Coord.)
BibliotecaSalete Ceclia e Souza (Coord.)Paula Sanhudo da SilvaRenan Felipe Cascaes
Gesto Docente e DiscenteEnzo de Oliveira Moreira (Coord.)
Capacitao e Assessoria aoDocenteSimone Zigunovas (Capacitao)Alessandra de Oliveira (Assessoria)Adriana SilveiraAlexandre Wagner da RochaElaine Cristiane SurianJuliana Cardoso EsmeraldinoMaria Lina Moratelli PradoFabiana Pereira
Tutoria e SuporteClaudia Noemi Nascimento (Lder)Anderson da Silveira (Lder)Ednia Araujo Alberto (Lder)Maria Eugnia F. Celeghin (Lder)Andreza Talles CascaisDaniela Cassol PeresDbora Cristina SilveiraFrancine Cardoso da SilvaJoice de Castro PeresKarla F. Wisniewski DesengriniMaria Aparecida TeixeiraMayara de Oliveira BastosPatrcia de Souza AmorimSchenon Souza Preto
Gerncia de Desenhoe Desenvolvimento deMateriais DidticosMrcia Loch (Gerente)
Desenho EducacionalCristina Klipp de Oliveira(Coord. Grad./DAD)Silvana Souza da Cruz (Coord. Ps/Ext.)Aline Cassol DagaAna Cludia TaCarmelita SchulzeCarolina Hoeller da Silva BoeingElosa Machado SeemannFlavia Lumi MatuzawaGislaine MartinsIsabel Zoldan da Veiga RamboJaqueline de Souza TartariJoo Marcos de Souza AlvesLeandro Roman BambergLetcia Laurindo de BonfmLygia PereiraLis Air FogolariLuiz Henrique Milani Queriquelli
Marina Melhado Gomes da SilvaMarina Cabeda Egger MoellwaldMelina de La Barrera AyresMichele Antunes CorraNgila HinckelPmella Rocha Flores da SilvaRaael Arajo SaldanhaRoberta de Ftima MartinsRoseli Aparecida Rocha MoterleSabrina BleicherSabrina Paula Soares ScarantoViviane Bastos
AcessibilidadeVanessa de Andrade Manoel (Coord.)Letcia Regiane Da Silva TobalMariella Gloria Rodrigues
Avaliao da aprendizagem
Geovania Japiassu Martins (Coord.)Gabriella Arajo Souza EstevesJaqueline Cardozo PollaThayanny Aparecida B.da Conceio
Gerncia de LogsticaJeerson Cassiano A. da Costa (Gerente)
Logsitca de MateriaisCarlos Eduardo D. da Silva (Coord.)Abraao do Nascimento GermanoBruna MacielFernando Sardo da SilvaFylippy Margino dos SantosGuilherme LentzMarlon Eliseu PereiraPablo Varela da SilveiraRubens AmorimYslann David Melo Cordeiro
Avaliaes PresenciaisGraciele M. Lindenmayr (Coord.)Ana Paula de AndradeAngelica Cristina GolloCristilaine MedeirosDaiana Cristina BortolottiDelano Pinheiro GomesEdson Martins Rosa JuniorFernando SteimbachFernando Oliveira SantosLisdeise Nunes FelipeMarcelo RamosMarcio VenturaOsni Jose Seidler JuniorThais Bortolotti
Gerncia de MarketingFabiano Ceretta (Gerente)
Relacionamento com o MercadoEliza Bianchini Dallanhol Locks
Relacionamento com PolosPresenciaisAlex Fabiano Wehrle (Coord.)
Jeerson PandoloKarine Augusta ZanoniMarcia Luz de Oliveira
Assuntos JurdicosBruno Lucion Roso
Marketing EstratgicoRaael Bavaresco Bongiolo
Portal e ComunicaoCatia Melissa Silveira RodriguesAndreia DrewesLuiz Felipe Buchmann FigueiredoMarcelo BarcelosRaael Pessi
Gerncia de ProduoArthur Emmanuel F. Silveira (Gerente)Francini Ferreira Dias
Design VisualPedro Paulo Alves Teixeira (Coord.)Adriana Ferreira dos Santos
Alex Sandro XavierAlice Demaria SilvaAnne Cristyne PereiraCristiano Neri Gonalves RibeiroDaiana Ferreira CassanegoDiogo Raael da SilvaEdison Rodrigo ValimFrederico TrilhaHigor Ghisi LucianoJordana Paula SchulkaMarcelo Neri da SilvaNelson RosaOberdan Porto Leal PiantinoPatrcia Fragnani de Morais
MultimdiaSrgio Giron (Coord.)Dandara Lemos ReynaldoCleber Magri
Fernando Gustav Soares LimaConferncia (e-OLA)Carla Fabiana Feltrin Raimundo (Coord.)Bruno Augusto Zunino
Produo IndustrialMarcelo Bittencourt (Coord.)
Gerncia Servio de AtenoIntegral ao AcadmicoMaria Isabel Aragon (Gerente)Andr Luiz PortesCarolina Dias DamascenoCleide Incio Goulart SeemanFrancielle FernandesHoldrin Milet BrandoJennier CamargoJuliana Cardoso da SilvaJonatas Collao de SouzaJuliana Elen TizianKamilla RosaMaurcio dos Santos AugustoMaycon de Sousa CandidoMonique Napoli RibeiroNidia de Jesus MoraesOrivaldo Carli da Silva JuniorPriscilla Geovana PaganiSabrina Mari Kawano GonalvesScheila Cristina MartinsTaize MullerTatiane Crestani TrentinVanessa Trindade
Avenida dos Lagos, 41 Cidade Universitria Pedra Branca | Palhoa SC | 88137-900 | Fone/fax: (48) 3279-1242 e 3279-1271 | E-mail: [email protected] |Site: www.unisul.br/unisulvirtual
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PalhoaUnisulVirtual
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Universidade do Sul de Santa Catarina
Gesto de PessoasLivro Digital
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Ficha catalogrca elaborada pela Biblioteca Universitria da Unisul
Copyright UnisulVirtual 2011
Nenhuma parte desta publicao pode ser reproduzida porqualquer meio sem a prvia autorizao desta instituio.
Edio Livro Digital
Professor ConteudistaSilvana Souza da Cruz Clasen (Org.)
Ademar Dutra
Dnia Falco de Bittencourt
Coordenao de CursoMaria Cristina Schweitzer Veit
Design InstrucionalCarmelita Schulze
Projeto Grco e Capa
Equipe Design VisualDiagramaoNoemia Mesquita
RevisoSmirna Cavalheiro
.D Dutra, Ademar
Gesto de pessoas : livro digital / Ademar Dutra, Dnia Falcode Bittencourt; organizadora Silvana Souza da Cruz Clasen ; design
instrucional Carmelita Schulze. Palhoa : UnisulVirtual, . p. : il. ; cm.
Inclui bibliograa.
. Administrao de pessoal. . Recursos humanos. .Desenvolvimento organizacional. I. Bittencourt, Dnia Falco de. II.Clasen, Silvana Souza da Cruz.
III.Schulze, Carmelita. IV. Ttulo.
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PalhoaUnisulVirtual
2011
Designer instrucionalCarmelita Schulze
Silvana Souza da Cruz Clasen (Org.)Ademar Dutra
Dnia Falco de Bittencourt
Gesto de PessoasLivro Digital
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5 Sumrio
7 Apresentao
9 Palavras do professor
11 Plano de Estudo
13 Unidade 1O contexto da gesto de pessoas
32 Unidade 2A gesto estratgica de pessoas e seu gerenciamento
61 Para concluir os estudos
63 Minicurrculo
65 Respostas e comentrios das atividades de autoaprendizageme colaborativas
67 Referncias
Sumrio
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Caro/a estudante,
O livro digital desta disciplina foi organizado didaticamente, de modo a oferecer a
voc, em um nico arquivo pdf, elementos essenciais para o desenvolvimento dos
seus estudos.
Constituem o livro digital:
Palavras do professor (texto de abertura);
Plano de estudo (com ementa, objetivos e contedo programtico da
disciplina);
Objetivos, Introduo, Sntese e Saiba mais de cada unidade;
Leituras de autoria do professor conteudista;
Atividades de autoaprendizagem e gabaritos;
Enunciados das atividades colaborativas;
Para concluir os estudos (texto de encerramento);
Minicurrculo do professor conteudista; e
Referncias bibliogrcas.
Lembramos, no entanto, que o livro digital no constitui a totalidade do material
didtico da disciplina. Dessa forma, integram o conjunto de materiais de estudo:
webaulas, objetos multimdia, leituras complementares e atividades de avaliao(obrigatrias e complementares), que voc acessa pelo Espao UnisulVirtual de
Aprendizagem.
Tais materiais didticos foram construdos especialmente para este curso, levando
em considerao as necessidades da sua formao e aperfeioamento prossional.
Atenciosamente,
Equipe UnisulVirtual
Apresentao
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Prezado(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) ao curso Gesto de Pessoas! Por intermdio dele voc ter
oportunidade de reetir sobre como sua empresa interage com seus funcionrios.
Por exemplo: voc, no seu ambiente de trabalho, considerado como um recursoorganizacional, mo de obra ou mente-de-obra?
A anlise e a discusso destas questes so importantes para que voc possa
identicar, no contexto organizacional, se as pessoas so ativas, agregam valor
e necessitam ser valorizadas e desenvolvidas ou apenas so recursos a serem
consumidos, explorados e descartados quando no servirem mais.
Caso voc j seja um gestor de uma empresa ou de uma rea especca, que tal
questionar como se encontra a sua capacidade para mobilizar, estimular, motivar
e gerar comprometimento na equipe de trabalho? Ser que algumas de suasestratgias no esto mais voltadas para controlar, cobrar horrio, punir e at
mesmo desmotivar as pessoas?
