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    A obra de arte na era da mdia mvelThe artwork in the age of mobile media

    Icaro Ferraz Vidal Junior1

    RESENHABAMBOZZI, Lucas; BASTOS, Marcus; MINELLI, Rodrigo (orgs.). Mediaes, tecnologia e espaopblico: panorama crtico da arte em mdias mveis. So Paulo: Conrad Editora do Brasil, 2010.

    RESUMOMediaes, tecnologia e espao pblico, coletnea detextos organizada por Lucas Bambozzi, Marcus Bastos e RodrigoMinelli, apresenta um panorama crtico da arte em mdias mveis.Nesta resenha, propomos dois nveis de aproximao obra: ummetodolgico, para pensar a viabilidade da idia de um panoramacrtico, luz do mtodo de Walter Benjamin; e um segundo, ligados tenses que atravessam o livro (mobilidade e controle, arte evigilncia, espao virtual e espao atual).

    PALAVRAS-CHAVEmdia mvel; arte; espao urbano

    ABSTRACTMediaes, tecnologia e espao pblico, collectionof texts edited by Lucas Bambozzi, Marcus Bastos and RodrigoMinelli, presents a critical overview of art in mobile media. Thisreview proposes two ways to approach the book: the first one

    is methodological and was developed in order to produce anunderstanding about the feasibility of a critical panorama,inspired by Walter Benjamins method; the second one is related to

    the tensions that permeate the book (mobility and control, art and

    surveillance, virtual and actual spaces).

    KEYWORDSmobile media; art; urban space

    1 Doutorando em Teoria da Literatura e Literatura Comparada na Universidade de Santiago de Compostela e em Comunicaona Universidade Federal do Rio de Janeiro, mestre em Comunicao pela UFRJ e em Crossways in European Humanities pelasUniversidade Nova de Lisboa, Universidade de Santiago de Compostela e University of Sheffield e graduado em Estudos de Mdiapela Universidade Federal Fluminense.

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    Introduo

    Walter Benjamin, no clssico A obra de arte na

    poca da sua possibilidade de reproduo tcnica,

    escreveu que por volta de 1900, a reproduo

    tcnica tinha alcanado um nvel em que no s

    comeou a transformar em seu objeto a totalidade

    das obras de arte do passado e a submeter sua

    repercusso s mais profundas transformaes,

    como conquistou um lugar prprio entre os modos

    de produo artstica (Benjamin, 2006, p. 209).

    Hoje, podemos pensar as tecnologias mveis a

    partir do mesmo gesto de Benjamin com respeito s

    tecnologias de reproduo. Alis, esta parece ser

    a suspeita que se encontra na base de Mediaes,tecnologia e espao pblico: panorama crtico da

    arte em mdias mveis, coletnea que conta com

    textos de Patrick Lichty, Drew Hemment, Fbio

    Duarte e Polise de Marchi, Lucas Bambozzi, Priscila

    Arantes, Giselle Beiguelman, Armin Medosch,

    Preemptive Media, Trevor Paglen, Ryan Griffis, Andr

    Lemos, Jonah Brucker-Cohen, Ricardo Dominguez

    e Brett Staulbam, Blast Theory, Mark Shepard, e

    posfcio de Jorge La Ferla.

    Apresentar uma sntese das idias consignadas

    neste panorama crtico da arte em mdias mveis,

    organizado por Lucas Bambozzi, Marcus Bastos e

    Rodrigo Minelli, no tarefa fcil. A dificuldade de

    tal empreendimento, entretanto, no se vincula

    ausncia de um projeto editorial, de uma hiptese que

    alinhave o conjunto de quinze textos, em sua maioria

    de carter ensastico, que integram o volume. Trata-se, antes, de uma dificuldade que deriva de uma obra

    inscrita fora da dialtica, segundo a qual a sntese

    seria o desenvolvimento lgico da apresentao de

    uma tese e de uma anttese. A construo polifnica

    do livro, que se debrua sobre o terreno complexo

    das relaes entre mdias mveis, arte e espao

    pblico, est assegurada pela seleo de textos

    que iluminam diversas faces da questo formulada,

    sem que sua totalidade jamais seja instantnea e

    imediatamente vislumbrada.

    Para os fins desta resenha, no propomos esgotar

    as temticas problematizadas nos quinze textos que

    integram Mediaes, tecnologia e espao pblico.

