4. filo porifera
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Complexo Educacional FMUCurso de Cincias Biolgicas
Prof: Bilogo Luiz A.B. Mello Lula2 semestre 2011
Zoologia de invertebrados I
Filo Porifera
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Filo Porifera
Porifera (do latim porus, poro + hfera, portador de)
1. Caractersticas principais:
Multicelulares mais primitivos
Sem rgos ou tecidos
Clulas independentes
Animais ssseis
Poucos movimentos
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Maioria so habitantes marinhos
guas rasas maioria
guas profundas algumas espcies
Poucas espcies de gua doce
Substrato de fixao
Consolidados ou duros: rocha, madeira submersa, conchas, corais
Inconsolidados ou moles: areia ou lodo
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2. Classificao dos Porferos: Segundo Hickman, Roberts e Larson, 2009
Brusca & Brusca, 2007
Classe Calcarea (Calcispongiae)
Subclasse Calcinea
Subclasse Calcaronea
Classe Hexactinellida (Hyalospongiae)
Subclasse Amphidiscophora
Subclasse Hexasterophora
Classe Demospongiae
Subclasse Homoscleromorpha
Subclasse Tetractinomorpha
Subclasse Ceractinomorpha
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Classe Calcarea (Calcispongiae)
Esponjas calcrias.
Possuem espculas de carbonato de clcio do tipo mono, tri ou tetrxonas eencontram-se geralmente separadas umas das outras. Apresentam os trs tipos deorganizao corporal: asconide, siconide e leuconide.
Tm cor geralmente apagada, mas algumas espcies podem ser amarelo-brilhante,vermelhas ou lavanda. So de porte pequeno, a maioria com 10 cm de altura.
So exclusivamente marinhas e ocorrem em todos os oceanos do mundo. Vivempreferencialmente nas guas costeiras e rasas.
Exemplo: Sycon e Leucosolenia
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Classe Hexactinellida (Hyalospongiae)
Esponjas-de-vidro.
Tm organizao corporal do tipo siconide, espculas silicosas com 6 raios(hexactinas), separadas ou unidas em rede, alguns esqueletos assemelham-se a fios devidro; so as mais simtricas e individualizadas entre as esponjas; coancitos somenteem cmaras digitiformes; corpo geralmente cilndrico, xcara, vaso ou urna.
Tamanho mdio entre 30 e 40 cm, mas podem atingir 1,0 metro de altura; coloraoplida.
H um trio bem desenvolvido com um nico sculo o qual pode s vezes, estarcoberto por uma placa crivada formada por espculas fundidas.
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Revestimento superficial no apresenta pinaccitos, mas sim uma rede sincicial(massa multinucleada) formada pelos pseudpodos de amebcitos; longas espculasprojetam-se atravs da rede sincicial. rede trabecular.
So esponjas exclusivamente marinhas de guas profundas, entre 450 e 900 metrosde profundidade, chegando at 5000 metros, podem ser encontradas em todos osoceanos, mas so mais comuns no Antrtico.
Exemplo: Euplectella
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Classe Demospongiae
A esta classe pertence a maioria das esponjas.
So todas do tipo leucon e apresentam formatos irregulares. Vivem em guas rasas eprofundas, e entre elas esto as esponjas de banho. Apresentam esqueleto deespculas silicosas, de espongina, de ambas, ou ausente. As espculas geral mente somonoaxnicas e tetraxnicas. Tm organizao corporal do tipo leuconide.
Representam 95% das espcies de esponjas. Esto distribudas desde guas rasa atgrandes profundidades; colorao brilhante com diferentes cores e toda umagraduao de matizes.
Apresentam os mais diversos padres de crescimento, podem ser: incrustantes,ramificadas verticalmente, foliceas, forma de urna ou tubular.
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As esponjas de gua doce pertencem principalmente famlia Spongillidae, quecontm a maioria das espcies. Esta famlia est distribuda por todo o mundo vivendoem lagos, rios, lagoas e nos oceanos.
As espongildeas contm as conhecidas esponjas-de-banho, cujo esqueleto composto apenas de fibras de espongina.
Exemplo: Spongilla e Myenia
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As esclerosponjas so encontradas em grutas e tneis associados a recifes de coral,apresentam um invlucro externo de carbonato de clcio e esqueleto formado porespculas silicosas e fibras de espongina. Numerosos sculos abrem-se na superfciecalcria. Esta esponjas que formavam uma classe de, atualmente esto includas naclasse Demospongiae.