Estas entre outras questes estaro presentes no estudo desta disciplina, que
tem como principal objetivo discutir como uma organizao ou um gestor pode
gerenciar ou liderar seus colaboradores, tendo por princpio a viso contempornea.
Gerenciar pessoas um desao constante e exige muita habilidade e competncia,
pois as expectativas organizacionais podem nem sempre convergir com asexpectativas dos prossionais que atuam na organizao e vice-versa.
Palavras do professor
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Ao elaborar estes contedos, em vrios momentos, nos veio mente quais seriam
as suas expectativas frente a este curso. Certos de que essa resposta no teramos
de forma prvia, procuramos denir nossas expectativas, as quais passamos a
destacar. A primeira diz respeito crena de que os contedos aos quais ter
acesso possam agregar valor organizao em que voc atua, no sentido de gerar
novos conhecimentos com aplicabilidade no cotidiano de seu trabalho. A segunda
refere-se possibilidade de voc desenvolver novas competncias e habilidades
que possam contribuir para o seu desenvolvimento prossional, assegurando
nveis de empregabilidade frente ao mercado de trabalho.
Assim, esperamos que este curso venha ao encontro de suas expectativas como
prossional e ser humano.
Bons estudos!
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O plano de estudos visa orient-lo/a no desenvolvimento do curso. Possui
elementos que o/a ajudaro a conhecer o contexto do curso e a organizar o seu
tempo de estudos.
O processo de ensino e aprendizagem na UnisulVirtual leva em conta instrumentosque se articulam e se complementam, portanto a construo de competncias se
d sobre a articulao de metodologias e por meio das diversas formas de ao/
mediao.
So elementos desse processo:
o livro digital;
o Espao UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA);
as atividades de avaliao;
o sistema tutorial.
Objetivo Geral:
Contextualizar a Gesto de Pessoas, face exigncia de novas relaes de
trabalho impostas pelo processo de globalizao, pelo mercado de trabalho e pela
sociedade do conhecimento.
Ementa:
A evoluo da Gesto de Pessoas. A Gesto Estratgica de Pessoas. Empowerment.
Empregabilidade.
Plano de Estudo
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Ps-graduao
Contedo Programtico/objetivos
A seguir, as unidades que compem o livro digital desta disciplina e os seus
respectivos objetivos. Estes se referem aos resultados que voc dever alcanar
ao nal de uma etapa de estudo. Os objetivos de cada unidade denem o
conjunto de conhecimentos que voc dever possuir para o desenvolvimento de
habilidades e competncias necessrias a este nvel de estudo.
Unidades de estudo: 2
Unidade 1 O contexto da gesto de pessoas
O estudo desta unidade propiciar o entendimento da importncia da Gesto de
Pessoas em uma organizao. A proposta dessa unidade que voc compreenda
o conceito de Gesto de Pessoas, relacionando-o com uma anlise abrangente de
como a empresa em que voc atua ou atuou gerencia os seus colaboradores.
Tal unidade tambm oportunizar que voc compreenda os fundamentos e as
recentes mudanas que esto sendo adotadas pelas organizaes; de forma
a poder analisar o contexto atual e as demandas do mercado de trabalho que
inuenciam a forma de gerenciar as pessoas.
Unidade 2 A gesto estratgica de pessoas e seu
gerenciamento
Esta unidade visa a oferecer subsdios para voc compreender o que gesto
estratgica de pessoas e sua aplicabilidade no ambiente organizacional. Esta
unidade oferece tambm subsdios para voc compreender a amplitude do
gerenciamento da rea de gesto de pessoas, identicando quais so os seussubsistemas ou programas. Oportunizar que voc tome conhecimento da
importncia de ter uma viso sistmica e integrada sobre programas de gesto de
pessoas e conhea as principais caractersticas desses programas.
Carga horria: 15 horas-aula
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O contexto da gesto de pessoas
Unidade 1
Objetivos de Aprendizagem Entender a importncia da gesto de pessoas em uma organizao.
Conhecer a rea de Gesto de Pessoas e analisar como as empresas
gerenciam seus colaboradores. Compreender os fundamentos e as recentes mudanas na rea de
Gesto de Pessoas que esto sendo adotadas pelas empresas.
Analisar o contexto atual e as demandas do mercado de trabalho que
inuenciam a forma de gerenciar as pessoas.
Analisar e compreender os novos papis que os prossionais da rea
de Gesto de Pessoas devem assumir e desenvolver para agregar maior
valor aos resultados da empresa.
Introduo
Voc j parou para analisar quantas horas por dia voc trabalha?
Considerando que sua expectativa de vida seja de 80 anos, quantos deles sero
dedicados ao trabalho?
Ao realizar este exerccio, leve em considerao no somente o tempo que voc
est ou estar dentro da empresa. Considere tambm as horas que, em casa ou no
lazer, voc ca pensando no seu trabalho, nos problemas a resolver, nas solues
que ter de apresentar e nas metas que ter de cumprir no mesmo.
Voc perceber que a maior parte de seu tempo dedicada ao trabalho e, sendo
assim, pode-se dizer que vivemos para o trabalho, no mesmo?
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Ps-graduao
Reita acerca dos seguintes questionamentos: Nas segundas-feiras, quando voc
acorda, sente prazer, alegria em ir trabalhar? Como so as relaes de trabalho?
Sadias, agradveis, motivadoras e graticantes ou uma escravido, desgastantes,
horrveis, um pesadelo, um fardo?
Pois , essas entre outras questes constituem interesses da rea de Gesto de
Pessoas. A gesto de pessoas e suas questes vm dia a dia ganhando maior
importncia para a conquista de resultados positivos em uma organizao.
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O contexto da gesto de pessoas
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O que gesto de pessoas?Ademar Dutra
Dnia Falco de Bittencourt
Ao pesquisar sobre este tema, certamente voc ir descobrir que cada autor
apresenta a sua denio sobre o que seja gesto de pessoas, e no nal de sua
pesquisa talvez voc queira construir a sua prpria denio.
Conceito
Entre os autores pesquisados, uma boa denio para gesto de
pessoas a citada por Gil (2001, p. 17):
Gesto de Pessoas um ramo especializado da Cincia da
Administrao que contempla todas as aes empreendidas por umaorganizao, com o objetivo de integrar o colaborador no contexto
da organizao e aumentar sua produtividade.
Observe que quando o autor se refere integrao, no est se referindo
somente ao momento em que o colaborador ingressa na empresa, mas sim a todo
o perodo em que atua na mesma.
E, ainda, sobre o termo produtividade, ele indica que a contratao de
novos prossionais deve-se necessidade de gerar maior produtividade e,consequentemente, maiores resultados para a empresa.
Para Milioni (2002), gesto de pessoas pode ser denida como um conjunto
de estratgias, tcnicas e procedimentos focados na mobilizao de talentos,
potenciais, experincias e competncias do quadro de colaboradores de uma
organizao, bem como a gesto e a operacionalizao das normas internas e
legais incidentes.
Observe que nesta denio h diferena de foco em relao a Gil. Voc podenotar que a nfase dada aos esforos da organizao no sentido de aproveitar e
explorar o potencial das pessoas, o conjunto de conhecimentos, as habilidades e
atitudes que cada prossional possui e no na produtividade em si.
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Ps-graduao
Note tambm que quando o autor se refere operacionalizao das normas
internas e legais, ele est se referindo parte burocrtica da rea da Gesto de
Pessoas: ao registro na Carteira de Trabalho (CTPS), folha de pagamento, ao
recolhimento de encargos trabalhistas, ou seja, ao cumprimento de todos os
procedimentos previstos na legislao complementar. Alis, como voc ir estudar
na unidade 2, o surgimento da rea de Gesto de Pessoas no Brasil foi para
atender ao disposto na CLT.
Antes de nalizar o estudo sobre os conceitos do que gesto de pessoas, analise
tambm um conceito mais contemporneo, ou melhor, um conceito mais voltado
quilo que empresas de sucesso vm adotando na prtica ao gerenciar seus
colaboradores.
Conceito
Gesto de pessoas consiste na capacidade de mobilizar os
colaboradores para o alcance dos objetivos organizacionais.
Aqui, o termo mobilizar representa todas as estratgias que visam a gerar:
a. comprometimento;
b. motivao; e,
c. entusiasmo.
Anal, no ambiente organizacional nada acontece sem as pessoas, isto , no
existe empresa sem pessoas.
Ambiente organizacional: busca da parceria ou doconfronto?
O contexto da gesto de pessoas, ento, formado pelos colaboradores e pelaorganizao. Os colaboradores passam boa parte de suas vidas trabalhando
dentro de organizaes e estas dependem das pessoas para alcanarem os
resultados almejados (planejamento estratgico).
De um lado, o trabalho toma considervel tempo de vida, de esforo e dedicao
das pessoas que dependem da organizao para sua sobrevivncia, seu sucesso
e crescimento pessoal. A realizao pessoal, o alcance dos sonhos, objetivos e
desejos pessoais, em sua maioria vm do trabalho desenvolvido nas organizaes.
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Assim, as pessoas dependem das organizaes para alcanarem seus objetivos
e, por sua vez, as organizaes tambm precisam das pessoas para crescerem e
terem sucesso, em uma espcie de dependncia mtua.
O que voc busca em um ambiente organizacional? Quais so seus objetivos
ao estabelecer vnculo com uma empresa?
H prossionais que buscam realizao pessoal, oportunidades de crescimento,
melhores salrios e benefcios, segurana no trabalho, respeito e reconhecimento,
qualidade de vida, etc.
