6- apostila instalações elétricas prediais m1 aeei (2).pdf
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INSTALAES
ELTRICAS PREDIAIS
Federao das Indstrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG
IPATINGA
2012
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Presidente da FIEMG
Olavo Machado Jnior
Diretor Regional do SENAI
Lcio Jos de Figueiredo Sampaio
Gerente de Educao Profissional
Edmar Fernando de Alcntara
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Federao das Indstrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG Servio Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI Departamento Regional de Minas Gerais CENTRO DE FORMAO PROFISSIONAL RINALDO CAMPOS SOARES
INSTALAES ELTRICAS PREDIAIS Tcnico em Eletrotcnica
Geraldo Fernandes Stocler
IPATINGA 2012
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2012. SENAI. Departamento Regional de Minas Gerais
SENAI/MG CENTRO DE FORMAO PROFISSIONAL RINALDO CAMPOS SOARES
Ficha Catalogrfica
Stocler, Geraldo Fernandes S864i Instalaes eltricas prediais / Geraldo Fernandes Stocler.-- Ipatinga :
SENAI/MG, 2012. 158 p. : il.; 30 cm. Inclui referncia bibliogrfica. 1. Eletrotcnica. 2. Instalaes eltricas. I. Ttulo. CDU 2 621.613.17
SENAI Servio Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Regional de Minas Gerais
FIEMG Av. do Contorno, 4456 Bairro Funcionrios 30110-916 Belo Horizonte Minas Gerais
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Sumrio
Prefcio ....................................................................................................................... 7 1 - Normas e simbologias para instalao predial ....................................................... 8
1.1 - Introduo ........................................................................................................ 8 1.2 - Normas tcnicas brasileiras ............................................................................. 9 1.3 - Normas para eletricidade/eletrnica .............................................................. 10 1.4 - Normas Tcnicas para o eletricista predial .................................................... 12
2 - Diagramas Eltricos ............................................................................................. 17 2.1 - Diagrama multifilar ......................................................................................... 17 2.2 - Diagrama funcional ........................................................................................ 18 2.3 - Diagrama de ligao ...................................................................................... 19 2.4 - Diagrama unifilar ........................................................................................... 19
3 - Leitura e interpretao de projetos de instalaes eltricas prediais e residenciais .................................................................................................................................. 23
3.1 - Quadro de luz e fora ................................................................................ 23 3.2 - Circuitos de iluminao .................................................................................. 25 3.3 - Interruptores .................................................................................................. 26 3.4 - Eletrodutos .................................................................................................... 27 3.5 - Condutores .................................................................................................... 29 3.6 - Tomadas ........................................................................................................ 30 3.7 - Erros mais comuns em projetos .................................................................... 33
4 - Dispositivos usados nas instalaes eltricas prediais ........................................ 36 4.1 -Dispositivos de proteo ................................................................................. 36 4.2 - Dispositivos de manobra ............................................................................... 42 4.3- Tomadas e plugues ........................................................................................ 52 4.4 - Porta-lmpadas ............................................................................................. 52 4.6 - Condutores .................................................................................................... 56 4.6 - Eletrodutos .................................................................................................... 66
5 - Aterramento ......................................................................................................... 69 5.1 - Eletrodo de aterramento ................................................................................ 73 5.2 - Corrente de fuga ............................................................................................ 76 5.3 - Tenso de passo e tenso de toque ............................................................. 78 5.4 - Interruptor diferencial residual ....................................................................... 79 5.5 - Condutores de proteo ................................................................................ 79 5.6 - Sistemas de aterramento para redes de baixa tenso .................................. 80 5.7 - Resistncia do solo........................................................................................ 85
6 - Projeto de instalaes prediais ............................................................................ 87 6.1 - Clculos de Dimensionamento ...................................................................... 87 6.2 - Dimensionamento da potncia de iluminao ............................................... 88 6.3 - Dimensionamento da potncia de tomadas ................................................... 90 6.4 - Diviso dos circuitos ...................................................................................... 93 6.5 - Clculo da corrente eltrica dos circuitos ...................................................... 95 6.6 - Como organizar o dimensionamento dos circuitos ........................................ 97 6.7 - Dimensionamento de condutores ................................................................ 105 6.8 - Dimensionamento de eletrodutos ................................................................ 117 6.9 - Dispositivos de proteo .............................................................................. 119
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6.10 - Quadro geral de fora e luz ....................................................................... 120 7 Demanda de Energia Eltrica ............................................................................ 121
7.1 - Terminologias .............................................................................................. 121 7.2 Clculo da Demanda .................................................................................. 123
8 Principais pontos da ND 5.1 (CEMIG) ............................................................... 129 8.1 Condies Gerais de Fornecimento de Energia Eltrica ............................ 129 8.2 - Consulta prvia e pedido de ligao ........................................................... 135 8.3 - Pedido de Ligao ....................................................................................... 136 8.4 - Condies no permitidas ........................................................................... 139 8.5 - Ponto de entrega ......................................................................................... 139 8.6 - Ramal de ligao ......................................................................................... 140 8.7 - Medio ....................................................................................................... 143 8.8 - Ramal de entrada ........................................................................................ 143 8.9 - Aterramento ................................................................................................. 144 8.10 - Caixas para medio e proteo ............................................................... 146 8.11 - Caixa de inspeo ..................................................................................... 147 8.12 - Tabela de dimensionamento dos ramais de ligao e da medio ........... 148 8.13 - Tabela de dimensionamento para unidades consumidoras urbanas / rurais - ligaes a 2 e 3 fios ...................................................................................... 148 8.14 - Tabela de dimensionamento para unidades consumidoras urbanas / rurais atendidas por redes secundrias trifsicas (127/220v) - ligaes a 4 fios ............................................................................................................................. 149
9 Tarifao de energia ......................................................................................... 150 9.1 - Definies e conceitos ................................................................................. 150 9.2 - Classificao dos consumidores ................................................................. 151 9.3 - A Tarifao Convencional ............................................................................ 152 9.4 - A Tarifao horo-sazonal Verde .................................................................. 154 9.5 - A Tarifao horo-sazonal Azul ..................................................................... 155 9.6 - A energia reativa e fator de potncia ........................................................... 156
Referncias Bibliogrficas ................................................................................... 158
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PPrreeffcciioo
Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade do conhecimento.
Peter Drucker O ingresso na sociedade da informao exige mudanas profundas em todos os perfis profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na produo, coleta, disseminao e uso da informao. O SENAI, maior rede privada de educao profissional do pas, sabe disso, e ,consciente do seu papel formativo , educa o trabalhador sob a gide do conceito da competncia: formar o profissional com responsabilidade no processo produtivo, com iniciativa na resoluo de problemas, com conhecimentos tcnicos aprofundados, flexibilidade e criatividade, empreendedorismo e conscincia da necessidade de educao continuada. Vivemos numa sociedade da informao. O conhecimento, na sua rea tecnolgica, amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualizao se faz necessria. Para o SENAI, cuidar do seu acervo bibliogrfico, da sua infovia, da conexo de suas escolas rede mundial de informaes internet- to importante quanto zelar pela produo de material didtico. Isto porque, nos embates dirios, instrutores e alunos, nas diversas oficinas e laboratrios do SENAI, fazem com que as informaes, contidas nos materiais didticos, tomem sentido e se concretizem em mltiplos conhecimentos. O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didticos, aguar a sua curiosidade, responder s suas demandas de informaes e construir links entre os diversos conhecimentos, to importantes para sua formao continuada !
Gerncia de Educao Profissional
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11 -- NNoorrmmaass ee ssiimmbboollooggiiaass ppaarraa iinnssttaallaaoo pprreeddiiaall
1.1 - Introduo
Se observarmos a natureza, ser possvel perceber que existem, no ambiente
em que vivemos, elementos que se repetem. Exemplos disso so os movimentos
dos astros, os formatos das folhas, a estrutura cristalina de determinas substncias.
Seguindo essa tendncia natural, quando o ser humano comeou a viver em
comunidade, precisou usar normas de convivncia, de linguagem, de padres de
comportamento.
Conforme foi descobrindo ou inventando armas, ferramentas, objetos de
uso domstico, o homem percebeu tambm as vantagens de usar normas e
procedimentos uniformizados. Isso se tornou ainda mais necessrio quando a
Revoluo Industrial, que comeou no fim do sculo XVIII, fez surgir a produo
em massa, ou seja, a fabricao de um mesmo produto em grandes quantidades.
Para racionalizar custos de produo e facilitar o uso e manuteno dos produtos
fabricados, comearam a surgir critrios de padronizao que reduziram a variedade
de tamanhos e formatos das peas, diminuindo a quantidade de itens de estoque e
facilitando a vida do consumidor.
O que normalizao
A padronizao foi o primeiro passo para a normalizao. Esta nada mais
do que um conjunto de critrios estabelecidos entre as partes interessadas, ou seja,
tcnicos, engenheiros, fabricantes, consumidores e instituies, para padronizar
produtos, simplificar processos produtivos e garantir um produto confivel que
atenda s necessidades de seu usurio. Do processo de normalizao surgem as
normas que, so documentos que contm informaes tcnicas para uso de
fabricantes e consumidores. Elas so elaboradas a partir da experincia
acumulada na indstria e no uso, e a partir dos avanos tecnolgicos que vo sendo
incorporados criao e fabricao de novos produtos.
Atualmente as normas englobam questes relativas a terminologias,
glossrios de termos tcnicos, smbolos e regulamentos de segurana entre outros.
