(6) pelo sapal e pela duna

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“Pelo sapal e pela duna” Um percurso pela Ilha da Armona

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“Pelo sapal e pela duna” Um percurso pela Ilha da Armona -Contribuir para uma nova cidadania investindo no conhecimento das condições ambientais locais. -Conhecer a fauna e flora características das Ilhas Barreira. -Identificar acções antrópicas na ilha. -Sensibilizar para a necessidade da preservação das ilhas. O percurso “Duna Luna...pelo Sapal...e pela Duna” apresenta um conjunto de actividades, com base numa história (o real transforma-se no imaginário), que tem como principais objectivos: 1

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“Pelo sapal e pela duna”

Um percurso pela Ilha da Armona

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Page 3: (6) Pelo sapal e pela duna

O percurso “Duna Luna...pelo Sapal...e pela Duna” apresenta um

conjunto de actividades, com base numa história (o real

transforma-se no imaginário), que tem como principais objectivos:

-Contribuir para uma nova cidadania investindo no conhecimento

das condições ambientais locais.

-Conhecer a fauna e flora características das Ilhas Barreira.

-Identificar acções antrópicas na ilha.

-Sensibilizar para a necessidade da preservação das ilhas.

Para a interpretação e exploração deste percurso, o professor

transforma-se no Mago Zóico. Na estação 1, o Mago inicia a

leitura da história do percurso, os alunos, escutando com atenção,

entram nela... encarnando a personagem do robalo e muitos

outros.

Procura-se, desta forma, unir o desfrutar de uma saída com a

aquisição de conhecimentos geo/ambientais da Ilha da Armona,

que poderão servir de base para um projecto interdisciplinar, a

ser desenvolvido pelos professores das várias disciplinas da

turma, durante o ano lectivo.

INTRODUÇÃO

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Page 4: (6) Pelo sapal e pela duna

Este percurso alicerça-se na Educação Ambiental

O Mago Zóico adora viajar. Um dia, resolve aparecer

numa das ilhas da Ria Formosa, a Ilha da Armona.

Aí, encontra um grupo de crianças que alegremente

brincam na areia.

Aproxima-se lentamente, observando as crianças

maravilhadas com a beleza da Formosa Ria. Ao ver

que as crianças pareciam assustadas com a sua

presença , sem qualquer demora, convida-as para se

sentarem, junto dele, na branca areia da praia.

É então que decide apresentar-se:

-Olá, meninos! O meu nome é Mago Zóico!

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Page 5: (6) Pelo sapal e pela duna

Sei que nunca antes me tinham avistado... e que

poderão estar um pouco receosos com a minha

presença, mas eu estou aqui apenas para vos

contar a história deste magnífico local onde nos

encontramos.

Ora... sabeis como se chama este local?

Muito bem! Ria Formosa - Há muitos,

muitos anos, mas muitos mesmo, cerca de

18000, quando o nível do mar era muito

inferior ao do dos dias de hoje, nasceu a

Ria Formosa, laguna separada do mar por

um cordão arenoso formado por cinco

ilhas e duas penínsulas.

Mas afinal, como é que tudo isto aconteceu? É muito simples! As rochas foram

erodidas, perdendo pequenas areias (sedimentos), que depois de uma longa

viagem repousaram finalmente debaixo de água, na plataforma continental,

formando bancos de areia. Ao longo dos anos o mar foi subindo gradualmente e

obrigou a areia a migrar no sentido do continente, dando origem às ilhas barreira.

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Page 6: (6) Pelo sapal e pela duna

Deixai-me mostrar-vos o mapa deste local para

vos poder explicar melhor as zonas de maior

interesse. Com um suave movimento da sua

varinha mágica, o Mago faz aparecer um mapa

da Ria Formosa e as crianças, excitadas pelo

truque de magia, aproximam-se extasiadas.

Assim, o Mago continua o seu discurso:

-Como já vimos, encontramo-nos na Ria Formosa, certo? E sabeis, por acaso, o

que tem de tão especial a Ria Formosa?