Ou seja, cada um de ns tem expectativas a serem atendidas por intermdio do
exerccio de um cargo ou funo em uma organizao.
Por outro lado, a empresa, por meio de seus acionistas, proprietrios e dirigentes,
tambm possui determinados objetivos que so organizacionais. Tais objetivos
podem ser:
a. conquistar novos clientes e mercados;
b. maior produtividade e lucratividade;
c. crescimento sustentado;
d. maior qualidade de seus produtos ou servios, dentre outros.
Em face desses objetivos e expectativas de ambas as partes, o ideal que haja
uma parceria entre o colaborador e a empresa, dentro de uma relao ganha-
ganha. Ou seja, ganham os colaboradores medida que, gradativamente, possam
alcanar seus objetivos e as organizaes da mesma forma.
Importante
O processo de parceria, para ter xito, requer dos parceiros alguns
atributos bsicos, tais como: conana mtua, transparncia nas
informaes e respeito.
no contexto desta armao que a rea de Gesto de Pessoas atua; isto , busca
reunir parcerias e esforos para que, por meio da negociao, participao e sinergia,
todos possam olhar na mesma direo somando esforos e no os dividindo.
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Ps-graduao
Mas voc talvez tambm j deve ter estudado que, do ponto de vista histrico,
as relaes de trabalho foram pautadas pelo confronto, em que somente uma
parte levava vantagem, ou seja, a soluo empregada era do tipo ganhar-perder.
Nesse caso, o confronto se caracterizava, por exemplo, por meio dos movimentos
grevistas, nos quais se esgotam todas as possibilidades de negociao.
O mundo girou, girou e, atualmente, em face do processo de globalizao e
acirrada disputa por novos mercados e clientes, o diferencial competitivo das
organizaes passou a ser as pessoas que l trabalham. As empresas, com isso,
esto sendo induzidas a desenvolver estratgias que visem ao comprometimento
e no ao controle das pessoas, e, para gerar tal comprometimento precisam
entender e identicar quais so as expectativas e objetivos que possuem os
colaboradores.
Referncias
MILIONI, B. Glossrio de termos e expresses de gesto de recursos humanos. In: BOOG,
Gustavo (org.). Manual de gesto de pessoas e equipes. So Paulo: Gente, 2002.
GIL, A C. Gesto de pessoas: enfoque nos papos prossionais. So Paulo: Atlas, 2001.
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O contexto da viso contemporneana gesto de pessoas
Ademar Dutra
Dnia Falco de Bittencourt
As organizaes vm passando por grandes transformaes em funo de
presses que recebem, tanto do contexto organizacional externo como do
contexto interno. As mudanas por que passam as organizaes no esto
limitadas s suas estruturas organizacionais formais, a seus produtos ou servios
e seus mercados. Afetam, principalmente, seus padres comportamentais ou
culturais e seus padres polticos ou relaes internas e externas de poder.
Importante
As presses relativas ao contexto externo tm sido bastante
estudadas, enquanto as relativas ao contexto interno no tm sido
ainda objeto de grande aprofundamento. (DUTRA, 2002).
Com relao ao contexto externo, destacam-se como presses que impactam as
organizaes os seguintes aspectos:
a. globalizao;
b. turbulncia do ambiente;
c. produtos e servios de alto valor agregado;
d. novas arquiteturas organizacionais e de negcios.
Essas presses exigem respostas das organizaes, tais como:
a. exibilidade;
b. agilidade;
c. gerenciamento ecaz da cadeia de valor;d. comprometimento de seus colaboradores.
J no contexto interno, as presses esto voltadas a aspectos como maior
autonomia e liberdade para os colaboradores desenvolverem suas atividades, maior
grau de desenvolvimento das pessoas, por meio de processos permanentes de
aprendizagem e desenvolvimento prossional sustentado nas novas capacidades e
competncias que a organizao necessita para alcanar seus objetivos.
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Tendo em vista esse processo de mudana, o perl dos gestores transforma-se de
maneira radical, passando de obediente e disciplinado para autnomo e empreendedor,
que visa migrao de estratgia de controle dos funcionrios para estratgias que
levam ao comprometimento, a partir da participao e do reconhecimento.
Importante
As empresas passam a depender cada vez mais do grau de
envolvimento e de comprometimento de seus colaboradores com os
objetivos estratgicos e de negcios.
O envolvimento e o comprometimento das pessoas so importantes para:
a. aumentar o nvel de produtividade e qualidade de seus produtos;
b. atingir agilidade na aquisio e internalizao de novas tecnologias;
c. gerar rpida aquisio de capacidades e competncias organizacionais;
d. garantir maior exibilidade nos processos de mudana organizacional,
em face das variveis internas e externas;
e. alcanar maior agilidade para atender s demandas internas e externas .
Observe que o alcance do envolvimento e comprometimento no se d apenas
por um discurso bonito e bem preparado sobre os objetivos econmicos e sociaisou sobre a importncia da empresa; nem ocorre com a
cooptao das pessoas com salrios, benefcios ou
facilidades, mas pelo atendimento concreto das
expectativas e necessidades dos objetivos individuais de
seus colaboradores.
Assim, caso o colaborador no verique vantagens concretas para si prprio, no
presente e no futuro, na relao de trabalho que mantm com a empresa, ele
dicilmente ir se comprometer.
O fato de as empresas serem obrigadas a observar, com maior preciso, o
conjunto de expectativas e necessidades das pessoas fez com que surgissem as
presses do contexto interno, ou seja, de dentro da prpria organizao.
As empresas, de forma geral, tm grande diculdade para denir com clareza o
que esperam das pessoas, e diculdades ainda maiores para denir os horizontes
prossionais que podem oferecer.
Cooptao
Ato de cooperar; agregao; admisso
extraordinria numa cooperao
com dispensa das formalidades
ordinariamente exigidas.
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O contexto da gesto de pessoas
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O grande desao que o contexto atual e futuro impe s empresas criar
condies para que as pessoas sejam atendidas, ou seja, que as expectativas de
desenvolvimento, realizao e reconhecimento destas sejam possibilitadas pelas
empresas em que trabalham. Quanto mais conscientes de si mesmas estiverem mais
exigiro transparncia por parte da empresa, e esses aspectos se tornaro fatores
crticos para a sustentao da competio e manuteno de diferenciais competitivos.
A viso tradicional versus viso contempornea dagesto de pessoas
Veja o quadro comparativo a seguir e observe como se diferenciam duas fases da
evoluo da gesto das pessoas. O critrio de comparao realizado com base
em vrias caractersticas da dinmica de funcionamento das organizaes.
Caractersticasorganizacionais
Viso tradicional Viso contempornea
Caracterstica
do trabalho
- reprodutividade
- rigidez
- diviso de tarefas
- formao prvia
- taylorismo
- liderana autoritria
- criatividade
- exibilidade
- interfaces nebulosas, redundncias
- e multiespecializao
- aprendizado contnuo
- multiplicidade de modelos- liderana representativa
Estruturas
organizacionais
- hierarquia vertical,rede matricial
- centralizao
- perenidade
- aglutinao de funes
- reduo de nveis, grupos em redes
- descentralizao e autonomia
- instabilidade como fator de evoluo
- terceirizao
Caractersticas
da administrao
- foco no capital
- teorias quantitativas- distncias capital-trabalho
- foco nas pessoas e na informao
- viso comum, identidade evalores compartilhados
colaborao, participao nos lucros
Formato do trabalho Centralizao total dasoperaes no rgo de GP
Descentralizao rumo aos
gerentes e suas equipes
Nvel de atuao Burocratizada eoperacional, rotinaDepartamentalizada e ttica
Focalizao global eestratgica no negcio
continua
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Ps-graduao
Caractersticasorganizacionais
Viso tradicional Viso contempornea
Comando da ao Decises vindas da
cpula da organizaoDecises e aes do gerente e de sua
equipe de trabalho
Principais atividades Admisso, demisso,controle de frequncia,legislao do trabalho,disciplina, ordem, relaessindicais, administraode salrios, benefcios,higiene e segurana
Os gerentes e suas equipespodem escolher, treinar, liderar,motivar, avaliar e recompensar osseus colaboradores. A empresapassa a se preocupar com o climaorganizacional, a qualidade de vida,a terceirizao, os processos demudana, a gesto participativa, etc.
Misso da rea Vigilncia, coero, coao,punio, connamento
social das pessoas
Atrair e manter os melhores
funcionrios, criar a melhor
empresa e a melhor qualidadede trabalho. Busca-se a parceirae o comprometimento
Quadro 1 - As caractersticas organizacionais da viso tradicional e da contempornea
Fonte: Adaptado de Wood (2000, p. 242) e Chiavenato (2005, p. 35).
Como voc pde vericar no quadro apresentado, a relao do formato de
trabalho, na viso tradicional, dava-se por meio da centralizao de todas as
atividades e prticas de gesto de pessoas na prpria rea.
Exemplo
Por exemplo, o processo de recrutamento e seleo, envolvendo
a aplicao das respectivas tcnicas, era desenvolvido pelos
prossionais da rea. J na viso contempornea ocorre a
descentralizao dessas prticas de gesto para os diretores,
gerentes e supervisores da empresa. Compete ao setor que tem
necessidade de contratao de novos colaboradores denir o
perl desejado dos colaboradores, as tcnicas de recrutamento e
seleo mais adequadas e, quando no for necessrio trabalho deespecialistas, executar esses processos.
Cabe aos prossionais da rea de gesto de pessoas prestar consultoria interna s
demais reas da empresa para aplicar, de forma mais adequada, todas as prticas
dessa rea de conhecimento.