    Em vez disso, iremos nos deter na metodologia

    que viabiliza a proposta de um panorama crtico,

    e que parece inserir o livro em uma rica tradio

    do pensamento que se debruou criticamente, na

    modernidade, sobre as repercusses estticas e

    polticas dos desenvolvimentos da tcnica. Alm

    disso, indicaremos parcialmente algumas tenses

    que atravessam a obra como um todo. Tais tenses,

    na pluralidade de abordagens e formulaes queas modulam no curso da coletnea, se mantm

    abertas; o que, diante da contemporaneidade do

    fenmeno abordado, vem indicar o compromisso dos

    organizadores e dos autores com o escorregadio

    terreno, tambm em aberto, das relaes atuais

    entre tecnologia, mdia, esttica e poltica.

    O mtodoAqui, Walter Benjamin parece fornecer mais

    uma vez uma interessante chave para a entrada

    na coletnea. As querelas metodolgicas entre

    Benjamin e Theodor Adorno nos legaram uma

    rica problematizao do gesto crtico, que aqui

    retomaremos brevemente luz da recuperao,

    por Giorgio Agamben (2008), da correspondncia

    trocada entre os pensadores de Frankfurt. O filsofo

    italiano entende as crticas de Adorno aos escritos

    de Benjamin sobre a poesia de Charles Baudelaire

    como fundamentadas em uma interpretao do

    pensamento marxista bastante especfica no

    que diz respeito s relaes entre estrutura e

    superestrutura. A ausncia de mediao no trabalho

    de Benjamin, identificada por Adorno, explicada

    por Agamben nos seguintes termos: o pensamento

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    benjaminiano no coloca em relao causal traos

    isolados da superestrutura com o que seriam traos

    correspondentes na estrutura. O que domina, no

    trabalho de Benjamin , antes, uma tendncia

    identificao de contiguidades entre a obra de

    Baudelaire e a histria de seu tempo.

    Agamben identifica, na concepo hegeliana de

    mediao, o alicerce das crticas de Adorno que, em

    nome de um processo global, se esquiva da prxis

    e dos instantes concretos. Alm disso, o regime

    de causalidade inerente ao mtodo adorniano

    solidrio da metafsica ocidental, pois pressupe

    uma ciso da realidade entre dois nveis: o do

    agente causador e o dos efeitos. Agamben avana

    no solapamento das bases da crtica de Adornoretomando argumentos do prprio Marx:

    Se o homem se descobre humano na prxis,

    isto no ocorre porque, alm de realizar

    em primeiro lugar uma atividade produtiva,

    ele transpe esta atividade produtiva e a

    desenvolve em uma superestrutura e, deste

    modo, pensa, escreve poesias etc.; se o

    homem humano, se ele um Gattungwesen,

    um ser cuja essncia o genrico, a sua

    humanidade ou o seu ser genrico devem

    estar integralmente presentes no modo como

    ele produz a sua vida material, a saber, na

    prxis. Marx abole a distino metafsica entre

    animal e ratio, entre natureza e cultura, entre

    matria e forma para afirmar que, na prxis,

    a animalidade humanidade, a natureza

    cultura, a matria a forma. Sendo assim, arelao entre estrutura e superestrutura no

    pode ser nem de determinao causal nem

    de mediao dialtica, mas de identidade

    imediata. (Agamben, 2008, p. 140-141)

    A assero retomada por Agamben para encerrar

    seu ensaio - a estrutura a superestrutura -

    permite, sem dvida, um avano filosfico no sentido

    de uma ultrapassagem do causalismo determinista

    e, no caso da leitura de Mediaes, tecnologia e

    espao pblico, assimilamos esta assero como

    fundamental para o entendimento da construo de

    um panorama crtico, procedimento que encerra

    um paradoxo se o horizonte crtico adotado como

    ponto de partida o ortodoxo.

    O panorama designa uma viso abrangente

    que , a um s tempo, superficial e extensa, e atua

    tensionado com uma viso da crtica entendida nos

    termos que comparecem nas cartas de Adorno a

    Benjamin, nomeadamente com uma perspectiva

    crtica verticalizada, que adota a separao entre

    infraestrutura e superestrutura, e se debrua sobreesta ltima buscando o que lhe d sustentao

    em um nvel mais profundo. Como no Baudelaire

    de Benjamin, o mtodo que orienta a escrita da

    coletnea -- alis, Jorge La Ferla indica, no posfcio

    ao livro, que se trata mais de uma escritura do que

    de uma compilao -- assegura seu carter crtico,

    ao apontar para algumas contradies contguas

    na arte, na poltica e nas mdias mveis, que a obra

    mantm em suspenso, deixando em aberto as

    mltiplas possibilidades de saturao do sistema

    proposto.