Por causa disso, os objetivos atuais da normalizao referem-se :
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Simplificao, ou seja, limitao e reduo da fabricao de variedades
desnecessrias de um produto;
Comunicao, ou seja, ao estabelecimento de linguagens comuns que
facilitem o processo de comunicao entre fabricantes, fornecedores e
consumidores;
Economia global, isto , criao de normas tcnicas internacionais que
permitam o comrcio de produtos entre pases;
Segurana, quer dizer, proteo da sade e da vida humana;
Proteo dos direitos do consumidor, isto , garantia da qualidade do
produto.
1.2 - Normas tcnicas brasileiras
O atual modelo brasileiro de normalizao foi implantado a partir de
1992 e tem o objetivo de descentralizar e agilizar a elaborao de normas
tcnicas. Para isso, foram criados o Comit Nacional de Normalizao (CNN) e o
Organismo de Normalizao Setorial (ONS). O CNN tem a funo de
estruturar todo o sistema de normalizao, enquanto que cada ONS tem
como objetivo agilizar a produo de normas especficas de seus setores. Para que
os ONS passem a elaborar normas de mbito nacional, eles devem se credenciar e
ser supervisionados pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT).
A ABNT uma entidade privada, sem fins lucrativos e a ela compete
coordenar, orientar e supervisionar o processo de elaborao de normas brasileiras,
bem como elaborar, editar e registrar as referidas normas (NBR). Para que os
produtos brasileiros sejam aceitos nos mercados internacionais, as normas
da ABNT devem ser elaboradas, de preferncia, seguindo diretrizes e instrues de
associaes internacionais de normalizao como a ISO (International Standard
Organization, com sede em Genebra, na Sua, e que significa Organizao
Internacional de Normas) e a IEC (International Eletrotechnical Commission, que
quer dizer, Comisso Internacional de Eletrotcnica) utilizando a forma e o contedo
das normas internacionais, acrescentando-lhes, quando necessrio, as
particularidades do mercado nacional.
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A ABNT responsvel pela elaborao dos seguintes tipos de normas:
Normas de procedimento que fornecem orientaes sobre a
maneira correta de empregar materiais e produtos; executar clculos e
projetos; instalar mquinas e equipamentos; realizar controle de produtos;
Normas de especificao que fixam padres mnimos de qualidade para os
produtos;
Normas de padronizao que fixam formas, dimenses e tipos de produtos
usados na construo de mquinas, equipamentos e dispositivos mecnicos;
Normas de terminologia que definem, com preciso, os termos
tcnicos aplicados a materiais, mquinas, peas e outros artigos;
Normas de classificao que ordenam, distribuem ou subdividem conceitos
ou objetos, bem como estabelecem critrios de classificao a serem adotados;
Normas de mtodos de ensaio que determinam a maneira de se verificar a
qualidade das matrias- primas e dos produtos manufaturados.
Normas de simbologia que estabelecem convenes grficas para
conceitos, grandezas, sistemas ou partes de sistemas, com a finalidade de
representar esquemas de montagem, circuitos, componentes de circuitos,
fluxogramas etc.
Se voc tiver curiosidade em saber mais sobre a ABNT, visite o site da
organizao no endereo www.abnt.org.br
1.3 - Normas para eletricidade/eletrnica
Para existir, uma norma percorre um longo caminho. No caso de
eletricidade, ela discutida inicialmente no COBEI - Comit Brasileiro de
Eletricidade. O COBEI tem diversas comisses de estudos formadas por tcnicos
que se dedicam a cada um dos assuntos especficos, que fazem parte de uma
norma. Estes profissionais, muitas vezes partem de um documento bsico sobre o
tema a ser normalizado, produzido pela IEC. Como este documento elaborado por
uma comisso internacional, ele precisa, como j foi dito, ser adaptado para ser
aplicado no Brasil. Feitos os estudos, tem-se um projeto de norma que recebe um
nmero da ABNT, votado por seus scios e retorna comisso tcnica que pode
aceitar ou no as alteraes propostas na votao. Se aprovado, o projeto
transforma-se em norma ABNT que, em seguida encaminhada ao INMETRO -
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Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial (rgo
federal ligado ao Ministrio da Justia), onde receber uma classificao e ser
registrada. Esta norma poder ser uma NBR1, o que a torna obrigatria; uma
NBR2, obrigatria para rgos pblicos e chamada de referendada; ou uma
NBR3, chamada de registrada e que pode ou no ser seguida. O organograma
simplificado da ABNT, mostrado a seguir, representa o trajeto seguido por uma
norma at que ela seja aprovada.
Periodicamente, as normas devem ser revistas. Em geral, esse exame deve
ocorrer em intervalos de cinco anos. Todavia, o avano tecnolgico pode determinar
que algumas normas sejam revistas em intervalos menores de tempo.
O Eletricista, o Tcnico em Eletricidade, o Engenheiro Eltrico, ou seja, todos
os profissionais da rea de Eletricidade devem conhecer e utilizar simbologias de
acordo com normas vigentes, j que seu uso padroniza e facilita a interpretao
de um esquema ou circuito eltrico predial e residencial. Isso garante a
qualidade e a segurana do servio prestado.
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1.4 - Normas Tcnicas para o eletricista predial
As normas que servem de base para as informaes deste curso so:
ABNT NBR 5410/2004 - Instalaes Eltricas de Baixa Tenso
Esta Norma devidamente revisada e em sua segunda edio de
30/09/2004, vlida a partir de 31/03/2005 fixa as condies que as instalaes
de baixa tenso devem atender, a fim de garantir seu funcionamento adequado, a
segurana das pessoas e animais domsticos e a conservao de bens. aplicada
para instalaes eltricas de baixa tenso, ou seja, inferior a 1000V em corrente
alternada, com freqncia inferior a 400 Hz, ou a 1500V em corrente contnua.
ABNT NBR 5444/1988 Smbolos grficos para instalaes eltricas
prediais Esta norma estabelece smbolos grficos para instalaes eltricas prediais.
NR-10 Segurana em instalaes e servios em eletricidade Norma
Regulamentadora 10 que estabelece os requisitos e as condies
mnimas, objetivando a implementao de medidas de controle e sistema
preventivos, de forma a garantir a segurana e a sade dos trabalhadores que,
direta ou indiretamente, interajam em instalaes eltricas e servios com
eletricidade.
NBR 5410 Instalaes eltricas de baixa tenso
A NBR 5410 regulamenta dispositivos de segurana que devem ser utilizados
em uma instalao, as cores de condutores, a bitola de condutores, o dimetro de
eletrodutos, e deve ser consultada sempre que um profissional da rea eltrica for
projetar, adequar ou efetuar uma instalao eltrica predial ou residencial de baixa
tenso.
Esta norma aplica-se s instalaes eltricas de:
Edificaes residenciais, comerciais e pr-fabricadas;
Estabelecimentos industriais, de uso pblico, agropecurios e
hortigranjeiros;
Reboques de acampamentos (trailers), locais de acampamentos
(campings), marinas e instalaes anlogas;
Canteiros de obra, feiras, exposies e outras instalaes temporrias.
Aplica-se, tambm, s instalaes novas e a reformas em instalaes
existentes.
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Observao
Deve-se notar que modificaes destinadas a, por exemplo, acomodar
novos equipamentos ou substituir os existentes no implicam necessariamente
reforma total da instalao, porm devem ser realizadas de acordo com a NBR
5410.
Para que todos os conceitos e orientaes sobre os diversos
procedimentos que envolvem uma instalao eltrica estejam absolutamente
claros para o usurio, o texto da norma contempla os seguintes
contedos, divididos em nove unidades.
Unidade 1 Objetivo
Unidade 2 Referncias normativas
Unidade 3 Definies
Unidade 4 Princpios fundamentais e determinao de caractersticas gerais
Esta unidade estabelece os princpios de:
Proteo contra choques eltricos, efeitos trmicos e sobrecorrentes;
Seccionamento e independncia da instalao eltrica;
Seleo e instalao de componentes;
Verificao da instalao;
Qualificao de pessoal;
Diviso da instalao;
Manuteno.
Unidade 5 Proteo para garantir segurana.
Unidade 6 Seleo e instalao de componentes
Esta unidade estabelece:
Condies de servio e influncias externas;
Identificao e independncia de componentes;
Documentao da instalao;
Tipos de linhas eltricas;
Capacidade de conduo de corrente de condutores;
Dispositivos de proteo, seccionamento e comando;
Caractersticas de aterramento e equipotencializao;
Caractersticas de motores eltricos.
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Unidade 7 Verificao final
Esta unidade estabelece
Caractersticas da inspeo visual;
Continuidade de condutores de proteo;
Ensaios.
Unidade 8 Manuteno
Esta unidade estabelece:
Caractersticas de manuteno;
Qualificao de pessoal;
Verificaes de rotina;
Manuteno corretiva.
Unidade 9 Requisitos complementares para instalaes ou locais
especficos
Esta unidade contm prescries que complementam todo o contedo da
norma em situaes especficas e fornece informaes sobre:
Locais contendo banheira ou chuveiro;
Piscinas;
Compartimentos condutivos;
Locais contendo aquecedores e sauna;
Locais de habitao.
De acordo com a NBR 5410, toda a instalao eltrica nova ou reformada
deve ser submetida a uma verificao final antes de entrar em operao.