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O contexto da gesto de pessoas
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Note bem que, em relao caracterstica nvel de atuao, na viso tradicional
a rea burocratizada, departamentalizada, estritamente operacional e rotineira,
tentando atender meramente s exigncias da e demais normas legais.
Esta forma de atuao decorre do surgimento de leis de proteo aostrabalhadores (e outros dispositivos legais) que passaram a exigir das empresas
a alocao de prossionais para atender e executar esses dispositivos. Na viso
contempornea esses servios passaram a ser terceirizados, em sua grande
maioria, passando a rea de gesto de pessoas a ter uma atuao estratgica, ou
seja, voltada ao alcance dos objetivos globais da empresa.
Quanto caracterstica comando de ao, na viso tradicional prevalece o
modelo hierrquico rgido em que as decises so tomadas de cima para baixo,
ou seja, o processo decisrio centralizado nos dirigentes que determinamcomo a organizao dever se comportar em todos os seus nveis. J na viso
contempornea o processo decisrio descentralizado, dependendo da
complexidade dos assuntos. Assim, as decises so de responsabilidade dos
gerentes, supervisores e suas equipes de trabalho, principalmente no que se
refere s questes de ordem ttica e operacional.
Outra caracterstica a observar no quadro apresentado diz respeito coluna
as principais atividades desenvolvidas. Na viso tradicional essas atividades
estavam mais restritas aos processos de recrutamento e seleo, treinamento,
administrao salarial, benefcios, higiene e segurana e relaes sindicais. Na
viso contempornea, alm das atividades terem sido ampliadas, incluindo-
se preocupaes com pesquisa de clima organizacional, qualidade de vida,
terceirizao, processos de mudana, gesto participativa, entre outros, a forma
tradicional de execuo de tais atividades foi alterada.
Com o processo de descentralizao, os gerentes e suas equipes passaram a
ajustar o desenvolvimento e a aplicao de cada atividade de acordo com as
necessidades da respectiva rea.
Por m, note que em relao coluna misso da rea, na viso tradicional
predominava o entendimento de que gerir pessoas signicava vigiar, coagir, punir,
ou seja, desenvolver procedimentos para controlar as pessoas, na concepo de
que elas iriam causar algum prejuzo empresa. J na viso contempornea parte-
se da premissa que gerenciar pessoas signica desenvolver estratgias para atrair
e manter os melhores colaboradores. Busca-se a parceira, o envolvimentoe o
comprometimento dos colaboradores.
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Ps-graduao
Antes de seguir adiante neste curso, reita sobre a seguinte questo: Diante desse
contexto, que estratgias voc recomendaria para gerar comprometimento no
ambiente de trabalho em que voc atua?
Referncias
CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando pessoas.2. ed. So Paulo: Makron Books, 1994.
DUTRA, Joel Souza. Gesto de pessoas: modelo, processos, tendncias e perspectivas. So
Paulo: Atlas, 2002.
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O contexto da gesto de pessoas
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Os novos papis na gesto de pessoasAdemar Dutra
Dnia Falco de Bittencourt
Segundo Chiavenato (2005, p. 37), em face das grandes transformaes no mundo
organizacional, a rea de Gesto de Pessoas, por meio de seus prossionais,
dever assumir novos papis.
Observe no quadro a seguir como se pode dar a transformao dos novos tipos de
papis em face das mudanas organizacionais da rea de Gesto de Pessoas:
De Para
Operacional e burocrtico Estratgico
Policiamento e controle Parceria e compromisso
Curto prazo e imediatismo Longo prazo
Administrativo Consultivo
Foco na funo Foco no negcio
Foco interno e introvertido Foco externo e no cliente
Reativo e solucionador de problemas Proativo e preventivo
Foco na atividade e nos meios Foco nos resultados e nos nais
Quadro 1 - Mudanas de papis na gesto de pessoas
Fonte: Elaborado pelos autores, 2010.
A atuao estratgica da rea de Gesto de Pessoas implica desenvolvimento
de atividades mltiplas e mais complexas, que tm como nfase contribuir para
agregar valor empresa e no somente dar apoio s demais reas. Trata-se de
uma atuao que deve estar voltada para o mdio e o longo prazo e no somente
busca de respostas e resultados pouco consistentes.
importante car claro que os novos papis da gesto de pessoas no ocorrem
apenas nos Departamentos de Recursos Humanos das organizaes. Algumas
das atividades passam a ser percebidas pelos gestores das diversas unidades da
organizao como parte do seu trabalho que, se realizado corretamente, permitir
empresa atingir seus objetivos estratgicos com maior efetividade.
Como atuar estrategicamente na gesto de pessoas?
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Ps-graduao
Esta nova forma de atuao deve ser sistmica, integradora e estar voltada a:
a. fornecer uma nova viso integrada do colaborador, do trabalho e da
empresa;
b. obter uma estrutura organizacional plana, enxuta, de poucos nveishierrquicos;
c. atender os usurios interno e externo e, se possvel, encant-los;
d. sintonizar com o ritmo e a natureza das mudanas ambientais;
e. oferecer uma viso voltada para o futuro e para o destino da empresa e
das pessoas;
f. criar e agregar valor s pessoas, empresa e ao cliente;
g. buscar uma administrao participativa e baseada em equipes;
h. buscar agilidade, exibilidade, dinamismo e pr-atividade;
i. obter compromisso com a qualidade e com a excelncia dos servios;
j. buscar inovao e criatividade.
Segundo Ulrich (1998), a gesto de pessoas, por meio de seus prossionais,
precisa desenvolver e aplicar trs novas capacidades:
a. criar clareza estratgica;
b. fazer com que as mudanas aconteam;c. criar capital intelectual.
Essas capacidades representam os resultados a serem produzidos a meio e no
longo prazo. Veja em detalhes como elas se conguram.
Criar clareza estratgica trata-se do processo de disseminao na organizao,
em todos os seus nveis, dos objetivos, das estratgias e metas xadas pela
empresa para meio e longo prazos.
Objetiva esclarecer a todos os colaboradores sobre a misso e a viso da empresa,
ou seja, dar cincia sobre o processo de planejamento estratgico adotado.
Ter clareza estratgica visa, ainda, a criar sinergia e fazer com que todos olhem na
mesma direo, demonstrando foco e convergncia de aes para o alcance do
que foi planejado.
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Ps-graduao
Criar capital intelectual: ser um defensor dos colaboradores todo dirigente
reconhece que o capital intelectual importante. O desao est em descobrir o
que ele e como aument-lo. Um trabalho recente examina o conceito de maneira
simples, mensurvel e til. Trata-se da seguinte frmula:
Capital intelectual = competncia comprometimento
Essa equao sugere que, em determinada unidade, a competncia geral
do colaborador pode aumentar, mas por si s no assegura o capital
intelectual.
Exemplo
Por exemplo, empresas com alta competncia, mas com baixocomprometimento, podem possuir colaboradores talentosos
que no conseguem realizar atividades simples. Empresas com
alto comprometimento, mas com baixa competncia, podem ter
funcionrios no muito talentosos que executam suas atividades
rapidamente, com dedicao e entusiasmo.
Lembre-se de que o capital intelectual requer tanto competncia como
comprometimento! Os prossionais de gesto de pessoas que aumentam a
competncia e o comprometimento formam capital intelectual. E ao faz-lotornam-se defensores dos colaboradores, por estarem preocupados pela maneira
como a empresa pode satisfazer suas necessidades.
Esses prossionais se esforam por desenvolver prticas para gerar maior nvel
de competncia, de acordo com as competncias requeridas pela organizao,
investem em prticas de gesto de pessoas para aumentar o comprometimento,
a participao e o envolvimento dos colaboradores. Tambm monitoram se
as polticas e prticas organizacionais ajudam ou bloqueiam o crescimento do
colaborador. Quando identicam que uma prtica impede que o colaborador
adquira competncia ou comprometimento, eles contestam e propem mudanas.
Entende-se por
competncia
o conjunto de
conhecimentos,
habilidades e atitudes
do colaborador,
aplicados ao ambiente
de trabalho, aliado
sua experincia.
Comprometimento
demonstra o grau
de envolvimento,
de participao coma empresa, ou seja,
representa, vestir a
camisa, ter motivao
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O contexto da gesto de pessoas
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Referncias
ULRICH, Dave. Os campees de recursos humanos: inovando para obter os melhores
resultados. So Paulo: Futura, 1998.
CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando pessoas. 2. ed. So Paulo: Makron Books, 1994.
Atividades de autoaprendizagem
A Gesto de Pessoas uma das reas mais afetadas pelas recentes mudanas
que esto acontecendo no mundo moderno. Hoje se fala em gesto de talentos,
capital intelectual, capital humano, ativo humano, etc., e no mais em recursos
humanos, exatamente para proporcionar uma nova viso das pessoas, no mais
como meros funcionrios remunerados em funo do tempo de disponibilidade
organizao, mas como parceiros e colaboradores do negcio da empresa.
Com base nesse preceito, observe e assinale as armativas que correspondem a
essa nova viso voltada gesto de pessoas:
a. ( ) Ter pessoas ter despesas.
b. ( ) Descentralizao das prticas de RH rumo aos gerentes e suas
equipes.c. ( ) Foco nos processos e no nos resultados.
d. ( ) RH presta servios de consultoria interna.
e. ( ) Policiamento e controle.
f. ( ) Centralizao total das operaes no rgo de RH.
g. ( ) Decises vindas da cpula da organizao.
h. ( ) Parceria e compromisso.
i. ( ) Proativo e preventivo.
j. ( ) Operacional e burocrtico.
k. ( ) Foco estratgico e no negcio.
l. ( ) Reativo e solucionador de problemas.