    As tenses em suspenso

    As primeiras pginas de Mediaes, tecnologia

    e espao pblico so dedicadas ao traado de

    uma cronologia. Essa linha do tempo no tem a

    finalidade de esgotar processos complexos em

    um conjunto cristalizado de eventos, e proposta

    como um retrato incompleto de uma histria que

    comea no final do sculo XIX, com o surgimento

    de inventos que vo estabelecer as bases da

    telefonia, e desdobra-se no incio do milnio com o

    surgimento de interfaces cada vez mais aderentes

    ao mundo fsico (Bambozzi et alli., 2010, p. 8). Esta

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    histria tambm alimenta os textos que compem a

    publicao que Jorge La Ferla, no j aludido posfcio,

    define nos seguintes termos: a desiluso diante das

    promessas no cumpridas das novas tecnologias

    supera, nesta publicao, o discurso banal do

    novo, para propor um panorama de anlise crtica

    transcendente sobre o impacto ideolgico e formal

    profundo das novas tecnologias de comunicao na

    arte e na cultura (La Ferla, 2010, p. 217).

    Podemos dizer, nesta direo, que as tenses

    que estruturam o livro -- entre mobilidade e

    controle, entre as apropriaes dos dispositivos

    mveis pela arte e seu uso em prticas pblicas

    e privadas de vigilncia, entre espao virtual e

    espao atual etc. -- so desenvolvidas mas noso esgotadas ao longo dos quinze textos. Estes

    foram organizados em trs partes: 1) Cultura digital:

    contexto e emergncia das mdias mveis; 2) Mdias

    locativas: desdobramentos sociais e polticos;

    3) Estudos de caso: redes em espaos urbanos.

    Tal estruturao, aliada cronologia que abre o

    livro, confere efetivamente obra essa espcie de

    extemporaneidadediagnosticada por La Ferla, pois

    o volume realiza, com sucesso, a rdua tarefa de

    abordar algumas das diversas faces das ltimas

    inflexes das relaes entre arte e tecnologias

    mveis. Isso sem cair em uma celebrao ingnua

    dos novos meios, que ignoraria a histria na qual tais

    dispositivos emergem (cronologia e parte 1); nem

    em uma demonizao de tais mdias, que fantasiaria

    um futuro distpico e negligenciaria os contra-usos

    que tomam corpo tanto nas prticas artsticas comonas cotidianas (partes 2 e 3).

    Algumas das tenses que estruturam o livro

    merecem ser especialmente destacadas, por

    indicarem a complexidade do panorama apresentado

    e a riqueza das anlises propostas. As tenses entre

    mobilidade e controle comparecem, por exemplo,

    no texto de Patrick Lichty, que evoca a descrio

    realizada por Paul Virilio da paralisia do indivduo em

    rede. Para Virilio, tal como o paraplgico auxiliado por

    dispositivos tecnolgicos, o indivduo em rede viaja

    atravs de redes de comunicao e informao, mas

    ambos so sujeitos de uma paralisia fsica. O gesto

    de Lichty consiste em pleitear a permanncia de tal

    paralisia no sujeito mvel, pois onde quer que o

    indivduo mvel se encontre, ele estar sempre no

    mesmo lugar, localizvel por seu nmero de telefone

    celular e por sua conta de e-mail. Segundo o autor,

    essa a liberdade e a opresso da cultura mvel,

    a disponibilidade 24 horas por dia, sete dias por

    semana, 365 dias por ano ali mesmo, no telefone ou

    endereo IP (Lichty, 2010, p. 42).