Este tipo de providncia est previsto na 5410, no captulo 7. O captulo 6
exige que o projeto de instalao eltrica de baixa tenso seja constitudo, no
mnimo, por:
Plantas, em escala conveniente, contendo a localizao dos quadros de
distribuio, o percurso e caractersticas das linhas eltricas de distribuio,
bem como a localizao dos pontos de luz, tomadas e equipamentos fixos
diretamente alimentados (por ex.: chuveiro);
Esquemas que devem indicar a quantidade, destino e sesses dos
condutores, bem como a corrente nominal dos dispositivos de proteo;
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Detalhes de montagem, quando necessrio, dependendo da complexidade da
edificao;
Memorial descritivo, que deve apresentar uma descrio sucinta da instalao
e, se for o caso, das solues adotadas, utilizando, sempre que necessrio,
tabelas e desenhos complementares;
Especificao dos componentes, que deve indicar, para cada componente,
uma descrio sucinta, suas caractersticas nominais e as normas a que devem
atender.
NBR 5444 Smbolos grficos para instalaes eltricas prediais
Esta norma, por sua vez, rege os smbolos grficos para instalaes
eltricas prediais. Nela, o profissional da rea de Eletricidade encontra toda a
simbologia necessria para seu projeto. imprescindvel que ele conhea os
smbolos contidos nessa norma para projetar uma instalao eltrica, para efetuar
adequaes em instalaes j existentes ou para realizar reparos.
Veja a seguir uma tabela que contm os smbolos mais comumente usados
em projetos de instalaes eltricas.
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NR 10 Segurana em instalaes e servios em eletricidade
A Norma Regulamentadora 10 fixa as condies mnimas exigveis para
garantir a segurana dos profissionais que trabalham em instalaes eltricas em
suas diversas etapas, incluindo projeto, execuo, operao, manuteno, reforma
ampliao e a segurana dos seus usurios e terceiros. Ela obriga que todos os
profissionais da rea de eletricidade que direta ou indiretamente interajam em
instalaes eltricas e servios com eletricidade devam estar qualificados e
treinados em suas respectivas reas de atuao (baixa tenso, alta tenso,
segurana e primeiros socorros) at a data limite de 8 de dezembro de 2006. Os
profissionais que no estiverem devidamente qualificados e treinados at esta data
no podero atuar como profissionais da rea eltrica, pois esta norma
regulamentadora tem como objetivo diminuir significativamente o nmero de
acidentes com eletricidade que na maioria das vezes so fatais.
A norma constituda dos seguintes itens:
1- Objetivo e campo de aplicao;
2- Medidas de controle;
3- Segurana em projetos;
4- Segurana na construo, montagem, operao e manuteno;
5- Segurana em instalaes eltricas desenergizadas;
6- Segurana em instalaes eltricas energizadas;
7- Trabalhos envolvendo alta tenso (AT);
8- Habilitao, qualificao, capacitao e autorizao dos trabalhadores;
9- Proteo contra incndio e exploso;
10- Sinalizao de segurana;
11- Procedimentos de trabalho;
12- Situaes de emergncia;
13- Responsabilidades;
14- Disposies finais.
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22 -- DDiiaaggrraammaass EEllttrriiccooss
Para a execuo de uma instalao eltrica, o eletricista deve ter sua
disposio, uma srie de dados importantes, tais como: a localizao dos elementos
na planta do imvel, a quantidade e seo dos fios que passaro dentro de cada
eletroduto, qual o trajeto da instalao, a distribuio dos dispositivos e circuitos e
seu funcionamento. A ferramenta para o eletricista ter todas essas informaes
reunidas de maneira prtica e fcil de ser interpretada o diagrama eltrico.
Diagrama eltrico a representao de uma instalao eltrica ou parte dela
por meio de smbolos grficos, definidos nas normas NBR 5444, NBR 5259, NBR
5280, NBR 12519, NBR 12520 e NBR 12523. De todas, a que mais interessa e que
ser usada em todas as atividades deste curso a NBR 5444 que estabelece os
smbolos grficos para instalaes eltricas prediais.
Dos diagramas existentes, sero estudados os seguintes:
Diagrama multifilar;
Diagrama funcional;
Diagrama de ligao.
Diagrama unifilar;
2.1 - Diagrama multifilar
O diagrama multifilar usado somente para os circuitos elementares, pois
de difcil interpretao quando o circuito complexo. um diagrama que representa
todo sistema eltrico em seus detalhes e todos os condutores.
O grande diferencial deste tipo de diagrama a facilidade de representar com
clareza a distribuio de cargas pelos circuitos, detalhe que s pode ser especificado
em um diagrama multifilar.
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Na Figura abaixo temos o diagrama multifilar de uma lmpada acionada por
um interruptor simples:
Na figura esto identificados os condutores para melhor visualizao do
funcionamento do circuito.
2.2 - Diagrama funcional
O diagrama funcional usado quando h a necessidade de demonstrar um
circuito com clareza e rapidez at para fins didticos. O esquema funcional no se
preocupa com a posio fsica dos componentes da instalao.
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2.3 - Diagrama de ligao
O diagrama de ligao utilizado para representar como a instalao
executada na prtica.
2.4 - Diagrama unifilar
O diagrama unifilar apresenta as partes principais de um sistema eltrico e
identifica o nmero de condutores. O trajeto dos condutores representado por um
nico trao. Esse tipo de diagrama geralmente representa a posio fsica dos
componentes da instalao, porm no representa com clareza o funcionamento e a
seqncia funcional dos circuitos. o tipo de diagrama mais usado em instalaes
eltricas prediais.
A figura a seguir apresenta um diagrama unifilar do circuito eltrico composto
por um interruptor simples e uma lmpada.
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O mesmo circuito eltrico, composto por um interruptor simples, uma tomada
e uma lmpada, representado pelos quatro tipos de diagramas para que voc
observe atentamente a diferena de representao entre eles.
A utilizao do esquema unifilar atende a todas as necessidades do
eletricista. Com esse tipo de planta, o profissional tem a possibilidade de identificar
todos os componentes, como devem estar ligados, os tipos de iluminao, a
quantidade de condutores e respectivas bitolas etc. Quando h necessidade de
detalhes especficos, o esquema multifilar dever ser usado.
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Veja exemplos a seguir.
Observe que so utilizadas como ponto de iluminao no teto, duas lmpadas
fluorescentes de 40W cada, alimentadas pelo circuito 1 e comandadas pelo
interruptor a. A tomada de 300VA alimentada pelo circuito 2 composto por
condutor fase, neutro e terra.
Na figura acima, alm das lmpadas fluorescentes no teto, h uma arandela
de 25W comandada pelo interruptor c. A caixa de telefones est ao lado do quadro
geral de fora e luz, interligado ao ponto do telefone interno na parede pelo
eletroduto embutido no piso. importante observar que no projeto existem duas
lmpadas de 40W no cmodo 1 e uma lmpada de 40W no cmodo 2.
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Na figura acima, observe que agora esto indicadas as dimenses dos
condutores diferentes de 1,5mm2 e dos eletrodutos diferentes de 15mm. A bitola
(seo) do condutor pode ser descrita sem a abreviao mm2, bastando apenas
colocar um ponto aps a dimenso do condutor. Assim, ao invs de 2,5mm2, indicar
2.5.. As lmpadas so comandadas por interruptor paralelo. As identificaes dos
condutores no precisam estar dentro da planta, devido ao pequeno espao do
desenho. Por isso, pode-se traar uma linha de indicao para fora da planta e
indicar as dimenses dos condutores e eletrodutos.
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33 -- LLeeiittuurraa ee iinntteerrpprreettaaoo ddee pprroojjeettooss ddee iinnssttaallaaeess
eellttrriiccaass pprreeddiiaaiiss ee rreessiiddeenncciiaaiiss
Alm de conhecimentos dos conceitos bsicos de eletricidade como corrente,
tenso, circuito, potncia etc., a leitura e interpretao de um projeto esto
diretamente ligadas ao conhecimento das simbologias empregadas neste projeto e
ao conhecimento de plantas prediais e residenciais.
Para ajudar voc a conseguir essas competncias, vamos colocar passo-a-
passo em uma planta todos os elementos de uma instalao eltrica. Para fazer
isso, vamos imaginar uma situao em que um cliente encomenda o projeto de
instalao eltrica para um projetista. O cliente expe suas exigncias e o projetista
comea a trabalhar.
3.1 - Quadro de luz e fora
A primeira coisa que eles decidem que a instalao dever possuir um
quadro de luz e fora representado na planta de acordo com a seguinte tabela de
smbolos da NBR 5444:
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O proprietrio da casa explicou ao projetista o que desejava e este o orientou
a escolher o quadro geral de luz e fora embutido na parede. A planta contendo a
indicao do quadro de luz a seguinte:
Para a indicao da localizao do quadro de luz o projetista levou em
considerao alguns cuidados interpretados da NBR 5410. Eles so:
O local deve ser de fcil acesso e, no caso de se escolher a cozinha, deve-
se observar que o quadro no atrapalhe a instalao de armrios.
O quadro dever ser instalado, de preferncia, o mais prximo possvel do
medidor e/ou no local onde h bastante concentrao de componentes com potncia
elevada.
Em funo da alta umidade o quadro de fora nunca deve ser instalado no
banheiro.
Como o acesso ao quadro deve ser facilitado, ele no deve estar localizado
em locais fechados, como pores, stos ou depsitos.
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3.2 - Circuitos de iluminao
O prximo item que o projetista coloca na planta so os pontos de
iluminao. Ao localiz-los na planta fornecida, ele considera a rea do cmodo, o
tipo de lmpada e a posio de instalao. sua disposio ele tem a seguinte
tabela de smbolos indicada pela NBR 5444.