Acontece que a Ria Formosa foi elevada a Parque Natural por ser muito

importante para a biodiversidade da região:

O PNRF situa-se no Sotavento Algarvio e estende-se ao longo de 60 km de costa,

entre o Ancão e a Manta Rota, ocupando, em toda a sua extensão, 18 400

hectares, distribuídos por 5 concelhos: Loulé, Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de

S. António.

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Page 7: (6) Pelo sapal e pela duna

Este Parque Natural caracteriza-se pela presença

de ilhas barreira, sapais, bancos de areia e de

vasa, dunas, salinas, lagoas de água doce e

salobra, cursos de água, áreas agrícolas e matas.

Acompanhem-me num percurso pedestre pela

ilha e, ao mesmo tempo, divirtam-se com alguns

jogos que criei para ver quem está mais atento e

quem fica a conhecer melhor a ilha.

Primeiro, vou pedir-vos que se reunam em grupos e que escolham o nome de um

animal da Ria Formosa para a vossa equipa.

Com a sua varinha, o Mago faz aparecer um papel, uma caneta e uma máquina

fotográfica.

-Agora, vou anotar aqui no meu caderno os vossos nomes e a equipa a que

pertencem. Mas antes de partirmos à aventura, vamos tirar uma fotografia para

que fique registada a vossa presença…

Aos vossos lugares. Estão prontos?!

E agora... olh’ó passarinho!

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Page 8: (6) Pelo sapal e pela duna

Vamos então iniciar o percurso e os jogos.

E o Mago continua o seu discurso:

-Vou agora entregar-vos o mapa do nosso percurso pela ilha. Nele podereis

encontrar todas as estações numeradas de 1 a 6 e assinaladas por balões azuis no

referido mapa. Como podeis constatar, encontramo-nos na posição 1. Tentem

agora encontrar a estação 2.

Chegados ao local desejado, o Mago disse:

-Podereis observar a Laguna. “supermercado de nutrientes”, onde inúmeras

espécies se abastecem. Além de rica em nutrientes, as suas águas são calmas,

pouco profundas e quentes, permitindo o desenvolvimento de juvenis de

peixes, moluscos e crustáceos.

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Page 9: (6) Pelo sapal e pela duna

Mas para vos falar da Laguna, quero apresentar-vos

um amigo meu, que tem um nome muuuiiitooo

esquisito: Dicentrarchus labrax. Podeis tratá-lo

por Robalo. Ele é muito importante e, por isso,

todos o querem capturar e vender, o que faz com

que tenha dificuldades acrescidas em desovar aqui

na Formosa Ria.

Digam “Olá” ao Robalo!

-Olá! Como já sabem, sou uma espécie muito procurada, mas não sou a única! Os

moluscos bivalves, sobretudo as amêijoas, também constam das escolhas das

pessoas.

Adoro nadar nos fundos arenosos e lodosos, cobertos de vegetação, pois é um

precioso apoio para a minha desova. Mas há muita gente que anda por aí a poluir

a Ria, enchem-na de resíduos tóxicos, nada agradáveis para nós, e ainda nos

destroem a família.

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Page 10: (6) Pelo sapal e pela duna

E, segundo sei, o meu camarada Polvo, presidente da AIERF (Associação das Inúmeras Espécies da Ria Formosa) é da mesma opinião.

Tenho muitas amigas e por incrível que

pareça, sou eu, o macho, que engravida! É

verdade… primeiro, a fêmea deposita os

óvulos na minha bolsa. Depois tenho a difícil

tarefa de os fertilizar. Após 10 dias a 6

semanas, dependendo da temperatura da água,

inicio o trabalho de parto e jovens Cavalos

Marinhos nascem, desde uma mão cheia até

mil.

Depois do diálogo, o Mago disse:

-Mas para perceberem melhor, vamos todos

jogar ao jogo do Cavalo Marinho!

JogodoCavaloMarinho

É bom exemplo disso o meu tio Hippocampus, mais conhecido por Cavalo

Marinho, que tem visto em constante perigo o seu habitat. Vou convidá-lo para

falarmos um pouco com ele e para que o possam conhecer.

Eis que surge o Ti’Marinho com o seu ar charmoso e apresenta-se.