    H ainda outra tenso que merece meno eque aqui retomaremos no desenvolvimento pouco

    usual que lhe d Drew Hemment. Trata-se do uso

    dos dispositivos mveis como tecnologias de

    vigilncia e de suas apropriaes por artistas. De

    acordo com Hemment, frequentemente, parte-se

    do pressuposto () de que o ato de apropriao

    suficiente em outras palavras, que pegar as

    tecnologias desenvolvidas pelos militares e fazer

    alguma coisa diferente ou criativa com elas , por

    si s, subversivo (Hemment, 2010, p. 47). A esta

    constatao, o pesquisador, artista e curador,

    lana algumas adversativas: em primeiro lugar,

    reconhece o risco de disseminao, pelos usurios

    mais qualificados, de algo que era mais suscetvel

    a objees nas primeiras utilizaes do dispositivo;

    em segundo lugar, identifica a contribuio, no caso

    dos projetos que utilizam mdias locativas, para umprogressivo mapeamento do mundo. O problema

    levantado por Hemment diz respeito ao carter

    ambguo das mdias mveis, uma vez que se voc

    muito direto em suas crticas, as pessoas vo

    ignor-lo, porque elas so capazes de perceber

    o lado positivo da questo. Por outro lado, se

    voc foca apenas no lado positivo (ao desenvolver

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    tecnologia, fazer arte, ou criar aes sociais),

    est se expondo ao risco de que seu projeto tenha

    consequncias involuntrias que voc vai detestar

    (Hemment, 2010, p. 48-49). A arte em mdias mveis

    teria sua importncia vinculada capacidade de

    assegurar essa ambiguidade, procurando escapar

    s formulaes simplistas.

    Outra tenso que mantida em suspenso ao

    longo de Mediaes, tecnologia e espao pblico

    diz respeito quela entre o espao atual da cidade

    e o espao virtual das redes. Esse n, que est

    inscrito no ttulo da coletnea, assume diferentes

    roupagens conceituais. Fbio Duarte e Polise de

    Marchi, por exemplo, propem trs categorias de

    anlise que articulam as transformaes do espaourbano ligadas s inovaes tecnolgicas. Em

    primeiro lugar, fantasmagorias urbanas (imaginrios

    da cidade luz de tecnologias emergentes, por

    exemplo: Metrpolis, de Fritz Lang); em segundo

    lugar, cidade vitrine (as imagens tecnolgicas

    refletem e se tornam parte do cenrio urbano, ex.:

    vitrines iluminadas, letreiros de neon); e, por ltimo,

    cidade infiltrada (quando as inovaes tecnolgicas

    penetram na materialidade da cidade e se tornam

    invisveis, mas tm a potncia de transformar, por

    exemplo: as alteraes na temporalidade e nas

    relaes socioeconmicas e culturais propiciadas

    pela eletricidade e pelas redes sem fio). J Lucas

    Bambozzi retoma o conceito de site-specific para

    (re)pens-lo a partir da exterioridade da obra de

    arte em um entorno que engloba o espao pblico.

    A reformulao do conceito desite-specificlevandoem considerao novos vetores, como as mdias

    locativas, configura o site como um espao de

    possibilidades no materiais, mas que apontam para

    espaos efetivos (Bambozzi: 2010, p. 70).

    Concluso

    A terceira parte do livro, dedicada aos estudos de

    caso, apresenta os projetos Transborder Immigrant

    Tool, Citywide e Tactical Sound Garden. A ttulo

    de concluso, podemos dizer que tais projetos

    emblematizam a natureza falaciosa de qualquer

    tentativa de estabelecimento de fronteiras rgidas,

    na era da mdia mvel, entre o que seria um espao

    real, por um lado; e um virtual, por outro. O

    Tactical Sound Garden

    uma plataforma de software livre para

    o cultivo de jardins sonoros em cidades

    contemporneas () permite a qualquer

    pessoa que viva em hot zones com conexo

    sem fio 802.11 (Wi-Fi)instalar um jardim sonoro

    para uso pblico. Utilizando um aparelho

    mvel com Wi-Fiativo (PDA, laptop, telefonecelular) os participantes plantam sons dentro

    de um ambiente de udio posicional. Essas

    plantaes so mapeadas de acordo com

    as coordenadas de sua localizao fsica

    por um mecanismo de udio 3D comum a

    jogos de computador sobrepondo uma

    paisagem sonora construda publicamente a

    um espao urbano especfico. Com fones de

    ouvido conectados a um aparelho Wi-Fi ativo,

    os participantes flutuam por jardins sonoros

    virtuais plantados por outros, conforme se

    movem pela cidade (Shepard, 2010, p. 203).