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Ps-graduao
Atividade colaborativa
1. Analise a organizao em que trabalha ou outra a qual voc tenha fcil acesso.
Observe se a empresa procura atender s necessidades e aos objetivos de seus
colaboradores. No caso positivo, liste quais so as aes destinadas a este m.
Em caso negativo, descreva quais pontos negativos podem ser percebidos como
consequncia do no atendimento. Compartilhe sua resposta com seus colegas na
ferramenta Exposio.
2. O professor e escritor norte-americano Dave Ulrich arma que a rea de Gesto
de Pessoas e, consequentemente, seus prossionais devem exercer trs papis
essenciais, os quais destacou:
a. criar clareza estratgica: ser um parceiro estratgico;
b. fazer com que as mudanas aconteam: ser um agente de mudana;
c. criar capital intelectual: ser um defensor dos funcionrios.
A partir disto, escreva a seguir o que voc entende por criar capital intelectual:
ser um defensor dos funcionrios. Publique sua resposta por meio da ferramenta
exposio.
SnteseNesta unidade voc estudou que a gesto de pessoas consiste num conjunto de
estratgias, tcnicas e procedimentos focados na mobilizao de talentos, potenciais,
experincias e competncias do quadro de colaboradores de uma organizao.
De acordo com essa concepo, busca-se o desenvolvimento de competncias
individuais para que estas migrem para o contexto organizacional e passem
a constituir competncias organizacionais. No entanto, isto s possvel se
a organizao, por meio da rea de Gesto de Pessoas, for capaz de criar um
ambiente de trabalho desaador, estimulante, que agregue valor s pessoas e,
consequentemente, organizao.
Nesta unidade, voc tambm estudou a viso contempornea da gesto de pessoas,
acompanhou o contexto em que se insere esta viso, as principais mudanas em
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O contexto da gesto de pessoas
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relao viso tradicional e tambm os novos papis inerentes rea.
Pde constatar que as presses relativas ao contexto externo exigem respostas
das organizaes, tais como: exibilidade, agilidade, gerenciamento ecaz da
cadeia de valor, comprometimento de seus colaboradores.
J no contexto interno, conforme voc acompanhou, as presses esto voltadas a
maior autonomia e liberdade para os colaboradores desenvolverem suas atividades,
maior grau de desenvolvimento das pessoas por meio de processos permanentes
de aprendizagem e desenvolvimento prossional sustentado nas novas capacidades
e competncias que a organizao necessita para alcanar seus objetivos.
Essas presses de ordem externa e interna exigem nova postura e forma
de atuao da rea de Gesto de Pessoas. Requerem mudanas sinalizadas,principalmente pelo processo de descentralizao das prticas de gesto de
pessoas para os gestores da organizao em todos os seus nveis. Requerem,
inclusive, que os prossionais dessa rea passem a atuar como consultores
internos das organizaes.
Saiba mais
Para aprofundar o contedo desta unidade, sugerimos que voc pesquise nos
seguintes livros:
CHIAVENATO, Idalberto. Gesto de pessoas. So Paulo: Campus, 2005.
MACARENHAS, Andr Ofenhejm. Tecnologia na gesto de pessoas: estratgias de
autoatendimento para o novo RH. So Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.
ULRICH, Dave (org.). Recursos humanos estratgicos: novas perspectivas para os
prossionais de RH. So Paulo: Futura, 2000.
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A gesto estratgica de pessoas
e seu gerenciamento
Unidade 2
Objetivos de AprendizagemCompreender no que consiste a gesto estratgica de pessoas e sua
aplicabilidade no ambiente organizacional.
Analisar as principais tcnicas de gesto de pessoas, decorrentes dagesto estratgica.
Compreender a amplitude do gerenciamento da rea de Gesto de
Pessoas.
Identicar quais so os programas de gesto de pessoas e suas principais
caractersticas.
IntroduoNesta unidade voc ir conhecer as caractersticas e os focos de atuao da gesto
estratgica de pessoas e poder identicar algumas tendncias e modelos de
gesto nessa rea.
importante que voc compreenda quando e por que surgiu essa preocupao
nas organizaes e entenda que esse tema atual e se constitui em um dos
grandes desaos das empresas.
Sinta-se tambm desaado a elaborar estratgias nessa rea.
Lembre-se sempre de que o sucesso de uma organizao depende cada vez
mais do conhecimento, das habilidades, da criatividade e da motivao de seus
colaboradores. O sucesso das pessoas, por sua vez, depende cada vez mais de
atitudes voltadas criao e ao aproveitamento de oportunidades para aprender
e de um ambiente favorvel ao pleno desenvolvimento de suas potencialidades.
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A gesto estratgica de pessoas e seu gerenciamento
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E neste contexto, ou seja, mudana de estratgias de controle dos
colaboradores para estratgias voltadas gerao de comprometimento, que a
gesto estratgica tem sido uma tendncia nas organizaes.
Voc tambm estudar nesta unidade o gerenciamento da rea de gesto depessoas, por meio das caractersticas de seus programas. Acompanhe com
ateno!
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Ps-graduao
A Gesto estratgica de pessoasAdemar Dutra
Dnia Falco de Bittencourt
A expresso gesto estratgica de pessoas ou gesto estratgica de recursos
humanos surgiu na literatura internacional na dcada de 1980, sob diferentes
argumentaes:
a. seja a partir das crticas ao papel funcional, burocrtico, operacional e nas
fraquezas percebidas na rea;
b. seja por presses ambientais que demonstravam a natureza estratgica
dos recursos humanos;
c. seja pelo processo de planejamento estratgico que passou a contemplar
a atuao da rea para ns de alcance dos objetivos organizacionais.
Atualmente, a mudana uma das caractersticas mais marcantes do ambiente
empresarial no contexto mundial e no contexto brasileiro. As transformaes
nas organizaes, no ambiente empresarial e na sociedade so profundas e
ocorrem em ritmo cada vez mais dinmico e rpido. A velocidade das mudanas
tecnolgicas, a globalizao da economia e o acirramento da competio entre
empresas e naes geram impactos signicativos sobre a forma de gesto das
organizaes, exigindo um repensar sobre seus pressupostos e modelos.
Um dos impactos mais expressivos dessas mudanas no ambiente , por parte das
organizaes, o aumento do nvel de qualicao e de conhecimentos exigidos
dos prossionais, com implicaes diretas na gesto de pessoas e nos modelos
utilizados em sua gesto.
Importante
Lembre-se de que o estgio estratgico na gesto de pessoas surgiu
a partir da segunda metade dos anos 1980, tendo-se consolidado na
dcada de 1990.
Como principais caractersticas da gesto estratgica de pessoas, destacam-se:
a. vinculao das prticas de gesto de pessoas s estratgias da
organizao;
b. traduo de estratgias empresariais em capacidades organizacionais e
estas em prticas de gesto de pessoas;
c. capacidade de gerar, por meio de pessoas, maior competitividade para a
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A gesto estratgica de pessoas e seu gerenciamento
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empresa;
d. competncia para prover a empresa com as pessoas necessrias para
viabilizar seus objetivos estratgicos;
e. habilidade para desenvolver as competncias crticas de que aorganizao necessita para criar vantagens competitivas sustentveis no
longo prazo;
f. envolvimento de todas as pessoas que atuam na organizao e no
apenas o segmento executivo ou tcnico;
g. preocupao e foco, no mdio e no longo prazo, voltados ao negcio da
empresa;
h. reconhecimento de forma explcita dos impactos ambientais externos na
atuao da rea;i. percepo de que a atuao da rea deve perpassar as fronteiras
internas da empresa, atingindo a cadeia de valor;
j. atuao descentralizada com nfase na prestao de consultoria interna;
k. preocupao com a gesto das competncias organizacionais e
individuais.
Segundo as premissas e caractersticas da gesto estratgica de pessoas
apresentadas, possvel sintetizar que a atuao dessa rea voltada para a
mudana do modelo tradicional de atuao, fundamentado em estratgias de
controle das pessoas, para um modelo voltado gerao de estratgias de
comprometimento.
Importante
Observe que estas duas formas de atuao da rea de Gesto de
Pessoas foco no controle e foco no comprometimento das pessoas
com os objetivos organizacionais se contrapem.
As estratgias de controle partem da premissa de que os funcionrios so
percebidos como nmeros, custos e fator de produo (mo de obra). E que para
desempenharem bem suas funes, precisam ser mandados e controlados.
J as estratgias de comprometimento enfatizam os colaboradores como parceiros
do negcio da empresa (relao ganha-ganha). Assim, a empresa deve investir em
seus funcionrios para conseguir a melhoria dos resultados organizacionais.
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Ps-graduao
Importante
A estratgia de comprometimento baseia-se no pressuposto de que o
comprometimento dos colaboradores est diretamente relacionado
com o aumento do desempenho.
Para car clara a diferena entre as estratgias de controle e estratgias de
comprometimento, observe bem o quadro a seguir. Perceba como Albuquerque
(2002) apresenta algumas caractersticas organizacionais que identicam como as
empresas atuam frente a cada uma das caractersticas, em situaes extremas:
Caracterstica organizacional Estratgia de controleEstratgia decomprometimento
Estrutura organizacional Altamente hierarquizada,
separao quempensa e quem faz
Reduo dos nveis hierrquicos
e de cheas intermedirias,juno do fazer e dopensar empowerment
Organizao do trabalho trabalho muito especializado,gerando monotonia,fadiga e frustraes
Trabalho enriquecido,gerando desaos
Realizao do trabalho nfase no individual nfase no grupo
Relaes com sindicatos Confronto baseado nadivergncia de interesses
Dilogo, busca daconvergncia de interesses
Participao dos
colaboradores nas decises
Baixa, decises tomadasde cima para baixo
Alta, decises tomadaspela equipe
Poltica de contratao Contrata para um cargo Contrata para a empresa
Poltica de treinamento Visa melhoria dodesempenho no cargo atual
Visa a preparar o colaboradorpara novas funes, emuma concepo sistmica,proporcionando viso donegcio da empresa
Poltica de remunerao Foco no cargo, comprticas de remuneraovoltadas ao colaborador
Foco no desempenho, comprticas de remuneraovoltadas ao indivduo, ao grupo e performance global da empresa
Quadro 1 - Estratgia de controle estratgia de comprometimento
Fonte: Adaptado de Albuquerque (2002).