-Olá, o meu nome é Marinho, Cavalo Marinho. Sabem, eu sou uma das espécies

de peixes que vive nas águas tranquilas da Ria.

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E também a vizinha do Ti’ Marinho, a Spartina marítima, Morraça para os

amigos, é uma das espécies representantes da densa vegetação do Sapal e é capaz

de suportar elevados teores de sal, ficar submersa durante a maré-alta e ter o

substrato permanentemente encharcado.

O Sapal é muito importante

para o equilíbrio de todo o

sistema lagunar e, pelo que

tenho vindo a perceber, a

maioria das pessoas têm uma

ideia errada desta zona.

Vou tentar esclarecer-vos. As zonas de Sapal ocorrem em estuário ou nas

margens das rias. Não são médicas, nem bombeiras, são sim PFT (Protectoras da

Faixa Terrestre), pois trabalham arduamente na tentativa de minimizar a erosão

provocada por tempestades e cheias.

Rapaziada, estão a gostar?!

Pois ainda haverá muitos mais pela frente – refere o Mago.

-Observem agora o mapa e sigam para a estação 3.

Chegados ao local, o Mago Zóico disse:

-Encontramo-nos agora no Sapal, a “fronteira” entre a Mãe Terra e o Pai Oceano,

onde existem formas de vida muito específicas

Admirai o quão esplendoroso é e

em tempo de baixa-mar, como

agora , ser-vos-á possível

observar a zona a descoberto,

onde poderão encontrar inúmeras

espécies de aves, chamadas

limícolas, alimentando-se de

vermes, crustáceos e moluscos

enterrados na vasa.

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Page 12: (6) Pelo sapal e pela duna

Os seus pés são de vasa, o que favorece a retenção da humidade tornando o Sapal

um dos ecossistemas mais produtivos da biosfera. O seu corpo arenoso,

extremamente fino, permite-lhes também filtrar, reter e degradar os poluentes.

Então nada melhor do que conhecerdes

alguém que por aqui vive, o menino

Himantopus himantopus, um nome

esquisito, tal como outros que já

ouvimos!

Sim. Mas isso tem uma explicação

Todas as espécies descobertas até hoje

têm um nome que lhes é atribuído em

Latim servindo de BI universal.

No entanto, em cada zona, as espécies são conhecidas por diferentes nomes. Cá,

são poucos os que me conhecem por Himantopus himantopus. Gosto mais que

me tratem por Pernalonga.

Alimento-me sobretudo de invertebrados aquáticos, que obtenho mergulhando a

cabeça em zonas de água pouco profunda, mas tenho primos que se alimentam

de pequenos peixes. Uso as Zonas Húmidas como local de refúgio e nidificação.

Como já percebi que são jovens muito

activos, acho que está na altura de vos

apresentar a minha grande amiga

Porpyirio porpyirio, mais conhecida

como Galinha-Sultana. Ela é o símbolo

do Parque Natural da Ria Formosa, por

ser rara a sua espécie e por ter aqui o

único local de reprodução confirmado

no país.

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Page 13: (6) Pelo sapal e pela duna

Estou a ter uma ideia. Façamos um jogo para testar os vossos

conhecimentos.

JogodasAves

Após a realização da actividade, o Mago

continua a conversa.

-O Sapal não é só importante para as aves.

Vou apresentar-vos outro amigo que gosta

muito do Sapal: é uma espécie de

caranguejo, a Boca-Cava-Terra (Uca

Tangeri).

-Apresento uma pinça muito grande que serve para me defender, mas também é

muito importante para atrair as fêmeas durante a época do acasalamento. Quando

apanharem um caranguejo não arranquem a sua pinça, para ele poder arranjar

namorada. Façamos mais dois jogos.

JogodaBocaejogodosaco

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Page 14: (6) Pelo sapal e pela duna

O Mago Zóico continua.

- Haveis gostado do jogo?! Pois bem,

ainda vos vou falar um pouco mais do

Sapal.