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3. Forma do corpo:
Variedade de formas, cores e tamanhos
trio ou espongiocele: cavidade interior
stio: orifcio lateral para a entrada de gua
sculo: orifcio superior para sada de gua
Pinacoderme: revestimento externo da parededo corpo
Pinaccitos: clulas da pinacoderme; contraodas margens; alteraes detamanho; pinaccitos basaissecretam material que fixa aesponja
Porcitos: clulas especiais do poro inalante
Coanticos: clulas com flagelos projetados parao trio; promovem a circulao degua
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4.Tipos de estruturas:
Asconide
Mais primitiva
Pequenas e tubulares
Grande trio
Fluxo de gua lento
Limitao de tamanho
Leucosolenia sp
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Siconide
Bolsas internas e externas com fundo cego
Canais inalantes externo - invaginao daparede do corpo presena de stios drmicos- captao de gua
Canais radiais interno - evaginao da parededo corpo
Prospilas comunica os canais aferente eradial
Appilas comunica os canais espongiocele
Coancitos confinados nos canais radiaistambm chamados de canais flagelados
Sycon ciliatus
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Leuconide
Forma grandes massas com sculosnumerosos.
Poros drmicos comunicam-se com oscanais aferentes.
Formao de cmaras flageladas.
Sem trio.
Mycale laevis
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5. Tipos de clulas:
As clulas esto organizadas na meso-hilo(mesoglia, mesnquima). O meso-hilo umamatriz protica gelatinosa, isto um tecidoconjuntivo das esponjas.
So encontrados vrias clulas amebides,fibrilas e elementos esquelticos
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Pinaccitos:
a maior aproximao de um tecido verdadeiro.
So clulas epiteliais afiladas e achatadas. Algumas so em forma de T , com seuscorpos celulares se estendendo para dentro da meso-hilo.
So clulas pouco contrteis e auxiliam a regular a rea de superfcie da esponja.
Alguns so modificados em micitos contrteis, os quais esto geralmente organizadosem bandas circulares ao redor dos sculos ou poros, onde auxiliam a regular a taxa deentrada de gua.
Porcitos:
So clulas cilndricas, semelhantes a tubos, encontradas na pinacoderme formandoos stios.
So contrteis e podem abrir e fechar o poro, regulando o dimetro dos stios.
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Arquecitos:
So clulas amebides que se deslocam no meso-hilo, e so responsveis por vriasfunes. Podem diferenciar-se em qualquer clula
Eles podem fagocitar partculas na pinacoderme e receber partculas dos coancitospara digesto.
Podem diferenciar-se em:
Esclercitos: secretam as espculas.
Espongicitos: secretam as fibras de espongina do esqueleto.
Colncitos: secretam o colgeno fibrilar.
Lofcitos: secretam fibras de colgeno.
Micitos: contm actina e miosina - agregam-se ao redor do sculo - ajudam acontrolar o fluxo de gua.
Ocitos e Espermatcitos: clulas reprodutivas que sofrem gametognese.
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Coancitos:
Clulas que forram os canais e cmaras flageladas. So ovides com uma extremidadeembebida no meso-hilo e a outra exposta.
Esta extremidade exposta possui um flagelo circundado por um colarinho., formadopor microvilos e microfibrilas forma um dispositivo de filtragem de partculasalimentares da gua.
O batimento de umflagelo empurra a guaatravs de umcolarinho em forma depeneira e a fora a sairpela abertura superiordeste colarinho.
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As partculas que so muito grandes para entrar no colarinho so envolvidas em ummuco secretado e deslizam na direo inferior do colarinho at sua base, onde serofagocitadas.
O alimento fagocitado passado para as clulas arquecticas para que ocorra adigesto.
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6. Tipos de esqueletos:
O esqueleto fornece a sustentao.
A principal protena encontrada o colgeno.
Algumas Demospongiae secretam colgeno - espongina.
As esponjas calcrias secretam espculas compostas na maior parte de carbonato declcio cristalino e apresentando um, trs ou quatro raios.
Esponjas-de-vidro (Hexactinellida) possuem espculas silicosas com seis raios,organizadas em trs planos em ngulos retos um do outro.
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Existem muitas variaes na forma dasespculas e estas variaes estruturaisso de importncia taxonmica.