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A gesto estratgica de pessoas e seu gerenciamento
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Cabe destacar que as caractersticas apresentadas demonstram situaes
extremas, em termos de estratgias de controle e de comprometimento. Cada
organizao estar situada entre esses limites extremos, ou mais prxima do
controle ou mais voltada ao comprometimento. O processo de migrao
gradativo e demanda tempo, avaliao constante e melhoria contnua.
Importante
A capacidade de uma organizao implementar suas estratgias
mais importante que o processo de formulao e de qualidade dessas
estratgias.
Fischmann (1987) realizou uma pesquisa a respeito da implementao de
estratgias e identicou os principais motivos que impedem ou dicultam tal
processo, resultando em fracasso.
A seguir, acompanhe os principais motivos e diculdades que podem impedir a
gerao de estratgias de comprometimento:
a. a liderana e a ao dos gerentes no ecaz;
b. a alta administrao no d sustentao suciente para a
implementao;
c. a capacitao da rea gerencial no suciente;
d. os mecanismos de compensao, como prmios e participao nos lucros
e resultados, entre outros, no so programados e/ou explicitados;
e. as metas globais de deciso estratgica no so bem assimiladas pelos
colaboradores; e
f. falhas no processo de comunicao.
Assim, destaca-se que a atuao da rea de Gesto de Pessoas, em uma
concepo estratgica, precisa ter como premissa bsica de atuao a gerao de
comprometimento, o que demanda tempo, estratgias adequadas e constante
avaliao, com a adoo de medidas corretivas.
Referncias
ALBUQUERQUE, L. et al. As pessoas na organizao. So Paulo: Gente, 2002.
FISCHMANN, A. Planejamento estratgico na prtica. So Paulo: Atlas, 1987.
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Ps-graduao
A consultoria interna e a terceirizaoAdemar Dutra
Dnia Falco de Bittencourt
Muitas vezes, a existncia de estruturas organizacionais incompatveis com acriao de quadros de trabalho exveis e comprometidos diculta a rapidez
na tomada de deciso, o contato entre as pessoas, a troca de ideias e o
desenvolvimento do trabalho em equipe. E nesse contexto e com objetivo de
prover a organizao de informaes e prticas descentralizadas que as empresas
tm adotado uma nova prtica de gesto de pessoas: a consultoria interna.
A consultoria interna consiste em um modelo em que cada prossional da rea de
Gesto de Pessoas atua de forma multidisciplinar, formando uma ligao entre a
rea de Gesto de Pessoas e as demais unidades de negcio da organizao.
Que tal um exemplo de consultoria interna?
Exemplo
Por exemplo, considere que a rea comercial de uma empresa tem
necessidade de novos prossionais para atuar como vendedores.
Nesta concepo de consultoria interna, todos os procedimentos
para o processo de recrutamento e seleo so de responsabilidade
da rea comercial, e a rea de Gesto de Pessoas dever prestarorientaes rea comercial sobre as melhores tcnicas de
recrutamento, como elaborar um anncio, quais tcnicas de seleo
so mais adequadas para o cargo, a denio do perl do cargo,
dentre outras orientaes.
A consultoria interna de gesto de pessoas mostra uma dimenso que afeta,
basicamente, a forma de trabalhar com os processos de gesto de pessoas,
em que os gestores das demais reas da empresa, sob orientao e apoio dos
prossionais de gesto de pessoas, iro planejar e executar as prticas de gestode pessoas da forma mais adequada s necessidades dos colaboradores da
respectiva rea e s estratgias da organizao.
Voc sabia?
Que a postura de atuao dos prossionais de gesto de pessoas
como consultores internos junto s demais reas da empresa tem
como principal premissa a seguiinte questo: No que posso colaborar
para que meu cliente interno agregue valor ao negcio da empresa
para torn-la mais competitiva?
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Perceba que essa nova prtica uma oportunidade para o prossional de gesto de
pessoas deixe as solues paliativas, superciais e isoladas e participe efetivamente
das mudanas que faro organizaes mais competitivas e com ganhos efetivos.
A prtica da consultoria interna exige de cada prossional da rea uma atuaomultidisciplinar, formando um elo entre o cliente interno e a estratgia da organizao.
No papel de consultor interno, o prossional de Gesto de Pessoas passa a ser um
facilitador da transio interna, prope solues, oferece sugestes, de acordo
com as necessidades do cliente interno.
Esse prossional antecipa-se s tendncias e identica metodologias para mudar
a cultura da organizao, alm de se dedicar pesquisa e ao planejamento de
novas tecnologias de gesto de pessoas adequadas s estratgias e dinmica defuncionamento da organizao.
Para uma organizao implantar a prtica de consultoria interna por intermdio da
rea de Gesto de Pessoas, recomenda-se as seguintes diretrizes:
a. obter profundo comprometimento da alta direo e dos gestores das
diversas reas da empresa com o modelo;
b. conhecer como outras empresas implantaram ou esto implantando essa
prtica;
c. tornar a rea de Gesto de Pessoas uma unidade de negcios;
d. ter polticas de gesto de pessoas denidas e divulgadas no mbito da
empresa;
e. ter uma forte sustentao administrativa e funcional;
f. capacitar cada prossional de gesto de pessoas para atuar como
consultor interno;
g. capacitar os gerentes de linha como gestores de seus colaboradores;
h. instituir indicadores de desempenho voltados ao alcance de resultadosestratgicos;
i. acompanhar e efetuar mudanas constantes, se necessrio.
A prtica de consultoria interna de gesto de pessoas poder provocar
modicaes no quadro de prossionais da rea, pois aqueles que no se
ajustarem a essa nova forma de atuao devero ser redistribudos para outras
reas da empresa ou, em ltimo caso, ser dispensados.
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Mas ateno
O processo de descentralizao das prticas de gesto de pessoas
para os gestores das demais reas da empresa, com a consequente
instituio da consultoria interna, deve ser efetuado de forma
gradativa, visando a garantir a continuidade e qualidade das prticas
de gesto de pessoas.
Outra tendncia observada nas empresas com a concepo estratgica de gesto
de pessoas que, ao adotarem a prtica da consultoria interna
concomitantemente capacitao de seus gestores de linha para gesto dos
colaboradores e a manuteno de um nmero mnimo de consultores internos,
esto tambm implantando a terceirizao de algumas das suas atividades de
gesto de pessoas.
A terceirizao
Todavia, para a gesto de pessoas (GP), aterceirizao
representa um desao, no apenas porque pode envolver
dispensa de pessoal, mas, sobretudo, porque vrias
atribuies da rea podem ser terceirizadas.
A terceirizao uma prtica de gesto muito utilizada atualmente, e, em suma,
trata-se da prtica de transferir, para terceiros, atividades que no fazem parte do
negcio principal da empresa.
Para a identicao e anlise de potenciais atividades e/ou servios a serem
terceirizados recomenda-se levar em considerao situaes que envolvam
aspectos atitudinais ou comportamentais, como, por exemplo, programas de
capacitao, desenvolvimento e motivao dos colaboradores.
Na rea de Gesto de Pessoas, as atividades comumente terceirizadas so as seguintes:
a. restaurante;
b. limpeza;
c. segurana patrimonial;
d. transporte;
e. segurana e medicina do trabalho;
f. capacitao e treinamento;
Mas voc sabe quais as atividades da
gesto de pessoas terceirizar?
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g. folha de pagamento (rotinas trabalhistas);
h. relaes de trabalho (vnculo);
i. recrutamento e seleo; e
j. benefcios (assistncia mdica, odontolgica, seguro de vida, vale-
alimentao, etc.).
Para essas atividades, a preocupao, a anlise das vantagens e desvantagens
quanto a terceirizar devem ser em relao cultura organizacional, aos valores e
princpios da empresa que podem ser afetados de forma negativa ou ignorados
em um processo de terceirizao.
Ao gestor cabe estudar com cuidado todos os prs e contras da terceirizao de
uma atividade.
Exemplo
Para determinadas atividades de apoio, por exemplo, o servio de
refeitrio da empresa, supercialmente, passa a impresso de que
vivel terceirizar.
No entanto, deve-se analisar o nvel de qualidade dos servios
prestados pela empresa e o nvel de satisfao dos colaboradores
frente a esse servio.
Caso o nvel de qualidade e de satisfao com um servio deixar a
desejar, a empresa, aps uma anlise de custo, pode decidir pela
terceirizao, com o objetivo de elevar os nveis de qualidade e de
satisfao dos usurios.
J em outras situaes, prefervel que a empresa assuma a
realizao de tais servios com o pessoal da prpria empresa, mesmo
a um custo maior, tendo em vista o nvel de qualidade e os resultados
que a empresa requer, padres estes que dicilmente sero atingidos
por intermdio de empresas contratadas.
Outro ponto importante que deve ser levado em conta na decisode terceirizar a questo da condencialidade do assunto e das
informaes inerentes atividade. Em certas circunstncias, a
manuteno do sigilo das informaes ultrapassa qualquer parmetro
de custo e viabilidade de se terceirizar.