    Esse projeto, assim como o Citywide, propicia

    outras formas de ocupao da cidade, que se do

    na conexo e sobreposio com o mundo virtual,

    atravs de dispositivos mveis e locativos, e no

    em oposio ou apesar deles. O projeto Citywide,

    do grupo de artistas ingls Blast Theory, explora

    o potencial das tecnologias mveis de realidade

    mista para criar performances que atravessam a

    cidade, de modo a propiciar aos participantes que

    se encontram na rua a experincia de eventos que

    tm lugar em um mundo virtual que paralelo, mas

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    que se sobrepe ao espao da cidade de mltiplas

    formas; e, na direo inversa, pretende propiciar

    aos participantes on-line a experincia de eventos

    que esto tendo lugar, em tempo real, no espao da

    rua.

    J o Transborder Immigrant Tool consiste

    em um projeto de arte em mdias mveis cujas

    repercusses nos modos de ocupao do territrio

    real emblemtica das relaes ambguas

    entre arte, poltica, tecnologia e espao pblico.

    Transborder parte das obstrues de ordem fsica

    que configuram a fronteira Mxico/Estados Unidos

    e que so responsveis por um elevado nmero

    de mortes de imigrantes mexicanos a caminho dos

    Estados Unidos, e prope o mapeamento com GPSdessa regio e o desenvolvimento de ferramentas

    de imigrao transfronteira a serem instaladas e

    distribudas em celulares Nextel modificados. A

    geografia virtual consignada na ferramenta para

    imigrantes transfronteira no se insere apenas no

    contexto contemporneo de um imperativo pelo

    mapeamento total. Tal ferramenta conta tambm

    com um algoritmo inteligente que indica, em dia

    e horrio precisos, as rotas mais seguras para a

    travessia desse territrio (natural e politicamente)

    hostil.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    AGAMBEN, Giorgio. Infncia e histria: destruioda experincia e origem da histria. Belo Horizonte:Editora UFMG, 2005.

    BAMBOZZI, Lucas. Aproximaes arriscadasentre site-specific e artes locativas In: BAMBOZZI,Lucas; BASTOS, Marcus; MINELLI, Rodrigo (Orgs.).Mediaes, tecnologia e espao pblico: panoramacrtico da arte em mdias mveis. So Paulo: ConradEditora do Brasil, 2010. p. 65-74.

    BAMBOZZI, Lucas; BASTOS, Marcus; MINELLI,Rodrigo (Orgs.). Mediaes, tecnologia e espaopblico: panorama crtico da arte em mdias mveis.So Paulo: Conrad Editora do Brasil, 2010.

    BENJAMIN, Walter. A modernidade. Lisboa: Assrio &

    Alvim, 2006.

    HEMMENT, Drew. Apontamentos sobre as mdiaslocativas In: BAMBOZZI, Lucas; BASTOS, Marcus;MINELLI, Rodrigo (Orgs.). Mediaes, tecnologia e espaopblico: panorama crtico da arte em mdias mveis. SoPaulo: Conrad Editora do Brasil, 2010. p. 45-50.

    LA FERLA, Jorge. Posfcio: Um panorama crtico dasmdias locativas In: BAMBOZZI, Lucas; BASTOS,Marcus; MINELLI, Rodrigo (Orgs.). Mediaes,

    tecnologia e espao pblico: panorama crtico daarte em mdias mveis. So Paulo: Conrad Editora doBrasil, 2010. p. 215-217.

    LICHTY, Patrick. Pensando a cultura nomdica: artesmveis e sociedade In: BAMBOZZI, Lucas; BASTOS,Marcus; MINELLI, Rodrigo (Orgs.). Mediaes,

    tecnologia e espao pblico: panorama crtico daarte em mdias mveis. So Paulo: Conrad Editora doBrasil, 2010. p. 35-43.

    SHEPARD, Mark. Kit de ferramentas para um JardimSonoro Ttico [TSG, Tactical Sound Garden] In:BAMBOZZI, Lucas; BASTOS, Marcus; MINELLI,Rodrigo (Orgs.). Mediaes, tecnologia e espaopblico: panorama crtico da arte em mdias mveis.So Paulo: Conrad Editora do Brasil, 2010. p. 203-211.

    A obra de arte na era da mdia mvelIcaro Ferraz Vidal Junior

    Data do Envio: 16 de setembro de 2011.Data do aceite: 15 de novembro de 2011.