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26
Ainda de acordo com as exigncias do cliente, desses smbolos ele escolhe
os que esto na planta a seguir:
Observao
Quando se trata de residncia ou prdio residencial, normalmente os
projetistas prevem iluminao com lmpadas incandescentes. As lmpadas
fluorescentes geralmente so indicadas em projetos de edifcios comerciais.
3.3 - Interruptores
Para os interruptores, a NBR 5444 apresenta a seguinte lista de smbolos:
-
27
Desta lista, o projetista inseriu na planta os seguintes smbolos:
Observe que nesse momento, o profissional tomou o cuidado de colocar os
interruptores em locais de fcil acesso, ou seja, junto porta, porm no atrs dela.
3.4 - Eletrodutos
Uma vez colocados os interruptores, colocam-se os eletrodutos que formam o
circuito de iluminao. A tabela que o projetista consultou foi a seguinte:
-
28
A planta ficou assim:
Observe que a norma exige que os eletrodutos com dimetro superior a
15mm devem ter a medida de seu dimetro indicada. Isso comum para os
eletrodutos que saem da caixa de distribuio. Isso pode ser constatado na planta
mostrada acima, na qual o eletroduto de dimetro maior acomodar um nmero
maior de condutores.
Em relao ao dimetro do eletroduto, a NBR 5410 exige que haja
uma folga de espao para acomodar os condutores com segurana. Dependendo
da quantidade circuitos alimentados, essa folga varia entre 40% e 60%. Ela
chamada de taxa de ocupao.
-
29
3.5 - Condutores
O simples smbolo do eletroduto apenas indica sua posio na planta.
Para sabermos o que vai colocado dentro dele (quantidade de condutores,
sua funo e bitola) necessrio usar smbolos especficos. Eles esto
indicados na tabela a seguir:
A planta ficou assim:
-
30
3.6 - Tomadas
As tomadas so classificadas em dois tipos, uso geral e uso especfico.
Entende-se por tomadas de uso geral (TUGs) como sendo aquelas que
normalmente so destinadas alimentao de aparelhos portteis e/ou para
aparelhos que, embora com posio definida, utilizam uma corrente inferior a 10A.
Tomadas de uso especfico (TUEs) so aquelas destinadas a aparelhos de
potncia elevada (acima de 1200W em 127V ou 2400 em 220V) que necessitam de
corrente igual ou superior a 10A.
So exemplos de tomadas de uso geral:
Tomadas da sala e quarto que alimentam a televiso, aparelho de som,
telefone e similares;
Tomadas da cozinha, banheiro, varanda e corredor com potncia abaixo de
1200W em 127V e 2400W em 220V;
So exemplos de tomadas de uso especfico:
Tomada do chuveiro, torneira eltrica, secadora de roupa, microondas,
ar condicionado e outros equipamentos que tenham corrente eltrica igual ou
superior a 10A.
A NBR 5444 estabelece os seguintes smbolos para tomadas:
-
31
Observe que as sadas para telefone, relgio eltrico, som e campainha
fazem parte do mesmo grupo de smbolos.
A planta com a localizao das tomadas de uso geral e respectivos
condutores ficou assim:
Observe que as tomadas do banheiro, cozinha, lavanderia e garagem so de
600VA e as tomadas da sala e dormitrio no possuem identificao de potncia,
portanto, so de 100VA conforme a NBR 5444. O porteiro eletrnico em funo da
sua baixa potncia, foi projetado utilizando o circuito 1 como alimentao.
-
32
A NBR 5444 no indica a simbologia do porteiro eletrnico, ficando
ento, sob responsabilidade do projetista, criar um smbolo e indicar na legenda do
projeto o seu significado.
Vamos imaginar que o proprietrio dessa casa, alm dos pontos de
iluminao e tomadas de uso geral e especfico exigidas pela NBR 5410, explica
ao projetista que ele quer instalar os seguintes equipamentos:
- Ar condicionado no quarto;
- Bomba para recalque de gua do poo;
- Chuveiro;
- Torneira eltrica.
Em funo da sua demanda de potncia, todos os aparelhos listados
exigem tomadas de uso especfico (TUE). A planta com a localizao das tomadas
de uso especfico ficou assim:
Observe que agora, os eletrodutos e condutores possuem as indicaes de
dimetro e bitola (seo) conforme exige a NBR 5444. Essas indicaes so fruto
de clculos de dimensionamento que voc estudar nas prximas unidades.
Para acomodar os condutores de alimentao da bomba do poo, foi
projetado um eletroduto embutido no piso. Para o porteiro eletrnico foram
-
33
projetados dois eletrodutos diferentes entre a parte interna e a parte externa da
casa, para acomodao dos condutores de energia e eltrica e para os condutores
de comunicao separados conforme NBR 5444.
3.7 - Erros mais comuns em projetos
A planta que voc acabou de ver, est perfeitamente de acordo com as
exigncias das normas e, ao mesmo tempo, atende s necessidades do cliente,
resultando em um projeto com qualidade tcnica e, portanto, segurana. Isso
porque nosso projetista, sendo um profissional consciente, aplicou nela todas as
orientaes contidas nas NBRs 5410 e 5444.
Mas infelizmente, isso nem sempre acontece. A desateno, a inexperincia,
o desrespeito e o desconhecimento das NBRs e suas atualizaes levam
elaborao de projetos que apresentam erros, s vezes, bastante graves e
que atrapalham o trabalho do instalador, deixam o cliente insatisfeito e
comprometem a segurana do imvel.
O que voc acharia, por exemplo, de entrar em um cmodo qualquer
em sua casa e no conseguir encontrar o interruptor, porque ele est escondido
atrs da porta? Acredite se quiser, existem projetos que apresentam esse tipo de
erro.
Vamos, ento, listar os erros mais comuns e s vezes, at graves que os
projetistas mais desatentos podem cometer:
Troca de smbolos, como, por exemplo, indicar no lugar de uma
tomada alta (chuveiro), uma tomada baixa.
Localizao inadequada dos componentes do circuito, como, por exemplo,
indicar a localizao do quadro de distribuio no banheiro, que sendo um local de
muita umidade imprprio para essa instalao.
Ausncia de indicao das dimenses do eletroduto e respectivos
condutores.
Utilizao de smbolos no normalizados sem indicao em legenda
apropriada.
Indicao errada da funo do condutor como, por exemplo, indicar
dois neutros e um terra para a tomada do chuveiro.
Troca de identificao do interruptor em relao sua respectiva lmpada.
-
34
Ausncia de indicao da alimentao de determinado componente da
instalao, por exemplo, o smbolo da campainha no tem a indicao do
circuito ao qual pertence (falta de eletroduto e respectivo condutor).
Ausncia de indicao junto ao componente do circuito ao qual ele
pertence. Essa indicao feita por meio de um nmero entre dois traos.
Assim, se encontrarmos em um projeto de instalao junto a uma lmpada, a
indicao -3-, isso significa que essa lmpada pertence ao circuito 3.
Ausncia da indicao da potncia dos componentes da instalao.
Agora, s para voc perceber o quanto aprendeu (ou quanto ainda tem que
estudar), vamos propor um joguinho dos sete erros. Estude a planta a seguir e tente
descobrir quais so os sete erros colocados propositadamente nela. A soluo est
no fim deste texto e esperamos que voc aceite o desafio e s olhe a resposta
depois de tentar resolver o enigma.
Soluo do jogo dos sete erros
Agora que voc j descobriu todos os sete erros, verifique se voc est certo:
-
35
1. No quarto, o interruptor est atrs da porta. Ele deveria estar do outro lado
para proporcionar fcil acesso.
2. A identificao da lmpada da cozinha est errada. O correto lmpada
b.
3. Falta a indicao da potncia da lmpada d na sala.
4. O smbolo da torneira eltrica est trocado, ela deve estar indicada por
tomada de meia altura e no tomada alta.
5. Falta a indicao da potncia da torneira eltrica na cozinha.
6. Falta a indicao da bitola dos condutores do circuito 2. Por se tratar de
TUG, ele deve ser de, no mnimo, 2,5mm2
7. A indicao do circuito 3 nas tomadas no est entre traos conforme
exige a NBR 5444.
-
36
44 -- DDiissppoossiittiivvooss uussaaddooss nnaass iinnssttaallaaeess eellttrriiccaass
pprreeddiiaaiiss
4.1 -Dispositivos de proteo
Os dispositivos de proteo dos circuitos eltricos prediais so componentes
usados para limitar a corrente de circulao nos circuitos protegendo-os de curto-
circuito e sobrecargas de longa durao, e podem ser divididos em dois tipos:
Disjuntores;
Interruptores de corrente de fuga;
Disjuntores
Disjuntores so dispositivos de manobra e proteo com capacidade de
ligao e interrupo de corrente quando surgem no circuito condies
anormais de trabalho, como curto-circuito ou sobrecarga.
O disjuntor composto das seguintes partes:
caixa moldada feita de material isolante na qual so montados os
componentes;
alavanca liga-desliga por meio da qual se liga ou desliga manualmente o
disjuntor;
extintor de arco ou cmara de extino, que secciona e extingue o arco que
se forma entre os contatos quando acontece sobrecarga ou curto-circuito;
mecanismo de disparo que desliga automaticamente o disjuntor em
caso de anormalidade no circuito;
rel bimetlico que aciona o mecanismo de disparo quando h sobrecarga
de longa durao;
rel eletromagntico que aciona o mecanismo de disparo quando h
um curto-circuito.