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Aps decidir pela terceirizao, sinteticamente, os passos a serem seguidos so
apresentados no diagrama a seguir:
Figura 1 - Passos da terceirizao
Fonte: Adaptado de Leiria, 1991.
Observe a gura, veja que para a terceirizao ser bem-sucedida recomenda-se
que o gestor tome conhecimento das implicaes e novas necessidades para cada
etapa de sua implementao.
Referncias
LEIRIA, Jernimo Souto. Terceirizao. Porto Alegre: Ortiz, 1991.
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EmpowermentAdemar Dutra
Dnia Falco de Bittencourt
uma ferramenta de gesto que vem sendo utilizada com grande sucesso
no mercado nacional e internacional. Alguns estudiosos acreditam, tal sua
importncia, que as empresas que no acompanharem essa tendncia conhecida
como empowerment correm o risco de no acompanharem as mudanas do
mercado e perderem, consequentemente, seus melhores talentos humanos.
Conceito
Empowerment visa, basicamente, a dar poder e autonomia aos
colaboradores no desenvolvimento de suas atribuies na empresa.
Hoje, por exemplo, h organizaes conferindo aos seus funcionrios autonomia
suciente para que eles prprios diagnostiquem, analisem e proponham solues
para determinados problemas ligados ao dia a dia organizacional.
Com o empowerment liberam-se os colaboradores para que atuem com mais
autonomia, autoridade e responsabilidade, utilizando suas competncias e
habilidades.
O empowerment est diretamente relacionado a processos de tomada de deciso
mais rpida, por meio de maior autonomia, autoridade e responsabilidade em
todos os nveis. Ao adotar esse tipo de gesto, a organizao permite que seus
executivos focalizem a energia nas atividades cruciais e de alta prioridade.
Alm do que j foi exposto, o empowerment permite que as pessoas cresam
e se desenvolvam tanto em nvel pessoal quanto prossional. Nesse ambiente,
as pessoas possuem automotivao, pois passam a participar das solues dos
problemas da empresa, a criar e inovar nas suas atividades e, como consequncia,a produtividade e a qualidade aumentam.
Agora que voc j sabe o que o empowerment, saberia responder o que
preciso para adot-lo?
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importante, ao se iniciar esse processo, ter presente que primeiro ser
necessrio promover para todos os envolvidos a capacitao, a informao e o
conhecimento necessrios para eles exercerem seu poder de modo responsvel
e ecaz. Durante a implementao, como um processo permanente de
acompanhamento, necessrio corrigir eventuais desvios ou inconsistncias.
No empowerment, o poder emana do prprio indivduo, que assume total
responsabilidade por seus atos. Seu objetivo deve ser delegar recursos para
que todos da empresa se sintam com poder para agir, e de fato o faam, com
responsabilidade.
Como princpios para a adoo dessa ferramenta de gesto, recomendvel:
a. dar s pessoas um trabalho com o qual elas se sintam mais importantes
tornando, com isso, o cargo mais rico em atribuies e responsabilidades;
b. oportunizar aos colaboradores plena autoridade e responsabilidade,
independncia e autonomia no mbito de suas atribuies;
c. possibilitar que os colaboradores tomem decises a respeito de seu
trabalho;
d. dar visibilidade aos colaboradores e proporcionar reconhecimento por
seus esforos e resultados;
e. disseminar as informaes em todos os nveis, habilitando as pessoas a
pensar e a agir melhor;
f. intensicar a colaborao e o esprito de equipe.
Os gestores da empresa precisam assumir aes importantes para criar um
ambiente de empowerment ecaz, tais como:
a. questionar o modelo hierrquico;
b. manter a autoestima dos colaboradores elevada;
c. ouvir e responder com empatia;
d. fazer com que os colaboradores assumam riscos; ou que a direo abra
mo do controle das pessoas e se ocupe dos resultados.
Em seu livro 10 passos para o empowerment, Tracy (1994) apresenta os
princpios que fundamentam e permitem a implantao desta ferramenta em uma
perspectiva de ao do gestor. Dentre os dez princpios por ele mencionados,
selecionamos sete (7).
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O empoderamento se concede por meio de:
1. Responsabilidade consiste em proporcionar aos colaboradores
uma compreenso clara de suas responsabilidades na organizao.
As responsabilidades denem o trabalho que as pessoas precisam
realizar para alcanar os resultados esperados pela empresa. Um
gestor tem mais poder para atingir os seus prprios objetivos
quando as pessoas que trabalham para ele sabem com clareza o que
precisa ser feito para o sucesso da organizao.
2. Autoridade consiste em proporcionar aos colaboradores um nvel
de autoridade igual s responsabilidades que lhes so designadas. As
pessoas somente tm condies de desempenhar com sucesso as
responsabilidades inerentes s suas funes at o limite da autoridade
que lhes for conferida. Um gestor possui mais poder para alcanar os
seus prprios objetivos quando as pessoas que trabalham para ele
desfrutam de autoridade para desempenhar suas responsabilidades.
3. Padres de excelncia consiste em estabelecer para os
colaboradores padres de excelncia que lhes permitam alcanar seu
potencial pleno. Quando as pessoas so estimuladas para irem alm
dos limites normais de atuao, descobrem poderes e capacidades
que jamais imaginaram possuir. Um gestor possui mais poder para
alcanar os seus prprios objetivos quando as pessoas que trabalhampara ele o fazem em sua plena capacidade e competncia.
4. Capacitao e do desenvolvimento consiste em proporcionar aos
colaboradores os nveis de capacitao e competncias necessrios
para atender os padres de excelncia denidos. As pessoas devem
ter acesso a conhecimentos, prticas e experincias que possibilitem
desempenhar suas atribuies da melhor maneira possvel. Um
gestor possui mais poder para alcanar os seus prprios objetivos
quando as pessoas que trabalham para ele esto sendo capacitadas
e desenvolvidas para um melhor desempenho de suas atribuies.5. Conhecimento e da informao consiste em proporcionar aos
colaboradores os conhecimentos e as informaes necessrias
para o processo de tomada de deciso, no mbito de atuao
dos prossionais. As pessoas precisam ter acesso s informaes
organizacionais de forma rpida, precisa e consistente. Um gestor
possui mais poder para alcanar os seus prprios objetivos quando as
pessoas que trabalham para ele so capazes de tomar boas decises.
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6. Feedback consiste em dar ao colaborador feedback sobre o seu
nvel de desempenho na organizao. Para as pessoas alcanarem
os resultados esperados, elas precisam ter conhecimento do seu
desempenho para planejarem como e quando melhorar o seu nvelde atuao. Um gestor possui mais poder para alcanar os seus
prprios objetivos quando as pessoas que trabalham para ele tm
acesso a feedbacks sistematizados e contnuos, que possibilitem
identicar o que precisam melhorar em seu nvel de desempenho.
7. Reconhecimento consiste em proporcionar aos colaboradores
formas de reconhecimento que aumentem sua autoestima
e os motive a continuar dando o melhor de si. por meio do
reconhecimento, realizado de forma adequada, que as pessoas
estaro estimuladas para o alcance de melhores resultados. Umgestor possui mais poder para alcanar os seus prprios objetivos
quando as pessoas que trabalham para ele so constantemente
reconhecidas e estimuladas.
Quadro 1 - Sete passos principais para realizar o empowerment
Fonte: Baseado em Tracy (1994).
Assim, um importante desao que vem sendo apresentado s empresas refere-
se reduo da dependncia dos colaboradores em relao atuao de seus
superiores e ao controle individual sobre o trabalho que executam.
Neste contexto, o empowerment reconhecidamente ecaz para conferir maior
qualidade ao trabalho, dotar os colaboradores de competncias, habilidades e
autoridade para tomar as decises que tradicionalmente tm sido conadas aos
gestores. Sua adoo requer uma verdadeira revoluo na organizao, pois
envolve uma das dimenses mais crticas nas organizaes, que a do poder.
Em suma, essas tendncias ou modelos de gesto de pessoas apresentados soos mais usados atualmente. Perceba que para completar esses estudos ainda h
lacunas para serem preenchidas. Durante a sua aprendizagem, lembre que boas
ideias nesse sentido so bem-vindas.
Referncias
TRACY, Diane. 10 passos para o empowerment. Rio de Janeiro: Campus, 1994.
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EmpregabilidadeAdemar Dutra
Dnia Falco de Bittencourt
A globalizao da economia, os ventos da competitividade, o desenvolvimento
tecnolgico e os intensos programas de produtividade e de qualidade esto
modicando o papel das pessoas nas empresas.
Com essas mudanas, novos cargos e funes esto sendo criados, enquanto
outros deixam de existir. Tal processo de mudana vem exigindo um novo
perl prossional. Assim, observa-se no mercado de trabalho um contingente
signicativo de prossionais em busca de um emprego, entretanto, para alguns
cargos e funes os prossionais que esto no mercado no possuem o nvel
de competncias e habilidades exigido. Para minimizar essas decincias, asempresas esto investindo forte na capacitao dos prossionais contratados.
E, em contrapartida, esto alterando profundamente o perl dos cargos e funes,
trazendo consigo uma verdadeira seleo natural dos prossionais. Quem no
se ajusta a esse perl est fadado a perder o emprego para outro candidato mais
adequado s novas demandas e expectativas do mercado.
Exemplo
Por exemplo, fcil perceber a mudana que vem ocorrendo nas
ltimas dcadas na rea bancria. Devido ao processo de automao
e da ampliao dos produtos e servios, um novo perl prossional
passou a ser exigido pelas instituies bancrias.