Megascleras - espculas grandes queformam o principal esqueleto
Microscleras espculas menores quesustentam a pinacoderme dos canaishdricos
Monxonas um eixo em formato deagulha; podem ser retas ou curvas
Trixonas trs eixos
Tetrxonas quatro eixos
Polixonas vrios eixos agrupados
Fundidas umas s outras ou apenasagrupadas
Imersas em espongina
espcula
espongina
microscleras
megascleras
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Formao das espculas
Exemplo da triaxnica
3 escleroblastos se unem
Cada clula se divide em pares declulas-filhas
Ocorre a secreo da espcula
Os raios so fundidos na base
Cada par de escleroblasto se move aolongo da espcula
Uma das clulas secreta oalongamento da ponta e a outra oespessamento
Formas marinhas CaCO3 gua doce SiO2
Unio de escleroblastos
Multiplicao celular
Secreo da espcula
Alongamento e espessamento
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7. Fisiologia:
Dependente da corrente de gua
Fornece oxignio, alimento eremove dejetos
Coancitos responsveis pelacorrente de gua atravs dobatimento flagelar
gua sugada para o interior trioou canal flagelado
Seguem por canais eferentes oudiretamente para o stio, onde ofluxo deixa a esponja
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Nutrio
Partculas pequenas (menos de1mm) e bactrias so retidasno colarinho do coancito;transferidas para vacolosdigestivos no citoplasma
Particulas maiores (50mm) sofagocitas por amebcitos domeso-hilo
Transferncia de partculas entretipos celulares
Captura, transferncia,digesto e egesto departculas e bactrias
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8. Reproduo:
Assexuada
Formao e liberao de brotos
Gmula agregados celulares chamados arquecitos, envolvidos por espongina eespculas
Ocorrncia tpica de inverno nas espcies de gua doce; resistente scondies severas de temperatura
Na primavera os arquecitos emergem atravs da micrpila abertura dagmula e desenvolvem-se em esponja adulta
Regenerao
Independncia celular
Constrio na base da esponja
Separao de partes
Novos indivduos
Processo utilizado na propagao de espcies comerciais
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Rep. Assexuada: brotamento, gemulao
Gmulas estruturas de resistncia seca e ao frio mais comuns em spp. de gua doce
Grossa capa de colgeno com microscleras de slica
Suportam exposio de at -70 graus por at 1 hora!
Arquecitos se agregam no mesoilo e sofrem mitose clulas nutritivas se aproximam e so fagocitadas pelos arquecitos revestimento de espongina e espculas.
Uma vez formada, inicia a hibernao da gmula esponja parental morre
Condies ambientais melhoram arquecitos saem da gmula pela micrpila
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SexuadaA maioria dos porferos so hermafroditas.
Os gametas so originados em clulas denominadas goncitos, que derivam dosamebcitos. Os gametas masculinos (espermatozides) saem da esponja atravs dosculo (abertura principal do espongiocele), para em seguida, penetrar em outraesponja atravs dos poros, carregada pela corrente de gua.
Os coancitos (clulas ovides) captam os espermatozides, transferindo-os para osvulos, localizados na mesoglia, ocorrendo a fecundao. A maior parte das esponjasso vivparas, sendo que aps a fecundao o zigoto retido e passa a recebernutrientes da esponja, at havera liberao de uma larvaflagelada, que ir nadar e se fixarem um substrato,originado um novo indivduo.
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9. Importncia:
- esponjas de banho (Demospongiae Spongiidae)
passado: Flrida (1900: 156 ton, US$ 4/kg), Caribe, Tunsia
hoje :Mediterrneo - 10% de 1930 (US$ 16-86/kg)
raras espongioculturas
- cadeias trficas das guas doces - alimento exclusivo de alguns peixes ("cascudo chita"Hipostomus regania e o "cascudo abacaxi" Megalancystrus aculeatus): Oncosclera navicella
- jazidas de espongilitos (NW SP) - utilizao em cermicas mais nobres (e.g., chips decomputador, por exemplo e, talvez fibras ticas): Oncosclera, Uruguaya, Trochospongilla eDrulia
- defesas de natureza qumica - compostos txicos - podem causar dermatites em sereshumanos: Tedania, Neofibularia
- compostos de interesse comercial (e.g., antibacteriana, antifungica, antiviral, anti-inflamatrios, antitumorais, anti-fouling, citotxicos) e.g. - Roche, SeaPharm, PharmaMar,Astra Phamaceuticals
- indicadoras ambientais de poluio: sensveis a suspenso resistentes a hidrocarbonetos emetais pesados
- relacionadas bioeroso - degradao de conchas e corais (reciclagem de CaCO3) nosrecifes
- Entretenimento infantil com transmisso de conhecimento biolgico
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Bibliografia consultada
HICKMAN JUNIOR, C. P. Princpios Integrados de Zoologia. 11. ed. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 2004.
RUPPERT, E.; BARNES, R. D. Zoologia dos Invertebrados. 6. ed. So Paulo: Roca, 1993.
RUPPERT, E.; FOX, R.S.; BARNES, R. D. Zoologia dos Invertebrados. 7. ed. So Paulo:Roca, 2005.
BRUSCA, R. C.; BRUSCA, G. J.; SILVEIRA, F. L. Invertebrados. 2. ed. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 2007.