O reduzido fluxo das marés facilita a

deposição dos detritos e sedimentos e,

assim, vão surgindo bancos de vasa, Nos

locais onde o substrato é menos resistente

à acção erosiva das águas, formam-se os

típicos canais e regueiras que sulcam essa

zona , nos bancos de vasa há substrato para

a vegetação. Aí , habita a nossa amiga

Spartina a Morraça, lembram-se a vizinha

do Cavalo Marinho.

Vamos brincar com as palavras!

Jogo“OPoetaé…”

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Page 15: (6) Pelo sapal e pela duna

Na Vossa Escola falaram da história de uma tal

Duna Luna, recordam-se. ....... Então vou fazer-

vos uma proposta. Vamos avançar para a 4ª

Estação, para saberdes o quão importante é este

local e o porquê do nome “Duna”, vou falar-vos

um pouco sobre ela.

A Duna caracteriza-se por ser uma massa de areia móvel. Ela procura sempre

manter um equilíbrio com o Sr. Vento e o Sr. Oceano… Aqui podem observar

muitas Dunas, mas também ao longo de todo o litoral. Porém, para vos explicar

melhor, peço-vos que chamem a bela Duna Luna, que, para quem não sabe, é

irmã da Duna Nuna.

-Aqui estou. Não pude vir tão depressa como queria,porque quase não me

consigo mover.

-Luna, estas crianças gostariam de saber mais coisinhas sobre a Duna, família e

amigos, disse o Mago.

-Aqui estou. Não pude vir tão depressa como queria,porque quase não me

consigo mover.

-Luna, estas crianças gostariam de saber mais coisinhas sobre a Duna, família e

amigos, disse o Mago.

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Page 16: (6) Pelo sapal e pela duna

Luna continua o seu discurso.

-Que jovens tão interessados. É

com muito gosto que vos darei

a conhecer alguma informação

sobre a minha importância

aqui na Formosa Ria, vou

contar-vos um pouco da vida

das Dunas.

podemos moldar-nos ao perfil do litoral, com a ajuda das nossas filhinhas areias

que nos vão abastecendo, com a ajuda do Sr. Vento e a presença da Vovó

Vegetação.

Nós, tal como o Sapal, que constituímos os sistemas dunares, após atingirmos

certos estados de maturação e de equilíbrio dinâmico, somos uma zona de

transição entre a Mãe Terra e o Pai Oceano. É indiscutível o nosso valor

paisagístico e a nossa função de protecção e conservação da costa, quer contra a

erosão, quer como agentes de amortecimento de tempestades e cheias.

Nós estamos sempre a nascer e a crescer com a ajuda de novas dunas que correm

à frente do Sr. Oceano e vão caminhando para o interior. Possuímos uma grande

particularidade:

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Page 17: (6) Pelo sapal e pela duna

Também fazemos parte das brigadas PFT. Mas… é difícil para as primas plantas

e primos animais viverem nas dunas: o Sr. Vento anda sempre por aqui, bem

como a Tia Salinidade, já para não falar do Sr. Sol, que usa todo o seu tempo

para falar comigo. E não nos podemos esquecer das variações com que a

temperatura nos presenteia e da não existência de “supermercados de nutrientes”.

Para além disso, a mobilidade das minhas filhinhas areias é reduzida e eu já mal

me consigo mexer, apesar de jovem. Contudo ainda tenho um primo planta que

aqui habita, o Ammophila arenaria… Nós conhecemo-lo também por Estorno.

Ele tem um caule flexível de modo a suportar as zangas do Sr. Vento e do Pai

Oceano que, com a ajuda da erosão, o vão soterrando nas minhas filhotas

areias.de novas dunas que correm à frente do Sr. Oceano e vão caminhando para

o interior. Possuímos uma grande particularidade: podemos moldar-nos ao perfil

do litoral, com a ajuda das nossas filhinhas areias que nos vão abastecendo, com

a ajuda do Sr. Vento e a presença da Vovó Vegetação.

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Page 18: (6) Pelo sapal e pela duna

Mas o melhor é chamar o Estorno, que é muito convencido, para perguntarmos o

que faz na Duna.

-Não há problema. Eu até sou

vaidoso e gosto de ser

elogiado. Mas respondendo à

tua pergunta, eu desempenho

uma função importantíssima

na formação e consolidação

dos sistemas dunares.