-
37
O disjuntor inserido no circuito funciona como um interruptor. Como o
rel bimetlico e o rel eletromagntico so ligados em srie dentro do disjuntor,
ao ser acionada a alavanca liga-desliga, fecha-se o circuito que travado
pelo mecanismo de disparo e a corrente circula pelos dois rels.
Havendo uma sobrecarga de longa durao no circuito, o rel bimetlico atua
sobre o mecanismo de disparo abrindo o circuito. Da mesma forma, se houver um
curto-circuito, o rel eletromagntico que atua sobre o mecanismo de disparo
abrindo o circuito instantaneamente. Quando ocorrer o desarme do disjuntor,
basta acionar a alavanca de acionamento para que o dispositivo volte a operar,
no sendo necessria sua substituio como ocorre com os fusveis.
-
38
Quanto s caractersticas eltricas, os disjuntores podem ser unipolar, bipolar
e tripolar; normalmente para correntes de 2 A, 4 A, 6 A, 10 A, 13 A, 16 A, 20 A, 25 A,
32 A, 40 A, 50 A, 63 A, 70 A, 80 A e outras.
Eles possuem disparo livre, ou seja, se a alavanca for acionada para a
posio ligada e houver um curto-circuito ou uma sobrecarga, o disjuntor desarma.
Observao
O disjuntor deve ser colocado em srie com o circuito que ir proteger.
O tempo de disparo da proteo trmica (ou contra sobrecarga) torna-se mais
curto quando o disjuntor trabalha em temperatura ambiente elevada. Isso ocorre
normalmente dentro do quadro de distribuio. Por isso, necessrio dimensionar a
corrente nominal do disjuntor, de acordo com as especificaes do fabricante, e
considerando tambm essa situao.
Caractersticas Tcnicas
Corrente nominal (In): valor eficaz da corrente de regime contnuo que
o disjuntor deve conduzir indefinidamente, sem elevao de temperatura
acima dos valores especificados.
Corrente convencional de no atuao (Ina): valor especificado de
corrente que pode ser suportado pelo disjuntor durante um tempo
especificado (tempo convencional).
Temperatura de calibrao: temperatura na qual o disparador trmico
calibrado. Normalmente so utilizadas as temperaturas de 20, 30 ou 40C.
-
39
Tenso nominal (Un): valor eficaz da tenso pelo qual o disjuntor
designado e no qual so referidos outros valores nominais. Esse valor deve
ser igual ou superior ao valor mximo da tenso do circuito no qual o
disjuntor ser instalado.
Capacidade de interrupo (Icn): valor mximo que o disjuntor deve
interromper sob determinadas tenses e condies de emprego. Esse
valor dever ser igual ou superior corrente presumida de curto-circuito no
ponto de instalao do disjuntor.
Curvas de disparo: as curvas de disparo B, C e D correspondem
caracterstica de atuao do disparador magntico, enquanto que a do
disparador trmico permanece a mesma. (B: 3 a 5 x In; C: 5 a 10 x In ; D:
10 a 14 x In)
-
40
Dispositivo Diferencial Residual (DR)
Desde dezembro de 1997, obrigatrio, em todas as instalaes eltricas de
baixa tenso no Brasil, o uso do chamado dispositivo DR nos circuitos eltricos
que atendam aos seguintes locais: banheiros, cozinhas, copas-cozinhas,
lavanderias, reas de servio e reas externas.
O dispositivo DR um interruptor de corrente de fuga automtico que desliga
o circuito eltrico caso haja uma fuga de corrente que coloque em risco a vida
de pessoas e animais domsticos e a instalao eltrica.
Isso garante a segurana contra choques eltricos e incndios. Apesar de
se ter a sensao de choque em caso de contato da fase com o corpo humano,
no h risco de vida, caso o circuito seja protegido por esse dispositivo.
As ilustraes a seguir representam interruptores de corrente de fuga:
O interruptor de corrente de fuga possui um transformador de corrente,
um disparador e um mecanismo liga-desliga. Ele funciona comparando a
corrente de entrada com a de sada. Essa diferena chamada de Corrente
Diferencial Residual (IDR).
Ideal: IDR = 0
Real: IDR 0 (correntes naturais de fuga)
Atuao: IDR = In (corrente diferencial residual nominal de atuao)
-
41
Tipos de disjuntores ou interruptores DR:
alta sensibilidade: < 30mA
baixa sensibilidade: > 30mA
Ele deve ser ligado de modo que todos os condutores do circuito,
inclusive o neutro, passem pelo interruptor. Isso permite a comparao entre as
correntes de entrada e de sada e o desligamento da alimentao do circuito em
caso de fuga de corrente.
Aplicaes
falha em aparelhos eltricos (eletrodomsticos);
falha na isolao de condutores;
circuitos de tomadas em geral;
campings, laboratrios, oficinas, reas externas;
proteo contra riscos de incndios de origem eltrica;
canteiros de obra.
Observao
O DR no desobriga o uso das protees contra sobrecorrentes nem
dispensa o aterramento das massas.
-
42
4.2 - Dispositivos de manobra
Para acender ou apagar uma lmpada, fazer funcionar um ferro de
passar roupas ou qualquer eletrodomstico, necessria a utilizao de
dispositivos construdos para esta finalidade. Esses dispositivos so
indispensveis em uma instalao eltrica e so denominados de interruptores,
tomadas, plugues e porta-lmpadas.
Este texto apresenta esses dispositivos tratados em suas particularidades
tcnicas, utilizaes e simbologia, para que voc possa escolher e especificar de
forma correta o que melhor se adapte s necessidades do trabalho.
Interruptores
Interruptores so dispositivos de manobra que permitem abrir, fechar ou
comutar um circuito eltrico. Geralmente so usados nas instalaes eltricas
prediais em circuitos de iluminao.
Os interruptores so constitudos basicamente de duas partes:
Corpo: feito de baquelite, porcelana ou plstico e serve para alojar as partes
metlicas compostas pelos contatos e pelos sistemas de molas.
Contatos: feitos de lato cadmiado, ferro cadmiado e ferro. Quando
acionados, eles tm a funo de abrir, fechar ou comutar um circuito eltrico.
Normalmente esses contatos so construdos para suportarem uma corrente
mxima de 10 ampres, valor este que vem impresso no corpo do interruptor.
Tipos de interruptores:
Os interruptores so fabricados basicamente em trs tipos:
interruptor simples;
interruptor paralelo;
interruptor intermedirio.
O interruptor simples o tipo de interruptor mais usado em instalaes
eltricas e sua nica funo interromper ou restabelecer o circuito. As figuras
que seguem representam este tipo de interruptor e um circuito utilizando um
interruptor simples
-
43
Dimmer
Em circuitos com interruptor simples, existe a possibilidade de
substituio do interruptor por um dispositivo controlador de luminosidade
denominado dimmer. Esse dispositivo possui dois terminais de ligao e deve ser
ligado da mesma forma que o interruptor simples.
O dimmer apresenta duas vantagens em relao ao interruptor; controle de
luminosidade e economia de energia eltrica, pois pode ser regulado para
proporcionar menos luminosidade do que a que seria fornecida se o comando da
iluminao fosse realizado apenas por meio de um interruptos simples.
As ilustraes que seguem apresentam dois modelos de dimmer: um do tipo
deslizante e outro do tipo rotativo.
Interruptores paralelos
Os interruptores paralelos so aqueles que permitem o comando de uma
lmpada a partir de dois pontos diferentes. Eles possuem trs bornes: um
comum e os outros dois so responsveis pela comutao do circuito, o que
permite que se ligue ou desligue o circuito a partir de dois pontos diferentes.
Trata-se de um componente muito usado para comandar iluminao de
escadarias, corredores e dormitrios.
As figuras que seguem ilustram o sistema de acionamento interno e o
esquema eltrico desse interruptor.
-
44
As figuras a seguir demonstram um circuito utilizando interruptores paralelos
Se os dois interruptores estiverem na mesma posio (posio I ou
posio II), a lmpada estar acesa. Por outro lado, se os interruptores
estiverem em posies diferentes, a lmpada se apagar. Desta forma,
independentemente da posio de um dos interruptores, possvel comandar a
lmpada a partir de qualquer um dos pontos.
Quando necessrio comandar uma lmpada ou um circuito a partir de vrios
pontos diferentes (trs ou mais pontos), necessrio utilizar dois interruptores
paralelos e interruptores intermedirios entre eles.
Interruptor intermedirio
Os interruptores intermedirios possuem quatro bornes de ligao,
responsveis pela comutao dos circuitos. Atravs desses interruptores
possvel a comutao do circuito em quantos pontos forem necessrios, pois a
sua construo permite dois tipos de ligaes que possibilitam esta comutao.
As figuras a seguir ilustram as ligaes nas posies I e II.
-
45
A seguir mostrado o esquema de um circuito de iluminao comandado
a partir de quatro pontos diferentes, utilizando dois interruptores paralelos e dois
intermedirios.
Se for necessrio comandar a lmpada do circuito anterior em sete pontos
diferentes, bastaria acrescentar ao circuito mais trs interruptores intermedirios,
entre os interruptores paralelos.
Estes interruptores so utilizados em corredores longos com vrias portas no
seu percurso, como por exemplo, em hospitais, onde necessrio o comando de um
circuito em vrios pontos diferentes.