Observa-se hoje, alm da eliminao signicativa de vagas nesta
rea, a representativa substituio dos prossionais que atuavam nas
ltimas dcadas. Atualmente, atuam nos bancos prossionais jovens,
dinmicos, com uma viso global e sistmica do mercado.
O importante agora no somente conseguir um emprego, mas assegurar aempregabilidade: tornar-se e manter-se empregvel ao longo do tempo apesar das
mudanas na natureza do emprego. Com o desenvolvimento tecnolgico, cargos e
funes deixam de existir e novos so criados, gerando oportunidades de emprego.
As empresas tambm abandonaram a postura paternalista de garantia de emprego
eterno que predominou durante dcadas, principalmente at 1980. Antes, a carreira
exigia dedicao, lealdade e garra para galgar os patamares da hierarquia da
empresa. Em troca, a empresa oferecia um emprego vitalcio at a aposentadoria e
cuidava da carreira do colaborador como se ele fosse seu dependente.
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Com a nova viso do mercado e do trabalho, houve uma profunda mudana
no contrato de trabalho e, em consequncia, a quebra do vnculo trabalhista,
desestabilizando a relao entre empresa e colaborador. Agora, cada funcionrio deve
administrar a sua carreira e as condies pessoais de sobrevivncia e crescimento no
mercado. A competitividade est exigindo de cada pessoa um incessante investimento
em sua carreira e em sua preparao e qualicao prossional.
Para Chiavenato (2003), a empregabilidade signica o conjunto de competncias
e habilidades necessrias para uma pessoa manter-se colocada em uma empresa.
Signica a capacidade de conquistar e de manter um emprego de maneira sempre
rme e valiosa.
E como a natureza do emprego est mudando rapidamente, essa capacidade deve
necessariamente incluir exibilidade e inovao da pessoa para acompanhar amudana. O emprego est se tornando temporrio, parcial e passageiro. Mais do
que isso: multifuncional, exvel e mutvel.
Para Saad (2002), a empregabilidade a capacidade que cada um de ns possui de
gerar trabalho e renda.
Saad (2002) refere ainda que a empregabilidade envolve aqueles que atuam em
trs setores ou atividades prossionais:
a. no mercado formal de trabalho;b. os que possuem ou desejam possuir um negcio, seja comrcio,
indstria; e,
c. os que esto ou estaro envolvidos na atividade de consultor.
Empregabilidade pode ser conceituada, ainda, como a capacidade de ter emprego
(MINARELLI, 1995).
Preservadas as devidas caractersticas dos setores relacionados, a preocupao
com a empregabilidade deve ser de todos, principalmente na perspectivaindividual, em que o colaborador deve estar apto a concorrer sua prpria vaga
ou garantir o crescimento e sucesso de um negcio.
Em face das conceituaes apresentadas, pode-se armar que empregabilidade
signica desenvolver um conjunto de habilidades, aptides e conhecimentos
compatveis com as exigncias do mercado de trabalho, de forma a consolidar um
perl prossional interessante e atraente para futuros empregadores.
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Sparrow e Bognanno (apud ODERICH, in RUAS, ANTONELLO e BOFF, 2005)
apresentaram um modelo de competncias necessrias na atualidade que
denominaram de OPEN Competencies (Competncias Abertas), delineadas da
seguinte forma:
Competncias Signicado
Open thinking exibilidade intelectual, mente aberta
Personal impact impacto pessoal, autoconana,disposio para a ao
Empowering autonomia, motivao, orientao pararealizaes e desenvolvimento
Networking orientao para o estabelecimento deredes de relacionamento e inuncias
Quadro 1 - OPEN Competencies
Fonte: Sparrow e Bognanno apud ODERICH, in RUAS, ANTONELLO e BOFF, 2005.
Em um mercado dinmico e mutvel como o atual, ter empregabilidade signica
tornar-se altamente exvel, visto que os pr-requisitos, as exigncias para
ocupao dos mais diversos cargos, mudam com frequncia. Isto signica armar
que a aprendizagem deve ser constante, ou seja, cada prossional deve estar em
constante processo de aprendizagem, seja por meio de leitura, capacitao, visita
tcnica, grupos de discusso, dentre vrias alternativas.
Minarelli (1995) arma, em relao empregabilidade, que o melhor negcio
parar de pensar como empregado e comear a pensar como algum que presta
servios e pode ser solicitado para cumprir determinada atividade.
Voc sabe quais so os fatores que mantm a empregabilidade?
Alguns fatores so observados como fundamentais na manuteno da
empregabilidade, segundo Bagio (2005), e a atribuio desses fatores se sustenta
sob dois aspectos bsicos: o ambiente organizacional instvel, que exige uma
constante necessidade de adaptao, e o estabelecimento de um novo perl
prossional, capaz de superar a competitividade humana e tecnolgica que se
apresenta atualmente. So eles:
a. capacidade de adaptao a mudanas - as constantes mudanas no
ambiente de trabalho e na sociedade em geral tm exigido dos indivduos
uma enorme capacidade de adaptao. Segundo Sorio (2004), as
habilidades essenciais para se dar bem nas mudanas so: exibilidade
e adaptao a novos cenrios, viso de futuro, bom relacionamento
interpessoal e autoconana em sua qualicao;
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b. perl adequado prosso - ter um perl harmonizado prosso
em que atua considerado um dos fatores mais importantes para
a manuteno do nvel de empregabilidade dos prossionais neste
momento. As organizaes esto buscando em seus prossionais, alm
de conhecimento especco da funo, competncias comportamentais,
ou seja, competncias atitudinais;
c. rede de relacionamentos - para fortalecer seu network, segundo Cabrera
(2005), necessrio desenvolver um relacionamento sustentvel,
mantido com esforo e dedicao e baseado em valores compartilhados.
A rede de relacionamentos a responsvel pela imagem que se forma
do prossional, por meio dela que se difundem as competncias, os
conhecimentos, as experincias e aspiraes. A empregabilidade se
eleva no momento em que essas caractersticas so disseminadas, pois
as pessoas que tm acesso a essas informaes so selecionadas e
alinhadas aos objetivos do prossional;
d. educao continuada- de senso comum que para obter sucesso as
empresas dependem de colaboradores motivados e qualicados e, em
razo dessa inter-relao, a importncia da educao e dos treinamentos
corporativos est se consolidando nas organizaes como um fator
primordial para um desenvolvimento sustentvel e contnuo ao longo do
tempo.
Para reetir...
Agora, faa uma breve anlise de suas competncias prossionais
respondendo s seguintes perguntas.
O que eu sei realmente fazer bem?
O que eu gosto de fazer, mas ainda devo realizar alguns
esforos para meu prprio aperfeioamento?
Quais so meus pontos fortes (que me destacam em relao
aos demais prossionais) e quais so meus pontos fracos(que me colocam em desvantagem em relao aos demais
prossionais)?
Essas indagaes so fundamentais para se fazer uma autoanlise do nvel de
empregabilidade, alm de exigir coragem para reconhecer possveis decincias e
disposio para super-las.
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Referncias
BAGGIO, L. e outros. Como manter a empregabilidade em tempos de crise. Editora: ?,
Local? 20?. I
CABRERA, L. C. Q. Empregabilidade. Revista Voc S.A., So Paulo, p. 18, abr. 2005.
ENCONTRO ESTADUAL DE ENGENHARIA DA PRODUO e I SIMPSIO DE GESTO
INDUSTRIAL. Ponta Grossa, PR, 2005.
CHIAVENATO, Idalberto. Administrao de recursos humanos: fundamentos bsicos. So
Paulo: Atlas, 2003.
MINARELI, J. A. Empregabilidade. So Paulo: Gente, 1995.
ODERICH, Ceclia. Gesto de competncias gerenciais: noes e processos de
desenvolvimento. In: RUAS, Roberto Lima; ANTONELLO, Cludia Simone; BOFF, Luiz
Henrique e colaboradores. Os novos horizontes da gesto: aprendizagem organizacional e
competncias. Porto Alegre: Bookman, 2005.
SAAD, Eduardo Gabriel. CLT comentada. So Paulo: LTr, 2002.
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O gerenciamento da rea de gesto de pessoasAdemar Dutra
Dnia Falco de Bittencourt
Cada organizao assume, segundo suas caractersticas, o seu modelo de subsistemas
ou programas de Gesto de Pessoas. Ao futuro gestor cabe entender quais so
as funes desses subsistemas e como eles podem repercutir na organizao de
trabalho, de modo a entender qual pode ser o seu papel enquanto gestor.
O alinhamento entre as aes estratgicas e asatividades operacionais da gesto de pessoas
Quando o planejamento estratgico de gesto de pessoas for para a etapa de
implantao, quer dizer que novas atividades e iniciativas entraro em curso,
substituindo as atividades operacionais de rotina e, muitas vezes, competindo com elas.
Baseado em Anso (1999), voc pode entender que coexistem, nesse instante,
dois focos de gerenciamento nas organizaes:
a. o dos empreendimentos estratgicos e
b. o das atividades operacionais.
Os empreendimentos estratgicos, com seus respectivos planos tticos, so
empreendimentos especcos, de grande envergadura e efeito duradouro, que
tm comeo, meio e m, e que visam a alcanar e/ou manter condies essenciais
para o xito do plano estratgico.
A gesto das atividades operacionais, por outro lado, trata, sobretudo, de orientar
e controlar as atuais aes de rotina da organizao (ou seja, aes operacionais),
de assegurar a alocao das pessoas e dos recursos necessrios para tanto e de
denir/orientar melhorias incrementais ou localizadas nos processos ou produtos
atualmente existentes. Trata, basicamente, de metas e indicadores operacionais eatividades permanentes.
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