Dizem que tenho um grande valor ecológico porque a minha especialidade são

ambientes hostis.

-Amiguinhos, e que tal mais um

jogo? perguntou o Mago.

Jogo“OEnigma”

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Findo o jogo, o Mago continuou a sua viagem pelo fantástico.

-Luna, chegai aqui… quereis explicar como é que vós, Dunas, surgiram?

-Ah, ainda bem que falais nisso, Zóico. Sabia que faltava referir algo.

Pois bem… Imaginem o Sr. Vento a transportar as minhas filhotas areias já secas

desde as extremidades do Sr. Oceano até ao topo da praia, onde as vai acumular

sob a forma de uma Duna bebé. Depois com a ajuda da vegetação que ali se

desenvolve e que funciona como um obstáculo, o número de areias aumenta.

-É verdade. – diz o Estorno - Eu, por

exemplo, com o meu sistema de raízes

infalível, aprisiono os grãos e crio

condições para que outras plantas

possam desenvolver-se, como a Armeria

pungens, conhecida por Armeria ou o

Eryngium maritimo, o jovem Cardo

Marítimo.

Mas nós não contribuímos só para a

formação das Dunas.

Ajudamos não só a tornar o ambiente

mais acolhedor para as aves poderem

criar os seus filhotes nos ninhos que

constroem, mas também são um lar para

os insectos, mamíferos e répteis. É por

isso que, muitas vezes, quando passeiam

pelas Dunas, podem encontrar muitos

desses animais.

Cardo

Cordeirinho-da-praia

Perpétua- das-areias17

Page 20: (6) Pelo sapal e pela duna

Certamente já avistaste a andorinha-do-mar-anã,

(Sterna albifrons), o borrelho de-coleira-

interrompida (Charadrius alexandrinus), o alcaravão

(Burhinus oedicnemus), ouriços- cacheiros

(Erinaceus europaeus), camaleões (Chamaleo

chamaleo), e muitas outras espécies... desde que se

caminhe pelos trilhos, a pé e em silêncio...

Vou convidá-los para o: Jogo das Plantas

-Duna, eu estava aqui a pensar. Ainda há pouco disseste que quase não te

conseguias mexer. Mas porquê? Pergunta o Mago.

-Pois. – diz Luna -Fico contente por saber que são jovens interessados. As

pessoas sabem que nós mal nos mexemos, mas não param para pensar porquê…

Nem sequer pensam que a culpa poderá ser mesmo delas. Nós somos muito

frágeis. Se devíamos ser móveis e não o somos é por culpa do cimento.

E o problema é que qualquer dia as minhas filhinhas areias desaparecem… Cada

vez mais constroem edifícios e vias de circulação sobre nós, o meu corpo, que

era clarinho e macio, está cada vez mais escuro e poluído. Isto para não falar da

circulação de veículos motorizados que em muito contribuem para a destruição da

Vovó Vegetação.

Cegonha

Maçarico-real

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Que tal jogarmos um jogo?! Proponho…Jogo da Barra

Depois do jogo o Mago continua o seu discurso.

-As pessoas fazem muito mal às Dunas, extraem areias e os depósitos de entulho

são cada vez maiores, mostrando uma falta de civismo.

Mas também espécies exóticas como o “chorão” que estão igualmente a ameaçá-

las, pois ocupam o espaço que deveria ser ocupado pelas plantas amigas das

Dunas.

-Amiguinhos, chegámos ao fim das actividades, vou

ensinar-vos uma musica “ O Cantinho da Ria” para

poderem cantar enquanto caminham. Vamos seguir

para a próxima estação onde poderão comer os

petiscos que trazem para a merenda, sem esquecer

que não pode ficar lixo abandonado na praia. Tudo

o que trazemos devemos levar connosco.

Adeus, até breve - Foi um dia muito divertido, e

ficámos a conhecer melhor a nossa Ilha...

Olhando para cima, todas as crianças acenaram para

o Mago e gritaram:

-Adeus!!! Até breve .

Vamos avançar para a estação 6, para aí, realizarmos os últimos jogos:

Jogo da “Carta” e jogo do”Desenho”

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