O aspecto fsico dos interruptores varia de acordo com o fabricante e
necessidade do ambiente onde ele ser usado. Os interruptores simples e paralelo
so idnticos e o intermedirio possui tecla dupla.
A seguir so apresentados alguns modelos como exemplo. sempre
interessante consultar catlogos de fabricantes para conhecer a diversidade de
combinaes e tipos de interruptores fabricados, a fim de escolher o que melhor se
adapte ao trabalho a ser realizado.
De acordo com o interruptor utilizado, escolhe-se um tipo de placa de
proteo. As figuras que seguem ilustram alguns modelos.
-
46
Interruptor Pulsador
O interruptor pulsador um interruptor cujo manbulo de controle possui uma
mola que faz o retorno automtico do seu sistema mecnico para a posio de
chave aberta, portanto este interruptor acionado (fechado) por impulso e retorna
para a posio de aberto assim que oimpulso retirado.
A sua aplicao principal para acionamento de cigarras e campainhas.
Interruptor tipo Minuteria
O interruptor tipo minuteria um dispositivo eletrnico usado para ligar,
atravs de um pulsador, uma carga de iluminao e deslig-la automaticamente
aps um tempo pr determinado. Sua aplicao principal est no controle de
iluminao de garagens.
Existem vrios modelos de minuteria no mercado, abaixo temos o diagrama
de ligao de um modelo.
Rel fotoeltrico
O rel fotoeltrico, tambm chamado de fotoclula, uma dispositivo para
controle automtico de cargas de iluminao atravs do monitoramento da
luminosidade do ambiente. Ele possui um LDR (resistor dependente da luz) que
varia a sua resistncia de acordo com a luminosidade monitorada, e quando h
pouca luminosidade ele a fase de retorno para a carga e a desliga quando percebe
alta luminosidade. Sua aplicao principal est no controle de iluminao de
ambientes externos.
-
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Interruptor automtico de presena IAP
O interruptor tipo AP um dispositivo eletrnico usado para ligar
automaticamente uma carga de iluminao quando detectar a presena de pessoas
na rea monitorada. Este dispositivo usa um sensor infravermelho que detecta
variao de temperatura na massa e quando percebe uma variao relevante aciona
um rele que ativa a fase de retorno para a carga e a desliga aps um tempo pr
determinado sem variao de temperatura. Sua aplicao principal est no controle
de iluminao de garagens e ambientes de uso coletivo.
Existem vrios modelos de IAP no mercado, alguns com ajuste de tempo,
fotoclula para distino entre perodos noturno e diurno, entre outras funes.
Rel de impulso
O rel de impulso um dispositivo auxiliar no comando de sistemas de
iluminao e controle automtico da abertura e fechamento de equipamentos. A sua
funo mudar a posio do seu contato de sada, quando recebe um pulso de
tenso em sua bobina. Este pulso de tenso pode ser proveniente de um pulsador
ou de um sensor acionado por um controle remoto.
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A utilizao do rel de impulso proporciona as seguintes vantagens para
seus usurios:
Simplificao da instalao devido ao nmero reduzido de condutores;
Economia devido reduo de condutores e diminuio da bitola dos
condutores de comando;
Versatilidade, pois possvel que a tenso seja diferente entre o circuito da
carga e o circuito do comando seja a tenso C.A. ou C.C.
Flexibilidade em funo do acionamento e da quantidade de pontos de
controle da iluminao.
Veja um diagrama de ligao de rel de impulso
No diagrama acima, o rel est identificado pela linha tracejada e a sua
bobina est ligada atravs dos bornes A1/1 e A2. O funcionamento deste sistema
segue a seguinte seqncia:
Um dos pulsadores pressionado e liberado pelo usurio;
Com o pulso de tenso gerado pelo pulsador, a bobina alimentada
e faz com que o contato de sada derivado do borne A1/1 feche,
alimentando o borne 2 com a tenso proveniente do fio fase;
As duas lmpadas (carga) acendem e permanecem acesas mesmo
que a bobina do rel no tenha mais energia.
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Veja o diagrama com as lmpadas acesas:
Agora um outro pulsador acionado e liberado pelo usurio;
Com o pulso de tenso gerado pelo pulsador, a bobina alimentada e faz
com que o contato de sada derivado do borne A1/1 abra, tirando a alimentao do
borne 2;
As duas lmpadas (carga) apagam e permanecem apagadas at que um
pulsador seja acionado novamente.
Veja o diagrama comparativo para a instalao de uma lmpada
comandada em quatro pontos diferentes em uma casa. Na primeira figura so
utilizados interruptores intermedirios e na segunda, utilizado o rel de impulso.
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Instalao utilizando interruptores intermedirios, quando a lmpada est
acesa todos os condutores ficam energizados.
Em uma instalao utilizando rel de impulso, quando a lmpada est acesa,
somente o circuito entre o rel e a lmpada fica energizado. A quantidade de fios
menor.
O rel de impulso pode ser instalado prximo carga ou na caixa de
interligao dos condutores. Veja a foto do rel instalado.
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Veja agora a utilizao do rel de impulso na automao de uma
persiana:
Neste caso, o rel utilizado possui dois contatos de sada que
obedecem seguinte seqncia de pulsos: (figura 8)
1 Pulso: Os dois contatos ficam abertos;
2 Pulso: Fecha o contato vermelho e a persiana desce;
3 Pulso: O contato vermelho abre e a persiana para na posio fechada
(embaixo);
4 Pulso: Fecha o contato preto e a persiana sobe;
1 Pulso: O contato preto abre e a persiana para na posio aberta (em
cima).
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4.3- Tomadas e plugues
Tomadas e plugues so dispositivos que permitem ligaes eltricas
provisrias de aparelhos portteis industriais e eletrodomsticos. A ligao feita
por meio do encaixe entre o plugue, que a parte mvel, e a tomada, que a
parte fixa.
Nesses tipos de dispositivos os valores de tenso de servio e corrente
nominal mais comuns so: 250v - 10A e 20A.
Os plugues e as tomadas so fabricados normalmente de baquelite,
porcelana ou nailon. Eles se diferenciam entre si pelo formato e quantidade de
pinos.
A instalao de interruptores e tomadas deve obedecer norma NBR
5410. Essa norma determina que o interruptor fique a 1,2 m do piso. Para
tomadas existem trs alturas padronizadas: a 30 cm (baixa), a 1,2 m (mdia) e a
2 m (alta) do piso acabado.
4.4 - Porta-lmpadas
Porta-lmpadas ou receptculos so dispositivos de fixao e conexo
eltrica usados entre a lmpada e os condutores. Os materiais mais utilizados
na fabricao desses dispositivos so a porcelana e o baquelite.
A norma NBR 5112 determina todos os parmetros construtivos e ensaios
desse dispositivo.
A rosca destinada a receber a lmpada denominada de rosca
Edison, com vrios dimetros diferentes. O seu cdigo provido da letra E
(Edison) e um nmero que determina o dimetro da rosca em milmetros: E-10, E-
12, E-14, E-17, E-27 e E-40.
As lmpadas incandescentes, assim como as lmpadas eletrnicas
(econmicas) usadas em residncias possuem rosca E-27.
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Alguns tipos de porta-lmpadas so mostrados nas figuras que seguem.
importante lembrar que, para se manter atualizado em relao tecnologia
e aplicao dos diversos componentes dos circuitos eltricos que compem uma
instalao eltrica predial, o eletricista deve colecionar catlogos de fabricantes.
Alm de fornecer dados tcnicos atualizados sobre os componentes, eles o
ajudaro a dar orientao mais correta para auxiliar o cliente na escolha do
melhor material para sua instalao.
Iluminao Fluorescente
A iluminao atravs de lmpada fluorescente mais econmica e produz um
nvel de iluminamento prximo iluminao natural.
Para o funcionamento da lmpada fluorescente necessrio alguns
componentes, tais como:
Luminria Estrutura refletora que acomoda a lmpada e os demais
componentes.
Soquetes Elementos usados para fixao mecnica da Lmpada
luminria e conexo eltrica da mesma ao reator.
Reator Elemento que produz as condies eltricas necessrias para
o funcionamento da lmpada fluorescente.
As Lmpadas fluorescentes tubulares possuem tamanho padronizado de
acordo com a potncia, e as luminrias devero ser especificadas de acordo com a
potencia e a quantidade de lmpadas. Exemplo: Luminria para 2 lmpadas de
40W.
O reator tambm deve ser especificado de acordo com a potncia e a
quantidade de lmpadas da luminria. Exemplo: Reator para 2 lmpadas de 40W.
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54
Abaixo temos os diagramas de ligao do reator s lmpadas, estes
diagramas so fornecidos no corpo do reator.
Em rea externas ou ambientes especficos utiliza-se lmpadas de descarga
eltrica que podem ser:
Vapor de mercrio (normalmente usada nos postes das
concessionrias de energia)
Vapor de sdio
Vapor metlico
Estas lmpadas tm como principal caracterstica a alta taxa de emisso de
luminosidade. Elas funcionam apenas em 220v e necessitam de refletor e reator
especficos.
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Ventiladores de teto
Os ventiladores de teto so cargas usadas nas instalaes eltricas prediais.
Para sua instalao o eletricista dever estar atento montagem mecnica,
seguindo as instrues fornecidas pelo manual do equipamento e tambm
instalao eltrica do mesmo.
O ventilador pode ter ou no uma luminria acoplada a si, no manual do
fabricante vem os diagramas de ligao sugeridos para o modelo.
O controle e a alterao da velocidade do motor realizada pelo controlador a
ser instalado no ponto de controle da iluminao. Abaixo temos um exemplo de
ventilador com o esquema de ligao eltrica do mesmo.
-
56
4.6 - Condutores
Os condutores eltricos so componentes essenciais do circuito eltrico,
pois atravs deles que a corrente eltrica circula. Por causa disso, dissipam
uma certa quantidade de calor (efeito Joule).
Embora isso no possa ser evitado, poder ser minimizado por meio
da escolha correta do tipo de condutor cujo material de fabricao e bitola
devem estar de acordo com as demandas de sua utilizao.
De mesma forma, a utilizao do eletroduto adequado s necessidades de
segurana da instalao, de grande importncia.
Materiais para a fabricao de condutores
O condutor o componente do circuito que conduz a corrente eltrica. Ele
to mais eficaz quanto maior for sua capacidade de facilitar a passagem da corrente.
Por causa disso, os condutores eltricos so fabricados com materiais cuja formao
atmica facilita a ocorrncia de uma corrente eltrica, ou seja, materiais que
conduzem eletricidade com maior eficcia devido a sua condutibilidade.
Os materiais mais utilizados como condutores eltricos so o cobre e o
alumnio. Esses dois materiais apresentam vantagens e desvantagens em sua
utilizao. A tabela a seguir apresenta em destaque os itens nos quais um
material apresenta vantagem sobre o outro.
Comparando a resistividade do alumnio com a do cobre, verifica-se que a
resistividade do alumnio 1,6 vezes maior que a do cobre. Portanto, para substituir
um condutor de alumnio por um de cobre, deve-se diminuir a seo deste em
1,6 vezes com relao ao condutor de alumnio, para que este conduza a
mesma corrente nas mesmas condies.
Em instalaes residenciais, comerciais e industriais, o condutor de
cobre o mais utilizado. O condutor de alumnio mais empregado em linhas de
transmisso de eletricidade. Esse uso devido sua menor densidade e,
-
57
conseqentemente, menor peso. Isso um fator de economia, pois as torres
de sustentao podem ser menos reforadas.
Tipos de condutores
O condutor pode ser constitudo de um ou vrios fios. Quando
constitudo por apenas um fio denominado de fio rgido. Quando constitudo
por vrios fios, chamado de cabo.
O cabo mais flexvel que um fio de mesma seo. Assim, quando se
necessita de um condutor com seo transversal superior a 10 mm2 quase
obrigatrio o uso do cabo devido sua flexibilidade, uma vez que o fio a partir desta
seo de difcil manuseio. O cabo pode ser formado por um condutor (cabo
simples ou singelo) ou vrios condutores (mltiplo).
Isolao
Para a proteo do condutor utilizada uma capa de material isolante
denominada isolao, com determinadas propriedades destinadas a isol-los entre
si.
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A isolao deve suportar a diferena de potencial entre os condutores e terra,
e proteger o condutor de choques mecnicos, umidade e corrosivos. Alguns
condutores so fabricados com duas camadas de materiais diferentes, porm
completamente aderidas entre si.
A camada interna constituda por um composto com propriedades eltricas
superiores, sendo que a externa constituda por um material com caractersticas
mecnicas excelentes.
A isolao suporta temperaturas elevadas, de acordo com o material que
utilizado na sua fabricao. Veja tabela a seguir:
Normalizao
No Brasil, at 1982, os condutores eltricos eram fabricados de acordo com a
escala AWG / MCM. A partir daquele ano, de acordo com o plano de
metrificao do Instituto Nacional de Metrologia, foi implantada a srie mtrica
conforme as normas da IEC.
Como conseqncia, a NBR 5410 inclui duas novas caractersticas nas
especificaes dos fios e cabos:
Nova escala de sees padronizadas em mm2
Emprego de materiais isolantes com nova temperatura-limite,
aumentando de 60C para 70C.
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Com isso, houve um aumento da densidade de corrente (ampres por
mm2) uma vez que o emprego de materiais isolantes com maior temperatura-limite
possibilita este aumento.
Outra vantagem dessa mudana que as sees so dadas em
nmeros redondos, ou seja, com menor nmeros de casas decimais em relao
ao sistema AWG / MCM.
A tabela que segue mostra o limite de conduo de corrente eltrica
pelos condutores, no sistema mtrico, a capacidade de conduo de corrente
para cabos isolados at 3 condutores carregados.
As normas da ABNT aplicveis a fios e cabos so:
NBR-6880 para condutores de cobre para cabos isolados.
NBR-6148 para fios e cabos com isolao slida extrudada de cloreto de
polivinila para tenses at 750V-especificaes.
Todos os condutores eltricos devem estar devidamente protegidos
contra sobrecargas e curtos-circuitos. A proteo dever ser feita atravs de
fusveis ou disjuntores adequados. Tais dispositivos de proteo devero ser
dimensionados de acordo com a capacidade de conduo de corrente do
condutor estabelecida pela norma vigente e que, tambm, fornecida pelo
fabricante, muitas vezes na prpria embalagem do produto.
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Emendas e derivaes
Quando necessrio unir as extremidades de condutores de modo a
assegurar resistncia mecnica adequada e um contato eltrico perfeito, usam-se
emendas e derivaes.
Os tipos de emendas mais empregados so:
emendas em linhas abertas;
emendas em caixas de ligao;
emendas com fios grossos.
As emendas feitas em linhas abertas so feitas enrolando-se a extremidade
do condutor ponta do outro e vice-versa. Este tipo de emenda denominado de
prolongamento.
Para se executar este tipo de emenda, os condutores a serem unidos devem
ser desencapados com o auxlio de um canivete em aproximadamente 50 vezes seu
dimetro.
O revestimento isolante deve ser retirado com um canivete usado de
forma inclinada como se estivesse apontando um lpis.
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O fio sem isolao deve ser cruzado, e as primeiras espiras enroladas com os
dedos:
Ento, prossegue-se com o alicate universal, dando o aperto final com dois
alicates.
As emendas de condutores em caixas de ligaes so denominadas rabo de
rato. Para esse tipo de emenda, os condutores so desencapados da mesma forma
e comprimento do processo anterior.
Os fios devem estar fora da caixa e a emenda deve ser iniciada
torcendo-se os condutores com os dedos.
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O aperto final deve ser dado com o alicate.
Dobrando-se a emenda no meio, faz-se o travamento.
Quando necessrio derivar um condutor em uma rede eltrica,
independentemente do tipo de ligao, usa-se a derivao.
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O condutor a ser derivado deve ser desencapado num comprimento de
aproximadamente 50 vezes seu dimetro. A regio do outro condutor onde se
efetuar a emenda deve ser desencapada num comprimento aproximado de 10
vezes o seu dimetro.
Deve-se cruzar o condutor em um ngulo de 90 em relao ao condutor
principal, segurando-os com o alicate universal.
Utilizando dois alicates, d-se o aperto final e o arremate.
Em virtude da resistncia que os condutores oferecem na toro das
pontas, em condutores com seo igual ou superior a 10 mm2 outro processo de
emenda utilizado. Isso exige tcnica especial de junes, a fim de assegurar uma
ligao mecnica forte, alm do bom contato eltrico.
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Emendas de fios grossos
Em relao s emendas de fios grossos, observa-se a regra geral de que as
emendas s podem ser executadas com auxlio de conectores. A tabela a
seguir resume informaes sobre esse tipo de emenda.
Emenda por soldagem
Outra forma de emendar fios grossos pela emenda por soldagem que
apresenta um bom contato eltrico e boa resistncia mecnica. Ela executada com
o auxlio de um metal de adio formado por uma liga de estanho e chumbo.
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Para executar a emenda por soldagem, o ferro de soldar deve estar com a
ponta limpa, quente e com uma certa quantidade de metal de adio derretido. O
ferro deve ser o apoio da emenda, e o metal de adio deve estar apoiado
na parte superior da emenda at que a solda fundida preencha todos espaos
entre as espiras e cubra totalmente a emenda.
Conectores especiais
A conexo de condutores pode tambm ser feita por meio de
conectores especiais, denominados bornes ou conectores bornes, que unem fios
ou cabos por meio de parafusos.
Outra forma de conexo de condutores a equipamentos o olhal, feito
com um alicate de bico. importante observar o sentido de aperto do parafuso ao
se conectar o fio no equipamento para que o olhal no se abra.
Isolao de emendas e derivaes
Toda emenda e derivao deve ser protegida por uma isolao
restabelecendo as condies de isolao dos condutores. Essa isolao feita por
meio da fita isolante.
A fita isolante fabricada com materiais plsticos e borracha. apresentada
comercialmente em rolos com diferentes comprimentos e larguras adequadas a cada
tipo de condutor que se queira isolar.
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Independentemente do tipo de emenda ou derivao, esta deve ser
isolada com, no mnimo, duas camadas de fita sem que ela seja cortada,
procurando deix-la bem esticada e com a mesma espessura do isolamento do
condutor.
4.6 - Eletrodutos
Eletrodutos so tubos de metal ou plstico, rgidos ou flexveis, utilizados com
a finalidade de proteger os condutores contra umidade, cidos ou choques
mecnicos. Podem ser classificados em:
eletroduto rgido de ao-carbono;
eletroduto rgido de PVC;
eletroduto metlico flexvel;
eletroduto de PVC flexvel.
Eletrodutos rgidos de ao
Os eletrodutos rgidos de ao so tubos de ao com ou sem costura
longitudinal (solda), com dimetros e espessuras de paredes diferenciados, e
com acabamento de superfcie externo e/ou interno, que pode ser brunido,
decapado, fosfatizado, galvanizado, pintado, polido, revestido ou trefilado. So
usados normalmente em instalaes expostas.
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Eletroduto rgido de PVC:
Estes eletrodutos so fabricados com derivados de petrleo, sendo
isolantes eltricos, no sofrem corroso nem so atacados por cidos.
So fabricados em barras de 3 metros e tm, tambm, suas extremidades
roscadas. Seus dimetros e espessura de parede so determinados pela NBR 6150,
conforme tabela que segue:
Os eletrodutos rgidos de PVC so normalmente utilizados em
instalaes embutidas ou instalaes externas em ambientes midos. Porm,
no devem ser utilizados em ambientes onde a temperatura seja superior a
50oC.
Eletroduto metlico flexvel
Este eletroduto formado por uma cinta de ao galvanizada, enrolada em
espirais meio sobrepostas e encaixadas de tal forma que o conjunto proporcione
boa resistncia mecnica e grande flexibilidade. Esse produto tambm
fabricado com um revestimento de plstico a fim de proporcionar maior
resistncia e durabilidade.
So utilizados em instalaes expostas de mquinas e motores eltricos.
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Eletrodutos de PVC flexvel:
Existem eletrodutos flexveis de material plstico utilizados somente em
instalaes embutidas. Como no existe uma norma da ABNT a respeito desse tipo
de eletroduto, para sua correta especificao e utilizao, deve-se utilizar a norma
IEC 614.
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55 -- AAtteerrrraammeennttoo
Segundo a ABNT, aterrar significa colocar instalaes e equipamentos no
mesmo potencial de modo que a diferena de potencial entre a terra e o
equipamento seja zero. Isso feito para que, ao se operar mquinas e
equipamentos eltricos, o operador no receba descargas eltricas do
equipamento que ele est manuseando. A ausncia do aterramento
responsvel por muitos acidentes, principalmente em instalaes domsticas
Portanto, o aterramento tem duas finalidades bsicas: proteger o
funcionamento das instalaes eltricas e garantir a segurana do operador e do
equipamento que est sendo usado.
Neste captulo so apresentados as tcnicas de aterramento e os
materiais que so usados para esse fim. Esses conhecimentos so de
fundamental importncia para o eletricista e devem ser estudados com bastante
cuidado.
O termo aterramento se refere terra propriamente dita ou a uma
grande massa utilizada em seu lugar. Aterrar um circuito eltrico, isto , ligar
intencionalmente um condutor fase ou, o que mais comum, o neutro terra,
tem como funo controlar a tenso em relao terra dentro de limites
previsveis.
Isso feito para proteger as pessoas e os equipamentos contra um curto-
circuito na instalao e para oferecer um caminho seguro, controlado e de baixa
impedncia em direo terra para as correntes induzidas por descargas
atmosfricas.
O objetivo mais amplo de um sistema de aterramento o de obter
uma diferena de potencial zero entre os condutores de proteo dos
equipamentos, suas carcaas, os condutores metlicos e todas as massas
condutoras do prdio, inclusive suas ferragens e tubulaes metlicas.
Observao
A diferena de potencial zero chamada de equipotencialidade.
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O aterramento est presente em diversos sistemas de proteo dentro de
uma instalao eltrica. Ele fornece proteo:
contra choques eltricos;
contra descargas atmosfricas;
contra sobretenses;
contra descargas eletrostticas;
de linhas de sinais e de equipamentos eletrnicos.
Como, para efeito de compreenso, estuda-se separadamente cada tipo de
proteo mencionada na lista acima, isso d a entender que so sistemas
separados. Todavia, isso no verdade, pois na execuo do aterramento das
instalaes eltricas, existe um nico aterramento.
A palavra aterramento se refere terra devido a sua utilizao como
ponto de referncia zero, uma vez que ela nos circunda em todos os lugares.
Quando falamos que algum equipamento ou estrutura est aterrada, queremos
dizer ento que, pelo menos, um de seus elementos est propositalmente
ligado terra. Veja as fotos a seguir, que mostram um sistema de
aterramento no momento de sua instalao.
Esses cabos ou hastes de aterramento so utilizados para a conexo do
pra-raios na proteo contra descargas atmosfricas e tambm para a conexo
do fio terra dos equipamentos e tomadas para proteo contra choques
eltricos, sobretenses e descargas eletrostticas.
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Na prtica, comum adotar-se o conceito de massa com referncia ao
material condutor onde est contido o elemento eletrizado e que est em contato
com a terra. A tabela a seguir mostra os elementos que podem ser considerados
como massas e como condutores para fins de aterramento.
A tabela a seguir mostra os elementos que no podem ser considerados
como massas e condutores para fins de aterramento.
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Assim, em um circuito em que haja um motor, por exemplo, as bobinas de um
motor so os elementos eletrizados. A carcaa (base de ferro do motor) e a
estrutura de ferro que fazem parte do conjunto constituem a massa, formada de
material condutor.
O que deve ser aterrado?
Em princpio, todo equipamento deve ser aterrado, inclusive as tomadas para
mquinas portteis. Veja figura a seguir.
Outros equipamentos que devem ser aterrados so:
mquinas fixas;
computadores e outros equipamentos eletrnicos;
grades metlicas de proteo de equipamentos de alta tenso;
estruturas que sustentam ou servem de base para equipamentos eltricos e
eletrodutos rgidos ou flexveis.
Observaes
Em equipamentos eletrnicos e impressoras grficas, o aterramento
elimina os efeitos da eletricidade esttica.
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O aterramento para computadores deve ser exclusivo para esse tipo de
equipamento.
5.1 - Eletrodo de aterramento
O eletrodo de aterramento tem a funo de propiciar bom contato
eltrico entre a terra e o equipamento a ser aterrado. Ele constitudo por
hastes de cobre, cabos de cobre ou tubos galvanizados fincados no solo.
Deve ter, no mnimo, 1,50m de comprimento.
O eletrodo de aterramento no precisa necessariamente ser uma haste
de cobre, basicamente, os eletrodos de aterramento podem ser divididos em
alguns tipos a saber:
Eletrodos naturais: Esses eletrodos esto em prdios com
estruturas metlicas normalmente fixadas por meio de longos parafusos
nas fundaes de concreto. Esses parafusos engastados no concreto
servem como eletrodos, enquanto que a estrutura metlica funciona como
condutor de aterramento. Este sistema exige que haja uma perfeita
continuidade entre todas as partes metlicas. Por isso, tambm devem ser
interligadas todas as partes metlicas da estrutura que possam estar
desconectadas da estrutura principal.
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Eletrodos fabricados: Normalmente so hastes e cabos de
cobre ou tubos galvanizados.
Observao
O ponto de conexo do condutor de proteo com a haste de aterramento
dever estar acessvel inspeo e protegido mecanicamente.
Eletrodos encapsulados em concreto: Este tipo de eletrodo a
prpria ferragem da estrutura da edificao, colocada no interior do
concreto das fundaes. Este tipo de aterramento muito eficaz e
apresenta bons resultados devido a sua profundidade e rea de contato com
a terra. Deve-se lembrar lembra que, qualquer que seja o tipo de fundao, a
interligao entre os ferros das sapatas deve ser assegurada atravs de
cabos de cobre.
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O circuito a seguir representa um transformador cujo primrio e secundrio
esto aterrados de modo a atender aos requisitos de funcionamento, proteo e
segurana.
Se, por acidente, o secundrio entrar em contato direto com o primrio,
haver um curto-circuito atravs dos eletrodos de aterramento. Esse curto-circuito
far com que a tenso caia praticamente a zero. Por outro lado, a corrente de
curto-circuito provocar a interrupo do circuito atravs dos fusveis.
Neste caso, a corrente eltrica ir fluir pelo solo atravs das hastes de
aterramento. Como a corrente eltrica proveniente de descargas atmosfricas,
curtos-circuitos e outras intempries fluem pelo solo atravs do sistema de
aterramento, o solo deve apresentar boas caractersticas de conduo dessa
corrente eltrica. A NBR 5410, recomenda que a resistncia de aterramento medida
no seja superior a 10.
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5.2 - Corrente de fuga
Corrente de fuga (ou de falta) a corrente que flui de um condutor para outro
e/ou para a terra quando um condutor energizado encosta acidentalmente na
carcaa do equipamento ou em outro condutor sem isolao. Em quase todos os
circuitos, por mais bem dimensionados que sejam, h sempre uma corrente de fuga
natural para a terra. Essa corrente da ordem de 5 a 10 mA e no causa prejuzos
instalao.
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A corrente de fuga (ou de falta) ilustrada no diagrama abaixo no
qual a carcaa de uma mquina aterrada no ponto 1 teve um contato acidental
com um resistor.
A corrente passa para a massa e retorna fonte pela terra, partindo do
eletrodo 1 para o eletrodo 2. Se no sistema o neutro aterrado, a corrente de fuga
(falta) retornar por ele como mostra o diagrama a seguir:
Qualquer fuga de corrente seja por meio de isolamento defeituoso ou atravs
do corpo de pessoas ou animais, pode causar incndios ou acidentes, muitas vezes
fatais. Se ela ultrapassar os 15 mA, pode haver riscos para o circuito, da a
necessidade de se operar com os dispositivos de segurana.
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5.3 - Tenso de passo e tenso de toque
Em uma instalao eltrica, existem ainda os problemas relacionados
tenso de toque e tenso de passo que surgem quando h uma falha na isolao